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A cidade de Exu, no sertão de Pernambuco, amanheceu com um ‘pedaço’ a menos nesta quarta (6). O telefone público, instalado no Parque Asa Branca, que era decorado com uma réplica do chapéu de Luiz Gonzaga - considerado o mais ilustres dos exuenses - funcionava como ponto turístico do município e, sendo assim, sua retirada causou grande lástima e preocupação aos moradores. 

Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, o presidente da ONG Parque Asa Branca, Junior Parente, falou que foi surpreendido com a ação da empresa de telefonia Oi, responsável pelo serviço na localidade. Segundo ele, funcionários chegaram no parque para a retirada do telefone público alegando que a cidade precisaria apenas de dois daquele tipo, um em frente à delegacia e outro no hospital. A réplica do chapéu de Gonzaga foi levada junto e, de acordo com os trabalhadores, será deixada em um depósito. 

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A escultura que adornava o ‘orelhão’, como são comumente chamado esses aparelhos públicos de telefone, foi instalada na cidade no ano de 1989 e atraia os turistas que passavam pelo local. “As pessoas gostam demais de bater foto lá. Eu liguei para a minha mãe, na hora, e pedi que ela falasse com os funcionários pedindo para deixar a cobertura lá porque ela tem muita importância pro Parque Asa Branca, mas eles disseram que tinham recebido ordem de deixar só dois orelhões na cidade”, disse o presidente da ONG. 

Procurada pelo LeiaJá, a Oi não se pronunciou acerca do ocorrido até o fechamento desta matéria. De acordo com Junior Parente, a ONG Parque Asa Branca vai procurar as medidas cabíveis para que o prejuízo no local possa ser contornado. “A gente vai fazer alguns movimentos nas redes sociais e imprensa e vou tentar ver se cabe algum tipo de ação judicial”. 

O Ministério Público em Pernambuco (MPF-PE) ajuizou uma ação civil pública contra a empresa de telefonia Oi e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O órgão cobra que as empresas garantam serviço de telefonia pública de qualidade, oferecendo orelhões em pleno funcionamento.

De acordo com o MPF, o sistema de telefonia público está sendo remodelado para que as empresas de telefonia reforcem ações referentes à expansão dos sinais de internet. Mas enquanto os modelos desses contratos não forem finalizados pelo poder público, o MPF acredita que as obrigações de manutenção dos telefones de uso público (TUPs), vulgo orelhões, devem ser cumpridas, pois tais aparelhos trazem receitas para as empresas e parte do lucro da exploração do serviço deve ser destinado, por força de contrato e de lei, para a manutenção dos TUPs.

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As informações repassadas pela Anatel ao MPF sobre a situação dos telefones públicos atesta a insatisfação dos consumidores devido ao mau funcionamento dos aparelhos. Em 2014, o Ministério Público recomendou que a Oi realizasse a manutenção e trabalho preventivo de reparo.

Segundo o MPF, mesmo após a recomendação, foi verificado que a disponibilidade dos orelhões continuam aquém do determinado pela Anatel e pelo órgão. A média é de apenas 50% dos terminais em funcionamento.

A Oi também não apresentou relatórios referentes à manutenção e reparo dos aparelhos. Para o MPF, a Oi se omitiu do dever de tomar medidas cabíveis para resolver o problema.

Com a ação judicial, o Ministério Público Federal requer que a Justiça determine a adoção, pela Oi, de medidas para garantir o funcionamento regular dos telefones públicos instalados em Pernambuco num prazo de dez dias, além da reparação dos aparelhos inoperantes e atendimento das futuras solicitações de reparo dentro do prazo regulamentar.

O MPF requer também determinação judicial para a Anatel autuar administrativamente a Oi, em até 48 horas, em razão das infrações cometidas no bojo de processo instaurado pela autarquia, e ainda estipule multa e instaure Procedimento para Apuração de Descumprimento de Obrigações (PADO), dentre outras medidas. Os requerimentos à Justiça Federal foram feitos em caráter de urgência.  

