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O Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) anunciou nesta quarta-feira (20) o adiamento dos Mundiais Paralímpicos de Natação e de Halterofilismo, que estavam previstos para serem realizados a partir de 30 de setembro na Cidade do México, em razão dos efeitos devastadores do terremoto ocorrido no país na última terça. O IPC explicou que a decisão foi tomada após uma avaliação da situação atual da Cidade do México após contatos com o Comitê Organizador Local e o governo local. O terremoto de magnitude 7,1 graus na escala Richter causou centenas de mortes e provocou grandes danos em edifícios e na infraestrutura da Cidade do México.

Os locais onde as competições seriam realizadas tiveram apenas pequenos danos, mas uma avaliação estrutural total precisará ser realizada. Além disso, alguns dos hotéis que hospedariam atletas foram gravemente danificados. A previsão dos organizadores era de que 1.400 pessoas envolvidas nas competições iriam para a Cidade do México para os Mundiais Paralímpicos de Natação e de Halterofilismo, que seria realizado de 30 de setembro a 6 de outubro. A equipe brasileira de natação paralímpica viajaria na noite da última terça-feira para a competição, mas o embarque acabou sendo adiado após o terremoto.

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"Como resultado desta tragédia, concordamos plenamente que o foco imediato das autoridades mexicanas deve ser priorizar a recuperação e a reconstrução para o povo do México e não organizar dois grandes eventos esportivos internacionais. Assim, acertamos com o Comitê Organizador Local e o governo da Cidade do México para adiar os Campeonatos Mundiais Paralímpicos de Natação e de Halterofilismo até novo aviso", afirmou Andrew Parsons, presidente do IPC.

Ainda não há uma definição sobre uma nova data para os Mundiais. Além disso, o IPC avaliará a possibilidade de mudar a sede das competições. A entidade destaca, porém, que o seu foco está em ajudar as delegações que já estavam no México.

"Nossa prioridade imediata agora é trabalhar com as delegações que estão na Cidade do México para garantir sua partida segura. Então avaliaremos se podemos reorganizar esses campeonatos em um futuro próximo na Cidade do México ou procurar alternativas", concluiu o dirigente.

O Comitê Paralímpico Brasileiro decidiu suspender o embarque da delegação de natação paralímpica, que seria realizado na noite desta terça-feira, 19, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, rumo à Cidade do México, devido ao forte terremoto que atingiu a cidade. O grupo de 18 atletas embarcaria para um período de aclimatação antes do Mundial da modalidade, que está previsto para começar no dia 30 de setembro.

Ainda não há uma definição de uma nova data de embarque. A direção técnica do Comitê prefere aguardar mais informações sobre as condições da cidade e sobre o status da competição, a fim de garantir a segurança de todos. No comunicado sobre o cancelamento da viagem, o Comitê Paralímpico Brasileiro lamentou a catástrofe e desejou "força a todos os mexicanos afetados pelo terremoto".

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Na última quarta-feira (13), Pernambuco foi premiado com as primeiras medalhas nos Jogos da Juventude, que estão sendo disputados em Curitiba-PR. Judô, luta olímpica e natação foram os esportes pernambucanos premiados com Ana Lívia Araújo (Colégio Evolução - Jaboatão dos Guararapes), ouro na categoria até 64kg do judô; Manoela dos Santos (Escola Municipal Mario Matos - Garanhuns) e Klivia Ramos (Escola Municipal Padre Agobar Valença – Garanhuns), prata e bronze nas categorias de 30kg até 40kg e de 57kg até 62kg da luta olímpica, respectivamente, e Julia Góes (Colégio Salesiano - Recife), que levou a prata nos 100m costas da natação.

A primeira vitória veio com Ana Lívia Araújo no judô. A pernambucana, que no ano passado já havia conquistado ouro na disputa por equipes da 2ª divisão, ficou com o título individual deste ano e abriu a contagem das medalhas do Estado. "Ano passado perdi o individual por um vacilo, então vim muito focada para este ano. Era a única medalha que me faltava nessa categoria mirim. Foi surreal conquistá-la aqui. O sentimento é de gratidão a todo mundo que me ajudou. Até me senti importante ao saber que fui a primeira medalha de Pernambuco neste ano", brincou a atleta. Para chegar ao lugar mais alto do pódio, Ana Lívia travou uma disputa duríssima diante de Amanda Pereira (RO). A final só foi decidida no golden score, quando Ana Lívia venceu a oponente após uma punição (shido).

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Em seguida, mais duas medalhas vieram da luta olímpica. Primeiro com o bronze de Klivia Ramos na categoria de 57kg até 62kg e depois com a final de Manoela dos Santos na categoria de 30kg até 40kg. A pernambucana estava à frente do placar, mas acabou levando um contragolpe da adversária capixaba, que obteve o golpe pefeito (o touch). Manoela, então, ficou com a prata, em sua primeira competição nacional. “Estou muito orgulhosa por levar essa medalha para Pernambuco. Foi a primeira vez que competi fora do Estado e já conquistei uma prata em um campeonato brasileiro. Estou bem feliz com o resultado”, comemorou. Tanto Klivia quanto Manoela treinam na cidade de Garanhuns, no Agreste pernambucano, e são representantes de escolas da rede pública.

Na natação, Julia Góes conquistou a prata nos 100m costas com o tempo de 1min05seg26, atrás apenas de Fernanda Gomes (DF), que cravou 1min04seg58. Julia Peixoto (RS), com a marca de 1min08seg57, completou o pódio. “Minha prova foi muito boa, consegui encaixar uma saída legal. O detalhe foi ali no final, cheguei um pouco ‘deslizando’ na batida e uma prova dessas é decidida nos detalhes. Mas o bom é que posso corrigir para os 50m, que são minha especialidade. Vou com toda a raça”, contou Julia, que vai disputar ainda os 50m costas em busca da medalha de ouro.

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Confira a programação dos atletas pernambucanos que competem nesta quinta-feira (14):

ATLETISMO

Masculino

José Darlan Lima – Pentatlo / Salto em Distância

Pedro Araújo – Pentatlo

Leandro Silva – Lançamento do Disco

Yago Delgado – 100m com barreiras (Final)

Francisco Batista – 75m (Semifinal)

Natanael Gomes – 1.000m

Antônio Pedro Nascimento – Salto em Altura

Maylon Teixeira – Lançamento do Disco

Revezamento 4 x 75m – José Davi Lemos / Yago Delgado / Francisco Batista / Romero Souza

 

Feminino

Nathália Paulino – Salto em Distância (Final)

Pamela Silva – 80m com barreiras (Final)

Laise Silva – Arremesso do Disco

Jaqueline Gomes – 1.000m

Thaynara Silva – 1.000m

Kamilly Silva – Pentatlo

Lyvia Gondim – Pentatlo

Revezamento 4 x 75m – Pamela Silva / Nathalia Paulino / Beatriz Lima / Francisca Silva

 

JUDÔ

Masculino

Oseias Oliveira – categoria -36kg

Ricardo Amorim – categoria -40kg

Lucas Costa – categoria -44kg

Kauã Higashi – categoria -48kg

 

Feminino

Rebeka Venceslau – categoria -36kg

Luciana da Silva – categoria -40kg

Maria Gabriela Almeida –  categoria -44kg

Yasmim Barbosa –  categoria -48kg

 

NATAÇÃO

Masculino

Allan Sales – 100m livre

Diego Silva – 400m livre

Gabriel Hoffman – 50m peito

Pedro Guido – 400m livre

Vinícius Zorrilla – 100m livre / 50m peito

 

 

Feminino

Beatriz Guimarães – 100m livre / 200m medley

Ana Luisa Correia – 50m peito

Maria Mariana Xavier – 100m livre

Melquizia da Silva – 50m peito

Giovanna Araújo – 200m medley

*Revezamento 4 x 50m medley misto – Gabriel Hoffman/ Pedro Guido/ Julia Goes / Luisa Sial

 

BADMINTON – Disputa Individual

Masculino

Breno Lima

José Elisson Ferreira

 

Feminino

Siziane Ferro

Vitória Oliveira

 

CICLISMO – Prova Circuito

Masculino

Jonathan Silva

Alex Pereira

 

