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Um estudo do grupo Covid-19 Analytics apontou que o Ceará conseguiu estabilizar a curva de contágio e é o único Estado que apresenta taxa abaixo de 1. A média de 0,92 foi alcançada através do lockdown, e significa que cada infectado transmite o novo coronavírus para menos de uma pessoa.

O levantamento leva em consideração indicativos como o registro de casos confirmados diariamente, o quantitativo de recuperações e os casos que seguem ativos. De acordo com o Ministério da Saúde, o Ceará soma cerca de 38 mil casos e já sofreu 2.733 óbitos em razão da pandemia.

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Os dados ainda apontam que o pico de transmissão ocorreu no dia 22 de abril, quando a taxa de contágio atingiu 3,01.  "A taxa está ligada diretamente a quantas pessoas cada doente infecta. O que a faz subir ou descer é a velocidade com que as pessoas se recuperam. Conforme os tratamentos forem avançando, o número desce; se os pacientes ficam doentes por mais tempo, podem infectar mais gente, e a taxa sobe", explica o pesquisador da Universidade da Califórnia e integrante do Covid-19 Analytics, Gabriel Vasconcelos, que prega cautela para reabertura de estabelecimentos.

"O número acabou de ficar abaixo de 1, quarta e quinta eles tendem a ser mais altos, então é preciso ficar de olho. A taxa pode voltar a crescer. Se a 'volta gradativa' for realmente gradativa, é uma coisa boa. Se a taxa voltar a subir, tem que voltar a fechar", acrescenta o pesquisador.

O gerente da Vigilância Epidemiológica de Fortaleza, Antônio Lima, acredita que a mitigação é reflexo da adoção de um isolamento mais rígido. "Modelos desenvolvidos pós-lockdown já mostravam que fim de maio e início de junho seriam de maior estabilidade. Sem isolamento rígido, o pico se estenderia até julho. Não funcionou às mil maravilhas, não é um lockdown europeu, numa comunidade carente é muito mais complexo, mas o isolamento que girou em torno de 60% em alguns dias é satisfatório", avaliou. O secretário de Saúde do Ceará, Dr. Cabeto, informou que os atendimentos na rede pública caíram 50%.

Nesta quinta-feira (28), foi confirmado pelo Governo do Estado a retomada gradual das atividades a partir do próxima segunda-feira (1º). Porém, as recomendações sanitárias serão mantidas para evitar uma nova onda de contaminações.

Os setores econômicos aprovaram a flexibilização da quarentena a partir do dia 1º de junho, mas fizeram cobranças para a retomada das atividades. Segundo os representantes ouvidos pelo Estadão, há detalhes que não foram esclarecidos.

O presidente da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping, Nabil Sahyon, reclama da restrição de quatro horas para o funcionamento dos estabelecimentos. Em outros Estados que liberaram a abertura dos shoppings, são oito horas.

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"Entendemos que é importante voltar a abertura para começarmos a respirar um pouco, porque os lojistas já estão muito prejudicados. Mas gostaríamos que mudasse a restrição do horário. É muito complicado abrir a loja e chamar o funcionário para atender por apenas quatro horas. Quanto mais tempo, menos aglomeração", disse Sahyon, que calcula prejuízo de R$ 26 bilhões nos 577 shoppings espalhados pelo Brasil.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo cobrava uma posição do governo para dar "um horizonte" aos empresários, de acordo com o assessor econômico da entidade, Altamiro Carvalho. "O prejuízo foi contundente em atividades varejistas e consequentemente em todo o setor econômico", afirmou Carvalho, que falou em perdas de R$ 45 bilhões.

A FecomercioSP conversa com o governo para haver medidas de amparos, como o processo burocrático rápido para a retomada e a postergação das obrigações tributárias. "É preciso dar fôlego aos comerciantes. Os que não quebraram vão estar muito fragilizados para retomar. Esperamos que haja sensibilidade", reforçou Carvalho.

O presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias, Luiz França, comemorou o fato de os stands de vendas de apartamentos poderem voltar a funcionar. Ele diz que o setor manteve 94% das obras em funcionamento na quarentena, com "normas sanitárias bastante rígidas". "Achamos que vai aparecer uma nova classe de comprador, que quer um conforto maior por passar mais tempo em casa." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A proposta de reabertura econômica anunciada ontem pelo governador João Doria (PSDB) autoriza o início do processo de flexibilização em 583 das 645 cidades do Estado. Ficaram de fora as regiões do Vale do Ribeira, da Baixada Santista e a Grande São Paulo - com exceção da capital -, que ainda devem continuar com restrição total.

Regiões como as de Ribeirão Preto, Campinas, São José do Rio Preto e Sorocaba estão autorizadas a iniciar a fase 2 de reabertura, que permite o funcionamento de atividades como imobiliárias, comércio e shopping centers com algumas restrições. Já a Grande São Paulo foi classificada em fase 1, em que apenas fica permitida a atividade industrial e a construção civil. O governo estadual vinha sofrendo pressão de prefeitos pela reabertura econômica, ao mesmo tempo em que o número de infectados e óbitos avança no interior.

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A proposta apresentada nesta quarta-feira desagradou até municípios que tiveram a primeira abertura autorizada. A prefeita de Sorocaba, Jaqueline Coutinho (sem partido), considerou injusta a colocação da cidade e vai pedir a passagem para a fase 3, que permite a abertura de bares e restaurantes e salões de beleza. Segundo ela, Sorocaba tem menos casos e mortes que todas as outras cidades com população entre 500 mil e 1 milhão de habitantes, à exceção de São José dos Campos.

"Faremos uma avaliação e, se os indicadores da saúde confirmarem o que acho, vamos pedir administrativamente e, se for o caso, recorrer à Justiça", disse. Com 828 casos e 41 mortes, a cidade de Sorocaba, com 679 mil habitantes, está na chamada fase 2 e, a partir de 1.º de junho, reabre 20% do comércio de rua, lojas de shoppings, imobiliárias e escritórios. O transporte coletivo terá a frota ampliada na mesma proporção.

A prefeita pretende mostrar que, embora a ocupação de leitos de UTI no sistema público esteja na faixa de 80%, em hospitais particulares, está em torno de 30%. "Sorocaba tem realidade diferente de outras cidades da região, mas fomos colocados na mesma seara."

