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General Sérgio Etchegoyen, que foi ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo de Michel Temer e ex-chefe do Estado Maior do Exército, disse que o bombardeio provocado pelos EUA no aeroporto de Bagdá é “um caso extremamente grave” e que coloca os americanos como "xerifes do mundo".

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"A versão americana é de que se estaria preparando um ataque contra alvos americanos. Se os EUA apresentarem provas disso, reduz-se a repercussão. Mas apenas reduz, pois escancara a atitude norte-americana de xerifes do mundo e a visão extraterritorialista de sua legislação", afirmou o general da reserva. 

Em entrevista ao UOL, Etchegoyen explica que a maior preocupação é com relação aos precedentes que o atentado pode refletir no mundo, inclusive no Brasil.

"Na minha opinião, a gravidade resulta dos precedentes que isso pode gerar. Imagina se ele [Donald Trump] decide atacar uma instalação do PCC que refina drogas para os EUA por aqui?", indagou. 

O general ainda classificou o bombardeio dos EUA como "um quadro multifacetado e particularmente complexo" e que o Brasil deve ficar de fora do conflito. 

O atentado, ordenado pelo presidente Donald Trump, resultou na morte do general Qasem Soleimani, chefe da Força Revolucionária da Guarda Quds do Irã. Líderes iranianos prometeram vingança.

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O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Sergio Etchegoyen, disse nesta terça-feira (23) que o sistema de urnas eletrônicas representa um avanço no processo de escolha dos candidatos a cargos eletivos e descartou o risco de fraudes em votos digitais. Ele informou que tem acompanhado o trabalho de auditores e participado de reuniões no Tribunal Superior eleitoral (TSE). “Não há nenhum elemento de urnas fraudadas”, disse em palestra no Sindicato da Habitação (Secovi).

Sem citar nomes, o ministro também rebateu críticas feitas ontem (22) pelo candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, de que a presença dele, ao lado da presidente do TSE, Rosa Weber, em uma entrevista coletiva, evidenciou que as Forças Armadas estariam interferindo na instituição. O ministro justificou que estava na coletiva por ter sido convidado por Rosa Weber a participar do encontro.

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Etchegoyen alertou que o Brasil tem vivido crises sistêmicas e que “nenhum país vai caminhar sem ter instituições confiáveis, instituições fortes”.

Na avaliação do ministro, seja qual for o presidente eleito, ele terá de encontrar “um ponto de convergência” para levar adiante as reformas essenciais para o desenvolvimento da Nação. O ministro lembrou, contudo, que apesar de todas as adversidades, o Brasil tem-se mantido entre as dez maiores economias do mundo. “O ideal é que não ocorra um retrocesso nessa posição”, disse.

Para Etchegoyen, os eleitores amadureceram. “O que pode ser constatado no resultado das urnas do primeiro turno das eleições deste ano, em que eles mostraram que não são tão alienados quanto poderia parecer”, disse em referência a políticos veteranos que não conseguiram se eleger. Lembrou que por essa razão, os eleitos deverão ter mais responsabilidade para governar ou legislar.

 

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, visitará na manhã desta quarta-feira, 12, em São Paulo, o candidato do PSL ao Planalto nas eleições de 2018, Jair Bolsonaro. Na visita, prevista para as 9h, o general Etchegoyen estará representando o presidente Michel Temer e levará a solidariedade do governo ao candidato.

Bolsonaro está internado no Hospital Albert Einstein, na zona sul de São Paulo, onde permanece se recuperando do atentado que sofreu no último dia 6, em Juiz de Fora, Minas Gerais, durante um ato de campanha.

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Nesta terça-feira, Bolsonaro teve alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e passou para uma unidade de cuidados semi-intensivo. Na visita ao hospital, além de saber exatamente como o candidato do PSL está passando, o ministro Etchegoyen, ainda a pedido do presidente, vai colocar à disposição a estrutura do governo para atender Bolsonaro, no que ele precisar.

