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O papa Francisco recebeu alta do hospital Policlínico Gemelli, em Roma, na manhã deste sábado (1°) e já retornou ao Vaticano. "Ainda estou vivo", brincou ele ao deixar o centro médico.

O religioso estava internado desde a última quarta-feira (29), quando passou mal na Casa Santa Marta, para tratar uma bronquite infecciosa.

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"Hoje de manhã, sábado, 1º de abril, o papa Francisco recebeu alta do Hospital Universitário A. Gemelli. Antes de deixar as instalações, o Santo Padre saudou o reitor da Universidade Católica, Franco Anelli, com seus colaboradores mais próximos, o diretor geral do Policlínico, Marco Elefanti, o assistente eclesiástico geral da Universidade Católica, monsenhor Claudio Giuliodori, e a equipe dos médicos e agentes de saúde que o assistiram nestes dias", informou uma nota divulgada pela sala de imprensa da Santa Sé.

Ao deixar o hospital, o argentino desceu do carro apoiado em uma bengala, mas de pé e passou alguns minutos conversando com os jornalistas presentes no local.

"Só me senti mal, mas não tive medo", declarou o Papa, que confirmou que "amanhã celebrarei o Domingo de Ramos".

O líder da Igreja Católica também abraçou um casal de pais que perderam a filha ontem à noite e parou para rezar com eles. "Você nem ficou no hospital", observaram os repórteres.

Francisco então disse: "Viu que confusão? Lembro-me de uma coisa que um velho mais velho que eu me disse, 'eu vi a morte chegando', é feio hein", brincou.

O Santo Padre ainda continuou ironizando sobre sua saúde e a mobilização da imprensa. "Eu segui nos jornais", disse ele.

"Escrevemos bem?", perguntaram os repórteres. "Sim, sim, bravo, obrigado por seus serviços", respondeu.

Durante sua internação, Jorge Bergoglio chegou a comer pizza com a equipe médica e seguranças na noite de quinta-feira (30) e a visitar o centro oncológico pediátrico do hospital, além de batizar um recém-nascido.

Por fim, ele falou mais uma vez sobre sua experiência no hospital e explicou que sentiu "muita ternura".

"Ser enfermeira, ser médica, ser pessoal de saúde, há muita ternura com os doentes. Sabe, os doentes são caprichosos, todos. Admiro muito as pessoas que trabalham aqui, médicos, enfermeiros, tenho visto como cuidam com carinho das crianças", acrescentou ele, referindo-se também à criança que batizou ontem.

"Obrigado pelo serviço, agora vou dormir quatro dias", brincou novamente.

Francisco, 86 anos, já está no Vaticano, onde amanhã (2) presidirá a missa de Domingo de Ramos, cerimônia que dá início as celebrações da Semana Santa, na Praça São Pedro.

Da Ansa

Em uma entrevista à TV argentina concedida antes de sua internação, o papa Francisco afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado pela justiça brasileira sem provas e garantiu que a ex-mandatária Dilma Rousseff (2011-2016) foi alvo de um impeachment injusto pois "tem mãos limpas".

Durante a conversa, o jornalista Gustavo Sylvestre, do canal C5N, questionou Francisco sobre o chamado "lawfare", o uso da Justiça para perseguir adversários políticos, e citou que teria ocorrido esse tipo de perseguição contra o petista e outros ex-presidentes de esquerda, como o boliviano Evo Morales, a argentina Cristina Kirchner e o equatoriano Rafael Correa.

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"O lawfare abre caminho nos meios de comunicação. Deve-se impedir que determinada pessoa chegue a um cargo. Então, o pessoal os desqualifica e metem ali a suspeita de um crime. Então, faz-se todo um sumário, um sumário enorme, onde não se encontra [a prova do delito], mas para condenar basta o tamanho desse sumário. 'Onde está o crime aqui?' 'Mas, sim, parece que sim...' Assim condenaram Lula", respondeu o líder da Igreja Católica.

Na sequência, o religioso falou sobre o Brasil e acrescentou: "O que aconteceu com Dilma Rousseff?". O jornalista, por sua vez, disse que a ex-mandatária foi destituída em 2016 devido a "um ato administrativo menor". O Papa então rebateu que Dilma é "uma mulher de mãos limpas, uma mulher excelente".

Logo depois, o Santo Padre citou o conceito jurídico de "Fumus Delicti" - comprovação da existência de um crime e indícios suficientes de autoria - e ressaltou que "às vezes a fumaça do crime te leva ao fogo do crime, outras vezes é uma fumaça que se perde porque não tem fundamento".

Por fim, o jornalista indagou que "inocentes são condenados", enquanto que Jorge Bergoglio voltou a afirmar que "no Brasil, isso aconteceu nos dois casos", tanto envolvendo Lula, quanto a Dilma. Para ele, "os políticos têm a missão de desmascarar uma justiça que não é justa". 

Da Ansa

O Vaticano informou que o papa Francisco poderá ter alta neste sábado (1º) e participar das comemorações de Páscoa, mas sem presidir a cerimônia.

Ainda internado na Clínica Gemelli, em Roma, ele reage bem ao tratamento de uma infecção pulmonar.

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De acordo com o Vaticano, Francisco passou a tarde de ontem se dedicando ao repouso, à oração e às obrigações de trabalho. Os médicos que o acompanham diagnosticaram bronquite infecciosa que exigiu a administração de uma terapia antibiótica.

O papa foi internado na quarta-feira (29), após a audiência geral. Ele reclamou de uma pressão no peito, que provocou dificuldade de respirar. 

*Com informações da RTP - Rádio e Televisão de Portugal - e da Vatican News.

