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Bruno Fratus comprovou na manhã desta sexta-feira, em Budapeste, que vive um grande momento ao liderar a forte primeira bateria eliminatória dos 50 metros livre da natação do Mundial de Esportes Aquáticos. O brasileiro cravou o tempo de 21s51 para ser o mais rápido dos 16 nadadores que avançaram às semifinais da prova, fase para a qual o seu compatriota Cesar Cielo conquistou vaga com a nona marca, de 21s99, terminando empatado com o norte-americano Nathan Adrian, que também cronometrou 21s99 nesta qualificação na Hungria.

Medalhista de bronze no Mundial de 2015, em Kazan, na Rússia, Fratus já ajudou o Brasil a conquistar nesta edição da competição a expressiva prata no revezamento 4x100m livre, no qual foi o último nadador brasileiro a cair na piscina e chegou a lutar diretamente pelo ouro na prova vencida pelo quarteto dos Estados Unidos.

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"Estou de volta! Que bom. O tempo é o de menos. Num campeonato mundial forte como esse, o tempo é o de menos. Eu nadei tudo o que eu tinha esta manhã e foi bem legal. A gente fica velho, mas ansiedade sempre tem um pouquinho, ela sempre vem e a campanha que a gente está fazendo neste Mundial só dá mais força pra gente", comemorou Fratus após liderar as eliminatórias dos 50m livre.

Ao cronometrar 21s51, o brasileiro conseguiu boa vantagem sobre o segundo mais rápido que avançou às semifinais, que foi o norte-americano Caeleb Remel Dressel, com 21s61, enquanto a terceira posição foi obtida pelo grego Kristian Gkolomeev, que terminou o seu tiro de 50 metros em 21s69.

Essa foi também a melhor marca de Fratus na temporada nesta prova, na qual até então ele tinha como tempo mais veloz os 21s70 obtidas no Troféu Maria Lenk, no Rio, em maio, na seletiva para o Mundial de Budapeste. Os 21s51 marcados por ele ainda o fez superar com folgas o russo Vladimir Morozov, outro candidato ao ouro na Hungria, que terminou esta eliminatória na quarta posição geral, com 21s72.

Cielo, por sua vez, não ficou decepcionado por ter avançado apenas com o nono lugar, pois admitiu que se poupou um pouco visando as semifinais da prova, que já serão realizadas no início da tarde desta sexta (no horário de Brasília). Dono do recorde do mundo dos 50m livre até hoje, depois de ter estabelecido a marca de 20s91 em dezembro de 2009, Cielo também é detentor do recorde da história dos Mundiais, quando ele faturou o ouro em Roma, também em 2009, com o tempo de 21s08.

"Foi bom para manhã. O importante era entrar na semifinal. Acho que fiz um prova relativamente boa, tecnicamente, deu para "tirar o pé" no final, respirar. Para mim é difícil desenvolver muita coisa às 9h30 da manhã (no horário local). Hoje à tarde tenho que trazer uma prova mais explosiva, desde o começo, segurar o pulmão até o final e acelerar na chegada. Acho que 21s7 deve fechar (os tempos necessários para avançar para) a final, então estou mirando 21s70. Com 21s69, tenho quase certeza de que vou estar dentro, então vou mirar essas sextas marcas para depender mais de mim do que do resto da galera. Acho que isso vai ser suficiente para a final", afirmou Cielo, campeão olímpico em Pequim-2008 e bronze em Londres-2012, que também destacou o peso que teve a prata no revezamento 4x100m deu para os nadadores do Brasil.

"O revezamento no primeiro dia incendiou todo mundo e espero que a gente continue nessa pegada, até o final, até o 'reve' de medley, que é a última prova, para ver se a gente tira mais umas medalhas", projetou.

HENRIQUE MARTINS TAMBÉM AVANÇA - Em outra eliminatória realizada nesta sexta-feira, o brasileiro Henrique Martins se classificou às semifinais dos 100 metros borboleta com o oitavo melhor tempo da classificação geral. Ele, que também foi finalista da prova dos 50m do mesmo estilo neste Mundial, marcou 51s48 e com isso também cairá na piscina na próxima tarde para buscar uma vaga em mais uma decisão por medalhas.

O líder destas eliminatórias dos 100m borboleta foi o norte-americano Remel Caeleb Dressel, com o tempo de 50s08, enquanto outros grandes nomes da atualidade também foram às semifinais, como o sul-africano Chad le Clos (6º com 51s28), o francês Mehdy Metella (7º com 51s46) e o húngaro Laszlo Cseh (10º com 51s55).

"Foi o meu melhor tempo. Agora é tentar colar no ritmo dele (Dressel), corrigir esse finalzinho, no qual cansei um pouco, e buscar 51 (segundos) baixo, porque se sair 51 baixinho dá para entrar na final. É um passo de cada vez, hoje tá valendo tudo para entrar na final. Se entrar na final, o foco mais importante será esse. O nosso revezamento tem grandes chances, mas é só no domingo", disse Henrique Martins.

Após conquistar uma medalha de ouro e duas medalhas de bronze no Mundial de Esportes Aquáticos que está sendo realizado em Budapeste, na Hungria, Ana Marcela Cunha já voltou a subir ao pódio de outra competição. A brasileira faturou a prata na prova da maratona aquática de 10 quilômetros da etapa do Canadá do Copa do Mundo da modalidade, realizada na última quinta-feira, em prova realizada no Lago St. Jean, na cidade de Roberval.

Ana Marcela garantiu a segunda posição com o tempo de 2h04min24s e ainda teve a alegria de dividir o pódio com a também brasileira Viviane Jungblut, que garantiu o bronze ao terminar a prova em 2h04min26s. A dupla do País só foi superada nesta disputa pela italiana Arianna Bridi, que levou o ouro com 2h03min15s.

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"Estou muito feliz com mais este resultado. Foi uma prova de alto nível técnico, várias medalhistas do Mundial estavam presentes, e mesmo assim consegui me garantir no pódio após uma prova monstro como foi a dos 25km, menos de uma semana atrás. Isso me trouxe a certeza que estamos na trilha nesse início de planejamento para 2020", afirmou Ana Marcela após amealhar a prata nesta que é a quarta etapa deste ano no circuito da Copa do Mundo na maratona aquática.

A segunda posição obtida no Canadá fechou em grande estilo a segunda semana de conquistas da brasileira, que no Mundial de Budapeste já havia faturado o ouro na prova de 25km e os bronzes em outras disputas da competição, de 5km e 10km da modalidade. Viviane Jungblut, por sua vez, subiu pela segunda vez ao pódio em uma etapa da Copa do Mundo nesta temporada, na qual levou a prata na jornada anterior do circuito, na cidade de Setúbal, em Portugal.

