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Dentro de uma chave complicada na disputa dos 62 kg da luta livre feminina dos Jogos de Tóquio, Laís Nunes estreou na madrugada desta terça-feira (3), pelo horário de Brasília (tarde no Japão), com uma derrota por 4 a 1 para a búlgara Taybe Mustafa Yusein, uma das favoritas ao ouro. Apesar do revés, a brasileira ainda não está eliminada, já que pode ganhar o direito de disputar a repescagem caso a algoz chegue à final.

Depois de vencer Laís, Yusein derrotou Bolortuya Khurelkhuu, da Mongólia, nas quartas de final. Por isso, vai enfrentar a japonesa Yukako Kawai nas semifinais, em luta que será disputada na série de confrontos que começa a partir das 6 horas. Se a búlgara conseguir a vitória, a lutadora do Brasil enfrenta Khurelkhuu no duelo da repescagem que levaria a vencedora à disputa do bronze contra Kawai.

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"Tenho expectativa para a repescagem, a minha adversária é forte, foi campeã mundial e recentemente vice-campeã mundial, então acredito que eu consiga ir e a gente tem que estar pronto para tudo", disse Laís após a derrota, lembrando que Yusein foi campeã mundial da categoria em 2018.

As repescagens serão disputadas a partir das 23 horas desta terça, pelo horário brasileiro, com a disputa das medalhas de bronze e do ouro na sequência. Laís Nunes é a única representante do Brasil que restou na disputa das lutas olímpicas, após as eliminações de Aline Silva na luta livre e de Eduard Soghomonyan na greco-romana. Os dois também caíram na primeira fase, mas não conseguiram a repescagem.

Em sua segunda Olimpíada após disputar os Jogos do Rio em 2016, Laís foi quinta colocada do Campeonato Mundial em 2016 e é considerada o grande destaque da modalidade no País. Hoje com 28 anos, ela chama atenção desde cedo, após conquistar medalhas de ouro nas categorias cadete (até 17 anos), júnior (até 20 anos) e sênior (acima de 20) do pan-americano.

O boxe brasileiro pode ter nesta terça-feira o seu dia mais vitorioso. A peso-leve (até 60 kg) Beatriz Ferreira, o leve (até 63 kg) Wanderson Oliveira e o pesado (até 91 kg) Abner Teixeira estarão em ação na Kokugikan Arena. Este último já vai disputar a semifinal com a garantia de já ter conquistado a medalha de bronze, pois os no boxe olímpico não há a disputa pelo terceiro lugar e os perdedores sobem também no pódio. Já a lutadora e Wanderson estão nas quartas de final e precisam vencer para atingir o mesmo status.

A primeira a se apresentar será Beatriz, atual campeã mundial. Ela sobe no ringue às 5 horas (17h do Japão) para enfrentar a usbeque Raykhona Kodirova, nona no último campeonato do mundo. "Eu me preparei durante cinco anos para este momento. Chegou a hora de decidir", afirmou a lutadora, que venceu na estreia com facilidade a atleta Shih-Yi Wu, de Taiwan, em decisão unânime dos jurados (5 a 0).

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"Todas aqui são minhas adversárias. Estou pronta para o que precisar. Amo o boxe e estou pronta para o que der e vier. Independentemente do combate que acontecer aqui, eu sei que será um grande espetáculo para a galera. Eu sei para o que me preparei, sei meu objetivo aqui e vou em busca dele, afirmou a boxeadora, de 28 anos e 1,62 metro de altura.

Wanderson, de 24 anos e 1,78 metro, vai ter pela frente, às 6h18, o cubano Andy Cruz, apontado como o melhor da atualidade nesta categoria. "É o número 1 deste peso, mas eu vou treinar bastante a tática que vou ter contra ele, rever a luta que tive com ele, rever os erros e o que tive de qualidade para fazer a estratégia", disse o brasileiro, após vencer seu segundo combate em Tóquio. Ele eliminou o sírio Wessam Salamana, da Equipe Olímpica de Refugiados, por 5 a 0 na estreia e depois o bielo-russo Dzmitry Asanou por 3 a 2.

Abner, que busca um pódio inédito para o Brasil entre os pesos pesados, terá como rival, às 6h50, também um representante de Cuba. Trata-se de Julio La Cruz, que foi campeão olímpico na Rio-2016 e quatro vezes campeão mundial, mas entre os meio-pesados (até 81 quilos). "Quero mudar a cor da medalha", disse o atleta, após derrotar o jordaniano Hussein Iashaish nas quartas de final. Ele também soma um triunfo nas oitavas frente ao britânico Cheavon Clarke. Ambos por 4 a 1. Ele tem 24 anos e mede 1,93 metro.

O boxe brasileiro acumula sete medalhas em olimpíadas, contando já os bronzes garantidos por Hebert Conceição e Abner. Servílio de Oliveira foi bronze no México-1968, depois Esquiva Falcão (prata), Yamaguchi Falcão e Adriana Araújo (ambos bronze) subiram no pódio em Londres-2012. Robson Conceição foi campeão na Rio-2016.

O Brasil levou para Tóquio sete pugilistas. Além dos três que se apresentam nesta terça, a nobre arte nacional ainda conta com o peso médio (até 75 quilos) Hebert Conceição. Ele é semifinalista e na quinta-feira vai desafiar o russo Gleb Bakshi, atual campeão mundial.

Três representantes nacionais foram eliminados em Tóquio. No feminino, a peso mosca (até 51 kg) Graziele Jesus perdeu para a japonesa Tsukimi Namiki na primeira rodada, enquanto Jucielen Romeu foi eliminada pela britânica Karriss Artingstall, também na estreia.

Já o meio-pesado Keno Marley (até 81 quilos) foi derrotado pelo britânico Benjamin Whittaker na segunda rodada, após vencer na estreia o chinês Daxiang Cheng.

Medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas-2004, na Grécia, o cavaleiro Rodrigo Pessoa faz, em Tóquio-2020, a sua sétima participação no evento esportivo. Quando entrar na pista do Equestrian Park para a classificatória da prova individual, nesta terça-feira, o brasileiro de 48 anos se tornará o recordista em participações olímpicas pelo Time Brasil ao lado do velejador Robert Scheidt e da jogadora de futebol Formiga.

