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O Brasil encontrou mais dificuldades do que o esperado, mas confirmou o favoritismo diante da Arábia Saudita, venceu por 3 a 1 e confirmou sua vaga no mata-mata dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Em Saitama, a seleção brasileira deslanchou no segundo tempo e chegou ao triunfo com gols de Matheus Cunha e outros dois de Richarlison, o nome do jogo e o novo artilheiro da competição.

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Com isso, o Brasil avançou às quartas na liderança do grupo D, com sete pontos, fruto de duas vitórias e um empate. Os árabes, que balançaram as redes com Al Amri, e mostraram coragem e organização, se despediram da Olimpíada sem pontuar e na lanterna da chave. O outro classificado do grupo foi a Costa do Marfim, que segurou um empate com a Alemanha e eliminou o time europeu, atual vice-campeão olímpico.

Garantida nas quartas, a seleção atual campeã olímpica ainda não tem adversário definido. Certo é que será o segundo colocado do Grupo C, que pode ser Espanha, Austrália, Argentina ou Egito. O rival será conhecido ainda na manha desta quarta e o duelo decisivo está marcado para o próximo sábado, às 7 horas (de Brasília), em Saitama.

O Brasil fez bons 20 primeiros minutos, apertou a saída de bola do adversário e chegou ao seu gol por meio da bola aérea aos 13 minutos. Claudinho bateu escanteio da esquerda e Matheus Cunha apareceu na primeira trave para desviar de cabeça e abrir o placar. Foi seu primeiro gol em Tóquio após oito finalizações. Destaque na jogada para a bola roubada de Antony antes de o time ter dois escanteios e, em um deles, originar-se o gol.

Embora não tenham feito uma grande apresentação, os brasileiros chegarão invictos e com moral para o mata-mata olímpico. Nesta quarta, engrenaram na etapa final à medida que encontraram os espaços na defesa dos árabes.

Pouco produtivo, Antony teve a chance de ampliar o resultado ao receber cruzamento perfeito de Arana, mas mandou de cabeça no travessão. No rebote, Claudinho arrematou em cima da marcação.

Ocorre que o Brasil enfrentou um adversário que, mesmo sem chance de classificação, entrou em campo disposto a surpreender. Os árabes, ao contrário da Costa do Marfim no último jogo, não se intimidaram diante dos brasileiros, subiram a marcação e se arriscaram no ataque.

A seleção brasileira encontrou o gol pelo alto e foi dessa mesma maneira que levou o empate. Aos 26, Diego Carlos saltou, mas não alcançou a bola, e ela sobrou para Al Amri. O zagueiro desviou de cabeça no cantinho, sem chance de defesa para o goleiro Santos.

Arana e Claudinho, dois dos que mais tomaram a iniciativa no primeiro tempo, tiveram uma oportunidade cada para recolocar o Brasil em vantagem, mas o meia cabeceou mal e o lateral soltou uma bomba que fez a curva ao contrário e saiu muito perto da trave esquerda. No fim, Antony ainda perdeu um gol incrível. O jovem atacante do Ajax recebeu passe de Matheus Cunha e, dentro pequena área, desviou devagar para a meta. Mas o goleiro Al Bukhari se jogou nos pés dele para fazer a defesa.

O Brasil melhorou seu desempenho com a entrada de Malcom no intervalo. Jardine colocou o atacante no lugar de Antony, que até conseguiu bons dribles, mas falhou na objetividade e enfeitou demais as jogadas.

Saiu dos pés de Matheus Cunha a melhor oportunidade de gol no segundo tempo. Matheus Henrique concluiu para a defesa do goleiro e, no rebote, com o gol escancarado, Matheus Cunha, bateu de primeira e mandou na trave.

Até que Richarlison apareceu para recolocar o Brasil à frente. A zaga afastou após cobrança de escanteio e a bola sobrou para Bruno Guimarães, que rebateu de cabeça em direção ao camisa 10. O "pombo" desviou de cabeça para as redes.

Jardine oxigenou a equipe ao lançar mão de Reinier, Menino e Gabriel Martinelli no fim da partida. Reinier teve a chance para ampliar após tabelar com Malcom na área, mas parou no goleiro Al Bukhari. Nos acréscimos, Richarlison balançou as redes novamente. Mas Malcom estava impedido na origem do lance e o gol do atacante do Everton não foi validado.

Não fez falta porque Richarlison marcou mais um aos 47 e desta vez valeu. Ele apareceu na pequena área para completar cruzamento rasteiro de Reinier, sacramentar o triunfo em Saitama e assumir a artilharia do torneio olímpico, com cinco gols, ultrapassando o experiente goleador francês Gignac.

FICHA TÉCNICA

ARÁBIA SAUDITA 1 X 3 BRASIL

ARÁBIA SAUDITA - Al Bukhari; Al Dawsari Khalifah, Amri e Hindi; Abdulhamid, Al Faraj (Al Omran), Al Hassan, Al Dawsari Salem, Al Naji (Ghareeb) e Al Shahrani; Al Hamddan (Al Brikan). Técnico: Saad Ali Al Shehri.

BRASIL - Santos; Daniel Alves, Nino, Diego Carlos e Guilherme Arana (Abner Vinícius); Bruno Guimarães (Gabriel Menino), Matheus Henrique e Claudinho (Reinier); Antony (Malcom), Richarlison e Matheus Cunha (Gabriel Martinelli). Técnico: André Jardine.

GOLS - Matheus Cunha, aos 13, e Al Amri, aos 26 minutos do primeiro tempo. Richarlison, aos 30, e aos 47 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO - Bamlak Tessema (Etiópia).

CARTÕES AMARELOS - Guilherme Arana, Al Shahranik, Mukhtar, Khalifah Al Dawsari, Daniel Alves e Gabriel Martinelli

LOCAL - Estádio de Saitama.

O astro da NBA, Luka Doncic, que disputa a Olimpíada de Tóquio-2020 com a seleção da Eslovênia, foi flagrado, ao lado de colegas da equipe, em uma festa clandestina na Vila Olímpica nesta terça-feira. As informações são do jornal espanhol Mundo Deportivo, que afirma que o encontro foi realizado depois da vitória dos eslovenos sobre a Argentina, em que o Doncic se destacou com 48 pontos. A comemoração se tornou pública depois que Cristina Ouviña, da seleção de basquete da Espanha, divulgou imagens do encontro em suas redes sociais. Ela chegou a apagar, mas não a tempo das imagens viralizaram na internet.

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Nas fotos registradas pela espanhola é possível ver Doncic sem máscara e bem próximo de colegas (alguns sem camisa) na mesma condição. As imagens ainda mostram que as pessoas presentes estão em volta de mesas com baralho, fichas de pôquer, garrafas de vodca e narguilé.

