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À margem do acordo para aprovar o texto da reforma da Previdência que teve o aval da Câmara sem modificações, senadores tentam abrandar a proposta que modifica as regras para se aposentar no Brasil. Quase 130 emendas (sugestões de alterações) foram protocoladas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), colegiado que faz uma análise prévia da reforma, antes do plenário.

Cabe ao senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que deve entregar seu relatório na semana que vem, decidir se acata ou não as sugestões.

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Levantamento do Estadão/Broadcast mostra que pelo menos 28 emendas tentam alterar regras de transição e o cálculo para aposentadoria de servidores públicos ou de trabalhadores da iniciativa privada. Outras 17 emendas querem eliminar ou flexibilizar as novas regras para pensão por morte. Ainda dentro das emendas do Senado, seis pedem alterações nas alíquotas previdenciárias maiores que os servidores públicos vão ter que pagar caso o texto seja aprovado.

A reforma da Previdência foi enviada ao Congresso em fevereiro deste ano e foi entregue pessoalmente pelo presidente Jair Bolsonaro ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A Câmara encerrou a votação em 7 de agosto. A proposta é defendida pelo governo como uma das principais formas de recuperar as contas públicas. A estimativa da equipe econômica é economizar cerca de R$ 930 bilhões em dez anos.

Se o Senado mantiver o texto aprovado pela Câmara, a reforma seguirá para promulgação. Se os senadores modificarem a proposta, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) voltará à Câmara para nova análise dos deputados.

Diante disso, Jereissati afirmou que eventuais mudanças, como a inclusão de Estados e municípios, devem ser discutidas em outra PEC. A chamada PEC paralela vai reunir as emendas que os senadores fizerem à PEC principal durante a análise da reforma no Senado.

Resistências

Tanto o relator quanto o governo resistem a mudanças que desidratem a proposta. O único consenso para a PEC paralela, no momento, é a inclusão de Estados e municípios nas novas regras. Jereissati disse que aceita discutir outras mudanças e que, se aconteceram, a prioridade será para beneficiar os contribuintes mais pobres.

"O que nós estamos, a princípio, tendo como regra nessas discussões, é escutar, dialogar com todos os setores. Se tivermos que corrigir algumas coisas, terá como base a correção de baixo para cima, do piso da pirâmide para o alto da pirâmide. Começaremos, qualquer distorção que haja, pelo piso da pirâmide, pelos mais vulneráveis, a questão de vida, questão econômica e questão social", disse.

Como há tendência de que as emendas sejam rejeitadas, para que o texto da Câmara não seja alterado, senadores que dizem não querer "carimbar" o texto dos deputados prometem pedir votação dos itens separadamente quando a reforma chegar ao plenário. "O Tasso está querendo trabalhar para não alterar nada da Câmara. Rejeitando as emendas, vamos apresentar destaques", disse o líder do PSD no Senado, Otto Alencar (BA), autor de três emendas.

Na pensão por morte - um dos assuntos que provocaram polêmica nas audiências públicas desta semana - os parlamentares tentam manter a vinculação de um salário mínimo (R$ 998) para os benefícios em qualquer caso e evitar as perdas em relação ao pagamento integral.

De acordo com o texto, o valor da pensão por morte ficará menor. Tanto para trabalhadores do setor privado quanto para o serviço público, o benefício familiar será de 50% do valor mais 10% por dependente, até o limite de 100% para cinco ou mais dependentes. A proposta não garante um salário mínimo nos casos em que o beneficiário tenha outra fonte de renda formal.

"Se o piso de um salário mínimo foi mantido na PEC para as aposentadorias e o BPC, não há razão para que não seja mantido para as pensões", disse a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), para quem o ponto pode provocar judicialização da reforma. De acordo com a emenda, o impacto fiscal desse ponto da medida é "modesto", de cerca de R$ 30 bilhões em 10 anos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O relator da reforma da Previdência no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), avalia que a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para a embaixada brasileira em Washington poderá atrapalhar o andamento da reforma na Casa. A indicação ainda não foi oficializada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, pai do deputado.

Enquanto isso, o Senado discute a reforma da Previdência, cujo calendário de tramitação prevê conclusão da votação no dia 10 de outubro.

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"Desidratar, não sei, mas atrapalha, sim. Provavelmente, vai criar má vontade onde não existe", disse o relator ao sair de uma audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Jeressati pretende apresentar um relatório preliminar sobre a proposta nesta sexta-feira, 23. A ideia é avalizar o texto da Câmara e propor alterações, como a inclusão de Estados e municípios na reforma, por meio de um texto paralelo.

Para o tucano, a indicação de Eduardo é polêmica e pode contaminar a discussão sobre o sistema de aposentadorias no País. "Vai começar uma discussão aqui que pode radicalizar posições e, essas posições se radicalizando, pode contaminar a outra discussão."

Eduardo

Mais cedo, o deputado Eduardo Bolsonaro tentou afastar o impacto de sua indicação na reforma da Previdência. "Não. Não tem nada a ver", disse o deputado. "Os senadores vão fazer juízo se eu sou merecedor ou não e ponto final. Outra questão é tributária, reforma da Previdência, armas. Enfim, acho que não tem comunicação de uma coisa com a outra, não", declarou o deputado.

O relator da reforma da Previdência no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), declarou que o avanço de uma revisão no pacto federativo facilita a aprovação das mudanças no sistema de aposentadoria na Casa.

Senadores fecharam um acordo com o governo para destravar propostas do pacto federativo, que envolve a distribuição de recursos para Estados e municípios, em troca de facilitar a aprovação da reforma da Previdência na Casa.

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"Facilita porque uma série de senadores e governadores têm pressionado bastante para que outras medidas que os governadores, principalmente, têm pleiteado tenham andamento. Facilita bastante", declarou o relator.

A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Simone Tebet (MDB-MS), disse que as propostas do pacto federativo podem ser votadas no colegiado entre o final de agosto e início de setembro, antes da conclusão da reforma da Previdência na Casa.

Um dos itens, a distribuição da chamada cessão onerosa com Estados e municípios, está nas mãos do senador Cid Gomes (PDT-CE) para emitir parecer na comissão.

Lida em Plenário no dia 8 de agosto — mesmo dia em que chegou da Câmara dos Deputados — a proposta de reforma da Previdência (PEC 6/2019) vai ser analisada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado antes da votação no Plenário da Casa, prevista para setembro.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, já anunciou que o calendário para a análise do texto será construído em conjunto com os líderes partidários. A reunião de líderes está marcada para esta terça (13) às 15h. Mas a presidente da CCJ, Simone Tebet (MDB-MS) e o relator na comissão, Tasso Jereissati (PSDB-CE) já anteciparam algumas datas da tramitação que permitiriam que a votação da reforma da Previdência no Senado seja concluída no final de setembro ou início de outubro, prazo já apontado por Davi como provável para conclusão da análise do texto. Pelo Regimento do Senado, a CCJ tem até 30 dias para votar um parecer — favorável ou não à proposta. O colegiado emitirá uma posição tanto em relação à constitucionalidade do texto quanto ao mérito da proposta.