O papa Francisco, que registrou "uma melhora clara" no estado de saúde, passou uma segunda noite "tranquila" no hospital Gemelli de Roma, onde recebe tratamento com antibiótico contra uma bronquite infecciosa, afirmaram fontes do Vaticano nesta sexta-feira.

"A noite passada também transcorreu tranquilamente", declarou uma fonte da Santa Sé.

Na quinta-feira à noite, a equipe médica se mostrou tranquilizadora ao comentar o estado de saúde do pontífice argentino de 86 anos.

O tratamento antibiótico "produziu os efeitos esperados" e o líder da Igreja Católica pode receber alta nos "próximos dias", afirmou o boletim médico.

O Vaticano já havia anunciado que Jorge Bergoglio estava melhorando e havia retornado ao trabalho.

A participação de Francisco nos eventos da Semana Santa, no entanto, ainda é incerta, a começar pela missa do Domingo de Ramos, no dia 2 de abril, que marca o início das celebrações da Páscoa.

O papa, que tem problemas crônicos de saúde e utiliza uma cadeira de rodas devido às dores em um joelho, está hospitalizado no quarto particular reservado aos pontífices no 10º andar do hospital universitário Gemelli, onde João Paulo II foi internado diversas vezes durante seu papado.

Francisco foi submetido na quarta-feira a exames médicos, depois de enfrentar "dificuldades respiratórias" nos dias anteriores". Os exames mostraram uma infecção respiratória, que forçou a internação, informou um porta-voz da Santa Sé.

No Twitter, o pontífice afirmou na quinta-feira que estava "comovido com as muitas mensagens recebidas" e agradeceu pela "proximidade e oração".

Entre as mensagens enviadas nas últimas horas está a do presidente americano Joe Biden, que é católico, e de sua esposa Jill.

"Jill e eu mantemos o papa Francisco em nossas orações e enviamos nossos melhores votos para sua rápida e completa recuperação", escreveu Biden no Twitter. "O mundo precisa do papa Francisco", acrescentou.

- Medo -

"Espero que se recupere muito rápido e possa celebrar a Páscoa aqui, na praça de São Pedro", declarou à AFP Tina Montalbano, guia turística italiana de 60 anos.

"O medo sempre existe, mas parece que está tudo bem no momento", acrescentou.

A hospitalização pegou a opinião pública de surpresa porque na quarta-feira o pontífice participou de maneira normal na tradicional audiência geral na praça de São Pedro, durante a qual permaneceu sorridente e acenou para os fiéis do "papamóvel".

O pontífice argentino permaneceu internado por vários dias no hospital Gemelli, em julho 2021 para uma cirurgia no cólon. Francisco afirmou que a operação deixou "sequelas" devido à anestesia, e, por isso, ele descartou se submeter a uma nova intervenção no joelho.

Os problemas médicos o obrigaram a cancelar várias audiências em 2022 e a adiar uma viagem à África, o que levantou questionamentos sobre uma possível renúncia.

O líder da Igreja Católica sempre deixou em aberto a possibilidade de seguir o exemplo do antecessor, Bento XVI, que renunciou ao cargo em 2013.

Mas suas mensagens sobre o tema são ambivalentes.

Em julho de 2022, ele disse que poderia "afastar-se", mas em fevereiro afirmou que a renúncia de um papa "não deveria se tornar uma moda" e que a ideia "não estava em sua agenda no momento".

O pontífice é atendido com frequência por uma equipe de médicos e enfermeiros, no Vaticano ou durante suas viagens. A medida é necessária devido a sua idade e ao seu histórico médico. Aos 21 anos, Francisco esteve à beira da morte por uma pleurisia e sofreu uma retirada parcial de um dos pulmões.

O papa Francisco, de 86 anos e internado desde quarta-feira por uma infecção respiratória, teve "uma boa noite" no hospital Gemelli de Roma, uma notícia tranquilizadora depois das preocupações da véspera com as notícias de seus problemas de saúde.

Os próximos compromissos do líder da Igreja Católica foram cancelados. O Vaticano informou que Francisco permanecerá hospitalizado por vários dias para receber tratamento.

O pontífice argentino passou uma noite "tranquila" e os funcionários que o atendem estão "muito otimistas", afirmou nesta quinta-feira a agência italiana de notícias ANSA, que cita fontes médicas.

O anúncio de sua inesperada hospitalização provocou muitas perguntas sobre o estado de saúde do primeiro papa latino-americano da história.

Depois de afirmar que a internação era motivada por "exames programados", o porta-voz do Vaticano finalmente anunciou, após várias horas de silêncio, que o pontífice sofria de uma "infecção respiratória".

"Nos últimos dias ele reclamava de dificuldades respiratórias e foi submetido a exames médicos durante o dia", afirmou em um comunicado o diretor da secretaria de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.

Os exames médicos "mostraram uma infecção respiratória". O diagnóstico de covid-19 foi descartado, mas Francisco precisará de "vários dias de tratamento médico hospitalar adequado", explicou.

Fontes do hospital afirmaram que é possível que o pontífice possa comandar a missa do Domingo de Ramos no Vaticano, "salvo imprevistos".

A missa abre as celebrações da Semana Santa, que tem como ponto máximo o Domingo de Páscoa, a data mais importante do cristianismo.

As cerimônias, no entanto, são longas e cansativas para uma pessoa que passou vários dias internado.

Francisco tem uma viagem programada para a Hungria no fim de abril, à cidade de Budapeste, para acompanhar o encerramento de um Encontro Eucarístico Internacional.

- Renúncia não está descartada -

A hospitalização surpreendeu a opinião pública, ainda mais porque na quarta-feira Jorge Bergoglio participou de maneira normal da tradicional audiência geral na Praça de São Pedro, durante a qual apareceu sorridente e saudou os fiéis do "papamóvel".

