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Uma ação movida pelo ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump que buscava reativar sua conta banida no Twitter foi rejeitada nesta sexta-feira por um tribunal da Califórnia.

Trump e os co-autores acusam o Twitter de censura e de violar seu direito à liberdade de expressão, garantido pela Constituição dos Estados Unidos. Mas "os demandantes não estão em posição de força", porque "o Twitter é uma empresa privada" e "a Primeira Emenda só se aplica a restrições de discurso impostas pelo governo", explicou o juiz da Califórnia James Donato.

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Trump foi banido das grandes redes sociais (Twitter, Facebook e YouTube) após o ataque ao Capitólio realizado por seus apoiadores em 6 de janeiro de 2021, que ele é acusado de ter incentivado. As plataformas justificaram sua decisão pelo risco de novas incitações à violência.

Uma ação movida pelo ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump que buscava reativar sua conta banida no Twitter foi rejeitada nesta sexta-feira por um tribunal da Califórnia.

Trump e os co-autores acusam o Twitter de censura e de violar seu direito à liberdade de expressão, garantido pela Constituição dos Estados Unidos. Mas "os demandantes não estão em posição de força", porque "o Twitter é uma empresa privada" e "a Primeira Emenda só se aplica a restrições de discurso impostas pelo governo", explicou o juiz da Califórnia James Donato.

Trump foi banido das grandes redes sociais (Twitter, Facebook e YouTube) após o ataque ao Capitólio realizado por seus apoiadores em 6 de janeiro de 2021, que ele é acusado de ter incentivado. As plataformas justificaram sua decisão pelo risco de novas incitações à violência.

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, descartou nesta segunda-feira (25) voltar à rede social Twitter, da qual foi banido em janeiro de 2021, apesar da anunciada compra da plataforma pelo bilionário Elon Musk.

"Não vou para o Twitter, ficarei no Truth", declarou Trump à emissora Fox News, referindo-se à plataforma Truth Social, lançada em fevereiro como uma alternativa ao Facebook, Twitter e YouTube.

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"Espero que Elon compre o Twitter, porque o melhorará e é um homem bom, mas eu fico no Truth", ressaltou o ex-presidente, justificando que "o Twitter tem bots (robôs) e contas falsas".

O Twitter suspendeu em 8 de janeiro de 2021 a conta de Trump, que contava com quase 89 milhões de seguidores com os quais se comunicava diariamente, por incitar a violência e propagar notícias falsas.

Dois dias antes, milhares de apoiadores do bilionário republicano invadiram violentamente o Capitólio em Washington para tentar interromper a certificação da vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro de 2020.

Musk, o homem mais rico do mundo, chegou nesta segunda-feira um acordo para comprar o Twitter por US$ 44 bilhões, o que lhe dará o controle de uma das redes sociais mais influentes do planeta.

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump deu a entender que perdoaria alguns manifestantes acusados e condenados por sua participação no ataque ao Congresso em janeiro de 2021, em caso de vitória na eleição presidencial de 2024.

"Se eu concorrer, e se eu ganhar, nós vamos tratar as pessoas de 6 de janeiro de forma justa. Vamos tratá-las de maneira justa. E se isto exigir perdões, nós daremos perdões porque estão sendo tratadas tão injustamente", disse Trump em um comício no sábado à noite em Conroe, Texas.

Desde o ataque de 6 de janeiro de 2021, mais de 725 pessoas - incluindo integrantes dos grupos de extrema-direita Proud Boys, Oath Keepers ou Three Percenters - foram detidas e acusadas por sua participação no ataque sem precedentes à sede do Congresso, que deixou cinco mortos, incluindo um policial.

Diante de milhões de espectadores estupefatos em todo o mundo, uma multidão de apoiadores de Donald Trump lutou com a polícia para entrar no Capitólio. Uma parte concretizou o objetivo no momento em que os congressistas deveriam certificar a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais de novembro de 2020, o que forçou a retirada de funcionários e políticos do local.

Em 13 de janeiro deste ano, o fundador do grupo de extrema-direita Oath Keepers, Stewart Rhodes, de 56 anos, foi acusado de "sedição" ao lado de outros 10 integrantes da organização.

Ao mesmo tempo, uma comissão parlamentar prossegue com o trabalho para esclarecer os fatos e determinar a possível responsabilidade de Trump e seus colaboradores no incidente. Sua filha Ivanka foi convidada a prestar depoimento.

Os congressistas, em sua maioria democratas, correm contra o tempo porque desejam publicar as conclusões antes das eleições legislativas de meio de mandato que acontecerão em novembro, nas quais o republicanos podem recuperar o controle da Câmara de Representantes e enterrar o trabalho da comissão.

Conhecido como Xamã do Capitólio, Jacob Chansley, disse que invadiu o edifício da sede do Governo norte-americano em Washington para acalmar a multidão. Sua prisão completou um ano nessa quinta-feira (6).

A invasão dos apoiadores do ex-presidente Donald Trump destruiu o capitólio e causou cinco mortes e 140 feridos.