De acordo com a gestora municipal, com o fechamento do comércio e serviços, a cidade perdeu, só em abril, R$ 42,3 milhões de arrecadação, uma redução de 33,6%. Em maio, a perda estimada passa de R$ 50 milhões. Já para o secretário municipal de saúde, Ademir Watanabe, a situação da pandemia está longe de ser tranquila. "O pior ainda está por vir."

Grande SP

A proposta de manter fechados os 39 municípios da Grande São Paulo, com exceção de capital, também foi alvo de críticas. O prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando (PSDB), argumenta que foi adotado um critério que beneficia a reabertura da capital, mesmo que os índices de sua cidade estejam melhores.

No caso da capital, a decisão de Prefeitura e governo do Estado de incluir a cidade de São Paulo na lista de municípios que poderiam começar a retomada se deu por pressão da gestão Bruno Covas (PSDB), uma vez que as subprefeituras vinham relatando dificuldade de manter as restrições vigentes. O diagnóstico da equipe foi que a restrição ao comércio não se sustentaria por mais uma semana, e que algo precisaria ser feito: ou um endurecimento das medidas, com apoio do Estado (o lockdown), ou um processo de abertura controlado. A palavra "desobediência civil" passou a circular no WhatsApp dos gestores, ao falarem da manutenção da quarentena atual.

Os técnicos da Prefeitura notaram dificuldade em adotar as medidas que haviam determinado anteriormente para tentar aumentar o isolamento social. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A aprovação está prevista para quinta-feira (28). Depois de superar um bom número de obstáculos e com a pandemia de coronavírus parcialmente recuando, o futebol italiano parece pronto para ser retomado, apesar de algumas vozes discordantes seguirem se manifestando.

"Um momento importante", resumiu nesta segunda Daniele Gastaldello, zagueiro e capitão do Brescia, na Rádio Rai, sobre o provável retorno em meados de junho da Serie A, paralisada desde 9 de março.

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Sua equipe, lanterna do campeonato, não tem nada a comemorar em uma péssima temporada, mas Brescia, na Lombardia, é uma das cidades onde o coronavírus causou mais mortes na Itália e Massimo Cellino, presidente do clube, se opõe há muito tempo à retomada do futebol.

Antes de votar a favor da retomada, assim como todos os outros presidentes, Cellino falou de "pura loucura" e disse que estava preparado para dispensar sua equipe se a temporada terminasse.

Urbano Cairo, presidente do Torino (15º), não foi tão longe, mas sua vontade era de suspender a Serie A permanentemente.

"Eu cedi diante da votação majoritária, mas estou perplexo com os jogadores, que correm o risco de se machucar, com o pouco tempo que haverá entre o final desta temporada e o início da próxima", disse ele na semana passada.

Zlatan Ibrahimovic, um dos astros do campeonato desde que voltou ao Milan no meio da temporada, se lesionou nesta segunda-feira (25), o que multiplicou o medo de uma praga de contusões depois de dois meses fora dos gramados. Este é um dos argumentos mais repetidos pelos céticos.

"Acho que é um caos. Se tivesse que falar apenas como técnico, preferiria que se parasse e se voltasse calmamente na próxima temporada. Haverá uma série interminável de jogos e não sei em que estado os jogadores estarão", disse o técnico da seleção italiana, Roberto Mancini.

- Plano B -

Muito contido desde o início, o influente presidente do comitê olímpico, Giovanni Malago, lembra agora que a pandemia ainda está presente e que o futebol deve pensar em um plano B em caso de suspensão definitiva, uma eleição feita por "14 ou 15 esportes coletivos".

O Sindicato de Jogadores (AIC) e os médicos estão defendendo seus interesses. A questão da redução dos salários ainda não foi resolvida em todos os clubes e a responsabilidade em caso de doença continua sendo um assunto complexo.

Damiano Tommasi, ex-meia da seleção italiana e atual presidente do sindicato dos jogadores (AIC), insiste na necessidade de obter quatro semanas completas de treinamentos coletivos e retomar a competição no dia 20 de junho em vez de dia 13, data estabelecida como referência pelas entidades que regem o futebol.

Mas, além dos argumentos técnicos, o que levanta muitas questões é como gerenciar uma atividade na qual a distância física é impossível de ser mantida. E isso em um país que registrou mais de 32.000 mortes desde o início da pandemia.

Em uma pesquisa publicada no dia 26 de abril pela agência AGI, dois em cada três italianos se opuseram à retomada do futebol. Mas, desde então, parece que a questão saiu do debate público.

- Petição -

No mundo das torcidas e em certos meios de comunicação, a oposição à retomada, ou pelo menos ao futebol de portões fechados devido ao vírus, continua em vigor.

"Mas o que é esse futebol? Uma Serie A que faz as pessoas rirem", disse Il Romanista, um jornal inteiramente dedicado à Roma, que é no entanto um dos clubes mais favoráveis ao retorno aos gramados.

Os principais jornais esportivos nacionais estão divididos entre o entusiasmo do Corriere dello Sport e a prudência da Gazzetta dello Sport, jornal do Norte, cujo dono é Urbano Cairo.

Entre os torcedores a unidade é mais explícita. De Brescia a Lecce, passando por Bérgamo, Nápoles, Roma e Turim, todos são unânimes dizendo não ao futebol sem 'tifosi'.

Uma petição de fãs está circulando online pedindo ao governo para não encerrar a temporada. Seus assinantes são um grupo de torcedores da Lazio, o segundo na classificação geral, a apenas um ponto da Juventus.

Com dois títulos italianos em 120 anos de história, o clube da capital não quer perder esta grande oportunidade de reconquistar a taça.

General Motors e Volkswagen retomaram na segunda-feira (18) a produção em uma fábrica de cada grupo. A GM reabriu um turno de trabalho na unidade de São Caetano do Sul, no ABC paulista. Já a Volkswagen retomou as atividades de sua filial de São José dos Pinhais, no Paraná, com dois turnos, mas operando em ritmo mais lento do que o normal.

Para voltar às atividades, ambas escolheram plantas que produzem modelos concorrentes no segmento de utilitários-esportivos, o setor de mercado que mais crescia em vendas antes da pandemia. A GM produz no ABC o Tracker - lançado em março, quando começou a quarentena -, enquanto a Volkswagen faz o T-Cross no Paraná.