"Papa: O grande medo": a manchete desta quinta-feira do jornal La Stampa descreve momentos dramáticos, depois que o pontífice revelou "uma forte dor no peito", o que levou os auxiliares a chamar uma ambulância com urgência e decidir pela internação imediata.

Francisco, que utiliza uma cadeira de rodas desde maio de 2022 devido à artrite em um joelho, passou por uma cirurgia no cólon em julho de 2021 no mesmo hospital de Roma, onde permaneceu internado por 10 dias.

O papa já afirmou que a operação deixou "sequelas" devido à anestesia e que, por este motivo, descartou uma nova cirurgia no joelho.

Os problemas médicos o obrigaram a cancelar várias audiências em 2022 e a adiar uma viagem à África, o que provocou muitos questionamentos sobre uma possível renúncia.

Em várias entrevistas concedidas nos últimos meses, o papa mencionou a possibilidade de renunciar, assim como fez em 2013 seu antecessor, Bento XVI, que faleceu em dezembro de 2022.

"É verdade que escrevi a minha renúncia dois meses depois de minha eleição (em março de 2013)... Eu fiz isso para o caso de ter algum problema de saúde que me impeça de exercer meu ministério", revelou Francisco, embora depois tenha esclarecido que ainda não havia pensado em renunciar ao cargo.

Em julho do ano passado, ele confessou que já não podia viajar no mesmo ritmo de antes e declarou que poderia optar pelo afastamento.

No mês passado, ele voltou a abordar o tema para explicar que a renúncia de um papa "não deve virar uma moda" e destacou que a ideia "não estava em sua agenda no momento".

O pontífice é atendido com frequência por uma equipe de médicos e enfermeiros, seja no Vaticano ou durante as viagens ao exterior.

Uma medida mais do que necessária devido a sua idade e ao seu histórico médico, já que aos 21 anos ele ficou à beira da morte por uma pleurisia e sofreu uma retira parcial de um dos pulmões.

O papa Francisco pediu nesta quarta-feira (22) ajuda para preservar a água, com uma gestão mais eficiente dos recursos hídricos do planeta, um bem que que não pode ser objeto de "desperdício" ou "motivo de guerras".

"Rezo por um bom resultado do trabalho da conferência que acontece sobre o tema na sede da ONU em Nova York e espero que este evento importante possa acelerar iniciativas a favor dos que sofrem pela falta de água, um recurso essencial", declarou durante a audiência geral.

"A água não pode ser objeto de desperdício, abuso ou motivo de guerras, e sim deve ser preservado para o nosso bem o das gerações futuras", acrescentou.

A conferência da ONU sobre a água é um evento sem precedentes em quase meio século e conta com a participação de 6.500 pessoas, incluindo uma centenas de ministros e uma dezena de chefes de Estado e de Governo.

Em um relatório publicado para a reunião, o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, criticou o modelo de consumo atual que caminha para "esgotar, gota a gota, esta fonte de vida para a humanidade".

O pontífice fez o apelo porque nesta quarta-feira também é celebrado o Dia Mundial da Água e citou o Cântico das Criaturas de São Francisco, que define a água como "humilde, preciosa e casta".

O papa Francisco comemorou o décimo aniversário de seu pontificado nesta segunda-feira (13) com uma série de entrevistas e um podcast no qual critica os Estados totalitários, particularmente a Nicarágua de Daniel Ortega, que ameaça suspender suas relações com o Vaticano.

O jesuíta argentino, Jorge Bergoglio, tornou-se o 266º pontífice da Igreja Católica em 13 de março de 2013, sucedendo ao alemão Bento XVI, o primeiro papa a renunciar desde a Idade Média.

"Parece que foi ontem", confessou Francisco, o primeiro papa latino-americano da história, em um podcast transmitido nesta segunda-feira pelo canal oficial do Vaticano, Vatican News.

Líder de uma igreja em crise, o ex-arcebispo de Buenos Aires, pastor que não fez parte da influente Cúria Romana, optou pela transparência econômica e "tolerância zero" para abusos sexuais, respeitando as posturas mais tradicionais em relação ao celibato, aborto, casamento homoafetivo e homossexualidade.

Crítico severo do neoliberalismo, do imperialismo e dos conflitos militares, o papa argentino se identifica com uma Igreja que pede acima de tudo justiça social, que defende os migrantes que fogem da guerra e da miséria e que é sensível à ecologia e à natureza.

Durante esses 10 anos, o chefe da Igreja Católica se posicionou sobre a atual política internacional, denunciou a situação na Ucrânia desde o início da guerra e se ofereceu como um grande mediador.

- "Paz para a Ucrânia" -

Esta semana começou um novo conflito um país de sua região, a Nicarágua, ao criticar seus excessos autoritários e os ataques contra a Igreja após a condenação do bispo nicaraguense Rolando Álvarez a 26 anos e 4 meses de prisão. Essa reação levou o governo da Nicarágua a considerar romper relações com o Vaticano.

Nas inúmeras entrevistas concedidas por ocasião do décimo aniversário de seu pontificado, ele voltou a abordar o tema da guerra, especialmente na Ucrânia.

"Paz. Paz para a martirizada Ucrânia e para todos os outros países que sofrem o horror da guerra, que é sempre um fracasso para todos", respondeu ele em entrevista ao jornal italiano Il Fatto Quotidiano.

Todos os seus apelos à paz para a Ucrânia foram ignorados. "Precisamos de paz", insistiu ele no podcast do Vatican News.

