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Dezenas de milhares de muçulmanos protestaram nesta sexta-feira (2) em Jacarta, após uma convocação de organizações islamitas, para exigir a detenção do governador da capital da Indonésia, acusado de blasfêmia.

A multidão se reuniu no grande parque do monumento nacional, no centro da capital, na presença de um importante dispositivo de segurança - 22.000 policiais e militares. Os organizadores esperavam 150.000 pessoas.

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O governador de Jacarta, Basuki Thahaja Purnama, conhecido como Ahok, gera uma onda de repúdio no país muçulmano de maior população do mundo por declarações polêmicas sobre o Islã em plena campanha para tentar a reeleição, em fevereiro de 2017.

Procedente de duas minorias - cristã e chinesa - Ahok afirmou no fim de setembro que as interpretações por determinados ulemás (teólogos muçulmanos) de um versículo do Alcorão segundo o qual um muçulmano só pode votar em outro muçulmano estavam equivocadas.

Após a polêmica provocada por suas palavras, o governador pediu desculpas, mas não conseguiu acalmar os ânimos e em novembro foi acusado de blasfêmia.

"A única coisa que queremos é justiça e com isto quero dizer a detenção de Ahok", declarou Ricky Subagia, manifestante que viajou de Garut, cidade a 200 km de Jacarta.

Convidado pelos organizadores a subir no palanque, o chefe da polícia nacional, Tito Karnavian, foi vaiado pela multidão, aos gritos de "Ahok na prisão".

O governador, que era o grande favorito antes da polêmica, perdeu parte de sua popularidade e agora aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto para as eleições.

"Tenho muito medo, haverá mais guerras?", questionou nesta quarta-feira (9) o ativista muçulmano Alijah Diete ante a vitória de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. Os muçulmanos na Ásia resistem em aceitar a notícia de que o candidato republicano, que fez campanha com uma forte retórica anti-Islã, se tornou presidente da superpotência.

Trump fez sua declaração mais controversa acerca do Islã em dezembro passado, provocando a ira entre seus fiéis, quando pediu a proibição de sua entrada nos Estados Unidos após um massacre registrado na Califórnia.

"Os americanos estão arruinando o mundo mais uma vez", disse Syed Tashfin Chowdhury, um bengalês que tem amigos nos Estados Unidos. Milhares de pessoas em seu país ficaram chocadas quando os resultados apareceram no Facebook e reagiram horrorizadas.

Um responsável governamental paquistanês, que preferiu não se identificar, disse que eram notícias "absolutamente atrozes e horrorosas", enquanto outros no país também lamentavam os resultados.

"Estou decepcionado de ver Donald Trump vencer porque Hillary Clinton é uma boa mulher, boa para o Paquistão e para os muçulmanos em todo o mundo", disse Ishaq Khan, de 32 anos, falando em um mercado de Islamabad. "Ela falava da paz mundial, enquanto Trump falava de combater os muçulmanos".

- "Muçulmanos são estrangeiros" -

Na Indonésia, o país com a maior população muçulmana do mundo, existe um crescente nervosismo sobre como evoluirá a relação com este aliado tradicional e como uma presidência de Trump afetará as relações com o mundo muçulmano.

"Fico muito preocupado que a relação entre Estados Unidos e os países muçulmanos volte a ficar tensa", disse Diete, uma ativista muçulmana de 47 anos.

Nikken Suardini, que trabalha para uma consultoria jurídica na capital, Jacarta, se preocupa com uma eventual proibição de entrada de muçulmanos. "Vai impedir os muçulmanos de entrar nos Estados Unidos e isso não é justo".

Também existe a preocupação de que Trump adote políticas antimuçulmanas que alimentem o extremismo islâmico em escala global num momento em que o mundo enfrenta uma ameaça extremista.

"Quando os Estados Unidos exercem um poder forte, os extremistas ganham importância", disse Zuhairi Misrawi, um especialista da organização moderada islâmica Nahdlatul Ulama. "Os que estarão mais felizes se Trump vencer são os do EI", disse, ao se referir ao grupo extremista que o candidato prometeu aniquilar em seus redutos de Síria e Iraque.

Alguns observadores reagiram com mais cautela, afirmando que sua retórica populista havia sido apenas uma forma de conseguir votos e que não se traduzirá em políticas xenófobas quando ele estiver no poder.

"Esperamos que os comentários de Trump contra os muçulmanos só tenham buscado impulsionar sua campanha e que leve em conta que há muitos muçulmanos nos Estados Unidos", disse Tahir Ashrafi, um veterano funcionário governamental indonésio.

Outros manifestaram preocupação de que suas políticas sejam discriminatórias com os muçulmanos dos Estados Unidos. "Suas políticas contra os muçulmanos serão discriminatórias", disse Munarman, porta-voz do grupo de linha-dura Islamic Defenders Front. "Para ele, os muçulmanos são estrangeiros".

