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O governo federal exonerou, nesta terça-feira (24), Paulo Mauricio Fortunato Pinto, então secretário de Planejamento e Gestão da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Além dele, mais dois diretores do órgão foram dispensados.

Na sexta-feira passada (20), a Abin foi alvo de uma operação da Polícia Federal que prendeu dois servidores, Eduardo Arthur Izycki e Rodrigo Colli, suspeitos de fazerem uso de um software para espionar ilegalmente políticos, advogados, jornalistas e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Os dois foram demitidos.

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A circulação de trens no ramal Santa Cruz, que atende à zona oeste no Rio, permanece alterada na manhã desta terça-feira (24). Apesar de as estações entre Santa Cruz e Campo Grande terem sido reabertas, o início da circulação de trens se deu às 4h, mais tarde que o normal, e houve suspensão de trens especiais e expressos que atendem à região.

Milicianos atacaram uma composição de trem da Supervia que partia de Santa Cruz na noite de segunda (23),  e a cabine do veículo foi incendiada. Segundo a concessionária, passageiros e maquinista desembarcaram em segurança. Com o ataque, a circulação de trens foi suspensa entre Campo Grande e Santa Cruz, fechando seis estações.

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Ônibus incendiado na Zona Oeste do Rio de Janeiro        Foto: Reprodução/X

Os ataques ocorreram após uma operação da Polícia Civil de combate à maior milícia do estado, que atua na zona oeste da capital. Matheus da Silva Rezende, o Faustão, acusado de ser um dos líderes da milícia na zona oeste da capital, morreu durante a ação, e milicianos iniciaram uma série de atentados ao transporte público.

Segundo o Sindicato das Empresas de Ônibus do Município do Rio de Janeiro, Rio Ônibus, 35 veículos foram incendiados entre a tarde e a noite de ontem. Esse foi o maior ataque a ônibus já registrado em um único dia na cidade, segundo o sindicato.

Ao menos cinco veículos articulados do BRT também foram queimados, além de uma das estações do BRT Transoeste, que teve a circulação totalmente suspensa. O corredor é uma importante ligação entre Barra da Tijuca, Santa Cruz e Campo Grande.

"A operação na zona oeste está em processo de normalização na manhã de hoje. As empresas do consórcio Santa Cruz estão empenhadas em regularizar o serviço no menor prazo possível", disse o Rio Ônibus.

A MOBI Rio, que opera o BRT, informa que os serviços dos corredores Transcarioca e Transolimpica estão operando normalmente, mas o Transoeste está com intervalos irregulares. Os serviços das linhas eventuais Pingo D'água, Magarça e Mato Alto, os "diretões", já começaram a funcionar, mas o diretão Santa Cruz x Alvorada ainda não.

Às 23h15 de ontem, o Centro de Operações da Prefeitura do Rio informou que o município retornou ao Estágio de Mobilização, devido à redução  dos impactos provocados pelos ataques a ônibus iniciados na tarde de ontem.

O Estágio de Mobilização é o segundo nível em uma escala de cinco e significa que há riscos de ocorrências de alto impacto na cidade.

A Polícia Federal (PF) identificou mais dois alvos de espionagem ilegal pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo de Jair Bolsonaro (PL). O jornalista Glenn Greenwald e o marido dele, o ex-deputado federal David Miranda (PDT-RJ), que morreu em maio, estão na lista dos telefones rastreados por meio do sistema FirstMile. Os servidores suspeitos de terem feito o uso irregular da ferramenta foram detidos pela PF na sexta-feira (20), na Operação Última Milha.

Os celulares dos dois estão na relação de números de telefones entregues pela Abin ao Supremo Tribunal Federal (STF), por determinação do ministro Alexandre de Moraes. A informação foi obtida pelo jornal O Globo com fontes da PF.

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A Abin fez 33 mil monitoramentos ilegais por meio do programa durante a gestão de Bolsonaro. Segundo os investigadores, 1.800 usos do software foram destinados à espionagem de políticos, jornalistas, advogados, ministros do STF e adversários do governo do ex-presidente. Para não deixar vestígios, a "gangue Abin de rastreamento", como os investigadores têm chamado os servidores, apagou dos computadores a grande maioria dos acessos, segundo a TV Globo.

Glenn Greenwald fundou o site The Intercept Brasil e foi um dos responsáveis por noticiar o caso da "Vaza Jato", que mostrou mensagens interceptadas por hackers entre agentes da Operação Lava Jato. O jornalista americano se tornou conhecido após publicar uma série de reportagens sobre arquivos do ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, que denunciou espionagem ilegal de governos estrangeiros.

David Miranda foi vereador Rio de Janeiro e, depois, eleito deputado federal. David chegou à Câmara para assumir a vaga deixada por Jean Wyllys (PSOL-RJ), que desistiu de assumir o seu terceiro mandato e optou por deixar o País, em 2019, diante do número crescente de ameaças que passou a receber desde a eleição do então presidente Jair Bolsonaro. No Legislativo federal, teve diversos embates com o clã Bolsonaro.

O sistema FirstMile é capaz de detectar um indivíduo com base na localização de aparelhos que usam as redes 2G, 3G e 4G. Para encontrar o alvo, basta digitar o número do seu contato telefônico no programa e acompanhar em um mapa a última posição. Desenvolvido pela empresa israelense Cognyte (ex-Verint), o software se baseia em torres de telecomunicações instaladas em diferentes regiões para captar os dados de cada aparelho telefônico e, então, devolver o histórico de deslocamento do dono do celular.