Feminino

Maria Lucicleide Silva

Aline Silva

 

GINÁSTICA RÍTMICA – Disputa Por Aparelhos

Samara Xavier

Giovanna Polesi

Natália Henriques

Camila Freitas

 

LUTA OLÍMPICA

Masculino

Hugo da Silva – categoria de 53kg até 59kg

 

 

TÊNIS DE MESA – Disputa de Duplas / Individual

Masculino

Gustavo Carvalho

Leonardo Cordeiro

 

Feminino

Dináh Araújo

Camilly Silva

 

XADREZ

Masculino

Max Soares

 

Feminino

Ana Luísa Oliveira

Foi estendido o prazo para estudantes da rede municipal que querem se inscrever nos Jogos Escolares do Recife. Agora, as crianças têm até o dia 11 de setembro para garantir vaga nas disputas que ocorrem entre os dias 24 de setembro e 28 de novembro. Há disputas de futsal, handebol, voleibol, atletismo, natação e badminton nas categorias Pré-Mirim (10 a 11 anos), Mirim (12 a 14 anos), Infantil (15 a 17 anos) e Pessoas com Deficiência (estudantes a partir dos 10 anos). As próprias escolas estão realizando as inscrições que devem ser encaminhadas para a Secretaria de Turismo, Esportes e Lazer do Recife.

Os Jogos estarão disponíveis para todos os estudantes inscritos das escolas municipais que têm turmas de anos finais do ensino fundamental e servem como etapa classificatória para os Jogos Escolares de Pernambuco (JEP's) e, consequentemente, para os Jogos Escolares da Juventude, realizados pelo Comitê Olímpico Brasileiro.

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Cronograma

01/08 a 11/09 - Período de inscrições para os Jogos Escolares do Recife 

24/09 - Cerimônia de abertura dos Jogos Escolares

25/09 a 28/11 - Competições dos Jogos Escolares

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---> Estão abertas as inscrições para os Jogos Escolares

No último final de semana, Conor McGregor fez 'luta do século' contra Floyd Mayweather, e foi derrotado. Depois desse duelo, McGregor foi convidado para mais um confronto. Dessa vez, longe dos ringues. O nadador Michael Phelps usou sua página oficial no Twitter para convidar o lutador para uma disputa dentro da piscina. "Com toda essa falação... deveríamos nadar também, McGregor?", escreveu Phelps. 

Michael Phelps está aposentado desde os Jogos Olímpicos de 2016, e é dono de 28 medalhas. 23 de ouro, três de prata e duas de bronze. Já Conor McGregor é bem conhecido por ter tirado o cinturão dos penas do brasileiro José Aldo. Além de se tornar o primeiro lutador do UFC a ser campeão em duas categorias diferentes ao mesmo tempo. 

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Vale lembrar que no mês de julho deste ano Michael Phelps competiu contra um tubarão, mas acabou derrotado pelo animal. Phelps nadou 100 metros em um oceano aberto em 38,1 segundos, contra 36,1 segundos do predador. 

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O nadador Henrique Martins conquistou o bronze na prova de 100m borboleta na Universíade de Verão 2017, décima medalha brasileira no evento, que ocorre em Taiwan. 

O ouro ficou com o russo Aleksandr Sadovnikov (51s81) e a prata com o ucraniano Andrii Khloptsov (51s91). Martins terminou a prova em 51s96. 

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“Eu sabia que seria uma prova difícil, porque tínhamos ótimos nadadores. E eu sabia que tinha que fazer 51 (segundos) para estar no pódio”, declarou Martins. “Estou muito feliz por ser o segundo brasileiro com mais medalhas em Universíades, tenho seis agora, o primeiro lugar tem oito”, lembrou, referindo-se a Djan Madruga, que participou das Universíades de 1979 e 1981.

No quadro de medalhas, o Brasil ocupa a 26ª posição, com dez pódios: um ouro, três pratas e seis bronzes. A liderança permanece com a Coreia do Sul, que soma 61 medalhas (24 ouros, 17 pratas e 20 ouros). O Japão, sede dos próximos Jogos Olímpicos, em 2020, aparece em segundo, com 54 medalhas (21 ouros, 13 pratas e 20 bronzes), seguido pelos anfitriões da China Taipei, com 46 pódios (15 ouros, 19 pratas e 12 bronzes).

A delegação brasileira conta com 183 esportistas, 45% deles bolsistas do Ministério do Esporte. Eles estão inscritos em 14 das 21 modalidades previstas no programa do evento, que reúne, ao todo, 7,7 mil atletas, de 170 países. As competições seguem até 30 de agosto.

Atletismo

No atletismo, cuja equipe está sob a supervisão da campeã olímpica do salto em distância em Pequim 2008, Maurren Maggi, dois brasileiros disputaram a final do salto triplo, mas não subiram ao pódio. Jean Cassemiro e Mateus Daniel terminaram, respectivamente, em sexto e oitavo lugares.

As provas do atletismo prosseguem em Taiwan e o Brasil tem representantes nas provas de 100m, 200m, 400m, 400m com barreira, salto com vara, 800m, lançamento de dardo, lançamento de disco, 110m com barreira, salto triplo, decatlo, 1500m, salto a distância, lançamento de martelo, 3000m com obstáculo, meia maratona, heptatlo e arremesso de peso.

O Brasil já conquistou dez medalhas na primeira semana de competições da Universíade. O torneio, que acontece em Taiwan, começou no último dia 19 e se encerra no dia 30 de agosto. 

Na sexta-feira (25), Henrique Martins, da natação, ficou em terceiro lugar nos 100 metros borboleta. O bronze foi a décima medalha brasileira e a segunda do atleta, que já havia conquistado o terceiro lugar nos 50 metros borboleta.

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No quadro geral de medalhas, o Brasil encontra-se na 26ª posição, mas busca reduzir a distância para o top 10 a cada edição do torneio – uma meta de longo prazo da Confederação Brasileira do Desporto Universitário.

Neste ano, o objetivo é chegar à 15ª colocação. Em 2015, o País havia ficado em 23º, com oito medalhas. Os pódios brasileiros se concentram em três esportes: natação, taekwondo e judô, que tem sete das 10 medalhas brasileiras.

Quadro geral de medalhas

O ranking é liderado pela Coreia do Sul, que tem 24 ouros e 61 medalhas no total. O Japão está em segundo, com 20 medalhas de ouro e 51 no total. Taipei Chinesa, a delegação anfitriã, está em terceiro, com 15 ouros e 51 no total. Rússia e Coreia do Norte completam o top 5, e os Estados Unidos estão em sexto.

A judoca Bárbara Timo conquistou o único ouro do Brasil até agora, na categoria até 70kg. Gabriela Chibana (-48kg) e Eleudis Valentim (-52kg) foram prata. A equipe masculina levou para casa o bronze, assim como Vinicius Panini (-81kg), Ruan Isquierdo (absoluta) e Tamires Crude (-57kg).

No taekwondo, Maicon Andrade chegou à final da categoria mais de 87kg, mas sofreu uma lesão e recebeu recomendação médica para não disputar a última luta. Por isso, ele ficou com a prata.

Competições futuras

A seleção brasileira de vôlei masculino derrotou os Estados Unidos por três sets a zero na sexta-feira (25) e garantiu a classificação para as quartas de final. No futebol feminino, o Brasil está na semifinal e vai disputar uma vaga na decisão do título contra a Rússia, neste sábado (26).

Durante as Olimpíadas Especiais, que serão realizadas entre os dias 25 e 26 deste mês, na UNINASSAU, o programa Atletas Saudáveis, em parceira com Lions Clube da região e APABB – (Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência, de Funcionários do Banco do Brasil), realizará atendimentos oftalmológicos. Também estão previstas ações para outras especialidades, como odontologia, fonoaudiologia, fisioterapia, ortopedia e promoção à saúde para os atletas da APABB.

Os atletas serão atendidos com a infraestrutura montada pela Fundação Altino Ventura. Serão 60 profissionais da saúde de vários estados do Brasil, voluntários que, em parcerias com as instituições, ampliarão o atendimento específico de pessoas com deficiência intelectual no país.

