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O sucesso de Pabllo Vittar está em uma crescente exponencial e vem despertando cada vez mais a curiosidade das pessoas. Por conta da escolha de manter um nome masculino mesmo com suas contínuas aparições vestida de mulher, surgem diversos questionamentos sobre a sexualidade e o gênero da cantora. “Sou um menino gay, que faz drag e se relaciona com homens gays”, explica.

Em entrevista a Glamour, a maranhense disse não cogitar fazer cirurgia para a mudança de sexo. “Não sou trans! Não quero mexer no meu corpo, fazer cirurgias... Sou feliz como sou”, afirmou. A drag queen conta que não se prende às tradicionais regras de gênero . “Acredito que a pessoa tem que ser o que ela quiser, independente de ser homem, mulher, os dois ou não ter gênero nenhum”, diz ela.

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Questionada sobre qual é o seu pronome preferido, Pabllo diz o seguinte: “Juro que não tenho grilos com isso, não. Mas, obviamente, quando estou montada prefiro ser chamada de ‘a’ Pabllo. São horas na make, não é?” 

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O Palco Giratório é realizado neste mês no Tatro Marco Camarotti, localizado no Sesc Santo Amaro, área central do Recife, entre os dias 24 e 28 de julho. O projeto conta com apresentação de dois espetáculos, seminário, além do Pensamento Giratório e a presença do grupo cênico paulista Cia do Tijolo. A abertura do evento será às 20h. Algumas apresentações serão pagas, R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), outras serão gratuitas.

Para participar do seminário ’20 anos de Palco Giratório’, que terá como pauta os assuntos sexualidade, questão de gênero, dramaturgia, construção de narrativas, arte e ancestralidade, os interessados devem fazer inscrição gratuita através do formulário online. “Pela primeira vez, o Palco Giratório conta com seminários para discutir aspectos relevantes para as artes cênicas e temas que também permeiam as outras linguagens artísticas”, explica Rita Marize, curadora do projeto no estado.

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Programação

Espetáculos

 Terça-feira (25) - Espetáculo Pa(IDEIA) – pedagogia da libertação | 20h | R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

Quarta-feira (26) - Ledores do Breu | 20h | R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

Quinta-feira (27) - Pensamento Giratório | 20h –  gratuito

Seminário

Segunda-feira (24)

14h | mesa – Arte e Ancestralidade – Povos Indígenas

Zeca Ligiéro, Vânia Fialho, Guila Xucuru e Fred Nascimento (mediação)

19h | mesa - Arte e Ancestralidade – Negra e quilombolas

Fernanda Júlia, Samuel Santos, Lara Rodrigues, Maria Bianca (mediação)

Terça-feira (25)

14h | Questões de Gênero e Sexualidade - Trans-Posições Artísticas: Diversidade Sexual e Representatividade Política

Dodi Leal, Marcondes Lima, Robeyoncé (mediação)

Quarta-feira (26)

14h | Dramaturgias e a construção de Narrativas: (Des)territorializando espaços e (Re)inventando dramaturgias 

Rodrigo Dourado, Mônica Lira, Eliana Monteiro, Anamaria Sobral (mediação)

Quinta-feira (27)

14h| mesa 01 – Gestão Cultural e Curadoria na Experiência do Sesc: Desafios e Oportunidades

Maria Carolina Fescina, André Santana , Rita Marize e Raphael Vianna

16h| mesa – Mapeando experiências e articulando sentidos: o trabalho de críticos e curadores dos festivais cênicos

Michelle Rolim, Fábio Pascoal, Nara Menezes e mediação de Pedro Vilela

Sexta-feira (28)

 14h | Acessibilidade / Mediação Cultural / Formação de Público

Felipe Arruda, Bernardo Klimsa, Emanuella de Jesus e Andreza Nóbrega (mediação).

Serviço

20 anos do Palco Giratório

Teatro Marco Camarotti (Rua Treze de Maio, 455, Santo Amaro, Recife)

Segunda-feira (24)|20 h

Dando vida à personagem Cibele, em A Força do Querer, Bruna Linzmeyer deu uma entrevista daquelas ao jornal Extra, publicada neste domingo, dia 11. A atriz, dona de um dos olhos azuis mais cobiçados da telinha, abriu o jogo sobre sua sexualidade e revelou que já viveu romances abertos e provou que o seu lema é a liberdade:

- Os meus [relacionamentos] funcionaram muito bem, tanto os abertos quanto os fechados. Acredito em relacionamentos monogâmicos e poligâmicos, conheço gente de todo tipo. Você só tem que entender o que quer naquele momento com aquela pessoa. Mas, mesmo numa relação monogâmica, o fato de você estar casada ou namorar alguém não quer dizer que essa pessoa te pertence, nem você a ela. É sempre bom preservar o respeito pelo outro.