- "Que o Senhor tenha misericórdia de mim" -

Durante a década bergogliana, o diálogo inter-religioso aumentou notavelmente, especialmente com o Islã. O papa Francisco, em particular, melhorou os laços com o grande imã da prestigiosa mesquita Al-Azhar, no Cairo, entre os muitos líderes que lhe enviaram mensagens de felicitações.

Em uma carta publicada pelo Vatican News, o xeique Ahmed al-Tayebal elogiou os esforços do papa para "construir pontes de amor e fraternidade entre todos os seres humanos".

Mensagens também foram enviadas pelo patriarca ecumênico Bartolomneu, líder dos cristãos ortodoxos, e pelo líder anglicano Justin Welby, arcebispo de Canterbury.

"Ele é um papa deste tempo. Ele soube captar as necessidades de hoje e propô-las a toda a Igreja universal (...). Está impulsionando a igreja dos próximos tempos", afirmou Don Roberto, um padre que viajou ao Vaticano no domingo para comemorar o décimo aniversário do pontificado de Francisco.

A batalha contra a cultura do abuso sexual cometido contra menores por membros da igreja tem sido um dos desafios mais dolorosos de seu papado.

Embora tenha levantado o segredo pontifício, encontrado vítimas e obrigado os religiosos a denunciar os casos à hierarquia, a pedofilia continua sendo a pedra no sapato de seu pontificado. As associações de vítimas exigem medidas mais fortes.

E o que ele deseja para si? "Que o Senhor tenha misericórdia de mim. Ser papa não é um trabalho fácil. Você não pode estudar para fazer este trabalho", respondeu ele.

Aos 86 anos e com uma saúde frágil que o obriga a usar uma cadeira de rodas, Francisco não descarta a possibilidade de renunciar, como seu antecessor Bento XVI.

"Mas no momento não tenho isso em minha agenda", disse ele à revista jesuíta Civita Cattolica no mês passado.

O papa Francisco condenou nesta quarta-feira (22) a guerra "absurda e cruel" na Ucrânia, ao mesmo tempo que fez um novo apelo a favor da paz a apenas dois dias do aniversário de um ano da invasão russa a este país.

"Um ano de guerra absurda e cruel, um triste aniversário", disse o pontífice argentino após a audiência geral de quarta-feira no Vaticano.

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"Faço um apelo a todos aqueles que têm autoridade sobre as nações para que se comprometam concretamente a acabar com o conflito, alcançar um cessar-fogo e iniciar negociações de paz", acrescentou o papa, de 86 anos.

"O balanço de mortos, feridos, refugiados, danos econômicos e sociais fala por si só", afirmou Jorge Bergoglio, que no último ano fez diversos apelos à paz, ao mesmo tempo que pediu a manutenção de um diálogo com Moscou.

"Pode o Senhor perdoar tantos crimes e violência? (...) Permaneçamos junto ao martirizado povo ucraniano, que continua sofrendo, e nos perguntemos se todo o possível foi feito para deter a guerra, acrescentou.

Apesar das propostas de mediação, a diplomacia da Santa Sé não conseguiu ser considerada no conflito da Ucrânia.

O papa Francisco tinha a intenção de visitar Kiev e Moscou, mas o projeto não se concretizou até o momento.

O papa Francisco fez um apelo nesta quarta-feira (8) por solidariedade internacional com Turquia e Síria, dois dias após o terremoto devastador que provocou mais de 11.200 mortes.

"Encorajo todos a se solidarizarem com estes territórios, alguns deles já martirizados por uma longa guerra", disse o pontífice ao final da audiência geral.

Francisco também pediu orações para os integrantes das equipes de emergência, que enfrentam condições meteorológicas adversas e rodovias com graves danos.

"Oremos juntos para que estes irmãos e irmãs possam avançar diante da tragédia", afirmou.

"Meus pensamentos estão voltados neste momento para as populações da Turquia e da Síria, muito afetadas pelo terremoto que provocou milhares de mortos e feridos", acrescentou.

"Com emoção eu rezo por eles e expresso minha proximidade com estas populações, com as famílias das vítimas e todos os que sofrem com esta calamidade devastadora".

O pontífice também pediu que a comunidade internacional não esqueça o "sofrimento do povo ucraniano, tão martirizado por este frio, sem luz, sem calefação e em guerra".

Na segunda-feira, o líder da Igreja Católica expressou condolências à Turquia e Síria, ao mesmo tempo que expressou "profunda tristeza" com as consequências do terremoto de 7,8 graus de magnitude.

As equipes de emergência na Turquia e Síria enfrentam horas "cruciais" nesta quarta-feira para encontrar sobreviventes entre os escombros.

O papa Francisco viaja nesta sexta-feira (3) da República Democrática do Congo (RDC), após uma visita marcada pelos apelos à paz, para o Sudão do Sul, outro país africano muito afetado pela violência.

Em Kinshasa, capital do país com o maior número de católicos na África, o pontífice argentino condenou o conflito no leste da RDC, pediu aos governantes que lutem contra a corrupção e fez um apelo aos jovens para que se envolvam no futuro da nação.

Antes do fim da visita ao país, Francisco fará um discurso para os bispos.

Em seguida ele fará uma "peregrinação da paz" no Sudão do Sul, país mais jovem do mundo (conquistou a independência em 2011), de maioria cristã, que está entre os mais pobres do planeta e sofre com a devastação provocada por uma guerra civil.

Em Juba, o papa, de 86 anos, será acompanhado pelos líderes das Igrejas da Inglaterra e da Escócia, representantes das outras duas confissões cristãs deste país de 12 milhões de habitantes.

Os três líderes religiosos se envolveram pessoalmente no processo de paz - os dirigentes políticos, no entanto, ignoraram os apelos à reconciliação.