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Com o rosto pintado nas cores da bandeira dos EUA, sem camisa e com um chapéu de pele de animal com chifres, Chansley foi reconhecido como uma das figuras emblemáticas do episódio e foi condenado a 3 anos e cinco meses de prisão.

Outras 725 pessoas também foram presas por envolvimento no protesto criminoso do dia 6 de janeiro de 2020, após a vitória nas urnas de Joe Biden.

O americano de 37 anos se mostrou arrependido de ter participado do ataque. "Se eu soubesse que isso aconteceria, teria parado antes que as barricadas fossem rompidas. Na verdade, tentei acalmar a multidão em mais de uma ocasião, mas não funcionou", relatou à emissora CBS.

O lançamento da rede social do ex-presidente americano Donald Trump está previsto para 21 de fevereiro com sua inclusão na loja de aplicativos da Apple, a App Store.

O Trump Media & Technology Group (TMTG), casa matriz da "Truth Social", nome desta rede social, não respondeu a um pedido de confirmação feito pela AFP.

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A futura plataforma foi apresentada pelo ex-presidente como uma alternativa a Facebook, Twitter e YouTube, das quais foi excluído por incitar seus partidários à violência antes da invasão do Capitólio, em 6 de janeiro de 2021.

O TMTG aliou-se à Digital World Acquisition Corp, que já era cotada na bolsa, para captar 293 milhões de dólares em setembro em Wall Street. Os dois grupos anunciaram no começo de dezembro que tinham obtido outro compromisso de um bilhão de dólares.

No total, se forem deduzidos os gastos da transação, o TMTG dispõe de cerca de 1,25 bilhão de dólares para se lançar à conquista de seus concorrentes no mercado, já muito saturado, das redes sociais apreciadas pelos ultraconservadores.

A Gettr, lançada no começo de julho pelo ex-conselheiro de Donald Trump Jason Miller, assim como Parler e Gab se posicionaram diante dos simpatizantes do ex-presidente como garantidores da liberdade de expressão, escapando da censura das redes sociais do grande público.

A Gettr acaba de marcar um ponto, graças a um tuíte do animador e humorista Joe Rogan, cujo podcast é o mais popular do mundo, ao pedir a seus assinantes que entrem na plataforma.

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou nesta quinta-feira (6) o discurso de Joe Biden, que responsabilizou o republicano pelo ataque ao Congresso em 6 de janeiro de 2021, de "teatro político" para desviar o foco do "fracasso" da gestão democrata.

O presidente "usou meu nome hoje [quinta-feira] para tentar dividir mais ainda a América", disse Trump em um comunicado. "Esse teatro político é apenas uma distração para o fato de que Biden fracassou totalmente", acrescentou.

Em seu discurso, Biden criticou Trump por difundir uma "rede de mentiras" afirmando que a recontagem de votos de 2020 era fraudulenta, em uma tentativa de se aferrar ao poder. O atual presidente também atacou a multidão de simpatizantes do republicano que invadiu o Capitólio para tentar impedir que os congressistas certificassem sua vitória eleitoral.

Trump, que cancelou no início desta semana uma coletiva de imprensa prevista por motivo do aniversário da invasão ao Capitólio, repetiu que o pleito presidencial foi "manipulado".

"Não é preciso mais olhar para os números, eles falam por si só", disse o ex-presidente.

"Não são justificáveis, então a mídia cúmplice chama isso de 'Grande Mentira', quando, na realidade, a 'Grande Mentira' foi a eleição" de Biden, acrescentou.

Horas depois de seu primeiro comunicado, o ex-presidente republicano emitiu um segundo, no qual parecia estar furioso com o discurso de Biden.

"Ver Biden falar é muito doloroso para muita gente. Foram eles [os democratas] que tentaram impedir uma transferência pacífica [de poder] com eleições arranjadas", disse.

Mais tarde, o ex-presidente publicou uma terceira nota com uma mensagem a seus apoiadores: "Não se esqueçam jamais que as eleições presidenciais de 2020 foram um crime. Vocês jamais devem se render!"

As denúncias de fraudes eleitorais formuladas por Trump foram todas rejeitadas, uma depois da outra, pelas autoridades dos estados onde a votação foi questionada, pelo Departamento de Justiça e pelos tribunais americanos.

"Não permitirei que ninguém coloque uma faca no pescoço da democracia", sobretudo Donald Trump com sua "rede de mentiras", afirmou nesta quinta-feira (6) o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em um discurso combativo que marca o aniversário da invasão do Capitólio em Washington.

O presidente, que costuma se mostrar como uma pessoa afável, adotou um tom mais grave para falar no imponente "Salão das Estátuas" da sede do Congresso, onde, há exatamente um ano, uma turba enfurecida de simpatizantes do ex-mandatário provocou caos e morte ao tentar impedir a certificação da vitória democrata nas eleições de 2020.

Com um enorme esquema de segurança em torno do Capitólio, e quase sem a presença de opositores republicanos, Biden não mencionou nenhuma vez o nome de Trump, a quem chamou de "o ex-presidente" ou "o ex-presidente derrotado", algo que, provavelmente, deve ter enfurecido o magnata republicano.