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Tasso anunciou que apresentará seu relatório no dia 28 de agosto e que não deverá mudar a proposta para evitar que ela volte à Câmara para nova votação e garantir, assim, a promulgação em outubro. Mudanças como a inclusão de estados e municípios na reforma podem ser incluídas em uma PEC Paralela, segundo Tasso. Antes disso, a CCJ fará audiências públicas. Na quarta-feira (14) o colegiado votará requerimento para a realização desses debates. O REQ 54/2019 propõe que sejam ouvidos pelos senadores, entre outros, o secretário Especial de Trabalho e Previdência do Ministério da Economia, Rogério Marinho e o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa. A ideia é que as audiências ocorram entre 19 de 23 de agosto.

A estimativa de Simone Tebet é que a CCJ conclua a análise da proposta no início de setembro, provavelmente no dia 4, uma semana após a apresentação do relatório, garantindo assim o prazo de uma semana de vista coletiva para que os integrantes da comissão estudem o texto.

Vencida a etapa da CCJ, a reforma segue para o Plenário do Senado que dará a palavra final sobre a proposta. Cinco dias após a publicação do parecer no Diário do Senado Federal e no sistema eletrônico, a matéria poderá ser incluída na Ordem do Dia (pauta de votação), conforme determina o Regimento do Senado.

Serão cinco sessões de discussão para votação em primeiro turno. Durante a discussão poderão ser oferecidas emendas assinadas por, no mínimo, um terço dos membros do Senado (27 senadores). As emendas serão analisadas pela CCJ, o que poderá ser feito em Plenário. Também serão admitidos requerimentos para votação em separado de partes (destaques) do texto.

Para ser aprovada, a PEC precisa dos votos de, pelo menos, 49 dos 81 senadores (três quintos dos votos dos membros da Casa) em votação nominal.

Após o primeiro turno, haverá um interstício (intervalo) de, no mínimo, cinco dias para o segundo turno. Incluída a proposta em Ordem do Dia, para o segundo turno, será aberto o prazo de três sessões deliberativas ordinárias para discussão, quando poderão ser oferecidas emendas de redação (que não envolvam o mérito). Novamente, as emendas serão analisadas pela CCJ, o que também pode ser feito em Plenário.

Assim como no primeiro turno, a proposta precisa de pelo menos 49 votos para ser aprovada no segundo turno.

Se a PEC for modificada em relação ao texto aprovado pela Câmara, deverá voltar para análise dos deputados. Se não for alterada, será promulgada em sessão conjunta do Congresso.

Davi Alcolumbre destacou que foi estabelecido um cronograma mínimo para analisar a matéria, dentro do Regimento Interno da Casa. Ele estima que o Senado finalizará a votação da reforma da Previdência até o início de outubro.

"Esperamos que até o final de setembro ou começo de outubro tenhamos deliberado sobre esta matéria", disse o presidente ao receber o texto na semana passada.

*Da Agência Senado

O segundo semestre de 2019 reserva aos senadores um dos maiores desafios desta legislatura: a votação da reforma da Previdência. A Proposta de Emenda à Constituição 6/2019 passou em primeiro turno pelo Plenário da Câmara dos Deputados em 12 de julho e, depois de votada em segundo turno pelos deputados (o que deve ocorrer a partir de terça-feira, dia 6 de agosto), começará a tramitar na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), onde terá como relator o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

A inclusão ou não de estados e municípios na reforma deve ser um dos temas polêmicos a serem definidos, assim como a situação de categorias profissionais específicas, como professores e policiais, que foram beneficiadas na reta final da tramitação na Câmara.

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Apesar disso, o vice-líder do governo no Senado, Izalci Lucas (PSDB-DF), acredita que a tramitação deve ser menos complicada de agora em diante. Na opinião dele, será mais fácil aprovar o texto no Senado, uma vez que os senadores já vêm acompanhando as votações dos deputados e até enviaram sugestões às lideranças.

"Acredito que isso [a reforma] será aprovado até setembro ou outubro, no máximo. Acho até que em setembro, se for dada a devida prioridade. E o presidente [do Senado] Davi Alcolumbre já disse que vai priorizar. Óbvio que vamos acompanhar normalmente, porque aqui é uma Casa revisora e precisamos aperfeiçoar o projeto", disse em entrevista à Agência Senado.

Ainda segundo Izalci, pode ser que a pressão de certas categorias profissionais vá continuar, mas, no geral, os principais pontos da reforma já foram resolvidos na Câmara dos Deputados.

"Não vejo grandes mudanças no Senado. Acho difícil mudar muita coisa. A questão do BPC [Benefício de Prestação Continuada] já foi retirada, assim como as regras de aposentadoria rural. Acredito que não tem muito que mudar", opinou.

Críticas

Oposicionistas, no entanto, não têm o mesmo otimismo. O senador Jean Paul Prates (PT-RN) afirmou que, se depender da oposição, o Senado aprovará a proposta apenas quando o texto corrigir as injustiças e os problemas nela contidos.

"Por isso, acho incorreto fixar uma data. Pode ser uma semana ou seis meses. O importante é que a reforma combata, de fato, os privilégios e não prejudique os mais pobres, como faz atualmente, mesmo depois dos avanços promovidos", afirmou.

Para o parlamentar, houve avanços entre o texto apresentado pelo presidente Jair Bolsonaro e o aprovado na Câmara, até porque a proposta original do governo “simplesmente destruía a Previdência pública com a capitalização”. Apesar disso, diz, o texto segue “sendo injusto, especialmente com os mais pobres”.

"A reforma promove duas reduções drásticas no valor das aposentadorias. Na regra atual, calcula-se o salário com base nas 80% maiores contribuições. O novo texto inclui todo o período que se contribuiu, até um eventual estágio, por exemplo, que tem contribuições menores. Quando se faz isso, o valor da aposentadoria é reduzido. A proposta aprovada diz também que, se a pessoa trabalhou 20 anos, vai receber apenas 60% do salário de contribuição, com aumento de 2% para cada ano. Essa regra prejudica especialmente as mulheres e os mais pobres, vítimas do desemprego e da informalidade, que se aposentam apenas com o tempo mínimo de contribuição", opinou.

Outro tema “gravíssimo”, segundo ele, é a situação dos professores. Para Jean Paul, é injusto uma profissional da educação básica se aposentar apenas aos 57 anos, com vencimentos reduzidos, conforme a situação.

"É triste saber que de R$ 1 trilhão que a reforma “economizará”, cerca de 80% sairá do couro do trabalhador do INSS. E sabemos que no INSS não há privilegiados. O benefício médio do INSS é de R$ 1,4 mil, sendo que dois terços dos benefícios do INSS são de um salário mínimo [R$ 998]. O Brasil precisa ajustar sua Previdência? Precisa, todo governo deve fazê-lo. A proposta do governo Bolsonaro, porém, corta na carne dos mais pobres. Como senador de um estado pobre, eu não posso admitir", avisou.