O ministro do GSI foi escolhido por Temer para levar os votos do governo de melhoras ao candidato, justamente, por conta de sua origem militar.

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Sergio Etchegoyen, disse hoje (4) que estão superadas as questões relativas à segurança, defesa e ao abastecimento provocadas pela paralisação dos caminhoneiros. Segundo ele, o foco do governo, a partir de agora, será a fiscalização para garantir a implementação das medidas acordadas com a categoria, como o desconto no preço do óleo diesel.

Etchegoyen disse ainda que o governo também vai dar prioridade às conversas com o Congresso, em busca de fazer avançar no Parlamento as medidas acertadas com os caminhoneiros que dependem de aprovação do Legislativo.

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“Concluímos que as questões pelas quais o grupo trabalhava, abastecimento e temas relativos à defesa e segurança estão superadas. Já temos o abastecimento normalizado em todo o país e não há mais ameaça à segurança institucional, às estradas. A partir de agora, o grupo se reorganiza para dar o protagonismo à fiscalização do que foi acordado, às questões de preço de petróleo, de diesel, fretes. E o trato político junto ao Congresso para fazer avançar as decisões que dependem do Parlamento”, afirmou, em entrevista, após a reunião do Grupo de Acompanhamento da Normalização do Abastecimento.

Etchegoyen acrescentou que a fiscalização será feita com “toda a energia que a situação exige".

O ministro confirmou que o governo não vai prorrogar o emprego das Forças Armadas, que atuaram para liberar estradas durante a paralisação dos caminhoneiros, no contexto da Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Hoje encerra a vigência do decreto que autorizou o uso das Forças Armadas.

Em declaração na última quinta-feira (31), o presidente Michel Temer atribuiu o fim da greve ao diálogo. Em acordo com representantes dos caminhoneiros, o governo atendeu às reivindicações da categoria. Uma das medidas foi a redução de R$ 0,46 no litro do óleo diesel pelo prazo de 60 dias. Na sexta (1°), o governo publicou portaria que trata da fiscalização para garantir que os postos de combustíveis repassem aos consumidores o desconto no preço do diesel.

Sobre o desconto no diesel, Sergio Etchegoyen informou que a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras que atual atua principalmente na distribuição e comercialização de combustíveis, se antecipou e já aplicou o desconto em todo o seu estoque.

O ministro disse ainda que será dado prosseguimento aos processos já iniciados, relacionados à violência contra caminhoneiros e às sabotagens. "Os processos de violência contra caminhoneiros, pessoas em geral, as ações de sabotagem contra linha férrea e torre de eletricidade, as investigações e o processo continuam, e o governo empenhará seus meios para que essas pessoas sejam levadas à Justiça". 

Participaram da reunião o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Sergio Etchegoyen, o ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, a ministra da Advocacia-Geral da União, Grace Mendonça, o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Valter Casimiro, o ministro substituto da Justiça, Claudemir Brito, e o almirante de esquadra Ademir Sobrinho, chefe do Estado-Maior conjunto das Forças Armadas.

Após duas reuniões curtas, de cerca de 40 minutos, ontem (2) e hoje (3), o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, Sérgio Etchegoyen, disse neste domingo que o governo não está desmobilizado e continua acompanhando a retomada do abastecimento do país após a paralisação dos caminhoneiros. Segundo o ministro, o decreto que estabelece o emprego das Forças Armadas no contexto da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), cujo prazo de vigência termina amanhã (4), não deverá ser prorrogado.

"Neste momento, não há nenhum elemento que sugira a prorrogação da GLO. A decisão é encerrá-la amanhã", disse em entrevista à imprensa, no Palácio do Planalto. Para liberar as rodovias e reabastecer o país com os produtos retidos nas estradas durante a paralisação dos caminhoneiros, Temer autorizou o emprego das Forças Armadas. Segundo o ministro, a avaliação que se tem hoje é que o abastecimento no país está "completamente normalizado". "Nossa avaliação é que estamos em um quadro de normalidade e que não tende a ser modificado', afirmou.