Segundo a PF, o grupo sob suspeita teria usado um "software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira" - para rastrear celulares "reiteradas vezes". Os crimes teriam sido praticados sob o governo do ex-presidente. À época, a agência era comandada por Alexandre Ramagem, que hoje é deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro.

Em nota, após a operação na sexta, a Abin diz que a Corregedoria-Geral da agência concluiu, em 23 de fevereiro de 2023, uma correição extraordinária - apuração interna - para verificar a regularidade do uso de sistema de geolocalização adquirido pelo órgão em dezembro de 2018. A partir das conclusões dessa correição, foi instaurada sindicância investigativa no dia 21 de março. De acordo com a Abin, a ferramenta deixou de ser utilizada em maio de 2021.

"Desde então, as informações apuradas nessa sindicância interna vêm sendo repassadas pela Abin para os órgãos competentes, como Polícia Federal e Supremo Tribunal Federal. Todas as requisições da Polícia Federal e do Supremo Tribunal Federal foram integralmente atendidas pela Abin. A Agência colaborou com as autoridades competentes desde o início das apurações. A Abin vem cumprindo as decisões judiciais, incluindo as expedidas na manhã desta sexta-feira (20). Foram afastados cautelarmente os servidores investigados", diz em nota.

Uma operação da Polícia Federal colocou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no centro de uma investigação sobre espionagem de políticos, advogados, jornalistas e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Nesta sexta-feira (20), dois servidores da agência foram presos sob suspeita de usar indevidamente um sistema de geolocalização de celulares do órgão. Segundo a PF, o sistema FirstMile fez 33 mil monitoramentos ilegais sob a gestão Bolsonaro.

Pelo menos 1,8 mil usos desse programa foram destinados à vigilância ilegal de adversários do governo do ex-presidente, conforme informações do jornal O Globo. A lista inclui um homônimo do ministro do Supremo Alexandre de Moraes - o que, para os investigadores, reforça a suspeita de que o magistrado tenha sido alvo do esquema de monitoramento pela agência. Para não deixar vestígios, a "gangue Abin de rastreamento", como são chamados os servidores alvo da operação, apagou dos computadores a grande maioria dos acessos, de acordo com reportagem da TV Globo.

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O sistema FirstMile é capaz de detectar um indivíduo com base na localização de aparelhos que usam as redes 2G, 3G e 4G. Para encontrar o alvo, basta digitar o número do contato telefônico no programa e acompanhar em um mapa a última posição. Desenvolvido pela empresa israelense Cognyte (ex-Verint), o software se baseia em torres de telecomunicações instaladas em diferentes regiões para captar os dados de cada aparelho telefônico e, então, informar o histórico de deslocamento de quem está com o celular (mais informações nesta página).

A PF afirmou que o grupo sob suspeita teria usado um "software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira" para rastrear celulares "reiteradas vezes". À época, a Abin era comandada por Alexandre Ramagem, aliado de Bolsonaro e hoje deputado federal pelo PL do Rio.

Reunião

Na reunião ministerial de abril de 2020 - que levou à abertura de inquérito para apurar possível interferência de Bolsonaro na PF - o então presidente reclamou de não receber informações da PF e outros órgãos de segurança. "Sistemas de informações, o meu funciona. O meu particular funciona. Os que têm oficialmente desinformam. E, voltando ao tema, prefiro não ter informação a ser desinformado em cima de informações que eu tenho", disse.

Em nota, a Abin disse que a corregedoria-geral da agência concluiu, em fevereiro deste ano, correição extraordinária - uma apuração interna - para verificar a regularidade do uso de sistema de geolocalização adquirido pelo órgão em 2018. A partir das conclusões dessa correição, foi instaurada sindicância investigativa no dia 21 de março. De acordo com a Abin, a ferramenta deixou de ser utilizada em maio de 2021. Ramagem, por sua vez, afirmou que o FirstMile foi adquirido antes do governo Bolsonaro e que, ao assumir a agência, determinou uma auditoria interna e encaminhou o contrato do sistema de espionagem para a corregedoria interna.

Detidos

Os dois servidores presos ontem são Rodrigo Colli e Eduardo Arthur Izycky. Eles foram detidos no Distrito Federal. Em 2016, Izycky participou como palestrante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre crimes cibernéticos, na Câmara dos Deputados. Ele atuou em investigações contra terrorismo cibernético por ocasião da visita do papa Francisco ao Brasil, em 2013, e da Copa do Mundo de 2014. Naquele período, atuava também em questões de segurança envolvendo os Jogos Olímpicos do Rio, realizados em agosto de 2016.

De acordo com a PF, "além do uso indevido do sistema, apura-se a atuação de dois servidores da agência que, em razão da possibilidade de demissão em processo administrativo disciplinar, teriam utilizado o conhecimento sobre o uso indevido do sistema como meio de coerção indireta para evitar a demissão".

Além de vasculharem a sede da Abin, em Brasília, agentes fizeram buscas em endereços em São Paulo, Goiás, Paraná e Santa Catarina. As ordens foram expedidas por Alexandre de Moraes, que determinou, ainda, o afastamento de cinco funcionários da agência - dois eram diretores do órgão. Na casa de um deles, Paulo Maurício, a PF apreendeu quase US$ 172 mil em espécie durante as diligências. Outro alvo da operação é o filho do general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro de Bolsonaro. Caio Cesar dos Santos Cruz teria participado das tratativas de venda do programa usado indevidamente para espionagem.