PEC paralela

Para o senador Tasso Jereissati, uma possível inclusão dos estados e municípios — ponto que não foi definido pela Câmara — não deve atrasar a tramitação da reforma como um todo no Senado, visto que uma alternativa mais provável é a apresentação de uma proposta de emenda à Constituição para tramitar de forma paralela.

"Pessoalmente sou favorável à inclusão de estados e municípios. Acho até que é essencial. Estamos estudando com a nossa assessoria técnica qual é a saída que temos a aplicar e, a princípio, a ideia é uma PEC paralela [...] Aqui somos a Casa da Federação e é nossa obrigação cuidar disso. Uma das funções do Senado é manter o equilíbrio federativo", afirmou.

Já o líder do PT, senador Humberto Costa (PE), antecipou que, independentemente da PEC paralela, a oposição vai tentar rejeitar a reforma no Senado.

"Seria uma outra proposta de emenda. Isso é possível de fazer, mas acho muito cedo para definir esses caminhos, porque muita água vai rolar por baixo dessa ponte. Nós vamos ter muita discussão, a oposição vai continuar trabalhando pela rejeição dessa proposta de reforma e só mais para a frente vamos sentar para discutir essa questão", afirmou à Rádio Senado.

Tramitação

Diferentemente da Câmara, no Senado não haverá comissão especial, e a proposta começará a tramitar pela Comissão de Constituição e Justiça para depois ir a Plenário, onde serão necessários 49 votos favoráveis dos 81 senadores (o equivalente a três quintos do total) em cada um dos dois turnos de votação.

Se os senadores fizerem mudanças, o texto retornará para os deputados. As regras só começarão a valer depois de a PEC ser promulgada pelo Congresso Nacional, pois, diferentemente de um projeto de lei, as propostas de emenda à Constituição não são enviadas para sanção do presidente da República.

*Da Agência Senado

 

Um dos parlamentares mais experientes no Congresso, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo não ver saída para a sucessão de crises no atual sistema político, o qual considera "torto e falido". "Não serve mais. É crise após crise. Não tem clima mais para impeachment, e essas questões de um mau governo ou de um desgoverno levam à crise institucional", disse.

O tucano, que passou a ser um dos conselheiros do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), aposta no parlamentarismo como alternativa, mas avaliou ser inoportuna uma discussão mais aprofundada do tema neste momento, "porque seria considerado golpe, ilegítimo e irracional".

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Depois de três mandatos como governador do Ceará e 12 anos de experiência no Senado, Tasso demonstrou preocupação com a onda dos colegas de consultar as redes sociais antes de votar. "A população nem sempre está com a razão e isso começa com o julgamento de Jesus Cristo e Barrabás."

O sr. tem participado de discussões sobre o parlamentarismo. Isso vai ser analisado pelo Congresso?

Há uma preocupação em relação às crises políticas, desencontros e até antagonismos entre os Poderes. Sem estabilidade, o País não cresce. Pode passar a reforma da Previdência, (mas), se não houver um clima de estabilidade e confiança, vamos continuar com os mesmos problemas. A economia está mal. Todo governo procura estabilidade e a oposição tenta desestabilizar. Mas, aqui, o próprio governo cria crises para desestabilizar e cria um clima que não é propício ao investimento, que é fundamental.

E sobre o parlamentarismo?

Algumas pessoas, inclusive eu, defenderam - não para agora porque seria considerado golpe, ilegítimo e irracional, mas para o futuro -, começar uma discussão sobre parlamentarismo. A minha ideia, e do próprio senador José Serra (PSDB-SP), autor da proposta, é que o sistema político que estamos vivendo ficou torto e falido, não serve mais. É crise após crise. Não tem clima mais para impeachment, e essas questões de um mau governo ou de um desgoverno levam à crise institucional. No parlamentarismo, o Congresso vai ter mais compromisso na hora de votar ou deixar de votar em função de que seu mandato vai estar em jogo também.

E o sr. tem esperança no governo do presidente Jair Bolsonaro?

A área econômica está no rumo certo. Mas pode se tornar um governo extremamente ineficiente em função de outras áreas. É um governo liberal na economia, mas conservador nos costumes e comportamento social. Sou menos pessimista porque acho que a economia está indo na direção correta. Existe uma possibilidade grande de essas reformas serem aprovadas no Congresso. Há uma consciência de que elas são necessárias, apesar dos desacertos do governo, e as reformas vão andar por si só. Ele (Bolsonaro) se complica muito se mantiver essa visão retrógrada em relação à liberdade das pessoas e suas opções de vida e manifestação de opiniões.

O sr. também consulta as redes sociais antes de votar?

Antigamente, eram proibidas manifestações na galeria do Senado, sob o princípio de que os senadores não poderiam votar sob pressão das galerias. As votações eram de acordo com a convicção. Agora, as pessoas votam com medo de apanhar das redes sociais. E a população nem sempre está com a razão, a começar com o julgamento de Jesus Cristo e Barrabás. É preciso ter equilíbrio. As redes sociais devem ser ouvidas, mas tem de seguir as convicções, porque o nível de informações que você tem é maior que a multidão como um todo.

O sr. será o relator da reforma da Previdência no Senado. Como vai conduzi-la?

A reforma é essencial. Só tenho medo porque está se apostando tudo nela. Ela é essencial para evitar que o País não caia no precipício, mas não resolve todos os problemas. Ela vai dar as condições para a gente crescer e tomar iniciativas. Há uma certa visão de que o governo precisa agir e motivar um crescimento econômico mais acelerado. Meu medo é de que fique essa expectativa de que passou e está tudo resolvido. Não está.

E o governo indicou alguma alternativa?

Até agora, não. Estamos na expectativa, mas, concretamente, ainda não. E acho que isso está quebrando o ânimo dos investidores do mercado, porque parece música de uma nota só: Previdência.

E a reforma tributária?

A reforma tributária é mais difícil de aprovar do que a da Previdência. Se ele (Bolsonaro) imagina uma reforma tributária que vai elevar a arrecadação, não é o que a população nem o setor produtivo estão esperando. Se o ministro da Economia (Paulo Guedes) conseguir aprovar isso em três anos, eu dou um beijo na testa dele.

O sr. defendeu o pacto entre os Poderes. É o caminho?

É uma boa iniciativa. No Brasil, está todo mundo contra todo mundo. É preciso, como sociedade, ter alguma visão comum de rumo de Estado, que as pessoas se compreendam e marchem para pontos que são comuns a todos. A iniciativa é boa, mas precisamos muito do saneamento, educação, que está parada, e é importante porque vivemos no mundo do conhecimento. Não adianta ter reforma da Previdência se não tiver uma população preparada para esse mundo novo da internet, da inteligência.

O sr. é um dos conselheiros de Davi Alcolumbre. Vai aconselhá-lo a assinar o acordo?

Não conheço o texto, mas imagino que seja mais de propósitos e intenções do que uma coisa concreta. Acho que vale como um gesto das autoridades. Mas não vejo muito sentido um papel escrito. Existe uma má vontade grande com o governo. Tanto no Senado como na Câmara e isso precisa ser desfeito.