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As avaliações oftalmológicas integram as ações da iniciativa Abrindo Teus Olhos. Cerca de 200 atletas passarão pelo processo de triagem e exames visuais, realizados por tecnólogos oftálmicos e oftalmologistas voluntários de vários estados brasileiros. Aqueles que necessitarem de correção visual receberão óculos com lentes em policarbonato, mais leves, finas e resistentes a impactos, doadas pela Essilor. Além disso, todos os atletas receberão óculos solares.

Confira os horários e locais de atendimento:

Sexta-feira (25), na UNINASSAU, das 13h00 às 17h00.

Sábado (26), no COMPAZ Ariano Suassuna, das 9h00 às 16h30.

O COMPAZ fica localizado na Rua General San Martin, 1208, no Bairro de San Martin, Zona Oeste do Recife.

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---> UNINASSAU volta a sediar as Olimpíadas Especiais

A partir da próxima quinta-feira (24), a UNINASSAU, abre as portas para receber o programa Atletas Saudáveis, que inclui o Festival Atletas Jovens e os Jogos Locais das Olimpíadas Especiais. Voltado para pessoas com deficiência intelectual, as atividades acontecem em parceria com a Special Olympics Brasil, uma organização internacional que promove treinamentos e competições em diversas modalidades esportivas. Também são parceiros do evento, a Prefeitura da Cidade do Recife e o Lions Club Recife.

Na quinta, ocorre a capacitação dos diretores clínicos e voluntários que atuarão com os atletas inscritos no Programa. Serão apresentadas as disciplinas que formam a iniciativa: FunFitness, Pés Legais, Audição Saudável, Sorrisos Especiais, Promoção da Saúde e Abrindo teus Olhos. O segundo dia (25) terá  as atividades do Festival Atletas Jovens no Ginásio Esportivo da UNINASSAU, das 8h às 14h, e está focado no atendimento de crianças de 2 a 7 anos com deficiência intelectual de cinco instituições de Recife: AMAR, APABB, CERVAC, GURI, NOVO RUMO.

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Por fim, na sexta-feira (26), acontecerão os Jogos Locais das Olímpiadas Especiais, no COMPAZ Ariano Suassuna, das 9h às 15h. Cerca de 150 atletas jovens e adultos, com e sem deficiência, irão competir em três modalidades: atletismo, futsal e natação.

"É um privilégio atender a esse público e promover momentos de inclusão social, entendendo que o esporte é sim uma ferramenta. Nós podemos e devemos, enquanto instituição educacional, promover esses momentos na formação dos nossos estudantes e promover essa cidadania da pessoa com deficiência intelectual", comenta a professora do curso de Educação Física da UNINASSAU e uma das organizadoras da ação em Recife, Ana Zélia Belo.

Serviço:

24/08 - Treinamento dos diretores clínicos e voluntários

25/08, das 8h às 14h - Festival Atletas Jovens | Ginásio Esportivo da UNINASSAU - Rua Guilherme Pinto,114, Derby (Bloco A)

26/08, das 9h às 15h - Jogos Locais das Olimpíadas Especiais | COMPAZ Ariano Suassua - Rua Gal. San Martin, 1208, San Martin

Em julho deste ano, Etiene Medeiros conquistou uma medalha de ouro no Campeonato Mundial de Natação, tornando-se a primeira mulher do Brasil a ser campeã do mundo em piscina longa. Na manhã desta terça-feira (22), a atleta esteve no Recife e visitou seu antigo colégio, o Colégio CBV, no bairro de Boa Viagem. A nadadora foi recebida com festa e, durante a visita, deu autógrafos e conversou com os alunos.

Diante da recepção calorosa, ela não escondeu a alegria. "O nosso Estado é cheio de telentos, mas precisa de exemplos para se motivar. Eu fico muito grata de ser uma pioneira nesse resultado e ser um exemplo. Eu queria me jogar naquelas crianças e isso pra mim é o que o esporte me deu. O esporte realmente abre portas", disse.

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Confira a entrevista exclusiva:

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--> O futuro da natação passa pela popularização no Estado

Pernambuco tem tradição nas piscinas. Esta não é uma afirmação controversa, o histórico de atletas compondo a seleção brasileira e conquistando torneios internacionais só reforça que o Estado costuma ser um celeiro de grandes nadadores. Nomes como o de Adriana Salazar, o próprio João Reinaldo Costa Lima Neto, o 'Nikita', passando por Joanna Maranhão, Paula Baracho, e mais recentemente, Etiene Medeiros, costumam levar a bandeira pernambucana aos postos mais altos dos pódios. A preocupação agora é sobre quem irá manter o ritmo, principalmente sabendo que o caminho de fácil não tem nada.

O LeiaJa.com conversou com a nadadora Joanna Maranhão, dona de diversos recordes nacionais e medalhas em mundiais e jogos Pan-Americanos. Longe do Recife, ela treina em Belo Horizonte-MG, mas entende a realidade do esporte no Brasil e em Pernambuco. A necessidade de tornar a natação mais acessível é algo imprescindível no ponto de vista de Joanna.

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Joanna é uma das maiores recordistas de medalhas no Brasil (Foto: Satiro Sodré/SS Press/CBDA)

"O que falta na natação pernambucana é o mesmo do Brasil inteiro. É um esporte caro, desde o momento de oportunizar para todo mundo uma piscina, e a prática que precisa começar cedo não é para todos. Quando o profissional começa a nadar tem traje técnologico, touca, óculos, nutricionista, parte física, é tudo muito caro. A gente precisa popularizar mais a natação. Inclusive dentro de Pernambuco, se foca muito no Recife e o Estado tem criança para caramba então temos que expandir para o interior", afirmou.

Tornar a prática algo mais comum aos Pernambucanos parece ser o caminho mais rápido. Mesmo que, em um primeiro momento, não seja algo exclusivamente voltado para formar atletas de alto rendimento. "É popularizar a modalidade. Em um primeiro momento sem visar o alto rendimento, apenas aumentando o número de praticantes. Depois, com uma boa quantidade, se tira qualidade. O caminho é esse, colocar mais crianças nadando, desde a base, mais atrativa, mais brincadeira de caráter lúdico", disse a nadadora.

Sobre o cenário atual, a imagem que chega para Joanna é de um quadro enfraquecido, especialmente pela saída daquele que foi um dos formadores de grandes expoentes das piscinas pernambucanas, o técnico Nikita. "Eu estou fora de Pernambuco desde 2015, então fica difícil falar. Mas vejo, em geral, um cenário pior. No sentido de que, quando se fala da demanda de atletas que chegavam à seleção brasileira, quase a totalidade era de Nikita que dava uma noção mais profissional e a gente chegava. Como foi comigo, Paula, Etienne. Eu nunca vi outro clube com atletas indo e permanecendo. Com o fato dele não estar mais trabalhando com competições, vejo um quadro piorado", contou.

A reportagem visitou as piscinas da escola de natação Nikita e do Sport para conversar com o próprio Nikita e Raul Fuentes, treinador que também teve contato com os maiores destaques do cenário local. Confira o resultado do papo com os técnicos no vídeo a seguir:

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Medalhista de prata nos 50 metros livre e também no revezamento 4x100m livre no Mundial de Budapeste, no mês passado, Bruno Fratus confirmou a condição de quem vem se firmando como principal destaque da natação do Brasil hoje e também provou ser um dos maiores velocistas do planeta.

Na esteira do legado de glória de Cesar Cielo, campeão olímpico de Pequim-2008 e dono de vários títulos mundiais, o carioca de 28 anos ainda celebra seus últimos feitos e exalta o País pelo desempenho na Hungria, mas segue faminto por medalhas neste ciclo olímpico que visa principalmente os Jogos de Tóquio-2020.

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Em longa entrevista exclusiva ao Estado, concedida por telefone direto de Auburn, nos Estados Unidos, onde mora e treina desde 2013, Fratus revelou que no Mundial da Hungria pela primeira vez viu a seleção brasileira de natação verdadeiramente unida como um time, fato que ajudou a fazer o time nacional a ter uma "redenção" após não subir ao pódio por nenhuma vez na Olimpíada do Rio na modalidade.