Já na prova masculina da maratona aquática da etapa canadense, também disputada em um percurso de 10km, o brasileiro Allan do Carmo foi o melhor atleta do País ao terminar na quarta posição, com o tempo de 1h56min17s, sendo que perdeu o bronze na batida de mão na linha de chegada. Apenas por meio da revisão das imagens é que foi possível constatar que o canadense Hau-Li Fan ficou em terceiro lugar.

Outro nadador brasileiro na prova, Diogo Villarinho foi o sétimo colocado, com 1h56min45s, enquanto o seu compatriota Fernando Ponte terminou em 16º, com 1h57min41s. O ouro desta prova foi conquistado pelo italiano Simone Ruffini (1h56min11s1), enquanto o seu compatriota Federico Vanelli (1h56min13s) levou a prata.

Com as boas performances de Ana Marcela Cunha e Viviane Jungblut, o Brasil agora contabiliza quatro medalhas no circuito de 2017 da Federação Internacional de Natação (Fina) na maratona aquática. Além das duas no Canadá e a de bronze de Viviane em Portugal, o País subiu ao pódio com Poliana Okimoto na primeira etapa do ano, em Viedma, na Argentina, onde a brasileira faturou a prata.

Aos 26 anos, a pernambucana Etiene Medeiros continua a sua escrita de ser a grande desbravadora da natação brasileira. Ela é a primeira nadadora do País a ganhar uma medalha em uma edição do Mundial Júnior (2008) e a conquistar um ouro em Mundial de piscina curta (2014), ocasião em que também se tornou a primeira brasileira a estabelecer um recorde mundial.

Agora, Etiene Medeiros se tornou a primeira brasileira a conquistar um título em Mundial em piscina longa. Ela venceu nesta quinta-feira (27) a final dos 50 metros costas no Mundial de Esportes Aquáticos, em Budapeste, na Hungria, com o tempo de 27s14.

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A "gigante" Etiene Medeiros mede 1,69 metro e ganhou quatro quilos de massa muscular nos últimos meses, após os Jogos Olímpicos do Rio-2016, onde ficou com o oitavo lugar na final dos 50 metros livre. Por isso, resolveu mudar a sua preparação física agora, três anos antes dos Jogos de Tóquio-2020. Neste sábado (29), ela disputa justamente esta prova no Mundial de Budapeste.

Incentivada pelos pais, o autônomo Jamison Medeiros e a funcionária pública Etiene Pires (a mãe quis o mesmo nome para a filha), a pernambucana começou a sua carreira aos oito anos, no Sport, nas piscinas da Ilha do Retiro - até hoje a atleta tem carinho pelo rubro-negro pernambucano, clube da qual é torcedora fanática.

Em 2012, com 21 anos, mudou-se para o Rio e passou a treinar no Flamengo, mas um ano depois, mais uma mudança, desta vez para São Paulo, onde é treinada por Fernando Vanzela.

DISPUTA - Na prova, a nadadora brasileira superou em apenas 0s01 a chinesa Yuanhui Fu, medalhista de prata, além de ter registrado novo recorde sul-americano dos 50 metros costas. O pódio foi completado pela bielo-russa Aliaksandra Herasimeia. "Que prova! Para mim foi uma temporada diferente. Realmente estava relaxada desde o início do ano, mas fiquei um pouco mais nervosa do que o normal porque todas as adversárias estavam me desejando boa sorte", disse após a vitória.

Os feitos anteriores serviram como motivação para a vitória em Budapeste, mas a própria Etiene Medeiros se diz "mais madura". Mesmo assim, a nadadora do Sesi-SP afirmou, pouco depois de deixar a piscina, que ainda não conseguiu mensurar o tamanho da vitória na Hungria. "Caímos mesmo na real quando se chega ao Brasil e encontramos os nossos amigos que acordaram cedo para me ver competir", disse a campeã mundial. "Meus pais e meu irmão não estão aqui. Sinto falta disso e eles também fazem parte disso. Eles estão na água comigo".

Ela revelou que precisou superar a pressão psicológica que também foi imposta pela chinesa. "Ela é uma ótima adversária tanto dentro quanto fora da água. Ela te aborda com uma ginga diferente, é tenso", contou a brasileira.

Antes de Etiene Medeiros, o Brasil havia faturado seis medalhas em Budapeste - três delas na maratona aquática com Ana Marcela Cunha, ouro nos 25 km e bronze nos 5 km e nos 10 km, e ainda três pratas na natação, no revezamento 4x100 metros livre, com Nicholas Santos nos 50 metros borboleta e com João Gomes Júnior nos 50 metros borboleta.

ATLETA ESTIMULA GERAÇÃO DE CAMPEÃS - Para Paula Baracho, medalhista em três jogos Pan-Americanos (Winnipeg-1999, Santo Domingo-2003 e Rio-2007) e finalista na Olimpíada de Atenas-2004, o resultado obtido pela atleta pode ser determinante para uma subida de produção das outras nadadoras da sua geração, inclusive por fatores culturais.

"Desde a Olimpíada de Atenas, em 2004, as mulheres têm obtido bons resultados. Na Grécia, conseguimos as melhores colocações das mulheres na história dos Jogos. A partir dali surgiram várias garotas talentosas e a Etiene é uma delas. Desde o ouro no Mundial de Piscina Curta de 2014 ela já vem estimulando uma geração de futuras campeãs. Antes, até por uma questão cultural, a mentalidade de muitas meninas era que a natação contribuía para deixar as costas largas demais. Hoje, as mulheres não estão mais preocupadas com isso e há uma nova visão de beleza. Essa mudança de pensamento ajudou as mulheres a chegarem onde os homens já estavam há mais tempo", afirmou Paula Baracho.

A nadadora pernambucana cravou "27s14" nos 50 m costas, foi a mais rápida da final e conquistou o primeiro título feminino da história do país em campeonatos mundiais da modalidade. Etiene Medeiros venceu, nesta quinta-feira (27), a final dos 50m costas do Mundial de Esportes Aquáticos, disputado em Budapeste, na Hungria. 

Compõem também o pódio a chinesa Yuanhui Fu, que ficou em segundo lugar e a bielo-russa Aliaksandra Herasimenia, em terceiro lugar.

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Após a conquista histórica para a natação feminina brasileira — foi a primeira medalha de ouro do país na modalidade em um campeonato mundial —  a pernambucana desabafou que todo o esforço para chegar ao topo do pódio valeu a pena:

"Eu acho que eu tive várias pessoas ao meu lado para eu nadar essa prova. Eu realmente estava relaxada desde o início do ano. Eu estou muito feliz e foi por pouco. A chinesa tem um 'swing' para tentar te desestabilizar antes de entrar na água, mas não me atingiu". 

A atleta de 26 anos se torna a primeira mulher a conquistar o título do país. Antes, o Brasil já tinha oito medalhas de ouro na natação na história dos Campeonatos Mundiais de piscina longa, mas todas com homens. 

