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O Movimento Brasil Livre lançará, na próxima sexta-feira (23), no Congresso Nacional do MBL, realizado em São Paulo, um segmento estudantil que replica o modelo de militância americano nas escolas. O “MBL Estudantil” buscará agregar alunos que não se sentem representados pela União Nacional dos Estudantes (UNE) e pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes).

De acordo com o coordenador estadual do MBL em Pernambuco, Rodrigo Santos Ambrósio, o segmento é uma organização estudantil, com essência escolar e secundarista. “Os estudantes não se sentem representados pelo modelo de militância estudantil atual, a iniciativa busca abraçar essa falta de representatividade e levar aos alunos um modelo americano de militância escolar”, apontou.

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O estudante de Pedagogia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) relata que o MBL-PE também tem representação no ambiente universitário. Ambrósio afirma que o movimento “Leão do Norte”, do qual é um dos fundadores, é um segmento criado para disputar as eleições de diretórios acadêmicos nas universidades do estado.

“Em Pernambuco já temos o movimento Leão do Norte, que tem modelos de chapas que estão concorrendo a diversos diretórios acadêmicos, inclusive, estamos disputando o DCE da Universidade Católica de Pernambuco”, ressaltou. Ainda segundo Rodrigo, O MBL – PE está analisando nomes que possam ser apoiados pelo movimento, para disputar a Reitoria da UFPE.

 

O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Esteves Colnago, afirmou na última terça-feira (14) que educação “sempre foi prioridade” para o governo e que o orçamento do setor “vai crescer em 2019, sem sombra de dúvida”. Colnago participou de audiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.

O ministro ressaltou, no entanto, que os gastos obrigatórios, principalmente com pagamento de pessoal, têm crescido ano a ano limitando a parte discricionária do Ministério da Educação (MEC), ou seja, a parte que pode ser aplicada livremente em políticas públicas e investimentos. “[O orçamento] vai crescer. Agora, a composição dele, não sei como vai ser. A despesa obrigatória cresce. Talvez tenha alguma restrição, alguma limitação na discricionária”, disse.

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Colnago foi convidado para tratar das perspectivas para a educação diante de um cenário de contingenciamento e após a divulgação da possibilidade de cortes de cerca de 200 mil bolsas de pesquisa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) no próximo ano.

O orçamento para 2019 será definido pela Lei Orçamentária Anual (LOA), que deverá ser encaminhada pelo Executivo até o dia 31 deste mês para ser analisada e aprovada pelo Congresso Nacional. Segundo Colnago, o orçamento ainda está em discussão. “Estamos buscando no Executivo espaços para que os ministérios tenham a melhor solução possível”.

Congelamento de gastos públicos

Na audiência, Colnago disse que o país passa por período de ajuste fiscal, apresentando déficit nas contas desde 2014. “A situação fiscal do país não é confortável, exige medidas para reestruturar a situação fiscal do país”. Dentre os componentes da despesa, o ministro destacou o regime geral da previdência, que deverá ser responsável pelo equivalente a 8,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2018 e os gastos com pessoal, com 4,4% do PIB deste ano.

Colnago também defendeu a Emenda Constitucional 95, conhecida como a PEC do Teto, que limita os gastos públicos por 20 anos. Segundo ele, a emenda é necessária para que haja priorização de gastos.

“Não há qualquer contingenciamento com relação à função educação. Há certeza do governo da importância da educação e esse esforço vem sendo feito ao longo dos anos”, garantiu.

Dados apresentados pelo ministro mostram que o gasto da União na educação passou de R$ 44,1 bilhões em 2010 para R$ 97,8 bilhões em 2017. Para este ano, a previsão é de R$ 103,5 bilhões. Ele apontou, no entanto, que a despesa com pessoal e encargos sociais cresce a cada ano, limitando os recursos que podem ser livremente investidos pelo Ministério da Educação. Em 2012, esses gastos representavam 39,8% das despesas primárias da pasta. Em 2018, essa porcentagem chega a 58,1%.

Nos últimos dez anos, a despesa do MEC com pessoal ativo cresce a um ritmo mais acelerado que os demais órgãos. No MEC, esse crescimento no período foi de 165%, enquanto, nos demais, 30%. “Temos alocado recursos em gastos obrigatórios, o que penaliza o exercício de políticas por parte do governo. Definir isso é efetivamente prioridade do governo”.