Essa má vontade é normal em início de governo?

Claro que não. Há uma inexperiência enorme, falta de aptidão para governar muito grande e um desconhecimento da coisa pública. Isso é uma coisa inédita. Eu nunca vivi isso. É tão novo para mim quanto para um garoto de 18 anos que está chegando agora. E ainda tem essa influência dos filhos (de Bolsonaro) de uma maneira negativa para o próprio governo, que cria um atrito e desestabiliza, que é contra o governo. Bolsonaro ainda não conseguiu cair a ficha: sou o presidente da República e é preciso estabilidade, que é importante cada coisa que falo e que tem reflexos e consequências. E precisamos ter a condição necessária para fazer as coisas acontecerem. No momento que cair essa ficha, as coisas vão melhorar e (ele pode) até dar umas palmadas nos filhos.

O PSDB já comandou o Ministério da Educação. Como o sr. vê o trabalho do atual ministro?

Eu pensei até que era brincadeira quando vi o ministro (Abraham Weintraub) cantando o musical de Gene Kelly. Isso é uma coisa que leva a uma frustração muito grande a quem está preocupado com o País. Dá um certo desânimo. A sensação que temos é de uma educação parada.

O sr. foi relator da MP do Saneamento, que caducou. Como pretende reverter isso?

O saneamento está entre os problemas mais sérios no Brasil e, infelizmente, não é dada a relevância. Crianças brincam em cima do esgoto. A iniciativa privada precisa ser atraída para investir por uma razão simples: são necessários R$ 550 bilhões nos próximos dez anos para chegar a 80% da cobertura.

O sr. vai apoiar o governador de São Paulo, João Doria, à Presidência em 2022?

É muito cedo. Qualquer governador de São Paulo é um "candidatável" a presidente. Mas minha vida política ensina que temos muita água para rolar embaixo da ponte até lá. Aprendi isso quando FHC era senador, não era lembrado para candidato à reeleição do Senado porque tinham opções mais fortes, e acabou virando presidente da República. Tem muita água para correr ainda.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) criticou, em entrevista ao Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o que chamou de "picuinhas" entre o governo, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF) e defendeu o pacto proposto pelo presidente do STF, Dias Toffoli, discutido na manhã desta terça-feira, 28.

"É necessário que haja o efeito prático", afirmou o tucano. "O País com um número recorde de desempregados, andando de lado e as instituições aqui fazendo picuinha entre si... mais do que esperar, é necessário que haja essa colaboração urgente entre as instituições", declarou.

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Para ele, há ambiente para o pacto resultar na aprovação de reformas. "O ambiente é o País. Hoje nossa obrigação é pensar no País e não em quem tem que protagonismo e não tem, fulano falou isso, fulano falou aquilo. Precisamos sair dessas coisas menores e pensar no País."

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) considerou a prisão do ex-presidente Michel Temer (MDB) na manhã desta quinta-feira (21), "abuso autoridade". Na avaliação dele, o reflexo é uma desmoralização "cada vez maior" da classe política, que ele considera ser "fundamental para a democracia".

"As pessoas têm que ter bom senso neste País e não é espetáculo para as redes sociais que vai melhorar isso, só vai piorar. Não vejo nenhuma razão para prender um presidente da República que tem endereço conhecido, não está fugindo, não está fazendo nada e está à disposição das autoridades. É mais um espetáculo midiático para agradar este ou aquele setor", disse.

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Para ele, "está na hora" de o Congresso discutir lei de abuso de autoridade. "Está passando de todos os limites, a meu ver", afirmou.

A prisão de Temer tem como base a delação do doleiro Lucio Funaro. No ano passado, Funaro entregou à Procuradoria-Geral da República (PGR) informações complementares do seu acordo de colaboração premiada. Entre os documentos apresentados estão planilhas que, segundo o delator, revelam o caminho de parte dos R$ 10 milhões repassados pela Odebrecht ao MDB na campanha de 2014.

No ano passado, o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) liderou um movimento para que o seu partido desembarcasse da gestão de Michel Temer. Agora, em meio à aproximação entre o governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), e o presidente Jair Bolsonaro, o tucano volta a defender que o partido deva se afastar "de visões de extrema-direita" presentes no Palácio do Planalto.

Para Jereissati, a única afinidade entre tucanos e bolsonaristas é na política econômica, em prol da reforma da Previdência. "Eu não enxergo o PSDB totalmente integrado ao governo, até pelas diferenças que nós temos. A grande afinidade que nós temos é em relação à política econômica", afirmou Jereissati em entrevista ao Estadão/Broadcast.

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Neste ponto, o senador disse que "nunca houve um momento tão propício" no Senado para a aprovação da reforma e que entre os senadores tucanos existe "a convicção" sobre uma reforma "imediata" e "de certa profundidade".

O que o sr. achou da eleição para a Mesa do Senado? Houve desgaste de imagem da Casa?

Foi o ápice do desgaste, mas o ponto mais alto da crise do Senado foi necessária para a ruptura com o passado. Com certeza, foi um espetáculo degradante, que desnudou alguns personagens para o Brasil, mas foi um momento em que foi rompido o predomínio de um grupo depois de quase 30 anos. Acho que consolidou o fim do monopólio desse grupo no Senado durante esses anos.

Preocupa o fato de o novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, ter o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, como padrinho?

Ele, com certeza, teve o apoio do ministro Onyx, mas a teia de compromissos que ele firmou aqui dentro do Senado vai dar a independência que ele necessita e, com certeza, quer.

O governo tem condições de aprovar uma reforma da Previdência no Senado?

O governo sozinho não tem essa maioria no Senado. O governo, inclusive, é muito heterogêneo, tem alas diferentes e visões diferentes. É difícil você quantificar. Agora, nunca houve um momento tão propício dentro do Senado para fazer essas reformas. Não podemos desperdiçar essa oportunidade.

Na gestão Temer, o PSDB ficou dividido sobre proposta de reforma da Previdência. E agora?

É uma boa vontade unânime aqui dentro do PSDB do Senado. Evidentemente que tem pontos aqui e ali, ninguém é unânime em todos os pontos. Mas a convicção de que tem de haver uma reforma da Previdência, de certa profundidade e imediata, isso é unânime dentro do partido aqui no Senado.

Qual será a posição do PSDB em relação ao governo? No ano passado, o sr. defendeu desembarcar da gestão Temer e, este ano, Doria tem se movimentado em direção ao governo...

Não enxergo o PSDB integrado totalmente no governo, até pelas diferenças que nós temos, que eu já fiz referência. A grande afinidade que nós temos é em relação à política econômica. Mas, com certeza, estamos bastante afastados de visões de extrema-direita que estão sendo externadas aí por alguns grupos.

Como o sr. avalia o primeiro mês de gestão do governo Bolsonaro?