Entre outras coisas, o velocista negou também projetar a meta de ocupar o lugar de Cielo como novo astro maior do País na natação, mas ao mesmo tempo disse que "aceitaria esse papel com a maior honra". Para completar, exibiu confiança ao afirmar que tem "absoluta certeza" de que pode quebrar o recorde mundial dos 50m livre, que Cielo estabeleceu em 2009 ainda nos tempos em que era permitido o uso dos trajes tecnológicos, proibidos a partir de 2010. "Trajes não existem mais, mas recordes estão aí para serem batidos".

Irreverente, Fratus ainda garantiu que continuará exibindo a personalidade forte que em algumas ocasiões lhe trouxe aborrecimentos e críticas, que não o farão deixar de seguir falando o que pensa ou agindo de forma autêntica. "Não tem coisa que me irrita mais do que o politicamente correto. Não esperem de mim que eu seja um personagem... Eu continuarei sendo como eu sou", disse. Confira a entrevista:

Quais motivos você aponta como os principais para a sua volta por cima após a decepção de não ter conseguido subir ao pódio na Olimpíada no Rio? Você qualificou a prata obtida nos 50m do Mundial como uma "redenção" depois de o Brasil também não ter alcançado nenhum pódio nos Jogos...

Antes de tudo, acho legal deixar claro uma coisa: foi uma decepção pessoal minha. Em termos de organização, foram os Jogos Olímpicos mais lindos que eu participei e já vi. Aquela final, com eu entrando no estádio olímpico (da natação) e todo mundo gritando meu nome, foi uma das coisas mais emocionantes que eu vivi até hoje. Nosso time de natação, apesar da falta de medalhas, teve um número muito maior, um recorde de finais e de semifinais em uma Olimpíada, foi uma evolução como um todo da natação brasileira... Com isso sendo dito, meu resultado, individualmente, baseado no que eu esperava, foi muito abaixo, isso me causou uma decepção muito grande. Apesar de ter sido algo que aconteceu porque eu não consegui me preparar como gostaria.

E como isso aconteceu?

Machuquei em fevereiro (de 2016) e fui me arrastando com uma lesão enquanto estava me preparando para os Jogos Olímpicos no Rio, que por ser no Brasil já tinha um peso emocional e psicológico muito grande, e eu ainda estava treinando para superar essa lesão a cada dia. Mas essa condição estava bastante adversa. Eu tenho pra mim, pelo próprio perfeccionismo que sempre tento buscar, que foi algo que pesou bastante e demorou bastante para ser superado. Para superar tudo isso, se eu fosse falar uma palavra só para isso eu diria 'vontade'. Uma coisa que o meu pai sempre me ensinou é que 'quem quer vai lá e faz'.

E quais foram os maiores obstáculos pra superar essas dificuldades e conquistar duas pratas no Mundial?

Não tendo o meu contrato renovado no início deste ano com o meu clube (na época o Pinheiros), que eu já defendia há dez anos (antes de passar a ser federado pelo Internacional de Regatas, de Santos), tudo empurrava para que eu desistisse. Hoje estou com 28 anos, já fui para duas Olimpíadas e antes destas pratas (nos 50 metros livre e no revezamento 4x100m do Mundial) eu já havia levado um bronze em um Mundial, mas eu ainda não me contentava e ainda hoje não me contento com o que alcancei. Tenho potencial para ganhar muito mais do que isso e minha vontade é de continuar me superando. Para isso vou para piscina para me matar nos treinos, na musculação, e saber usar bem o tempo de descanso para chegar bem nas competições.

E como foi subir ao pódio duas vezes no Mundial após a decepção no Rio, onde você chegou como um dos favoritos a conquistar medalha?

O real motivo para não ter conseguido o resultado que gostaria na Olimpíada foi uma lesão que eu tive nas costas e impediu que eu me preparasse da melhor forma. Em dezembro de 2015, fiz um tempo com o qual eu teria vencido a final dos 50m livre no Rio. Esse ano eu consegui de novo um tempo com o qual eu conseguiria ter ganhado o ouro nos Jogos Olímpicos. Meu corpo é que não estava colaborando.

A própria direção de natação da CBDA admite que houve uma cobrança muito grande sobre os nadadores por medalhas na última Olimpíada. Você se sentiu atrapalhado por esta pressão? E que peso teve para o seu sucesso e do próprio Brasil no Mundial a mudança da gestão da CBDA?

Eu gosto de pressão, da dificuldade da coisa, de ter gente forte nadando do meu lado. A gente sabe que tem bastante responsabilidade pelo apoio que recebemos da CBDA e dos patrocinadores. E o sucesso de nossa equipe é fruto de uma constância pelos últimos campeonatos. Você não pode julgar o sucesso por uma só competição, e essa geração tem feito muitas finais nestas últimas competições. É uma equipe que chegou a ganhar inúmeras medalhas e que no Mundial de Kazan chegou a liderar o quadro de medalhas. No Pan então o que acontece é uma chuva de medalhas do Brasil. É uma evolução sólida, e a gente tem tudo para ir cada vez melhor em Mundiais, Jogos Olímpicos, Pan-Pacíficos, Pan-Americanos e por aí vai.

E como foi ver o Brasil voltar a brilhar na natação após o escândalo de corrupção que provocou até a prisão de Coaracy Nunes, ex-presidente da CBDA, e de outros dirigentes?

A gente nadou um pouco com o coração na mão e precisava fazer algo para reanimar a natação brasileira. Tivemos de conviver com algumas incertezas. Em uma hora tínhamos o apoio dos Correios (patrocinador forte da CBDA), em outra não sabíamos se teríamos o apoio dos Correios, se iria ter seletiva ou não iria ter seletiva para o Mundial... E também é importante destacar que o COB deu um apoio incondicional para a gente e garantiu que poderíamos contar com o seu apoio quando a gente precisasse.

Renato Cordani, diretor de natação da CBDA, disse ao Estado que sentiu um clima de união nunca visto antes em uma seleção brasileira como o do último Mundial. Você acha que isso pesou para os bons resultados?

Todo mundo da administração da nova CBDA, o próprio Cordani, o senhor (Miguel) Cagnoni (presidente eleito neste ano), viu que toda essa situação recente gerou a necessidade de a seleção se unir como um time de verdade. E isso repercutiu muito bem. A nossa equipe do revezamento do 4x100m foi medalha de prata batendo o recorde sul-americano e com o Cesar Cielo quase batendo o recorde mundial dos 100m na parte que nadou para a nossa equipe. Foi a primeira vez que eu senti que a nossa seleção era de fato um time. Já participei de seleções em que cada um pensava em si, já participei de seleções com vários grupinhos, panelinhas, mas esse time de Budapeste era unificado, com um dando força para o outro. Posso estar enganado, mas esse time tem todos os melhores nadadores do Brasil em suas provas em todos os tempos. E seria um desperdício se a gente não conseguisse se ajudar e dar um pouco de força para o companheiro. Chegar ser até piegas falar isso (risos), mas é aquela coisa que justifica aquela velha frase que diz que a união faz a força.

Com essa união o Brasil chegou a duelar diretamente pelo ouro no revezamento 4x100m do Mundial com os EUA, grandes favoritos, e encerraram um jejum de pódios na prova que durava desde 1994 e veio como uma equipe que contava com nomes como Gustavo Borges e Fernando Scherer...

Não só encerramos o jejum como melhoramos o resultado, pois daquela vez o Brasil foi bronze e agora fomos prata. E nadamos lado a lado com o revezamento do Mundial com a equipe dos Estados Unidos, que são a maior potência da natação, e a atitude deles como um time, de união, é muito clara. Eles conseguem exalar isso, o sentimento de time, de unidade, de um nadando pelo outro. Seria um desperdício muito grande se não aprendêssemos com isso.

Você se considera pronto para assumir o lugar de Cesar Cielo como principal nadador do Brasil? Isso aumenta a pressão por resultados expressivos?