O democrata de 79 anos fez um duro ataque verbal contra seu antecessor, acusando-o de ter "tentado impedir uma transferência pacífica de poder" durante a "insurreição armada" de 6 de janeiro de 2021.

Trump "criou e difundiu uma rede de mentiras sobre as eleições de 2020 e o fez porque valoriza o poder acima dos princípios, porque coloca o seu próprio interesse à frente dos interesses de seu país", e porque "seu ego ferido é mais importante que a nossa democracia", afirmou Biden, que nunca havia atacado o ex-presidente diretamente de forma tão contundente.

A resposta de Trump, no entanto, não tardou a chegar. O magnata considerou que o discurso de seu sucessor, que sofre um forte desgaste de popularidade na opinião pública, foi um "teatro político" destinado a desviar a atenção de seu "fracasso". Além disso, Trump repetiu mais uma vez, sem apresentar provas, que as eleições foram "manipuladas".

"Seremos uma nação que aceita a violência política como regra? [...] Seremos uma nação que não vive à luz da verdade, mas à sombra da mentira?", questionou Biden.

"Não podemos nos dar o luxo de nos transformarmos nesse tipo de nação", disse o presidente, ao estimar que os Estados Unidos estão travando, dentro e fora de suas fronteiras, uma "luta" entre a democracia e o autoritarismo.

"Eu não busquei essa batalha", reconheceu Biden, no momento em que, segundo uma pesquisa recente, apenas 55% dos americanos acreditam na legitimidade de sua eleição.

'Faca no pescoço'

"Não permitirei que ninguém coloque uma faca no pescoço da democracia", advertiu o presidente democrata.

Quando os jornalistas lhe preguntaram se não temia fortalecer ainda mais a polarização com esse discurso virulento, Biden respondeu: "Quando queremos curar, é preciso reconhecer a gravidade dos ferimentos."

Na mesma cerimônia solene no Capitólio, a vice-presidente Kamala Harris pediu "união em defesa" da democracia, porque "o espírito americano foi colocado à prova".

O discurso de Biden marca uma ruptura, como se ele houvesse optado por ser mais combativo. Até agora, o democrata havia tratado com desprezo Trump e seus seguidores mais fiéis, apostando no pragmatismo e em um ambicioso programa de reformas econômicas para reconciliar os americanos.

Mas essa reconciliação ainda parece estar muito distante. A popularidade de Biden está em queda livre devido, entre outras coisas, ao aumento da inflação e ao cansaço generalizado de uma pandemia que se eterniza. O aniversário de 6 de janeiro está longe de ser um momento de união nacional e deixa evidente a profunda divisão política no país.

Trump, por sua vez, cancelou uma entrevista coletiva prevista para hoje em sua mansão na Flórida, mas declarações de líderes republicanos mostram que o ex-presidente continua exercendo grande influência no partido.

O líder dos republicanos no Senado, Mitch McConnell, não estará presente nas cerimônias em Washington. Logo ele que foi um dos poucos a falar que Trump tinha "responsabilidade moral" nos acontecimentos de 6 de janeiro.

Hoje, McConnell emitiu um comunicado acusando os democratas de "explorar" o aniversário "para promover objetivos políticos partidários".

Alguns defensores mais fervorosos de Trump também não tardaram em se pronunciar. O governador da Flórida, Ron DeSantis, considerou que as comemorações previstas no Congresso eram "nauseantes".

Além disso, poucos republicanos, como o ex-candidato presidencial e senador Mitt Romney, ousaram condenar sem rodeios o ataque ao Capitólio.

"Estamos nos colocando em perigo ao ignorar as lições de 6 de janeiro. A democracia é frágil, não pode sobreviver sem líderes íntegros e corajosos, que estejam mais preocupados com a força de nossa República do que em vencer as próximas eleições", escreveu Romney no Twitter.

O ex-presidente americano Donald Trump manifestou nesta segunda-feira (3) seu apoio ao primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, político de extrema direita acusado de autoritarismo que ele descreve como um "grande líder", a quatro meses das eleições.

Em um comunicado, Trump afirma que o líder húngaro tem seu "total apoio e aprovação" para as eleições de abril, que devem ser acirradas.

Orban "ama seu país de todo o coração e busca a segurança para seu povo", disse Trump em uma declaração altamente elogiosa na qual pede apoio ao premiê.

Segundo Trum, ele fez um "trabalho maravilhoso protegendo a Hungria, contendo a imigração ilegal, criando empregos, comércio, e deve ter permissão para continuar a fazê-lo nas próximas eleições. É um líder forte e respeitado por todos".

O endosso gerou críticas entre os democratas. "Trump está simplesmente dizendo em voz alta o que o Partido Republicano há muito aceitou: preferem a autocracia à democracia liberal", denunciou Ben Rhodes, que foi um alto assessor do ex-presidente Barack Obama, no Twitter.

Quando estava no poder, Trump recebeu Orban na Casa Branca em 2019, apesar de muitos líderes europeus terem criticado o dirigente húngaro por suas posições sobre migrantes e pessoas LGBT.

Orban, por sua vez, lamentou a perda de um "importante apoio internacional" após a saída de Trump da Casa Branca e pediu que não houvesse julgamento pelo ataque ao Capitólio por apoiadores do bilionário republicano.