Até o momento, o jogador e a delegação da Eslovênia não se pronunciaram sobre a festa. Quem se manifestou foi Cristina Ouviña, que pediu desculpas à delegação eslovena pela publicação das fotos e assumiu o erro de compartilhar a sua experiência na Vila Olímpica.

"Me equivoquei ao compartilhar minha experiência olímpica, mas quero ressaltar que todos os atletas que estamos em Tóquio somos conscientes da situação da pandemia que estamos vivendo e que não devemos nos relacionar com ninguém de fora da bolha da Vila Olímpica", escreveu a atleta em uma de suas redes sociais.

As aglomerações na Vila estão proibidas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), que tem incentivado o máximo distanciamento possível entre os atletas. Entre as regras de convivência impostas pela entidade está a de fazer as refeições de forma individual em seus alojamentos. Além de impedir a presença de torcedores nas arenas, o COI também estabeleceu aos atletas um protocolo de testagem constante, restrição de deslocamento pela cidade, a necessidade de praticar distanciamento social e utilizar a máscara de forma obrigatória. O COI, contudo, ainda não acenou sobre alguma possível punição aos envolvidos na festa clandestina.

Os Jogos de Tóquio-2020 acontecem sob protestos de parte da população japonesa preocupada com o aumento de casos de covid-19 no país e com a possibilidade do evento se tornar um propagador do vírus. O evento, que foi adiado por um ano em razão da pandemia, estava sob riscos de um novo cancelamento na semana de sua abertura.

A seleção da Eslovênia e Doncic voltam para quadra nesta quinta-feira, à 1h40 (de Brasília), para enfrentar a equipe do Japão.

A ginasta Simone Biles ficou fora da final por equipes do time dos Estados Unidos nos Jogos Olímpicos de Tóquio nesta terça-feira, dia 27 (no horário do Brasil). Sem ela, o time americano perdeu o ouro para as rivais russas e não confirmou o tricampeonato olímpico da disputa. Restou a medalha de prata, e a Grã-Bretanha completou o pódio. A maior estrela dos Jogos de Tóquio vive um drama emocional. Ela se sente pressionada por grandes resultados. Sua participação nas cinco provas individuais, na quinta-feira, não está confirmada. A brasileira Rebeca Andrade está entre as finalistas.

No Centro de Ginástica Ariakea, a americana de 24 anos cometeu uma falha no salto, a primeira prova por equipes, e foi retirada da disputa dos outros aparelhos. Além de problemas no tornozelo direito, a dona de quatro medalhas de ouro e uma de bronze nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 não estaria suportando a pressão emocional e a cobrança por repetir o feito e se tornar uma das maiores ginastas de todos os tempos.

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Na entrevista coletiva após a conquista da medalha de prata, a ginasta confirmou a decisão de deixar a prova. "Eu senti que seria melhor que eu me afastasse... Eu não queria arriscar uma medalha do time, porque elas trabalharam duro demais para eu estragar tudo". Os Estados Unidos não perdiam uma grande competição (Olimpíadas e Mundiais) desde o Mundial de Roterdã, em 2010, quando as russas foram campeãs.

Simone Biles negou problemas físicos. Depois da desistência, ele continuou no ginásio apoiando as companheiras. A USA Gymnastics (Federação de Ginástica dos Estados Unidos) chegou a afirmar que Simone Biles havia sido retirada da decisão por motivos médicos. A ginasta confirmou que se sente pressionada.

"A saúde mental vem em primeiro lugar porque se você não se diverte no seu esporte, você não consegue fazer as coisas que você gostaria. Preciso me concentrar no meu bem-estar, há vida além da ginástica. Infelizmente aconteceu nesse palco. Esses Jogos Olímpicos têm sido muito estressantes. Tivemos um longo ano em uma preparação olímpica também longa. Não temos público. Estamos todos muito estressados. Nós deveríamos estar nos divertindo, mas não é o caso", afirmou a ginasta que, mesmo cometendo falhas nas fases classificatórias, conseguiu avançar para cinco finais.

O drama de Biles já vinha sendo noticiado pela imprensa americana. De acordo com o jornal The New York Times, a estrela da ginástica vive profundo estresse emocional por causa das cobranças por grandes resultados. Ela luta contra o estresse de ser a maior ginasta da história e que estava com dificuldades para administrar as cobranças. Por isso, a ginasta teria colocado em dúvida sua participação nas próximas provas.

As dificuldades fizeram Biles mudar até o planejamento de suas apresentações. Ela havia planejado fazer um salto em Yurchenko com duas voltas e meia na saída, mas mudou de ideia e executou o movimento com apenas uma volta e meia sobre o corpo. Para uma ginasta do nível dela, a falha foi grave. O salto errado foi um golpe enorme também para a equipe americana. O salto recebeu 5,0 pela dificuldade. Sua pontuação total foi de 13,766, uma nota baixa para sua habilidade na ginástica.

Nos últimos dias, Biles já havia dado indícios dos problemas que estava sofrendo. Na segunda-feira, depois de se classificar às finais mesmo cometendo falhas, ela publicou que estava sentindo um "peso nos ombros". "Não foi um dia fácil ou o meu melhor, mas consegui superá-lo. Eu realmente sinto que às vezes tenho o peso do mundo sobre meus ombros. Eu sei que ignoro e faço parecer que a pressão não me afeta, mas às vezes é difícil hahaha! As Olimpíadas não são brincadeira! MAS estou feliz que minha família foi capaz de estar comigo virtualmente? Eles significam o mundo para mim!" postou em suas redes sociais.

De qualquer forma, ela tem mais dois dias para se colocar em pé novamente. Se não tiver condições, possivelmente chegará a notícia de sua desistência. Se a contusão tiver dor suportável para ela, Simone poderá pedir para competir. Nenhuma outra atleta é chamada em seu lugar para as decisões.

As Olimpíadas estão animando os amantes do esporte, que estão acompanhando e torcendo por cada medalha dos seus atletas preferidos. Porém, pensando nos que além de assistir, se imaginam praticando e participando das competições, o LeiaJá traz uma lista com jogos que tem a temática Jogos Olímpicos para você deixar a imaginação fluir e se tornar um campeão.

Mario & Sonic at the Olympic Games Tokyo 2020

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O jogo da Nintendo é uma série que vem desde 2007 sendo feito a cada Olimpíada. Nele, Mario e Sonic disputam juntos, e contra seus companheiros de games, medalhas em diversas provas e modalidades.

Consoles: Nintendo Wii, Wii U, DS e 3DS

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Beijing 2008

A Olimpíada da China, em 2008, teve um jogo oficial que foi lançado próximo da competição. 

Consoles: PS3, PC e Xbox360

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Olympic Gold

O primeiro jogo oficial de uma Olimpíada foi feito em 1992 para a edição de Barcelona, na Espanha. O jogo licenciado pela Sega trouxe poucos países para competir, mas virou febre na época.