Rodrigo Pessoa estreou em Jogos Olímpicos em Barcelona-1992. Quatro anos depois, em Atlanta, o cavaleiro ganhou a sua primeira medalha: o bronze por equipes ao lado de Luiz Felipe de Azevedo, André Johannpeter e Álvaro de Miranda Neto, o Doda. O quarteto repetiu a dose em Sydney-2000. Em Atenas-2004, após o doping do cavalo do irlandês Cian O’Connor, conquistou o ouro na disputa individual. Ele ainda participou de Pequim-2008 e Londres-2012.

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"É uma grande honra ter representado o Brasil em sete Jogos Olímpicos. Espero poder fazer ainda mais pelo meu país, mas participar de sete edições honrando a nossa bandeira já é uma grande honra para mim", disse o único campeão olímpico do hipismo brasileiro.

Em Tóquio, Rodrigo Pessoa, com o cavalo Carlitos Way, terá ao seu lado Marlon Zanotelli (VDL Edgar), Yuri Mansur (QH Alfons Santo Antonio) e Pedro Veniss (Quabri de L'Isle). A equipe é comandada pelo técnico suíço Philippe Guerdat.

"Nossas expectativas são boas tanto para a competição individual quanto por equipes. Os cavalos aclimataram muito bem, estão em boa forma e prontos para competir. A prova de saltos no hipismo é sempre uma competição de alto nível, com os melhores conjuntos do mundo", afirmou Rodrigo Pessoa.

Pela primeira vez na prova de saltos do hipismo em Jogos Olímpicos, as equipes contarão com quatro atletas, sendo três titulares e um reserva. Este último pode ser escalado ainda após o início da competição.

Na disputa por equipes, no novo formato, não haverá descarte, ou seja, serão computados os três resultados. Anteriormente entravam quatro conjuntos e a cada rodada havia o descarte do pior resultado. Outra mudança é que a disputa individual antecede a final por equipes.

O sonho de Arthur Zanetti, 31 anos, de se tornar o primeiro ginasta do mundo a conquistar uma medalha nas argolas em três edições consecutivas dos Jogos Olímpicos acabou com uma queda com o rosto no chão ao final de sua apresentação nesta segunda-feira (2) em Tóquio. Ouro em Londres-2012 e prata na Rio-2016, o ginasta foi o primeiro finalista a se apresentar e decidiu arriscar uma saída diferente e mais difícil para buscar um lugar ao pódio, mas acabou falhando. A conclusão com um triplo mortal grupado não saiu como planejado, e Zanetti caiu de cara no colchão.

A final das argolas foi dominada pelos chineses. Liu Yang recebeu nota 15,500 e ficou com o ouro, seguido de You Hao (15,300). O grego Eleftherios Petrounias, que havia sido campeão no Rio, completou o pódio com nota 15,200. Zanetti terminou na oitava e última colocação.

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Antes da queda, Zanetti até que fazia uma boa série nas argolas. Mas, perdeu 1 ponto no final e acabou recebendo nota 14,133 dos jurados, muito abaixo dos seus adversários. Visivelmente constrangido após a sua apresentação, ele ganhou um abraço do técnico Marcos Goto e exibiu para as câmeras um macacão do filho Liam, que nasceu no ano passado.

Havia grande expectativa em torno da apresentação de Zanetti nesta segunda-feira. Na classificatória, ele havia recebido nota 14.900 e saiu da prova ciente de que tinha condições de melhorar seu rendimento. Zanetti, inclusive, disputou apenas a prova das argolas em Tóquio e ficou na reserva na disputa por equipes para se poupar para o individual na prova que é sua especialidade.

"Temos que sair felizes em tudo na nossa vida. Não é porque errei que tenho que sair triste. Saí feliz porque arrisquei. Tinha que arriscar e, como falei, ninguém sabe o quanto sofri para fazer essa saída. Machuquei o pé várias vezes para fazer a saída e, se eu não tivesse feito hoje, com certeza ficaria triste. Pelas notas que venho tirando nas apresentações, ficaria em quarto e quinto. Aí você me veria triste, porque não arrisquei. Não tive o melhor resultado, mas saio satisfeito porque coloquei em prática o que vinha treinando", disse Zanetti, após a prova.

O atleta explicou a mudança de estratégia. "Você não sabe o quanto fizemos para essa nota de partida aumentar. Podemos fazer o que quisermos na prova, mas teria que mudar muito a configuração da série e isso desgastaria muito mais pra aumentar um décimo. Fiz a série normal e uma saída nova, que aumentou três décimos. É uma saída arriscada, mas era tudo ou nada: é um triplo mortal grupado, que estou treinando há quase um ano. A chance de acertar era de 70%, 80%, mas há o fator competição que bagunça toda a estatística. Se eu cravasse, tiraria 15.350, 15.400, seria pódio. Esse é um momento diferente, era momento de arriscar e fazer uma nova rotina para os árbitros saberem que eu tinha uma série diferente. Volto para o Brasil feliz, satisfeito, com um pouco de dor no dedão, porque dei uma topadinha ali, e com saudade da família."

Mesmo aos 31 anos, Zanetti planeja disputar a Olimpíada de 2024, em Paris. Como o ciclo olímpico é mais curto, de apenas três anos, o ginasta acredita ter chances de continuar competindo em alto nível.

Zanetti enfrentou vários percalços durante a sua preparação para os Jogos de Tóquio. A pandemia, por exemplo, o deixou 15 meses sem participar de uma competição oficial. Em junho, ele sofreu uma inflamação no ombro direito e ficou ausente do Pan-Americano.

A seleção brasileira masculina de vôlei já conhece o seu adversário das quartas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Em sorteio realizado neste domingo, ficou definido que o Japão será o rival na primeira partida eliminatória desta trajetória olímpica. A equipe dirigida pelo técnico Renan Dal Zotto terá na madrugada desta terça-feira, à 1 horas (de Brasília), este primeiro duelo decisivo.