Orban foi saudado tanto pela ala de Trump do Partido Republicano quanto por líderes europeus de extrema direita, como Marine Le Pen, na França, especialmente por sua recusa em aceitar refugiados.

No cargo desde 2010, Orban enfrentará Peter Marki-Zay, que se descreve como um conservador católico tradicional, que prometeu eliminar as leis homofóbicas se for eleito.

A procuradora-geral de Nova York convocou o ex-presidente Donald Trump, seu filho, Don Jr. e sua filha, Ivanka, como parte de uma investigação sobre os negócios da família, segundo um documento judicial apresentado nesta segunda-feira (3).

A procuradora Letitia James, democrata, emitiu no mês passado as convocações para testemunhos em uma investigação civil de vários anos, segundo o documento.

O fato é divulgado depois que o jornal Washington Post reportou em dezembro que James pediu a Trump para se apresentar em seu gabinete em 7 de janeiro para dar seu testemunho pessoalmente.

Após o informe, Trump processou James, argumentando que violava seus direitos constitucionais ao realizar uma investigação com motivações políticas.

James averigua se a Organização Trump reportou ilegalmente valores falsos de suas propriedades para potencialmente obter vantagens bancárias e fiscais.

A procuradora iniciou a investigação em março de 2019 e suspeita que a Organização Trump superfaturou algumas propriedades para pedir empréstimos bancários e em seguida reportou valores muito menores no momento de pagar impostos.

O filho de Trump, Eric, vice-presidente-executivo da Organização Trump, foi entrevistado a esse respeito pelo gabinete de James em outubro de 2020.

A organização Trump também é investigada pelo promotor do distrito de Manhattan por possíveis crimes financeiros e fraude à seguradora.

Em julho, a Organização Trump e seu diretor financeiro de longa data, Allen Weisselberg, se declararam inocentes de 15 acusações de fraude e evasão fiscal em uma corte de Nova York.

O julgamento deveria começar em meados do ano.

Eles chegaram em grande número a Washington, em 6 de janeiro de 2021, para protestar contra os resultados das eleições presidenciais que consideravam arranjados e acabaram tomando de assalto o Congresso, uma ferida aberta que ainda não foi cicatrizada nos Estados Unidos.

Um ano depois, três manifestantes se lembram daquele dia que causou consternação em todo o mundo.

'Euforia'

"Foi um dia incrível", conta Samson Racioppi, de 40 anos e filiado ao Partido Republicano do ex-presidente Donald Trump.

Em 6 de janeiro de 2021, Racioppi ficou encarregado de fretar os ônibus do estado de Massachusetts para a capital, Washington.

Um mar de gente se reuniu, sob um frio glacial e agitando bandeiras da campanha "Trump 2020", para denunciar o resultado das eleições presidenciais que o magnata republicano acabara de perder para o democrata Joe Biden.

Trump faz um discurso e incendeia a multidão. "Lembro-me desta sensação de euforia, de ver a nossa volta esta gente que, finalmente, parecia se importar" com o que estava acontecendo, disse à AFP Jim Wood, que veio do estado de New Hampshire para a capital.

Antes que Donald Trump terminasse de falar, Wood abriu passagem e seguiu um cortejo que se dirigia ao Capitólio, onde os congressistas estavam prestes a certificar a vitória de Biden.

Milhares de manifestantes fizeram como ele. Em pouco tempo, uma maré humana tomou a área externa do edifício-sede do Congresso.

'Anarquia'

"De repente, ouvimos os gritos 'vamos, vamos, vamos'!", exclamou Glen Montfalcone, de Massachusetts. "Foi aí que começou a anarquia", acrescentou.

"As pessoas empurravam, empurravam, empurravam e gritavam 'continuem, vamos avançar!'", contou. "E foi isso que fizemos, todos avançamos e começarmos a entrar."

Ao serem questionados se haviam entrado no Capitólio, os três entrevistados juraram que não, mas, se dissessem o contrário, estariam se expondo a penas de prisão.

As cenas daquele dia causaram consternação em todo o mundo, que observava com assombro o que acontecia: um homem sem camisa, com chapéu com chifres de búfalo caminhava pelo Capitólio, enquanto uma manifestante morria ao ser atingida pelos disparos de um policial.

Jim Wood afirmou que apenas viu as imagens no dia seguinte, durante o café da manhã. "Uma demonização!", protestou, ao garantir que a maioria dos manifestantes ficou do lado de fora do edifício.

Há duas versões opostas sobre os fatos de 6 de janeiro. Os policiais de serviço naquele dia, os congressistas democratas e, inclusive, alguns republicanos classificam os atos de "terrorismo".

Investigações do FBI

Depois da invasão, diversas operações policiais foram lançadas em todo o país.

Vários agentes do FBI foram à casa de Glen Montfalcone e alguns de seus amigos acaram presos. Já Samson Racioppi foi alvo de mobilizações de seus colegas na faculdade de Direito para que fosse jubilado, mas nenhuma dela prosperou.

Em Washington, foi criada uma comissão parlamentar para investigar se as iniciativas dos partidários de Trump constituem uma tentativa de golpe de Estado.