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Nova manifestação

Etchegoyen disse ainda que o governo acompanha notícias nas redes sociais de convocação de uma nova manifestação dos caminhoneiros para amanhã (4), mas que elas ainda não geram preocupações alarmantes. "Há movimento na mídia e há acompanhamento nosso. Não temos nenhuma indicação de que isso mude atitude do governo e a nossa preocupação".

O ministro disse ainda que as reuniões do Grupo de Acompanhamento de Normalização do Abastecimento, que reúne diversos ministros, entre outras autoridades, têm sido realizadas para acompanhar o andamento do acordo firmado com os caminhoneiros e o cumprimento de ambas as partes.

O acordo abrange medidas que incidem diretamente sobre o preço do diesel. Perguntado pela Agência Brasil se o governo estuda medidas para abranger também o preço da gasolina, Sérgio Etchegoyen disse que a discussão não ocorre no âmbito desse grupo e que não tem sido pauta nessas reuniões no Palácio do Planalto. Segundo ele, a questão deve estar sendo discutida em outras instâncias, como no Ministério de Minas e Energia. "Nós aqui estamos tratando do que passou. O que vem está sendo tratado pelo governo em outros fóruns", afirmou.

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Sergio Etchegoyen, confirmou que nesta quinta-feira (31) houve a primeira prisão de empresário suspeito de interferir na paralisação dos caminhoneiros. As informações iniciais são que o transportador, detido no Rio Grande do Sul, teria ameaçado motoristas nos bloqueios em rodovias do estado.

Desde o início da manhã, a Polícia Federal realiza operação no Rio Grande do Sul para reprimir a atuação de empresários de transporte na promoção de paralisações no âmbito da greve dos caminhoneiros. 

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A realização de greves ou paralisações por empresários, prática conhecida como locaute, é proibida pela legislação. A operação da PF, que ganhou o nome Unlocked, ocorreu a partir de inquérito que investigou a participação de integrantes de transportadoras em bloqueios nas rodovias BR 116, RS 122 e RS 452.

Segundo o superintendente regional da Polícia Federal, Alexandre Isbarrola, a PF conseguiu “provas contundentes” da prática de locaute. “É uma grande transportadora que atuava com violência e grave ameaça. Havia comboios de veículos que atuavam por ordem desses empresários e que abordavam os caminhões, obrigavam a parar e que fossem recolhidos, impedindo que eles seguissem”, disse em entrevista hoje em Porto Alegre. Os nomes da transportadora e do empresário preso não foram divulgados. De acordo com o superintendente, o objetivo era gerar o desabastecimento de grãos e de proteína animal na região da Serra, no estado. 

Diálogo

Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, Etchegoyen reiterou a disposição do governo em manter o diálogo e lamentou a violência que provocou a morte de um motorista em Rondônia. Ele foi atingido por uma pedra após passar por um bloqueio de manifestantes.

Etchegoyen concedeu entrevista após reuniu no Palácio do Planalto, do gabinete de monitoramento da greve dos caminhoneiros. 

O presidente Michel Temer convocou uma reunião nesta quinta-feira (15) com os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral), Eliseu Padilha (Casa Civil) e Sergio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional) para debater sobre as investigações do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL-RJ).

A reunião também contará com a presença do general Santos Cruz, secretário-executivo do Ministério extraordinário da Segurança Pública. No entanto, o ministro de Segurança Pública, Raul Jungmann, que está em Fortaleza, não participará, mas seguirá para o Rio de Janeiro para acompanhar o desdobramento do caso.

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Hoje cedo, o Temer lamentou a morte de Marielle e ressaltou que "o crime não ficará impune". Em uma publicação nas redes sociais, o chefe de Estado classificou o caso como um "ato de extrema covardia" e prestou solidariedade a familiares e amigos da ativista.

Marielle Franco, 38 anos, foi assassinada na noite desta quarta-feira (14), no bairro de Estácio, no centro do Rio de Janeiro. Seu motorista, Anderson Pedro Gomes, também morreu. Já uma assessora da vereadora foi atingida apenas por estilhaços e sobreviveu. Ela é a principal testemunha do crime.