O Brasil chega com quatro vitórias - sobre Tunísia, Argentina, Estados Unidos e França - e uma derrota - para o Comitê Olímpico da Rússia - na fase de grupos. Agora, segundo o treinador, toda a atenção está voltada para os japoneses. E o comandante faz questão de destacar a qualidade dos adversários.

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"O Japão é uma seleção extremamente técnica, que não dá ponto de graça para o time adversário porque quase não erra e de um volume de jogo muito grande. É uma partida onde precisamos ter bastante paciência porque dificilmente se derruba a bola logo no primeiro lance, além de, normalmente, ser um confronto mais longos", disse Renan Dal Zotto.

O técnico tem pouco tempo para deixar o time pronto para este duelo. "Temos que estar muito bem preparados porque quartas de final sempre é uma fase difícil, jogo único e em torno disso tem uma tensão muito grande. Vamos estudar muito e treinar em função da equipe japonesa", afirmou.

O Japão chega para a fase decisiva do campeonato com a campanha de três vitórias - sobre Venezuela, Canadá e Irã - e duas derrotas - para Itália e Polônia.

O Brasil busca a sua quinta final olímpica consecutiva. Em Atenas-2004, o Brasil foi ouro; em Pequim-2008 e Londres-2012, a seleção masculina ficou com a medalha de prata; e no Rio-2016 o grupo brasileiro subiu ao degrau mais alto do pódio.

Alison e Álvaro Filho voltam à quadra nesta segunda-feira, em jogo válido pelas oitavas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Depois de passarem em primeiro lugar no Grupo D - considerado o mais difícil do torneio de vôlei de praia no Japão -, os brasileiros terão pela frente Gaxiola/Rubio, do México, em partida que vale vaga nas quartas. Este será o primeiro duelo entre os times nas areias, sendo que nenhum dos dois, mesmo com outros parceiros, enfrentaram os mexicanos antes.

"É um time forte, muito técnico e que jogou bem na fase de grupos. É uma dupla com bloqueio forte e que defende muito bem", alertou Alison, o "Mamute", medalha de ouro nos Jogos do Rio-2016 e prata em Londres-2012.

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"Nunca nos enfrentamos antes, estudamos bastante o jogo deles. É um time que tem qualidade, bom volume de jogo, e esperamos uma partida difícil. Agora é decisão, é uma 'primeira final', um jogo que se define nos detalhes e estamos preparados", afirmou Alvinho.

Alison e Álvaro Filho terminaram em primeiro lugar na chave D, deixando para trás Brouwer/Meeuwsen (Holanda) e Lucena/Dalhausser (EUA). Gaxiola/Rubio se classificou no Grupo B, onde estavam os campeões mundiais Krasilnikov/Stoyanoskiy (RUS), como um dos melhores terceiros colocados do campeonato.

Como melhores resultados em 2021, os mexicanos possuem o título da Continental Cup e o vice-campeonato do Grand Slam de Doha, no Catar, pelo Circuito Mundial.

De volante a lateral-direito, sua atual posição, Gabriel Menino aproveita a convocação para a Olimpíada de Tóquio-2020 para ganhar, aos 20 anos, experiência no novo posto a partir dos conselhos de Daniel Alves. Com 18 anos a mais, o capitão da seleção olímpica é a principal referência para o jogador do Palmeiras se destacar e jogar mais na equipe do técnico André Jardine.

"O Daniel Alves é o melhor lateral do Brasil, já conquistou vários títulos, é o maior campeão que eu já conheci. É uma pessoas sensacional, um profissional sem palavras, o que ele está me ensinando é surreal. É um cara fantástico, ele está aqui e eu estou aprendendo, tirando um pouco da experiência dele", disse Gabriel Menino.

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No último sábado, o jovem atleta participou da vitória por 1 a 0 contra o Egito, que garantiu o Brasil na semifinal do torneio olímpico, ao entrar no segundo tempo. "Se precisarem de mim, vou dar meu melhor, independentemente de qualquer coisa, nem que seja apoiando do lado de fora, torcendo, jogando", afirmou.

Outro jogador que vem se destacando é o camisa 11, Antony, que mostrou muita personalidade em campo. Os dribles envolventes do atacante, que, atualmente joga no Ajax, ofuscaram outros elementos da partida em alguns momentos.

"É minha característica, sempre tive isso, no momento certo eu uso, como nesses dois lances. Objetividade sempre, em um lance que vejo que vai terminar em uma jogada boa. Fico muito feliz, espero dar continuidade. Minha característica é enfrentar o adversário e mostrar minha habilidade", explicou Antony.

Nesta terça-feira, o Brasil encara o México, às 5 horas (de Brasília), pela semifinal da Olimpíada de Tóquio-2020. A partida promete ter um clima de muita rivalidade, afinal os mexicanos venceram os brasileiros na final dos Jogos Olímpicos de Londres-2012.

Rebeca Andrade continua fazendo história nos Jogos de Tóquio. Neste domingo, ela se tornou a primeira mulher do Brasil a conquistar dois pódios na mesma edição da Olimpíada. A atleta da ginástica artística ganhou a medalha de ouro no salto nos Jogos de Tóquio. Antes, já havia conquistado a prata no individual geral.

A façanha dela veio com dois ótimos saltos, um de 15,166 e outro de 15,000, alcançando a média de 15,083. Sua principal adversária, Jade Carey, dos Estados Unidos, foi mal no primeiro salto e ficou fora da briga por medalha.

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O pódio foi completado por Mykayla Skinner, dos Estados Unidos, que ficou com a prata com 14,916 de média, e a sul-coreana Seojeong Yeo, que ganhou o bronze ao fazer 14,733.

Esta é a sexta medalha da ginástica artística brasileira na história olímpica, a segunda de Rebeca. As outras quatro foram de homens: Arthur Zanetti nas argolas (ouro em Londres-2012 e prata na Rio-2016), e a dobradinha no solo dos Jogos do Rio com Diego Hypólito (prata) e Arthur Nory (bronze).

Aos 22 anos, Rebeca vai se firmando como a maior ginasta do País na atualidade e tem chance ainda de conquistar mais uma medalha no Japão, pois disputa nesta segunda, às 5h57, as finais do solo, quando vai apresentar seu "Baile de Favela", que já teve ótima aceitação na fase classificatória e também na final do individual geral.