Consoles: Master System, Mega Drive e Game Gear

London 2012

Também desenvolvido pela Sega, mas dessa vez para edição de Londres, em 2012, é considerado por muitos dos amantes dos videogames o melhor jogo com a temática olímpica por trazer 10 novas modalidades como vôlei de praia e salto ornamental, por exemplo. Além de ser o primeiro a apresentar modo de jogo online, onde pode se enfrentar pessoas do mundo todo, acumulando medalhas para seu país preferido.

Consoles: PC, PS3, Xbox 360 e Mobile IOS/Android

Tony Hawk Pro Skater

Esporte estreante em Olimpíadas, e que chamou a atenção do Brasil e do mundo, o skate tem o famoso jogo cada vez mais atualizado e realista. Presente em Tóquio, a brasileira Letícia Bufoni é uma das profissionais disponíveis como personagem para se jogar.

Consoles: PS4, PS5, PC, Xbox Series S/X, Xbox One e Nintendo Switch

Em duelo muito equilibrado, Abner Teixeira venceu o britânico Cheavon Clarke, nesta terça-feira (27) pela manhã, horário de Brasília (noite em Tóquio) e passou para as quartas de final na categoria peso pesado (até 91kg) no boxe dos Jogos Olímpicos. O brasileiro venceu por 4 a 1, em decisão dos jurados: 29 a 28 (três vezes), 30 a 27 e 27 a 30.

Com o resultado, Abner volta ao ringue na sexta-feira (30), às 7h39, para enfrentar Hussein Eishaish Hussein IashAish, da Jordânia. Se vencer, o medalha de bronze nos Jogos Pan-americanos de Lima-2019 vai garantir pelo menos um lugar no pódio, pois no boxe não existe a disputa do terceiro lugar. O lutador que perde na semifinal, automaticamente fica com o bronze.

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Canhoto, mais alto que o adversário e com bom jogo de pernas, Abner adotou uma postura de contra-ataque, enquanto o britânico apostou no duelo na curta distância, com golpes na linha de cintura. Mais efetivo, Clarke venceu o primeiro round para três jurados.

No segundo, Abner conseguiu manter o rival mais afastado e, com ganchos, atingiu a cabeça e o corpo. O britânico não teve tanta ação ofensiva e, com isso, foi o brasileiro que se apresentou melhor nos três minutos.

O assalto decisivo foi ainda mais equilibrado, mas Abner teve melhor preparo físico, se movimentou bem pelas laterais, evitou ser atingido, e aplicou pelo menos dois bons golpes, o que fez com que três jurados o apontassem como vencedor do round.

"Para lutar uma Olimpíada você tem que estar na melhor condição possível. Esses caras estão na melhor forma da vida deles e cada luta é como se fosse pela medalha de ouro. Você não pode achar que é fácil", disse Abner, após o duelo.

"Quando cheguei em Tóquio não caiu a ficha. Mas quando cheguei e vi a Vila, a estrutura do COB e tudo mais, eu vi que era real, é a conquista de um sonho. Ver os brasileiros ganhando medalha, ver o campeão olímpico, serve como inspiração para entrar com tudo para cima dos caras", afirmou o peso pesado, que é oriundo de

projetos sociais. Em Sorocaba (SP), o então adolescente precisava caminhar seis quilômetros diariamente para

chegar à academia em que treinava.

"Em 2012, eu vi a olimpíada pela televisão e parecia ser algo inalcançável. Em 2016, fui sparring do Juan Nogueira no Rio e hoje estou aqui. Quero aproveitar e agradecer a todos que me ajudaram e torceram por mim", concluiu, bastante emocionado.

Em meio às comemorações pela conquista da medalha de prata da skatista brasileira Rayssa Leal, de apenas 13 anos, na Olimpíada de Tóquio, um político resolveu polemizar. Em sua conta no Twitter, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) parabenizou a atleta, mas questionou o fato de crianças não poderem trabalhar no país.

“As crianças brasileiras de 13 anos não podem trabalhar, mas a skatista Rayssa Leal ganhou a medalha de prata na Olimpíadas… Ué! É pra pensar… Parabéns a nossa medalhista olímpica! E revisão do Estatuto da Criança e Adolescente já!”, escreveu o parlamentar.

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A postagem recebeu inúmeras críticas. “Por isso que eu digo que a pessoa deveria comprovar que tem pelo menos 2 neurônios antes de se candidatar a um cargo público”; “Imagina se a Rayssa tivesse num canavial cortando cana ao invés de está andando de Skate, seria melhor para ela né não?”; “33 mim reais saindo do bolso do brasileiro todo mês pra bancar deputado pra vir defender trabalho infantil. Temos que fazer uma revisão na nossa política, isso sim”; “A desgraça de viver num país com políticos que almejam o pior para infância. Ao invés de celebrar o acesso ao esporte e educação, o cara usa a situação como palco para incitar a perda de direitos”.

O Brasil estreou neste domingo na ginástica artística feminina dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 e há muito o que comemorar para as duas atletas representantes do País, com destaque para Rebeca Andrade, que garantiu três finais na modalidade, com boas chances de medalha.

No somatório geral de sua apresentação, em quatro aparelhos, ela conseguiu a segunda melhor pontuação da classificação no individual geral, ficando atrás apenas da americana Simone Biles, cinco vezes medalhista olímpica e grande nome da modalidade na Olimpíada de Tóquio. Rebeca ficou com 57,399 pontos, em segundo lugar, e Biles fez 57,731. A paulista de 22 anos, além do grande feito, conseguiu avançar às finais em dois aparelhos: solo e salto.

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Ao som do funk Baile de Favela, de MC João, Rebeca conseguiu 14.066 pontos, na avaliação dos jurados, sendo a quarta melhor nota no solo depois de uma apresentação firme e se mostrando bastante solta no tatame. Desde Daiane dos Santos, em Pequim-2008, uma ginasta não chegava à final do solo. No salto também mostrou firmeza e, sem titubear na finalização, conseguiu a terceira melhor nota da prova, com 15,400, também garantindo-se na final.

"A gente treina bastante para dar o nosso melhor. Na pandemia foi muito complicado, ficamos paradas um tempo. Mas é uma alegria enorme. Tenho aí algumas finais, estou bem feliz, mas é um dia após o outro", disse Rebeca após as atuações que levaram à vice-liderança no ranking geral.

A outra brasileira que disputou a rotação da ginástica artística feminina, neste domingo, foi Flávia Andrade, que garantiu vaga na final da trave. A carioca de 21 anos manteve o equilíbrio e fez a quinta melhor apresentação, na visão do júri especializado, com 13,966 pontos.

No entanto, há preocupação para o restante da participação da jovem ginasta na Olimpíada de Tóquio por conta de uma lesão no tornozelo quando fez sua apresentação no solo. Ela chegou a cair depois de uma aterrissagem, sentiu o tornozelo e saiu mancando, com uma pontuação final de 12,066. Após a atuação, saiu do tablado chorando.