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Sérgio Etchegoyen, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que "neste momento não há nenhum indicativo que sinalize a necessidade de as Forças Armadas permanecerem no Rio após o dia 22". O general afirmou ainda que os policiais do Espírito Santo e do Rio que integraram o motim "têm de ser enquadrados e punidos", assim como quem incitou o movimento.

Ele destacou também que "o governo não vai apoiar nenhum projeto no Congresso de anistia aos policiais militares". A bancada da bala no Legislativo já articula projetos nesse sentido.

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O ministro Etchegoyen também descartou qualquer possibilidade de o Exército fazer o trabalho de patrulhamento ou de segurança da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, sobretudo para votações de projetos de interesse do governo, como pleiteou o Estado. "As Forças Armadas não vão para a Alerj. Este é um trabalho a ser feito pela Força Nacional e pela Polícia Militar do Rio de Janeiro", avisou o ministro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo não vai tomar nenhuma atitude contra o general de Exército da ativa Sérgio Etchegoyen, chefe do Departamento Geral do Pessoal, que divulgou uma nota, em conjunto com a sua família, repudiando o relatório divulgado pela Comissão Nacional da Verdade e classificando o trabalho como "leviano". A carta de Etchegoyen e sua família respondia à Comissão que responsabilizou o pai do atual chefe do DGP, o general Leo Guedes Etchegoyen, e outros 376 civis e militares, por violações de diretos humanos durante o governo militar, sem apontar os fatos que teriam levado às acusações.

O descontentamento com atribuição de responsabilidades pela violação de direitos humanos, sem apontar fatos que levariam a isso, irritaram não só militares do Exército, se estendendo às duas outras Forças. Na Aeronáutica, as maiores queixas foram com a inclusão do nome do ex-ministro Eduardo Gomes, o patrono da Força Aérea, pela Comissão da Verdade, em seu relatório. O Marechal-do-ar e ministro da Aeronáutica de abril de 1965 a março de 1967, Eduardo Gomes, foi apontado como um dos responsáveis político-institucional por violação dos direitos humanos durante o governo militar.

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Desde cedo, a decisão do Exército era de que não havia motivo para enquadrar o general Etchegoyen no Regulamento Disciplinar do Exército, que proíbe militares da ativa de fazerem "manifestação de caráter político". O entendimento era que ele falava "em caráter familiar", sem entrar na área institucional. O próprio ministro da Defesa entendeu que a declaração do general teve "forte conotação emocional" e que "o melhor é deixar a poeira baixar", conforme afirmou.

Coube ao ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, por determinação da presidente Dilma Rousseff, conversar com o ministro Amorim, sobre o caso da crítica do general. A decisão do Planalto era de "botar panos quentes" nessa questão. O entendimento geral foi de que punir o general levaria a um movimento de solidariedade nas Forças Armadas. Chegaram ao Planalto informações de que o sentimento de revolta nos quartéis, com grande parte do teor do relatório da comissão, era enorme. Portanto, punir Etchegoyen seria transformá-lo em mártir e "botar lenha na fogueira", conseguindo novas adesões e manifestos de insatisfação com a comissão, assinado por inúmeros militares, podendo deflagrar uma crise.

No caso de Etchegoyen, chegou a ser reconhecido por auxiliares da Presidente que incluir o nome do pai do general como um dos "autores de graves violações de direitos humanos" foi um "excesso desnecessário" da comissão, já que não havia crime ou fato que pudesse levar a tal ilação. Além disso, consideraram que a carta do general foi "respeitosa" e que em momento algum atacou o governo.

Apesar de outros generais da ativa não terem se manifestado oficialmente, a solidariedade a Etchegoyen era feita em todos os segmentos das Forças Armadas, da ativa e da reserva. Os militares parabenizavam a "coragem" do companheiro que externou a insatisfação com a unilateralidade do documento. Um dos generais da ativa consultados pelo Grupo Estado ironizou a conclusão do relatório, lembrando que ao responsabilizar a cadeia de comando pelos crimes cometidos durante o regime militar, o Planalto endossa a tese do "domínio do fato", ou seja, de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff podem ser responsabilizados pelo Mensalão e pelos desvios na Petrobras.