Ainda nas provas classificatórias, Etiene já dava mostrava de que sua promessa rumo ao ouro seria concretizada. Na semifinal da prova, na quarta-feira, Etiene flertou com o recorde mundial, e fez o melhor tempo do Mundial, com 27s18, apenas um centésimo na frente da chinesa Yanghui Fu.

Além da final da Etiene, o Brasil também participou da decisão dos 100m livre, em que Marcelo Chierighini ficou em quinto lugar com 48s11. Ele já fez parte do time do 4x100m que foi prata no último domingo (23). Quem também cai na água é Leonardo de Deus, que passou à semifinal dos 200m costas.

A chinesa Yanhui Fu nadou como Etiene em sua terceira final consecutiva dos 50m costas em Mundiais. Este é o terceiro Mundial de Fu, que foi prata nesta prova em 2013 e ouro em 2015 em Kazan.

Já Etiene nada seu quarto Mundial, em 2011 em Shanghai ficou em 25º lugar na prova com 29.16. Em 2013, em Barcelona, chegou a final, terminou na quarta colocação com 27.83 e a prata no Mundial de Kazan, em 2015, com 27.26.

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--> João Gomes conquista a prata nos 50m peito no Mundial 

O brasileiro João Gomes Júnior faturou esta quarta-feira a medalha de prata na prova dos 50 metros peito no Mundial de Esportes Aquáticos, que está sendo realizado em Budapeste. A disputa foi vencida pelo britânico Adam Peaty, enquanto o também brasileiro Felipe Lima ficou na quarta colocação.

Nas eliminatórias do Mundial, João Gomes havia quebrado o recorde sul-americano da prova, na última terça-feira. E agora repetiu o feito ao cravar o tempo de 26s52, o também que lhe garantiu a medalha de prata da prova em Budapeste.

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"Eu estou muito feliz. Só Deus sabe o quanto eu batalhei para chegar aqui. Só tenho que agradecer a todo mundo que me ajudou. O Felipe (Lima) é um cara que quando eu comecei a nadar, o via competindo e também serviu de inspiração. Eu não senti que larguei tão bem, mas fui bem tranquilo, consciente do que tinha que fazer na parte final e graças a Deus foi tudo certo. Comecei meu ciclo olímpico muito bem",festejou João Gomes em entrevista ao SporTV.

Ele só não conseguiu ameaçar o domínio de Peaty, que nas eliminatórias e nas semifinais havia quebrado o recorde mundial dos 50m peito, que agora é de 25s95. O britânico não chegou a registrar uma nova marca para a prova na final, mas o tempo de 25s99 foi mais do que suficiente para lhe garantir o título mundial, o segundo consecutivo nessa distância.

O pódio foi completado pelo sul-africano Cameron van der Burgh, o terceiro colocado, com 26s60. Assim, ele foi 0s18 mais rápido do que Felipe Lima, o quarto melhor do mundo nos 50m peito na competição na Hungria.

Antes da prata de João Gomes, o Brasil havia faturado cinco medalhas no Mundial, sendo três delas na maratona aquática com Ana Marcela Cunha, ouro nos 25km e bronze nos 5km e nos 10km. Além disso, na natação o País já havia levado outras duas pratas, no revezamento 4x100 metros livre e com Nicholas Santos nos 50m borboleta.

ETIENE E CHIERIGIHINI NAS FINAIS - Medalhista de prata nos 50m costas no Mundial de 2015, Etiene Medeiros tentará voltar ao pódio nesta edição do evento, na quinta-feira. Nesta quarta, a brasileira avançou em primeiro lugar para a final da prova ao marcar o tempo de 27s18 em sua bateria nas semifinais.

"Eu falo que semifinal é sempre uma final. Então, realmente me surpreendi com o tempo, foi muito bom, pensei que já estava em uma final. Nadei forte, querendo realmente estar junto com a chinesa, que tem os melhores tempos. Estou muito feliz e acho que foi um mega resultado", afirmou a brasileira, que superou em apenas 0s01 a chinesa Yuanhui Fu, a segunda melhor das semifinais.

Membros da equipe que deu ao Brasil a medalha de prata no revezamento 4x100 metros, Marcelo Chierighini e Gabriel Santos tiveram destinos diferentes nas semifinais dos 100m, nesta quarta-feira. Chierighini garantiu sua vaga na final, enquanto Gabriel foi eliminado.

Chierighini foi o quarto colocado na sua bateria e o oitavo na classificação geral, com a marca de 48s31, avançando com o pior tempo para a final. Já Gabriel marcou 48s72, ficando na 14ª posição. O melhor desempenho foi do francês Mehdy Metella, com 47s65, sendo apenas 0s01 mais rápido do que o norte-americano Caeleb Dressel.

Mesmo classificado, Chierighini admitiu que não aprovou o seu desempenho e precisará melhorar para a final desta quinta. "Estou na final, mas essa prova não encaixou. Não foi como no revezamento, que passei natural. Vou descansar, conversar com meu técnico e ver o que posso melhorar. Para ir ao pódio, tenho que fazer 47s7, pelo menos, então tenho que melhorar bastante", comentou.

Em uma eliminatória marcada por quebras de marcas, o brasileiro João Gomes Júnior fez bonito nesta terça-feira ao avançar à semifinal dos 50 metros peito da natação do Mundial de Esportes Aquáticos, em Budapeste, com a quebra do recorde sul-americano desta prova. Ele cravou 26s67, terceiro melhor tempo das baterias qualificatórias, que foram lideradas de forma brilhante pelo britânico Adam Peaty, que bateu o próprio recorde mundial e do campeonato ao cronometrar 26s10, superando com impressionante folga os 26s42 que ele havia estabelecido no Mundial de 2015, em Kazan, na Rússia.

O segundo melhor tempo das eliminatórias desta prova foi conquistado pelo sul-africano Cameron Van der Burgh, que assim como Peaty também é campeão mundial e olímpico e marcou 26s54 para ficar logo à frente de João Gomes Júnior.

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Outro brasileiro que é esperança de medalha para o Brasil nos 50 metros peito, Felipe Lima também avançou às semifinais, que serão realizadas ainda nesta terça. Ele obteve o sexto melhor tempo ao terminar a distância em 26s93, ficando logo atrás do russo Kirill Prigoda, quinto colocado com 26s91, e do norte-americano Kevin Cordes, quarto com 26s83.

Nadando mais rápido do que este trio fechado por Felipe Lima, João Gomes Júnior quebrou um recorde sul-americano que já durava oito anos e pertencia ao seu compatriota Felipe França Silva, que havia cravado o tempo de 26s76 quando foi medalhista de prata no Mundial de Roma, em 2009.

Atual campeão olímpico, Adam Peaty justificou a condição de principal favorito ao ouro ao baixar nada menos do que 0s32 o seu recorde mundial, o que é bastante tempo para uma prova de explosão e grande velocidade como esta dos 50 metros peito, no qual qualquer erro pode ser considerado determinante para um nadador.