"Um pouco chateada, mas estar em uma final olímpica é muito importante", disse Flávia Andrade, que terá a chance de disputar o pódio na trave.

Tanto Rebeca quanto Flávia fizeram suas primeiras participações nos Jogos Olímpicos na edição do Rio de Janeiro, em 2016. Na época, ambas, com 17 e 16 anos respectivamente, foram para as finais, mas sem classificação suficiente para subir ao pódio.

Agora, o Brasil tem quatro chances na ginástica artística feminina e a disputa das finais individuais estão marcadas para começar daqui a uma semana, no dia 1.º de agosto.

Em seu segundo desafio nos Jogos Olímpicos de Tóquio, a seleção brasileira masculina de futebol apenas empatou sem gols com a Costa do Marfim. No começo da manhã deste domingo, pelo horário de Brasília, fim da tarde no Japão, o Brasil foi prejudicado pela expulsão precoce do volante Douglas Luiz e não fez um bom primeiro tempo. Na etapa final, com o vermelho apresentado a Eboue Kouassi e as alterações promovidas pelo técnico André Jardine, a equipe cresceu, dominou as ações e pressionou em busca da vitória, que, porém, não veio.

Brasil e Costa do Marfim nunca haviam se enfrentado na história do torneio olímpico de futebol masculino. Na primeira vez, empate sem gols em um jogo truncado no primeiro tempo, mas mais aberto no segundo, com volume de jogo suficiente para vencer. "A gente conseguiu as melhores ocasiões de gols. São circunstância de jogos. Tenho minhas dúvidas se a expulsão deveria ter ocorrido", disse o capitão Daniel Alves na saída de campo.

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O Brasil, que vencera na primeira rodada a Alemanha, divide a liderança do Grupo D com a Costa do Marfim. Ambos somam quatro pontos, mas os brasileiros levam a melhor no saldo de gols.

Para encerrar a fase de grupos, a seleção brasileira encara na próxima quarta-feira, às 5h (de Brasília) a Arábia Saudita, rival mais frágil tecnicamente da chave. O jogo será na cidade de Saitama. No mesmo dia e hora, os marfinenses enfrentam os alemães em Miyagi.

Qualquer possibilidade de repetir contra os marfinenses a atuação avassaladora exibida diante dos alemães foi sepultada no principio do jogo deste domingo com a expulsão de Douglas Luiz. O volante brasileiro fez falta próxima à área e inicialmente levou o amarelo. Mas o árbitro americano Ismail Elfath reviu o lance no monitor do VAR e decidiu expulsar exageradamente o jogador aos 15 minutos.

O técnico André Jardine sinalizou a entrada de Gabriel Menino, mas desistiu da mudança e manteve a mesma formação, mesmo com um jogador a menos. Com a inferioridade numérica, os atacantes se desdobraram para ajudar o sistema defensivo e a estratégia desenhada foi apostar nos contragolpes.

O Brasil até que se segurou bem. Naturalmente chegou menos ao ataque que o adversário, finalizando três vezes contra sete da seleção marfinense. Os contra-ataques tão buscados começaram a encaixar no fim do primeiro tempo, mas nenhum deles foi aproveitado. As oportunidades mais claras saíram dos pés de Antony em tentativa de cruzamento que virou chute e Claudinho, travado na hora do arremate.

A Costa do Marfim assustou o goleiro Santos em duas ocasiões, mas os africanos, reconhecidos pelo futebol que preza a força física e velocidade e não tanto a qualidade técnica, não acertaram a pontaria. O camisa 10 Diallo foi quem mais tentou pelo lado dos marfinenses, que respeitaram demais os brasileiros e adotaram a cautela, a despeito de jogarem com um a mais durante quase toda a etapa inicial.

Jardine manteve a equipe para o segundo tempo e, embora não tenha havido mudanças de peças, a postura foi diferente. A seleção brasileira retornou melhor do intervalo. Sabendo da passividade do adversário, resolveu atacar e ocupou o campo ofensivo.

Foi difícil, porém, encontrar espaços na zaga dos marfinenses. E nas vezes em que conseguiram, os atacantes brasileiros falharam na finalização. Matheus Cunha, por exemplo, recebeu bom cruzamento de Bruno Guimarães, mas cabeceou no meio do gol.

O Brasil intensificou a pressão a partir das alterações de Jardine, que lançou mão de Gabriel Martinelli, Malcom e Paulinho. Daniel Alves ajudou pelo meio na criação e a equipe passou a encontrar mais espaços depois que a igualdade numérica foi restabelecida com a expulsão de Eboue Kouassi aos 34 minutos.

Foram aos menos quatro chances claras no minutos finais. Claudinho arriscou chute de fora da área pra fora, Arana soltou a bomba para a defesa do goleiro marfinense, Paulinho foi bloqueado no momento em que mandaria a bola para as redes e Malcom cabeceou para fora após cruzamento da direita.

A seleção brasileira fez um jogo seguro na etapa final, finalizou mais vezes e não permitiu um arremate sequer da Costa do Marfim. Fica a boa impressão pelo bom segundo tempo em Yokohama.

FICHA TÉCNICA

BRASIL 0 X 0 COSTA DO MARFIM

BRASIL - Santos; Daniel Alves, Nino, Diego Carlos e Guilherme Arana; Douglas Luiz, Bruno Guimarães e Claudinho; Antony (Malcom), Richarlison (Paulinho) e Matheus Cunha (Gabriel Martinelli). Técnico: André Jardine.

COSTA DO MARFIM - Ira; Bailly, Dabila, Ismael Diallo e Singo; Ouatara (Kouao), Kessié (Keita), Amad Diallo (Kouamé) e Gradel (Doumbia); Kouassi e Dao (Timite). Técnico: Soualiho Haidara.

ÁRBITRO - Ismail Elfath (Estados Unidos)

CARTÕES AMARELOS - Ismael Diallo, Kouassi

CARTÕES VERMELHOS - Douglas Luiz e Kouassi

LOCAL - Estádio de Yokohama, no Japão.

Daniel Cargnin, medalhista de bronze na categoria meio-leve (até 66 kg) em Tóquio, revelou que por pouco não abandono o judô por causa dos rígidos treinamentos, mas continuou firme por causa do apoio incondicional de sua mãe, Ana Rita.

"Acho que a gente sonhou junto isso, e vou ser bem sincero que queria era pegar, ligar para ela e falar que valeu a pena. Quando uma vez estava em um treino, pequeno, voltei chorando porque tinha apanhado muito. Ela falou: 'Não, Dani, vamos comer alguma coisa e amanhã é um novo dia', disse o atleta, em entrevista ao lado do tatame para o SporTV.