Eu não tenho pretensão nenhuma de ser o astro, de ser o cara que é 'o cara da natação'. Isso nunca foi meu objetivo. Mas, se é para ser esse cara, para ser o principal nome da natação, eu aceitaria esse papel como muita felicidade e bastante honra, mas nunca tive a pretensão de ser estrela. Antes de eu ser a estrela, penso primeiro em ajudar o Brasil a se tornar grande. Quem tem que ser visto como protagonista é o esporte, a natação, mas agora, se isso vai ser com Bruno Fratus, Leonardo de Deus, Joana Maranhão não importa. Isso é totalmente secundário.

Qual é o apoio que você passou a ter após o fim da gestão do Coaracy (na CBDA) e a entrada do novo presidente? Antes do último Mundial, a direção de natação da CBDA disse que os nadadores passaram a se sentir mais respaldados e a competirem sem uma cobrança exagerada que se viu, por exemplo, nos Jogos do Rio?

Eu não consigo falar da CBDA, pois não estou dentro da CBDA, mas eu e os outros atletas da seleção sentimos que há uma vontade muito grande da CBDA de trabalhar e evoluir. A gente sente deles a vontade de fazer bem para a natação e também de ajudar a base da natação, de fomentar a natação, de aumentar o número de praticantes no Brasil. O nosso potencial para poder criar grandes nadadores em águas abertas (para provas de maratona aquática) é uma coisa absurda, ao mesmo tempo em que a gente vê bastante criança talentosa nadando.

E como você vê este processo estando há alguns anos treinando e morando nos Estados Unidos?

A gente tem muito talento individual nos atletas, tem muitos técnicos, tem cientistas do esporte que trabalham no nosso País. A diferença entre Brasil e Estados Unidos é, em primeiro lugar, o número de praticantes, pois eles têm muito mais gente nadando hoje do que nós temos. E em segundo lugar a outra diferença é o número de piscinas, de centros de treinamento. Você cuidando bem da estrutura e ajudando a fomentar o esporte entre as crianças que estão em processo de formação, é meio caminho andado, pois o resto a gente já tem.

Você vem em uma grande temporada, com bons resultados desde antes do Mundial de Budapeste, onde confirmou a condição de um dos principais velocistas da natação hoje. Após este feito, até onde você acredita que pode chegar? É possível bater os recordes mundiais do Cielo, como por exemplo o dos 50m livre, então obtido em 2009 no fim da era dos trajes tecnológicos?

Com toda certeza, com certeza absoluta, é possível. Os tempos que foram feitos com os trajes de borracha são referências que a gente pode bater hoje em dia, mas não dá para ficando falando destes tempos porque a natação com trajes não existe mais. Hoje eu acredito que só existem os tempos (obtidos) sem trajes, o que me coloca como dono da terceira melhor marca da história nos 50m livre. Trajes não existem mais, mas recordes estão aí para serem batidos.

O sucesso no Mundial já lhe rendeu mais patrocinadores? O que mudou na sua vida desde então?

A única coisa que mudou na minha vida é que tenho duas medalhas na cabeceira da minha cama e tenho um monte de memórias incríveis daquele Mundial. Infelizmente a iniciativa privada no Brasil só começa a olhar para o esporte quando estão faltando seis meses para começar uma Olimpíada. Eu também não esperava que da noite para o dia eu fosse 'virar o Conor McGregor' (astro do MMA que já faturou milhões). Isso é uma coisa para você ter noção de não vai virar milionário com a natação. As melhores coisas que você pode tirar de uma situação dessa são as lembranças, como por exemplo quando consegui ver a minha esposa enquanto estava em cima do pódio. Tenho duas medalhas no criado mudo da minha cama e um dia vou poder virar para os atletas mais jovens e contar uma história sobre como foi conquistar isso.

Você acredita que o sucesso no Mundial significou uma recuperação do status do Brasil na natação, que ficou abalado com os fracassos na Olimpíada? Em que patamar você vê o Brasil hoje em relação às principais forças da natação?

Não tenho certeza total sobre isso, mas acho que o Brasil é hoje um dos países Top 10 do mundo. Não gosto desta palavra status, que é uma coisa que a mídia gosta de dizer, mas o reconhecimento vem com os resultados. Se você quer reconhecimento, você tem que ter resultado. E a Olimpíada no Rio não foi nenhuma mancha na história da natação brasileira, uma vez que também alcançamos várias finais e semifinais naquela competição no ano passado.

Já dá pra projetar como o Brasil poderá chegar a Tóquio-2020 na luta por medalhas? O que você já mira como principais objetivos pessoais para a próxima Olimpíada? É possível pensar em resultados expressivos também nos 100m livre?

Estou bastante confiante para os próximos anos, não posso dizer se vou ter ou não medalha, mas eu vejo que este último Mundial foi um sinal extremamente positivo não só para mim, mas para a natação do Brasil. Eu com certeza estarei sempre lutando para estar no revezamento 4x100m livre, que é um prova em que o Brasil tem bastante potencial, em que a gente pode ter bastante sucesso. Com certeza os 50m livre é a minha prova principal. E também tenho que estar nadando os 100m livre até para poder fazer parte do revezamento, mas para pensar em medalhas individualmente será preciso analisar ano a ano e ver como é que as coisas vão indo.

Após a medalha de prata no Mundial, em uma final que teve a presença do Cielo, você o exaltou como o maior velocista de todos os tempos e ressaltou que ele deixou um inabalável legado, mas Cielo ainda está na luta para poder reeditar os seus melhores momentos após a decepção de ficar fora da Olimpíada e encarar uma fase ruim de sua carreira. Você acha que ele ainda é capaz de lutar de igual para igual com os principais nomes da atualidade ou até almejar uma medalha olímpica nos 50m ou nos 100m em Tóquio?

Eu não gosto muito de falar em fases, eu acho que essa volta dele no Mundial já foi extremamente positiva. Todo mundo é humano e passa por altos e baixos. O próprio Usain Bolt deu uma demonstração disso (agora no último Mundial de Atletismo). O que diferencia os atletas é a capacidade de voltar de baixo, como o Cielo fez. Ele se mostrou forte. O fato de ter voltado de uma fase difícil desse jeito, voltando a fazer uma final, ajudando o Brasil a conquistar uma prata em um revezamento já pode ser considerado um grande sucesso. E eu reitero o que disse antes: o esporte tem o reconhecimento que o resultado traz, e o Cesar fez a natação a crescer como um todo.

Falando sobre os seus últimos períodos de preparação e nos próximos que virão, no que você conseguiu melhorar técnica e fisicamente e no que acha que precisa evoluir para conseguir feitos ainda mais expressivos neste ciclo olímpico?

Não tem nada pontual que eu precise melhorar. Vou continuar analisando as provas, e continuar essa evolução constante nesta base diária de treinamentos. Tudo deve ser gradual.

Você terá 31 anos quando competir em Tóquio-2020. Isso é um obstáculo a mais a superar diante da nova e forte geração de velocistas?

Acho que a idade não traz esse obstáculo hoje em dia. Na evolução dos treinamentos que temos hoje, você consegue ter picos no momento certo. Não adiantar ser um homem de 30 anos e querer treinar como um garoto de 17, assim como não adianta ter 17, se matar de treinar e depois não conseguir atingir o melhor desempenho nas competições.

Quem você aponta como os principais nadadores ou os mais promissores do Brasil atualmente?

O Vinicius Lanza é um nome e fiquei muito feliz com os resultados dele. Também fiquei animado com o Pedro Cardona na prova dos 100m peito (que ele venceu na semana passada no Troféu José Finkel). Ele tem tudo que precisa para estar presente nos Jogos de Tóquio. Vejo também a evolução do Brandonn (de Almeida, que aos 18 anos levou um ouro e um bronze no Pan de 2015). E um moleque que treina pesado e é muito legal ver ele treinando...

Muitas vezes você foi alvo de críticas por causa da sua personalidade forte, que colaborou para declarações polêmicas como por exemplo quando se irritou com uma repórter que lhe perguntou se ele estava triste após a final olímpica dos 50m dos Jogos do Rio. Você tem tentado controlar esses impulsos ou tem sido orientado na parte psicológica para não deixar que a mesma possa atrapalhar o seu desempenho nas competições?