Ao projetar as semifinais, que começarão a ser disputadas a partir das 12h30 (de Brasília) desta terça, João Gomes Júnior procurou não mostrar muita empolgação e manter a concentração na luta por uma vaga na decisão por medalhas.

"Estou bem feliz. Eu esperava nadar melhor, mas não de manhã cedo abaixo desse recorde sul-americano. Agora tenho que colocar a cabeça no lugar, tirar um pouco dessa euforia. Foi a primeira caída nos 50m. Tenho que analisar esse vídeo (da prova) porque na minha sensação eu não estava na 'vibração, na pegada' e o tempo me surpreendeu. Não é menosprezando o tempo, mas ele já durava desde 2009 e eu, o França, o Lima, a gente vem lutando pra baixá-lo", afirmou o nadador, para depois falar como será desafiar o favoritismo de Peaty.

"Estou muito feliz mesmo, mas agora à tarde vou ter a oportunidade de nadar ao lado do Peaty e eu já sei quais são os meus pontos fortes do lado dele. Já nadei uma vez ao seu lado até os 35 metros, então hoje vai ser a minha final. Vou dar tudo de mim pra ganhar dele ou chegar do lado. A semifinal é a fase mais difícil. Fiquei de fora dos 100m e o tempo 59s0, que eu tinha, foi medalha. Agora é nadar com tudo, com toda garra, toda emoção pra entrar na final e aí sim começar a pensar em medalha", completou João.

Felipe Lima também exibiu satisfação por ter ido à semifinal, pois avançou com a sua melhor marca pessoal nesta prova, que ele havia alcançado também neste ano, no Troféu Maria Lenk, no qual marcou 27s00 nos 50 metros peito. "Estamos dentro. Consegui nadar abaixo de 27s pela primeira vez. Acho que o importante é estar dentro desta semifinal. Agora é soltar, descansar e voltar à noite (final da tarde no horário local) pra buscar a final. Foi uma prova muito cedo e me senti um pouco sonolento, mas acho que dá pra melhorar ainda mais na semifinal. A gente consegue ver só a galera que está do seu lado e é muito perigoso segurar porque só classificam 16. Tem que ficar um pouco esperto", analisou.

LEONARDO DEUS AVANÇA NO SUFOCO - Outro brasileiro que caiu na água em eliminatórias do Mundial nesta terça-feira, Leonardo de Deus se classificou no sufoco às semifinais dos 200 metros borboleta, pois conseguiu apenas o 16º e último tempo dos nadadores que seguiram em frente nesta prova. Ele avançou com a marca de 1min56s71, mais de dois segundos mais lento do que a obtido pelo húngaro Laszlo Cseh, estrela da casa, que liderou estas baterias qualificatórias com 1min54s08. As semifinais também estão marcadas para acontecerem nesta terça.

"Foi uma prova em que antes de cair pra nadar eu estava bem tranquilo. Fui até um pouco displicente, eu acho, mas esperava nadar pra 1min56s00 pra classificar tranquilo. Já tinha falado com meu técnico que a gente não iria aplicar 100% da força agora de manhã. Meu objetivo não era passar em 16º, mas ali em 10º ou 11º. Mas agora que entramos (nas semifinais), passado esse sustinho, vou vir com tudo. Tenho condições de estar nessa final, tenho 1min54s lá do no Maria Lenk, então agora é descansar, recuperar e à tarde vir pra nadar 100%", comentou Leonardo de Deus ao analisar a sua participação nas eliminatórias.

Outro brasileiro que estará presente em uma disputa da natação marcada para a tarde desta terça no Mundial de Esportes Aquáticos é Guilherme Guido, que participará da final dos 100 metros costas após ter superado as eliminatórias e as semifinais na última segunda-feira. Já entre as mulheres, Manuella Lyrio esteve presente nas eliminatórias dos 200m livre nesta terça, mas ficou fora das semifinais ao obter apenas o 19º tempo, com 1min59s24.

O único representante brasileiro no segundo dia das eliminatórias da natação no Mundial de Esportes Aquáticos de Budapeste alcançou o seu objetivo. Nesta segunda-feira, Guilherme Guido participou da primeira fase de disputa dos 100 metros costas e se deu bem, se classificando às semifinais.

Guido nadou na terceira bateria das eliminatórias dos 100m costas e marcou 53s72, terminando empatado com o australiano Mitchell Larkin, o atual campeão mundial da prova. Na classificação geral, a marca do brasileiro foi a sétima melhor, sendo que o chinês Xu Jiayu registrou a melhor, com 52s77, seguido do norte-americano Matt Grevers, com 52s92, e do russo Grigory Tarasevich, com 53s18.

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Após a sua classificação, Guido fez uma avaliação positiva do seu desempenho, mas destacou a necessidade de melhorar o seu tempo para se classificar pela primeira vez na carreira à final de uma prova individual no Mundial de Esportes Aquáticos.

"Caí na primeira série forte e tive que mudar a estratégia, nadei forte e ditei o ritmo da prova. A noite tenho que nadar para o meu melhor, fazer 53 baixo para entrar na final. Agora é um passo de cada vez. Acho que faltam algumas horas para conseguir essa final. Hoje sou o que não fui nas edições passadas, cada Mundial é diferente. Com o que a natação vem passando, todo mundo perdeu junto, então acho que todo mundo está unido em prol da natação, a consequência vemos no time, com uns torcendo mais para os outros também", analisou Guido.

As semifinais e finais do segundo dia da natação no Mundial de Esportes Aquáticos serão disputadas a partir das 12h30 (horário de Brasília) desta segunda-feira na Danube Arena. Além de Guido, o Brasil também será representado por Nicholas Santos e Henrique Martins na final dos 50 metros borboleta.

A natação do Brasil logo no primeiro dia de disputas no Mundial de Esportes Aquáticos, em Budapeste, na Hungria, teve um desempenho muito bom neste domingo (23). Ao todo foi uma medalha de prata - com o revezamento 4x100 metros livre -, dois recordes sul-americanos e duas finais. O país está em quarto no quadro de medalhas da natação e em oitavo no geral.

Nas demais provas do dia, Joanna Maranhão teve uma crise de síndrome do pânico pela manhã. Desmaiou, passou mal, mas conseguiu enfrentar a situação difícil para nadar a semifinal dos 200 metros medley, onde fez 2min11s24 e superou o seu recorde sul-americano, de 2min12s12, estabelecido no Mundial de Roma, em 2009, ainda na época dos trajes tecnológicos. A marca deu a ela o 10.º lugar na competição.