O general de Exército da ativa, Sérgio Etchegoyen, chefe do Departamento Geral do Pessoal, assina nota, em conjunto com a sua família, repudiando o relatório divulgado nessa quarta-feira, 10, pela Comissão Nacional da Verdade e classificando seu trabalho como "leviano". No documento, obtido com exclusividade pelo Grupo Estado, a Comissão responsabilizou o pai do atual chefe do DGP, o general Leo Guedes Etchegoyen, e outros 376 civis e militares, por violações de diretos humanos durante o governo militar, sem apontar os fatos que teriam levado às acusações.

"Ao apresentar seu nome, acompanhado de apenas três das muitas funções que desempenhou a serviço do Brasil, sem qualquer vinculação a fatos ou vítimas, os integrantes da CNV deixaram clara a natureza leviana de suas investigações e explicitaram o propósito de seu trabalho, qual seja o de puramente denegrir", diz a nota. "Ao investirem contra um cidadão já falecido, sem qualquer possibilidade de defesa, instituíram a covardia como norma e a perversidade como técnica acusatória", prossegue a nota, acrescentando que, "no seu patético esforço para reescrever a história, a CNV apontou um culpado para um crime que não identifica, sem qualquer respeito aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa". A família estuda formas de entrar na Justiça contra o relatório da comissão.

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Esta é a primeira manifestação de um general da ativa, que integra ao Alto Comando do Exército, a condenar a conduta da Comissão Nacional da Verdade. O Comandante do Exército, general Enzo Peri, foi comunicado pelo general Etchegoyen da decisão da família de responder às acusações. Oficiais da ativa não costumam se pronunciar em relação a questões políticas, por conta de restrições impostas pelo Regulamento Disciplinar do Exército, deixando este papel, normalmente para os militares da reserva.

Desta vez, no entanto, o repúdio, do general veio em forma de uma nota de desabafo, de uma família que se considera atingida pela comissão, o que é, no mínimo, inédito. Oficiais consultados pelo Grupo Estado consideraram "legítima" a forma usada pelo general Etchegoyen e há preocupação de que outras manifestações aconteçam.

O general Etchegoyen já esteve envolvido em outro episódio em defesa do pai, que lhe custou 15 dias de prisão, em outubro de 1983, quando era capitão subcomandante do 3º Esquadrão de Cavalaria Mecanizada, localizado em Brasília. O então capitão de 31 anos reagiu às acusações à época comandante Militar do Planalto, general Newton Cruz, que convocou uma reunião com todos os cerca de 200 oficiais da área para atacar o funcionamento do Congresso e classificar como "incompetente", "frustrado" e "mau caráter" quem comparecesse às Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) da Câmara ou do Senado para prestar de depoimentos. Na época, o Congresso noticiara que convocaria o então general da reserva Leo Etchegoyen, pai do hoje chefe do DGP, para depor sobre a possibilidade de serem devassadas contas bancárias sigilosas de brasileiros em bancos da Suíça, que Leo Etchegoyen, quando era adido militar na Suíça, constatou que era possível, desde que o governo brasileiro solicitasse a providência. Só que o pedido nunca chegou.

Diante das críticas indiretas ao seu pai, o então capitão Etchegoyen, interrompeu a palestra do todo poderoso general Newton Cruz, avisando que entre os que iriam depor estava seu pai. O general Newton Cruz disse que não sabia e foi contestado mais uma vez pelo capitão que lembrou que não tinha como ele não saber porque aquilo estava sendo amplamente noticiado e afirmou que não admitia que a honra e a dignidade de seu pai fossem atacadas. Recebeu voz de prisão de oito dias, ampliada em mais sete, depois, por ter recorrido contra a punição.

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