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O judoca gaúcho, de 23 anos, também relembrou das dificuldades enfrentadas durante o ciclo olímpico. "Desde a pandemia, machuquei duas ou três vezes, não fui para o Mundial porque peguei covid-19, e pensei que não estava dando certo. Eu me esforcei bastante, fiquei na casa da minha mãe, que me deu todo o suporte. Não bateu a ficha", disse Cargnin, bastante emocionado.

Ele também destacou o apoio dado pela comissão técnica da Confederação Brasileira de Judô. "Lembro de estar falando com a sensei Yuko... Uma vez a gente estava em um treinamento na Itália, em 2018, e eu estava muito cansado, apanhando muito, e ela me levantava e dizia: 'Vamos lá, vamos lá'. Eu me peguei chorando no banheiro e pensando: 'Por que ela não desiste de mim? Às vezes eu mesmo penso em desistir!'. Encontrar ela foi especial, eu acreditei nisso. Preciso agradecer ao meu ídolo João Derly, meus amigos... Todos me deram muito suporte. Estou muito feliz."

Lenda do esporte brasileiro, o velejador Robert Scheidt estreou em sua sétima Olimpíada com um 11º lugar na regata que abriu a classe Laser, na madrugada deste domingo, pelo horário de Brasília. O atleta de 48 anos somou 11 pontos perdidos, ao terminar a disputa dois minutos depois do líder da prova.

O vencedor da primeira regata foi o francês Jean-Baptiste Bernaz, com um ponto perdido. Ele foi seguido pelo finlandês Kaarle Tapper e pelo norueguês Hermann Tomasgaard, com dois e três pontos perdidos, respectivamente. Ao longo da disputa, o velejador brasileiro chegou a figurar no sexto posto, mas perdeu seguidas posições na reta final.

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A segunda regata na Baía de Enoshima será disputada ainda neste domingo. Depois, os velejadores terão mais oito regatas e a chamada "medal race" até o fim da competição, marcada para 1º de agosto.

Ao entrar nesta Olimpíada, Scheidt bateu o recorde de participações olímpicas, com sete edições dos Jogos na bagagem, empatando com Formiga, do futebol, Rodrigo Pessoa, do hipismo, e Jaqueline Mourão, do ciclismo - ela disputou duas edições dos Jogos de Inverno.

Scheidt está envolvido com o movimento olímpico há 25 anos. Na estreia, em 1996, nos Jogos de Atlanta, ganhou a medalha de ouro, feito repetido oito anos depois, em Atenas-2004. Na Laser ainda tem uma prata (Sydney-2000), além de mais uma prata e um bronze na classe Star (Pequim-2008 e Londres-2012). No Rio de Janeiro, em 2016, ganhou a regata da medalha, mas terminou a competição na quarta colocação.

Único representante do Brasil no remo nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Lucas Verthein avançou às semifinais na categoria single skiff. Em prova disputada na madrugada deste domingo - horário de Brasília - o brasileiro terminou a sua bateria na segunda colocação e, no geral, ficou em quinto.

Para se garantir entre os 12 melhores, Lucas Verthein fechou a prova em 7min14s26, apenas 1s51 atrás do alemão Oliver Zeidler, que venceu a quarta e última bateria das quartas de final. O single skiff, ou single scull, é um barco desenhado somente para uma pessoa, que usa dois remos para mover a embarcação. A semifinal está marcada para a noite de quarta-feira, (horário de Brasília).

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"Difícil expressar com palavras a gratidão por este apoio. Sempre sonhei disputar uma olimpíada, mas nunca imaginei receber tanto carinho. Vamos juntos até o fim", celebrou o atleta, que atingiu o melhor resultado da história do Brasil nessa prova.

Aos 23 anos, Lucas é o único representante do Brasil no remo na Olimpíada. O carioca conquistou no mundial júnior disputado em 2016, na Holanda, uma medalha de bronze, a única obtida até hoje por um atleta latino-americano. No Pan de Lima, em 2019, também trouxe um bronze para o Brasil.

O fato de os jogos de basquete da Olimpíada serem disputados em Saitama, 30 quilômetros distante de Tóquio, tem um certo simbolismo: o torneio realmente parece pertencer a um mundo à parte dos Jogos, tamanha a quantidade de estrelas que estarão em quadra a partir deste sábado (horário de Brasília). E não apenas por causa dos astros da seleção dos Estados Unidos, até porque alguns dos principais jogadores do país nem estão em Tóquio, casos de LeBron James e Stephen Curry. A lista de craques de outras seleções de atuam na liga americana é tão qualificada que não são poucos aqueles que acreditam que, após três ouros consecutivos, o reinado dos EUA pode estar ameaçado.

Neste momento, o aspecto físico é o que mais preocupa a seleção dos EUA. Os atletas da NBA jogaram praticamente duas temporadas consecutivas por causa das mudanças no calendário impostas pela pandemia. Três jogadores que disputaram as finais (os campeões pelo Milwaukee Bucks Khris Middleton e Jrue Holiday e o vice pelo Phoenix Suns Devin Booker) só se juntarão ao grupo neste sábado, véspera da estreia contra a França.

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A preparação dos Estados Unidos para os Jogos não foi como o planejado. O time perdeu amistosos para Austrália e Nigéria. Os nigerianos são um das seleções com o maior número de jogadores da NBA em Tóquio. São oito dos 12 convocados para a Olimpíada.

Kevin Durant, remanescente do time campeão na Rio-2016, e principal líder do grupo, espera que essas derrotas inesperadas sirvam de inspiração. "Acho que vamos nos sair bem quando começarmos a jogar partidas de verdade. Foi uma boa coisa levar um soco na boca cedo para nos lembrar que isso não será uma caminhada fácil", disse o jogador do Brooklyn Nets.

O fortíssimo time da Argentina é um dos candidatos a surpreender. Ex-pivô do Houston Rockets e do Indiana Pacers, Luis Scola, aos 41 anos, prepara a sua despedida da seleção como único sobrevivente da Geração de Ouro, campeã dos Jogos de Atenas-2004. A equipe foi vice-campeã na última Copa do Mundo na China, em 2019, e tem em Scola não apenas o seu capitão, mas também o ponto de desequilíbrio técnico. Outros nomes de destaque da equipe são Facundo Campazzo (Denver Nuggets), Gabriel Deck (Thunders) e Luca Vildoza (New York Knicks).

Impossível também não citar a Eslovênia, carregada pelo fenômeno Luka Doncic, do Dallas Mavericks. Com apenas 22 anos, o ala vem acumulando recordes na carreira.

A Espanha e sua grande geração liderada pelos irmãos Pau e Marc Gasol (Los Angeles Lakers) também chega forte. Assim como a França de Rudy Gobert, do Utah Jazz. Menção especial também para Rui Hachimura, ala-pivô do Washington Wizards e do Japão, que inclusive foi porta-bandeira do seu país. A ausência fica por conta do campeão na NBA Giannis Antetokounmpo, já que a Grécia não se classificou. Também ficaram de fora grandes seleções como Sérvia e Lituânia.

