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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, voltou a usar uma retórica agressiva nesta segunda-feira (14) contra a oposição. "Castigaremos com mão de ferro a traição de funcionários públicos", disse Maduro ao comentar a ação de membros do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), que no fim de semana prenderam o deputado opositor Juan Guaidó.

Em pronunciamento na Assembleia Constituinte - que desde 2017 assumiu a competência legislativa do Parlamento controlado pela oposição, Maduro afirmou que a prisão de Guaidó, no fim de semana, foi um "conluio" entre agentes do Sebin e dissidentes opositores para prejudicá-lo.

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"Que coincidência", ironizou Maduro. "Uma câmera que grava o exato momento em que o deputado foi detido. Muito estranho!" Ainda de acordo com ele, os agentes envolvidos já foram afastados. "É assim que vou atuar contra qualquer funcionário que traia seu dever."

É a segunda vez em poucos dias que Maduro responsabiliza a oposição por problemas de seu governo. No sábado (12) o Hospital Universitário de Caracas ficou sem luz por várias horas e dois pacientes morreram. O presidente disse que o blecaute foi obra de "um ataque terrorista a mando da oposição". Especialistas do setor, no entanto, dizem que os apagões resultam da falta de investimento em infraestrutura no setor elétrico.

'Hitler'

No discurso desta segunda-feira, Maduro voltou a condenar os líderes regionais que o criticam e chamou o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, de "Hitler dos tempos modernos". Na semana passada, ele já tinha chamado Bolsonaro de "fascista".

Além da retórica agressiva, Maduro prometeu também resolver a crise que afeta a Venezuela desde o início de seu governo, em 2013. "Vou dar uma sacudida completa nas empresas estatais. Uma sacudida organizacional, política e econômica", prometeu. "Elas têm de estar a serviço do país, não da corrupção."

O líder bolivariano reconheceu que a corrupção é um dos principais problemas da Venezuela. "Há de se fazer uma retificação histórica da revolução bolivariana. Mas não vamos privatizar nada", afirmou. "Não sou ator, nem neoliberal, mas também não sou nenhum burro."

Nesta segunda, embora não tenha anunciado nenhuma medida nova, Maduro decretou mais um aumento do salário mínimo, desta vez de 300%. Assim, o salário passou de 4.500 para 18 mil bolívares (de 4,5 para 18,18 euros), segundo a taxa oficial. Para economistas, a decisão deve apenas pressionar a inflação, que este ano deve fechar em 10.000.000%. Em termos reais, o salário mínimo na Venezuela mal dá para comprar um quilo de leite em pó.

Prisões

O Sindicato de Jornalistas da Venezuela denunciou nesta segunda-feira que duas jornalistas também foram detidas durante a prisão de Guaidó, no fim de semana: Osmary Hernández, da CNN em espanhol, e Beatriz Adrián, da TV Caracol, da Colômbia. Elas permaneceram uma hora detidas e foram libertadas em seguida. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) aproveitou, mais uma vez, o chamado #tbt [sigla inglesa de throwback thursday], que pode ser traduzido para “quinta-feira do retorno ou regresso”, para alfinetar o presidente Michel Temer (MDB), um dia depois do noticiário nacional divulgar que a Polícia Federal pediu a quebra do sigilo telefônico do emedebista. 

Ao publicar um vídeo com recortes de jornais televisivos lembrando da perícia feita pelo Senado durante o processo de impeachment, apontando que ela não teria participado das chamadas pedaladas fiscais que levaram a destituição do seu mandato, Dilma, mesmo não citando Temer nominalmente, disse que o tempo colocará “os traidores em seus devidos lugares”. 

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“O tempo é o senhor da razão. Afinal, é melhor sofrermos uma injustiça do que praticá-la, pois sendo justos, o tempo se encarregará de trazer à tona a verdade e a história de colocar os traidores em seus devidos lugares”, salientou a ex-presidente na postagem. 

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Investigação

O pedido da Polícia Federal feito ao Supremo Tribunal Federal (STF) vai endossar as investigações de um eventual pagamento de R$ 10 milhões da Odebrecht para o MDB. Repasse teria sido acertado durante jantar no Palácio do Jaburu, em 2014, quando Michel Temer ainda era vice-presidente. A solicitação, de acordo com reportagem do jornal O Globo,  foi encaminhado, em sigilo, ao ministro Edson Fachin.  

O presidente Michel Temer deu início às punições dos deputados que votaram contra ele na segunda denúncia. O governo exonerou nesta segunda-feira, 30, o diretor de Gestão Interna da Embratur, Tufi Michreff Neto, apadrinhado do deputado Mauro Mariani (PMDB-SC). A portaria foi publicada no Diário Oficial da União.

No Palácio do Planalto, oito deputados foram considerados "traidores" na votação da semana passada. Essa lista é formada por parlamentares que apoiaram Temer na primeira denúncia, mas viraram a casaca e votaram pelo prosseguimento da segunda denúncia desta vez.

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As exonerações, num primeiro momento, devem se concentrar nos apadrinhados desses deputados, e alcançar seis cargos no segundo e terceiro escalões do governo.