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Atualmente vivendo um romance com Priscila, a atriz não teve medo de revelar sua bissexualidade publicamente. Sobre isso, Bruna não economizou lacre em sua declaração:

- Gosto de homens, de mulheres, de pessoas. Eu me apaixono e me interesso pelo ser humano, não importa que gênero ele tenha. Não há o que esconder. E, se alguém não quiser trabalhar comigo por preconceito, eu vou achar até bom. Quero conviver com pessoas que acreditem num mundo melhor, e o mundo melhor em que eu acredito é esse em que gente não tenha preconceito de namorar alguém do mesmo gênero.

A atriz contou, no entanto, que nem sempre as pessoas aceitam sua opinião e diversas vezes já foi alvo de comentários homofóbicos, o que faz Bruna voltar atrás:

- A gente deve se encorajar a falar sobre o assunto, sim. Isso ajuda muito, diz, convicta.

Mas, diferentemente de sua personagem na trama das nove - que armou a maior vingança contra Ruy, interpretado por Fiuk, na vida real Bruna é bem tranquila:

- Sou uma pessoa que perdoa com muita tranquilidade.

Durante a entrevista, ela ainda contou como conseguiu o seu primeiro trabalho nas telinhas, em Afinal, o que querem as mulheres?

- Eu não tinha vontade de ser atriz. Um dia, acabou o dinheiro. [...] Então, fui na agência de modelos em que eu estava inscrita e falei que queria fazer um teste para a Globo. Achava que isso ia me trazer dinheiro para eu não ter que voltar para casa. E, de um jeito muito louco, uma semana depois, eu fiz um teste e passei.

Um promotor de Madri abriu nesta quarta-feira uma investigação da campanha de uma organização conservadora que gerou uma grande polêmica ao fretar um ônibus para percorrer a Espanha com uma mensagem contra os direitos dos transsexuais.

"Os meninos têm pênis, as meninas têm vagina, não se enganem. Se você nasce homem, você é homem. Se é mulher, continuar sendo mulher", afirma a mensagem em grandes letras brancas na lateral do ônibus laranja, que começou a circular na segunda-feira pela Espanha.

Fretado pela organização HazteOir (Faça-se ouvir), o ônibus é parte de uma campanha do grupo contra a promoção do direito da liberdade sexual ou de gênero. O ônibus tinha previsto dirigir-se a várias cidades espanholas, mas as autoridades o impediram ante a possibilidade de que possa implicar crime de ódio.

A campanha também gerou um chuva de críticas. "O que está claro é que as pessoas do 'HazteOir', mesmo que tenham pênis e vagina, não têm cérebro e muito menos coração", afirmou Pablo Iglesias, líder do partido de esquerda radical Podemos.

Gerardo, um aposentado de 71 anos e que não quis dar o sobrenome, afirmou à AFP que se uniu à campanha para defender sua liberdade de expressão, assim como o fazem os que promovem o direito à identidade de gênero nas escolas.

"Temos o direito de educar nossos filhos segundo nosso pensamento. Por que podem nos impor outros critérios? Não acho certo que ensinem esse tipo de ideologia a nossos filhos, cada um pode escolher seu sexo. Não é normal", criticou. Ativistas fazem campanha a favor de uma lei que proíba a discriminação por orientação ou identidade sexual.

"Essa lei serviria para a comunidade LGBT se proteger desse tipo de manifestação", indicou em um comunicado Mané Fernández Noriega, porta-voz da Federação Estatal de Lésbicas, Gays, Transsexuais e Bissexuais.

Os deputados finlandeses aprovaram o casamento gay nesta sexta-feira (17), após recusarem uma última tentativa da oposição de criar obstáculos para que o matrimônio homossexual não fosse aprovado e entrasse em vigor a partir do dia 1º de março.

Liderados pelo partido dos Verdadeiros Finlandeses, grupo conservador existente no governo desde 2015, os opositores ao casamento entre pessoas do mesmo sexo conseguiram inserir na ordem do dia uma iniciativa popular para abolir a lei, aprovada em 2014 por 101 votos a favor e 90 contra.

O Parlamento não reconheceu o texto, e confirmou a primeira votação com uma maioria de 120 votos contra 48. A lei entrará em vigor, conforme previsto, em menos de duas semanas.

Os deputados que apresentaram a moção defendem o que chamam de "matrimônio autêntico", que significa uma união que envolve um homem e uma mulher, e reuniram mais de 50.000 assinaturas necessárias de cidadãos para obrigar o Parlamento a discutir a questão.