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As outras fábricas da GM em São José dos Campos (SP), Gravataí (RS) e a unidade de motores em Joinville (SC) não têm prazo para reabrir as portas, embora as previsões são para junho. As unidades de automóveis da Volkswagen em São Bernardo do Campo e em Taubaté e a de motores em São Carlos, todas em São Paulo, tiveram a abertura postergada para o fim do mês.

A General Motors informou ter desenvolvido um protocolo de segurança para manter o novo coronavírus fora de suas instalações. No caso da Volkswagen, a empresa afirmou que adotou medidas de higiene e segurança baseadas nas experiências das fábricas do grupo instaladas na China e na Alemanha.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de quase dois meses de celebrações sem povo, por causa da Covid-19, a Igreja Católica começa a retomar as missas com a presença de fiéis. Uma decisão do arcebispo de Goiânia, d. Washington Cruz, que só foi divulgada na segunda-feira (11), permitiu que as missas fossem celebradas já no último domingo (10) com lotação parcial das igrejas, condicionada às medidas para reduzir o risco à população e aos padres. As novas regras levam em consideração decreto do governo de Goiás liberando o funcionamento de igrejas e templos. A Arquidiocese de Florianópolis também retomou as missas.

Desde o início da pandemia, mesmo com as atividades presenciais suspensas, um bispo, cinco sacerdotes e duas freiras que atuavam em paróquias de todo o País morreram com a Covid-19. Houve ainda, vários casos de hospitalização. Por recomendação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), as missas e celebrações presenciais foram suspensas. Para proteção dos bispos idosos, a assembleia nacional da CNBB marcada para abril foi adiada para agosto.

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A retomada acontece em Estados onde o governo baixou decretos adotando a medida provisória do presidente Jair Bolsonaro que incluiu cultos e missas na lista de atividades essenciais. Em Goiás, paróquias vinculadas à Arquidiocese de Goiânia já celebram as missas com público presente. Para evitar aglomeração, os fiéis devem se manter a 2 metros de distância entre si e apenas 30% da capacidade da igreja está sendo ocupada. A temperatura corporal de quem chega é medida na entrada e não é admitido o ingresso de pessoas de grupo de risco, com mais de 60 anos ou menores de 12 anos.

O padre Rodrigo de Castro, reitor do Santuário Sagrada Família, em Goiânia, conta que, no domingo, celebrou missas com os fiéis presentes e intervalos de duas horas para higienizar a igreja.

"Celebrei em todos os horários possíveis, às 3 horas da madrugada, 6 da manhã, 9, 12, 15, 18 e a última, às 21 horas. Devo repetir o mesmo esquema no próximo domingo", disse. O santuário tem capacidade para 3,5 mil pessoas, mas estão sendo admitidas 380. Durante a semana, os devotos retiram na secretaria um bilhete com o lugar marcado. Após cada missa, são mobilizadas 25 pessoas para higienizar bancos.

Na entrada, os fiéis têm os calçados limpos com um jato de desinfetante e passam pelo sensor de temperatura. "Tivemos de comprar o pulverizador e o medidor de temperatura. Nas paróquias menores, os padres não estão conseguindo celebrar missas porque não dispõem desses equipamentos. Para se ter uma ideia, o preço do medidor, que era de R$ 28, agora custa até R$ 500."

O Santuário Nossa Senhora de Fátima, em Florianópolis (SC), celebrava o dia da padroeira, ontem, com missas presenciais. "As missas são abertas à comunidade, mas com restrições, seguindo as medidas decretadas pela Secretaria da Saúde do Estado. A missa da noite será solene e contará com os momentos marcantes da celebração da primeira aparição de Nossa Senhora aos pastorinho, como a procissão luminosa e a consagração à Fátima", disse o pároco, padre Mário Raimondi.

A devota Maria de Fátima Campos, que ajudava na venda de pastel, empadão e cuca, feitos para ajudar a paróquia, assistiu a missa da manhã e passou a atender pessoas da comunidade que retiravam os produtos no estacionamento do santuário. "Eu não deixei de assistir às missas, que são transmitidas pela internet, mas estar aqui na igreja é outra coisa e eu sentia muita falta." O Santuário de Azambuja, em Brusque, no interior, suspendeu a procissão e festejos externos da Festa de Nossa Senhora de Caravaggio, durante este mês, mas manteve as celebrações litúrgicas dentro da igreja, com lotação reduzida.

Prevenção

Para o infectologista Alexandre Naime Barbosa, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), as medidas de controle adotadas em espaços fechados, como as anunciadas pelas igrejas, otimizam a prevenção da transmissão. "Na visão técnica dos cuidados tomados nesse espaço, a chance de transmissão é muito pequena. Mas há dois problemas: o primeiro: quem vai fiscalizar? O segundo é que favorece o deslocamento das pessoas e os contatos fora do ambiente. Quem garante que as pessoas que se conhecem não terão contato na frente da igreja?"

A virologista Giliane de Souza Trindade, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), vê como "um risco" a retomada de celebrações religiosas presenciais pelo potencial de produzir aglomerações. "Todas as medidas que a OMS (Organização Mundial de Saúde) preconiza, como uso de máscaras, álcool em gel, distanciamento de 2 metros, em conjunto, ajudam a minimizar o risco de transmissão, mas não quer dizer que sejam 100% efetivas para evitar o contágio."

No interior de uma igreja ou templo, só o fato de as pessoas compartilharem o mesmo banco aumenta o risco. "Não é o momento certo para isso. Chegamos a ter mais de 800 mortes em 24 horas. Houve quebra nas medidas que estão sendo tomadas, por isso estamos na faixa ascendente da doença. Não sabemos sequer usar as máscaras direito, pois a gente mexe de forma errada nelas. Além do que, muitas igrejas, sobretudo as pentecostais, já têm aglomerações. Para ir de casa à universidade, cruzo a cidade de Belo Horizonte e tenho visto isso o tempo todo." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Após 48 dias de paralisação por causa da epidemia do coronavírus, a FCA reabriu na segunda-feira (11) as fábricas da Fiat em Betim (MG) e da Jeep em Goiana (PE). Apenas parte dos funcionários retornou ao trabalho, pois as operações serão parciais. Também retomaram atividades com metade do pessoal as fábricas da Mercedes-Benz em São Bernardo (SP) e em Juiz de Fora (MG).