É muito cedo, temos um pouco mais de um mês com um presidente afastado por uma cirurgia, internado num hospital. Evidentemente, há uma falta de organização no governo ainda. Não dá para identificar para onde o governo vai, porque tem muito bate-cabeça entre as próprias lideranças que dão apoio ao governo. Há grupos diferentes dentro do governo: um grupo ligado a fulano, um grupo ligado a sicrano. Há impressão de que esses grupos não se entendem. Mas acho que naturalmente, com o tempo e a consolidação do governo, essas coisas vão tendo maior organicidade. Eu não digo (que o governo precisa) acelerar, mas ter uma coordenação, ter uma organicidade desses diferentes grupos.

Na Câmara, por exemplo, o líder do governo está sendo muito questionado. Aqui no Senado, ainda não definiram isso...

Faz parte dessa aparente desorganização do governo hoje.

Como o sr. avalia a política externa do governo nesse período?

Algumas declarações do ministro (Ernesto Araújo) não só me preocupam, me cheiram a delírio, altamente fora do mundo terrestre. Evidente que estamos (o PSDB) completamente afastados da linha que ele diz, do que ele pensa. O problema não é só a imagem externa arranhada. O País está sendo levado ao ridículo. É uma visão inclusive diferente da visão do (ministro da Economia) Paulo Guedes, que é totalmente globalista. O ministro das Relações Exteriores é oposto de tudo isso. Vejo com o mesmo rigor e espanto as declarações da ministra (da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves). Algumas, eu não quero nem comentar.

Qual será a posição do sr. na eleição do PSDB?

Eu defendo renovação. Tem de vir um nome ajustado a essa renovação. E que tenha liberdade, independência para liderar essa visão de futuro que o partido vai ter. Volto a defender uma autocrítica. O partido tem de rever, assumir os erros do passado e assumir o compromisso com a sociedade de não aceitar conviver com esses erros.

O Doria é essa nova cara?

O governador João Doria é uma das caras do partido. Tivemos também a eleição do Anastasia (como vice-presidente do Senado), que é um nome relativamente novo, vem de uma outra geração, já é muito respeitado no Senado e no Brasil. E outros também: o Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul, é uma esperança que a gente tem, uma cara nova, ideias novas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um dos momentos mais tensos na tumultuada sessão de eleição do presidente do Senado desta sexta-feira (1º), foi uma agressão verbal do senador Renan Calheiros (MDB-AL) ao senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

O senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP), um dos que apartaram o bate boca, relatou que Renan passou por Tasso no corredor do plenário e disparou: "O responsável por isso é você, coronel, cangaceiro". Em seguida, segundo Randolfe, o diálogo ficou ainda mais agressivo. Tasso, que estava sentado, rebateu: "Você vai para a cadeia". Ao que Renan emendou: "Seu merda, venha para a porrada".

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Em discurso ao plenário, Davi Alcolumbre (DEM-AP), aliado de Randolfe, disse que Tasso lhe deu muitos conselhos e agradeceu ao senador tucano. Mais cedo, o tucano abriu mão de ser candidato para fortalecer a articulação em torno de Alcolumbre.

Randolfe disse, porém, que o pior momento da sessão foi quando a senadora Kátia Abreu (PDT-TO), partidária de Renan, tomou para si o controle sobre a pasta com documentos que ditariam as regras da eleição e não devolveu. "Triste, um feito deprimente para o Senado da República ter um documento da Mesa furtado. É o fundo do poço", afirmou Randolfe. "Renan perdeu a maioria na Casa. Uma minoria resistente não aceitou que o Brasil mudou e que tem uma nova maioria nesse Senado, e continua querendo impor sua vontade."

Segundo o senador, que participa da tratativa para um acordo, os aliados de Alcolumbre ofereceram aceitar que o voto fosse secreto, depositado numa urna, mas que em seguida os parlamentares declarassem ou não o voto, voluntariamente. Renan afirmou há pouco que não faz acordo contra o que está previsto na Constituição e no Regimento Interno do Senado - a regra diz que a votação é secreta.

O senador Tasso Jereissati, ex-presidente nacional do PSDB e presidente do Instituto Teotônio Vilela, rebateu neste sábado, 15, o uso de suas declarações críticas ao seu próprio partido pelo candidato à Presidência da República Fernando Haddad (PT) durante o Jornal Nacional da última sexta-feira. "Haddad usou uma reflexão honesta para fazer proselitismo político", disse Tasso.

Em entrevista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada na última quinta-feira, Tasso avaliou a trajetória do PSDB nos últimos anos. "O partido cometeu um conjunto de erros memoráveis. O primeiro foi questionar o resultado eleitoral (...) O segundo erro foi votar contra princípios básicos nossos, sobretudo na economia, só para ser contra o PT. Mas o grande erro, e boa parte do PSDB se opôs a isso, foi entrar no governo Temer", disse.

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Durante o Jornal Nacional da última sexta-feira, Haddad citou a entrevista de Tasso para defender o governo da presidente cassada Dilma Rousseff (PT) e dizer que ela foi impedida pelo PMDB e pelo PSDB de fazer os ajustes necessários no início de seu segundo mandato. "As pautas-bomba e a sabotagem que ela sofreu, reconhecidas pelo presidente do PSDB, tiveram mais influência na crise do que os eventuais erros cometidos antes de 2014", justificou Haddad.

Tasso acusou Haddad de "usar uma reflexão honesta para fazer proselitismo político". "É lamentável que um candidato à Presidência da República não tenha capacidade de olhar os erros da política no Brasil para projetar o futuro", disse. Tasso também afirmou que o uso político de suas críticas pelo petista "apequena a corrida presidencial".

Neste sábado, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também fez referência, em sua conta do Twitter, à entrevista de Tasso ao Estado. "O senador Tasso está certo: o ciclo partidário-eleitoral se exauriu. Não há outro ainda. Alckmin poderá levar o país a um novo consenso. Fiéis à democracia e aos nossos compromissos votemos nele para a reconstrução social e econômica do Brasil."

O senador Tasso Jereissati, ex-presidente nacional do PSDB e presidente do Instituto Teotônio Vilela, braço teórico do partido, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que os tucanos cometeram um "conjunto de erros memoráveis" após a eleição de Dilma Rousseff, com reflexos para o próprio PSDB nas eleições deste ano. A seguir, os principais trechos da entrevista:

Como o sr. avalia a trajetória recente do PSDB?

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O partido cometeu um conjunto de erros memoráveis. O primeiro foi questionar o resultado eleitoral. Começou no dia seguinte (à eleição). Não é da nossa história e do nosso perfil. Não questionamos as instituições, respeitamos a democracia. O segundo erro foi votar contra princípios básicos nossos, sobretudo na economia, só para ser contra o PT. Mas o grande erro, e boa parte do PSDB se opôs a isso, foi entrar no governo Temer. Foi a gota d'água, junto com os problemas do Aécio (Neves). Fomos engolidos pela tentação do poder.

Qual o impacto da gravação da conversa entre Aécio e Joesley Batista (dono da JBS, em que acertam repasse de R$ 2 milhões para pagar advogados do tucano)?