O sucesso poderia até ter chegado um pouco antes não fossem as lesões na carreira da atleta. Só para se ter uma ideia, ela já foi submetida a três cirurgias para reparar o ligamento cruzado anterior no joelho direito. "Eu cheguei a pensar em desistir, mas as pessoas sempre me incentivaram a continuar", disse.

A história da ginasta de Guarulhos é de superação. A primeira delas é por se manter no esporte mesmo diante de todas as dificuldades na vida, como falta de dinheiro até para se locomover ao ginásio onde treinava. De família humilde, foi uma lutadora desde o começo, quando iniciou aos 4 anos na modalidade.

Com força, talento e explosão, ela tem chamado atenção dos especialistas da modalidade e inclusive recebeu elogios da lenda Nadia Comaneci após ser prata no individual geral. Com a ausência de Simone Biles, que tem evitado competir para cuidar de sua saúde mental, Rebeca está nos holofotes da modalidade e já acumula dois pódios em Tóquio.

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Outros resultados -- Ainda neste domingo, na disputa do solo masculino, Artem Dolgopyat, de Israel, ficou com a medalha de ouro em uma disputa emocionante com o espanhol Rayderley Zapata. Ambos tiraram 14,933, mas o israelense levou a melhor no desempate. O bronze ficou com Ruoteng Xiao, da China.

A ginasta Rebeca Andrade, vice-campeã olímpica nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 no individual geral, vai atrás de outra medalha no domingo, às 5h45 (horário de Brasília). Ela compete na prova de salto e, se depender do desempenho que já teve nesta edição da Olimpíada neste aparelho, tem tudo para levar mais uma medalha.

Na fase de qualificação Rebeca fez 15,100 no salto, ficando atrás apenas de duas atletas dos Estados Unidos: Simone Biles (15,183) e Jade Carey (15,166). Foi aí que ela se classificou com a terceira melhor pontuação. Já na final do individual geral, ela conseguiu a maior nota no salto, com 15,300, superando Jade Carey que anotou 15,200.

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Para a final, é possível que Biles não participe, e aí ela daria lugar para Mykayla Skinner. Já Sunisa Lee, campeã olímpica no individual geral, não está na disputa. Até por isso, a expectativa de novo pódio para Rebeca é grande, pois a diferença dela para as outras competidoras, com exceção das atletas dos EUA, é bem grande.

"Eu preciso aproveitar este momento e não deixar essa chance passar", afirmou Rebeca, que ainda vai disputar a final do solo, marcada para segunda-feira, às 5h45 (horário de Brasília). Este é outro aparelho que ela tem chance de subir ao pódio e com isso igualaria Isaquias Queiroz, da canoagem velocidade, que nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 ganhou três medalhas para o Brasil.

Segundo Francisco Porath Neto, o Chico, treinador de Rebeca e técnico da seleção feminina desde 2014, eles ainda vão avaliar o que a atleta vai fazer na prova de salto. "Eu até perguntei para ela se agora estava com mais vontade ainda de outra medalha. Queremos buscar mais um pódio e vamos pensar a melhor estratégia", disse Chico.

Uma opção seria aumentar a nota de dificuldade do salto, mas poderia correr o risco de falhar um pouco na execução, ou se tenta algo um pouco mais simples para fazer a execução com mais segurança. De qualquer forma, qualquer que seja a escolha, Rebeca tem condições de fazer um ótimo papel.

Para o treinador, o pódio conquistado nos Jogos de Tóquio vai ajudar a ginasta nas próximas disputas. "Primeiro precisávamos fechar o individual geral. Eu queria muito essa medalha para que tirasse um pouco do peso nas costas dela. A Rebeca tem um salto excelente e agora temos mais tranquilidade para se preparar para esta disputa", avisou.

O bom momento da ginasta coroa uma história de superação que começou na recuperação da terceira cirurgia que teve no joelho direito para reparar o ligamento cruzado anterior, uma das lesões mais sérias que ocorrem em atletas de alto nível. Foi por causa de lesões que ela perdeu eventos importantes, como Mundiais e os Jogos Pan-Americanos de Lima-2019

"Eu tenho cinco cirurgias em um joelho, pois fazia fibrose e eu tinha de tirar, pois não conseguia dobrar a perna totalmente. E isso que sou jovem. Então tive muitas oportunidades de desistir, mas eu não desisti e estou aqui com a minha medalha de prata", comentou a atleta de 22 anos.

Rebeca conta que aproveitou a pandemia de covid-19 para se conhecer melhor e também para recuperar seu corpo da última lesão. "A pandemia foi incrível para mim, tanto para minha operação quanto para o meu psicológico. Eu pude me cuidar, me conhecer melhor, saber o que era bom, o que era ruim. Eu me conectei comigo mesma, e hoje a gente vê o resultado disso."

O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 anunciou neste sábado que dois judocas da Geórgia que conquistaram medalhas de prata foram expulsos das instalações do evento por violarem a regra que proíbe que os atletas saiam da Vila Olímpica, na capital do Japão, para fazer turismo.

Os anfitriões decidiram retirar as credenciais de acesso à Vila Olímpica e aos locais de competição após comprovarem que os atletas descumpriram o regulamento contra a Covid-19, informou em entrevista coletiva o porta-voz do Comitê Organizador, Masanori Takaya. "Ninguém pode sair da Vila Olímpica para fazer turismo", declarou.

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Os atletas punidos são os judocas Lasha Shavdatuashvili e Vazha Margvelashvili, que conquistaram medalhas de prata nas categorias de até 73kg e 66kg, respectivamente, e ainda estavam hospedados na Vila Olímpica, segundo detalhou o Comitê Olímpico da Geórgia.

Ambos os atletas saíram da Vila Olímpica na noite da terça-feira passada, um dia após o fim de suas competições, e se deslocaram por outras partes da capital japonesa, entre elas a Torre de Tóquio, um ponto turístico popular, segundo a imprensa local.