Pela primeira vez desde os Jogos de 1976, em Montreal (Canadá), Brasil terá fora da Olimpíada tanto no masculino como no feminino.

A técnica sueca Pia Sundhage gostou do que viu no campo do Miyagi Stadium, em Miyagi, neste sábado. Em entrevista coletiva após o empate entre Brasil e Holanda por 3 a 3, na segunda rodada dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, ela elogiou o desempenho e a capacidade de reação da seleção diante da atual campeã europeia e vice-campeã mundial.

"Acho que foi um excelente jogo. Fomos ótimas no ataque, apesar de termos cedido um gol muito cedo. Estou orgulhosa do time por ter se recomposto após o gol e das jogadoras que vieram do banco, pois entraram muito bem na partida. Somamos um ponto, agora temos a última partida para dar tudo de nós e tentar ser as líderes do grupo", disse.

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A treinadora reiterou a qualidade da equipe holandesa e viu uma atuação sólida da defesa brasileira. Para Pia Sundhage, o Brasil foi taticamente eficiente ao impedir as principais jogadas de ataque do repertório das adversárias. No total, a seleção teve oito chances de finalização dentro da área; a Holanda, apenas três.

"É um pouco mais complexo do que olhar apenas se elas fizeram gols. Na verdade, é preciso pensar como elas fizeram os gols e de que forma elas não conseguiram criar chances para isso. Lembrem-se: elas jogaram a final da Copa do Mundo há apenas dois anos e são uma equipe fortíssima. Acho que, no geral, a defesa foi bem, e, no fim das contas, é necessário apenas ser um pouco mais compactas para evitar que algumas das jogadoras possam entrar no 1 a 1 e, em vez disso, criar situações de dois contra um", avaliou, comentando também a forma que o ataque encontrou caminhos de furar o bloqueio europeu.

"Sobre a velocidade, foi interessante porque buscamos esperar um pouco e ficar com a bola. Algumas vezes, tivemos sucesso, mas não tanto nas bolas vindas de trás porque, se você olhar o modo como a Holanda se defende, não tivemos a oportunidade de jogar nas costas da última linha defensiva delas tanto quanto gostaríamos. Por outro lado, as jogadoras que vieram do banco foram muito bem nessa penetração, especialmente nos últimos 15 ou 20 minutos", ponderou.

Ludmilla

Uma dessas atletas foi Ludmila. Acionada no intervalo, ela dificultou a vida das defensoras holandesas explorando sua velocidade e fez a diferença. Aos 16 minutos, a atacante deixou a zagueira Van der Gragt para trás e foi derrubada na área, gerando o pênalti convertido por Marta. Na sequência, interceptou um recuo de Nowen e driblou a goleira Van Veenendaal para marcar seu primeiro gol em jogos oficiais pelo Brasil.

"Ludmila vir do banco foi um bom plano de jogo. Se você comparar ela e a Bia com Bia e Debinha, são tipos diferentes de dupla de ataque, por isso esse grupo é tão interessante do ponto de vista tático. O que eu disse a ela antes de entrar foi para penetrar atrás da última linha defensiva. 'Vá em direção ao gol de forma aguda, simples assim. Você conhece o caminho, não precisa ser complicado'. Por isso fiquei tão feliz quando ela marcou o gol. Veio do banco e mudou um pouco o jogo. Ela vai jogar mais minutos, com certeza. Se na escalação inicial ou vindo do banco, veremos", disse.

A seleção deixa a cidade de Sendai e, neste domingo, treina no Inage Seaside Park, em Tóquio. Na terça-feira, o Brasil encara a Zâmbia, às 8h30 (de Brasília), pela última rodada do Grupo F. Um empate garante a equipe nas quartas de final.

A atacante Marta deixou o gramado do Miyagi Stadium com a sensação de que a seleção brasileira feminina de futebol poderia ter vencido o jogo contra a Holanda neste sábado. No empate por 3 a 3 diante da campeã europeia, vice-campeã mundial e uma das candidatas à medalha nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, o Brasil chegou a virar o jogo por 3 a 2 depois de estar perdendo por 1 a 0 logo aos dois minutos.

"A gente sabia que seria difícil. Se a gente pensar em tudo que fez, acredito que fizemos um bom trabalho. Muita coisa precisa melhorar, principalmente o começo, contra uma equipe qualificada temos que estar sempre ligadas", afirmou a brasileira em entrevista à TV Globo na saída de campo.

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"No contexto geral, desempenhamos um bom papel contra uma das melhores equipes da atualidade. Temos um sentimento que podemos fazer mais. Foi equilibrado, podíamos ter saído com a vitória", lamentou.

Com o resultado, a seleção brasileira está perto de conquistar seu primeiro objetivo: avançar às quartas de final. A equipe só precisa de um empate no jogo contra a Zâmbia, nesta terça-feira, em Saitama, pela última rodada da fase de grupos. Brasil e Holanda lideram o grupo com quatro pontos (as europeias levam vantagem no saldo de gols). China e Zâmbia têm um ponto cada na tabela de classificação.

Bem marcada, Marta brilhou pouco individualmente. Mesmo assim, ela marcou o segundo gol da seleção em cobrança de pênalti sofrido por Ludmila. Com o gol que marcou, chegou a 13 em cinco edições de Jogos Olímpicos. Agora, a camisa 10 só precisa de mais um para alcançar Cristiane como a maior artilheira do futebol feminino em Olimpíadas. A brasileira, que não foi convocada para Tóquio-2020, tem 14.

"Nosso objetivo é sempre pensar no coletivo. Óbvio que fazer gols faz parte do trabalho, mas sempre pensando no coletivo. Os recordes sempre aconteceram naturalmente na minha vida, nunca foi forçado", completou Marta.

A ginástica artística brasileira começa a sua busca por medalhas nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, neste sábado, no Ariake Gymnastics Centre. A seleção masculina compete no qualificatório em busca de uma vaga na final por equipes. O Brasil também tentará a classificação para as finais do individual geral e por aparelhos.

"Temos a certeza de que todos os integrantes da equipe vão dar seus 110% como sempre fizemos em todas as competições. Estou convicto de que todos irão aproveitar ao máximo as suas potencialidades", disse Marcos Goto, coordenador e técnico da seleção brasileira masculina.

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Em Tóquio, a equipe é composta pelo campeão olímpico nas argolas Arthur Zanetti e pelo medalhista de bronze no solo Arthur Nory, além de Francisco Barretto e dos estreantes Caio Souza e Diogo Soares.

Entre as mulheres, a ginástica artística brasileira está representada pela dupla Flávia Saraiva e Rebeca Andrade. As duas atletas competem no qualificatório neste domingo. Elas vão em busca da classificação para as finais do individual geral e por aparelhos.