Na terça-feira (14), o legislativo se pronunciou contra à iniciativa, entretanto os deputados mais conservadores (democratas cristãos e os Verdadeiros Finlandeses) insistiram para que houvesse uma consulta através de uma sessão na Assembleia.

Os que são a favor do matrimônio homossexual os acusaram de enganar seu eleitorado diante da iminência das eleições municipais de abril, além de desperdiçarem o tempo do Parlamento.

A Finlândia, que permite uniões civis entre pessoas do mesmo sexo desde 2002, era o último país nórdico que ainda não tinha autorizado o casamento homossexual.

De acordo com dados do IBGE cerca de um terço dos adolescentes já haviam iniciado a sua vida sexual antes de chegar ao ensino médio em 2015 e quase 40%  deles não usou preservativo na sua primeira relação sexual.

Para a socióloga Jaqueline Pitanguy, da ONG Cepia, esse comportamento alarmante revela a lacuna deixada pela falta de educação sexual nas escolas.

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Especialistas ouvidos pela Federação Internacional de Planejamento Familiar do Hemisfério Ocidental, da qual a ONG é parceira, avaliaram que o Brasil vai muito mal nesse quesito, especialmente porque não há no currículo básico escolar uma disciplina voltada exclusivamente para a sexualidade e a saúde reprodutiva. Jaqueline salienta que essa é uma recomendação da ONU desde 1994.

Os prejuízos trazidos por essa ausência são sentidos diariamente por professores como Paulo Ricardo Rodrigues, que leciona Biologia em uma escola na Serra, região metropolitana do Espírito Santo, na falta de uma orientação geral ele decidiu por conta própria inserir conteúdos mais abrangentes de educação sexual em suas aulas.

Rodrigues conta que a abertura deixa os alunos mais confortáveis para tirarem suas dúvidas, o que tem revelado o grande desconhecimento deles sobre como utilizar corretamente os métodos de prevenção como consequência é grande o número de alunas grávidas ou estudantes com DST's.

Fabiana Nascimento também é professora em Mauá, São Paulo, e mãe de uma adolescente de 12 anos apesar de manter um diálogo aberto com a filha ela também sente falta de uma educação sexual que ultrapasse questões anatômicas ou patológicas.

Conversando com Clarice ou com seus alunos  ela descobriu que grande parte do que os adolescentes sabem sobre sexo vem da internet ou dos filmes pornográficos.

A pesquisa feita pela Federação Internacional também apontou que os adolescentes desejariam ter mais privacidade e acolhimento ao procurar serviços de saúde em busca de orientação ou de métodos contraceptivos, mas como muitas vezes se sentem julgados ou precisam comparecer junto com os pais acabam desistindo de procurar esses serviços.

Um dos maiores estudiosos do comportamento humano de todos os tempos, Sigmund Freud apreendeu, e hoje seu legado ensina, a navegar pelas reentrâncias da mente (e além dela) dos indivíduos. A potência e o desejo sexual foram alguns de seus principais objetos de estudo, estes, por sua vez, abriram as portas para demais considerações do mestre da psicanálise em seu mergulho gradual no saber do homem sobre si mesmo.

No vídeo, o psicanalista Pedro de Santi aponta algumas das principais reflexões de Freud sobre o assunto, analisando ainda o perfil do período em que a obra de Freud começou a reverberar. Confira mais sobre o tema, assistindo ao comentário na íntegra abaixo.

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Os corações dos apaixonados batem muito mais forte no período junino. É o mês dos namorados, quando muitos casais aproveitam para fortalecer o que sentem um pelo outro. Como de costume, começam a surgir neste período alternativas para aumentar ainda mais o amor dos pombinhos e principalmente acender a chama da relação. No Recife, um curso promete dar dicas de como criar pratos afrodisíacos.

A gastrônoma Thaís Lima, ao lado da especialista em sexualidade Duda Lopes, se juntarão à Clarissa Leão, da Santevie. O objetivo da união é a realização do curso "Sexualidade e os Cinco Sentidos", com abordagens sobre alimentação, bem estar e vida saudável.

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Segundo a assessoria de comunicação que divulga o evento, o curso pretende mostrar a importância do casamento da gastronomia com o “despertar dos desejos, através do paladar, olfato, audição, visão e do tato”. O público poderá conferir informações sobre culinárias afrodisíacas e acerca de ambientes que despertam o desejo sensual, além dos mitos e verdades sobre sexualidade. 

O curso será realizado no dia 2 de junho, às 19h, na Oficina de Chefs, na Casa Rosada. O endereço é Avenida Santos Dumont, 657, no bairro da Tamarineira, Zona Norte do Recife. O investimento é de R$ 100 e as inscrições podem ser feitas pelo e-mail santeviecursos@gmail.com ou através dos telefones: (81) 34233575 e 995104575.