A Federação Britânica de Ginástica anunciou nesta terça-feira a suspensão do atleta Louis Smith de qualquer competição por dois meses, por mau comportamento. A decisão aconteceu após a repercussão negativa de um vídeo no qual o ginasta aparece ironizando os muçulmanos.

No vídeo, gravado antes de um casamento, o ginasta aposentado Luke Carson imita um muçulmano rezando ajoelhado, enquanto Smith, que grava tudo com um celular, diverte-se. Apesar de simples e rápido (dura apenas cinco segundos), o vídeo foi repercutido em toda a imprensa britânica e Smith teve que se desculpar.

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"Eu estou profundamente arrependido pelo recente vídeo que vocês devem ter visto. Eu não estou me defendendo, o que eu fiz foi errado. Eu quero me desculpar pela profunda vergonha que eu causei para mim e para minha família, que também foi afetada pelas minhas ações sem pensar", escreveu o ginasta no Facebook, na época.

Apesar dos pedidos de desculpas, a federação britânica considerou a atitude passível de punição, até pela reincidência de Smith, que já havia sido advertido em junho por um outro caso de mau comportamento.

Sobre o último caso, uma comissão independente acionada pela federação considerou a atitude uma "violação dos padrões de conduta". "A comissão determinou que uma punição cumulativa era apropriada e ordenou um período de dois meses de suspensão", explicou a entidade.

Smith é um dos grandes nomes da ginástica britânica na atualidade, até por sua popularidade. Ele conquistou duas medalhas de prata olímpicas consecutivas no cavalo com alças, em Londres-2012 e no Rio-2016, e uma de bronze no mesmo aparelho, em Pequim-2008. O atleta possui ainda um bronze por equipes em Londres.

Um tribunal da França reverteu a proibição do uso em Nice do chamado "burquíni", uma vestimenta que cobre o corpo todo e é usada por algumas muçulmanas para ir à praia. A decisão judicial é a mais recente de uma série de ações similares relativas a proibições de cidades do uso da roupa.

O tribunal em Nice concluiu nesta quinta-feira (1°) que o decreto da cidade da Riviera Francesa é ilegal porque não prova os riscos de desrespeito à ordem pública. Outras decisões similares saíram nos últimos dias em Cannes, após a decisão na semana passada do Conselho de Estado, principal tribunal francês. O conselho disse que as preocupações com o terrorismo são insuficientes para justificar o veto à vestimenta.

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As proibições de prefeitos foram emitidas em cerca de 30 cidades neste verão e geraram controvérsia no país e no exterior. Fonte: Associated Press.

Com a esperança de recrutar mais mulheres muçulmanas, a Real Polícia Montada do Canadá passou a permitir que suas gendarmes usem véus islâmicos para cobrir a cabeça como parte do uniforme, disse o governo na terça-feira.

"O comissário da polícia montada", Bob Paulson, "aprovou recentemente este complemento ao uniforme", disse Scott Bardsley, porta-voz do ministro de Segurança Pública, Ralph Goodale. A medida "é uma tentativa de refletir melhor a diversidade que há em nossas comunidades e animar mais mulheres muçulmanas a considerarem como opção a carreira na Real Polícia Montada do Canadá", disse o porta-voz.

O uniforme da polícia montada - uma túnica vermelha, botas e chapéu - é um ícone no Canadá. Inspirado no uniforme militar britânico, o vestuário da polícia montada remonta a 1800, e desde então foi minimamente modificado. A polícia experimentou três tipos de véus islâmicos antes de selecionar o mais apropriado para o trabalho das agentes, de acordo com Goodale e Paulson, cujas declarações foram publicadas em um jornal local.

O véu não atrapalha as gendarmes e pode ser retirado de maneira rápida e fácil caso seja necessário, disse o jornal La Presse, de Montreal. Desde o início do ano, quando a polícia aprovou discretamente o véu, nenhuma policial solicitou sua utilização, e o acessório não se encontra disponível imediatamente. As polícias do Reino Unido, Suécia, Noruega e Estados Unidos adotaram políticas similares, disse Bardsley.

Cerca de mil fiéis católicos e muçulmanos acompanharam neste domingo a missa organizada na catedral de Rouen, no noroeste da França, para prestar homenagem ao sacerdote Jacques Hamel, degolado na terça-feira por dois terroristas em uma igreja.

Às 08h00 GMT (05h00 de Brasília), 900 fiéis se reuniam no interior da catedral, onde foram reservados assentos para os habitantes de Saint Etienne du Rouvray, também no noroeste do país, onde se encontra a igreja na qual o padre foi assassinado quando celebrava uma missa.

Do lado de fora, vários militares vigiavam a entrada do templo.

Entre os fiéis, uma centena de muçulmanos responderam ao chamado do Conselho Francês de Culto Muçulmano (CFCM), que convidou os responsáveis de mesquitas, imãs e fiéis a assistir a missa para expressar sua "solidariedade e compaixão".

"Amor a todos, ódio a ninguém", afirmava um cartaz pendurado dentro da catedral por uma associação muçulmana.