"Temos o privilégio de estar no último grupo, então poderemos acompanhar as demais adversárias e saber mais ou menos o que precisa de nota. É difícil dizer em quantas finais podemos chegar, mas temos boas possibilidades", afirmou o técnico da ginástica feminina, Francisco Porath Neto.

A cerimônia de abertura da Olimpíada de Tóquio-2020, nesta sexta-feira, uniu a milenar tradição japonesa com a tecnologia para homenagear as vítimas da covid-19 em todo o mundo. A luta contra a pandemia que manteve o planeta recluso inspirou a concepção do evento, valorizando o esforço e a persistência individual.

Com o estádio Olímpico praticamente vazio (apenas mil convidados estavam presentes), a cerimônia foi pensada essencialmente para privilegiar a transmissão pela TV. Isso se tornou visível com uma das primeiras ações, em que uma moça agachada esticou o corpo acompanhada de uma sombra que não era a dela, mas de uma planta germinando. Mesmo assim, o desafio foi equilibrar as infinitas possibilidades do uso da tecnologia com a valorização do homem e sua limitação. O plano era mostrar como o ser humano, apesar da fragilidade diante de um vírus, resiste.

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Assim, a referência à obra da artista plástica japonesa Yayoi Kusama logo no início da cerimônia, quando faixas de luz vermelha criaram desenhos segundo seu traço, foi significativo - em sua obra, Kusama explora os limites físicos e psicológicos da pintura, o que provocou uma feliz conexão com o esforço dos atletas que, durante o ano de 2020, foram obrigados a improvisar treinamentos em casa. Os Jogos foram adiados de 2020 para 2021.

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Foi significativa, portanto, a aparição de atletas, no centro do estádio, se exercitando solitários em esteiras e bicicletas ergométricas, lembrando o que aconteceu no mundo esportivo no ano passado. Ou mesmo com cada um de nós. E também a escalação de competidores e profissionais da saúde para carregar a bandeira japonesa.

Apesar de celebrar a vida, a cerimônia também prestou homenagem aos mortos, especialmente as vítimas pela covid-19. Foi o que mostrou a performance do ator e dançarino japonês Mirai Moriyama, cuja apresentação de dança-arte, marcada pelos gestos silenciosos, teve como tema a morte, o renascimento e a simbiose.

O tom de homenagem prosseguiu quando um grupo de bailarinos e sapateadores lembrou uma classe muito respeitada no Japão, os bombeiros, especialmente os que foram vitimados pela covid-19 e também pelo terremoto de 2011. A cena lembrou o trabalho de marceneiros que resultou na confecção em madeira dos arcos olímpicos.

A tecnologia voltou a imperar com a exibição de um belo clipe cuja edição alternou cenas de atletas em competição com músicos tocando seus instrumentos clássicos: a sincronia corporal revelou o mesmo objetivo: a busca pela perfeição.

A entrada das delegações seguiu a ordem do idioma japonês, o que deixou o Brasil atrás de países como Uruguai e Zâmbia. E, apesar de ocupar boa parte da cerimônia, foi reduzida pelo número menor de atletas participantes.

Despertou atenção a entrada da delegação da Arábia Saudita, com uma mulher ajudando a carregar a bandeira. E também a dupla brasileira (Ketlyn Quadros, do judô, e Bruninho, do vôlei), aplaudida ao ensaiar passos de samba.

Se nas últimas edições dos Jogos Olímpicos o protagonismo do evento ficou com dois homens, Michael Phelps e Usain Bolt, desta vez o bastão deve ir para duas mulheres: Katie Ledecky, da natação, e Simone Biles, da ginástica artística. Ambas devem ampliar suas coleções de medalhas olímpicas e sair de Tóquio como as maiores atletas da Olimpíada. Além disso, a tenista japonesa Naomi Osaka é a maior estrela da delegação dos anfitriões dos Jogos. Essa troca de reinado se dá em um momento favorável às mulheres no esporte.

No Japão, a participação feminina será recorde na quantidade e proporção de atletas e mostra um caminho sem volta para a igualdade de gêneros no esporte. E isso só foi possível porque o Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu diminuir as vagas masculinas e ampliar a oferta de modalidades para as mulheres.

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Do contingente de quase 11 mil atletas, 48,8% do total são mulheres, enquanto os homens representam 51,2%. A previsão é que na próxima edição dos Jogos, em Paris, em 2024, as vagas sejam divididas pela metade, levando a uma participação recorde das mulheres nos Jogos. E até por isso o fato de as grandes estrelas em Tóquio serem mulheres aumenta essa expectativa pela igualdade.

"Isso é incrível e acho que podemos crescer ainda mais. Eu sou de uma modalidade que quase não é praticada por mulheres no Brasil e meu objetivo é inspirar outras garotas. Quero poder olhar para trás e ver que ajudei outras atletas a chegarem longe", comenta Ana Sátila, atleta brasileira da canoagem slalom. "As mulheres podem fazer muita história nesta edição", continua.

Se nos Jogos do Rio-2016 a ginasta Simone Biles, dos Estados Unidos, já chocou o mundo ao ganhar quatro medalhas de ouro e uma de bronze, em Tóquio ela tem tudo para superar esse feito e sair da Olimpíada como o grande nome do evento. A expectativa em torno dela é tão grande que a ginástica artística foi incluída como evento de alta demanda, como a cerimônia de abertura ou final masculina do basquete, por exemplo.

Quem também deve sair gigante dos Jogos é a nadadora Katie Ledecky, dos Estados Unidos. No Rio, em 2016, ela subiu cinco vezes ao pódio, sendo quatro vezes no lugar mais alto. Agora no Japão, ela tem tudo para no mínimo igualar sua marca e aumentar a quantidade de conquistas na sua carreira. Será a grande estrela na piscina do Centro Aquático.

Já Naomi Osaka é vista no Japão como um fenômeno do esporte ao se tornar a primeira atleta do país a ganhar um torneio Grand Slam de simples, quando faturou o US Open de 2018 - feito que repetiria em 2020. Dona também dos títulos do Aberto da Austrália (2019 e 2021), ela faz tanto sucesso no Japão que tem até a sua própria linha de bonecas Barbie. Para os Jogos Olímpicos, é forte candidato ao ouro.

Esse protagonismo feminino nos Jogos está motivando campanhas nas redes sociais para ampliar as notícias sobre mulheres no esporte. A Vivo, empresa de telefonia, criou o projeto "4%", numa referência a dados na Unesco que apontam que apenas 4% das notícias esportivas no mundo são sobre mulheres. Para ampliar essa visibilidade, a companhia criou um bot no Twitter, o @4porcento_bot. "Quando marcado por um usuário ao ver tweets sobre o universo esportivo masculino, responderá à publicação com uma sugestão de matéria sobre o esporte feminino produzida por perfis especializados", diz.