Parlamentares discordam

Os argumentos do ministro em relação ao peso do valor gasto com pessoal no orçamento foram contestados por parlamentares. Pedro Uczai (PT-SC) afirmou que para cumprir o Plano Nacional de Educação (PNE), lei aprovada em 2014 que prevê metas para melhorar a educação até 2024, é preciso contratar mais professores e que os cortes não podem ser feitos no pessoal.

“No caso da educação, as despesas que têm crescido significam ampliação de atendimento, cumprimento de direito. Tem que abrir escola. O pessoal que cresce é esse pessoal que atende o direito do cidadão”, complementa a Professora Dorinha (DEM-TO). Dorinha destacou que, apesar do valor orçamentário crescer ano a ano, a parte livre dos gastos, cai ano a ano, prejudicando uma oferta de educação de qualidade.

Movimentos sociais

Grupo de estudantes ligados à União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), à União Nacional dos Estudantes (UNE) e à Associação Nacional de Pós-graduandos (ANPG) organizou um protesto em frente ao anexo da Câmara dos Deputados onde ocorreu a audiência. Eles são contra os possíveis cortes no setor. As entidades também participaram da audiência com outras organizações ligadas à educação. Elas traziam cartazes com os dizeres: “Contra Cortes na Educação”.

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O Ministério da Educação (MEC) entregou, nesta quinta-feira (20), ofícios às Redes Federais de Educação Profissional e Tecnológica para identificarem, em um prazo de cinco dias, os estudantes que estão ocupando suas sedes. A pasta pede a desocupação das universidades e escolas até o dia 31 deste mês, pois o ministro Mendonça Filho disse que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será cancelado nos prédios onde as ocupações permanecerão. Os manifestantes protestam contra a PEC 241 e a reforma do ensino médio. 

Em Pernambuco, estão ocupadas cinco instituições de ensino, e mais de 800 instituições só Estado do Paraná. Em todo o Brasil, o número chega à 967 ocupações, segundo levantamento da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes). De acordo com a presidente da instituição, Camila Lanes, as ocupações vão continuar.

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A Ubes desaprova a perseguição às ocupações, mantendo a decisão em oposição à Medida Provisória de mudanças no ensino médio, à Lei da Mordaça (Escola sem Partido) e contra a PEC 241, que de acordo com a União, irão prejudicar investimentos em áreas como educação e saúde, congelando assim o futuro dos jovens. “As ocupações vão continuar até que o Ministério da Educação tire as medidas provisórias colocadas em relação à PEC 241, com as mudanças na educação, nossa maior luta. Os estudantes que estão ocupando são das próprias instituições representativas e não iremos desocupar”, disse a presidente da Ubes.

A União ainda repudia uma possível a ameaça do MEC de cobrar multa dos estudantes e entidades que sejam identificados como responsáveis pelas ocupações e defende o Enem como forma de democratizar o acesso ao ensino superior, assim como defende políticas como o ProUni e as cotas que hoje, segundo a Ubes, já estão ameaçadas. “O governo está agindo anti-democrático colocando estudante contra estudante, em dizer que irá cancelar as provas do Exame Nacional do Ensino Médio”, completa Camila Lanes. 

Diante dessa situação, o MEC diz zelar pela preservação do espaço público, garantindo o direito dos alunos de acessar o ensino e dos professores de ensinar. Ao LeiaJá, o MEC informou já ter acionado a Advocacia Geral da União (AGU) e estuda as providências jurídicas cabíveis para os responsáveis pelas ocupações. “O direito de protestar é legítimo, é a base de um estado democrático. No entanto, a mesma Constituição que garante a livre manifestação, também assegura que a educação é um direito de todos. E ninguém deve impedir o direito dos jovens ir e vir para a escola. Por isso, o MEC apela para o bom senso dos que participam das ocupações para que desocupem esses espaços até o dia 31/10, preservando o direito de jovens inscritos no Enem de fazer as provas visando ingressar no ensino superior”, explica a pasta.

