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O futuro governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já deve começar com um marco, o maior número de mulheres no comando dos ministérios. Ao finalizar a composição do primeiro escalão, Lula anunciou 11 ministras para a sua gestão que iniciará no próximo domingo (1º). 

“Eu estou feliz porque, nunca antes na história do Brasil, teve tantas mulheres ministras. Nunca antes. E estou feliz porque nunca antes na história do Brasil, tivemos uma indígena ministra dos Povos Indígenas", afirmou o petista, nesta quinta-feira (29), ao listar quem estaria em cada pasta.

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Lula ainda adiantou que vai indicar uma mulher para comandar o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Ele não divulgou os nomes.

Veja quem serão as ministras:

Simone Tebet - ministra do Planejamento e Orçamento;

Marina Silva - ministra do Meio Ambiente;

Margareth Menezes - ministra da Cultura;

Anielle Franco - ministra da Igualdade Racial;

Ana Moser - ministra do Esporte;

Daniela do Waguinho - ministra do Turismo;

Cida Gonçalves - ministra das Mulheres;

Esther Dweck -  ministra da Gestão;

Sônia Guajajara - ministra dos Povos Indígenas;

Nísia Trindade - ministra da Saúde;

Luciana Santos - Ciência e Tecnologia.

Segundo dados do G1, desde a redemocratização até agora o país teve 38 ministras. O maior número simultâneo aconteceu na gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), quando 10 mulheres comandavam a gestão das áreas temáticas. O governo de Jair Bolsonaro teve quatro ministras. 

No Congresso Nacional, às 12h25 do dia 15 de janeiro de 1985, quando foi anunciado o resultado da eleição indireta para a Presidência da República, a multidão reunida na Esplanada dos Ministérios festejou. Celebrava-se a eleição do político mineiro Tancredo Neves e, mais do que isso, o fim do ciclo dos governos militares. Após 21 anos, a escolha de um civil para o cargo, mesmo que por meio de eleições indiretas, significava a retomada da supremacia civil nos destinos da República.

Às vésperas do aniversário de 30 anos daquela festa, que ocorre na quinta-feira, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), diz que ela marcou o "reencontro do Brasil com a democracia". Ainda segundo o senador, que na época tinha 25 anos e era secretário particular de Tancredo, seu avô, foi o momento culminante da "mais bem-sucedida construção política da história contemporânea" (mais informações nesta página).

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A candidatura de Tancredo começou a ser tecida após a derrota no Congresso, no dia 24 de abril de 1984, da emenda do deputado Dante de Oliveira (PMDB-GO) que propunha eleições diretas. Político experiente, conhecido sobretudo pela sua capacidade de conciliação, o então governador de Minas iria enfrentar no Colégio Eleitoral o ex-governador de São Paulo e deputado federal Paulo Maluf, do PDS, o partido que dava sustentação política ao regime.

Mesmo sem o apoio de parte da oposição, incluindo o PT e setores do PMDB, Tancredo costurou uma ampla aliança. Foi decisivo o surgimento de uma dissidência no PDS, capitaneada pelos ex-governadores José Sarney, do Maranhão, e Aureliano Chaves, de Minas. Em troca desse apoio, Sarney foi escolhido para o cargo de vice.

Tancredo teve 480 votos, contra 180 dados a Maluf, que saiu do plenário sob gritos de "fora corrupto". O mineiro não assumiria, no entanto, a Presidência. Internado na véspera da posse para uma cirurgia, nunca se recuperou. Morreu no dia 21 de abril. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito Geraldo Julio (PSB) enalteceu, mais uma vez, o ex-governador e presidenciável Eduardo Campos (PSB), durante evento político da Frente Popular, na última segunda-feira (7), no Recife. De acordo com o gestor, o líder do PSB é o político mais capacitado a assumir o cargo de presidente da República desde a época de redemocratização, que aconteceu no ano de 1985. Nesse período, até o ano de 2014, o Brasil teve como presidentes José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff - Tancredo Neves chegou a ser eleito, em 1985, mas faleceu antes de tomar posse do cargo.

“Se a gente não enfrentar esse velho modelo no Brasil, a gente vai ter dificuldade. Eduardo Campos é o quadro político desse país, mais preparado para assumir a Presidência da República, desde a redemocratização”, disse o pessebista.

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De acordo com Geraldo, diferentemente das últimas gestões, seu governo conseguiu vários avanços no município. “Tínhamos que encontrar um caminho para não ir para o abismo. (...) O que fizemos na saúde em um ano, corresponde o que se fez na saúde em seis anos (no Recife). Hoje o recife tem quem tome conta”, relatou. 

A Câmara dos Deputados elaborou uma página especial na internet em memória aos 30 anos das Diretas Já. A plataforma traz inúmeras informações sobre o período histórico da reivindicação da democracia no País a partir de 1982,e pode ser acessada através do portal da Casa Legislativa.

Ilustrada em quadrinhos e com tons neutros, a primeira página do especial conta a história do movimento ‘Diretas Já’ no Brasil e detalhe o clamor da sociedade pela redemocratização. 