O movimento "JogueComElas" está tentando reverter essa situação e a partir disso inspirar novas atletas a seguirem os passos de Biles e Ledecky, por exemplo. Na delegação brasileira, o número de mulheres também é recorde para uma edição realizada fora do País. Algo bem diferente do que ocorreu décadas atrás, nos Jogos de 1964, também disputados em Tóquio.

Na ocasião, Aida dos Santos era a única mulher na delegação brasileira junto com outros 67 homens. Para piorar, sua situação era inferior a de todos os outros. "Tenho lembranças boas por participar de uma Olimpíada, mas tristes porque estava sozinha na delegação em Tóquio, sem técnico, sem ninguém da minha modalidade, sem material para competir. Chorei muito", contou ao Estadão em entrevista no final do ano.

Na disputa, Aida se machucou e contou com a ajuda de uma atleta de Cuba, que lhe ajudou com um médico de sua delegação. Recuperada, ela ficou na quarta colocação no salto em altura, melhor resultado do Brasil na modalidade por mais de 30 anos. Se ela tivesse tido o mínimo apoio, talvez tivesse conquistado a medalha. A história de superação da atleta virou documentário e ela até ganhou este ano da Centauro o "uniforme que nunca existiu", confeccionado especialmente para ela.

Bruna Takahashi, atleta do tênis de mesa do Brasil, vê a história de Aida como inspiração. "A gente sempre teve potencial, mas não enxergavam isso. A gente pode e tem sim força. A Simone Biles mostrou isso, agora só se fala das medalhas que ela ganhou. Na época da Aida as coisas não eram fáceis, imagina se ela tivesse tido a oportunidade que nós temos hoje", diz.

A trajetória de Aida dos Santos serve de inspiração hoje para as 142 mulheres do Time Brasil que representarão o País em Tóquio. E também mostra que as novas estrelas femininas dos Jogos chegaram até aqui pelas portas que foram abertas pelas gerações passadas, geralmente tendo de passar por cima de preconceitos e machismos. Agora, é hora delas ocuparem o Olimpo das estrelas e brilharem.

O Comitê Organizador da Olimpíada de Tóquio confirmou 19 novos casos de Covid-19 entre os envolvidos nos Jogos, sendo três atletas, nesta sexta-feira (23). O nome dos competidores infectados não foi revelado, mas é de conhecimento que um deles é um contato próximo do jogador de vôlei de praia da República Checa que também testou positivo nesta semana.

A poucas horas da cerimônia de abertura do evento, o total de casos de covid nos Jogos de Tóquio chega a 110. Os números começaram a ser contabilizados no dia 1º de julho e não incluem casos de atletas que apresentaram resultado positivo para a nova doença antes de chegarem à capital japonesa.

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Nesta quinta-feira, o comitê informou que a skatista holandesa Candy Jacobs e o mesa-tenista checo Pavel Sirucek também testaram positivo para o vírus. Candidata ao ouro, a atleta do skateboard teve que desistir da competição.

Enquanto os casos de covid sobem entre os envolvidos nos Jogos, os números também têm aumentado vertiginosamente no Japão. Nas últimas 24 horas, o país registrou 5.300 novas infecções, a maior taxa em dois meses.

Apesar do governo japonês ter declarado estado de emergência, restringindo o horário de funcionamento de bares e restaurantes, o avanço da doença têm sido impulsionado pela variante, forma mais contagiosa do vírus.

Horas antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio, os atletas brasileiros decidiram organizar o seu próprio desfile na Vila Olímpica. O desfile simbólico foi puxado pelo levantador Bruninho, do vôlei, que representará o Brasil como porta-bandeira ao lado da judoca Ketleyn Quadros no evento que abre a Olimpíada e está marcado para as 8h desta sexta-feira (23) (de Brasília), 20h no horário local.

O Brasil terá a sua equipe reduzida ao mínimo na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos para evitar riscos aos atletas que vão competir no Japão. Dos mais de 300 competidores que vão representar o País, apenas os dois porta-bandeiras e outros dois representantes do Comitê Olímpico do Brasil (COB) estarão no estádio Olímpico no desfile desta sexta-feira.

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Por isso, os atletas realizaram esse desfile informal descontraído nas alamedas da Vila Olímpica. "É pra galera que não vai poder estar lá. Pra sentir a emoção especial da abertura da Olimpíada", disse Bruninho, antes de estender a bandeira brasileira.

Bruninho e todos os outros atletas que participaram do desfile simbólico apareceram vestidos com o uniforme oficial, com as cores da bandeira brasileira, que o levantador e a judoca usarão na cerimônia de abertura. Além dos dois porta-bandeiras, apenas o chefe de missão Marco La Porta e por mais um oficial administrativo estarão no evento.

O Desfile das Nações costuma reunir no campo do estádio milhares de atletas dos mais de 200 países que participam dos Jogos. É inevitável a aglomeração e os competidores costumam ficar apertados em um canto, para dar espaço para que todos caibam ali. Até por isso, a ideia foi minimizar riscos para que a saúde de todos seja preservada.

"A decisão foi tomada levando-se em consideração a segurança dos atletas brasileiros em cenário de pandemia, minimizando riscos de contaminação e contato próximo, zelando assim pela saúde de todos os integrantes do Time Brasil", explicou o Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Existe a possibilidade de que outros países também esvaziem o Desfile das Nações em uma cerimônia que será realizada sem a presença de público no estádio. Muitos detalhes do evento, que está marcado para as 20 horas no Japão, 8 horas no horário de Brasília, nesta sexta-feira, estão sendo mantidos em segredo.

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Não durou nem 24 horas a decisão de Guiné em desistir da disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Horas depois de alegar que não estaria na competição para preservar a saúde de seus atletas, o país africano voltou atrás ao "receber garantias" do Comitê Olímpico Internacional (COI) e agora vai mandar a delegação para o Japão.

Jornalistas do país da África Ocidental acusaram, porém, que a medida vinha por problemas financeiros e não havia nenhuma relação com o medo da pandemia de covid-19.

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O primeiro ministro dos Esportes de Guiné, Sanoussy Bantama Sow, não entrou em polêmica e apenas divulgou uma nota para informar a mudança repentina de decisão. Na madrugada desta quinta-feira do Brasil, tarde no Japão, o país estava fora da Olimpíada. Agora, madrugada na Ásia, a delegação se prepara novamente para participar de seu 12.º Jogos Olímpicos da história.

"O governo, após obter garantias das autoridades sanitárias, deu um parecer favorável à participação dos nossos atletas nas Olimpíadas de Tóquio", escreveu Sow em um comunicado oficial.

Antes, havia comunicado com tristeza a ausência na competição. "Preocupado em proteger a saúde dos atletas guineenses, o governo decidiu com pesar cancelar a participação de Guiné nas Olimpíadas de Tóquio", havia escrito Sow.

A expectativa, agora, é que o país consiga buscar a primeira medalha de sua história. Serão cinco atletas na disputa de quatro modalidades: luta livre, judô, natação e atletismo.

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