Jornais japoneses publicaram fotos nas quais supostamente aparecem os dois atletas fora da Vila Olímpica e vestidos com camisetas com o nome da Geórgia. Esta é a primeira punição deste tipo aplicada pelo Comitê Organizador a atletas participantes dos Jogos por descumprimento da normativa conhecida como "Playbook" para a edição de 2020.

Com base nessas diretrizes, os atletas só poderiam sair da Vila Olímpica ou outros alojamentos durante os Jogos para ir a treinos ou competições. Não é permitido deixar o local para fazer turismo, passear ou realizar outras atividades de lazer. Os atletas também não podem usar o transporte público (apenas os oferecidos pela organização) e deveriam enviar com antecedência um plano indicando todas as movimentações previstas durante os Jogos Olímpicos.

As regras desta edição também obrigam que os atletas tenham dois aplicativos para smartphone que monitoram o estado de saúde e registram os deslocamentos. Os participantes também precisam ser submetidos a testes diários do novo coronavírus e usar máscara, exceto quando estiverem competindo ou treinando.

Uma vitória justa, mas que poderia ser maior. Foi assim que o lateral-direito e capitão Daniel Alves analisou o triunfo da seleção brasileira sobre o Egito neste sábado. Com gol do atacante Matheus Cunha, o Brasil derrotou os egípcios por 1 a 0 e garantiu vaga na semifinal do torneio de futebol masculino dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020.

"Poderíamos ter feito mais um gol. Mas não existe jogo fácil. As equipes evoluíram muito, criaram dificuldades, mas em nenhum momento perdemos o controle. Tivemos chances para fazer mais gols e o placar acabou sendo injusto pelas chances que criamos", avaliou o capitão.

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Na próxima fase, o Brasil enfrentará o México, que derrotou a Coreia do Sul por 6 a 3, em Yokohama, nas quartas de final. Daniel Alves sabe que a competição fica cada vez mais apertada e pediu respeito a todos os adversários. "Faltam dois jogos e está cada vez esta mais perto. Porém para passar de fase você precisa respeitar os adversários e melhorar algumas coisas, para não precisar fazer um esforço muito maior no final", finalizou.

Para o atacante Paulinho, uma das chaves para este desempenho foi o trabalho para antecipar a estratégia dos egípcios nos treinamentos. "Nosso time veio muito empenhado em criar muitas chances, a gente sabia que eles poderiam vir numa linha de 5 e prejudicar o nosso jogo. Mas trabalhamos muito nos treinamentos, exatamente com o que eles pretendiam fazer, e conseguimos o nosso objetivo", disse.

A seleção dominou toda a partida, teve 61% de posse de bola no primeiro tempo e, mesmo quando viu os adversários crescerem, não sofreu muitos sustos. Paulinho admitiu que o placar em Saitama poderia ter sido mais elástico, mas vê o time bem preparado para brigar por uma vaga na decisão.

"Tivemos muitas chances, eu tive duas em que poderia ter marcado, acabo me cobrando bastante por isso. Mas acho que o time foi muito bem, criou bastante e acho que temos tudo para chegarmos nessa semifinal bem, fazer mais um bom resultado e chegar à final", avaliou.

Brasil e México se enfrentam nesta terça-feira, às 5 horas (de Brasília), em Kashima. A outra semifinal será entre Espanha e Japão.

O mundo começará a conhecer a partir desta sexta-feira às 23h35 (horário de Brasília) quem é o novo homem mais rápido do mundo após a aposentadoria da lenda Usain Bolt, ganhador de três títulos olímpicos consecutivos na prova dos 100 metros em Pequim-2008, Londres-2012 e Rio-2016, além de três ouros em sequência nos 200 metros também.

Pela primeira vez desde 2004, a medalha de ouro na prova dos 100 metros terá outro dono. E são muitos os candidatos a brilhar na pista do Estádio Olímpico de Tóquio. A ausência do campeão mundial Christian Coleman (suspenso por violar as regras de controle antidoping) deixa a disputa ainda mais indefinida, depois de tantos anos de domínio de Bolt.

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O velocista norte-americano Trayvon Bromell surge como forte candidato à sucessão de Bolt. Mas outros nomes aparecem bem cotados também, como o canadense Andre De Grasse, o americano Fred Kerley, o sul-africano Akani Simbine, o jamaicano Yohan Blake e o japonês Ryota Yamagata.

A trajetória de Bromell até os Jogos de Tóquio como um favoritos ao ouro é marcada por uma recuperação impressionante depois de anos complicados por causa de uma grave lesão no tendão de Aquiles. É dele o melhor tempo na temporada, com 9s77.

Bromell apareceu no cenário internacional em 2015, quando cravou 9s84 nos 100m antes de fazer 20 anos - foi o tempo mais rápido já alcançado por um adolescente para a distância. No Mundial daquele ano, em Pequim, inclusive, ele foi medalha de bronze. Mas acabou indo muito mal na Olimpíada do Rio, quando terminou na oitava colocação na final dos 100m. O pior, porém, ainda estava por vir.

Na final do revezamento 4x100m, ele sofreu uma ruptura no tendão de Aquiles e deixou o Engenhão de cadeira de rodas. O velocista, então, se viu obrigado a abrir mão dos treinos e campeonatos para tratar da lesão por dois anos e entrou em uma depressão profunda. "Não sentia nenhuma razão para ainda viver. Eu me senti como se estivesse em um ambiente escuro, como se eu fosse uma sombra para o mundo", revelou Bromell.

Recuperado física e mentalmente, ele passou a acumular marcas expressivas novamente. Venceu 15 de suas últimas 16 corridas nos 100m, sendo que fez menos de dez segundos em dez desses eventos.

Outro corredor que tem chamado atenção é Fred Kerley. Dono de títulos nos 400m, o atleta surpreendeu quando decidiu correr provas mais rápidas e garantiu a vaga nos 100m nas seletivas dos Estados Unidos.

É bom também ficar de olho em Akani Simbine, da África do Sul. Quinto lugar nos Jogos do Rio, ele pode se tornar o primeiro africano a ganhar o ouro nos 100m desde o compatriota Reggie Walker nos Jogos de Londres de 1908.

O ótimo histórico do canadense Andre De Grasse também o coloca como uma ameaça. No Rio-2016, foram nada menos do que três medalhas: bronze nos 100m, prata nos 200m e bronze no revezamento.