Especialistas e entidades ligadas à causa LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e transgêneros) criticam a iniciativa dos vereadores do Recife de proibir livros didáticos que falem de diversidade sexual e dizem que a exclusão desses temas da sala de aula é preconceito.

“Se você é contra qualquer forma de discriminação você não pode excluir essa expressão [homossexualidade] dos livros. Preconceito não é só agressão física”, defende o professor de psicologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Benedito Medrado.

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“Para mim, é extremamente discriminatório você poder colocar a história de um príncipe e de uma princesa no livro e não poder colocar duas princesas. Então você só está ensinando uma forma de sexualidade. Se você não aceita as possibilidades diversas de expressão da sexualidade está praticando homofobia tanto quanto a pessoa que agride diretamente uma pessoa que beija outra do mesmo sexo. É uma lógica muito sutil. Eu chamo de homofobia cordial”, completou Medrado que integra o Fórum Nacional de Pesquisas em Gênero, Sexualidade e Educação, formado por mais de 80 núcleos de pesquisa de universidades brasileiras.

 

“Como a gente aprovou recentemente uma lei contra o bullying e vai tirar dos livros didáticos a discussão sobre direitos sexuais? É contraditório”, critica Medrado.

De acordo com a pesquisa Juventudes na Escola, Sentidos e Buscas: Por que frequentam?, feita em 2013 e coordenada pela socióloga Miriam Abramovay, 19,3% dos estudantes da rede pública não gostariam de ter um colega de classe travesti, homossexual, transsexual ou transgênero.O especialista argumenta que levar a discussão para a escola ajuda a manter os adolescentes seguros. “O fato de não ter no livro didático não vai mudar em nada o acesso à informação. O que vai tirar é qualidade. Eles vão continuar vendo tudo o que veriam no livro didático de uma forma explorada, bem elaborada, bem discutida. Vão ver na internet, sem a possibilidade de intervenção de um profissional de educação que poderia contribuir para tornar a experiência mais saudável. E a gente só contribui de fato para a violência e a discriminação”.

O estudo, feito com o apoio da Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI), indicou que esse é o terceiro grupo mais rejeitado na escola, atrás de bagunceiros e puxa-sacos dos professores. Mais da metade (52,5%) dos alunos consultados também se declararam contra o casamento de pessoas do mesmo sexo.

Para Jô Menezes, da organização não governamental (ONG) Gestos, que trabalha com populações vulneráveis a doenças sexualmente transmissíveis e ao vírus HIV, a intenção dos parlamentares é evitar a discussão sobre diversidade sexual.

“O que eles querem defender é que isso não seja discutido, não seja possibilitado porque abre as possibilidades de entender que sexualidade é algo que se sente, que se vive no corpo, mas que está relacionado a várias questões e não pode ser normatizado pela religião x, y ou z”, critica.

Ela também destaca que o Estado brasileiro é laico e, portanto, não poderia ser regido pelos dogmas de representantes de igrejas. “Embora muito mais teórico do que na prática, é um estado laico. Então eu acho que a escola tem sim a possibilidade de fazer uma discussão boa, esclarecedora, sem ser com informações erradas, que mais confundem os jovens do que os deixa livres para viver a sexualidade com responsabilidade”.

Os dois especialistas ouvidos pela Agência Brasil defendem que o conteúdo seja adequado à idade das crianças. “É óbvio que você equaciona a informação de acordo com a geração da criança. Para a quinta série não é o mesmo que para o ensino médio. É proporcional ao número de informações que elas trazem. E muitas vezes a gente trabalha com as dúvidas que chegam, é isso que a gente orienta aos educadores”, explica Benedito Medrado.

Sempre na segunda quarta-feira de cada mês, o grupo de estudo ‘Gênero e Sexualidade: uma perspectiva crítica’, do Centro de Pesquisa em Psicanálise e Linguagem (CPPL), receberá interessados em debater a temática. O intuito é problematizar a naturalização da heterossexualidade a partir da leitura crítica da teoria sexual em Freud e da perspectiva de Judith Butler.

O primeiro encontro será realizado na próxima quarta-feira (9), seguindo até 8 de junho. O investimento é de R$ 120 e as inscrições podem ser feitas pelo telefone (81) 3423-5751.

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Os encontros serão coordenados pela psicóloga e mestre em Psicologia Clínica, Letícia Rezende, e pelo psicanalista e doutor em Teorias Psicanalistas, Antonio Ricardo. O CPPL fica na Rua Cardeal Arcoverde, 308, no bairro das Graças, Zona Norte no Recife.