Segundo a FCA, em Minas Gerais 4,3 mil funcionários voltaram ao trabalho. Em Pernambuco, foram 1,5 mil. A empresa informa ter adotado um conjunto de medidas sanitárias de padrão mundial, reorganização de postos de trabalho e adaptação de espaços para garantir a segurança dos trabalhadores.

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"Na semana passada eu acompanhei pessoalmente todos os passos da nova jornada dos empregados, desde a viagem no ônibus até a volta para casa", informa Antonio Filosa, presidente da FCA. "Seguiremos vigilantes para garantir que a produção seja restabelecida dentro das melhores e mais rigorosas condições de segurança e saúde."

Laboratório

Na fábrica da Mercedes-Benz do ABC voltaram metade dos 4,5 mil funcionários. Além dos protocolos estabelecidos por órgãos de saúde, a empresa montou um laboratório de campanha em seu pátio para atendimento específico de trabalhadores com sintomas da covid-19. "Ao todo são cerca de 30 médicos, enfermeiros e auxiliares para o atendimento", diz Fernando Garcia, vice-presidente de recursos humanos. A tenda tem leito, ventilador pressurizado e outros equipamentos.

Ao longo deste mês também vão retomar atividades Nissan, Volkswagen e Hyundai. No início da pandemia, 63 das 65 fábricas de veículos e máquinas agrícolas do País fecharam as portas e 125 mil funcionários entraram em férias coletivas.

Em abril, algumas começaram a retomar a produção, movimento que está sendo reforçado neste mês. Até fim de junho é possível que todas estejam em funcionamento, de forma parcial, pois a maioria adotou medidas de corte de jornada e salários. Além disso, estoques estão altos e a demanda segue fraca.

Em abril, foram vendidos 55,7 mil veículos, 75% menos ante abril de 2019. No cumulado do ano, queda é de 27% em relação a 2019, para 613,8 mil veículos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Enquanto traçam planos para a retomada econômica, Holanda e França já têm uma data para a reabertura das escolas: 11 de maio. Os dois países seguirão caminhos semelhantes, com crianças e adolescentes voltando gradualmente. Em nações como Alemanha e Noruega, a volta às aulas ocorreu na segunda-feira (20).

O governo holandês anunciou ontem que o ensino fundamental voltará às aulas em meio período a partir do dia 11, mas treinamentos esportivos já poderão ser feitos a partir do dia 29. O ensino médio volta no dia 2 de junho. Em todos os casos, os alunos deverão obedecer a regras de distanciamento social.

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Esse é o primeiro relaxamento das medidas restritivas na Holanda. Restaurantes, cafés e bordéis permanecerão fechados até 19 de maio. Os locais que vendem maconha foram autorizados a voltar, mas apenas para entregas a domicílio.

Na França, as crianças voltarão no dia 11, mas em turmas menores. A retomada das aulas começa com as escolas de ensino primário. No dia 18, será a vez do ensino médio - o objetivo é que a maior parte do sistema escolar volte no fim de maio.

A Áustria, que está desde a semana passada na primeira fase da retomada, anunciou que a volta gradual às aulas coincidirá com a reabertura de restaurantes e bares, em 15 de maio, sempre com a exigência de manter o distanciamento entre as pessoas. O plano prevê a reabertura gradual de todas as escolas a partir de meados de maio.

Na Alemanha, os alunos mais velhos voltaram na segunda-feira, para fazer os exames finais sob rígidas regras de distanciamento. Na Noruega, apesar de alguma relutância, jardins de infância e creches reabriram também na segunda-feira. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda, 20, que a recuperação econômica, após a crise do novo coronavírus, será em "V", com retomada tão rápida quanto a queda. "Vamos surpreender o mundo", disse o ministro, em entrevista ao vivo para o BTG Pactual, no canal do banco no Youtube.

Para Guedes, não se pode deixar que a economia entre em uma grande depressão. Na avaliação dele, o Brasil tem tomado medidas melhores ou iguais que a de outros países, inclusive países avançados. "Todo dia tem barulho, mas Brasil está avançando e progredindo", disse.

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Na visão do ministro, as hipóteses do governo para os efeitos econômicos do novo coronavírus, quando ainda se pensava que o choque seria apenas no comércio exterior, se revelaram razoáveis após os primeiros dados da balança comercial.

"As exportações brasileiras não caíram ainda, estão subindo. A queda das exportações para Europa, de 1%, para EUA, de 30%, e para Argentina, de 30%, foi compensada pelo aumento acelerado das exportações para China", disse o ministro, em entrevista ao vivo no canal do BTG Pactual no Youtube.

Segundo Guedes, a ficha caiu entre fim de fevereiro e início de março, de que o coronavírus seria uma pandemia que afetaria também o Brasil. "Disparamos medidas imediatamente", disse o ministro, que afirmou que aumentou o número de beneficiários do Bolsa Família. "Havia fila no Bolsa Família, porque sempre há fraude, mas mandamos incluir todos imediatamente", afirmou.

Na opinião de Guedes, o presidente Jair Bolsonaro tem sido mal interpretado. Segundo o ministro, a orientação do presidente é preservar vidas e empregos.

A China, onde o novo coronavírus foi detectado pela primeira vez em dezembro, tenta recuperar aos poucos a vida normal normal, como demonstram as cada vez mais numerosas aposentadas que voltaram a frequentar os parques para aulas de dança, mas de máscara e mantendo uma distância segura.

Os dados mais recentes indicam que o número de novas contaminações é próximo a zero, enquanto a Europa se tornou o epicentro da epidemia, com medidas rígidas de confinamento em muitos países.

Fora da província de Hubei, o epicentro da pandemia, a circulação aumenta um pouco mais a cada dia nas grandes cidades. As lojas, fechadas durante quase dois meses, voltaram a abrir as portas.

Mas o retorno à normalidade ainda está distante. A grande maioria dos habitantes continua usando máscara, a temperatura dos cidadãos é medida antes de entrar em um supermercado ou em um restaurante, onde está proibido sentar frente a frente.

