André Frutuoso, advogado e membro do grupo Pró-Santa – de oposição à atual administração do Santa Cruz – conseguiu, na justiça, reverter a prorrogação do mandato de Constantino Júnior à frente do clube, sob pena de multa. A eleição deverá ser realizada na data marcada anteriormente ou o clube pagará R$ 20 mil por dia, com valor máximo estimado em R$ 1 milhão de reais. Para o juiz do caso, o adiamento da eleição seria uma ameaça à democracia, “a qual deve existir inclusive no ambiente futebolístico”.
Em post no twitter, o advogado comemorou a vitória na 2ª Vara Cível da Capital. “Comunico a toda torcida Coral que a ilegal prorrogação dos mandatos do presidente do Santa Cruz foi revogada judicialmente! Avisem lá que haverá eleições! Viva à democracia! Chega de tirania!”, postou.
##RECOMENDA##Na decisão, o juiz Julio Cezar Santos da Silva disse que o Santa Cruz deveria ter programado as eleições já em janeiro de 2020, antes da pandemia, o que não teria ocorrido. O magistrado afirmou que a direção do clube “usou a pandemia” para prorrogar os mandatos e que era “inconstitucional e uma ameaça à democracia, a qual deve existir inclusive no ambiente futebolístico - uma paixão nacional”.
O julgador comparou a situação à uma ditadura. “Entender pela prorrogação do mandato da atual gestão sem o direito do voto implica em real exercício ditatorial, não cabível em nosso ordenamento jurídico”, disse o magistrado em sua decisão.
[@#galeria#@]
Discordância dentro da atual direção - No último domingo (4), o presidente Constantino Júnior enviou uma carta ao Conselho Deliberativo do clube defendendo a realização das próximas eleições corais dez dias após a final do Campeonato Brasileiro da Série C, em janeiro de 2021. Integrantes do Conselho Deliberativo defendem que a eleição seja realizada apenas na metade de 2021. O novo gestor assumirá o triênio 2021-2023.