No sábado ocorreram vigílias interreligiosas por todo o país, abalado pelo assassinato, na manhã de terça-feira, do padre Jacques Hamel, de 85 anos, por Abdel Malik Petitjean e Adel Kermiche, ambos de 19 anos.

O ataque foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).

Em uma igreja de Saint Etienne du Rouvray, diante de um retrato do padre assassinado cercado por flores, fiéis católicos e muçulmanos ouviram com atenção as palavras do padre Auguste Moanda, que lembrou que "a fraternidade existe entre as duas religiões".

Em Bordeaux, no sudoeste, 400 pessoas de diferentes confissões participaram de uma oração conjunta na igreja de Notre Drame.

"Construir um pacto"

No plano político, o primeiro-ministro Manuel Valls considerou em um artigo publicado no Journal du Dimanche (JDD) que, embora "o islã tenha encontrado seu lugar na República", é urgente "construir um verdadeiro pacto" com a segunda religião da França.

Segundo Valls, apesar do fracasso da Fundação pelo Islã na França, criada há mais de dez anos "para reunir com toda transparência os fundos necessários" para seu desenvolvimento, será preciso "revisar algumas regras para esgotar o financiamento externo e aumentar, para compensar, a possibilidade de recolher fundos" no país.

Em outro artigo do JDD, quarenta personalidades muçulmanas da França disseram estar "consternadas pela impotência da organização atual do Islã na França, que não tem nenhuma influência nos acontecimentos".

Por sua vez, a polícia investiga o entorno dos autores do ataque, que haviam sido fichados de forma separada pelos serviços de inteligência, embora não tenha sido possível detectar que fossem passar à ação.

Segundo os jornais La Voux du Nord e Le Parisien deste domingo, os dois jovens se conheceram através do aplicativo de mensagens Telegram, utilizado por Adel Kermiche, que teria descrito anteriormente o modus operandi do atentado, mencionando uma faca e uma igreja.

No âmbito da investigação, a polícia deteve provisoriamente o primo de um dos assassinos e um refugiado sírio. Já um menor de 16 anos que havia sido detido foi liberado, mas a polícia analisa documentos de propaganda jihadista que encontrou em seu telefone e computador.

O virtual candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, afirmou neste domingo (19) que os Estados Unidos deveriam considerar "seriamente" o fichamento de muçulmanos no país.

"Nós realmente precisamos considerar o fichamento", disse Trump em entrevista à rede de televisão CBS. "Não é a pior coisa a ser feita". O empresário acrescentou que odeia "o conceito de fichamento, mas temos que usar o bom senso".

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Os comentários são consistentes com as propostas de Trump para combater o terrorismo no país, que usualmente são direcionadas à muçulmanos. O bilionário já propôs um banimento temporário da entrada de muçulmanos no país até que "se entenda o que está acontecendo".

Trump redobrou sua aposta desde o atentado à boate Pulse, em Orlando, conduzido por Omar Mateen, um cidadão norte-americano filho de afegãos. As motivações de Mateen são desconhecidas, mas o senador republicano Ron Johnson afirma que ele escreveu em sua conta no Facebook que "muçulmanos de verdade nunca irão aceitar os modos imundos do Ocidente".

Trump também disse que o governo deveria investigar mesquitas nos Estados Unidos da mesma forma como a polícia de Nova York fez com muçulmanos que vivem na cidade. Agentes nova-iorquinos criaram uma base de dados espionaram integrantes da comunidade muçulmana e criaram uma base de dados sobre onde eles viviam, faziam compras, trabalhavam e faziam suas orações. O programa foi revelado pela Associated Press em 2011, o que levou o prefeito Bill de Blasio a anunciar o abandono do programa em meio aos processos e denúncias que se seguiram.

A investida de Trump contra os muçulmanos nos Estados Unidos é excepcional para um candidato à presidência do país. As propostas de Trump tem sido minimizadas ou criticadas por muitos líderes republicanos, incluindo o presidente da Câmara dos Deputados, Paul Ryan.

Uma pesquisa feita pelo instituto GfK e a Associated Press entre 31 de março e 4 de abril mostra que 49% dos norte-americanos são a favor de programas de monitoramento de comunidades muçulmanas no país como parte da ação antiterrorista. Outros 47% se disseram contrários à prática. Fonte: Associated Press.

Uma autoridade da França disse que uma loja que vende alimentos considerados próprios para os muçulmanos (halal) na ilha da Córsega foi alvo de um ataque a tiros na noite de terça-feira (2) para quarta-feira (3). O promotor Eric Bouillard, de Ajaccio, disse ao jornal local Corse-Matin que ninguém ficou ferido no ataque à loja em Propriano.

As tensões religiosas e sociais têm aumentado na ilha do Mediterrâneo desde o fim de dezembro, quando houve uma emboscada contra bombeiros em um projeto habitacional. No dia seguinte, centenas de moradores realizaram uma manifestação pacífica contra a violência, porém algumas dezenas de pessoas, concluindo que os alvos da emboscada seriam muçulmanos, atacaram uma sala de orações muçulmanas, tentando queimar exemplares do Alcorão e também um local de venda de kebab. Fonte: Associated Press.