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou esta semana a revisão do Plano Geral de Metas para Universalização da Telefonia Fixa (PGMU), que compreende o período entre 2016 e 2020. A principal mudança prevê a diminuição do número de telefones públicos instalados. Apenas escolas, bibliotecas, museus, hospitais, postos de saúde, delegacias, aeroportos e rodoviárias terão as regras antigas mantidas.

De acordo com a Anatel, em 2013, 80% dos orelhões faziam até quatro chamadas por dia, 62%, até duas chamadas diárias. A regra antiga obrigava as operadoras a manter um cronograma de instalações de acordo com a densidade demográfica da região explorada. A retração no número de aparelhos instalados tem a contrapartida da expansão e barateamento da conexão de internet banda larga. As empresas terão que ampliar suas malhas de fibra ótica para atender a demanda e garantir qualidade e maior abrangência, barateando preços.

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No novo PGMU estão previstas também as novas regras de outorga e concessão de exploração de serviços de telecomunicações, seja por fibra ótica ou radiofrequência, com intuito de alcançar regiões mais distantes do país. Os contratos novos com as empresas que pretendem explorar o serviço não dependerão da concessão, como era feita anteriormente, sendo acordados por um ano, e podendo ser prorrogados sem limite, desde que a empresa responsável garanta a qualidade do serviço e atinja as metas estipuladas pela Anatel.

O Ministério Público Federal (MPF) recomendou à empresa de telefonia Oi e à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) que seja garantido um serviço de telefonia pública de qualidade em Pernambuco. O documento pede que a Oi providencie manutenção e reparo dos aparelhos de Telefone de Uso Público (TUPs), os populares orelhões, instalados na Região Metropolitana do Recife (RMR) e no Interior.

A recomendação do MPF ainda cobra o trabalho preventivo de reparo, que inclui funcionamento, manutenção e higienização em todos os aparelhos que estão na área de concessão da empresa no estado. Além disso, também foi recomendado que a empresa de telefonia produza um relatório mensal do serviço realizado e do diagnóstico dos TUPS do Estado. À Anatel é cobrado a realização de diligências, após a entrega de relatórios pela Oi, para conferir o cumprimento da recomendação.

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Uma reportagem realizada em abril deste ano pelo LeiaJá constatou o descaso com os orelhões no Recife. Dos 40 equipamentos averiguados pela equipe na área central do Recife, de intenso movimento, apenas 10 não apresentavam algum tipo de problema técnico. Na época, a Oi alegou que 90% das avarias nos aparelhos de Pernambuco se deviam a atos de vandalismo.

As resoluções da Anatel determinam que é dever das concessionárias manter os orelhões em perfeitas condições de operação. Segundo dados da agência, divulgados pelo próprio MPF, de janeiro a maio deste ano foram registradas 84 reclamações referentes a telefones públicos danificados ou em condições inadequadas de uso, sendo a maioria nos municípios de Recife e Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR); Catende, na Zona da Mata Sul; e Jataúba, no Agreste.  Vistorias do MPF, entretanto, verificaram que o problema é generalizado, não se restringindo apenas aos municípios citados.  Em Olinda, também na RMR, o ministério constatou que dos 28 orelhões pesquisados, oito não funcionavam e todos apresentavam péssimas condições de uso.

O MPF estabeleceu o prazo de 180 dias para que todos os aparelhos do estado sejam vistoriados pela Oi. Se todas as recomendações não forem acatadas, o MPF poderá adotar medidas administrativas e ações judiciais cabíveis. 

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Os telefones públicos, popularmente conhecidos como “orelhões” e tecnicamente conhecidos como terminais de uso público (TUP), fazem parte do cenário do Recife. Se são facilmente encontrados? Sim, basta uma procura rápida para identificá-los em vias e estabelecimentos públicos. Se são facilmente encontrados funcionando? Não.