Crimes

A investigação mira possíveis crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei. As defesas dos citados não foram localizadas pela reportagem.

A Abin é o órgão principal do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) e tem como função fornecer informações estratégicas ao Palácio do Planalto. Os informes são enviados ao Executivo via relatórios, com a finalidade de evitar possíveis ameaças ao estado democrático de direito e à soberania nacional. O atual diretor-geral da Abin é Luiz Fernando Corrêa, nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em maio.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Casa Civil da Presidência da República demitiu, na noite desta sexta-feira (20), os dois servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que foram presos pela Polícia Federal, suspeitos de estarem envolvidos com a espionagem ilegal de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), políticos, advogados e jornalistas.

De acordo com a nota publicada pela pasta, o motivo da demissão foi outro. A Casa Civil afirma que Eduardo Arthur Izycki e Rodrigo Colli cometeram infrações administrativas ao interferirem no pregão que contratou uma empresa de tecnologia para "coleta de dados e diversas fontes da internet". Eles teriam se apresentado como "sócios representantes da empresa ICCIBER/CERBERO" no processo de licitação.

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A operação da Polícia Federal desta sexta-feira vasculhou a sede da Abin e 25 endereços espalhados em todo o País. A corporação afirma que o sistema FirstMile foi usado 1.800 vezes para monitorar os passos de autoridades através do uso dos sinais de 2G, 3G, 4G e 5G.

Leia a íntegra da nota da Casa Civil:

Demissão de servidores da Abin

A Casa Civil da Presidência da República informa que foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União, na noite desta sexta-feira (20), a demissão dos servidores Eduardo Izycki e Rodrigo Colli da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

A decisão foi tomada após constatada a participação, na condição de sócios representantes da empresa ICCIBER/CERBERO, de pregão aberto pelo Comando de Defesa Cibernética do Exército Brasileiro (pregão nº 18/2018-UASG 160076).

O pregão tinha por objeto a aquisição de solução de exploração cibernética e web intelligence capaz de realizar coleta de dados e diversas fontes da internet.

Ao assim procederem, os servidores incorreram nas seguintes infrações administrativas:

1. Violação de proibição contida expressamente em lei - atuação em gerência e administração de sociedade empresária - Art. 117, inciso X, da Lei 8112/90;

2. Improbidade Administrativa por violação de dever mediante conduta tipificada em lei como conflito de interesse - Conforme artigo 132, inc. IV da Lei nº 8.112/1990, c/c Arts. 4º e 5º, incisos III, IV e V, e 12, todos da Lei nº 12.813/2013, e artigo 11 da Lei 8.429/92.

3. Violação do regime de dedicação exclusiva a que se submetem todos os ocupantes do cargo de Oficial de Inteligência da ABIN - Lei nº 11.776, de 17 de setembro de 2008 (art. 2º, I, "a", c/c art. 6º, § 1º).

Um dos alvos da operação Última Milha - aberta nesta sexta-feira, 20, para investigar o uso de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência para rastrear celulares ilegalmente - é o filho do general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz. Caio Cesar dos Santos Cruz teria participado das tratativas de venda do programa usado indevidamente para espionagem.

A ofensiva prendeu os servidores Rodrigo Colli e Eduardo Arthur Yzycky em Brasília nesta manhã por suposto uso do sistema FirstMile para rastrearem celulares 'como meio de coerção indireta para evitar a demissão' em processo administrativo disciplinar do qual eram alvo.

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Além disso, os agentes vasculharam 25 endereços em quatro Estados e no Distrito Federal em busca de provas sobre supostos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

As ordens foram pelo ministro Alexandre de Moraes, que determinou ainda o afastamento de cinco servidores da Abin, entre eles dois diretores atuais do órgão.

Na casa de um deles, Paulo Maurício, a PF apreendeu US$ 171.800,00 em espécie durante as diligências cumpridas nesta manhã. A sede da Abin também foi alvo de buscas.

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (20), a Operação Última Milha para prender dois servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que usaram indevidamente o sistema de geolocalização de celulares do órgão para coerção. As ordens já foram cumpridas no Distrito Federal.

Agentes ainda vasculham nesta manhã 25 endereços em Brasília (18), Alexânia (GO - 1), São Paulo (1), São José dos Campos (SP - 1), Curitiba (1), Maringá (PR-1), Florianópolis (1), São José (SC - 1) e Palhoça (SC - 1).

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As ordens foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, que determinou ainda o afastamento de cinco servidores da Abin.

A ofensiva mira supostos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

De acordo com a PF, o grupo sob suspeita teria usado o sistema da Abin - um "software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira" - para rastrear celulares "reiteradas vezes". Os crimes teriam sido praticados sob o governo Jair Bolsonaro. À época, o órgão era comandado por Alexandre Ramagem.

Os servidores presos nesta manhã teriam usado o "conhecimento sobre o uso indevido do sistema como meio de coerção indireta para evitar a demissão" em processo administrativo disciplinar do qual eram alvo.

Dezenas de dragas - embarcação usada no garimpo - foram destruídas pela Polícia Federal (PF) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em uma operação para combater a extração ilegal de ouro no leito do rio Madeira, em Porto Velho.

Ao todo, 144 balsas usadas por garimpeiros da região foram inutilizadas. A prática é permitida por lei em caso de crime ambiental, para evitar novas infrações. O trabalho envolveu 60 policiais federais e quatro servidores do Ibama e se estendeu por segunda e terça-feira na operação batizada de Metal Líquido.