Nos próximos dias, Temer também deve exonerar os afilhados políticos do deputado Jaime Martins (PSD-MG) no Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

Além de Jaime e Mariani, integram a lista de "traidores" do Planalto os deputados Abel Mesquita (DEM-RR), Cícero Almeira (PODE-AL), Delegado Éder Mauro (PSD-PA), Heuler Cruvinel (PSD-GO), João Paulo Kleinübing (PSD-SC) e João Campos (PRB-GO).

Na semana passada, a Câmara rejeitou por 251 votos a 233 a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência). Os três eram acusados de fazer parte de uma organização criminosa que desviava recursos públicos. O presidente também foi acusado de obstrução de Justiça.

Enquanto não decide se pune deputados que votaram a favor da denúncia contra o presidente Michel Temer, a Executiva do PMDB levou adiante pedidos de expulsão dos senadores Roberto Requião (PR) e Kátia Abreu (TO). Três requerimentos sobre o assunto foram encaminhados à Comissão de Ética da legenda, que ainda não emitiu parecer.

Um dos pedidos partiu da Secretaria Nacional da Juventude do PMDB, presidida por Assis Filho. No documento, ele diz que os dois senadores desrespeitaram o estatuto da sigla ao adotar "posições sempre contrárias às diretrizes partidárias".

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Questionado sobre a atuação de outros parlamentares que também contrariam posições do governo, como o senador Renan Calheiros (AL), Assis Filho afirmou que, a princípio, apenas Kátia Abreu e Requião foram alvo por serem mais "efervescentes". "Kátia se juntou às senadoras do PT para protagonizar aquele vexame na Mesa do Senado e o Requião tem usado as redes sociais para atacar o PMDB e o governo", disse.

Procurada, Kátia Abreu, que negocia ida para o PDT, afirmou não ser de "direita ou de esquerda", e que tem sido "coerente". Já Requião descartou deixar a legenda. "Se saio eu, vai sobrar quem? O Eduardo Cunha?". O senador disse ainda não ter tomado conhecimento sobre o pedido contra ele.

As centrais sindicais de Pernambuco iniciaram, nesta quarta-feira (17), a panfletagem da campanha “Se votar, não volta” nas estações de metrô no Recife. De acordo com a Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco (CUT-PE) e as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que organizam a campanha, a iniciativa tem o objetivo de fazer uma “denúncia” à população pernambucana referente aos deputados federais que, segundo eles, estão “atacando” os direitos da classe trabalhadora. 

Ao todo, serão mais de 35 outdoors colocados no estado e 500 mil panfletos com a foto e o nome dos deputados federais que votaram a favor da reforma trabalhista. O presidente da CUT-PE, Carlos Veras, em entrevista concedida hoje ao LeiaJá, afirmou que o número de peças produzidas podem aumentar muito se for necessário. “Não vai ser essa campanha e passar. Vamos fazer isso durante muito tempo. Vamos manter a população bem lembrada. Não vamos deixar que a aposta deles da memória curta da população pegue. Nós vamos estar o tempo todo alertando sobre quem está acabando com os nossos direitos. O povo será lembrado sobre os traidores”, cravou. 

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O dirigente disse que a campanha era necessária “para que cada um se lembre bem da cara de cada deputado que está traindo os trabalhadores. Já vínhamos alertando que iríamos fazer isso nas mais de 123 audiências que fizemos alertando o povo. Não ache que iria votar lá [o deputado], que a grande mídia iria esconder e que a gente não iria divulgar. Nós estamos cumprindo com aquilo que vínhamos falando”. 

Veras contou que os que “inventarem” de votar a favor da reforma da Previdência também serão alvos da campanha e que haverá atividades todos os meses. “Nós vamos tirar um dia de cada mês para continuar lembrando à população de quem está traindo e de quem traiu os trabalhadores. Vamos fazer material tanto para as redes sociais como material impresso. Vamos ficar lembrando a todo instante. Não vai ser por falta de esforço nem de material e de divulgação por parte das centrais sindicais, da Frente Brasil Popular e da Frente Povo sem Medo, que estão conosco nesta campanha, que a população vai deixar de ficar sabendo e esquecer”, advertiu. 

“Também vamos fazer a mesma coisa com os senadores que votarem a favor da reforma trabalhista, que está tramitando no Senado. Nós vamos fazer um outdoor e panfletos específicos para eles também. É fundamental para esclarecer a população e mantê-la alerta e lembrada de quem está retirando os direitos”, concluiu. 

Ao participar da vigília em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quarta-feira (10), o deputado federal Silvio Costa (PTdoB) não poupou críticas ao PSB e disse que se parte da legenda em Pernambuco não for presa “a Lava Jato está errada”. Segundo Costa, que já se colocou como pré-candidato ao Senado em 2018, a legenda responsável pela gestão estadual “traiu” os ex-presidentes Lula e Dilma. 