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A equipe do LeiaJá percorreu vias do Centro (Avenida Dantas Barreto, Rua Floriano Peixoto), Zona Norte (Largo da Encruzilhada) e Zona Sul (Avenida Boa Viagem) do Recife, encontrando apenas 25% dos orelhões testados funcionando. Foram averiguados 40 orelhões, sendo que apenas 10 deles não apresentaram problemas na linha, na leitura do cartão, no teclado, no visor ou nas demais estruturas físicas.  

A aposentada Lourdes Lira estava na Avenida Dantas Barreto, vinha desde a UR-11, de orelhão em orelhão, procurando algum que funcionasse. “Meu telefone está quebrado, tenho uma ligação importante para fazer ao meu filho e só acho orelhão defeituoso”, lamentou.  A comerciante Jandiara dos Santos também era uma das pessoas frustradas com o orelhão que usava. “Estou há quinze minutos procurando um que não esteja quebrado. A tendência é acabar. Tenho um fiteiro que não comercializa cartões telefônicos pois eu sei que não vende”, destacou a comerciante.

Para encontrar estabelecimentos que vendam os cartões telefônicos também é preciso ter paciência. Muitos que vendiam já não vendem mais. O comerciante Vital Duarte é um desses casos. “Eu comercializava, mas a empresa que fornecia simplesmente parou de vender, aí eu desisti”, conta. O comerciante Ivan Ramos da Silva dono de um fiteiro na Rua Floriano Peixoto, no bairro de Santo Antônio, comercializa poucos, ao contrário de antigamente. “Eu compro apenas uns cinco por vez porque demora para sair. Antes eu vendia bem mais. Hoje mesmo, por exemplo, um sujeito veio dizer que o cartão que ele comprou a mim estava zerado. Eu sempre testo os produtos perto de casa, mas tive que devolver o dinheiro porque não tinha orelhão funcionando por aqui para eu confirmar”, lembra Ivan.  

Segundo uma pesquisa da operadora de telefonia Oi, entre 2007 e 2012 foi registrada uma queda de aproximadamente 40% ao ano no consumo de créditos em seus orelhões, o que representa uma redução de 92% em todo este período. Em 2010, menos de 4% da população utilizavam os orelhões diariamente. A empresa acredita que isto se deve, principalmente, ao crescimento do celular pré-pago, que teria deixado de ser apenas receptor de ligações para se tornar grande originador de chamadas. No ano passado, como uma tentativa de renovar os telefones públicos, a companhia lançou os cartões recarregáveis, mas a estratégia não surtiu efeito.

Sobre os aparelhos que não funcionam, a Oi esclarece que 90% deles estão com avarias devido aos atos de vandalismo. Ela informa que nos primeiros três meses do ano foram danificados mensalmente por atos de vandalismo em média 9% dos 36.8 mil orelhões instalados em Pernambuco. No entanto, na pequena mostra verificada pelo LeiaJá, a maioria dos orelhões estavam em bom estado físico, porém, com falha no sistema, que apresentava recados de "Somente Chamada de Emergência", "Fora de Operação" e "Em Manutenção".

Para os consumidores e entidades públicas denunciarem orelhões quebrados, a Oi possui um canal de atendimento através do número 10331.

Com colaboração de Bruno Andrade

O primeiro orelhão Wi-Fi do Brasil, instalado em Florianópolis no final de setembro, registra resultados animadores e mostra que a população da cidade está atenta às inovações tecnológicas. Segundo João Paulo Grunert, gerente de Longa Distância e Telefonia Pública da Oi, operadora que instalou o equipamento em parceria com a prefeitura da capital, todos os dias são realizados cerca de 130 acessos e o serviço já integra o cotidiano de quem frequenta o Largo da Catedral, no centro, onde está o orelhão.