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A PF estima que cada draga emite quatro toneladas de poluentes, com a queima de combustíveis, e meio quilo de mercúrio por semana.

O mercúrio é usado no garimpo pela capacidade de aderir ao ouro, o que facilita a separação do metal precioso. Depois dessa seleção, o metal é aquecido até evaporar. A maior parte vai para a atmosfera e, com as chuvas, chega aos rios. Por ser um metal altamente tóxico, pode comprometer a saúde de animais e humanos.

"Conseguimos atingir o objetivo de minimizar a atividade de mineração nos rios do Estado, que só causa prejuízos à população", afirma a delegada Larissa Magalhães Nascimento, superintendente regional da Polícia Federal em Rondônia.

A PF informou que estudos feitos pela equipe de perícia técnica da corporação demonstraram a contaminação de ribeirinhos e comunidades indígenas que vivem ou consomem água e peixes provenientes de regiões com alta densidade de dragas de garimpo de ouro. Os índices encontrados, segundo a Polícia Federal, foram três vezes superiores ao limite indicado pela Organização Mundial da Saúde.

Uma operação de retirada de não indígenas das terras Apyterewa e Trincheira Bacajá, no estado do Pará, mobiliza, nesta segunda-feira (2), o Ministério dos Povos Indígenas, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a Força Nacional de Segurança Pública, além de mais 11 órgãos ambientais, de segurança pública e inteligência. Cerca de 1,6 mil famílias vivem ilegalmente na região.

De acordo com informações da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), 2,5 mil indígenas dos povos Parakanã, Mebengôkre Kayapó e Xikrim, distribuídos em 51 aldeias, vivem nas duas terras indígenas que abrangem parte dos municípios de São Félix do Xingu, Altamira, Anapú e Senador José Porfírio. Há ainda registro de indígenas isolados com contato recente com não indígenas na região.

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A Secom informou ainda que a operação acontecerá de forma semelhante a ação ocorrida na Terra Indígena Alto Rio Guamá (Tiarg), nos municípios de Nova Esperança do Piriá, Santa Luzia e Paragominas, no nordeste do Pará. De maio para junho o governo negociou a saída pacífica de 1,6 mil não indígenas da terra onde vivem 2,5 mil indígenas dos povos Tembé, Timbira e Kaapor, distribuídos em 42 aldeias próximas ao Rio Guamá.

Segundo a Funai, a presença de estranhos no território indígena, além de representar uma ameaça à integridade dos povos que ali vivem, também pode causar danos ambientais, já que alguns ocupantes promovem a destruição da vegetação nativa para praticar atividades como criação de gado e garimpo, de forma ilegal.

A medida cumpre uma determinação judicial de devolução da posse e cumprimento do direito de uso exclusivo das terras indígenas pelos povos originários, conforme o previsto no artigo 213 da Constituição Federal.

Os outros órgãos que atuam na força-tarefa são o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), Comando Militar do Norte, Ministério do Trabalho e Emprego e Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom).

Pelo menos seis pessoas morreram nesta sexta-feira, 22, durante megaoperação conjunta das forças de segurança na Bahia. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado, entre os mortos estão dois suspeitos de chefiar o tráfico de drogas em comunidades de Salvador.

Batizada de Operação Saigon, a ação desta sexta conta com cerca de 400 agentes das polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária Federal. A operação acontece na região do bairro de Águas Claras. Até o fim da manhã, além dos seis mortos, 15 suspeitos haviam sido presos. Os policiais tentam cumprir um total de 43 mandados, incluindo de busca e apreensão.

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De acordo com a SSP, dentre os mortos estão Eduardo dos Santos Cerqueira, conhecido como "Firmino", que seria uma das lideranças do tráfico de drogas no bairro de Águas Claras. Outro suspeito que morreu na ação é Gilmar Santos de Lima, o "Capenga". Segundo a secretaria de Segurança, ele acumula uma extensa ficha criminal por tráfico de drogas e homicídio.

A mãe e a mulher de Capenga foram presas. Com elas, a polícia encontrou drogas e R$ 8 mil em dinheiro. A mulher do suspeito estava com uma arma.

Crise na segurança pública

Na semana passada, o policial federal Lucas Monteiro Caribé foi morto durante operação conjunta das polícias em Salvador. Na sequência, pelo menos nove pessoas foram mortas em ação da polícia.

A Bahia enfrenta uma crise de segurança pública e também tem registrado alto índice de letalidade policial. Dados compilados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) mostram que as mortes decorrentes de intervenção de agentes do Estado mais do que quadruplicaram desde 2015. Naquele ano, a taxa de ocorrências desse tipo era de 2,3 para cada 100 mil habitantes. No ano passado, chegou a 10,4.

A Bahia é governada pelo PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, há 16 anos. A Coluna do Estadão mostrou que o presidente foi alertado de que o governo perdeu o debate da segurança pública - e muito em função dos resultados apresentados na naquele Estado, cujo atual ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, foi governador entre 2015 e 2022.

Fotos: Haeckel Dias/Ascom-PC

A Polícia Federal realiza duas operações de combate a crimes ambientais nos estados do Acre e Amazonas. Estão sendo cumpridos quatro mandados de prisão preventiva, 25 mandados de busca e apreensão e seis mandados de proibição de acesso e frequência à área florestal.