Altíssimo. Esse episódio simboliza todo esse desgaste que tivemos. Desde o dia seguinte à eleição da Dilma, quando fomos questionar o resultado, o símbolo mais eloquente para a população foi o episódio do Aécio. Ele deveria ter se afastado logo da presidência do PSDB.

O ex-governador Geraldo Alckmin ainda não decolou nas pesquisas, apesar de ter mais tempo de TV. Qual sua avaliação?

Até a última pesquisa ninguém se deslocou muito. O próprio (Jair) Bolsonaro subiu um pouco depois do atentado em Juiz de Fora, mas não muito. Com a saída do Lula, parte dos votos dele migraram para outros candidatos, mas principalmente para o (Fernando) Haddad, que foi quem mais cresceu olhando em média as duas pesquisas mais recentes. A partir de agora, com a saída definitiva do Lula do cenário eleitoral, vamos ter, realmente, uma mudança mais consistente no comportamento do eleitorado.

Acredita que o PSDB já deve apelar ao voto útil para levar Geraldo Alckmin ao segundo turno?

Acredito que sim. E agora. Tem muito antipetista votando no Bolsonaro porque não quer a volta do PT.

Como a prisão do ex-governador Beto Richa e a operação da Polícia Federal de busca contra o governador Reinaldo Azambuja, ambos tucanos, também prejudicam a campanha do Alckmin?

Prejudica, sem dúvida. Mas boa parte disso está no preço. O desgaste do PSDB começa a partir dos episódios da gravação do Aécio. Começou ali e continuou. Como nós não tomamos as medidas necessárias naquele cenário, era previsível que o desgaste do PSDB iria perdurar e teria consequências graves nas eleições. O desgaste do PSDB vem dali. As pessoas estão vendo mal o PSDB.

Qual o tratamento que o PSDB deve dar a Beto Richa?

Não confrontamos nem questionamos decisões judiciais. Nem passamos a mão na cabeça de quem a Justiça considera culpado. Tendo culpa, tem que pagar.

Com tudo isso, quais as chances de Alckmin aqui no Nordeste?

Aqui no Ceará é mais difícil que no Nordeste de uma maneira geral. Além do Lula, que inegavelmente é muito popular, temos o Ciro (Gomes, do PDT), que é cearense. Mas ele (Geraldo) tem possibilidade de crescer. Não será um crescimento que supere o Lula ou Ciro, mas deve ter um porcentual maior.

O sr. lançou o Ciro na política. Como avalia o papel do pedetista nessa campanha?

O Ciro de hoje é muito diferente do Ciro de ontem. Ele traçou o caminho dele, que eu discordo. Aqui no Ceará ele está sendo profundamente inconsistente e incoerente com sua trajetória política. A mais feroz das críticas dele é dirigida do MDB. Aqui, no Ceará, ele e o presidente do Senado (Eunício Oliveira) estão unidos.

Acredita em uma transferência forte de votos do Lula para o Haddad no Ceará?

Essa é a grande questão. Aqui você tem no mesmo palanque do governador do PT (Camilo Santana) 99% dos prefeitos, a máquina e o apoio do governo federal. Eunício é o homem do Temer aqui, e ele está ajudando o Camilo. Qualquer nomeação federal aqui passa por ele. Tem político ligado a nós que, de repente, foi para o lado de lá. O candidato majoritário é PT. Como ele vai fazer? Essa é a pergunta que fica no ar. Com Lula era fácil. Mas, e agora que o Haddad é o candidato oficial? O PT não tem estrutura forte aqui. Quem tem é o grupo dos irmãos Ferreira Gomes. Camilo vai fazer campanha para o Haddad? Fica essa hipocrisia e os petistas fazem vista grossa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, anunciou nesta terça-feira, 20, que o coordenador-geral de sua campanha será o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). O parlamentar cearense foi presidente interino no partido no ano passado e se notabilizou por liderar o grupo dos "cabeças pretas".

Em 2017, Jereissati travou disputa pública com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que tentava se manter no controle do partido mesmo após ser atingido por denúncias da delação da JBS. Jereissati e Aécio trocaram farpas pela imprensa e, desde então, deixaram de ser próximos.

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"Como o Tasso não é candidato porque ele tem mais quatro anos de mandato (no Senado), Alckmin solicitou que ele fizesse essa mediação (na campanha). Ele (Tasso) vai trabalhar em cima do programa de governo", explicou o 2º vice-presidente do PSDB, deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP).

Tasso também causou polêmica no PSDB, no ano passado, quando colocou no ar, em cadeia de rádio e televisão, uma propaganda partidária tucana na qual o PSDB fazia uma espécie de mea-culpa por ter aderido ao "presidencialismo de cooptação" do governo Michel Temer. Na ocasião, o partido rachou e Tasso defendeu à imprensa que a sigla precisava se aproximar do "pulsar das ruas". Questionado se esse pensamento seria priorizado também na campanha de Alckmin, Tripoli respondeu positivamente. "Eu acho que o caminho é por aí", disse à reportagem.

Coincidentemente, o senador Aécio Neves foi uma das ausências na reunião da Executiva do PSDB, realizada nesta terça-feira, na sede do PSDB em Brasília. A direção da legenda decidiu hoje referendar, oficialmente, a pré-candidatura de Alckmin à Presidência. Isso porque o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, desistiu das prévias partidárias após desentendimento interno.

Como ex-presidente do PSDB, Aécio Neves tem cadeira na Executiva Nacional do partido. Apesar disso, o senador mineiro não apareceu na coletiva de imprensa convocada para formalizar a pré-candidatura de Alckmin. No evento, a maioria dos membros da direção da sigla se posicionaram atrás de Alckmin como forma de demonstração de apoio.

Alckmin aproveitou a coletiva para falar de suas propostas econômicas. Ele voltou a defender uma reforma tributária. "O modelo tributário que temos permite sonegação enorme e é entrave ao crescimento econômico do Brasil. Tem um estudo que mostra podemos ter ganho de 1% ou 2% do PIB só com a reforma tributária", argumentou.

Ele evitou, no entanto, rivalizar com o PT. "Não somos candidatos contra o PT; somos candidatos para ser instrumentos de mudança para o povo brasileiro", complementou.

Um dia após desistir oficialmente de ser candidato a presidente do PSDB, o senador Tasso Jereissati (CE) se disse "aliviado" e com a sensação de "dever cumprido" por ter "chacoalhado" o partido. Segundo ele, sua função foi demonstrar que a legenda, principal aliada do governo de Michel Temer durante o impeachment, é mais do que a imagem que ultimamente estava sendo apresentada na mídia.

"Mostramos que tem gente diferente, não somos como o PSDB que ultimamente estava aparecendo na mídia. Existe ainda indignação com atitudes que não condizem com nossa história, o nosso princípio. Deu uma chacoalhada principalmente nos mais jovens", afirmou Tasso, em uma referência às suspeitas de corrupção envolvendo o senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente afastado do partido. Tasso comandou a sigla de forma interina de maio até o início do mês, após ser destituído pelo próprio Aécio.