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"A crise de pânico faz o pensamento fugir. Deitei, fiquei orando. Desci pro café. Vomitei o café... Só bate a ansiedade antes. Depois que eu caio na água acabou. Preciso aprender com isso. O pensamento é de fuga. Eu reverti a situação. Eu tenho uma meta que é ganhar de mim com traje. Nunca consegui nos 200 metros medley e era um pouco frustrante porque eu via que estava melhor, mais rápida. O desafio agora é me manter motivada e o fato de eu ter revertido uma síndrome de pânico pela primeira vez foi muito importante. Estou confiante", disse Joanna Maranhão.

Nicholas Santos e Henrique Martins estão na final dos 50 metros borboleta. Henrique nadou a primeira semifinal, marcou 23s13 e vai na sexta posição para a final. Nicholas estava na segunda série e terminou com o terceiro tempo geral, com 22s94.

"A gente tá numa fase muito boa, mas a final é amanhã (segunda-feira). Vamos ver o que rola aí. Agora é muito mais o coração do que o que a gente tem de natação. Meu objetivo na eliminatória era classificar para a segunda semifinal porque eu consigo ver quem está nadando e saber o que está rolando. Felizmente deu certo o que eu pensei e era 23 segundos baixinho que eu queria ter nadado mesmo. É 50 metros e não dá pra nadar fraco. Só tem cara fera aí. Vamos ver a final. Eu já sou um senhor", brincou Nicholas Santos.

Feliz com a classificação, Henrique Martins se disse feliz em ser finalista do Mundial junto com alguns dos grandes nadadores do mundo. "É uma sensação muito boa estar nadando com os caras", afirmou.

Nos 100 metros peito, Felipe Lima e João Gomes Júnior não conseguiram a classificação para a decisão. Nas semifinais, Felipe fez 59s48 e terminou em 10.º lugar. João teve desempenho pior e ficou em 11.º, com 59s56.

OUTRAS PROVAS - Uma das favoritas a muitas medalhas no Mundial de Budapeste, a norte-americana Katie Ledecky começou com o pé direito a sua participação na competição. Neste domingo, ela conquistou os dois primeiros ouros que disputou - nos 400 metros livre e no revezamento 4x100 metros livre. Assim, entrou para a história ao se tornar a primeira nadadora a encadear três títulos mundiais consecutivos em uma prova individual.

Katie Ledecky já acumula 11 títulos mundiais. Seu ouro no 4x100 metros livre teve o mérito de acontecer na mesma prova em que a sueca Sarah Sjöstrom quebrou o recorde mundial dos 100 metros na sua participação no revezamento (51s71). Apesar disso, a Suécia sequer subiu ao pódio, terminando na quinta colocação. A prata ficou com a equipe da Austrália, enquanto que a Holanda garantiu o bronze.

Em outra final deste domingo em Budapeste, o chinês Sun Yang conquistou o seu terceiro título de campeão do mundo dos 400 metros livre, com 3min43s48). Campeão em Barcelona-2013 e Kazan-2015, ele superou o australiano Mack Horton e o italiano Gabriele Detti.

A equipe brasileira do revezamento 4x100 metros livre masculino fez história neste domingo. Depois de passarem pelas eliminatórias com o melhor tempo, os nadadores brilharam na final e conquistaram a prata no Mundial de Esportes Aquáticos, realizado em Budapeste, na Hungria.

O quarteto formado por Cesar Cielo, Bruno Fratus, Marcelo Chierighini e Gabriel Santos baixou muito o tempo da manhã, de 3min12s34, e marcou na final 3min10s34. Além da prata, a equipe alcançou o novo recorde sul-americano, derrubando uma marca que pertencia à era dos trajes tecnológicos.

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Em uma prova disputada até os metros finais, os brasileiros ficaram atrás apenas do quarteto norte-americano, que venceu com o tempo de 3mim10s06. Um pouco mais atrás vieram os húngaros (3min11s99), que completaram o pódio.

"É até inexplicável, é difícil falar. Estou emocionado. Para mim, pessoalmente, é uma grande conquista. Estou treinando há apenas cinco meses e nadei uma prova que não treinei direito, porque estou focado nos 50 metros", disse Cielo, que retorna a uma grande competição depois de não se classificar aos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, à SporTV. "Eles são os caras. Esses aqui são os caras."

O feito também foi muito festejado por Bruno Fratus. "Desde hoje cedo (domingo) estou falando para eles: vamos colocar o Brasil de volta em um lugar onde ele nunca deveria ter saído, no pódio, entre os três melhores do mundo."

Na final deste domingo, Gabriel Santos não teve um início tão forte e terminou em terceiro, atrás da Hungria. Mas Chierighini apertou o ritmo e terminou a segunda passagem na vice-liderança.

Cielo, então, foi à piscina e diminuiu a desvantagem para os norte-americanos. E, na última passagem, Fratus se aproximou ainda mais, mas não conseguiu ultrapassá-los. O feito, no entanto, anuncia que a natação brasileira pode viver um novo momento, depois de não conquistar nenhuma medalha no Rio-2016.

A natação brasileira teve um excelente início no Mundial de Esportes Aquáticos, realizado em Budapeste, na Hungria. Neste domingo, o primeiro dia de disputa da modalidade, o revezamento 4x100 metros livre masculino não apenas se garantiu na final, como passou das eliminatórias com o melhor tempo.

O quarteto formado por Cesar Cielo, Bruno Fratus, Marcelo Chierighini e Gabriel Santos marcou o tempo de 3m12s34, deixando para trás fortes times, como a segunda colocada Austrália (3m12s45) e os norte-americanos, terceiros com 3m12s90.

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Itália, Hungria, Rússia, Japão e Canadá completam a lista das oito equipes que vão disputar a final na tarde de domingo. "A gente veio para classificar em primeiro. Conseguimos. E agora vamos tentar finalmente pegar essa medalha. Hoje tentamos ser mais seguros nas trocas e acho que podemos explorar mais isso à tarde", comentou Cielo, que retorna a uma grande competição depois de não se classificar aos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. "Vamos tentar hoje à tarde 3m11, é por aí."

Mas não foi apenas o revezamento que obteve um bom resultado neste domingo. Além de alcançar a final em uma das mais importantes provas da natação, os atletas brasileiros chegaram a outras cinco semifinais.

Destaque para a participação nos 100 metros peito: tanto João Gomes Junior, em quarto com o tempo de 59s24, quanto Felipe Lima, décimo com 59s62, se garantiram na semifinal da prova.

"Passou o nervosismo da estreia. A tarde dá pra fazer melhor. Não tem mistério. Acho que não temos de fazer nada demais do que a gente fez no dia-a-dia. A gente treinou para caramba", detalhou João. "Tenho certeza que nós dois vamos lutar para estar lá (na final) e pela medalha, para vir uma dobradinha para o Brasil".