“Essa quadrilha que está instalada em Pernambuco tem que se explicar. Se parte desse povo do PSB não for presa é porque a Lava Jato está errada”, disparou, sem mencionar diretamente as investigações que envolvem lideranças da legenda. “Esses caras traíram  o presidente Lula e a presidente Dilma”, acrescentou, lembrando da votação de admissibilidade do impeachment.   

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Segundo Costa, se o PSB não tivesse apoiado o processo não haveria reformas nas regras trabalhistas e previdenciárias. “Se PSB tivesse votado contra o impeachment, eles tinham 34 deputados, não havia impeachment, nem reforma trabalhista, nem reforma da previdência. Agora parte dessa quadrilha quer se livrar, são contra a reforma”, ironizou. 

A vigília em defesa de Lula acontece no momento em que ele depõe ao juiz Sérgio Moro, no processo em que é réu por corrupção e lavagem de dinheiro na Lava Jato. O ato acontece na Rua da Aurora, no Centro do Recife. 

Um dos destaques no ato que acontece, nesta segunda-feira (1º), no Recife é uma faixa que chama a atenção dos participantes para os deputados da bancada pernambucana que votaram a favor da reforma trabalhista, aprovada no plenário da Câmara dos Deputados na semana passada. 

No texto da faixa está escrito: “Deputados federais de Pernambuco que traíram o povo” e “Eles são contra os seus direitos”. 

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Promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), a mobilização de hoje acontece poucos dias depois da greve geral que aconteceu no país, na última sexta-feira (28). 

Outras frases e cartazes também revelam o descontentamento com as propostas do governo Temer. “Reaja ou morra de tanto trabalhar” e “As trabalhadoras domésticas dizem não às reformas”, está escrito em outros cartazes. 

A concentração do ato aconteceu na Praça Oswaldo Cruz, no bairro da Boa Vista. A manifestação seguiu pelas Avenidas Conde da Boa Vista e Governador Carlos de Lima Cavalcanti. Neste momento o grupo está na Praça do Derby, para discursos e intervenções culturais. 

Os integrantes da base aliada que votaram contra a aprovação do projeto de emenda constitucional (PEC) que limita o crescimento dos gastos públicos devem ser punidos pelo governo. Apesar de o discurso oficial não falar em retaliação, o Planalto já elabora um mapa dos "traidores" que podem ser punidos com retirada de cargos, emendas e diminuição de espaço no governo, de acordo com interlocutores do presidente. A ameaça de represália do governo chegou a lideranças da Câmara com o recado de que os deputados serão tratados "de forma proporcional ao voto".

A avaliação no Planalto é de que cerca de 15 deputados precisam dar justificativas para terem se ausentado ou votado contra o governo, já que o próprio Temer se envolveu pessoalmente nas negociações para aprovar a PEC que pretende tornar uma "marca e um legado" de seu governo. "Não podemos fingir que nada aconteceu, pois essa era 'a votação', a marca e o símbolo do governo", observou um interlocutor.

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Ao aproveitar o embalo da aprovação do projeto, com expressivo placar, a equipe de Temer vai cobrar coesão da base aliada a fim de tentar acelerar a agenda de votações de interesse do Palácio do Planalto no Congresso. O discurso é de que os aliados precisam estar afinados com o governo para se preparar para a "batalha" da reforma da Previdência, considerada a mais polêmica delas. Nessa negociação, o Planalto pretende também agradar os que votaram a favor, acelerando nomeações de apadrinhados dos parlamentares.

A avaliação de aliados do presidente é que, por mexer diretamente com a vida do cidadão, haverá uma resistência maior às mudanças na Previdência, que têm de andar até o final do próximo ano, sob pena de naufragar em 2018, ano eleitoral. A oposição no Congresso, desarticulada na discussão da PEC do Teto, também se prepara para um embate mais duro em relação a essas mudanças.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que Temer vai conversar com parlamentares que não votaram com o governo na PEC. "O presidente Michel Temer disse que haverá uma 'DR' com que não tem teve condições de acompanhar o governo ontem (anteontem)", disse.

Nitidez

Um dos principais interlocutores do Planalto no Congresso, o presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), defende que haja "nitidez e transparência" dos integrantes da base na defesa das propostas do Planalto. "Quem não votou, vai ter de se explicar, queremos ter nitidez política e base unida. Base desunida não adianta", avisou.

Jucá reconheceu que, mesmo com a vitória folgada na PEC do Teto, é preciso a partir de agora fortalecer o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, principal responsável por receber e despachar as demandas dos parlamentares. "O governo ainda está em fase de montagem", ressalvou Jucá ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Após um corpo a corpo pessoal de Temer na véspera, o primeiro turno da PEC do Teto foi aprovado anteontem com 58 votos a mais que o mínimo necessário: 366 a favor, 111 contra e duas abstenções. Ainda haverá uma nova rodada de votação na Câmara e outras duas votações no Senado, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse ontem que já está atuando "pessoalmente" para aprovar a medida na Casa que comanda. "Ou votamos essa PEC, ou vamos ter de aumentar impostos, e a sociedade não aguenta mais isso", disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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