Apesar da persistência do medo do contágio, em Pequim várias aposentadas voltaram a frequentar os parques para aulas de dança em grupo, uma atividade muito popular na China.

"Durante a epidemia todos estavam com muito medo. Agora temos que relaxar", explica Wang Huixian, de 57 anos, de máscara.

"Somos prudentes e observamos a distância para evitar qualquer risco de contágio", completa Wang, enquanto dança a uma distância de três metros das colegas de aula.

- Discoteca virtual -

Em Xangai, os cafés e algumas atrações turísticas voltaram a abrir as portas. Os moradores da capital econômica da China praticam "tai chi" e outros tiram fotos no Bund, a célebre avenida com edifícios 'art déco'.

"Fiquei com muito medo", declara Zhang Min, empresário de 50 anos, em um parque. "Agora está tudo bem. Não como nos outros países, onde as pessoas atacam os supermercados".

Com quase 81.000 contaminações e mais de 3.200 mortes, a China continua sendo o país mais afetado pelo vírus.

Mas agora o balanço é superior no resto do mundo e na semana passada o presidente Xi Jinping declarou que a epidemia estava "praticamente contida".

"Tenho a impressão de que as pessoas contaminadas não podem sair e as que podem não estão doentes. Por isso estou tranquila", disse Lai Jinfeng, funcionária de uma creche, de 41 anos.

Mas os hábitos mudaram: as pessoas ainda não apertam as mãos e muitos cafés e restaurantes retiraram metade das cadeiras para que os clientes não sentem muito perto.

Como forma de distração nas longas noites em casa, as casas noturnas criaram a "discoteca virtual", que permite ouvir uma apresentação dos DJs preferidos.

Taxx, um dos clubes mais famosos de Xangai, afirma que milhares de pessoas se conectam a cada noite no serviço.

"Se levarmos um pouco de alegria para as pessoas que estão entediadas em casa, vale a pena", disse MC Charlz, um dos DJs da Taxx, ao jornal The Paper.

A maquiagem também se adapta aos novos tempos e as 'influencers' das redes sociais ensinam a milhões de seguidores como aplicar maquiagem apenas na parte superior do rosto, sem tocar na máscara.

Enviado ao Ceará para garantir o policiamento em meio ao motim na Polícia Militar local, o diretor da Força Nacional de Segurança Pública, coronel Aginaldo de Oliveira, dividiu um palanque com as lideranças do movimento e elogiou os revoltosos. Vídeos divulgados nas redes sociais mostram Oliveira durante uma assembleia da paralisação, em que o diretor chama os amotinados de "gigantes" e "corajosos".

"Os senhores se agigantaram de uma forma que não tem tamanho. É o tamanho do Brasil que vocês representam", disse o diretor da Força. "Vamos conseguir. Sem palavras para dizer o tamanho da coragem que vocês têm e estão tendo ao longo desses dias. Com certeza, aumentará ainda mais."

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Recém-casado com a deputada federal Carla Zambelli (PSL -SP), que integra a base de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o coronel Oliveira é subordinado do secretário nacional de Segurança Pública, general Theophilo, que foi derrotado nas eleições pelo governo do Ceará. O general Teophilo disputou o pleito pelo PSDB e ficou em segundo lugar no Estado, com 11,3% dos votos. Apoiado por Ciro e Cid Gomes, Camilo Santana (PT) foi reeleito em primeiro turno.

Na assembleia que decidiu pelo fim do motim neste domingo, 1, Oliveira discursou ao lado do principal líder do movimento, o ex-deputado federal Cabo Sabino, e do advogado dos policiais amotinados, o coronel Walmir Medeiros. O diretor da Força exaltou o fato de o motim ter conseguido "atingir os seus objetivos".

"Só os fortes conseguem atingir os seus objetivos. E vocês estão resistindo, vocês estão atingindo objetivos", ele disse. "Acreditem: vocês são gigantes, vocês são montros, vocês são corajosos. Demonstraram isso ao longo desses dez, 11, 12 dias em que estou aqui, dentro deste quartel, em busca de melhorias para a classe, que vão conseguir."

Mortes

Entre o início da paralisação de PMs e o último dia 26, foram registrados 220 assassinatos. O número de assassinatos durante o mês de fevereiro foi o maior dos últimos cinco anos.

Por causa da paralisação, cerca de 2,8 mil homens do Exército e da Força Nacional circulam pela capital cearense e por cidades do Interior para reforçar a segurança nas ruas. Ao todo, 230 policiais militares respondem a processos administrativos e foram afastados por 120 dias. Os agentes estão fora da folha de pagamento e podem ser expulsos da corporação.

Chefe tanto do general Thophilo quanto do coronel Oliveira, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou que o fim do motim ocorreu "sem radicalismo" e que "prevaleceu o bom senso". "Recebo com satisfação a notícia sobre o fim da greve dos policiais no Ceará. O governo federal esteve presente, desde o início, e fez tudo o que era possível dentro dos limites legais e do respeito à autonomia do Estado. Prevaleceu o bom senso, sem radicalismos. Parabéns a todos", escreveu o ministro.

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Policiais militares amotinados acataram na noite deste domingo, 1º, seis cláusulas em acordo fechado com representantes dos três Poderes do Ceará após 13 dias de greve ilegal. O acordo prevê acompanhamento com "imparcialidade, ampla defesa e contraditório" aos militares que responderem a processos administrativos disciplinares. A anistia não foi concedida. Leia abaixo a íntegra do acordo:

Termos do acordo

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Pelo presente instrumento e na melhor forma do Direito, as pessoas e instituições que ao final subscrevem têm entre si ajustada a celebração deste termo de acordo e compromisso, mediante as seguintes cláusulas e condições:

CLÁUSULA GERAL: Com o fim da paralisação dos Servidores Militares do Estado do Ceará, até às 24h do dia 1º de março de 2020, os seguintes compromissos serão implementados:

CLÁUSULA PRIMEIRA: Na apuração administrativa da responsabilidade disciplinar do militar envolvido em atos ilícitos e infracionais cometidos durante o período de 1º de setembro de 2019 a 1º de março de 2020, relacionados com a paralisação indevida, será garantido a todos um devido e justo processo, com a impessoalidade, imparcialidade, ampla defesa e contraditório, com absoluta publicidade e transparência, admitida a reavaliação de atos administrativos praticados durante o período para viabilizar possíveis revisões que se fizerem necessárias.