Serviço:

O quê: Grupo de estudo Gênero e Sexualidade: uma perspectiva crítica
Quando: De 9 de março a 8 de junho, das 18h30 às 21h30
Onde: Auditório do CPPL – Rua Cardeal Arcoverde, n.º 308, Graças
Investimento: R$ 120,00
Informações: (81) 3423-5751

 

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Uma luta frenética pela audiência pautada na agressividade e sexualidade. É assim que o ex-participante do Big Brother Brasil Marco Marcon define grande parte da programação televisiva brasileira. Em evento na Universidade da Amazônia (Unama), terça-feira (13), em Belém, o teólogo paranaense, que participou da última edição do reality show da TV Globo, afirmou que o público agora “consome a imagem do outro”, em programas que classifica como novelas do século 21.

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Marco Marcon falou para centenas de universitários que a vida dele mudou após a passagem pelo polêmico programa da Globo. O BBB, diz ele, é editado, mas as decisões tomadas pela equipe de produção são baseadas na audiência. “Se você quiser ver o Big Brother real, assine o pay per view, que não passa por roteirização e não tem personagens criados”. 

De acordo com ex-big brother, que sofreu com a superexposição no período em que participou do reality show, discutir esse assunto ajuda a compreender as necessidades atuais do ser humano. “Participar do reality show mudou minha perspectiva em relação ao programa. De consumidor, passei para a posição de consumido, mas isso me possibilitou atuar como pesquisador e perceber o quão frágil é o ser humano”, disse.

Religiosidade - Marco é teólogo por formação e atualmente cursa mestrado em teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Em sua passagem por Belém, participou das programações do Círio de Nazaré. O ex-BBB, que já acompanhou a procissão na corda, acredita que o Círio ainda não tem a projeção nacional que merece: “O que se projeta é uma caricatura. Deveria ser divulgado de uma forma mais ampla”.

A violência sexual é uma grande preocupação para os pais de crianças e adolescentes, e atualmente ainda são raros os estudos que ofereçam apoio para profissionais que trabalham com as vítimas. Pensando nesta carência, a educadora Ana Carla Vagliati e o programador Guilherme Berghauser desenvolveram o projeto de um software livre, ainda sem nome, que será ferramenta para que professores possam identificar e prevenir, por meio de histórias em quadrinhos, a violência sexual. A proposta foi apresentada nesta quarta-feira (08) no 16º Fórum Internacional de Software Livre (FISL), em Porto Alegre.

Pesquisadores apontam que, devido à rotina das crianças e adolescentes que passam grande parte do tempo na escola, em 44% dos casos de violência sexual o professor é a primeira pessoa a saber e, em 52% deles o docente é o primeiro adulto ter conhecimento sobre o problema. É comum, no entanto, que os educadores não saibam como lidar com a situação, por falta de formação e até mesmo material que possa apoiar suas providências.

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Neste sentido, o projeto de Ana Carla e Guilherme busca ajudar educadores a tratarem, em sala de aula, de uma “educação sexual emancipatória”, conforme dizem. “Para que o professor trabalhe de forma mais aberta, sem tabus, sem preconceitos, e assim consiga fazer a prevenção e identificação da violência sexual”, defende Ana Carla Vagliati. Ela lembra, ainda, que a ferramenta pode ser útil a todos os profissionais que trabalham no diagnóstico da violência, para que eles possam encaminhar as vítimas ao tratamento correto dos traumas que este tipo de crime acarreta.

O software terá personagens de todas as idades e gêneros - homens e mulheres, crianças, adolescentes, adultos e idosos. Assim, será possível que os professores e também aos alunos possam contar histórias em que a violência possa ser identificada. “A gente identificou que a criança tem dificuldade em falar sobre a violência. Ela tem mais facilidade de desenhar. Em diagnósticos de crianças vítimas de violência elas desenham muito sobre o fato que acontece”, explica Guilherme Berghauser.

Ainda não há previsão de lançamento da ferramenta, que é trabalho de conclusão de curso do programador. O projeto é em software livre para facilitar a disseminação e uso da ferramenta. “A gente quer que a comunidade contribua e os professores tenham acesso ao software. Para isso ele precisa ser aberto”, conta Guilherme. 

O papa Francisco recebeu nesta segunda-feira (4) no Vaticano o arcebispo luterano de Uppsala na Suécia, Antje Jackelen, e convidou os protestantes e os católicos a tratar abertamente suas divergências quanto a questões de sexualidade.

"A questão da dignidade da vida humana, sempre a respeitar, é de uma urgência atual, como são os temas da família, casamento e sexualidade. Estas não podem ser ignoradas e silenciadas pelo medo de pôr em perigo o consenso ecumênico já alcançado", disse o pontífice, defendendo o diálogo entre a Igreja Católica e as igrejas protestantes.