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Tasso e o governador de Goiás, Marconi Perillo, concordaram em desistir de disputar o comando do PSDB em favor do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que deve assumir a função no próximo dia 9, na convenção tucana.

"O governador tem a liderança, tem a autoridade e a habilidade necessárias para resolver os enormes problemas que o partido tem", disse Tasso. "As opiniões diferentes existem, mas ele (Alckmin) como ponto de união, vai ser capaz de convergir para uma solução."

Em mais uma referência a Aécio, o senador disse que a nova executiva da sigla, que será eleita no dia 9, tem que ter "cara limpa". "Tem que estar afinado com as propostas de Mário Covas, de Fernando Henrique e nossas."

Desembarque

Para Tasso, será natural que o partido desembarque do governo de Temer, como já indicou o governador paulista em entrevista nesta terça-feira. "Ficar ou não no governo é um detalhe dessa mudança que o partido tem que ter, de voltar aos seus princípios fundamentais", disse.

O afastamento, segundo o senador cearense, não deve ser um problema para que Alckmin consiga atrair partidos que hoje fazem parte da base de Temer para sua candidatura à Presidência. "Vai caber a ele construir essa aliança defendendo posições nítidas e claras, mas ele tem condições para fazer isso", disse Tasso.

Previdência

O senador disse ainda não acreditar que o governo consiga aprovar na Câmara o texto da reforma da Previdência neste ano. Segundo Tasso, o partido apoia as reformas, mas, da forma como o texto foi alterado, será preciso uma nova reforma caso essa entre em vigor.

"A reforma da Previdência é fundamental, sem ela o País quebra", disse. "Mas, com essa reforma que está ai, quem quer que seja o presidente em 2019, ele terá que votar uma nova reforma", afirmou.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, não descartou a possibilidade de assumir a presidência do PSDB, após negar esse cenário de forma contundente nos últimos dias. Com a destituição do senador Tasso Jereissati (CE) do comando interino da sigla, na última quinta-feira, dia 9 de novembro, o nome do governador foi levantado por tucanos importantes, como o ex-senador José Aníbal, presidente do Instituto Teotônio Vilela, e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

"Temos dois pré candidatos. Vamos aguardar. Essa é uma decisão coletiva do Brasil inteiro", disse Alckmin. Além de Tasso, que se declarou candidato na última quarta, dia 8, o governador de Goiás, Marconi Perillo, também afirmou que vai concorrer à presidência do PSDB, que será escolhida em convenção do partido no dia 9 de dezembro.

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O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), disse neste domingo, 12, que defende Perillo para presidir a sigla, mas "se for necessário" que o governador de São Paulo Geraldo Alckmin assuma o comando da sigla como terceira via "será bom para o partido".

"Se for necessário que o governador Geraldo Alckmin assuma a presidência do PSDB como um tercius será bom para o partido", disse o tucano. "Continuo apoiando Marconi Perillo para a presidência do PSDB."

Nesta semana, o senador Aécio Neves (MG), presidente afastado do partido, destituiu Tasso da presidência interina. A justificativa do mineiro é dar isonomia à escolha do próximo presidente do PSDB, em dezembro, uma vez que Tasso se candidatou ao cargo.

Com a saída de Tasso, assumiu, interinamente, o ex-governador Alberto Goldman. A disputa pelo comando da legenda levou à maior crise interna do PSDB.

Dois dias depois de destituir o senador Tasso Jereissati (CE) da presidência interina do PSDB, o senador Aécio Neves (MG), presidente afastado do partido, participou nesse sábado, 11, da convenção tucana em Minas Gerais que reelegeu seu aliado, o deputado Domingos Sávio, presidente da legenda no Estado. Em entrevista no final do evento, Aécio reconheceu que o PSDB deixará em breve o governo Michel Temer, mas criticou os "cabeças pretas", ala que faz oposição ao Palácio do Planalto. "Vamos sair do governo pela porta da frente, da mesma forma que entramos", disse o senador.

Segundo Aécio, há no partido uma "falsa discussão" sobre a permanência ou debandada dos tucanos da Esplanada dos Ministérios. "Vejo uma falsa discussão, como se essa fosse a questão central: sai ou não do governo. Isso só serve aos interesses de uma eleição interna. Não posso aceitar a pecha de que a presença do PSDB no governo é fisiológica", afirmou.

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Segundo o senador, há no PSDB "um convencimento de todos" de que está chegando o momento de deixar o governo. "Quero sugerir aos dois candidatos (à presidência do partido) que convoquem os ministros do PSDB para uma reunião e que definam o momento da saída." Aos jornalistas, Aécio afirmou que, após a posse de Temer, chegou a "aventar" Tasso Jereissati para ocupar o ministério de Desenvolvimento Econômico.

"Não vejo os cabeças pretas defenderem as reformas com o mesmo ímpeto que defendem a saída do governo. Boa parte desta discussão é uma desculpa para não votar a agenda de reformas", disse Aécio.

Sobre a destituição de Tasso e a indicação do ex-governador Alberto Goldman para ocupar a presidência interina do PSDB, Aécio afirmou que agiu "com a responsabilidade de sempre".

Ao falar sobre esse ponto, o senador cometeu um ato falho. "No momento que indiquei Tasso para assumir a presidência da República (sic), o fiz pelo fato de ele não ser candidato à própria reeleição. Não seria lícito que eu indicasse alguém para a interinidade e esse alguém a utilizasse para construir uma candidatura." Aécio disse ainda que, quando indicou Tasso para o cargo, assumiu com isso um desgaste e contrariou a posição "unânime" da bancada federal que, segundo ele, apresentava o nome de outro candidato.

Após Aécio ser flagrado em um áudio pedindo empréstimo a Joesley Batista, ele se afastou da presidência do partido. Naquele momento, o favorito da bancada era o deputado federal Carlos Sampaio (SP).

O deputado federal Betinho Gomes (PSDB) classificou como “agressiva” e “ desrespeitosa” a decisão do senador Aécio Neves de destituir o senador Tasso Jereissati da presidência nacional do PSDB. Segundo ele, agora é hora de “criar um movimento para resgatar” a legenda.  

“O senador Aécio Neves não consultou as principais lideranças da legenda, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador de São Paulo Geraldo Alckmin. No entanto, fez questão de consultar o presidente Michel Temer para tomar essa infeliz decisão. Com essa atitude, reduziu o PSDB a um mero apêndice do presidente e do seu governo”, criticou o pernambucano. 

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Chamando ainda de “unilateral” e “desrespeitosa com a história do partido e dos seus militantes”, Betinho Gomes disse que é necessário resgatar as bandeiras da legenda. “Agora, é hora de criar um movimento para resgatar o PSDB e devolvê-lo aos militantes. O senador Tasso Jereissati chegará forte da convenção nacional do partido, empunhando a bandeira da renovação e da mudança dentro do ninho tucano”, declarou.

Quem assumiu o comando do PSDB foi o ex-governador de São Paulo, Alberto Goldman. A eleição da nova Executiva nacional está marcada para o dia 9 de dezembro, Tasso vai disputar o cargo.