"Golpe de Estado?" Os manifestantes do Capitólio se sentem ofendidos com essa afirmação.

Para eles, foi um dia emocionante, que ainda os deixam arrepiados. "É algo que vou contar para os meus netos", prometeu Samson Racioppi.

Assim como a maioria dos eleitores republicanos, ele ainda está convencido de que as eleições de 2020 foram fraudadas. As evidências, no entanto, mostram justamente o contrário.

Racioppi, por sua vez, diz estar disposto a defender as próximas eleições, custe o que custar.

"Vemos isso como se fosse uma guerra", afirmou o estudante de direito. "Vamos iniciar uma série de batalhas e fazer o maior dano possível à esquerda e àqueles que apoiam a tirania", frisou. Até o ponto de voltar ao Capitólio? "Com certeza", respondeu.

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (21) que dará uma entrevista coletiva em 6 de janeiro, dia em que completa um ano do ataque ao Capitólio por parte de simpatizantes do ex-magnata imobiliário.

Em um comunicado, Trump disse que falará da eleição presidencial de novembro de 2020, na ciddade de Mar-a-Lago, na Flórida, e repetiu, sem fundamento, que foi roubada.

O ex-presidente republicano criticou a comissão parlamentar encarregada de investigar este ataque que comoveu os Estados Unidos e o mundo e a acusou de ser "extremamente parcial".

"Em vez disso, deveria investigar 'as eleições presidenciais fraudulentas de 2020'", declarou.

"Darei uma coletiva de imprensa em 6 de janeiro em Mar-a-Lago para abordar esses e outros aspectos", disse.

"Enquanto isso, lembrem-se que a insurreição aconteceu em 3 de novembro", dia das presidenciais, acrescentou.

Trump, que perdeu as eleições de 2020 por mais de sete milhões de votos para o democrata Joe Biden, insinuou nos últimos meses que poderia se apresentar para as eleições de 2024.

A comissão parlamentar à qual se refere tenta esclarecer os fatos de 6 de janeiro de 2021, quando milhares de simpatizantes de Trump invadiram a sede do Congresso dos Estados Unidos para tentar impedir que validasse a vitória eleitoral de Biden.

O ex-magnata imobiliário tenta evitar que a comissão obtenha documentos que possam incriminá-lo e por isso multiplica os recursos jurídicos, até agora em vão.

Um apoiador de Donald Trump foi condenado a cinco anos de prisão por atirar objetos contra a polícia durante o ataque ao Capitólio, a punição mais severa até agora aplicada no âmbito da investigação dos eventos violentos de 6 de janeiro.

Robert Scott Palmer, 54, foi visto em diversos vídeos e fotos vestindo uma jaqueta com a bandeira americana decorada com remendos pró-Trump e um chapéu com a legenda "Florida for Trump" (Flórida com Trump), quando jogava pedaços de pau, um extintor de incêndio e outros objetos contra policiais do lado de fora do Capitólio.

O homem tentou entrar no Congresso, mas foi repelido por policiais que o borrifaram com spray de pimenta.

Depois disso, Palmer continuou a atirar objetos nos policiais até ser atingido por uma bala de borracha.

A juíza federal Tanya Chutkan rejeitou os argumentos de Palmer, que pediu clemência por sua infância conturbada e apresentou um pedido de desculpas manuscrito no qual afirmou que ele e outros apoiadores foram enganados pelo ex-presidente para atacar a sede do Congresso.

O homem chamou o ataque fracassado de uma "tentativa desesperada e tirânica de permanecer no poder".

"Percebi que os apoiadores de Trump nos enganaram", escreveu.

Os promotores do caso disseram que, embora Palmer se confessou culpado em 4 de outubro, ele continuou a defender suas ações, chamando os policiais de agressores em um site de arrecadação de fundos.

"Palmer se juntou intencionalmente a um grupo de sabotadores com o objetivo específico de interferir no processo eleitoral do país", acusaram os promotores ao tribunal no memorando de sentença.

“A violência de Palmer ocorreu deliberadamente buscando um objetivo político, para subverter uma eleição democrática e a transição pacífica de poder”, acrescentaram no documento.

As sentenças anteriores mais severas para o ataque ao Capitólio foram de 41 meses para dois homens acusados de obstruir um procedimento oficial, mas não por atacar as forças de segurança.

Mais de 700 pessoas foram indiciadas por sua participação no ataque, a maioria delas por delitos menores, como entrar ilegalmente no recinto.

No entanto, dezenas de pessoas são acusadas de agressão e porte de armas, além de conspiração, o que levaria a penas mais graves.

O presidente Jair Bolsonaro venceu a votação popular da revista americana Time como a personalidade do ano de 2021. O brasileiro ficou com 24% do total dos nove milhões de votos dados por usuários. O ex-presidente americano Donald Trump ficou em segundo lugar, com 9% dos votos. Os resultados foram divulgados na tarde desta terça-feira, 7, pela revista e precedem o principal anúncio das pessoas mais influentes, escolha dos editores, a ser divulgado no dia 13.