Eu recebi bastante crítica, e bastante crítica em rede social. Tem dia que eu falava para minha esposa, Michele (Lenhardt, ex-nadadora), que se eu saísse na rua iria apanhar (risos). Mas não tem coisa que me irrita mais do que o politicamente correto. Com certeza eu não poderia ter respondido para ela (repórter do SporTV, Karen Duarte) daquele jeito (ao ironizar dizendo que estava 'felizão' com o sexto lugar na final dos 50m), mas sou humano, estava de cabeça de quente e dei uma resposta mal criada. Com certeza tento tomar o maior cuidado do mundo para não tratar as pessoas de forma rude, mas aquele foi um episódio isolado, não tenho vergonha nenhuma do jeito que eu sou. Não esperem de mim que eu seja um personagem, não vou ficar pagando de 'garoto Capricho' para servir como modelo de comportamento para os outros. Eu continuarei sendo como eu sou.

Cesar Cielo ficou com a medalha de bronze nesta quinta-feira na final dos 100 metros livre do Troféu José Finkel, que está sendo realizado na cidade de Santos, no litoral de São Paulo. Recordista mundial da prova, ele dividiu a terceira colocação com Marcelo Chierighini, com o tempo de 49s47.

Uma das disputas mais aguardadas do Troféu José Finkel, especialmente depois do Brasil conquistar a prata no revezamento 4x100 metros livre no Mundial de Esportes Aquáticos, realizado em Budapeste, a prova foi vencida por Gabriel Santos, que fechou com o tempo de 49s06. O único no pódio que não integrava o quarteto na Hungria foi Pedro Spajari, segundo com 49s13.

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Quem também teve grande desempenho foi Etiene Medeiros. Depois de se tornar na Hungria a primeira brasileira a conquistar um título mundial em piscina longa (50 metros), ela venceu nesta quinta-feira os 50 metros costas com o tempo de 28s44, deixando para trás Andrea Berrino (28s73) e Natalia de Luccas (29s59).

Em outra prova envolvendo um medalhista no Mundial, Felipe França levou a melhor e ganhou os 50 metros peito com o tempo de 27s27. Prata na Hungria, João Gomes Júnior repetiu a posição ao marcar 27s31, enquanto que Felipe Lima (27s38) completou o pódio.

Ainda nesta quinta-feira, entre as provas masculinas, Guilherme Guido venceu os 50 metros costas com o tempo de 25s19 - Nathan Bighetti (25s63) e Gabriel Fantoni (25s75) completaram o pódio. Nos 200 metros borboleta, Leonardo de Deus levou o ouro (1min56s79).

E, no feminino, Larissa Oliveira ganhou os 100 metros livre ao marcar 54s93, deixando Manuella Lyrio (55s84) em segundo e Daynara de Paula (55s91) em terceiro. Jhennifer Conceição venceu os 50 metros peito, com o tempo de 31s09, enquanto que Joanna Maranhão faturou os 200 metros borboleta (2min10s41).

O Troféu José Finkel, que está sendo realizado na cidade de Santos, no litoral de São Paulo, teve nesta quarta-feira (9), em seu segundo dia de disputas, a primeira quebra de recorde. Ela veio com Joanna Maranhão, nadadora da Unisanta-SP, dona da casa, na final da prova dos 200 metros medley. A brasileira sobrou com o tempo de 2min11s79 e conquistou o ouro desbancando a marca que era da australiana Taylor Marre Mckeown, obtida em 2015. Virginia Martin (2min16s46) e Gabrielle Roncatto (2min16s58) completaram o pódio.

Quem também se destacou nesta quarta-feira foi Vinícius Lanza. O nadador do Minas Tênis Clube-MG havia faturado o ouro no dia anterior e repetiu a dose na prova dos 200 metros medley. Fez a marca de 2min00s34 e terminou à frente de Brandon Almeida (2min01s10), do Corinthians-SP, e Leonardo Santos (2min01s56), do Pinheiros-SP.

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Finalista de Mundial pela primeira vez na carreira - nos 100 metros costas em Budapeste, na Hungria, no mês passado -, Guilherme Guido confirmou o favoritismo e venceu a prova no Troféu José Finkel. Com 53s94, bateu Nathan Bighetti, do Minas Tênis Clube, e Leonardo de Deus, da Unisanta.

Medalhista de bronze na maratona aquática nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, Poliana Okimoto foi destaque nos 1.500 metros feminino. Com o tempo de 16min40s76, venceu com quase sete segundos de vantagem.

Duas competições esportivas vão movimentar o mês de agosto no Sesc Piedade. A primeira é o Desafio Aquático, que acontece no próximo dia 19, com foco no público infantil e jovem. Em sua quarta edição, a disputa tem como objetivo possibilitar uma vivência de natação diferenciada com desafios de jogos e brincadeiras voltado ao público infantil, de gincana aquática direcionado aos jovens, além de revezamento de 30 minutos para os que possuem acima dos 15 anos.

Os pais ou responsáveis poderão inscrever o filho até o dia 15 de agosto no Ponto de Atendimento da Unidade. O valor é único de R$ 10 para todos os participantes. O evento acontece das 8h às 12h e premiará com medalhas todos os competidores com até 11 anos de idade. A partir dos 12 anos, serão agraciados os três primeiros colocados.

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A segunda competição, será o Circuito Sesc de Beach Soccer, que já faz parte do calendário esportivo da instituição. A disputa, que inscreve participantes nas categorias sub-13, sub-15, sub-17 e sub-20, acontecerá nas areias da quadra de Piedade de 12 de agosto a 27 de outubro. Os primeiros colocados vão receber medalhas e troféus. As equipes interessadas em participar podem se cadastrar no Ponto de Atendimento. É preciso que o responsável pela equipe apresente a cópia dos seguintes documentos: RG, CPF e comprovante de residência. As inscrições custarão R$ 130.

Menos de um ano após fracassar nos Jogos Olímpicos e deixar a piscina do Estádio Aquático do Rio sem uma única medalha, a natação brasileira conseguiu sua redenção. Ao todo, o Brasil conquistou cinco medalhas em Budapeste nesta modalidade. Entre as mulheres, pela primeira vez uma brasileira conquistou um ouro em Mundiais de piscina longa. Com os homens, a equipe do 4x100m masculino recolocou o País no pódio após 23 anos em uma disputa de revezamento da principal competição da Federação Internacional de Natação (Fina).

Assim, o caminho aos Jogos de Tóquio-2020 começou, ao menos, promissor. E, em relação à última edição no Mundial, o número total de medalhas na piscina aumentou - foram apenas quatro em Kazan-2015. Além disso, a cor delas também mudou: há dois anos, o Brasil encerrou o Mundial da Rússia com três pratas e um bronze. Agora, foram um ouro e quatro pratas.

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O grande destaque este ano ficou por conta do feito inédito no feminino. O ouro de Etiene Medeiros nos 50 metros costas representou a primeira conquista brasileira em Mundiais realizado em piscina longa entre as mulheres.

No masculino, Bruno Fratus voltou a subir ao pódio e mostrou mais uma vez que é o nadador mais rápido do País. Ele integrou o quarteto que levou a prata no revezamento 4x100 metros livre e também conquistou o segundo lugar na final dos 50 metros livre.

Essas duas provas serviram para confirmar que Cesar Cielo também está recuperando a forma que o fez se consagrar como recordista mundial dos 50m e dos 100m e o levou ao ouro em Pequim-2008. Após fracassar no último ciclo olímpico e ficar de fora dos Jogos do Rio, ele voltou ao pódio de um Mundial (prata no revezamento) e também foi à final dos 50 metros livre.

"Ele teve um espetacular desempenho no revezamento, fez um tempo do qual há muitos anos ele não chegava perto", lembrou Renato Cordani, diretor de natação da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), em entrevista no último domingo ao Estado, exaltando também o peso que a presença de Cielo teve para o Brasil alcançar a prata no revezamento. "Ele tem essa liderança positiva, técnica, de ser o recordista mundial dos 50m e dos 100m, e estava exercendo essa liderança na prática, ajudando a fortalecer um time que tinha companheirismo."