Correndo por fora está o jamaicano Yohan Blake, de 31 anos. Campeão mundial dos 100m em 2011, ele foi prata em Londres-2012, e terminou em quarto lugar no Rio-2016. Apesar da idade considerada avançada por muitos, a experiência pode ajudá-lo a desbancar os favoritos.

Também não dá para descartar o japonês Ryota Yamagata, que bateu o recorde nacional de 9s95 este ano - apenas quatro velocistas do país já correram abaixo de 10 segundos na história, marca que nenhum brasileiro alcançou até hoje, por exemplo. Mesmo sem a presença de torcedores japoneses no Estádio Olímpico para incentivá-lo, Yamagata pode surpreender.

No mesmo momento da Olimpíada de Tóquio-2020 em que a seleção brasileira feminina de futebol foi eliminada pelo Canadá, nas quartas de final, os Estados Unidos viveram um momento de glória que faltava às americanas tetracampeãs olímpicas. De forma dramática, venceram a Holanda por 4 a 2 na dispita de pênaltis, após empate por 2 a 2 no tempo normal e na prorrogação, e estão na semifinal do torneio.

A partida foi uma reedição da final do Mundial de 2019, disputado na França, e a vitória novamente ficou do lado das americanas. Nome do jogo, a goleira Naeher parou as cobranças de Miedema e Nouwen e garantiu a classificação dos Estados Unidos. Agora, a seleção americana enfrentará o Canadá.

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Nas outras partidas que definiram as semifinais, a Suécia acabou com o sonho de medalha do Japão. As suecas, que venceram por 3 a 1 as anfitriãs, terão confronto com a Austrália, que superou a Grã-Bretanha com uma vitória por 4 a 3.

A disputa das semifinais do torneio olímpico de futebol feminino será na próxima segunda-feira.

A volante Formiga, símbolo histórico da seleção feminina de futebol, não descansa nem mesmo durante a sua despedida. Recordista brasileira em participações olímpicas, a jogadora esperava que a sua última vez durasse um pouco mais. Depois da eliminação para o Canadá, nas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, fez um pedido que ela mesma sempre atendeu: continuar lutando pelo futebol feminino do país.

"Gostaria de estar feliz nesse momento, fazendo mais de 100 jogos, última Olimpíada, querendo a classificação. Mas pênaltis e o futebol como um todo são assim, acontece. Agora é levantar a cabeça, encarar novos jogos, novos campeonatos. Foi o que disse a elas: perdemos uma batalha, mas a guerra continua. Vamos continuar trabalhando e dando sempre o nosso melhor e tenho certeza que essa nova oportunidade de ganhar uma Olimpíada vai acontecer o quanto antes", projetou.

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Formiga esteve com a seleção em todas as edições olímpicas desde que o futebol feminino passou a ser disputado, em Atlanta-1996. Foi duas vezes medalhista de prata e chegou às semifinais em outras três oportunidades. Na sétima e última vez, a lenda do esporte brasileiro não conteve as lágrimas e, muito emocionada, reiterou a sua confiança no rumo que o Brasil tem seguido.

"Este é um dos melhores grupos com os quais já trabalhei. Acredito muito no trabalho que está sendo feito aqui, que encantou não só a mim mas a todas nós. Tenho certeza que as meninas que estão vindo aí terão um pouco mais de tempo para aplicar e entender melhor a filosofia de trabalho da Pia, que está sendo muito importante. Não é porque fomos eliminadas agora que não houve coisas boas; houve sim, muitas. Agora é levantar a cabeça e pensar já no próximo porque a gente não pode perder tempo para ficar lamentando", disse, defendendo o planejamento de longo prazo como crucial para manter a evolução da modalidade.

"Temos o Mundial (em 2023) pela frente e precisamos acelerar esse processo. É o que disse a elas: futebol é isso, alguém ganha, alguém perde, mas a gente precisa sempre pensar à frente, se cuidar, porque o trabalho vai continuar. Não faltou empenho, não faltou entrega. E tenho certeza que é daqui para melhor", concluiu.

Com a derrota para o Canadá nos pênaltis, a seleção feminina deu adeus à disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. A equipe agora volta as suas atenções para o próximo ciclo, que inclui as disputas da Copa América e do Mundial de 2023, que será na Austrália.

O Brasil encerrou nesta sexta-feira a sua participação no remo dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Lucas Verthein fez a semifinal B do single skiff, no Sea Forest Waterway, e ficou em sexto lugar na prova, terminando em 12.° no geral. Ao se classificar para a semifinal, o atleta havia igualado o melhor resultado do País na história da Olimpíada. Ele repetiu o feito de Paulo Cesar Dvorakowski, em Moscou-1980.

Uma das promessas do remo brasileiro, foi terceiro colocado no Mundial Júnior, em 2016, Lucas Verthein fez o tempo de 6min52s09 e o alemão Oliver Zeidler, que venceu sua bateria, marcou 6min44s44. O brasileiro falou sobre a sua participação em Tóquio-2020.

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"Avaliando minha participação nos Jogos, meus primeiros, fiz uma campanha muito positiva. Eu treinei muito para estar aqui e ficar entre os 12 melhores do mundo é muito bom. Obviamente, não estou satisfeito, eu quero conseguir mais um resultado histórico para o Brasil. É um passo de cada vez. Estamos construindo o nosso trabalho com muito amor e dedicação. Eu espero que agora, com um pouco da visibilidade que conseguimos trazer para o remo, possamos evoluir mais, conseguir mais recursos e trazer mais atletas para a modalidade. Hoje (sexta-feira) consegui cravar minha melhor marca pela FISA (Federação Internacional de Remo)", disse Lucas Verthein.

"Hoje, na final B, disputa do sétimo ao 12.º lugar, Lucas remou melhor tecnicamente que o dia anterior, mas não conseguiu obter uma média regular na terceira parcial. Lucas fez uma corrida justa, de orgulho e entrega, fechando sua última corrida com o tempo de 6min52s09, sendo seu melhor tempo confirmado pela FISA. Um ótimo resultado para um país sem tradição e cultura no remo, superando resultados anteriores e nos enchendo de esperança para dar sequência ao trabalho e buscar bater às metas que são essências dentro do esporte", afirmou Paulo Vinícius de Souza, técnico do remo.