O MEC ainda diz que “há relatos que dão conta da presença de pessoas que não pertencem à comunidade dos instituto federais ocupados". "Cabe aos reitores, diretores e servidores públicos, zelar pelo patrimônio das entidades que dirigem, de acordo com a autonomia prevista em Lei. Ao MEC, cabe acompanhar para que não haja prejuízos à educação, ao patrimônio público e ao erário. Para cumprir sua obrigação, a Setec precisa de informações oficiais", conclui o Ministério.

A Defensoria Pública do Estado do Paraná - estado com o maior número de ocupações - realizará uma audiência sobre as ocupações nesta sexta-feira (21), quando decidirá as medidas cabíveis para os grupos que integram as ocupações. Já no dia 24 deste mês, Ubes promete realizar um grande em todo o Brasil em favor da educação. A União Nacional dos Estudantes (UNE) também praparou uma grande mobilização para o mesmo dia

 

A votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto de gastos fez com que 94 escolas e institutos federais em dez Estados fossem ocupados até o fim da manhã desta segunda-feira, 10, segundo nota da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes). A instituição afirma que os estudantes estão se posicionando também contra a Medida Provisória editada pelo governo federal da reforma no ensino médio e contra o projeto conhecido como Escola Sem Partido, que está em discussão na Câmara.

Segundo balanço divulgado pelos secundaristas, o Estado com o maior número de escolas ocupadas é o Paraná, com 74 unidades em 18 municípios. Em seguida, aparece o Rio Grande do Sul com ocupações em sete institutos federais. Rio Grande do Norte (5), Minas Gerais (2), Goiás (1), Mato Grosso (1), São Paulo (1), Pernambuco (1) e Alagoas (1), além do Distrito Federal (1), também estão na lista. Segundo o movimento, o balanço foi atualizado às 12h08.

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"Acreditamos que essas propostas não são adequadas para a real mudança da escola pública em nosso país. A mobilização está acontecendo de forma voluntária, onde a conscientização dos estudantes cresce a cada minuto", afirmou a presidente da Ubes, Camila Lanes, através da nota.

A Secretaria de Estado da Educação do Paraná emitiu uma nota informando que solicitou a reintegração de posse das escolas estaduais ocupadas. O pedido foi feito à Procuradoria Geral do Estado. O governo do Paraná afirmou ainda que no dia 13 de outubro vai promover conferências regionais com a participação de diretores, professores e alunos com o objetivo de coletar sugestões que serão enviadas ao Ministério da Educação e ao Congresso Nacional para definir o posicionamento do governo estadual sobre o tema.

A assessoria de imprensa da Secretaria afirmou que o órgão não tem um balanço oficial das escolas atingidas pela mobilização. "Em relação à reposição, as escolas devem reorganizar o calendário escolar para garantir o cumprimento dos números mínimos de dias e horas previstos em lei para assegurar o ano letivo", diz a nota.

A paranaense Camila Lanes, de 19 anos, presidente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), começou a militar pelas causas estudantis ainda adolescente. Antes de participar das manifestações contra a reorganização escolar da gestão Geraldo Alckmin (PSDB), Camila, ligada ao PCdoB, já havia se juntado a atos contra outro tucano: ela apoiou a greve dos professores estaduais do Paraná, governado por Beto Richa.

Camila foi escolhida em novembro para presidir a Ubes, já no meio das discussões do movimento dos estudantes em São Paulo. Com influência nos grêmios de várias escolas estaduais, a Ubes aproveitou a maré das ocupações e saiu de um limbo no qual vivia havia alguns anos.

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A líder estudantil mudou-se para São Paulo neste ano para exercer a presidência da entidade. Mora em um apartamento reservado para lideranças estudantis mantido com a ajuda de custo dada a membros da executiva da Ubes. Historicamente, o PCdoB comanda a entidade.

Não é a primeira vez que Camila se muda por causa da militância. Em 2012, quando tinha 16 anos e estudava na Escola Estadual Silveira da Motta, em São José dos Pinhais, no Paraná, ela saiu de casa rumo a Curitiba para participar de um acampamento estudantil.

O movimento tentava recuperar a área da sede da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (Upes), envolvida em batalha imobiliária. Foram 136 dias de ocupação e, no ano seguinte, em 2013, Camila tornou-se presidente da Upes, cargo ocupado até o ano passado.