O resultado da votação dos dois primeiros colocados contrasta com os ranqueados nas posições seguintes e com o resultado da eleição popular de 2020. O nome será definido no dia 13; por enquanto, apenas uma pessoa brasileira está na lista da Time: a empresária Luiza Helena Trajano, dona da Magalu.

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Bolsonaristas celebraram a notícia nas redes. O Estadão identificou que perfis apoiadores do presidente fizeram campanha ao longo do mês de dezembro para levar o presidente brasileiro ao primeiro lugar.

"Quem ainda não votou aproveite para votar, eu sei que o NOSSO PRESIDENTE tem 78% de aprovação", disse um usuário pelo Twitter.

"Votem todos os dias! Acho que estão diminuindo a votação YES do Bolsonaro que já foi 78% e vem caindo desde então ! A Time não quer que ele ganhe... vamos lá, patriotas!!!", tuitou outro perfil.

Votação popular

Depois de Bolsonaro e Trump, aparecem como os mais votados na eleição popular da Time de 2021 os profissionais da linha de frente na luta contra o coronavírus (6,3%), o militante anticorrupção russo Alexei Navalny (6%) e os cientistas que desenvolveram a vacina contra a covid-19 (5,3%).

Em 2020, venceram os profissionais essenciais na luta contra a pandemia e ocupando o segundo lugar o médico Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas americano - que combateu a desinformação contra o coronavírus e se tornou um dos principais alvos de ataques de redes trumpistas. Os bombeiros ficaram com a terceira posição, ativistas do movimento Black Lives Matter ficaram no quarto lugar, sucedendo o atual presidente americano Joe Biden.

México e EUA concordaram nesta quinta-feira (2) em reativar parcialmente um programa do governo de Donald Trump por meio do qual os migrantes devem esperar em território mexicano pela resposta aos seus pedidos de asilo. "O México decidiu que, por razões humanitárias, e temporariamente, não devolverá a seus países de origem certos migrantes que têm uma audiência para comparecer perante um juiz de imigração nos EUA para solicitar asilo", disse ontem o Ministério de Relações Exteriores mexicano.

O programa "Permanecer no México" será restaurado após negociações com os EUA, onde a Justiça ordenou a reimplementação da política migratória de Trump, que devolvia os migrantes ao território mexicano, um revés para o presidente democrata Joe Biden, que encerrou essa prática quando assumiu o cargo, em janeiro.

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Nos EUA, o Departamento de Segurança Nacional informou que, assim que o México reativar seu programa de recebimento de refugiados, fará algumas alterações em seus protocolos de proteção de migrantes (MPP, na sigla em inglês) para agilizar o processo e responder às preocupações do governo mexicano.

Um dos principais compromissos dos EUA é que os processos de pedido de asilo sejam "concluídos em seis meses", a partir do momento em que o requerente é devolvido ao México, e também agilizar a comunicação e informação prestada aos migrantes. O Departamento de Justiça americano designará 22 juízes de imigração para se dedicarem exclusivamente aos pedidos de asilo.

Na fronteira entre os dois países, há migrantes que tiveram de esperar mais de um ano por suas audiências. Desde março de 2020, em razão da pandemia de covid-19, o processo foi adiado ainda mais.

Covid-19

Segundo a chancelaria mexicana, durante as negociações também foi discutida a necessidade de aplicar medidas contra a covid-19, como exames médicos e a disponibilidade de vacinas para os migrantes. Os EUA prometeram que todos os inscritos no MPP serão vacinados. Os adultos receberão imunizantes da Johnson & Johnson, que exige apenas uma dose, e as crianças receberão a vacina da Pfizer e a segunda dose quando chegarem aos EUA para suas primeiras audiências.

O México, que durante anos se recusou a receber migrantes enviados pelos EUA, aceitou as políticas de Trump após a chegada de Andrés Manuel López Obrador à presidência, em dezembro de 2018. Com a eleição de Biden, a entrada de migrantes no México deu um salto. A maioria é de centro-americanos que buscam o sonho de viver nos EUA.

Mais de 190 mil migrantes foram detectados pelas autoridades mexicanas, entre janeiro e setembro, três vezes mais do que em 2020. Cerca de 74,3 mil foram deportados.

O governo Biden argumenta que o MPP impôs custos humanitários injustificáveis e não ataca a raiz das causas da imigração ilegal e, assim que a ordem judicial for encerrada, esses protocolos de imigração voltarão a ser cancelados, de acordo com o Departamento de Segurança Nacional dos EUA.

Decisão judicial

Biden tinha anulado o programa criado por Trump, mas uma ação judicial dos Estado do Texas e do Missouri forçou o governo a restabelecê-lo, com o consentimento do Mexico. Organizações de defesa dos direitos humanos dizem que os imigrantes enviados ao norte do México podem ser vítimas de traficantes de pessoas ou sequestrados para pagamento de resgate. O retorno de refugiados para o México deve começar na segunda-feira em uma localidade fronteiriça e depois se expandir para outras sete cidades. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O painel que investiga o ataque de 6 de janeiro ao Capitólio dos Estados Unidos emitiu uma nova rodada de intimações nesta terça-feira (9) para alguns dos subordinados mais importantes do então presidente Donald Trump, incluindo a porta-voz Kayleigh McEnany e seu homem de confiança Stephen Miller.