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As muçulmanas que não aprenderem inglês de maneira suficiente podem ser deportadas do Reino Unido, advertiu o primeiro-ministro britânico, David Cameron. O chefe de Governo também sugeriu um nível pobre de inglês deixa as pessoas "mais suscetíveis" a mensagens de grupos como a organização jihadista Estado Islâmico.

As declarações do primeiro-ministro britânico coincidem com a criação de um fundo de 20 milhões de libras (28,5 milhões de dólares) para que as mulheres em comunidades isoladas aprendam inglês, de maneira a facilitar sua integração. As leis migratórias já obrigam os cônjuges estrangeiros a falar inglês antes de viajar ao país para encontrar seus companheiros.

Mas Cameron anunciou que também terão que passar por novos exames após dois anos e meio no país para confirmar um avanço no nível de inglês. "Você não pode ter certeza de que terá condições de ficar se você não melhorar a sua linguagem", disse à rádio BBC.

"As pessoas que vêm ao nosso país devem ter responsabilidades também", completou. O governo calcula que 190.000 muçulmanas residentes na Inglaterra - 22% - não sabem falar inglês sabem muito pouco.

Os cálculos são de que a Inglaterra tem 2,7 milhões de muçulmanos, de uma população total de 53 milhões. "Não estou dizendo que existe algum tipo de relação causal entre não falar inglês e virar um extremista, claro que não", explicou o premier.

"Mas se você não sabe falar inglês, se não tem a capacidade de integrar-se, pode ter dificuldades em entender qual é a sua identidade e, em consequência, você pode estar mais suscetível à mensagem extremista", completou. Os comentários foram criticados por associações muçulmanas e políticos da oposição.

Mohammed Shafiq, diretor da Fundação Ramadã, que trabalha pelas boas relações intercomunitárias, disse que eram "estereótipos vergonhosos". Andy Burnham, porta-voz do Partido Trabalhista, acusou Cameron de "estigmatizar injustamente toda una comunidade".

A filial da Al Qaeda no oeste da África lançou um vídeo para recrutar negros americanos e muçulmanos, que inclui um clipe do candidato presidencial Donald Trump defendendo que muçulmanos sejam proibidos de entrar nos Estados Unidos.

O vídeo de 51 minutos produzido pelo grupo militante al-Shabab, baseado na Somália, diz que há racismo institucionalizado e segregação religiosa nos EUA, e que o fundamentalismo é a maneira de combater isso.

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No clipe de Trump, ele defende a paralisação "total e completa da entrada de muçulmanos nos Estados Unidos". O vídeo, que segundo o grupo de monitoramento SITE Intel, que foi lançado pela extremistas na sexta-feira, apresenta vários americanos que morreram lutando pelo islamismo radical na Somália, e encoraja jovens norte-americanos a seguir o exemplo dos que morreram. O Al-Shabab combate o atual governo somali, que é apoiado por tropas da União Africana. Fonte: Associated Press

O pré-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, rejeitou as críticas de que a sua proposta de proibir a entrada de muçulmanos no país é antiamericana (havendo quem o compare a Adolf Hitler). Trump disse nesta terça-feira (8) que o que ele está propondo "não é diferente" do que fez o ex-presidente Franklin Roosevelt - "que era altamente respeitado por todos" apesar de medidas como colocar nipo-americanos em campos internos.

Em entrevista ao programa de TV Good Morning America, Trump disse que proibir muçulmanos é justificável porque os EUA estão essencialmente em guerra com extremistas muçulmanos que têm lançado ataques, incluindo o tiroteio de São Bernardino, que matou 14 pessoas na Califórnia.

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"Agora nós estamos em guerra", disse Trump, acrescentando que os EUA têm "um presidente que não quer dizer isso". A proposta de Trump tem sido denunciada por muitos dos candidatos republicanos à presidência. Fonte: Associated Press.

O candidato que lidera as preferências dos republicanos para as eleições presidenciais de 2016, Donald Trump, pediu nesta segunda-feira a proibição da entrada de muçulmanos nos Estados Unidos.

"Donald Trump pede a suspensão total e completa da entrada de muçulmanos nos Estados Unidos até que os legisladores do nosso país compreendam o que está ocorrendo", escreveu a equipe de campanha do candidato em um comunicado intitulado "Comunicado de Donald Trump para impedir a imigração muçulmana".

A proposta não detalha se estão incluídos os muçulmanos americanos. Contudo, ao citar uma pesquisa realizada entre muçulmanos que vivem neste país, Trump afirmou que muitos deles sentem "ódio" por todos os americanos.

"De onde vem este ódio e por que, devemos determiná-lo. Até que sejamos capazes de estabelecê-lo e de compreender este problema e a ameaça que representa, nosso país não pode ser vítima de ataques hostis por parte de pessoas que só acreditam na jihad e não têm respeito algum pela vida humana", declarou o candidato no comunicado.