Em um jogo de pouca inspiração e com erros de sobra em Miyagi, a seleção brasileira feminina de futebol perdeu para o Canadá nos pênaltis após empate sem gols no tempo normal e deu adeus nesta sexta-feira (30) ao sonho do ouro olímpico ao parar nas quartas de final da Olimpíada de Tóquio. As brasileiras tentaram de várias maneiras, mas não encontraram um jeito de superar a retranca das canadenses, que foram mais eficientes nas penalidades. Bárbara até pegou a cobrança de Sinclair, a craque das canadenses, mas Andressa Alves e Rafaelle pararam na goleira Labbé.

Em busca de sua terceira medalha em olimpíadas - levou o bronze em Londres-2012 e no Rio-2016, o Canadá vai encarar nas semifinais o vencedor de Holanda e Estados Unidos, que se enfrentam ainda nesta sexta, em Yokohama. O Brasil, dono de duas pratas em Atenas-2004 e Pequim-2008, repetiu a campanha de Londres ao ser eliminado antes das semifinais e ficar fora da disputa pelo bronze pela segunda vez.

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O jogo marcou um duelo particular entre Marta e Christine Sinclair. As duas são concorrentes diretas na briga pela artilharia geral do futebol feminino olímpico. O recorde pertence à brasileira Cristiane, com 14 gols. Como nenhuma das duas balançou as redes, Marta continua com 13, e Sinclair com 12.

Brasil e Canadá dividiram os poucos momentos de protagonismo na primeira etapa. Faltaram criatividade na armação das jogadas e efetividade na conclusão delas. As brasileiras tiveram um início melhor e levaram perigo ao gol adversário pela primeira vez com Tamires, em arremate de esquerda que saiu por cima da meta.

As canadenses subiram a marcação e passaram a incomodar. Na melhor chance, Sinclair, a craque da equipe, não dominou bem e a bola ficou com a goleira Bárbara. Mas a principal oportunidade do primeiro tempo foi do Brasil, com Debinha. A atacante pressionou a zagueira Gilles até roubar a bola, mas chutou em cima da goleira Labbé.

Houve também uma marcação de pênalti para a equipe brasileira em lance envolvendo Duda na área, mas a árbitra francesa Stephanie Frappart reviu o lance no monitor do VAR e mudou de ideia, cancelando a penalidade.

No segundo tempo, o roteiro foi semelhante ao do primeiro: muitos erros de passe, ausência de criatividade e falha na poucas finalizações. O Brasil dominou os primeiros minutos, mas foi o Canadá quem ficou mais perto de tirar o zero do placar e a pasmaceira do duelo. Após a falta cobrada da esquerda, Gilles subiu mais que Bruna Benites e cabeceou no travessão, para o alívio da goleira Bárbara.

A equipe da técnica Pia Sundhage apresentou uma leve melhora a partir da entrada de Ludmila na vaga da sumida Bia Zaneratto. A veloz e habilidosa atacante flutuou nas duas pontas para encontrar espaços, deu trabalho para a zaga rival, mas jogou por vezes sozinha pelos lados, sem a aproximação de suas companheiras.

O Brasil retomou o domínio da partida nos minutos finais e se lançou ao ataque. Mas era um domínio quase inócuo. Sem encontrar brechas na zaga rival, a solução foi arriscar de fora da área. Debinha tentou e Labbé espalmou no canto esquerdo. Já Angelina concluiu da intermediária para fora, sem perigo. Nos acréscimos, a incansável Ludmila recebeu lançamento da Érika nas costas da defesa e dividiu com a goleira, que pegou a bola em dois tempos. Sem inspiração e gols, o jogo se encaminhou à prorrogação.

A seleção brasileira procurou mais o gol também no tempo extra e Pia, enfim, lançou mão de Andressa Alves. Mas com Debinha mal, Ludmila isolada no ataque e Marta extenuada, a equipe não foi capaz de furar o bloqueio defensivo canadense.

Nos minutos finais, a pressão foi intensificada mesmo sem muita organização. Duda viu sua finalização sair próxima da trave e Labbé evitou o gol de Érika em cabeceio no canto no penúltimo minuto. Nos pênaltis, brilhou a estrela da goleira Labbé, que defendeu as cobranças de Andressa Alves e Rafaelle.

FICHA TÉCNICA

CANADÁ 0 (4) x 0 (3) BRASIL

CANADÁ - Labbe; Lawrence, Buchanan, Gilles e Chapman (Riviere); Scott, Fleming, Quinn (Grosso) e Sinclair; Prince (Rose [Huitema]) e Beckie (Leon). Técnica: Bev Priestman.

BRASIL - Barbara; Bruna Benites, Erika, Rafaelle e Tamires; Formiga (Angelina), Andressinha, Marta e Duda (Andressa Alves); Debinha e Bia Zaneratto (Ludmila). Técnica: Pia Sundhage.

ÁRBITRA - Stephanie Frappart (França)

CARTÕES AMARELOS - Duda, Lawrence, Riviere

LOCAL - Estádio de Miyagi, no Japão.

Os exames da levantadora Macris tranquilizaram a comissão técnica da seleção brasileira feminina de vôlei. Na madrugada desta sexta-feira, pelo horário brasileiro, a ressonância magnética feita pela jogadora apontou uma entorse no tornozelo direito, lesão considerada mais leve e que afasta qualquer risco de corte na equipe.

De acordo com o médico da seleção feminina, Júlio Nardelli, "a jogadora está respondendo muito bem ao tratamento fisioterápico com o fisioterapeuta Fernando Fernandes e seguirá sendo avaliada diariamente".

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Macris se machucou durante o terceiro set contra o Japão na noite de quinta, pelo horário local, na Ariake Arena. Sem conseguir ficar em pé, foi carregada até o banco de reservas, onde começou a receber o atendimento médico e aplicação de bolsas de gelo no tornozelo direito.