No Acre, a Operação Terra Prometida teve início após denúncias de moradores da região sobre desmatamento nas terras da Floresta Estadual do Antimary, no município de Sena Madureira. Foram identificados 598 hectares de área desmatada, com prejuízos que alcançam um valor aproximado de R$18 milhões, segundo apontam as investigações da Polícia Federal.

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Amair Feijoli da Cunha, conhecido como Tato, que foi condenado a 27 anos de prisão por ser o intermediário que contratou os executores da missionária Doroty Stang, no Pará, é um dos alvos da Operação Terra Prometida. Ele foi beneficiado com redução de pena pela delação premiada e teve a condenação reduzida para 18 anos de reclusão.

Grilagem de terra

No sul do estado do Amazonas, a Operação Xingu identificou 800 hectares de mata nativa amazônica desmatada, entre os municípios de Boca do Acre e Lábrea. As investigações apontam a prática de grilagem de terra pública para criação de gado, que teria causado prejuízo ambiental de cerca de R$ 17 milhões.

Estariam envolvidos nos crimes um grileiro, dois pecuaristas e um técnico de georreferenciamento, responsável por regularizar, de forma ilegal, imóveis rurais junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e ao Cadastro Ambiental Rural.

Os investigados pelas operações podem responder judicialmente pelos crimes de associação a organização criminosa, invasão de terras públicas, desmatamento, falsidade ideológica, estelionato e lavagem de dinheiro, com penas, que somadas, podem ultrapassar 20 anos de prisão.

 

 

O senador Flávio Bolsonaro (PL) aproveitou o microfone da CPI dos Atos Golspistas para defender a inocência do irmão mais novo. Investigado por lavagem de dinheiro, Jair Renan entregou o celular e um HD à Polícia Civil na manhã desta quinta (24).

Flávio disse que Jair Renan "não tem onde cair morto" e que "tem investigador procurando pelo em ovo".

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"Uma pessoa que não tem onde cair morta e está sendo investigada por lavagem de dinheiro. Não faz muito sentido isso, né? Eu espero que este critério seja usado para todos. Tem investigadores procurando pelo em ovo, mesmo sem ter nada, independente do sobrenome. Tomara que isso vire uma praxe agora. Ao que parece, é mais uma vez uma desenfreada em cima de Bolsonaro e todo seu entorno", apontou o senador.

As autoridades apuram a atuação de um esquema que envolve estelionato, falsificação de documentos e sonegação fiscal. Os mandados de busca e apreensão foram realizados em dois endereços ligados a Jair Renan em Santa Catarina e Brasília. Também foram apreendidos papéis com anotações eleitorais do suspeito.

O advogado Admar Gonzaga garantiu que o cliente está tranquilo. "Temos que olhar o assunto por dentro porque o alvo é outra pessoa que era instrutor de tiro do Renan. Qualquer um pode ser alvo de falsificação", indicou.

Jair Renan, filho ‘04’ do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é um dos alvos da operação Nexum, deflagrada nesta quinta-feira (24) pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Agentes realizam uma investida contra um grupo suspeito de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Há cinco mandados de busca e apreensão em cumprimento, e dois de prisão em Brasília e em Balneário Camboriú, em Santa Catarina. A informação é da GloboNews. 

O mandado contra Jair Renan é cumprido em dois endereços: no apartamento onde ele mora em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, e em um prédio no Sudoeste, área nobre de Brasília. Até o momento, são citados três alvos: Jair Renan; Maciel Carvalho, amigo e instrutor de tiro de Jair Renan; e uma terceira pessoa não identificada. Carvalho possui antecedentes e foi preso em janeiro. Ele já foi alvo de duas ações da PCDF neste ano; a Operação '"Succedere" e "Falso Coach".  

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A suspeita é de que ele usava o clube de tiros como fachada para a compra e venda ilegal de armas. A polícia ainda apura qual seria o papel do filho 04 de Bolsonaro no esquema. A principal hipótese da Polícia Civil é de que Maciel seria empresário de Jair Renan e os dois teriam contas conjuntas, colocando o filho do ex-presidente como possível envolvido em um esquema de fraude. 

Aos 25 anos, Jair Renan trabalha como assessor parlamentar e é influenciador nas redes sociais. Em março, foi nomeado para um cargo no Senado Federal, no gabinete do ex-secretário de Pesca do governo do pai, o senador Jorge Seif (PL). Seu salário é de aproximadamente R$ 9,5 mil (R$ 7,7 mil líquidos). 

 

Um homem foi morto pela Polícia Militar no morro Santa Maria, em Santos, no final da manhã desta segunda-feira (21). Chegam a 20 as mortes pela PM na Baixada Santista no intervalo de 25 dias - desde 28 de julho, um dia após um soldado das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), a tropa de elite da PM paulista, ser morto durante patrulhamento na Vila Zilda, no Guarujá, município vizinho a Santos.

Para prender os responsáveis pela morte do policial, foi deflagrada a Operação Escudo. Dezesseis mortes haviam ocorrido no período de 28 de julho a 2 de agosto. Na última terça-feira (15) mais duas pessoas foram mortas pela PM no Guarujá, e na sexta-feira (18) um homem de 37 anos foi morto durante uma troca de tiros com a polícia no Perequê, também no Guarujá.

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Pouco antes do meio-dia desta segunda-feira, policiais dizem que foram recebidos a tiros durante patrulhamento no morro Santa Maria. Eles passavam pela rua Sete quando foram alvo dos disparos e revidaram. Um homem foi atingido por um tiro e levado ao Pronto-Socorro da Santa Casa de Santos, mas chegou morto à unidade de saúde. Até a publicação desta reportagem, o nome dessa vítima não havia sido divulgado.