O magnata, favorito de aproximadamente um a cada três republicanos para as primárias que começarão em fevereiro, tem empreendido cada vez mais contra os muçulmanos desde os atentados de Paris. Seu anúncio motivou uma onda de reações adversas no Twitter.

"Donald Trump acaba com todas as dúvidas: faz campanha para a presidência enquanto demagogo fascista", escreveu Marton O'Malley, um candidato democrata.

Simples fiéis ou viciados no Youtube, trabalhadores humildes ou imãs conhecidos, muçulmanos franceses condenaram nesta sexta-feira, dia de oração semanal nas mesquitas, os atentados terroristas ocorridos há uma semana em Paris, realizados por "impostores sem pensamento ou doutrina", disseram.

"O muçulmano, por definição, não é alguém que mata, é alguém que busca a paz", afirmou, em tom firme, o imã Mohammed El Mahdi Krabch, citando versículos do Alcorão, na mesquita El Bujari, de Avignon. Em uma sala lotada, homens o escutaram atentamente.

Após os ataques em Paris, cuja autoria foi reivindicada pelo grupo Estado Islâmico (EI), a instância que representa 5 milhões de muçulmanos na França, o Conselho Francês do Culto Muçulmano (CFCM), propôs às 2,5 mil mesquitas do país que usem um "texto solene que condene sem ambiguidade toda forma de violência".

No islã sunita não há clero, e ele é dividido segundo a origem dos fiéis (marroquinos, argelinos, turcos).

"O terrorismo não possui doutrina, não tem um projeto", disse em seu sermão o imã de Bordeaux Tareq Oubrou, um conhecido teólogo.

"Não estamos à margem desta violência. Amanhã ou depois, algo pode acontecer aqui na mesquita", advertiu, após lembrar que "o terrorismo dos grupos jihadistas no mundo matou mais muçulmanos do que não muçulmanos".

Após a oração na mesquita As Salam, em Metz, Ismail, um estudante de 17 anos, mostrou-se satisfeito com a lição doutrinal. "Era importante o ponto de vista religioso, ter citações do Alcorão."

"Não é necessária uma mensagem religiosa para entender o que aconteceu, atos bárbaros motivados por outras razões", explicou Moustapha, 30. "São ex-delinquentes, gente perdida, é isso."

Fora das mesquitas, muitas das quais ainda são controladas por muçulmanos da primeira geração, moderados, outros fiéis mostraram um ponto de vista mais enérgico nas redes sociais.

"Dirijo-me a todos os muçulmanos da França: temos que proteger nossa bela religião, vamos perseguir esses impostores que se fazem passar por muçulmanos matando gente", declara Bassem Braiki, ou "Chronic 2 Bass", em um vídeo com mais de 5,7 milhões de visualizações no Facebook.

Em outro vídeo, um jovem parisiense de apelido "Anasse", de barba aparada, não faz rodeios para definir os jovens que protagonizaram o pior massacre na França desde a Segunda Guerra Mundial.

"São marginais dos subúrbios que não têm nada melhor para fazer. Achavam que estavam em um videogame", comenta. "Se você não gosta da França e blá-blá-blá, colega, vá embora daqui."

Em Duchère, região popular perto de Lyon, Hachim, 43, acompanhou com atenção o sermão. Centenas de fiéis assistiram, e alguns tiveram que se instalar do lado de fora do templo, por falta de espaço.

"Muçulmanos ou não, vivemos todos na mesma casa. Se o teto cai, vamos todos nos encontrar na rua", comentou.

O papa Francisco pediu que cada paróquia da Europa acolha uma família de refugiados sírios. Mas no Brasil, um padre católico já está fazendo isto há mais de um ano, alojando dezenas e até aprendendo árabe para se comunicar com eles.

Mais de 30 refugiados sírios, a maioria muçulmanos, foram acolhidos pelo pároco Alex Coelho, da igreja São João Batista, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro. Graças a um acordo com a ONG católica Cáritas e a doações de fiéis, os refugiados que chegam à igreja têm alojamento e comida durante pelo menos três meses. Eles podem começar a aprender português e são ajudados a procurar um emprego.

"Aqui há uma capela, mas os refugiados podem vir rezar o Corão se quiserem", disse o padre Alex, enquanto mostrava à AFP a casa ampla, localizada no pátio da igreja que hoje abriga nove sírios.

A mais de 11.000 km de casa

Todos são homens, chegaram a aproximadamente um mês e só falam árabe, com exceção de Khaled Fares, jovem muçulmano de 27 anos que chegou ao Brasil procedente de Damasco há um ano e meio e estuda português na universidade.

"Minha opção, se ficasse na Síria, era o exército ou morrer. Meu pai implorou para que eu fosse embora", disse este protético que sonha em estudar odontologia no Rio.