O senador Tasso Jereissati (CE) vai lançar oficialmente a sua candidatura à presidência do PSDB em evento marcada para esta quarta-feira, 8, às 11 horas, no Senado. O evento foi anunciado pelo líder da legenda na Câmara, Ricardo Tripoli (SP). Nesta terça-feira, 7, Jereissati admitiu a senadores tucanos que vai disputar a vaga do senador Aécio Neves (MG) com o governador Marconi Perillo (GO).

Com o partido dividido, os tucanos tentam convencer um dos dois a desistir da candidatura. Em conversas reservadas, Perillo sugeriu a Tasso que ele deveria disputar o governo do Estado e desistir da eleição para a presidência da sigla. O senador cearense, que preside internamente o PSDB, por outro lado, usa o argumento de que possui a maioria dos parlamentares tucanos ao seu lado.

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"Falei com Tasso sobre a importância de construirmos convergências antes da convenção. Temos pensamentos muito próximos, ele mais contundente em alguns pontos, eu, em outros", declarou Perillo à imprensa depois da reunião. O governador disse que, daqui para frente, fará um "exercício de busca de caminhos para convergência".

Um dos pontos de divergência entre os dois lados é a permanência ou não do PSDB na base do governo do presidente Michel Temer. "Esse é um tema que precisa ser resolvido, precisa apenas estabelecer critérios e datas", afirmou Perillo.

Outro ponto de discordância é sobre qual discurso deve ser adotado pelo partido. O grupo de Tasso defende que o PSDB precisa fazer uma autocrítica, o que gera reações negativas dentro de algumas alas do partido. A posição senador é a mesma do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que recentemente cobrou uma mudança de postura do partido.

, Perillo avaliou que é "honesto" o partido dizer que errou "aqui ou acolá", mas ponderou que prefere falar dos acertos. Para Tasso, o maior foco de divergência é na "ênfase" de cada grupo sobre alguns pontos. "Marconi é mais hábil do que eu. Sou mais enfático e acho que a gente tem que deixar determinadas posições muito bem marcadas diante da oposição pública."

O senador cearense também defende que haja uma candidatura única até a convenção do partido, em dezembro. "Espero que a gente não tenha nenhuma briga de arranhão, puxar cabelo, nada disso", brincou. Tasso destacou que ele tem compromisso com uma parcela da legenda que "defende alguns pontos de vista que não são os mesmos defendidos por outras parcelas".

Previdência. O presidente licenciado do PSDB, Aécio Neves, defendeu ontem durante a reunião da bancada a permanência na base aliada do governo para ajudar a aprovar a reforma da Previdência. Logo depois, Tasso voltou a dizer que Temer perdeu as condições de aprovar a reforma. O presidente interino do PSDB disse que se o peemedebista tivesse saído na primeira denúncia da Procuradoria-Geral da República, há seis meses, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) poderia ter mais chances de aprovar as reformas. "Um governo que está, de alguma maneira, politicamente enfraquecido, com um desgaste gigantesco não tem condições de levar adiante reformas realmente profundas que o País precisa", disse Tasso.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em mais um episódio da crise interna no PSDB, deputados da ala que defende o apoio do partido ao governo Michel Temer bateram boca com o presidente interino da legenda, senador Tasso Jereissati (CE), que é favorável ao rompimento. A briga ocorreu durante encontro da bancada tucana na Câmara. Segundo dois deputados que não quiseram se identificar, houve ameaças de agressão. "Esse PSDB desses caras não é o meu PSDB", disse Tasso.

A reunião foi convocada pelo líder do PSDB na Casa, deputado Ricardo Tripoli (SP), para que a empresa Ideia Big Data fizesse uma exposição sobre o plano de reestruturação de comunicação do partido nas redes sociais. A empresa foi contratada por Tasso recentemente.

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A discussão começou quando os deputados Domingos Sávio (MG), Paulo Abi-Ackel (MG) e Giuseppe Vecci (GO) criticaram a contratação da empresa. Os três parlamentares são aliados do senador Aécio Neves (MG), presidente licenciado da sigla.

A contratação gerou reações negativas porque o vice-presidente de Digital da empresa, Moriael Paiva, foi responsável pela campanha do governador Fernando Pimentel (PT) em 2014, que derrotou a candidatura do tucano Pimenta da Veiga, apoiado por Aécio, ao governo de Minas.

"Coloquei que era um absurdo contratar uma empresa que fez uma campanha com ataques que considero criminosos ao PSDB de Minas. Mostrei que era inaceitável contratar uma empresa dessas", disse Sávio.

O parlamentar afirmou que a empresa tem ligações com a agência de propaganda Pepper. Contratada pela campanha eleitoral da presidente cassada Dilma Rousseff em 2014, a Peper atualmente é investigada pela Operação Acrônimo por suspeita de lavagem de dinheiro.

O deputado mineiro acusou ainda o dono da empresa de fazer postagem nas redes sociais atacando tucanos. "O dono dessa empresa vem fazendo, por exemplo, postagens com ataque ao governador Geraldo Alckmin (de São Paulo)", afirmou.

Os ânimos se exaltaram quando Vecci questionou Tasso se ele será candidato a presidente do PSDB na eleição interna marcada para dezembro. "O Tasso parece que ficou nervoso com essa pergunta, mas não quis responder. Nesse momento, nosso tom de voz e do Tasso aumentou", contou Sávio.

Integrante da ala oposicionista, o deputado Daniel Coelho (PE) confirmou que o clima da reunião ficou ruim e alguns deputados se levantaram para tentar pedir que Sávio, Vecci e Abi-Ackel parassem de "tumultuar". Após a confusão, os três deixaram a reunião.

Delirante

Após a reunião, Tasso classificou o episódio como "uma reação delirante" e "uma coisa meio atabalhoada". "Foi uma reação delirante de Minas e Goiás. Não entendi, uma coisa atabalhoada", disse.

O senador afirmou que, enquanto for presidente interino, continuará "até o fim com o projeto de reestruturar o PSDB". Tasso disse também que manterá a contratação do publicitário, que ele diz ter conhecido como assistente do ex-ministro falecido Sérgio Motta e que atuou em campanhas do PSDB, como a do senador José Serra ao governo de São Paulo e a de Aloysio Nunes (SP) ao Senado.

Um dia depois de defender a saída definitiva do senador Aécio Neves da presidência do PSDB, o presidente interino do partido, senador Tasso Jereissati (PB), veio à capital paulista se encontrar com o governador Geraldo Alckmin e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O encontro acontece no apartamento de FHC, no bairro de Higienópolis, zona central, e começou por volta das 15h45. Há pouco, Alckmin deixou o local.

Aécio está afastado do comando do PSDB desde maio, quando foi revelada a delação da JBS, que o implicou diretamente. Na terça-feira, 17, o Senado derrubou as medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao mineiro, que pode retomar o posto na Casa.

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Agora, uma parcela dos integrantes da sigla querem que Aécio deixe o comando do PSDB para minimizar os danos à imagem do partido. O mineiro, no entanto, ainda não deu sinais claros do que pretende fazer.

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