Depois de décadas de luta com o Sudão, e dois anos após sua independência, o país iniciou em 2013 uma guerra civil de cinco entre os grupos de Salva Kiir (atual presidente do país) e Riek Mashar (atual primeiro vice-presidente).

Quase 380.000 pessoas morreram no conflito, que deixou milhões de deslocados e uma economia em ruínas.

Apesar do acordo de paz de 2018, a violência prossegue, estimulada pelas elites políticas.

A Igreja preenche um vazio em áreas sem serviços governamentais e onde os trabalhadores humanitários são vítimas frequentes de ataques violentos.

Em 2019, Francisco recebeu os dois inimigos no Vaticano, se ajoelhou e suplicou pela paz.

O pontífice deve chegar ao país às 15H00 (10 de Brasília) e fará uma visita de cortesia ao presidente e aos vice-presidentes. Também fará um discurso no palácio presidencial.

No sábado, ele se reunirá com religiosos católicos e deslocados internos para uma oração ecumênica. No domingo celebrará uma missa.

Centenas de pessoas viajaram a Juba de outras partes do país.

Quase 60 jovens caminharam 400 quilômetros até a capital para divulgar uma mensagem de unidade, em um país com mais de 60 grupos étnicos.

Quase 5.000 policiais e soldados foram mobilizados para a visita e esta sexta-feira foi declarado feriado nacional.

Até o momento a viagem do papa foi marcada pelo apelo de Francisco pelo fim das "cruéis atrocidades" no leste da República Democrática do Congo, assim como da corrupção.

Na terça-feira, primeiro dia da visita, ele criticou o "colonialismo econômico", que impede a RDC "de "aproveitar de modo suficiente de seus imensos recursos naturais".

Esta é 40ª viagem internacional de Francisco desde que foi eleito papa em 2013 e a terceira para a África subsaariana.

O papa Francisco viajou nesta terça-feira (31) para a a República Democrática do Congo (RDC) para uma visita de quatro dias, a primeira etapa de sua quinta viagem ao continente africano, que também o levará ao Sudão do Sul.

O avião com o pontífice decolou de Roma às 8h28 (4h28 de Brasília) e deve pousar às 15h00 (11h00 de Brasília) no aeroporto de Kinshasa, a capital do maior país católico do continente.

Inicialmente prevista para julho de 2022, a visita foi adiada devido às dores no joelho que afetam Francisco, 86 anos, que utiliza uma cadeira de rodas em seus deslocamentos, assim como pelos problemas de segurança em Goma, nordeste do país, etapa da viagem que foi cancelada.

Em sua 40º viagem internacional, o pontífice argentino pretende levar uma mensagem de paz e reconciliação ao país abalado pela violência e miséria.

- Contra a violência e a exploração -

Na RDC, que tem quase 100 milhões de habitantes, o papa deve abordar os confrontos armados e a exploração que este país rico em recursos naturais enfrenta, mas com uma população empobrecida - dois terços vivem com menos de 2,15 dólares por dia -, como o próprio Francisco antecipou no domingo.

O país africano enfrenta há vários meses o ressurgimento do grupo armado M23, que conquistou amplas faixas do território de Kivu do Norte, província na fronteira com Ruanda, que o governo da RDC acusa de interferência.

A visita papal acontece duas semanas depois de um ataque mortal reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) em uma igreja pentecostal em Kivu do Norte.

Anteriormente conhecido como Zaire, com riquezas como cobre, cobalto, ouro, diamantes, urânio, coltan e estanho, a RDC tem uma história marcada pelo colonialismo, escravidão e abusos.

Também é a terra de Patrice Lumumba, líder anticolonialista africano, que foi o primeiro-ministro do Congo independente em 1960, derrubado e assassinado.

- Vigília e grande missa -

O líder da Igreja Católica será recebido com uma cerimônia oficial no aeroporto e depois percorrerá, no papamóvel, as ruas que seguem até o Palácio da Nação, onde participará em uma recepção com o presidente Félix Tshisekedi.

Ele pronunciará o primeiro discurso diante das autoridades, do corpo diplomático e de representantes da sociedade civil.

"Será a oportunidade para enviar uma mensagem forte aos políticos e abordar o tema da corrupção", afirmou Samuel Pommeret, da ONG CCFD Terre Solidaire, em referência a um dos grandes males do país.

Durante a noite, dezenas de milhares de pessoas devem participar em uma vigília de oração no aeroporto N'dolo de Kinshasa, onde passarão a noite, antes de uma grande missa na quarta-feira, com a previsão de mais de um milhão de fiéis.

Francisco também se reunirá com vítimas da violência, deslocados, membros do clero e representantes de instituições de caridade.

Com 52 milhões de católicos, a ex-colônia belga representa o futuro para o catolicismo, que está perdendo fiéis na Europa e na América Latina.

O papa viajará na sexta-feira para Juba, capital do Sudão do Sul, o país mais jovem do mundo e um dos mais pobres do planeta, onde permanecerá até 5 de fevereiro.

O papa Francisco aceitou a renúncia do cardeal canadense Marc Ouellet, prefeito do Dicastério (ministério) para os Bispos e presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina, por ter atingido o limite de idade para a aposentadoria – informou o Vaticano, nesta segunda-feira (30).

O influente cardeal, de 78 anos, que por uma década foi responsável pelos bispos de todo o mundo, será substituído pelo monsenhor americano Robert Francis Prevost, atual bispo de Chiclayo (Peru), que toma posse em abril.

Prevost também terá a responsabilidade de presidir a Comissão para a América Latina, órgão da Santa Sé para a região.

A saída do influente cardeal canadense ocorre depois que ele foi acusado, em agosto passado, de toques inadequados em uma bolsista entre 2008 e 2010, quando era arcebispo de Québec.