"A guerra é muito triste. No Brasil, não conheço ninguém, não tenho parentes, não tenho casa, não conheço o idioma. Mas não me sinto perdido", conta, abaixando a cabeça para esconder a emoção.

Ele escolheu como o destino o Brasil, a mais de 11.000 km de sua terra natal, porque foi o único país que aceitou seu pedido de asilo e não queria arriscar a vida no mar para tentar chegar à Europa de forma irregular.

Com uma tradição de conceder asilo e a forte comunidade árabe radicada no país há décadas, o Brasil acolheu 2.077 refugiados sírios desde que a guerra começou em 2011, muito mais do que qualquer outro país da América Latina.

Não negou um único pedido de visto a um refugiado e chegou, inclusive, a adotar medidas em 2013 para simplificar e acelerar os trâmites de asilo para os sírios.

Mas diferentemente de Khaled, quase todos os refugiados sírios que chegam aqui querem voltar à Europa ou até mesmo para a Turquia quando veem que o Brasil, em plena crise econômica e política, no os ajuda com um subsídio, vivendo nem emprego.

"Deus não tem religião"

O padre Alex decidiu começar a acolher refugiados em sua paróquia há um ano e meio, quando assistia a uma reportagem na televisão sobre os sírios.

Em sua igreja também vivem refugiados nigerianos, afegãos, palestinos e iraquianos, mas 90% são sírios.

A guerra na Síria causou a morte de mais de 240.000 pessoas e levou ao exílio mais de quatro milhões. O êxodo de dezenas de milhares de sírios para a Europa é a causa da pior crise migratória desde a Segunda Guerra Mundial.

"Eu sou cristão e eles são, em sua grande maioria, muçulmanos. Mas Deus é um só para nós e somos irmãos. Deus não tem religião", disse Coelho.

Dara Rmadan tem 42 anos, mas aparenta muito mais. Ele vendeu sua casa no norte da Síria, perto da fronteira com o Iraque, para fugir com a mulher e os quatro filhos da guerra, iniciada em 2011, durante a qual sua loja de roupas foi incendiada.

Todos chegaram a Istambul, onde está sua família, mas Dara veio para o Brasil em busca de um futuro melhor depois que vários países europeus rejeitaram seu pedido de asilo. Agora, quer voltar à Turquia.

"Na Europa o governo te dá casa, um salário, plano de saúde. Se trouxer minha família para cá, não terei como sustentá-la", disse, por meio de um tradutor.

"Mas não sinto saudades da Síria. Não tenho nada lá. Perdi tudo. Não resta ninguém de quem sentir saudades", disse.

Em frente à igreja, Mohammed Ebraheem, de 20 anos, vende esfirras e outras comidas típicas de seu país, que prepara diariamente com os pais e seus dois irmãos. O padre Alex os ajudou a comprar uma máquina para fabricar as esfirras.

"Preciso de ajuda para encontrar uma casa. O complicado aqui é a moradia. Se a gente tem casa, vir aqui é muito melhor do que ir para a Europa", conta, em bom português, o jovem que fugiu da Síria antes de ter que se apresentar ao Exército.

Outros sírios que moram na igreja se adaptaram rapidamente ao jeito carioca e para faturar algum vendem cerveja e doses de vodca nas praias e nas ruas do Rio.

A Justiça pedirá a pena de morte para um ateu radical por matar três estudantes muçulmanos no leste dos Estados Unidos, em fevereiro passado, noticiou a imprensa local.

Craig Hicks, de 46 anos, que se proclama "ateu militante", é acusado do assassinato de seu vizinho, Deah Shaddy Barakat, de 23, da mulher deste, Yusor Mohammad Abu-Salha, de 21, e da irmã dela, Razan Mohammad Abu-Salha, de 19, no apartamento na localidade de Chapel Hill (Carolina do Norte), onde o casal morava.

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O procurador do distrito de Durham entregou um documento à Justiça, indicando sua intenção de pedir a pena de morte para Hicks, relatou o jornal local "Herald-Sun" na segunda-feira. Hicks se entregou após os assassinatos cometidos em 10 de fevereiro. A polícia de Chapel Hill disse à AFP nesta terça que o acusado está cooperando com a investigação.

A polícia especula que os homicídios possam ter sido consequência de uma longa disputa por uma vaga no estacionamento do prédio, mas não se descarta outros motivos, incluindo crime de ódio. Na segunda-feira, a polícia mostrou 12 armas de fogo apreendidas no apartamento de Hicks, entre elas vários rifles. Os boletins policiais relatam ainda que Hicks guardava fotos e anotações sobre o estacionamento nesse conjunto residencial.

O FBI (Polícia Federal americana) abriu uma investigação para determinar, se Hicks estava motivado por sua postura antirreligiosa. No mês passado, ele foi formalmente indiciado por um grande júri por três acusações de homicídio doloso. De acordo com a legislação da Carolina do Norte, se for considerado culpado, Hicks pode ser condenado à prisão perpétua sem direito à liberdade condicional.

