Tópicos | Toma lá da cá

O senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) afirmou que o governo de Jair Bolsonaro (PL) está “com o caixa aberto” para negociações com parlamentares e a prática do famoso toma lá dá cá, condenado pelo próprio presidente durante a campanha eleitoral de 2018 e no início da gestão. Pouco antes do nome de André Mendonça ser aprovado pelo Plenário do Senado para integrar o Supremo Tribunal Federal (STF), Kajuru declarou em entrevista ao UOL que alguns dos seus pares já confirmaram a troca de favores entre o governo e os parlamentares.

“Este é o governo do toma lá dá cá. Hoje já tem senadores do Brasil inteiro confessando o crime do toma lá dá cá, um recebeu R$ 350 milhões em Goiás só neste período de discussões e votações. Outro R$ 1 bilhão no Acre. Enfim, o caixa está aberto e está à disposição”, detalhou Jorge Kajuru, mas sem citar quais senadores teriam sido esses.

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O senador também chegou a relatar que o líder do governo na Casa Alta, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), contou sobre uma reunião na manhã dessa quarta-feira (1º) onde Jair Bolsonaro teria dado ordem para apoio irrestrito ao nome de André Mendonça.

“O líder Fernando Bezerra Coelho me contou e, não me pediu off, ele fez uma reunião junto com Eduardo Gomes, Flávio Bolsonaro e o presidente. A ordem foi apoiar totalmente o André Mendonça”, relatou.

Mendonça teve o nome aprovado pelos senadores na noite dessa quarta. O placar foi de 47 a 32. Até hoje, o maior número de votos contrários já recebido por um indicado ao STF após a redemocratização.

O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, usou o Twitter para se manifestar sobre a acusação de que o governo do presidente Jair Bolsonaro teria oferecido propina de US$ 1 por vacina ao Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da empresa Davati Medical Supply, em troca de contrato com o Ministério da Saúde. A revelação foi feita pelo jornal Folha de São Paulo. Para Mandetta, a revelação do eventual esquema de propina 'transparece o tráfico de interesses escusos'. 

"Cai a desculpa de que o problema na saúde era logística. Transparece o tráfico de interesses escusos, típicos do toma lá dá cá que este governo dizia combater. Fatos graves . Esclareçam!", escreveu o ex-ministro. 

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A reportagem conta que a empresa Davati procurou o Ministério para negociar 400 milhões de doses da Astrazeneca, a US$ 3,5 cada dose. De acordo com Dominguetti, o diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, propôs "acrescentar 1 dólar" no valor para fechar o negócio.

Ainda segundo Dominguetti, Roberto Dias afirmou que "tinha um grupo, que tinha que atender a um grupo, que esse grupo operava dentro do ministério, e que se não agradasse esse grupo a gente não conseguiria vender". Roberto Ferreira foi exonerado nesta quarta-feira (30) do cargo. 

O senador Major Olímpio (PSL-SP) usou o Twitter, nesta quinta-feira (23), para expor que 'duvida' que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) passe a adotar a política de 'toma lá, dá cá' para preencher os cargos do governo e conseguir adesão de alguns partidos no Congresso Nacional. Nesta semana, Bolsonaro travou debates com partidos do chamado Centrão e com o MDB e o DEM. 

"DUVIDO que Jair Bolsonaro vai aderir a este TOMA LÁ, DA CÁ noticiado pela imprensa e contra tudo que nós defendemos em campanha!", escreveu o senador. 

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As indicações políticas para cargos públicos em troca de apoio legislativo foi um dos pontos mais criticados pelo presidente durante a campanha em 2018, apesar disso, ele já firmou 'acordos' com o Congresso em troca de aprovações, como o que aconteceu recentemente diante do orçamento para o combate ao novo coronavírus. 

Ao ser questionado se aceitará indicações políticas para o governo, após os encontros com os partidos, Jair Bolsonaro disse a apoiadores que não sabia. "Não sei, pô... Todo mundo que está em Brasília tem um passado político. Foi filiado, foi simpático ou já trabalhou em algum governo", afirmou, nessa quarta-feira (22). 

Além do Major Olímpio, quem também tratou das eventuais negociações no Twitter foi o senador Humberto Costa (PT-PE). Ao contrário de Olímpio, o petista está certo de que o presidente fez um acordo por cargos. "Sabe, sim, seu Jair. Tá fazendo acordão geral em troca de cargos. Já tá tudo dominado. Essa mentira só serve, talvez, para enganar o que lhe sobrou de apoiadores. E, mesmo assim, só não vê quem não quer", alfinetou.

Líder da Minoria na Câmara dos Deputados, a deputada Jandira Feghali (PCdoB) afirmou, nesta quinta-feira (4), que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) “perdeu a moral”. A avaliação dela é exposta no dia em que Bolsonaro tem encontros marcados com presidentes de seis partidos para articulações em prol da formação da base do governo no Congresso.