"Como secretária de imprensa da Casa Branca, você fez várias declarações públicas na Casa Branca e em outros lugares sobre uma suposta fraude nas eleições de novembro de 2020, que foram ecoadas por aqueles que atacaram o Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro", disse o comitê em sua convocação a McEnany.

Miller, o poderoso arquiteto da política anti-imigração de Trump, também foi chamado a comparecer, por ter preparado com sua equipe o discurso feito pelo magnata republicano durante a manifestação perto da Casa Branca que precedeu o atentado à sede do Congresso.

Também foram intimados nesta terça outros oito ex-funcionários do governo Trump, incluindo o assistente pessoal Nicholas Luna, o vice-chefe de gabinete da Casa Branca, Christopher Liddell e Keith Kellogg, que na época era assessor de segurança nacional do vice-presidente Mike Pence.

"Acreditamos que as testemunhas nomeadas hoje têm informações relevantes e esperamos que colaborem plenamente com a investigação da comissão especial enquanto trabalhamos para obter respostas para o povo americano", afirmou o presidente do comitê, Bennie Thompson.

Na segunda-feira, o painel exigiu o depoimento de seis ex-assessores de Trump e funcionários de campanha enquanto expandia sua investigação sobre as ações do próprio Trump momentos antes e durante a violência que tomou o Capitólio.

Como parte dessa investigação, a comissão já entrevistou mais de 150 pessoas, de acordo com a congressista republicana Liz Cheney.

Outro ex-assessor do Trump, Steve Bannon, se recusou no mês passado a colaborar, levando os legisladores a pedirem que ele fosse acusado de desacato.

Em 6 de janeiro de 2021, milhares de apoiadores de Trump invadiram o Capitólio em um esforço para anular a vitória eleitoral do presidente Joe Biden. Cinco pessoas, incluindo um policial, foram mortas em meio aos distúrbios e dezenas de agentes ficaram feridos.

O ex-presidente americano Donald Trump testemunhou nesta segunda-feira (18) no âmbito de uma ação apresentada por ativistas, que alegam ter sido atacados por seus seguranças há seis anos, informou um advogado dos demandantes.

"Donald John Trump se sentou durante aproximadamente quatro horas e meia sob juramento e respondeu perguntas sobre os fatos que ocorreram do lado de fora da Torre Trump, em 3 de setembro de 2015", disse à AFP o advogado Benjamin Dictor.

Vários ativistas de ascendência mexicana apresentaram a ação, alegando que os guarda-costas de Trump dissolveram violentamente seu protesto em frente à Torre Trump, em Nova York.

Os manifestantes protestavam contra os comentários pejorativos que Trump fez sobre o México e os mexicanos no início de sua bem-sucedida corrida à Casa Branca.

"Estão trazendo drogas. Estão trazendo crimes. São estupradores", disse Trump.

Os demandantes alegam que os seguranças arrancaram seus cartazes, agredindo e estrangulando um dos manifestantes.

Trump fez esta declaração gravada em vídeo dentro da Torre Trump, depois que um juiz nova-iorquino rejeitou uma tentativa de anular uma convocação que o ordenava a depor.

"Embora não vamos comentar a essência do testemunho do senhor Trump neste momento, esperamos que os eventos de hoje sirvam de exemplo de que nossas instituições prevaleceram e que ninguém está acima da lei", disse Dictor.

Em um comunicado, Trump se disse de acordo a ter contado sua versão do que chamou de uma "histórica ridícula".

"Quando a segurança tentou controlar a situação, infelizmente se depararam com deboches e violência dos próprios demandantes", relatou Trump sobre seus guarda-costas.

"A corte desconsiderou quase todas as reivindicações dos demandantes, exceto uma queixa infundada por lesões que nunca sofreram e a perda temporária de um cartaz de papelão sem valor, que foi devolvido pouco depois", acrescentou.

O caso é uma das várias ações civis que Trump enfrenta.

No dia 7 de setembro, quando foram ao Aeroporto Internacional de Brasília em meio a uma passagem pelo Brasil que rendeu encontros com bolsonaristas e com o próprio presidente Jair Bolsonaro, o ex-assessor do ex-presidente norte-americano Donald Trump, Jason Miller, e o empresário Gerald Brant foram abordados pela Polícia Federal para prestar depoimento. Investigados nos inquéritos das fake news e das milícias digitais, e acuados pela PF, eles pediram ajuda ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para arranjar um advogado. Em meio ao depoimento da dupla, o assessor especial da Presidência, Filipe Martins, apareceu para socorrê-los.

Por serem representantes de uma plataforma de rede social de extrema-direita criada para driblar mecanismos de controle contra crimes virtuais, Miller e Brant entraram na mira das investigações e tiveram suas intimações para depoimento autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Eles já estavam no Brasil e haviam se reunido com Bolsonaro nos dias anteriores à abordagem. Segundo a decisão que autorizou os depoimentos, Miller e Brant são ligados a Steve Bannon, homem de confiança de Trump e um dos artífices das fake news norte-americanas que foram copiadas pelo bolsonarismo.