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Em muitas questões sensíveis, começando com a ordenação de mulheres padres e bispos, passando pelo casamento gay e o divórcio, os pontos de vista da Igreja Católica e das igrejas protestantes são inconciliáveis, o que não facilita o diálogo diário entre os cristãos em países onde estas igrejas coexistem.

Os protestantes acusam os católicos de serem retrógrados e estes últimos acusam os protestantes de vender as concepções cristãs sobre o casamento e a vida para se adequar à moda.

A Jackelen, Francisco destacou que não há mais tempo para o desprezo mútuo: os fiéis católicos e protestantes "não devem mais ser percebidos como adversários ou competidores, mas reconhecidos por aquilo que são: irmãos e irmãs" e devem trabalhar em conjunto, em especial em favor dos "irmãos cristãos perseguidos" no mundo.

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O tema sexualidade deve ser orientado e discutido em todos os sentidos, inclusive para a informação das pessoas com necessidades específicas. Por isto, o Programa Vencer desta semana retrata como é a vida dos deficientes que possuem vida sexual ativa e debate como deve ser o processo de orientação para quem ainda não teve esta experiência.

O jornalista James Alcides conversou a psicóloga Patrícia Lima, que comentou a importância da família para essa orientação. "A família tem o papel de diálogo e interação. Visando a ansiedade e o preconceito que os deficientes passam é importante a ajuda de um profissional com um psicólogo, explicando os processos que fazem parte da subjetividade do ser humano".

Três fatores fazem parte da relação da pessoa com a sexualidade. O processo biológico, que são os impulsos sexuais que está no nosso organismo; o processo psicológico, que faz parte das motivações sexuais, que nos induz a prática sexual, além do fator social, que está relacionado à cultura do que é dito pela sociedade.

Confira todos os detalhes deste encontro no video acima. O programa Vencer é apresentado pelo jornalista James Alcides e exibido toda sexta-feira no Portal LeiaJá.

Este sábado (6) é o Dia do Sexo, e para comemorar, o Portal LeiaJá lista os aplicativos, sites e redes sociais mais picantes, sejam eles para smartphones ou desktop. Alguns são recheados de dicas, outros são para compartilhar a experiência, ou até encontrar alguém disposto a se relacionar. Fica o aviso que as recomendações são para pessoas maiores de 18 anos.

1. Tinder/Grindr - Tinder e o Grindr são os aplicativos de paquera mais populares para smartphones. A ideia é similar, encontrar um parceiro, ou parceira, perfeita para você. O Grindr é focado em relações homossexuais, enquanto o Tinder é mais geral. É possível procurar entre os usuários através de fotos, ver se há interesses em comum e marcar um encontro. Ambos estão disponíveis para iOS e Android.

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2. Uplust - E se o Instagram fosse uma rede social para fotos eróticas? É baseado nessa ideia que foi criado o Uplust, antes conhecido como Pornstagram. Não há aplicativo oficial, mas é possível acesá-lo através da versão mobile do site. A ideia é simples, tirar fotos picantes e compartilhá-las. É possível dar likes nas postagens e seguir determinados usuários, além de usar filtos e hashtags. Através da ferramenta de filtros, é possível encontrar apenas fotos que se encaixem no que o internauta quer ver.

3. Grande Kamasutra/Sex Life/iKamasutra - Se as posições tradicionais estão enjoando, os apps como Grande Kamasutra e Sex Life prometem mudar isso. Ambos contêm uma biblioteca de várias posições para fazer amor de uma forma mais dinâmica. "Se não está aqui, então simplesmente não é possível," promete um dos aplicativos que permite aos usuários enviar suas recomendações, caso encontrem algo que não está na lista.

4. Fatos do Sexo - Acha que sabe tudo sobre a arte do amor? Apps como 1,001 Sex Facts, SEX-Facts e Estranhos fatos sexo prometem provar que há mais para se decobrir. Os aplicativos testam o conhecimento do usuários com perguntas e mostram o resultado final, assim é possível ter uma ideia do quanto você realmente sabe. 

Nesta quarta-feira (28), uma mobilização social pretende chamar atenção da população no centro do Recife sobre o combate à violência sexual. Com concentração a partir das 14h, no Parque Treze de Maio, centenas de pessoas sairão em passeata até Pátio do Carmo, realizando a distribuição de panfletos informativos que lembram a urgência de denunciar casos do tipo. 

Em 2014, o evento organizado pela Rede de Combate tem como foco o período da Copa do Mundo, mas quer deixar claro da necessidade de coibir tais práticas sempre. “Queremos cobrar dos órgãos do Governo ações constantes de prevenção à violência sexual. A campanha deste ano é voltada à Copa, mas que não seja uma ação só para a Copa. É preciso trabalhar o ano todo”, afirmou Jaciara Arruda, uma das coordenadoras da caminhada. 