§1º Na tramitação dos processos disciplinares referidos nesta Cláusula, assegurar-se-á atuando junto à Controladoria Geral de Disciplina-CGD a participação de Comissão externa, integrada por representantes da OAB, Defensoria Pública do Estado do Ceará, Ministério Público do Estado do Ceará e Ministério Público Federal, com o fim de assegurar a observação do devido processo legal.

§2º Não haverá transferências, durante o prazo de 6 (seis) meses, contados a partir da assinatura do presente acordo.

CLÁUSULA SEGUNDA: Haverá, no curso do processo legislativo, o reestudo e a efetiva rediscussão da tabela salarial enviada por mensagem do Poder Executivo à Assembleia Legislativa, respeitados os limites orçamentários ali previstos.

CLÁUSULA TERCEIRA: O Ministério Público Estadual irá requerer a suspensão da Ação Civil Pública, processo nº. 0211882-32.2020.8.06.0001, com vistas a eventual celebração de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para fins de extinção da demanda.

CLÁUSULA QUARTA: Será constituída no prazo de 30 (trinta) dias corridos, a contar do retorno às atividades normais e regulares previstas neste termo, Comissão Paritária Permanente, formada pelos subscritores do presente acordo, bem como por representantes do Poder Executivo, Poder Legislativo, Ministério Público Estadual, Ministério Público Federal, Defensoria Pública Estadual e OAB, a fim de analisar e encaminhar soluções às demais reivindicações.

CLÁUSULA QUINTA: Os policiais militares deverão desocupar todos os batalhões até às 24h do dia 1º de março de 2020.

Parágrafo único: Todos os policiais militares deverão se apresentar prontos para o serviço às 08:00 do dia 2 de março de 2020 nos seus respectivos Batalhões em que estão lotados.

CLÁUSULA SEXTA: As cláusulas do presente termo foram devidamente aprovadas na Assembleia dos Militares Estaduais do Ceará diante do documento de compromisso assinado pelos representantes dos policiais e bombeiros militares do Estado do Ceará.

E por estarem assim justos e acordados, subscrevem o presente Termo de Acordo e Compromisso, que vai assinado em 4 (quatro) vias de igual teor e forma.

Fortaleza, 01 de março de 2020

O sistema de Segurança Pública do Ceará está voltando a normalidade. Após o fim do motim de policiais militares que durou 13 dias, nenhum tumulto ou manifestação foi registrado nesta segunda-feira, 2, após o acordo firmado no domingo, 1º de março.

A manhã desta segunda foi de reorganização. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado, uma força-tarefa foi montada para garantir que os veículos policiais que estavam parados voltem ao funcionamento pleno.

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Ainda de acordo com o órgão, a Polícia Militar do Estado já voltou a realizar as atividades de patrulhamento tanto em Fortaleza quanto no interior.

O motim de policiais militares no Ceará fez disparar o número de crimes violentos letais intencionais (CVLIs) - que incluem delitos com resultado morte, como homicídio, feminicídio e latrocínio - disparar.

Dados oficiais, ainda não consolidados, de fevereiro mostram que, até o dia 26, 386 pessoas foram mortas no Estado. Deste total, 225 mortes aconteceram desde o dia 18, quando a paralisação começou.

Com a consolidação dos dados, que ainda irá somar os assassinatos cometidos nos últimos dias do mês, o número total de mortos no período da paralisação deve aumentar.

Apesar disso, as 225 mortes contabilizadas até aqui já representam um número superior ao total de CVLIs registrados em fevereiro do ano passado, quando 164 pessoas foram mortas no Estado.

Fim do motim

Os militares que estavam amotinados em sedes de batalhões da corporação aceitaram a proposta apresentada pela Comissão dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, no domingo.

O acordo prevê que não haverá anistia aos policias envolvidos na greve ilegal, mas garante o direito dos PMs responderem ao processo sem perseguição, com amplo direito a defesa e ao contraditório, a ser feita por instituições sem ligações com o Estado, como a OAB, o Exército e a Defensoria Pública.

O acordo também prevê que o governo do Ceará não irá transferir os policiais que participaram do motim para trabalhos no interior no prazo de 60 dias.

Os Estados Unidos voltarão a comprar carne fresca (in natura) do Brasil. A importação estava suspensa desde junho de 2017. De lá para cá, os americanos vinham comprando apenas carne enlatada do Brasil. A informação foi confirmada pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina. "É uma ótima notícia para o Brasil. O mercado americano não é tão representativo para nós em termos de volume, mas é muito importante conceitualmente, por termos esse mercado aberto", disse ao Estado.

Em junho de 2017, o governo americano suspendeu a importação de carne in natura brasileira. Em março daquele ano, após a deflagração da chamada Operação Carne Fraca pela Polícia Federal, os americanos passaram a inspecionar todos os lotes de carne in natura vendidos pelo Brasil. A decisão dos EUA se baseou em uma reação à vacina contra febre aftosa, uma lesão que, segundo pecuaristas, não afeta a qualidade da carne.

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À época, o então ministro Blairo Maggi tentou reverter a decisão, sem sucesso, e chegou a declarar que era preciso entender que o Brasil estava exportando carne "para o maior concorrente que temos no mundo" e que, por isso, havia pressão grande de produtores americanos para que o embargo fosse efetivado.

A Justiça Federal em Minas Gerais autorizou nesta quinta-feira (16) o retorno parcial do funcionamento da fábrica da cervejaria Backer em Belo Horizonte. A decisão permite que a empresa faça o envase de tanques não lacrados e relativos a marcas que não sejam a Belorizontina e a Capixaba, rótulos que, conforme as investigações da Polícia Civil, estão sob suspeita de contaminação pelas substâncias tóxicas dietilenoglicol e monoetilenoglicol. A Backer segue proibida de comercializar seus produtos.

A decisão, da juíza federal substituta Anna Cristina Rocha Gonçalves, da 14ª Vara na capital, foi tomada a partir de pedido da Backer para suspensão da interdição de sua fábrica.

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"Quanto à liberação total do parque industrial, tão logo a impetrante apresente comprovação de que toda e qualquer irregularidade apontada nas inspeções foi sanada, caberá ao Ministério da Agricultura suspender a ordem", pontuou.