O réu costumava postar dezenas de mensagens antirreligiosas em sua página no Facebook. Em uma delas, ele se classifica como "antiteísta". Além disso, manifestava uma "profunda objeção contra a religião", publicando comentários contra o Cristianismo, o Islã e a Igreja mórmon. O presidente americano, Barack Obama, considerou o crime "brutal e ultrajante". Milhares de pessoas compareceram ao enterro dos estudantes.

O presidente americano, Barack Obama, declarou nesta quarta-feira (18) que muitos muçulmanos americanos vivem com medo, após o homicídio, há uma semana, de três estudantes muçulmanos na cidade universitária de Chapel Hill, sudeste dos Estados Unidos. "Ainda não sabemos por que estes três jovens (...) foram brutalmente assassinados em Chapel Hill. Mas sabemos que muitos muçulmanos americanos em todo o país estão preocupados e têm medo", escreveu Obama em uma coluna, coincidindo com o segundo dia de uma reunião contra o extremismo realizada em Washington com a participação de representantes de 60 países.

"Os americanos de todas as religiões e de todas as origens devem permanecer unidos com uma comunidade em luto e insistir no fato de que uma pessoa jamais deve ser atacada por ser quem é, por sua aparência ou seu credo", disse o presidente americano no texto publicado no Los Angeles Times.

O triplo homicídio provocou comoção nos Estados Unidos e no mundo. Milhares de pessoas acompanharam na última quinta-feira (12) o funeral dos jovens.

A polícia não determinou ainda se as vítimas, Yusor Abou-Salha, Razan Abou-Salha e o marido de Yusor, Deah Shaddy Barakat, foram assassinadas por motivos religiosos ou devido a uma disputa com vizinhos. O suspeito pelos três crimes é Craig Stephen Hicks, de 46 anos, que se entregou à polícia após as mortes. Ele é acusado de assassinato e pode ser condenado à pena de morte ou à prisão perpétua.

"Para enfrentar a Al-Qaeda e a organização Estado Islâmico, que propagam a mentira de que os Estados Unidos estão em guerra contra o Islã, temos todos um papel na defesa dos valores de pluralismo que nos definem", disse Obama. "Este pluralismo por vezes foi ameaçado por ideologias de indivíduos cheios de ódio", acrescentou, fazendo alusão ao ataque lançado em agosto de 2012 em um templo Sikh em Oak Creek, Wiscosin (norte), e à morte de três membros da comunidade judaica no Kansas (centro) em abril de 2014.

Obama fará um discurso ao fim da tarde desta quarta-feira no encontro realizado em Washington, anunciado pelos Estados Unidos em janeiro, pouco depois dos atentados em Paris, mas previsto desde antes. Na quinta-feira (19) participarão do encontro o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, os ministros do Interior de França e Grã-Bretanha, Bernard Cazeneuve e Theresa May, os ministros das Relações Exteriores de Jordânia e Japão, Naser Judeh e Yasuhide Nakayama, e o secretário-geral da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI), Iyad Madani.

Um grande júri da Carolina do Norte acusou de homicídio doloso Craig Hicks, autor de disparos que mataram três estudantes muçulmanos, incluindo um casal, informou a polícia nesta terça-feira (17). Hicks, de 46 anos, e que se dizia ateu militante, foi acusado pelo homicídio, na semana passada, de três muçulmanos moradores da cidade universitária de Chapel Hill.

Morreram no ataque Deah Shaddy Barakat, de 23 anos; sua esposa, Yusor Mohammad, de 21, e a irmã dela, Razan Mohammad Abu-Salha, de 19. Todos eram originários de Raleigh, capital do estado. A polícia informou que o ataque pode ter sido provocado por uma longa briga de vizinhos motivada pelo estacionamento, embora não se tenha descartado a possibilidade de que se trate de um crime de ódio.

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Uma página no Facebook, atribuída a Hicks, mostrava dezenas de mensagens antirreligiosas, inclusive uma no qual se autodenominava de "antiteísta", dizendo que ele tinha uma "profunda objeção contra a religião", além de desenhos denunciando o cristianismo, o Islã e a Igreja mórmon.

Hicks, que se entregou depois dos disparos nas adjacências da Universidade da Carolina do Norte, está detido, sem direito à fiança, na prisão do condado de Durham. Milhares de pessoas se concentraram no campus, na semana passada, para um dia de luto em memória das vítimas.

O secretário-geral da Organização para a Cooperação Islâmica, Iyad Madani, a maior organização islâmica do mundo, fez uma rara visita nesta segunda-feira à mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém. Ele pediu aos muçulmanos que sigam seu exemplo e se dirijam à cidade para fortalecer a reivindicação palestina ao local sagrado.

A visita do líder da organização, que reúne 57 países, acontece num momento sensível, após meses de tensões e violência por causa da localização do templo, uma área sagrada tanto para judeus quanto para muçulmanos na Cidade Velha de Jerusalém, embora a

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Madani é cidadão da Arábia Saudita, país que não tem relações diplomáticas com Israel, mas que atua como guardião dos locais mais importantes para o Islã. A mesquita de Al-Aqsa é o terceiro local mais sagrado para o Islã, depois de Meca e Medina, cidades que ficam em território saudita.