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A atividade ainda faz parte da programação do 18 de maio, Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual Infanto-Juvenil, instituído em 2000 pela lei 9.970. Por conta da realização da Copa, a probabilidade é de aumento no número dos delitos de natureza sexual, segundo a Rede de Combate. O objetivo, portanto, da campanha é “derrubar o muro do silêncio” em torno da violência sexual e fazer com que, através das denúncias, os crimes se tornem cada vez menos frequentes. 

Na noite dessa terça-feira (25), aconteceu a décima eliminação do Big Brother Brasil 14. O primeiro paredão duplo do realty foi protagonizado por Diego e Roni que, em sua primeira ida à berlinda, foi eliminado com 60% dos votos.

Roni foi indicado pela líder Aline. Durante 43 dias de confinamento, o modelo se envolveu com Tatiele e começou uma grande amizade com Marcelo. Roni também sofreu várias críticas de alguns brothers, por causa de algumas reclamações que ele fazia a Tatiele. Fora da casa, Roni esclareceu sua sexualidade, que deixou parte do público e dos confinados em dúvida. "Hoje em dia a amizade é confundida demais. Não tenho problema com a minha sexualidade. Gosto 100% de mulher mas não tenho preconceito", comenta.

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Diego, depois de passar por quatro paredões, é apontado como um dos favoritos a vencer o BBB 14. Nas enquetes realizadas pelo site UOL, o carioca aparece em primeiro lugar.  

A filha lésbica de um magnata do setor imobiliário de Hong Kong, que ofereceu mais de 100 milhões de dólares para um eventual pretendente se casar com a jovem, dirigiu ao pai uma carta aberta pedindo que aceite sua sexualidade.

A carta começa com um afetuoso "Querido papai" e na mesma Gigi Chao, uma jovem da alta sociedade de Hong Kong, pede de coração que seu pai Cecil trate sua companheira sentimental há nove anos, Sean Eav, como "um ser humano normal e digno". As jovens teriam se casado em 2012 na França, mas o pai insiste em conseguir para Gigi um marido do sexo masculino, com o objetivo de garantir sua descendência.

"Sei que é difícil para você entender que me sinta atraída sentimentalmente por uma mulher. Não posso explicar isso a mim mesma. Mas são coisas que acontecem", afirma um trecho da carta, publicada no South China Morning em sua edição desta quarta-feira e distribuída a outros meios de comunicação.

A carta foi publicada depois que o pai, um bem-sucedido promotor imobiliário de 77 anos, que se nega a reconhecer que a filha é lésbica, duplicou na semana passada a oferta de dote matrimonial, alcançando um bilhão de dólares de Hong Kong (130 milhões de dólares americanos), após uma primeira oferta de 500 milhões da moeda local há dois anos. A primeira soma atraiu 20.000 candidatos.

Em sua carta, Gigi, de 33 anos, diz que perdoa o pai porque ele agiu pensando em seu interesse. E afirma que o enganou ao fazê-lo acreditar que poderia existir esta opção para ela.

"Sinto muito por te enganar e por te fazer pensar que só mantinha uma relação lésbica porque não havia homens bons e adequados para mim em Hong Kong. Há muitos homens bons, mas simplesmente não são para mim".

Além disso, a jovem manifesta tristeza pelo fato de seu pai não participar da vida que ela mesma construiu.

"Lamento que não tenha a ideia de como estou feliz e satisfeita com minha vida, e que existam aspectos dela que não compartilhe", afirma.

Chao é dono da imobiliária Cheuk Nang, negociada na bolsa, e é um importante membro da alta sociedade de Hong Kong, aparecendo regularmente em eventos públicos com sua mais nova namorada, uma mulher muito mais jovem que ele. Segundo boatos, uma vez disse ter dormido com 10.000 mulheres.

As uniões civis entre pessoas do mesmo sexo não são aceitas neste território do sudeste da China, muito conservador, apesar de transmitir uma imagem moderna, cosmopolita e tolerante. A homossexualidade foi legalmente descriminalizada em 1991.

O cineasta britânico Sacha Baron Cohen estaria trabalhando em um filme baseado nesta história.

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O programa Vencer dessa semana debate a sexualidade entre deficientes físicos. James Alcides e Renata Lima debateram a sexualidade com essas pessoas, a relação dos pais com filhos com deficiência. "A sexualidade está perante o sujeito, então, cabe a família orientar essa criança", disse Renata. E ressaltou a importância do pai acompanhar bem o dia a dia do filho. Que, ainda existe muito preconceito em situações como essa, então, em alguns casos, é bom buscar uma ajuda terapeuta, um psicólogo. 