Outra prova que colocou dois brasileiros na semifinal foi os 50 metros borboleta, com Nicholas Santos avançando em quinto e Henrique Martins em sexto, respectivamente com os tempos de 23s24 e 23s34. "Eu gostei. Nadei forte os primeiros 30 metros e dei uma respiradinha ali. Pensei que fosse classificar um pouco mais fraco, mas 23s2 foi bom para uma eliminatória", avaliou Nicholas.

Joanna Maranhão também foi bem nos 200 metros medley, anotou o tempo de 2m12s60 e avançou à semifinal em 15º. Pouco depois ela ainda voltou à piscina para disputar os 400 metros livre feminino, mas ficou em 14º (4m11s06) e não se classificou à final. E, na prova masculina dos 400m, com a marca de 3m49s61, Brandonn Almeida foi o 18º e também acabou eliminado.

Maior nadador brasileiro de todos os tempos, Cesar Cielo está em Budapeste, na Hungria, tentando voltar a brilhar. Depois de fracassar no último ciclo olímpico e não conseguir vaga nos Jogos do Rio-2016, o dono de três medalhas olímpicas vai em busca de pódio em duas provas do Mundial de Esportes Aquáticos: no revezamento e nos 50 metros livre, prova que o consagrou e da qual detém o recorde mundial.

Para conquistar uma medalha nos 50 metros, porém, o nadador terá que melhorar muito a sua marca neste ano. Cesar Cielo possui o oitavo melhor tempo na temporada - o que seria suficiente apenas para colocá-lo na final -, enquanto que outro brasileiro, Bruno Fratus, tem registrado marcas melhores.

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A presença de Cesar Cielo no Mundial, contudo, vai muito além do que ele pode conquistar dentro d'água. "A gente fez uma reunião em Portugal (onde a seleção fez aclimatação ao longo da semana) e ao final pedimos se algum atleta queria acrescentar alguma coisa e ele pediu a palavra. É uma liderança muito positiva para a equipe", disse Renato Cordani, diretor de natação da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).

"As pessoas que conhecem o Cielo, que convivem com ele, dizem que ele voltou ao passado. Conta piadas, está bem à vontade. Não está mais amuado como estava. E ele, por ser o grande nome da natação brasileira, contagia" pontuou Renato Cordani. "Ele que é tricampeão mundial (nos 50 metros), um exemplo. Os outros nadadores querem vencer como ele".

Menos de três meses depois de prisão preventiva, Coaracy Nunes e outros três ex-dirigentes da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) tiveram habeas corpus concedido na manhã desta terça-feira e serão liberados do cárcere no Rio de Janeiro até quarta-feira.

"O habeas corpus foi concedido e agora temos o trâmite formal do cancelamento da ordem de prisão. Pode acontecer hoje ou, no mais tardar, amanhã [quarta]", confirmou o advogado Marcelo Franklin.

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Em abril, a Polícia Federal deflagrou a operação Águas Claras, que investiga esquema de desvios de recursos públicos repassados à CBDA, e expediu quatro mandados de prisão preventiva. Além do ex-presidente Coaracy, foram denunciados Sérgio Alvarenga (diretor financeiro), Ricardo de Moura (superintendente da CBDA) e Ricardo Cabral (diretor de polo aquático).

Franklin explica que a concessão do habeas corpus significa, na prática, a revogação da prisão. O processo, no entanto, continua. "O habeas corpus foi concedido por verificar que a prisão foi equivocada. Eles não vão utilizar tornozeleira eletrônica, nada disso", explicou o advogado.

As investigações apuram o destino de cerca de R$ 40 milhões repassados à CBDA pelo Ministério do Esporte. Há indícios de um esquema de desvios de recursos públicos captados por meio de convênios e leis de fomento ao esporte. Segundo o inquérito policial, os recursos eram mal geridos ou desviados para uso pessoal.

Os acusados poderão responder pelos crimes de peculato, associação criminosa e fraude a Lei de Licitações, sendo que a PF também confirmou que foram cumpridos um total de 16 mandados de busca e apreensão no Rio e em São Paulo. Todas as medidas foram expedidas pela 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

O trabalho é fruto de parceria entre a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, com a participação da Controladoria-Geral da União, e iniciou-se após denúncias de atletas, ex-atletas e empresários do ramo esportivo brasileiro.

Apesar de ter se aposentado oficialmente, o maior nadador do mundo segue buscando novos desafios e encontrou um de grande porte graças ao canal de TV Discovery Channel. A ideia é colocar o americano Michael Phelps para ver quem é o mais rápido: o atleta com mais medalhas na história das olimpíadas, ou o maior predador dos oceanos, o grande tubarão branco.

O evento faz parte da Semana do Tubarão, tradicional série de matérias e documentários que o canal realiza anualmente. De acordo com os produtores, a corrida será exibida em julho e irá colocar frente a frente, 'o atleta mais premiado do mundo inteiro contra o predador mais eficiente dos oceanos'. A partir do dia 23, o Discovery passa a exibir o especial que garante o bem estar dos dois envolvidos.

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"Com certeza não teremos Phelps e um tubarão dentro de uma piscina olímpica. Creio que será mais uma comparação sobre como funciona o corpo humano na água e a dinâmica do nado de tubarões", disse em entrevista a Rádio BBC 5, a bióloga marinha Tooni Mahto, membro da Sociedade Australiana de Conservação da Vida Marinha.

Vale destacar que a velocidade máxima atingida pelo americano nas piscinas é de aproximadamente 10 km/h, enquanto que tubarão branco alcança 40 km/h. Pelo Facebook, Phelps diz que é a oportunidade com a qual sempre sonhou.

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A Fase Estadual das modalidades individuais dos Jogos Escolares de Pernambuco (JEPs 2017) terminou neste final de semana. No último sábado (17) e no domingo (18), os competidores disputaram as nove modalidades em cinco localidades diferentes da Região Metropolitana do Recife (RMR). 

O final de semana das modalidades individuais dos JEPs Atletismo, Judô, Natação, Luta Olímpica, Ciclismo, Xadrez, Badminton, Tênis de Mesa e Vôlei de Praia foi disputado em duas categorias, a Mirim (12 a 14 anos) e a Infantil (15 a 17) anos. O evento envolveu a participação de 1.217 alunos-atletas, sendo 813 do Interior e 404 da Região Metropolitana do Recife. Ao todo, foram 69 munícipios representados por 313 instituições de ensino (150 do Interior e 163 da RMR). 

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As disputas deste final de semana tiveram um caráter decisivo para os alunos-atletas. Isso porque a Fase Estadual dos JEPs não garantiu somente o título pernambucano, mas também foi a seletiva para os Jogos Escolares da Juventude (Jogos Escolares Brasileiros), disputa nacional. Neste ano, a categoria Mirim (12 a 14 anos) será realizada na cidade de Curitiba-PR entre os dias 12 e 21 de setembro, enquanto a categoria Infantil (15 a 17 anos) vai ter como sede a capital federal, Brasília-DF, entre os dias 16 e 25 de novembro. Além disso, o título dos JEPs dá aos jovens a oportunidade de participar do Programa Ganhe o Mundo Esportivo, que, neste ano, pela terceira vez, levará uma turma de alunos-atletas para um período de dois meses de intercâmbio educacional e esportivo fora do País.