A juíza relata na sentença que a Backer anexou ao pedido de retorno de atividades um vídeo com supostos indícios de sabotagem. Negou, no entanto, a análise do texto, por se tratar de decisão em liminar.

"O impetrante juntou aos autos vídeo supostamente contendo indícios de sabotagem nos barris de monoetilenoglicol por ele adquiridos junto ao seu fornecedor. Todavia, não cabe a análise dessa questão na via estreita do mandado de segurança, mormente porque a presente impetração dirige-se contra ato coator específico, atribuído aos representantes do Ministério da Agricultura."

Na tarde desta quinta, a Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão em uma fábrica em Contagem, na Grande Belo Horizonte, fornecedora de insumos para a Backer. Um ex-funcionário desta empresa foi apresentado ao policiais para prestar depoimento. Um ex-funcionário da Backer também foi ouvido.

As linhas de produção da Casa da Moeda do Brasil funcionaram normalmente na manhã desta terça-feira, 14, mas, à tarde, "alguns grupos" de funcionários ficaram fora das fábricas localizadas em Santa Cruz, zona oeste do Rio, informou a assessoria de imprensa da estatal. Segundo Aluizio Jr., presidente do Sindicato Nacional dos Moedeiros, que representa os funcionários, a produção começou a voltar ao normal nesta terça-feira, 14. Uma assembleia de trabalhadores está marcada para a quinta-feira, 16, às 8 horas.

Os empregados da empresa federal cruzaram os braços na sexta-feira, 10, e na segunda-feira, 13, em meio às negociações de um novo acordo trabalhista, que ocorrem enquanto a estatal foi incluída no programa de privatizações e perdeu o monopólio de produção em território nacional.

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A Casa da Moeda é responsável pela fabricação de notas e moedas de real, dos passaportes emitidos pela Polícia Federal (PF) e de selos postais e fiscais. Na segunda-feira, 13, o Banco Central (BC), principal "cliente" da estatal, informou que "está ciente" do movimento e que "mantém estoques de segurança" de cédulas e moedas de real.

O presidente do sindicato afirmou que não há movimento de greve, mas que os empregados reagiram espontaneamente, na sexta-feira, 10, a uma entrevista do diretor de gestão da Casa da Moeda, Fábio Rito Barbosa, veiculada no canal por assinatura GloboNews, na manhã daquele dia.

Barbosa disse à GloboNews que o elevado gasto com pessoal é um dos problemas que levaram a estatal a registrar prejuízos nos últimos anos.

A Casa da Moeda já tinha sido incluída no programa de privatizações do governo Michel Temer, mas o projeto não foi adiante. No governo Jair Bolsonaro, o secretário especial de Desestatização, Desenvolvimento e Mercados do Ministério da Economia, Salim Mattar, vem tentando retomar a venda desde 2019.

Em novembro, o governo editou uma Medida Provisória (MP) que tira o monopólio da Casa da Moeda na fabricação de dinheiro, passaporte, selos postais e fiscais federais e de controle fiscal sobre a fabricação de cigarros. Conforme a MP, a exclusividade para a prestação desses serviços acaba em 31 de dezembro de 2023.

A retomada do processo de privatização ocorreu em meio às negociações em torno do acordo coletivo, que expirou em dezembro. Segundo Aluizio Jr., a manutenção de "cláusulas sociais" previstas no acordo é o principal motivo de descontentamento entre os empregados da estatal.

O movimento da sexta-feira, quando parte dos funcionários ocupou a sede administrativa da Casa da Moeda, que fica no mesmo complexo do parque fabril, teria ocorrido de qualquer forma no dia do pagamento de janeiro. A entrevista do diretor apenas antecipou os protestos, disse Aluizio Jr.

Entre as "cláusulas sociais" estão benefícios como plano de saúde, adicional de insalubridade e serviço de transportes. A Casa da Moeda oferece ônibus particulares para levar os empregados até o complexo fabril, que fica numa área afastada do Rio, e desconta 1% do salário, abaixo do previsto na legislação do vale-transporte. Segundo o líder sindical, esse benefício está associado a condições de segurança - por causa da violência urbana, em geral, os operários da Casa da Moeda evitam comentar publicamente que trabalham no local.

Em meio ao impasse nas negociações sindicais, que chegou a passar pela mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o sindicato propôs em reunião na segunda-feira, 13, a assinatura de um acordo coletivo temporário, para durar enquanto seguem as conversas com a diretoria. A assessoria de imprensa da Casa da Moeda informou que a proposta de um acordo provisório "terá de ser analisada pela empresa". A ideia do sindicato é levar uma resposta da diretoria à assembleia de quinta-feira.

Na avaliação de Aluizio Jr., as questões trabalhistas pesam mais do que o processo de privatização nas motivações para os protestos dos empregados. Isso porque o sindicato articula a oposição à venda da estatal no Congresso Nacional - a MP que retira o monopólio ainda terá que ser convertida em lei. Mesmo assim, o presidente do sindicato criticou a "narrativa" da diretoria atual da Casa da Moeda, que teria o objetivo de "justificar" a privatização.

"O que cobramos da direção da Casa da Moeda é que seja fiel às condições da empresa. Quando o diretor (Barbosa) diz (na entrevista à GloboNews) que a folha de pagamentos dos funcionários gasta 46% do faturamento, é uma meia verdade. Foi assim porque houve uma queda de R$ 1,5 bilhão no faturamento", afirmou Aluizio Jr.

Desde 2010, a estatal vem registrando receita bruta anual acima de R$ 2 bilhões, mas, em 2016, a estatal lucrou R$ 60,2 milhões, 80,7% abaixo de 2015. Desde então, vem dando prejuízos. Reduções de contratos com a Receita Federal para a produção de selos fiscais e a própria redução da demanda por cédulas e moedas pelo BC vem enfraquecendo a Casa da Moeda financeiramente - e, portanto, aumentando o peso relativo dos gastos com os cerca de 2 mil funcionários como proporção das receitas.

Após um período sabático que durou pouco mais de um ano, o cantor Tiago Iorc ressurgiu com um disco novo prontinho, o Reconstrução. O retorno do artista foi tão impactante que até a MTV decidiu retomar um de seus projetos mais queridos pelo público, o Acústico. Na última quinta (30), Iorc gravou sua participação para o canal de música cercado de fãs mais próximos, amigos e familiares.