Ouellet, que ocupou um dos cargos mais importantes do governo do Vaticano, "negou categoricamente" essas acusações, as quais qualificou de "difamatórias", e anunciou que estava disposto a participar de um julgamento para provar "sua inocência".

À época, o papa Francisco considerou que “os elementos eram insuficientes para abrir uma investigação canônica”, e o cardeal permaneceu no cargo.

Nesta segunda-feira, porém, a diocese de Québec confirmou à AFP a existência de uma segunda denúncia contra o cardeal, apresentada por uma mulher em 2020. A acusação foi revelada há apenas duas semanas pelo semanário Golias.

O cardeal canadense foi considerado um dos maiores críticos internos do papa Francisco, foi contra a ordenação de mulheres ao sacerdócio e sempre promoveu as posições mais conservadoras da Igreja Católica sobre casamento homoafetivo, aborto e outras questões sensíveis.

Marc Ouellet foi citado entre os favoritos no último conclave de 2013, no qual o então cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio foi eleito papa.

O papa Francisco criticou neste domingo o aumento da violência no Oriente Médio e pediu às duas partes partes do conflito palestino-israelense que iniciem uma "busca sincera da paz".

"A espiral da morte que aumenta dia a dia não faz mais do que apagar os poucos vislumbres de confiança que existem entre os dois povos", disse o pontífice após sua tradicional oração do Ângelus na Praça de São Pedro.

Ele citou o ataque do exército israelense na quinta-feira contra um campo de refugiados palestinos na Cisjordânia, no qual morreram 10 pessoas, e o atentado executado na sexta-feira por um palestino diante de uma sinagoga em Jerusalém, que deixou sete mortos.

"Desde o início do ano, dezenas de palestinos morreram em confrontos com o exército israelense", acrescentou.

O papa Francisco pediu "aos dois governos e à comunidade internacional que encontrem sem demora outros caminhos, incluindo o diálogo e a busca sincera da paz".

O papa Francisco embarca em sua quinta viagem à África na terça-feira (31), durante a qual visitará a República Democrática do Congo e o Sudão do Sul, para pedir o fim da violência nesses dois países devastados por conflitos.

Apesar dos problemas no joelho que o obrigam a usar uma cadeira de rodas, o pontífice argentino de 86 anos realiza sua 40ª viagem ao exterior de 31 de janeiro a 5 de fevereiro.

Francisco visitará as capitais, Kinshasa, de 31 de janeiro a 3 de fevereiro, e Juba, até 5 de fevereiro, segundo o programa divulgado pelo Vaticano.

Essa viagem é considerada difícil por problemas de segurança e foi adiada em julho por dores no joelho de Francisco que o impediam de andar.

O Vaticano descartou uma visita inicialmente prevista a Goma, uma das cidades da RDC para onde os hutus ruandeses fugiram durante o genocídio de 1994.

"Não há nenhuma ameaça específica ao pontífice", enfatizou seu porta-voz, Matteo Bruni.

No total, o papa fará 12 discursos e se reunirá com vítimas de violência, deslocados, membros do clero e representantes de instituições de caridade. Entre os temas que o pontífice argentino abordará estão o aquecimento global e o desmatamento, além dos problemas sociais e de saúde sofridos por esses países, ricos em recursos naturais, especialmente minerais e ouro, mas assolados pela miséria.

Nos dois países africanos, o papa defenderá, sobretudo, a paz e discursará contra os "senhores da guerra", que dominam vastos territórios do Sudão do Sul.

Em seus discursos, ele convidará a não esquecer as vítimas de todas as guerras africanas e que fazem parte dessa "guerra mundial em pedaços" que ele denuncia desde o início de seu pontificado, em 2013.

Em Kinshasa, a capital do país mais católico da África, onde a Igreja Católica desempenha um papel fundamental, são esperados mais de um milhão de fiéis para assistir à missa, uma das maiores do papado.

No Sudão do Sul, independente desde 2011, o papa se juntará ao arcebispo de Canterbury, Justin Welby, e ao moderador da Igreja da Escócia, Jim Wallace, para o que ele chamou de "uma peregrinação ecumênica da paz".

O país enfrenta uma crise humanitária catastrófica causada por quatro anos de guerra civil. Metade de sua população (11 milhões) sofre de fome extrema e precisa de ajuda urgente, segundo dados do Banco Mundial.

Apesar de um acordo de paz assinado em 2018, as disputas entre facções rivais persistem, e a violência reina.

O papa Francisco declarou nesta terça-feira (25) que ser homossexual não é um crime e classificou as leis que criminalizam a homossexualidade como "injustas".

    "Ser homossexual não é crime, mas é pecado", declarou o Pontífice em entrevista à Associated Press nesta terça-feira (25).

O religioso disse ainda que Deus ama todos os seus filhos como eles são e pediu aos bispos católicos que recebam as pessoas da comunidade LGBTQIA+ na Igreja.

    Na conversa, Francisco lembrou que é preciso fazer a distinção entre pecado e crime, reforçando que "também é pecado faltar à caridade uns com os outros", e reconheceu que os bispos apoiam as leis que criminalizam a homossexualidade ou discriminam a população LGBTQIA+.

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Segundo o argentino, este tipo de atitude, no entanto, está relacionada às origens culturais, o que faz com que os bispos precisem passar por um processo de mudança para reconhecer a dignidade de todos os cidadãos.

"Estes bispos devem passar por um processo de conversão", disse Jorge Bergoglio, acrescentando que os religiosos devem usar "ternura, por favor, como Deus tem por cada um de nós".