Por volta das 14h, moradores do morro Santa Maria iniciaram um protesto contra a morte do rapaz. Eles acusam as forças de segurança de demorar para prestar socorro a essa vítima.

Mais letal

A Operação Escudo, iniciada pela PM no litoral paulista após a morte do soldado Patrick Bastos Reis, em 27 de julho, no Guarujá. Além dos 20 mortos, pelo menos 513 pessoas foram presas e houve apreensão de 880 quilos de drogas e 70 armas. Essa é a operação mais letal da Polícia Militar paulista desde o massacre do Carandiru, em 1992, quando uma rebelião na penitenciária da capital terminou com a morte de 111 detentos.

Mensagens obtidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) mostram como o comando da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) trocou mensagens antidemocráticas e notícias falsas sobre a eleição. Eles discutiram, inclusive, alternativas golpistas para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.

As conversas fundamentaram a denúncia oferecida pela PGR contra sete oficiais, a maioria coronéis, patente mais alta na hierarquia da corporação. Eles são acusados no Supremo Tribunal Federal (STF) de crimes como omissão, golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito por supostamente fomentarem um levante contra o resultado da eleição. A denúncia afirma que a cúpula da PM do Distrito Federal foi "contaminada ideologicamente".

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Veja a lista dos denunciados:

- Coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal;

- Coronel Klepter Rosa Gonçalves, ex-subcomandante da corporação;

- Coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, ex-comandante do Departamento de Operações;

- Coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, chefiou interinamente o Departamento de Operações no 8 de janeiro;

- Coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, ex-chefe do 1º Comando de Policiamento Regional da PMDF;

- Major Flávio Silvestre de Alencar;

- Tenente Rafael Pereira Martins.

As mensagens falam sobre voto impresso, intervenção militar para anular o resultado da eleição e apoio das Forças Armadas a Bolsonaro, criticam o Supremo Tribunal Federal e reproduzem teorias conspiratórias de fraude nas urnas.

No dia 1º de novembro, quando a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já havia sido conquistada nas urnas, o coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, ex-chefe do 1º Comando de Policiamento Regional do DF, envia uma foto de Bolsonaro com a legenda: "a cara de quem tem as cartas na manga".

Os oficiais também compartilham diversos áudios, vídeos e textos falsos sobre a eleição e código-fonte das urnas. Rodrigues chega a afirmar que o conteúdo "pode não comprovar nada, mas vai acirrar os ânimos". O major Flávio Silvestre de Alencar afirma que seria "ilusão acreditar em eleições limpas". Um policial identificado como Márcio Gomes escreve que a "única chance" de Bolsonaro era, como o apoio das Forças Armadas, "frear os desmandos do STF e restabelecer a ordem, marcando novas eleições com voto auditável".

No final de dezembro, quando bolsonaristas estavam há mais de um mês acampados na frente do Quartel General do Exército em Brasília, em protesto contra a vitória de Lula e a favor de um golpe das Forças Armadas, o major Flávio Silvestre de Alencar escreveu: "Na primeira manifestação, é só deixar invadir o Congresso." O ataque aos prédios da Praça dos Três Poderes aconteceu cerca de duas semanas depois.

Jorge Eduardo Naime Barreto foi preso preventivamente no dia 7 de fevereiro na Operação Lesa Pátria.

Mensagens recuperadas pela Procuradoria-Geral da República apontam ainda que havia agentes do setor de inteligência da PM e um civil infiltrados no acampamento, o que na avaliação da PGR prova que a Polícia Militar do Distrito Federal tinha informações dos planos extremistas que chegaram ao ápice no dia 8 de janeiro.

"A 'falha' operacional não decorreu de deficiências dos serviços de inteligência da PMDF. O que ocorreu, em verdade, foi omissão dolosa por parte dos denunciados que, com unidade de desígnios, aceitaram os resultados visados pela turba antidemocrática e aderiram ao intento criminoso dos insurgentes", diz um trecho da denúncia da PGR.

Na véspera dos ataques golpistas aos prédios do Congresso, Planalto e STF, o coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra afirma ter recebido a informação de que os extremistas estavam preparados para a "guerra" e partiriam para o "tudo ou nada". "Vai dar certo", responde o também coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues.

Quando Lula tomou posse, os policiais trocaram mensagens com críticas às Forças Armadas por não terem aderido a um golpe de Estado. Os militares do Exército Brasileiro são chamados de "melancias" - a despeito da "casca verde", uma alusão à farda, seriam internamente "vermelhos", ou seja, alinhados com ideologias de esquerda. "Ao que parece, somente o comandante da Marinha é que estava disposto a ombrear com Bolsonaro", escreve um policial.

Ao denunciar a cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal por omissão ante o 8 de janeiro, a Procuradoria-Geral da República narrou como coronéis trocaram mensagens com teorias conspiratórias após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro nas urnas, evidenciando uma 'contaminação ideológica' dos oficiais por teorias sobre fraudes eleitorais e de teorias golpistas. "Em diálogos entre si, os mais altos oficiais demonstraram que ansiavam por um levante popular contra as eleições regulares, com tomada violenta do poder".