Com clima intimista, o Acústico de Tiago Iorc foi todo baseado no novo disco. Uma plateia de apenas 250 pessoas acompanhou a gravação, entre eles, nenhum famoso ou influencer de expressividade, apenas fãs , alguns funcionários da gravadora e do canal e familiares de Tiago. Segundo o jornalista Pedro Antunes, a mãe do cantor, Marley, se emocionou muito e chorou diversas vezes durante a gravação, que aconteceu nos estúdios Quanta, na zona oeste de São Paulo.

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Já segundo o jornalista Daniel Castro, Iorc interagiu pouco com a plateia, embora estivesse muito simpático. A produção do especial também não permitiu uma aproximação maior dos fãs e o uso de celulares foi proibido durante a gravação. Outra restrição que chamou a  atenção foi o uso dos banheiros. O público foi orientado, antes do início do show, de que não poderiam sair durante a gravação, que durou pouco mais de quatro horas. O Acústico Tiago Iorc está previsto para ser lançado em setembro deste ano.

MC Loma e as Gêmeas Lacração estão preparando novidades para os seus fãs. Sem lançar nenhuma música desde o último Carnaval, elas têm recheado suas redes sociais com fotos e vídeos de uma canção que estão preparando com o grupo paulista Calice. A cantora promete algo bem diferente do que já havia feito.

Ao que tudo indica, a nova música se chamará 'Usa e Abusa' e deve vir em um ritmo inédito para Loma, o trap. Em algumas fotos e vídeos que ela e as companheiras estão compartilhando, é possível vê-las em figurinos bastante coloridos e provocantes além da volta das Gêmeas Lacração nos vocais. Em uma de suas postagens, Mc Loma deixa um recado: "Aqueles que pensaram que eu parei, não parei e já tô de volta".

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Já nos comentários das redes sociais, os fãs já se mostram ansiosos para a chegada da nova música. "Volta logo, amo suas músicas"; "Já tava na hora, vem com tudo lacradora"; "Muito bem, nunca desista pois desistir é para os fracos"; "Não vejo a hora de ver o novo clipe que vocês gravaram"; "As definições de hit foram atualizadas".

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) retomou a realização do concurso público composto por 500 vagas. O certame havia sido paralisado temporariamente por decisão judicial.

Além da retomada do processo seletivo divulgada nesta sexta-feira (1º) pela banca organizadora, o resultado final da prova objetiva foi disponibilizado, assim como o provisório da prova discursiva. Confira o documento com os detalhes.

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No dia 18 deste mês, deverá ser divulgado o resultado final da prova discursiva, bem como a convocação para o exame de capacidade física. Essa última avaliação poderá ocorrer de 23 a 24 de março.

O concurso busca preenchimento para o cargo de soldado rodoviário. Os salários previstos são de R$ 9.473,57. Outras informações devem ser obtidas no site da banca organizadora do processo seletivo.

Com a alta inadimplência nos financiamentos imobiliários provocada pela crise econômica, o número de imóveis retomados pelos bancos disparou nos últimos anos. Desde o início de 2014, as cinco maiores instituições financeiras do País retomaram R$ 11,5 bilhões em imóveis por falta de pagamento. O setor estima que essa cifra corresponde a cerca de 70 mil casas e apartamentos.

A inadimplência cresceu à medida que a crise elevou o desemprego e reduziu a capacidade financeira das famílias. Atualmente, os cinco maiores bancos têm o volume recorde de R$ 13,7 bilhões em imóveis à espera de um interessado - incluindo as unidades que já estavam no estoque -, cifra que cresceu 745% em quatro anos e meio.

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Números nos balanços do Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú Unibanco e Santander revelam que, juntas, as instituições tiveram aumento médio de quase R$ 2 bilhões no volume de imóveis retomados a cada ano entre 2014 e o ano passado. O ritmo continua forte em 2018 e, em apenas seis meses, bancos tomaram mais R$ 1,48 bilhão em casas e apartamentos de inadimplentes.

A líder no setor imobiliário, a Caixa, encabeça esse movimento, com cerca de 70% desse total de unidades retomadas. Em junho, eram cerca de 47 mil imóveis de clientes que, somados, valiam R$ 9,1 bilhões. Em 2016, o estoque era menos da metade: 23 mil unidades.

O mesmo fenômeno acontece nos concorrentes, ainda que com ritmo um pouco menos intenso. Desde o início de 2014, Bradesco, Santander e Itaú somaram, cada, cerca de R$ 1 bilhão a essa carteira. O BB teve aumento menos expressivo, com R$ 116 milhões no período.

"São números que chamam atenção. Se continuarmos observando esse movimento por mais um ou dois anos, poderemos ter um problema razoável", avalia o professor de finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em São Paulo, Rafael Schiozer.

O professor nota que o principal risco para os bancos é a queda do preço dos imóveis, o que reduz a possibilidade de a instituição reaver o dinheiro emprestado.

Velocidade

O presidente da Associação dos Mutuários de São Paulo, Marco Aurélio Luz, explica que bancos normalmente retomam o imóvel em processos que duram de seis meses a um ano, mas há casos mais rápidos. Imóveis financiados pelo Sistema Financeiro Imobiliário (SFI) - acima de R$ 950 mil em São Paulo, Rio, Minas e e Distrito Federal e R$ 800 mil nos demais Estados - podem ir a leilão em 90 dias.

A retomada de imóveis financiados pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que têm valores abaixo dos limites do SFI, costuma demorar alguns meses a mais.

Esse esforço dos bancos em despejar os clientes rapidamente gera efeito positivo nos indicadores de inadimplência. Isso acontece porque, com a retomada do imóvel, a operação deixa de ser considerada "crédito inadimplente" e passa a ser um "ativo" do banco. A posse desses imóveis, portanto, acaba amenizando os indicadores de calote.

Segundo o Banco Central, o porcentual dos financiamentos imobiliários para pessoas físicas com inadimplência superior a 90 dias tem oscilado em torno de 2% desde o início da década. Ou seja, atrasos no pagamento são cada vez mais frequentes, mas o banco corre para liquidar a operação antes que isso seja visível na inadimplência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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