Jandira questionou o fato de que o presidente deve negociar cargos com os dirigentes em troca de apoio. “Bolsonaro fez campanha negando negociar cargos e... SURPRESA [sic]! Se reúne hoje com líderes e representantes de partidos para negociar cargos. Perdeu a moral”, escreveu a líder no Twitter.

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O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) já confirmou que na medida que os parlamentares dos partidos forem votando com o governo, cargos serão oferecidos em troca.

Nesta quinta-feira, Bolsonaro se reúne com os presidentes do DEM, PSDB, MDB, PP, PSD e PRB. Já na próxima semana, quando está prevista uma nova rodada de conversas, ele encontra dirigentes do PSL, PR, PROS, Podemos e Solidariedade. A base governista no Congresso é ocupada, até agora, apenas pelo PSL.

O deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) afirmou, nesta quarta-feira (23), que a presidente Dilma Rousseff (PT) está partindo para a política do “toma lá, dá cá” ao oferecer ministérios ao PMDB em troca de apoio para aprovar projetos no Congresso Nacional. Sob a ótica do parlamentar, isso mostra o quanto a "presidente está desesperada" e em busca de saídas para o seu governo.

“Quem está desesperada feito ela comete desatinos. E um desses desatinos é oferecer esses espaços ao PMDB em troca de apoio”, criticou. Jarbas relembrou que Fernando Collor, na tentativa de evitar o seu processo de impeachment, também promoveu uma reforma ministerial as pressas dando mais espaço na época ao então PFL (hoje DEM), na tentativa de cooptar deputados e ganhar respaldo no Congresso. “E vale lembrar que a reprovação do governo de Dilma hoje é maior do que a de Collor quando ele fez esse mesmo movimento de cooptação de deputados”, pontuou.

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Defensor da saída da presidente, o pernambucano reconhece que com o PMDB fracionado as discussões e o andamento do processo de impeachment são impactados. “Defendo a saída dela pela renúncia porque entendo que o impeachment é um processo traumático. Mas, se esse processo acontecer, ele precisa ser conduzido com cautela,  cuidado e bem ordenado. Sem nenhum passo em falso. E o PMDB dividido de fato atrapalha o andamento do impeachment”, analisou. 

Um grupo de lideranças tradicionais do PSB, tendo à frente o vice-prefeito de Salgueiro, Luiz Carlos Souza (PSB), mais conhecido como Dr. Cacau, aproveitou a passagem do senador Armando Monteiro (PTB) pelo município, nesse domingo (17), para anunciar publicamente o apoio à sua pré-candidatura ao governo de Pernambuco, juntamente com outras lideranças do DEM, do PR, do Solidariedade, do PRB, do PV, do PTN e do PT. 

"A nossa opção por Armando Monteiro é porque a gente acredita que, por mais que tenha sido feito nos últimos anos, é possível fazer muito mais. Hoje aqui na nossa região há um sentimento de apoiar a candidatura de Armando Monteiro. Por quê? Porque Armando Monteiro é uma liderança do mais alto gabarito que Pernambuco tem, uma pessoa que sai aqui do Nordeste, que vai para Brasília e assume a Confederação Nacional da Indústria, isso mostra o preparo, a excelência na sua competência e na sua habilidade política",  cravou o socialista.  

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Em Salgueiro, reduto histórico do PSB, Armando Monteiro já conta com o apoio do conjunto de forças que fazem oposição no município. O anúncio do apoio do grupo do vice-prefeito, inclusive, ocorreu na residência do ex-presidente do Tribunal de Justiça de Pernambuco e ex-candidato a prefeito do município, Francisco Sampaio (DEM), que promoveu evento para declarar a adesão do seu próprio grupo a Armando. Além de Sampaio, outras lideranças da oposição local participaram do evento.

Armando agradeceu o apoio de todos e reafirmou seus compromissos com a interiorização do desenvolvimento e o crescimento de Salgueiro, que está se transformando num importante polo logístico para distribuição de cargas, graças à confluência de rodovias federais que cruzam o Nordeste com a Ferrovia Transnordestina.

"Salgueiro tem condições excepcionais de vir a se constituir numa plataforma logística muito importante para Pernambuco. Por isso, o projeto da plataforma logística não é um projeto de Salgueiro. É um projeto em Salgueiro, mas é um projeto de Pernambuco. Pensar verdadeiramente na interiorização, na desconcentração industrial em Pernambuco, isso nos impõe um caminho obrigatório, a necessidade de garantir todos os investimentos necessários à conformação dessa plataforma multimodal", frisou o petebista.

*Com informações da Assessoria de Imprensa

 

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