De acordo com a PGR, o dia 8 de janeiro 'foi a oportunidade' que os oficiais enxergaram 'para a concretização de suas aspirações inconstitucionais e golpistas, razão pela qual deixaram de agir como deveriam'. Para a Procuradoria, os PMs atuaram de modo a 'levar à inoperabilidade' da corporação, com vistas a 'viabilizar um golpe de Estado, esperando-se adesão das Forças Armadas'.

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As informações levaram à abertura da Operação Incúria na manhã desta sexta-feira, 18, com o objetivo de prender preventivamente a cúpula da PM no Distrito Federal. As medidas cautelares foram requeridas sob o argumento de que os militares teriam apagado mensagens trocadas sobre a intentona golpista.

"Em liberdade, esses oficiais, que traíram as missões constitucionais e legais da Polícia Militar do Distrito Federal, representam grave risco à ordem pública e à segurança do Distrito Federal e da União", argumentou a PGR ao requerer a prisão dos militares.

Foram denunciados ao Supremo:

- coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da PMDF (alvo de prisão preventiva);

- coronel Klepter Rosa Gonçalves, ex-subcomandante da PMDF, que foi nomeado comandante-geral no dia 15 de fevereiro (alvo de prisão preventiva);

- coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, ex-comandante do Departamento de Operações, que saiu de licença (já preso);

- coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, que substituiu Naime no 8 de janeiro (alvo de prisão preventiva);

- coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, ex-chefe do 1º Comando de Policiamento Regional da PMDF (alvo de prisão preventiva);

- major Flávio Silvestre de Alencar (já preso);

- tenente Rafael Pereira Martins (alvo de prisão preventiva);

Na peça de quase 200 páginas, a PGR detalha as condutas de cada um dos oficiais. Narra, por exemplo, que o major Flávio Silvestre de Alencar 'incitou os demais policiais a ações subversivas, fomentando que a PM deixasse o povo invadir o Congresso Nacional'.

"Em 08 de janeiro de 2023, no comando de uma tropa, dentro do Congresso Nacional, Flávio tratou de executar seu plano: nada fez, na expectativa de ver concretizado o golpe de Estado que buscavam os insurgentes, esperando a adesão das Forças Armadas ou de forças de segurança ao levante, anseios que explicitou em diversos de seus diálogos".

Segundo a PGR, as peças de desinformação que circulavam entre o alto oficialato da PMDF 'demonstravam expectativa de mobilização popular para garantir Jair Bolsonaro no poder, em desrespeito ao resultado das eleições presidenciais'. "Contaminada ideologicamente, a cúpula da PMDF, especialmente pelos ora denunciados, esperava uma insurgência popular que poderia assegurar a permanência de Bolsonaro na Presidência da República", narrou o MPF.

A PGR citou ainda um diálogo entre Marcelo Casimiro, Comandante do 1º Comando de Policiamento Regional, e Fábio Augusto Vieira, então comandante da PMDF. No dia 1º de novembro do ano passado, o primeiro encaminhou a Flávio um vídeo com alegações sobre fraudes nas urnas.

Em resposta, o chefe da PM disse que 'a cobra" iria "fumar", mesmo que o conteúdo do vídeo não fosse verídico', segundo a PGR. "A despeito de compreender a natureza falsa da informação, Fábio demonstrou expectativa quanto ao potencial de subversão dos resultados do pleito eleitoral", indicou o órgão.

A Polícia Federal (PF) abriu, na manhã desta sexta-feira (18), uma operação contra a cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal no bojo de investigação sobre suposta omissão ante os atos golpistas de 8 de janeiro. Agentes foram às ruas para cumprir sete mandados de prisão preventiva expedidos pelo Supremo Tribunal Federal.

A ofensiva é aberta após um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). São alvos da investigação:

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- Coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da PMDF;

- Coronel Klepter Rosa Gonçalves, ex-subcomandante da PMDF, que foi nomeado comandante-geral no dia 15 de fevereiro;

- Coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, ex-comandante do Departamento de Operações, que saiu de licença;

- Coronel Paulo José Ferreira de Sousa Bezerra, que substituiu Naime no 8 de janeiro;

- Coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, ex-chefe do 1º Comando de Policiamento Regional da PMDF;

- Major Flávio Silvestre de Alencar;

- Tenente Rafael Pereira Martins.

Em nota, a PGR informou que a operação, denominada Incúria, tem como objetivo reunir novas provas de condutas praticadas por autoridades policiais do Distrito Federal nos atos de 8 de janeiro. 

Além dos mandados de prisão preventiva, as providências incluem buscas e apreensão, bloqueio de bens e afastamento de funções públicas. Os pedidos foram feitos pelo coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, Carlos Frederico Santos. 

De acordo com o comunicado, ao oferecer a denúncia e requerer as medidas cautelares, o subprocurador-geral da República apresentou relato detalhado de provas já identificadas e reunidas na investigação, que apontam para a omissão dos envolvidos na operação. 

“É mencionada, por exemplo, a constatação de que havia profunda contaminação ideológica de parte dos oficiais da Polícia Militar do DF ‘que se mostrou adepta de teorias conspiratórias sobre fraudes eleitorais e teorias golpistas’. Há ainda menção a provas de que os agentes – que ocupavam cargos de comando da corporação – receberam, antes de 8 de janeiro de 2023, diversas informações de inteligência que indicavam as intenções golpistas do movimento e o risco iminente da efetiva invasão às sedes dos Três Poderes.” 

