Na noite desta segunda-feira (20), uma "vigília" foi montada próxima ao Palácio Campo das Princesas, no Recife para cobrar respostas do governador Paulo Câmara ao pedido de deputadas psolistas do Juntas, e de movimentos sociais, para a aplicação da renda básica emergencial para famílias em situação de extrema pobreza.
Segundo as deputadas Joelma Carla e Jô Cavalcanti do PSOL, há mais de um ano um pedido com um plano orçamentário anexado foi apresentado ao governo do estado para atender cerca de 70 mil famílias, com valor de 350 reais por seis meses, mas ainda não houve resposta. Ela ainda frisou que no projeto apresentado ela mostrou que existe dinheiro para colocar em prática.
##RECOMENDA##“A gente fez a entrega ao governo do estado, dialogou também com a secretaria Sileno Guedes (secretária estadual de desenvolvimento social), e a gente não obteve uma solução do que eles iriam fazer (...) estamos cobrando juntos para que esse movimento saia do papel”, disse Joelma que apontou para a gravidade da situação de algumas famílias. “Tem gente que não tem o que comer de manhã e na janta”.
Jô Cavalcanti ainda cobrou Paulo Câmara para que olhasse mais para as questões sociais e para a população de rua e também falou sobre a piora da situação dessas pessoas com a pandemia: “Já existia a pobreza, mas a pandemia aprofundar mais nessa questão da população de rua e de quem está passando fome real dentro da periferia. A gente não pode fechar os olhos para isso”.
Além das deputadas, movimentos sociais e ongs, como a ONG Cristão Diaconia, participam do ato de vigília. Joselito Costa, representante do Diaconia, reforçou a importância da união e disse que não basta apenas ter fé para solucionar o problema.
“A fé sem uma ação prática não é nada. Nossa fé é movida por uma ação. Se a gente só esperar na fé que Deus vai colocar a mão e Paulo Câmara vai sancionar a lei do projeto isso não vai acontecer”, reforçou.