De acordo com a publicação, pelo menos 67 países ou jurisdições em todo o mundo criminalizam a atividade sexual consensual entre pessoas do mesmo sexo. Destas, 11 podem ou impõem a pena de morte, conforme a The Human Dignity Trust, responsável por lutar contra esse tipo de legislação.

Para o Papa, essas leis são "injustas" e, portanto, a Igreja pode e deve lutar para acabar com elas.

Citando o Catecismo da Igreja Católica, ele ressaltou que os homossexuais devem ser bem-vindos e respeitados, e não devem ser marginalizados ou discriminados.

"Somos todos filhos de Deus, e Deus nos ama como somos e pela força que cada um de nós luta pela nossa dignidade", enfatizou Francisco à AP.

No último dia 20 de janeiro, o Santo Padre já havia dado outro sinal de abertura a homossexuais na Igreja Católica ao afirmar que "Deus não renega nenhum de seus filhos".

A Igreja Católica ensina que a homossexualidade é um pecado, mas Bergoglio implantou uma postura mais aberta ao longo de seu pontificado. Entretanto, essa postura já lhe rendeu até acusações de heresia por parte dos bispos ultraconservadores.

Saúde e Bento XVI - Durante a entrevista, o Papa falou sobre seu estado de saúde, a morte de Bento XVI, no último dia 31 de dezembro, e explicou que não cogitou emitir normas para regular futuras renúncias papais.

"Estou bem de saúde. Para a minha idade, sou normal", afirmou o Pontífice, de 86 anos, que revelou que a "diverticulose - protuberâncias na parede intestinal - voltou".

O Pontífice também revelou que sofreu uma pequena fratura óssea no joelho devido a uma queda e que ela cicatrizou sem cirurgia após laser e terapia magnética. " "Posso morrer amanhã, mas está tudo sob controle. Estou bem de saúde", acrescentou ele com seu habitual senso de humor.

Já sobre Bento XVI, Francisco elogiou o papa emérito como um "cavalheiro". "Perdi um pai". "Para mim, ele era um segurança.

Diante de uma dúvida, eu pedia o carro e ia ao mosteiro e perguntava", contou o religioso sobre suas visitas à casa de Joseph Ratzinger para obter aconselhamentos.

Da Ansa

O Papa Francisco pediu, neste domingo (22), para rezar pelo fim dos "atos de violência no Peru", que vive uma profunda crise política devido aos protestos contra o governo, que já deixaram 46 mortos.

"Peço-lhes que rezem para que cessem os atos de violência no Peru", disse o pontífice, após a oração do Angelus na Praça de São Pedro, em no Vaticano.

"Me uno aos bispos peruanos para dizer: 'Não à violência, venha ela de onde vier, chega de mortes'", afirmou o Papa, pronunciando a última parte em espanhol.

A onda de protestos para exigir a renúncia da presidente peruana, Dina Boluarte, começou no início de dezembro e já deixou 46 mortos, obrigando o governo a impor estado de emergência em algumas regiões.

Os distúrbios tiveram início após após a destituição e detenção do presidente de esquerda Pedro Castillo, em 7 de dezembro. Ele foi acusado de tentar um golpe de Estado, ao querer dissolver o Congresso, controlado pela direita, que estava a ponto de destituí-lo do poder por suspeita de corrupção.

"Encorajo todas as partes envolvidas a embarcar no caminho do diálogo entre irmãos da mesma nação, no pleno respeito pelos direitos humanos e pelo Estado de direito", disse o papa.

O papa Francisco voltou a dar um sinal de abertura a homossexuais na Igreja Católica e afirmou que "Deus não renega nenhum de seus filhos".

A declaração está no livro "La paura come dono" ("O medo como presente", em tradução literal), que chega à livrarias italianas na semana que vem e traz diálogos do pontífice com o psicólogo Salvo Noé.

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"Deus é pai e não renega nenhum de seus filhos. O estilo de Deus é proximidade, misericórdia e ternura, e não julgamento e marginalização. Deus se aproxima com amor de todos os seus filhos. Seu coração está aberto a todos. O amor não divide, mas une", diz o Papa ao falar sobre homossexuais.

A Igreja Católica ensina que a homossexualidade é um pecado, mas Francisco implantou uma postura mais aberta ao longo de seu pontificado, o que já lhe rendeu até acusações de heresia por parte de bispos ultraconservadores.

Ao mesmo tempo, no entanto, Jorge Bergoglio declarou uma vez que a "homossexualidade parece estar na moda", enquanto o Vaticano fez pressão para o Parlamento da Itália engavetar um projeto de lei que criminalizava a homofobia e a transfobia.

Da Ansa

O papa Francisco expressou nesta segunda-feira (9) preocupação com os episódios de violência praticados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Brasília no último domingo (8).

"Penso nas várias crises políticas em diversos países do continente americano, com sua carga de tensão e formas de violência que agravam os conflitos sociais", disse o líder da Igreja Católica em um discurso para o corpo diplomático no Vaticano.

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"Penso especialmente no que aconteceu recentemente no Peru e, nas últimas horas, no Brasil, e na preocupante situação no Haiti", acrescentou.

No mesmo discurso, o pontífice expressou sua preocupação com o "enfraquecimento da democracia" em muitas partes do mundo. "Em várias áreas, um sinal de enfraquecimento da democracia é dado pelas crescentes polarizações políticas e sociais, que não ajudam a resolver os problemas urgentes dos cidadãos", afirmou.

Na noite anterior, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) já havia se dito "perplexa" com os "atos antidemocráticos" em Brasília, definindo como "vândalos" os bolsonaristas que invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto.