No que diz respeito aos resultados dos jovens, chamou a atenção o desempenho de duas realidades do esporte de base local. Hanna Nascimento, de 16 anos, do Bolsa Atleta PE, e Leonardo D’Agostin também de 16 anos, do Time PE, vêm se destacando no cenário nacional do judô, incluindo passagens pela seleção brasileira de base e a recente conquista da vaga no Mundial Escolar de Judô, o Combat Games, que será realizado de 7 a 15 de julho, em Nova Déli, na Índia. Favoritos, ambos não decepcionaram e sagraram-se campeões dos JEPs 2017 nas categorias infantil (15 a 17 anos) até 44kg e acima de 90kg, respectivamente.

Nesta edição, os embaixadores dos JEPs marcaram presença nos locais das provas. Felipe Nascimento (pentatleta) e Adriana Salazar (ex-nadadora), foram conferir de perto a Natação no complexo aquático do Sport, na Ilha do Retiro. José Fernando Santana, o "Balotelli" (decatleta), e Janaína Santos (saltadora), estiveram no Atletismo no Centro Esportivo Santos Dumont. Gabriel Pinheiro (judoca) e Leonardo Fernandes (lutador de jiu-jítsu), foram prestigiar o Judô e a Luta Olímpica, respectivamente, também no Santos Dumont. Lula (ex-jogador de vôlei de praia), conferiu o Vôlei de Praia, em Piedade e Lucas Carvalho (paratleta do tênis de mesa), assistiu os atletas no Tênis de Mesa, no Santos Dumont.

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Os Jogos Escolares de Pernambucos, JEPs, chegam neste final de semana, à fase estadual nas modalidades individuais das categorias mirim e juvenil. As provas serão realizadas no Centro Esportivo Santos Dumont, Colégio GGE, Sport Club do Recife, Praia de Piedade e a Arena de Pernambuco, grande novidade para as provas de ciclismo. Essa fase, além de garantir o título pernambucano, serve de seletiva para os Jogos Escolares da Juventude, etapa nacional.

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Serão 1.900 envolvidos nas disputas de nove modalidades, sendo elas atletismo, natação, judô, xadrez, badminton, tênis de mesa, luta olímpica e vôlei de praia. "A cada ano vemos os números dos Jogos Escolares crescerem e isso é fruto da valorização do esporte de base. Teremos a participação de mais de 300 instituições de ensino somente neste final de semana, o que nos deixa mais empolgados em investir ainda mais na qualidade dos JEPs", disse o secretário de Turismo, Esportes e Lazer de Pernambuco, Felipe Carreras, conforme informações da assessoria de imprensa.

Cerca de 550 pessoas participaram dos Jogos Paralímpicos do Recife 2017, neste último final de semana. Foram sete modalidades e uma competição acirrada que garantiu mais inclusão e visibilidade ao paradesporto. As disputas foram para a categoria Estudantil: Atletismo, Bocha, Natação e Tênis de Mesa; e na categoria Aberta - Atletismo, Bocha, Badminton, Natação, Vôlei Sentado, Basquete Cadeiras de Rodas e Tênis de Mesa. Quatorze escolas públicas do Recife se envolveram e inscreveram 9 estudantes. Outros 84 foram inseridos em atividades lúdicas para vivência e conhecimento das modalidades voltadas para pessoas com deficiências.

O Compaz Escritor Ariano Suassuna, no Cordeiro,  foi ponto de encontro para os competidores do badminton, tênis de mesa, bocha, basquete em cadeiras de rodas e natação no último sábado (10). O atletismo ficou no Centro Esportivo Santos Dumont, em Boa Viagem, tanto sábado quanto no domingo (11). Já os praticantes do goalball (ou golbol) fizeram sua competição no Instituto dos Cegos, nas Graças.

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A competição serviu de seletiva para as Paralimpíadas Escolares, no caso da categoria Estudantil, e Jogos Paralimpíadas de Pernambuco, no caso da categoria Aberta.

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A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) elege nesta sexta-feira (9) seu próximo presidente em meio a águas revoltas. Gerida desde março por um interventor judicial, com a cúpula da diretoria anterior presa desde abril, em crise financeira e sob o risco de ser suspensa pela Federação Internacional de Natação (Fina), a entidade tentará um recomeço.

Três candidatos disputam o pleito: Miguel Cagnoni (chapa Inovação e Transparência), Cyro Delgado (Cara Nova) e Jefferson Borges (Novos Rumos). A eleição acontecerá no Rio de Janeiro, sendo que o colégio eleitoral será composto por 97 votantes (69 de representantes dos clubes, 27 de federações e um da comissão de atletas).

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Caberá ao nadador Leonardo de Deus votar pelos atletas. Ele não quis revelar em quem será o voto, apesar de seus colegas de piscina Joanna Maranhão e Cesar Cielo declararem preferência por Miguel Cagnoni.

"A gente analisou as propostas dos três candidatos. Lógico que alguns atletas já se manifestaram. A maioria dos atletas da natação está a favor do Miguel, mas não é só a natação. Temos de olhar para o polo aquático, saltos ornamentais, nado sincronizado e maratonas aquáticas", comentou.

Em comum, os candidatos prometem "maior transparência" e melhores práticas de gestão. Vale lembrar que, em abril, a operação Águas Claras, da Polícia Federal, prendeu três ex-dirigentes da CBDA, incluindo o ex-presidente Coaracy Nunes, por suspeita de desvios da ordem de R$ 40 milhões. Com a ação, os Correios, maior patrocinador da entidade, anunciou que iria romper o acordo.

Com experiência no setor privado, Miguel Cagnoni fala em profissionalizar a gestão da CBDA. Em termos esportivos, ele quer focar no trabalho da base. "O objetivo é encher as piscinas do Brasil inteiro de praticantes. Assim, a gente tem assegurado o processo de renovação e nossa participação em Jogos Olímpicos e Mundiais. É da quantidade que você tira a qualidade", comentou.

Cyro Delgado, que foi medalhista olímpico nos Jogos de Moscou-1980 e atuou como subsecretário de Esportes do Rio, declarou que pretende "recuperar a credibilidade" da CBDA. "A marca teve uma ruptura muito grande", avaliou. "Já conversei com o presidente dos Correios e com outros patrocinadores. A saúde financeira da CBDA está cada vez pior, e temos que começar a buscar outros caminhos."

Jefferson Borges, por sua vez, é árbitro que atua em competições internacionais e presidente da Federação Aquática do Mato Grosso. "O conhecimento que temos do gerenciamento da federação vamos trazer pra CBDA, mas óbvio que de maneira mais ampla", destacou. A intenção dele é "massificar" todas as cinco modalidades de esportes aquáticos que estão sob o guarda-chuva da CBDA.