"Entre os usuários há aqueles que acessam a internet no local para baixar simples e-mails até usuários que levam o laptop para trabalhar ao ar livre. Tem também quem acessa games para jogar online", disse Grunert.

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A instalação do aparelho oferece, além do telefone convencional, um sinal de internet que pode ser acessado gratuitamente a no máximo 70 metros de distância. Para poder entrar na rede, basta se cadastrar e receber o usuário e a senha. A ideia é chegar a 30 pontos até final de 2013.

O modelo de negócio para que o serviço seja rentável ainda está em estudo pela Oi, mas algumas tendências são praticamente irreversíveis. A primeira é manter o acesso gratuito apenas para clientes do serviço Oi Velox. Para os demais usuários, a gratuidade terá tempo limitado. O que exceder este limite será cobrado. Outra alternativa é utilizar o ponto para explorar publicidade, tanto anúncios da própria operadora quanto de outras empresas.

"É a modernização de um ativo. Com o acesso a internet, as pessoas vão cuidar mais do orelhão e haverá menos vandalismo. No Brasil, existem 700 mil orelhões. O uso deles cai ano a ano. A receita despenca e os custos sobem. Precisamos encontrar novos usos para esses equipamentos", afirmou Grunert.

A instalação dos orelhões de internet sem fio faz parte da estratégia de firmar Florianópolis como capital da inovação. De acordo com João Alexandre Piassini Silvério, secretário municipal de Ciência e Tecnologia, a ideia surgiu após a divulgação de iniciativas semelhantes em outras cidades do mundo, como Nova York. "Para cada ponto que a empresa instalar em um local movimentado, terá que colocar um orelhão em uma localidade carente", explicou o secretário.

Segundo ele, na próxima semana a prefeitura lançará um projeto ainda mais ousado. É o edital de instalação de 400 torres de internet social para acesso livre em toda a cidade. "Queremos atender 40 mil pessoas simultaneamente, cerca de 10% da população do município. Uma internet de alta qualidade com acesso real (conexão full) de 10 mega ao usuário", disse Silvério.

A distribuição será nos pontos de grande movimento ou considerados estratégicos, como praças, praias, escolas, avenidas e unidades de saúde. Para evitar o uso indiscriminado, a internet oferecerá algumas limitações. Ao baixar um vídeo, por exemplo, a velocidade cairá para 256 kbps. Sites com conteúdo adulto terão o acesso barrado. "Os turistas também poderão utilizar o sistema. Devem fazer o cadastro para ganhar a senha com limite de uso de alguns dias", explicou o secretário.

Os orelhões da operadora Oi, de 68 municípios pernambucanos fazem ligações locais de graça para telefones fixos. A ação veio depois de uma determinação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), como medida de punição à operadora por não cumprir as metas estabelecidas para a telefonia pública.

Jaboatão dos Guararapes, São Lourenço da Mata, Carpina, Limoeiro, Cabo de Santo Agostinho, Caruaru, Palmares e Vitoria de Santo Antão são só algum dos municípios contemplados. Entretanto, muitos dos moradores não sabem da medida e ainda utilizam os cartões telefônicos para realizar ligações.

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“Eu tenho um orelhão perto de casa e não sabia de nada disso. Agora vou poder falar com minha irmã que mora em Feira Nova e não tem celular, só telefone fixo”, disse a dona de casa Maria Eduarda Ferreira, que mora em Carpina.

De acordo com a Anatel, a distribuição é de pelo menos quatro orelhões para cada grupo de mil habitantes, meta não cumprida pela empresa se telefonia. Em comunicado, a Oi disse que o calendário de melhoria dos telefones públicos do país foi prejudicado pelo atraso dos fornecedores na entrega dos equipamentos. Acrescentou ainda que intensificou o plano de recuperação e troca dos equipamentos e que espera resolver todos os problemas até 2013.

Confira aqui a relação dos municípios onde os orelhões funcionam gratuitamente nas ligações locais para telefone fixo.

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