 

Ferida

Em junho deste ano, ela chegou a ser ferida na passeata dos professores no Paraná, que protestavam contra um pacote de medidas do governador e foram violentamente reprimidos pela Polícia Militar. Em São Paulo, também participou de atos em que houve ação da polícia contra os estudantes e chegou a ser detida em um deles. "Em vez de negociar, preferiram usar bombas e spray de pimenta, como se estivessem numa guerra. Eles bateram e nós apenas resistimos", disse.

No PCdoB, seu nome já desponta como símbolo dos estudantes. Antes da Upes, também participou da União da Juventude Socialista (UJS). O estudante Claitom Fortunato, de 18 anos, morou dois anos com Camila em Curitiba. "Ela sempre foi protagonista das lutas nas quais se envolveu. Camila liderou o apoio dos estudantes aos professores no Paraná quando a greve já tinha um desgaste com a população." Ambos querem estudar Direito.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 

O II Encontro Nacional de Grêmios realizado pela União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) terá a presença do Ministro da Educação Aloizio Mercadante. O evento acontecerá entre os dias 18 e 21 de janeiro, no Campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) no Recife.

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No encontro, o ministro do debaterá sobre o novo sistema de cotas e democratização do acesso às universidades públicas. De acordo com a presidente da Ubes, Manuela Braga, esse foi um dos assuntos defendidos no Brasil pela Ubes “Fomos a primeira organização social a levantar essa bandeira e por isso vemos essa lei como uma vitória dos estudantes da UBES”, comemora Braga.

 

Brasília – A carteira nacional estudantil deve ter novo padrão de segurança a partir de janeiro de 2013. Governo, entidades estudantis e indústria assinaram nesta terça-feira (27) protocolo de intenções para a emissão do documento que terá certificado digital no padrão da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil).

A exigência faz parte da Lei Geral da Copa para garantir a meia-entrada nos eventos desportivos que o Brasil sediará, como a Copa das Confederações e a Copa do Mundo. Estudantes terão 50% de desconto para compra dos bilhetes mais baratos, chamados de ingressos categoria 4.

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O acordo foi assinado entre o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), a UNE e a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia em Identificação Digital (Abrid). As carteiras estudantis com certificado digital seguirão padrão único e somente poderão ser emitidas pela União Nacional dos Estudantes (UNE), Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), pelos diretórios centrais dos estudantes (DCEs) das instituições de ensino superior e pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes).

Apenas apresentando carteira com certificação digital, os estudantes poderão adquirir meia-entrada para competições desportivas organizadas pela Fifa no Brasil.

Para o presidente da UNE, Daniel Iliescu, a medida de aplicar novo padrão de segurança à carteira estudantil vai ampliar a credibilidade do documento. “Vamos recuperar o padrão nacional da carteira perante os produtores culturais, esportivos e à sociedade. Atualmente há uma demanda artificial da meia-entrada devido às carteiras fraudadas. É importante regulamentar o documento para que se preveja a demanda real de meia-entrada e não haja mais uma enxurrada de meia-entrada, que na prática, são falsas e apenas elevam o valor dos ingressos”, explicou Iliescu.

O novo documento deve ter o mesmo o preço da atual carteira de estudante, que varia de R$ 8 a R$ 35, conforme a região do país, e terá validade até março de 2014.  Ela poderá ser obtida pelo site da UNE (http://www.une.org.br/) ou postos de atendimento espalhados por todo país. Segundo Iliescu, o valor obtido com os documentos dá autonomia financeira às entidades estudantis.

A Agência Brasil divulgou nesta quarta-feira (24) que a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e a União Nacional dos Estudantes (UNE) pretendem procurar senadores em busca da aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE). A ideia é realizar o ato após o segundo turno das eleições municipais, no contexto da campanha Somos todos 10%.

De acordo com a agência, a UNE distribuirá 70 mil jornais, bem como cartazes e adesivos em prol da campanha. "A destinação de 10% do PIB para a educação vai nos colocar em outro patamar. Esses recursos darão melhor estrutura, além de remunerar melhor os professores", declara a presidente da Ubes, Manuela Braga, em depoimento à Agência.

Com informações da Agência Brasil.

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