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Assim que abordados no aeroporto, o empresário e o ex-assessor de Trump interromperam os federais para pedir que fosse solicitado um advogado. Enquanto Miller conversou com um servidor da embaixada norte-americana no Brasil, Brant afirmou aos agentes que pediu seu defensor diretamente ao deputado federal Eduardo Bolsonaro. A advogada Milena Ramos Camara compareceu naquela mesma manhã, quando se deu início do depoimento da dupla. Em meio às declarações dos norte-americanos, o assessor da Presidência Felipe Martins apareceu. A advogada disse à PF que Martins era um 'amigo' e que resolveria 'questões de honorários advocatícios'. Ela chegou a pedir aos agentes para que a presença de Martins não fosse registrada pela PF.

Em depoimento, Brant afirmou ser o presidente da empresa de rede social, e disse estar no Brasil para participar da Conferência de Ação Política Conservadora. Ele se recusou a revelar quem lhe convidou. Já Miller preferiu ficar em silêncio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O principal comandante militar dos EUA estava tão alarmado em janeiro com a saúde mental de Donald Trump, que tomou medidas secretas para evitar que o então presidente americano desencadeasse uma guerra com a China, revela um novo livro.

O general Mark Milley, chefe do Estado-Maior Conjunto, ordenou que seus colaboradores não agissem imediatamente caso Trump desse algum passo para usar o arsenal nuclear, e entrou em contato com um general chinês para tranquilizar Pequim, informam os jornalistas Bob Woodward e Robert Costa em um livro com lançamento próximo.

O jornal "Washington Post", onde ambos trabalham, e a rede de TV CNN divulgaram nesta terça-feira trechos de "Peril", os quais mostram Milley organizando o Pentágono e a comunidade de inteligência para resistirem a qualquer eventual movimento de Trump com o objetivo de aumentar a tensão com a China, após a sua derrota das eleições presidenciais de novembro de 2020.

Milley telefonou duas vezes para o colega chinês, general Li Zuocheng: em 30 de outubro, dias antes da eleição, e em 8 de novembro, dois dias depois que apoiadores de Trump invadiram o Congresso dos Estados Unidos. Nessas ligações, Milley procurou assegurar à China que a retórica de Trump não levaria a ações militares.

Dois meses depois, Milley recorreu ao canal secreto com Li, em meio à preocupação de Washington e Pequim com a instabilidade emocional de Trump. Para acalmar os chineses, Milley chegou a fazer com que o Comando Indo-Pacífico adiasse exercícios militares que Pequim poderia considerar uma ameaça.

Separadamente, Milley disse aos principais membros de sua equipe que eles deveriam informá-lo antes de tudo se Trump buscasse exercer seu poder para ordenar um ataque nuclear.

Milley também conversou com outros funcionários do alto escalão, como a diretora da CIA, Gina Haspel, e o chefe da Agência de Segurança Nacional, Paul Nakasone, sobre a necessidade de eles se manterem vigilantes ante a possibilidade de Trump agir de forma irracional.

"Alguns poderiam argumentar que Milley extrapolou sua autoridade e atribuiu a si um poder extraordinário", dizem os jornalistas. Mas ele acreditava que estava agindo corretamente "para garantir que não houvesse uma ruptura histórica na ordem internacional, tampouco uma guerra acidental com a China ou outros, nem o uso de armas nucleares", assinalam.

O Pentágono não quis comentar o assunto.

- 'Está louco' -

Milley fez a segunda ligação para Li depois que a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, entrou em contato com ele para discutir a saúde mental de Trump e a recusa do mesmo a reconhecer a vitória eleitoral de Joe Biden.

Dois dias antes, incentivados por Trump, centenas de apoiadores do então presidente haviam invadido o Congresso. Woodward e Costa obtiveram uma transcrição do telefonema de Pelosi.

"Que precauções estão disponíveis para evitar que um presidente instável inicie hostilidades militares ou acesse códigos de lançamento e ordene um ataque nuclear?", perguntou a presidente da câmara. "Se não puderam impedi-lo de invadir o Capitólio, quem sabe o que mais ele poderá fazer?", questionou. "Está louco, você sabe que sim, e o que ele fez ontem é mais uma prova da sua loucura."

O sistema tem "muitos controles" para evitar o comportamento extremo do presidente, respondeu Milley, acrescentando: "Concordo com você em tudo."

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmou que "adora o presidente do Brasil", Jair Bolsonaro, em vídeo postado neste domingo (12), pelo seu ex-assessor Jason Miller na rede social Gettr.

Durante evento em ocasião da luta entre os pugilistas Vitor Belfort e Evander Holyfield, que aconteceu na noite de sábado (11), Trump disse que o presidente da República "trabalha duro" para ajudar as pessoas.

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O ex-mandatário americano ainda estendeu seus elogios a um dos filhos de Jair, sem especificar qual deles, no entanto. "Ele Bolsonaro e seu filho são ótimas pessoas", afirmou. Após a eleição de seu pai em 2018, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) fez diversas viagens aos EUA para encontrar Trump e outras autoridades da Casa Branca à época.

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