Com a prata do quarteto brasileiro, o Brasil voltou ao pódio de um Mundial de piscina longa em uma prova de revezamento, o que não conseguia desde 1994, quando Gustavo Borges, Fernando Scherer, Teófilo Ferreira e André Teixeira faturaram o bronze nos 4x100m livre em Roma.

Além dos medalhistas, o Brasil colocou outros cinco nadadores em finais individuais: Felipe Lima (50m peito), Marcelo Chierighini (100m livre), Henrique Martins (50m borboleta), Guilherme Guido (100m costas) e Brandonn Almeida (400m medley).

CRESCIMENTO - No quadro geral de pódios, o Brasil também cresceu. Foram sete em Kazan e oito agora, em Budapeste, onde comemorou sua segunda melhor campanha em número de medalhas, com dois ouros, quatro pratas e dois bronzes. Assim como acontecera em 2015, a maratona aquática ajudou a alavancar a posição do Brasil. Ana Marcela Cunha conquistou o tricampeonato na prova de 25 quilômetros, além de levar dois bronzes (10km e 5km).

No último domingo, dia final de disputas na Hungria, o Brasil não subiu ao pódio, mas foi à final do revezamento 4x100m medley com Guido, João Gomes, Henrique Martins e Chierighini e conquistou o quinto lugar, enquanto Brandonn Almeida avançou à decisão dos 400 metros medley e terminou na sétima posição.

"Você pode analisar um Mundial de várias formas, e neste Mundial o Brasil foi bem em todas elas. Cinco medalhas na natação em um Mundial nós só havíamos conseguido uma vez, em Barcelona-2013. A gente teve cinco medalhas, o que foi igualar um recorde, e uma delas foi do revezamento, o que mostra muito a força do nosso time", ressaltou Renato Cordani, também valorizando a ida do time nacional à final dos 4x100m medley, prova na qual melhorou uma posição em relação à final olímpica do Rio-2016, no qual terminou em sexto lugar. "O revezamento quatro estilos não pegou medalha, mas disputou a medalha", enfatizou.

NOVO CLIMA - O diretor de natação da CBDA também exaltou que a nova gestão da entidade - que mudou após a prisão do seu ex-presidente Coaracy Nunes e de outros dirigentes em um escândalo de corrupção no qual foram acusados de desviar R$ 40 milhões em recursos da entidade - tornou o clima mais leve para que os nadadores pudessem buscar resultados mais expressivos dentro da piscina.

"Além do ponto de vista da conquista das medalhas, conseguimos a volta do Brasil como um time, o que ficou claro com a equipe do revezamento 4x100m, e também resgatamos a volta da atitude da seleção. Quase todo mundo da seleção nas entrevistas estava mencionando os companheiros e não pensando apenas no seu sucesso pessoal", disse Cordani, para depois lembrar que essa união foi fundamental para que o País subisse ao pódio em um Mundial após mais de 20 anos.

"Pra você conseguir uma medalha de revezamento em um Mundial, todo mundo que entrar na água precisa melhorar meio segundinho o seu tempo, pois se não for assim não pega medalha. E foi o que aconteceu com a nossa equipe, que quebrou o recorde sul-americano para ganhar a prata e também brigar pelo ouro com os Estados Unidos", ressaltou.

FORÇA PARA BASE - Após ver o Brasil voltar a ser protagonista e se redimir de fiascos, a CBDA agora mira fortalecer a sua base e, para isso, projeta massificar a prática da natação no País. Para a entidade, o fato poderia aumentar as chances de formar um maior número de campeões.

"Eu gostaria de formar uma seleção olímpica boa, com o efeito colateral de ter muita gente competindo. Se você aumenta a base, aumenta o número de atletas que vão aparecer. Como efeito colateral, você forma mais atletas olímpicos. Para um país para o Brasil, que é um país pobre, conseguir massificar a natação poderia ampliar o nível de atletas. E a cada seleção que a gente formar nas categorias de base, a gente vai tentar formar uma seleção para ganhar, para buscar medalhas", projetou Cordani, que espera que a natação tenha mais praticantes e possíveis aspirantes a medalhistas da elite em mais estados brasileiros.

"Alguns estados tem um bom número de federados praticando. Somos 27 estados e a gente não espera que um estado menor e mais pobre tenha a quantidade de um estado como São Paulo, mas a gente percebe que no interior no País tem muito poucos praticantes. A gente está perdendo muita gente que não tem oportunidade e a ideia é formar atletas de nível em todo o País. Mas a gente está fazendo um levantamento sobre isso e há piscinas suficientes para isso, mas não precisamos apenas de piscinas. Também estamos capacitando treinadores e tentaremos fazer esse tipo de trabalho", prometeu.

O Brasil encerrou sua participação no Mundial de Esportes Aquáticos de Budapeste, na Hungria, com o sétimo lugar de Brandonn Almeida nos 400 metros medley e o quinto no revezamento 4x100m medley. A competição foi encerrada neste domingo com dois novos recordes mundiais, ambos no feminino.

Guilherme Guido, João Gomes Júnior, Henrique Martins e Marcelo Chierighini formaram o time brasileiro. Juntos, obtiveram o quinto lugar, com o tempo de 3min31s53, na final do revezamento 4x100 medley.

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Liderado por Caeleb Remel Dressel, o time dos Estados Unidos faturou o ouro, com 3min27s91. A Grã-Bretanha levou a prata, com 3min28s95, e a Rússia obteve o bronze, com 3min29s76.

Nos 400 metros medley, Brandonn Almeida bateu na sétima e penúltima colocação da final, com 4min13s00. O ouro ficou com o norte-americano Chase Kalisz, com 4min05s90, enquanto a prata foi obtida pelo local David Verraszto , com 4min08s38. O japonês Daiya Seto, com 4min09s14, faturou o bronze.

Um dos destaques do masculino deste último dia do Mundial foi o francês Camille Lacourt. Ele se sagrou tricampeão mundial dos 50 metros costas, com 24s35. Foi sua despedida da carreira, aos 32 anos. O japonês Junya Koga levou a prata, com 24s51, e o norte-americano Matt Grevers levou o bronze, com 24s56.

RECORDES NO FEMININO - Duas novas marcas mundiais foram alcançadas nas provas femininas deste domingo. Nos 50 metros peito, a norte-americana Lilly King faturou o ouro, com o tempo de 29s40, abaixo dos 29s49 da lituana Ruta Meilutyte, que ficou em quinto na final deste domingo. A prata ficou a russa Yulyia Efimova (29s59) e o bronze, com a americana Katie Meile (29s99).

O outro recorde mundial veio no revezamento 4x100 metros medley. Liderada pela mesma Lilly King, a equipe dos Estados Unidos anotou 3min51s55, superando marca que já pertencia ao time americano. Kathleen Baker, Kelsi Worrel e Simone Manuel também integraram o time. As russas levaram a prata, com 3min53s38, e as australianas faturaram o bronze, com 3min53s59.

Recordista na semifinal, no sábado, a sueca Sarah Sjostrom confirmou o favoritismo nos 50 metros livre neste domingo, porém sem nova marca mundial. Ela anotou 23s69, contra 23s85 da holandesa Ranmi Kromowidjojo e 23s97 da americana Simone Manuel.

Em uma das provas que mais levantou o público na Danúbio Arena, Katinka Hosszú conquistou sua quarta medalha neste Mundial, a segunda de ouro, nos 400 metros medley. Com ampla vantagem - foram quase três corpos de frente -, ela bateu em primeiro lugar, com o tempo de 4min29s33, causando barulho entre os mais de 12 mil presentes na arena.

A espanhola Mireia Belmonte faturou a prata, com 4min32s17, enquanto a canadense Sydney Pickrem levou o bronze, com 4min32s88.

Foi no clima de "redenção" que Bruno Fratus celebrou a medalha de prata nos 50 metros livres no Mundial de Esportes Aquáticos de Budapeste, na Hungria. Neste sábado (29), ele só ficou atrás do norte-americano Caeleb Remem Dressel, um dos fenômenos da competição, na prova mais veloz da natação.