Borges promete criar eventos nos estados para apresentar as diferentes modalidades ao grande público. "Hoje o nado sincronizado é artístico. Você pode apresentar sem ser competição", exemplificou. "Não adianta ficar só dentro dos clubes."

O Mundial de Esportes Aquáticos sofreu uma baixa de peso. Uma das surpresas dos Jogos Olímpicos do Rio ao vencer a prova dos 100 metros livre, o australiano Kyle Chalmers não participará do evento agendado para julho porque precisará passar por uma cirurgia em razão de problemas cardíacos.

Chalmers tem taquicardia supraventricular, que acelera o ritmo cardíaco. O problema normalmente não é fatal, mas pode afetar sua qualidade de vida. O nadador australiano, de apenas 18 anos, explicou que já passou por uma primeira operação por causa disso, mas agora precisará ser submetido a uma nova cirurgia.

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"Eu tenho cada vez mais começado a sofrer de um ritmo cardíaco anormalmente rápido durante os treinamentos e competições e isso agora exige cirurgia", disse Chalmers em um comunicado oficial. "Eu passei por uma cirurgia no passado e, infelizmente, ela não funcionou".

Chalmers afirmou que foi uma decisão difícil perder o Mundial de Budapeste, mas que tomou a decisão pensando mais a longo prazo na sua carreira, o que inclui a sua participação nos Jogos da Commonwealth de 2018, marcado para abril, em Gold Coast.

Em abril, Chalmers ficou em segundo lugar na prova dos 100m nos Campeonato Australiano, atrás de Cameron McEvoy. Agora, porém, ele passará por cirurgia nas próximas semanas.

"Nunca há um bom momento para este tipo de procedimento, mas dado que sofri destes sintomas durante duas das últimas três competições e seguindo o conselho do meu médico, tomei a difícil decisão de desistir", concluiu Chalmers.

O Troféu Maria Lenk chegou ao fim na noite deste sábado no Rio de Janeiro em uma sessão que, entre outros resultados, ficou marcada pela fácil vitória de Etiene Medeiros na disputa dos 50m livre. Ela completou a distância em 24s72, com uma vantagem de 0s38 para Alessandra Marchioro, a segunda colocada. Graciele Hermann completou o pódio.

"Eu queria ter feito um pouco menos agora na final. Sei que tem algumas coisas pra melhorar, mas essa semana foi muito difícil. Um pouco da experiência ajuda. Eu saí da piscina dando os meus 100 por cento. Foi o melhor que pude fazer hoje", disse Etiene.

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Também neste sábado, a argentina Macarena Ceballos, do Minas Tênis, bateu o recorde sul-americano dos 200m peito, com 2min26s90 - a prova masculina foi vencida por Thiago Simon, com 2min12s27. Viviane Jungblut, do Grêmio Náutico União, triunfou nos 800m livre, com 8min34s92, sendo seguida por Poliana Okimoto. Guilherme Costa, da Unisanta, foi campeão nos 1500m livre, com 15min06s31, novo recorde de campeonato. Já na disputa do 4x100m medley, a Unisanta ganhou entre as mulheres e o Pinheiros levou o ouro entre os homens.

O Pinheiros faturou o título do Maria Lenk com 2.499 pontos, seguido por Minas Tênis, com 2.075, e Unisanta, com 1.912. A competição também teve 12 recordes quebrados, sendo quatro sul-americanos, cinco brasileiros e três de campeonato

Etiene conseguiu o melhor índice técnico do Maria Lenk, nos 50m costas. Joanna Maranhão foi a nadadora mais eficiente ao somar 220 pontos em quatro provas - 400m livre, 200m medley, 200m borboleta e 400m medley - para a Unisanta. Entre os homens, o melhor índice foi de Nicholas Santos nos 50m borboleta e o mais eficiente acabou sendo Brandonn Almeida que marcou 113 pontos para o Corinthians também nadando quatro provas.

Bruno Fratus foi mais rápido do que Cesar Cielo nas eliminatórias do Troféu Maria Lenk dos 50 metros livre, disputadas neste sábado, no Rio. O nadador do Internacional de Regatas avançou para a final com o tempo de 21s83, enquanto que o atleta do Pinheiros fez o tempo de 21s87. As finais da competição começam às 19h.

Os dois foram os únicos a nadar a distância abaixo dos 22s nas eliminatórias. Cielo comemorou a marca, que considerou inesperada. Desde dezembro de 2014 que o campeão olímpico em Pequim-2008 não conseguia ser tão rápido.

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"Está melhor do que imaginei. Dormi uma da manhã ontem. Minha sensação era que ia sair 22s06 porque estava me sentindo muito sonolento. Fui fazer antidoping antes de voltar para o hotel, então estou com o sistema nervoso um pouco devagar. Foi bom. Não nadava pra 21s8 desde 2014. Hoje à noite tem que baixar um pouco. Acho que é questão de concentrar. Ficaria bem feliz com 21s7 ou 6", disse Cielo.

Fratus também saiu satisfeito, mas sabe que precisa melhorar para vencer a final. "Não tenho lembrança de ter nadado 21s8 de manhã. Mas esse tempo não entra nem entre os oito melhores índices técnicos. Então tem que baixar bastante", comentou.

A competição é a última seletiva para o Mundial de Natação, que ocorrerá em Budapeste, na Hungria, entre 14 e 30 de julho. Cielo e Fratus ainda não estão garantidos na competição. A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos deve levar ao menos oito atletas e o critério para a vaga será divulgado apenas em 11 de maio. Provavelmente será baseado no ranking da Federação Internacional de Natação que compara todas as provas. A pontuação dada ao atleta vai de acordo com a proximidade de seu tempo em relação ao recorde mundial.

Etiene Medeiros, do Sesi-SP, fez o melhor tempo nos 50m, ao nadar em 24s78, com uma marca próxima do próprio recorde sul-americano feito ano passado, em 24s45. Na sexta-feira, ela passou mal e ficou de fora das provas.

"Estou me sentindo bem melhor e consegui o que esperava para as eliminatórias, nadar na casa do 24s7. Sempre tive esta característica de nadar forte desde o início, e agora, melhor de saúde, deu pra fazer. O quadro principal sempre é o mental, mas quando não estamos bem fica em cerca de 70%. Agora já subiu pra uns 98% em relação ao quadro físico. Mas quero abaixar o tempo na final", comentou Etiene.

Nas eliminatórias dos 200m peito, os melhores tempos foram de Macarena Ceballos, com 2min33s54, e Thiago Simon, com 2min14s09. Carolina Bilich liderou as séries lentas dos 800m com 8min53s72, enquanto Leonardo de Deus, com 15min25s50, foi o melhor das séries lentas dos 1.500m.

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