"A presidência da CNBB pede serenidade, paz e o imediato cessar dos ataques criminosos ao Estado Democrático de Direito", declarou a entidade episcopal, acrescentando que os organizadores da insurreição devem ser "responsabilizados com os rigores da lei". 

Da Ansa

Centenas de fiéis fazem fila nesta terça-feira (3) para o segundo dia de velório público do papa emérito Bento XVI, morto no último dia 31 de dezembro, aos 95 anos de idade.

A despedida acontece na Basílica de São Pedro, no Vaticano, até esta quarta (4), sempre das 7h às 19h (horário local). Já o funeral será celebrado na quinta-feira (5) pelo papa Francisco, que se tornará o primeiro pontífice na história a presidir o rito fúnebre de um antecessor.

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O primeiro dia de velório público de Joseph Ratzinger, na última segunda (2), reuniu cerca de 65 mil pessoas, de acordo com o Vaticano. Já nesta terça, começaram a chegar em Roma as primeiras delegações e personalidades estrangeiras, como o líder da Igreja Católica Siríaca, Inácio José III Younan.

"Sempre tive a convicção de que Bento XVI era um verdadeiro homem de Deus, um exemplo para todos que foram chamados a seguir Jesus", disse o patriarca.

Bento XVI morreu no último dia de 2022, após uma piora em seu estado de saúde no período de Natal, quando ele começou a apresentar problemas respiratórios.

Nascido na pequena cidade de Marktl am Inn, no estado alemão da Baviera, em 16 de abril de 1927, Ratzinger governou a Igreja Católica entre 2005 e 2013, quando se tornou o primeiro papa a renunciar em quase 600 anos.

Da Ansa

O papa Francisco inaugurou o ano de 2023, neste domingo (1º), com uma homenagem ao “amado” pontífice emérito Bento XVI, falecido na véspera (31), cujo funeral será presidido pelo argentino na próxima quinta-feira (5), no Vaticano.

"Hoje confiamos à Santíssima Madre o amado papa emérito Bento XVI para que o acompanhe em sua passagem deste mundo para Deus", disse o papa durante a missa solene do primeiro dia do ano na Basílica de São Pedro.

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"Nos unimos todos juntos, com um só coração e uma só alma, para dar graças a Deus pelo dom deste fiel servidor do Evangelho e da Igreja", afirmou o pontífice argentino da janela do palácio apostólico ao meio-dia (horário local), por ocasião do Ângelus dominical.

A multidão reunida na Praça de São Pedro, incluindo vários representantes de países em guerra com suas bandeiras, aplaudiu as palavras de Francisco, que depois fez um minuto de silêncio.

"Bento XVI foi uma grande pessoa, muito simples e humilde", disse à AFP a professora italiana Paola Filippa, de 58 anos.

Ontem, Francisco fez uma comovente homenagem a seu antecessor, o alemão Joseph Ratzinger, primeiro papa a renunciar na história moderna.

O brilhante teólogo e ferrenho guardião do dogma morreu no sábado, aos 95 anos, após vários dias de agonia no mosteiro dentro do Vaticano, onde residia desde sua renúncia, em 2013

"Com emoção, recordamos com emoção uma pessoa tão nobre e bondosa", disse Francisco durante as orações de Ano Novo na Basílica de São Pedro, evento depois do qual agradeceu ao pontífice emérito "por todo bem que fez".

"Apenas Deus conhece o valor e a força de seus sacrifícios oferecidos pelo bem da Igreja", afirmou, em suas primeiras palavras públicas sobre a morte de Bento XVI.

- Um funeral inédito -

Será a primeira vez na história milenar da Igreja Católica que um papa em exercício enterrará outro papa. Dezenas de milhares de pessoas são esperadas, incluindo chefes de estado e líderes de outras religiões, ao funeral do 265º papa da história.

A cerimônia começará às 5h30 (horário de Brasília) e será sóbria, conforme desejo de Bento XVI.

Com esse ato, encerra-se também encerrará a saga dos "dois papas", que conviveram por quase uma década no menor Estado do mundo.

Será "uma cerimônia simples", disse o diretor da assessoria de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni.

A partir de segunda-feira (2), os fiéis poderão velar o corpo de Joseph Ratzinger na capela que será aberta na Basílica de São Pedro.

Ontem, muitos católicos presentes no Vaticano expressaram sua tristeza pela morte do pontífice alemão, que representava uma visão conservadora da Igreja, menos sensível aos conflitos e problemas dos mais pobres do mundo.

"É uma dor muito grande. Era uma pessoa muito reservada, mas percebemos sua profundidade, e ele fez muito pela Igreja", disse Milo Cecchetto, um romano presente na praça.

Em seu testamento espiritual, escrito em 2006 e divulgado no sábado, Bento XVI pediu "perdão de coração" a todos aqueles a quem possa ter ofendido em sua vida. Também agradeceu aos seus pais por terem-lhe dado a vida "em uma época difícil", na Alemanha em 1927, que caminhava para o nazismo.

- Nova etapa -

Sua morte provocou reações em todo mundo, desde o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, aos presidentes de Estados Unidos, França e Rússia, que enviaram mensagens de pêsames.

O falecimento de Bento XVI também abre uma nova etapa para o pontificado de Francisco, de 86 anos, que confessou, em várias ocasiões, que não descarta renunciar, se ficar incapacitado. Uma opção impossível com dois papas no Vaticano, um emérito e outro reinante. Três pontífices seriam impensáveis até para os mais anticlericais.

Para muitos observadores e apoiadores do Vaticano, Francisco está empenhado em fazer uma série de reformas internas e não pensa em abdicar por enquanto. E poderia, inclusive, estabelecer normas para os papas eméritos, após o precedente estabelecido por Bento XVI, o primeiro a renunciar em seis séculos de história.

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