"É quase um sentimento de redenção. Eu não me considero um nadador extremamente talentoso. Lógico que tenho algum talento. Mas são muitos anos de natação. Comecei a treinar pesado com 15 anos, estou com 28 agora. Só treze anos depois estou subindo no pódio com um vice-campeonato mundial. Foram muitos metros, treinos, dores. Muito esforço", destacou o nadador, em entrevista ao Sportv.

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A "redenção" se deve principalmente ao resultado considerado decepcionante na Olimpíada do Rio de Janeiro. Um dos raros brasileiros com chances de medalha na natação nos Jogos de 2016, Fratus foi apenas o sexto colocado nos 50m livre. A decepção, enfim, foi superada neste sábado.

"A única mensagem que queria deixar é que a medalha não é só minha. Ela é de todo moleque, de toda menina que se pergunta se vale a pena ir treinar. Recebo muitas mensagens em redes sociais de meninos me perguntando se vale a pena treinar, se vale a pena insistir. Vale e vale muito a pena!", declarou o nadador de 28 anos.

Nesta mesma final, Fratus competiu contra o compatriota Cesar Cielo. Recordista mundial da prova, o brasileiro não conseguiu passar do oitavo e último lugar na final. Ao fim da prova, Fratus exaltou o companheiro.

"Cesar Cielo é o melhor velocista de todos os tempos. Melhor do que Alexander Popov, do que Gary Hall Junior. É o melhor, isso é indiscutível. A natação e o esporte brasileiros devem muito a ele. O legado dele é inabalável, está aí de novo", declarou o medalhista de prata.

Cielo encarou o Mundial de Budapeste como uma última chance em sua carreira. E vem obtendo sucesso. Finalista dos 50m livre, foi prata no revezamento 4x100m livre no domingo passado. Depois da final, se mostrou animado com o futuro e indicou que deve seguir competindo em alto nível nos próximos meses.

"Ele passou por uma fase ruim no ano passado, mas está aí de novo", disse Fratus. "Todo mundo tem uma fase ruim. Mas ele conseguiu se reerguer, entrou na final. Só disse 'parabéns' para ele depois da prova, por ele estar aqui, por estar brigando. Ele não fez número na final, ele brigou", destacou.

Bruno Fratus conquistou neste sábado a medalha de prata nos 50 metros livre no Mundial de Esportes Aquáticos de Budapeste. O brasileiro só não foi melhor do que o norte-americano Caeleb Remem Dressel, um dos fenômenos da competição disputada na Hungria, na prova mais veloz da natação.  Cesar Cielo terminou na oitava e última colocação da final.

Para chegar ao vice-campeonato mundial, Fratus precisou cravar o melhor tempo de sua carreira na distância: 21s27. Dressel, o campeão, marcou 21s15, ainda distante do recorde mundial (20s91), registrado por Cielo no fim de 2009, ainda na era dos supermaiôs. Na final deste sábado, o recordista bateu apenas em oitavo, com 21s83. Ele acabou fazendo tempo pior do que na semifinal, quando marcou 21s77.

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O feito de Fratus marcou a quinta medalha brasileira nesta edição do Mundial. "Já estou até sem voz. Acabou o pesadelo que foi o Rio-2016, só isso", desabafou o medalhista de prata, em entrevista ao Sportv. Fratus era uma das poucas esperanças de medalha brasileira na Olimpíada, porém terminou a final dos mesmos 50m livre na sexta colocação, longe do pódio.

"Finalmente eu melhorei meu tempo, é a melhor competição da minha vida. Estou muito feliz pelo meu tempo. Gostaria de ter ganho, claro. Mas é que o cara é um monstro", disse Fratu, referindo-se Caeleb Dressel. "Mas estou me sentido muito bem pelo meu tempo. Também estou agradecido por ter um cara que nem ele, muito motivado e botando o nível para cima, nesta prova."

Mesmo longe do pódio, Cielo comemorou a participação na final. "Eu nadei o melhor que eu tinha. Não é um resultado que eu gostaria em relação ao tempo. Queria ter andado um pouco mais rápido que isso. Meus objetivos neste Mundial eram subir ao pódio e entrar na final do 50m livre", disse o nadador, que faturou a prata com o revezamento 4x100m livre no domingo passado.

Para o atleta, a disputa da final teve gosto de renascimento em sua carreira. "É uma temporada de cada vez, se tivesse dado errado aqui eu talvez repensasse tudo. Vamos continuar, tentar mais um pouco. Enquanto eu achar que estou ajudando a equipe, o revezamento, vou estar no meio. Quando eu ver que não está dando mais, aí vamos ver", disse Cielo, sobre seu futuro.

O dono dos recordes mundiais dos 50m e 100m livre vive sua melhor fase desde o ouro nos 100m livre do Mundial em piscina curta, em dezembro de 2014. Depois disso, Cielo passou por muitos problemas. Em 2015, deixou o Mundial de Kazan com uma lesão no ombro. No ano passado, não conseguiu a vaga para os Jogos do Rio.

Tirou, então, um período sabático para curtir a família. Em fevereiro, anunciou a volta às piscinas ao retornar ao Esporte Clube Pinheiros. A vaga no Mundial de Budapeste veio após boas performances no Troféu Maria Lenk deste ano.

O nadador brasileiro Guilherme Guido garantiu vaga na semifinal dos 50 metros costas no Mundial de Esportes Aquáticos de Budapeste, na Hungria, na manhã deste sábado. Ele avançou com o 14º melhor tempo das eliminatórias. Já Etiene Medeiros, campeã mundial da mesma prova, não conseguiu ir à semifinal dos 50m livre.

Sétimo colocado nos 100m costas em Budapeste, Guido anotou o tempo de 25s13 na prova dos 50m. "Mais uma semifinal. Esta prova ficou um pouco difícil pra mim porque estou treinando para os 100m faz um tempo por ser prova olímpica. Os 50m ficaram um pouquinho de lado e eu uso mais para passagem dos 100m, mas eu vou ter que nadar para o meu melhor para poder fazer a final", comentou o brasileiro.

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Para a semifinal, a ser disputada ainda neste sábado, ele pretende nadar abaixo dos 25 segundos. "Meu melhor é 24s70 e acho que vai fechar mais ou menos nessa casa. Vou ter que nadar mais rápido do que nunca para entrar na final", projetou.

Maior destaque brasileiro neste Mundial, Etiene Medeiros não conseguiu repetir nos 50m livre o que fez no 50m costas. Campeã mundial na quinta-feira, ela ficou aquém do esperado na prova mais veloz. Registrou o tempo 25s26, na 21ª posição na fase eliminatória. Assim, não conseguiu avançar à semifinal.

"Tem dias que acordamos bem e outros mal. Acho que o dia hoje não foi bom para nadar entre as melhores. Tenho que rever a prova, mas na segunda respiração eu dei uma 'brecada' para chegar aos últimos dez metros. Saí muito bem, junto com as meninas. Claro que ainda estou muito eufórica com o que aconteceu há dois dias, mas não tem nada a ver com hoje. Hoje não fui mais veloz que as outras para estar na semifinal", lamentou a nadadora.

O resultado decepcionou porque Etiene chegou à final dos 50m livre nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no ano passado. "É uma prova muito rápida e você tem que estar atenta aos detalhes, tanto para ganhar, quanto para entrar em uma semi ou final. Faz tempo que não nadava na casa dos 25s. Tenho uma frequência em nadar na casa dos 24s", afirmou.

Outro brasileiro a cair na piscina no início deste sábado, Guilherme Costa fez sua estreia em um Mundial. Na prova dos 1.500 metros livre, ele terminou em 19º lugar na eliminatória, com 15min08s09. Com o resultado, não conseguiu passar para a final da prova.

"Abri bem os primeiros 500m, mas acabei sentindo o ritmo no final. Eu fiz tudo o que podia fazer para chegar bem. Esperava que fosse até mais forte. Foi bem difícil esperar todos estes dias para competir, mas a equipe toda foi muito bacana comigo. Me ajudaram bastante", disse o estreante.

O Mundial de Budapeste terá sequência neste sábado com finais e semifinais do período da tarde. As disputas terão início às 12h30 (horário de Brasília). O destaque será a decisão dos 50 metros livre, com os brasileiros Cesar Cielo e Bruno Fratus.

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