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O quadro "Virando a página" traz o tema das condições de respeito aos cadeirantes, em relação aos estacionamentos reservados para eles, e que na verdade quem faz uso são as pessoas que não são cadeirantes. No quadro também é ressaltado que a acessibilidade que tem que ser vista com bastante cuidado e consciência. O Blog INperfeitas, trata dos lugares onde as meninas saem no Recife. Que citaram que mesmo quando tem locais com rampas, as rampas são muito íngremes e prolongadas. 

Toda sexta-feira, o programa Vencer é exibido pelo portal LeiaJá

A Alemanha se tornará na sexta-feira o primeiro país europeu a autorizar que bebês sejam registrados sem ser claramente identificados como meninos ou meninas. Os pais poderão deixar em branco a lacuna correspondente ao sexo nas certidões de nascimento, criando assim uma categoria indefinida nos registros civis.

"É a primeira vez que a lei reconhece que há seres humanos que não são nem homens, nem mulheres ou são ambos, gente que não entra nas categorias legais tradicionais", explicou à AFP Konstanze Plett, professora de Direito da Universidade de Bremen (noroeste). A medida visa a reduzir a pressão sobre os pais, obrigados a decidir por operações cirúrgicas polêmicas para atribuir um sexo ao recém-nascido.

Segundo o Ministério do Interior, os passaportes alemães onde constam "M" para masculino e "F" para feminino, a partir de agora terão outra possibilidade: o "X" para a lacuna reservada ao sexo. De acordo com Plett, especialista em direitos dos intersexuais, as regras serão aplicadas também a documentos oficiais. A lei, que entra em vigor em 11 de novembro, não responde a algumas dúvidas sobre o que significa viver sem uma identidade sexual juridicamente estabelecida.

O legislador terá que esclarecer as consequências desta mudança para casamentos e uniões civis, por exemplo. Na Alemanha, o casamento só pode unir um homem e uma mulher, enquanto o contrato de união civil ("Lebenspartnerschaft") é reservado exclusivamente a pessoas do mesmo sexo.

A lei destina-se aos pais de recém-nascidos e "não é apropriada para resolver o conjunto de complexas problemáticas de pessoas intersexuadas", afirmou o porta-voz do ministério do Interior. Para as associações, a preocupação é, sobretudo, saber como pode ser a vida das crianças que não tiveram seu identificado quando nasceram em um mundo que funciona, em grande parte, com a lógica binária homem/mulher. "O patchwork criado pelos médicos"

"Na escola há banheiros para meninos e meninas. Para onde vai a criança intersexuada?", perguntou-se Silvan Agius, da organização ILGA Europa, que luta pela igualdade dos direitos de homossexuais, lésbicas, bissexuais, trans e intersexuais. "A lei não muda isso. Não vai criar imediatamente um espaço em que as pessoas intersexuadas possam ser elas mesmas", assegurou, antes de indicar que a Europa está atrasada neste ponto.

Em junho, a Austrália anunciou a instauração de uma nova nomenclatura sobre o reconhecimento dos sexos em documentos oficiais, oferecendo as possibilidades homem, mulher e transexual. A nova lei segue um relatório de 2012 do comitê de ética alemão, que reúne teólogos, universitários, juristas e tem como objetivo assessorar o governo. No mesmo se destacava que as pessoas com "diferenças no que diz respeito ao desenvolvimento sexual" sofrem com "a ignorância social generalizada" e com a "falta de respeito do corpo médico".

No relatório constava o depoimento de uma pessoa nascida em 1965 sem os órgãos genitais claramente definidos e que foi castrada na infância, sem o consentimento dos pais. "Não sou nem homem, nem mulher", afirmou esta pessoa. "Sou o patchwork que os médicos criaram, mortificado e marcado para a vida".

Calcula-se que um recém-nascido em cada 1.500 ou 2.000 seja intersexual, embora esse número possa ser maior, devido à dificuldade para se definir o que é a intersexualidade, tanto do ponto de vista físico quanto hormonal. A nova lei estabeleceu o perfil dessa minoria, o que poderia permitir uma sensibilização crescente, mas também, como muitos temem, poderia aumentar o risco de discriminação.

"É absolutamente imperativo que pais, educadores e médicos sejam informados sobre a vida de pessoas intersexuadas", afirmou Lucie Veith, da Associação Alemã de Pessoas Intersexuadas (Intersexuelle Menschen e.V). "O governo deve adotar medidas para garantir que nenhum menor de idade seja vítima de discriminação com esta nova lei", advertiu.

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