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Em outras abas é possível visualizar depoimentos de pessoas que participaram da mobilização ou que se posicionaram a respeito da eleição direta como a cantora Fafá de Belém, o ex-ministro da Justiça, Fernando Lyra, o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire, o presidente da Câmara dos Deputados, deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB), entre outros. Além disso, fotos e reportagens também podem ser acessadas no endereço eletrônico. 

Para comemorar o início da campanha que apressou o fim da ditadura militar, o Senado realiza nesta segunda-feira (24), sessão especial, às 11h, no Plenário. A homenagem foi proposta pelo senador Alvaro Dias (PSDB-PR), que recorda sua participação naquele movimento. “Convocado por Ulysses Guimarães, fui o responsável pela organização desse comício, que deu a largada para a mais fascinante mobilização popular da nossa história. É um momento da história política do país que não pode ser esquecido”, afirmou o senador, em publicação no seu site pessoal.

Em 1983, o Brasil estava há 19 anos sob ditadura militar. Não ia às urnas para escolher o presidente da República desde 1960, quando elegeu Jânio Quadros. Uma geração inteira, portanto, ignorava, na prática, a democracia. Em março daquele ano, o deputado Dante de Oliveira, do PMDB de Mato Grosso, tomou uma atitude corriqueira na atividade parlamentar, mas que mudaria para sempre a história do país: apresentou proposta de emenda à Constituição com o objetivo de restabelecer as eleições diretas para a Presidência da República, a serem realizadas em dezembro do ano seguinte.

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Na esteira da proposta, o PMDB lançou a campanha das Diretas Já, que aos poucos tomou conta de ruas e praças públicas. O primeiro grande evento foi registrado em 12 de janeiro de 1984, em Curitiba (PR), quando cerca de 50 mil pessoas ocuparam o espaço conhecido como Boca Maldita, no centro da capital paranaense. Outros sete comícios de menor expressão haviam sido organizados antes desse, começando no dia 31 de março na cidade pernambucana de Abreu e Lima. Dois meses e meio depois, 5 mil pessoas se juntariam com o mesmo fim na Praça Cívica, em Goiânia. No dia 27 de novembro, em São Paulo, aproximadamente 15 mil pessoas ocuparam a Praça Charles Miller.

Depois de Curitiba, a campanha pelas Diretas seguiu em escala crescente, chegando a reunir multidão estimada em 1 milhão de pessoas no Comício da Candelária, em 10 de abril de 1984, na cidade do Rio de Janeiro. Seis dias depois, 1,5 milhão se reuniriam no centro de São Paulo, ocupando a Praça da Sé e seus arredores.

Apesar desse expressivo apoio popular, a emenda caiu. Em sessão conjunta do Congresso Nacional, iniciada no dia 25 de abril de 1984, e só concluída na madrugada do dia seguinte, foram registrados, na Câmara dos Deputados, 298 votos a favor, 65 contra e três abstenções, num total de 366 presenças. Mesmo com os 55 votos favoráveis assinalados por dissidentes do PDS, o partido governista, faltaram 22 votos 'sim' para que a emenda alcançasse  o quorum de 320  votos (2/3) exigidos na Câmara. Dos 479 deputados,113 não compareceram. Em razão disso, o presidente da sessão, senador Moacyr Dalla, declarou a emenda rejeitada e anunciou que a matéria deixaria de ser submetida ao voto dos senadores.

A tão almejada eleição direta para presidente da República só se efetivaria em 1989, já superado o trauma da morte de Tancredo Neves, o presidente eleito indiretamente pelo colégio eleitoral em 15 de janeiro de 1985. Sob a égide da Constituição Cidadã, promulgada em 15 de outubro de 1988, o pleito de 1989 contou com 22 candidatos. No segundo turno, Fernando Collor, na época filiado ao PRN, foi eleito com mais de 35 milhões de votos, derrotando o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva.

*Com informações da Agência Senado

O senador e ex-presidente do Brasil, Fernando Collor (PTB), divulgou uma foto dele com a presidente Dilma Rousseff (PT), e os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB), José Sarney (PMDB) e Lula (PT). O registro histórico aconteceu no último dia 9, quando os líderes políticos seguiam para a cerimônia do funeral do ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, em Joanesburgo. 

"Na aeronave presidencial, Dilma posa ao lado dos ex-presidentes Collor, Lula, FHC e Sarney, além do ministro Renato Mosca, chefe do Cerimonial da Presidência da República. A histórica representação oficial do Brasil nas últimas homenagens prestadas ao líder Nelson Mandela, em Joanesburgo, na África do Sul", disse o senador em seu facebook, nessa terça-feira (17) ao publicar a imagem.

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Os cinco presidentes são os protagonistas ainda vivos da redemocratização brasileira, que acorreu após o fim do Regime Militar, em 1985 com a saída de João Figueiredo do governo. O primeiro chefe do Executivo Nacional, eleito após a ditadura, foi Tancredo Neves, que não chegou a assumir a direção do Brasil, morrendo às vésperas da posse. 

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