Antes mesmo do exame, o médico da seleção já informara que a levantadora fazia o tratamento de fisioterapia e estava em observação. Como a lesão foi menos grave do que o imaginado, Macris virou dúvida para a próxima partida, mas tem chances de voltar a jogar nesta Olimpíada.

Após vencer as japonesas por 3 a 0, o Brasil terá a Sérvia como próxima adversária, às 4h25 (de Brasília) deste sábado. Na última edição olímpica, no Rio de Janeiro, em 2016, a seleção feminina ficou em quinto lugar. O País tem dois ouros e dois bronzes no vôlei feminino em Olimpíadas.

O sorriso de Rebeca Andrade logo após o primeiro salto que abriu sua participação na final do individual geral da ginástica artística já dizia como seria aquela disputa. Ela começou brilhando e terminou como vice-campeã olímpica nos Jogos de Tóquio na maior façanha de uma ginasta brasileira na história.

A paulista de Guarulhos, de 22 anos, pareceu não ter sentido a pressão por um bom desempenho, que aumentou depois de a favorita Simone Biles desistir de competir para cuidar de sua saúde mental. Mesmo sem a melhor ginasta da atualidade na disputa, Rebeca deu um show de talento e conquistou um resultado histórico no Centro de Ginástica de Ariake.

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A brasileira, que nos Jogos do Rio tinha ficado na 11ª posição no individual geral, totalizou 57.298 pontos na soma dos quatro aparelhos, ficando na segunda posição. A medalha de ouro ficou com Sunisa Lee, dos Estados Unidos, e o bronze com Angelina Melnikova, do Comitê Olímpico Russo. Rebeca ainda vai atrás de mais dois pódios no Japão porque está nas finais de salto e do solo. E o ouro só não veio por causa de dois erros no solo, sua especialidade.

O resultado coroa uma atleta que sempre foi muito talentosa, mas teve problemas de lesão que a tiraram de eventos importantes. Mas agora, bem fisicamente, mostrou ao mundo suas qualidades e ganhou aplausos ao se apresentar no salto, barras assimétricas, trave e no solo ao som instrumental de "Baile de Favela".

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Rebeca poderia ter tido uma projeção maior antes não fossem as graves lesões que sofreu. Em 2019 ela foi submetida a uma terceira cirurgia no joelho direito (ligamento cruzado anterior) que a deixou fora do Mundial. Por causa de uma lesão idêntica dois anos antes, ela também perdeu o Mundial e os Jogos Pan-Americanos de Lima.

Por causa da pandemia de covid-19, veio o adiamento para os Jogos de Tóquio e isso para ela foi bom, porque ela pôde se recuperar ainda mais da lesão e ganhar ritmo de competição. Acabou se classificando para a Olimpíada no Campeonato Pan-Americano, realizado no Rio, mostrando séries boas nos aparelhos.

Rebeca começou na ginástica artística em Guarulhos. Sua tia estava trabalhando no Ginásio Bonifácio Cardoso e descobriu que haveria um teste. A mãe da garota permitiu que ela fizesse o teste e foi aprovada logo quando tinha 4 anos. Por ser forte e veloz, logo mostrou que tinha aptidão para aquilo.

Ela treinou por cinco anos lá, entre 2005 e 2010. Mas passou por muitas dificuldades. De família humilde, muitas vezes não tinha como ir até o local para treinar. A mãe trabalhava como empregada doméstica para cuidar dos oito filhos. Mas desde o início ela recebeu bastante ajuda, tanto dos treinadores quanto dos familiares.

A equipe brasileira de ginástica artística, na categoria masculina, saiu do Centro de Ginástica Ariake, nesta quarta-feira, sem nenhuma medalha no peito no individual geral, na Olimpíada de Tóquio-2020. Caio Souza e Diogo Soares não foram páreos às grandes apresentações do japonês Daiki Ashimoto, medalhista de ouro, que arriscou mais nas piruetas e teve mais precisão nos movimentos.

O pódio ficou completo com o chinês Xiao Ruoteng, medalhista de prata, e o russo Nikita Nagornyy, atual campeão mundial, terminando com o bronze.

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Caio Souza foi bem no começo, principalmente nas argolas e no salto, suas provas preferidas no Circuito Mundial. Chegou a figurar no terceiro e no quarto lugar no ranking geral, mas os outros competidores tiveram notas ainda mais altas, elevando o nível. Terminou em 17.º, com 81,532 pontos. O atleta brasileiro foi bastante penalizado no cavalo com alças após uma queda que lhe custou muitos pontos.

O risco foi bastante pontuado nas provas da final masculina, o que fez com que Diogo Soares, mais cauteloso nos movimentos, não se destacasse e perdesse muitas posições. Mesmo assim, o ginasta brasileiro ficou feliz com o resultado.

"Eu estou muito feliz com as minhas séries. Tive alguns errinhos aqui, ou ali. Alguns aparelhos que eu tirei mais nota na classificatória, outros menos. Mas no geral estou bem feliz. Eu consegui aumentar a pontuação e era isso que eu vinha buscar", disse o atleta, que terminou em 20.º lugar na classificação geral, com 81,198 pontos.

A natação brasileira somou mais quatro eliminações em três provas nesta noite de quarta-feira (28) no Japão (manhã no horário de Brasília), após as disputas das classificatórias do revezamento feminino 4x200, dos 200 metros medley masculino e dos 100 metros livre feminino.

A equipe feminina do revezamento ficou fora da final, ao terminar na quinta posição a primeira bateria com o tempo de 7min59s50, enquanto a Austrália liderou com 7min44s61. Os Estados Unidos venceram a outra eliminatória, com o tempo de 7min47s57.

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Nos 200 metros medley masculino, Caio Pumputis foi o sexto colocado na sexta bateria com o tempo de 1min58s36, enquanto o norte-americano Michael Andrew foi o primeiro com 1min56s40. Vinicius Lanza venceu a segunda bateria com o tempo de 1min58s92, mas também ficou de fora da semifinal.

No feminino, Larissa Oliveira nadou os 100 metros livre em 55s53 e terminou a quarta bateria na sexta colocação. A finlandesa Fanny Teijonsalo, com 54s69, foi a primeira colocada.

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