"Vir à mesquita é um direito para mim e para todos os muçulmanos", declarou Madani. "É nosso direito vir aqui e orar aqui. Nenhuma autoridade de ocupação deve tirar este direito de nós."

Israel tomou Jerusalém Oriental, o que inclui a Cidade Velha, durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, e anexou a área, medida que não é reconhecida internacionalmente. Os palestinos querem que Jerusalém Oriental seja a capital de seu futuro Estado, mas Israel afirma que não permitirá que a cidade seja dividida.

A colina onde está a mesquita está no centro de uma disputa. Conhecida pelos judeus como Monte do Templo e como Nobre Santuário pelos muçulmanos, o local é o mais sagrado para o judaísmo, pois é reverenciado como a localização de antigos templos hebreus. Apesar disso, segundo a ortodoxia judaica, os judeus não devem ir até lá.

No ano passado, as visitas de judeus nacionalistas deram origem a rumores de que Israel estaria planejando assumir o controle da área. Israel negou as afirmações, mas as tensões levaram a violentos protestos palestinos. Israel restringiu o acesso de muçulmanos à colina e uma série de ataques palestinos resultou na morte de 11 pessoas. Fonte: Associated Press.

O continente americano foi descoberto pelos muçulmanos no século XII e não pelo navegador genovês Cristóvão Colombo mais de dois séculos depois, afirmou neste sábado (15) o presidente turco Recep Tayyip Erdogan.

"Os contatos entre América Latina e o islã remontam ao século XII. Os muçulmanos descobriram a América no ano de 1178, não Cristóvão Colombo", disse Erdogan em um discurso durante uma reunião de líderes muçulmanos de países da América latina organizado pelas autoridades turcas.

"Os marinheiros muçulmanos chegaram a América em 1178. Colombo menciona a existência de uma mesquita em uma colina sobre a costa cubana", insistiu.

Neste sentido, Erdogan se mostrou favorável a participar na construção de uma mesquita no local citado pelo explorador genovês. "Gostaria de falar com meus irmãos cubanos, uma mesquita ficaria perfeita nesta colina também atualmente", completou o chefe de Estado conservador-islâmico.

Segundo os livros de história, Cristóvão Colombo foi o primeiro estrangeiro a pisar no continente americano, em 1492, quando tentava descobrir uma nova rota para chegar à Índia.

Uma corrente extremamente minoritária de historiadores e teólogos muçulmanos coloca em dúvida a descoberta, com a sugestão de uma presença muçulmana anterior a esta data, mas nunca foi descoberto qualquer vestígio desta presença.

Em um artigo polêmico publicado em 1996, o historiador Youssef Mroueh menciona um trecho dos relatos de Colombo que faria referência a uma mesquita observada em Cuba.

Mas outros historiadores descartaram de maneira unânime a hipótese e ressaltaram que a "mesquita" era apenas uma imagem metafórica utilizada para descrever a forma da paisagem.

Eleito presidente em agosto, Erdogan governa a Turquia desde 2003, quando assumiu o cargo de primeiro-ministro, e é famoso por suas declarações polêmicas dentro e fora do país.

Mais de dois milhões de muçulmanos começaram neste sábado, em Mina, perto de Meca, o ritual de apedrejar a imagem de Satã, no primeiro dia da festa de Eid al Kabir, a festa do sacrifício, que faz parte da peregrinação anual. Os homens, usando branco, e as mulheres, com o corpo totalmente coberto, desfilam diante de três pilares que simbolizam o demônio.

O ritual estabelece que os peregrinos devem atirar sete pedras no primeiro dia e 21 no dia seguinte.

Os fieis passaram a madrugada deste sábado no vale de Muzdalifa depois de terem rezado durante o dia no Monte Arafat.

O começo da lapidação de Satã coincide com o primeiro dia da festa do sacrifício, celebrada por muçulmanos de todo mundo.

A lapidação simboliza, segundo a tradição muçulmana, a resistência a Satã que apareceu em três lugares diferentes a Abraão para dissuadi-lo de sacrificar seu filho Ismael como Deus pedia.

Quando preparava o sacrifício de seu filho, Abraão recebeu um cordeiro, o qual matou no lugar no menino.

Para recordar o gesto do patriarca, os peregrinos sacrificam um animal, em geral um cordeiro, cuja carne é distribuída aos necessitados.

Essa tradição é respeitada pela grande maioria dos 1,5 bilhão de muçulmano no mundo.

No entanto, os peregrinos já não cumprem esse ritual de sacrificar animais e, sim, encarregam agências especializadas em distribuir a carne.

Este ano, 2.085.238 de fieis realizaram a peregrinação, sendo que 1.389.053 são provenientes do exterior e 696.185 da Arábia Saudita.

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