“Segundo as provas existentes, os denunciados conheciam previamente os riscos e aderiram de forma dolosa ao resultado criminoso previsível, omitindo-se no cumprimento do dever funcional de agir”, completou a PGR. 

Ainda segundo a nota, os denunciados devem responder, por omissão, pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União com considerável prejuízo para a vítima; e deterioração de patrimônio tombado, além de violação dos deveres a eles impostos; violação de dever contratual de garante; e ingerência da norma. 

“Os mandados foram determinados pelo relator do Inquérito 4.923 no Supremo Tribunal Federal, ministro Alexandre de Moraes, e cumpridos de forma conjunta pela Procuradoria-Geral da República e Polícia Federal”, concluiu a PGR. 

*Com a Agência Estado

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta quinta-feira (17), a Operação Segurança Legal VII, que deverá encerrar atividades de empresas que prestam serviços de segurança privada de forma clandestina, em todo o país. 502 agentes federais fazem parte da operação, que prevê a fiscalização de 449 endereços. 

A PF atua no caso desde 2017, sob a coordenação da Divisão de Controle e Fiscalização de Segurança Privada (DICOF-CGCSP-DPA-PF). A operação foi deflagrada pelas Delegacias de Controle de Segurança Privada (DELESP) nas capitais e pelas Unidades de Controle e Vistoria, nas delegacias descentralizadas. 

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Em Pernambuco, participaram da ação 25 policiais federais, que fiscalizaram dez estabelecimentos, na capital e interior, em inspeções simultâneas para detectar atividades irregulares de segurança privada. Segundo a PF, nove autos de encerramento de atividade não autorizada, ou clandestina, foram lavrados no estado. 

No Brasil, somente empresas de segurança privada autorizadas pela Polícia Federal podem prestar serviços e contratar vigilantes. Segundo a instituição, as empresas clandestinas não observam os requisitos mínimos de funcionamento previstos na legislação. A assessoria da PF ainda ressalta que a contratação de serviços clandestinos de segurança privada coloca em risco a integridade física de pessoas e o patrimônio dos contratantes, já que os “seguranças” clandestinos não se submetem ao controle da Polícia Federal quanto aos seus antecedentes criminais, formação, aptidão física e psicológica. 

*Com informações da assessoria de comunicação.

 

Uma menina de cinco anos e um adolescente de 17 morreram baleados, na manhã deste sábado (12), após uma operação da Polícia Militar realizada na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro. Segundo moradores do local, a PM seria responsável pelas mortes. 

O episódio teve início com uma tentativa de abordagem a dois homens em uma moto na saída de um baile funk no Morro do Dendê, que culminou com a morte de um dos ocupantes, Wendel Eduardo, de 17 anos, após troca de tiros. A população, então, iniciou um protesto durante o qual a criança, que não estava no ato, foi baleada. A menina tinha cinco anos e se chamava Eloá Passos. As informações são do portal G1.

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Através de nota oficial, a PM informou que durante a abordagem, Wendell disparou contra a equipe e houve revide. Ele foi alvejado e socorrido para o Hospital Municipal Evandro Freire, onde chegou sem vida. Já o “homem que conduzia a motocicleta [não identificado] foi conduzido à 37ª DP a fim de prestar esclarecimentos”.

Ainda de acordo com a nota enviada pela PM, “um grupo de manifestantes ateou fogo a um ônibus na Rua Paranapuã, e o Batalhão de Rondas e Controle de Multidão (Recom) foi acionado em apoio. Em seguida, o comando do 17º BPM foi informado sobre uma criança baleada no interior da comunidade do Dendê e que foi socorrida por familiares. A vítima teria sido atingida no interior de sua residência. Não havia operação policial no interior da comunidade”.

Versão da comunidade

Em entrevista à TV Globo, moradores da comunidade do Dendê deram versões diferentes às da polícia. O tio de Wendel afirmou, com base no que ouviu de pessoas que estavam perto, que o sobrinho teria levantado os braços e se rendido durante a abordagem, mas, mesmo assim, foi baleado. Ele também disse que nunca teve notícias de que Wendel tivesse envolvimento no crime. 

De acordo com testemunhas, a manifestação iniciada após a morte de Wendell teria sido reprimida a tiros pela PM, o que teria ocasionado a morte de Eloá. Uma prima da menina, Indiane Passos disse que ela foi atingida no peito dentro de seu quarto. “(Ela) estava em casa, brincando, pulando na cama, comendo doce do mesversário da irmã dela que foi ontem (sexta, 11)”. A criança chegou a ser socorrida, mas chegou sem vida ao hospital.

A nova etapa da investigação das joias e presentes ocultados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (11), com o cumprimento de mandados de busca e apreensão nas casas do general da reserva Mauro César Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro -, do próprio Cid e de Frederick Wassef, advogado da família do ex-presidente

As buscas foram autorizadas por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e ocorrem em imóveis em Niterói, no Rio de Janeiro, em Brasília e em São Paulo.

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A CPMI da tentativa de golpe de 8 de janeiro teve acesso a e-mails em que Mauro Cid negocia um relógio Rolex, avaliado em cerca de R$ 300 mil, recebido em viagem oficial. A Polícia Federal investiga os crimes de associação criminosa, peculato e lavagem de dinheiro.

O dinheiro em espécie com a venda do Rolex se tornaria patrimônio dos suspeitos por meio de terceiros, sem passar por bancos e, assim, a origem dos valores permaneceria oculta.

O nome da operação é "Lucas 12:2", uma referência ao versículo bíblico que diz: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”.

 

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