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O Vaticano tentou neste sábado (9) reprimir a especulação de que divisões entre cardeais poderiam prolongar o conclave para eleger o novo papa, enquanto os preparativos para o voto prosseguiram com funcionários do corpo de bombeiros instalando a chaminé da Capela Sistina que sinalizará ao mundo quando a decisão for tomada.

Mas o espectro de uma inconclusiva primeira de algumas rodadas de votações secretas manteve-se elevado, sem um favorito claro para a eleição que começa na terça-feira (12) e uma longa lista de cardeais tentando discutir os problemas da Igreja antes da votação. "Você não tem absolutamente sua opinião formada para o conclave", disse, nesta semana, o cardeal norte-americano Justin Rigali, que participou do conclave que elegeu em 2005 Bento 16. "Você tem as suas impressões."

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O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, fez questão de salientar, no entanto, que a decisão quase unânime dos 115 cardeais eleitores foi que terça-feira seria a data de início do conclave e que nenhum conclave no século passado demorou mais de cinco dias. "Eu acho que é um processo que pode ser realizado em poucos dias, sem muita dificuldade", afirmou.

Embora a votação inicial de terça-feira provavelmente vá apresentar a nomeação de um amplo número de candidatos, as rodadas subsequentes vão reduzir gradualmente o campo rapidamente para aqueles candidatos que tem maior probabilidade de obter os dois terços, ou 77, dos votos necessários para a vitória, acrescentou o porta-voz. "O processo de identificação dos candidatos que podem receber o consenso e sobre quem os cardeais podem convergir pode se mover com notável velocidade", disse Lombardi.

O Vaticano estava prosseguindo neste sábado a todo vapor com os preparativos: dentro da Capela Sistina, operários pregaram um carpete de feltro marrom sobre o piso falso que foi construído para nivelar as escadas e cobrir o equipamento de interferência instalado para impedir o uso de celulares ou aparelhos de espionagem.

Segundo Lombardi, os cardeais se reuniram a portas fechadas pelo sexto dia, e discutiram novamente o trabalho dos escritórios da Santa Sé "e como melhorá-lo". As informações são da Associated Press.

O Vaticano instalou neste sábado uma chaminé especial na Capela Sistina a partir da qual a fumaça branca irá sinalizar a eleição de um novo Papa, num momento em que os cardeais se preparam para a votação na próxima semana após a histórica renúncia de Bento XVI. O conclave de 115 "cardeais eleitores" começará na terça-feira sob os famosos afrescos de Michelangelo para escolher o 266º Papa após o fim abrupto do papado de Bento XVI, que durou oito anos e que muitas vezes foi ofuscado por escândalos.

O cardeal francês André Vingt-Trois, arcebispo de Paris, disse à AFP em uma entrevista que havia cerca de "meia dúzia de possíveis candidatos".

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O cardeal italiano Angelo Scola, arcebispo de Milão, é visto como um dos favoritos, junto com Marc Ouellet, do Canadá, e com o brasileiro Odilo Scherer.

Outros nomes mencionados na "fábrica de rumores" nos últimos dias são os do húngaro Peter Erdo, do mexicano José Francisco Robles Ortega, do austríaco Christoph Schönborn e de Albert Malcolm Ranjith, do Sri Lanka.

"O problema com este conclave é que não há alguém na liderança logo cedo, como Joseph Ratzinger em 2005", disse John Allen, especialista em Vaticano do National Catholic Reporter, uma revista semanal dos Estados Unidos.

Luis Antonio Tagle, arcebispo de Manila, um cardeal jovem e popular, também tem sido mencionado como um possível novo Papa.

"Se houvesse uma eleição direta entre o 1,2 bilhão de católicos no mundo, ele teria uma vitória esmagadora, mas não é assim que a Igreja funciona", disse Allen.

A decisão sobre a data do conclave foi tomada na sexta-feira em uma das reuniões a portas fechadas realizadas pelos cardeais durante toda a semana para discutir os muitos desafios que o próximo Papa enfrentará.

Os cardeais, sem nenhum novo Papa a quem se submeter e sem nenhum falecido Papa para lamentar, aproveitaram a rara oportunidade de discutir e criticar a administração do Vaticano e de pedir mais transparência.

Bento XVI, de 85 anos, admitiu no mês passado que lhe faltavam forças e se tornou o segundo chefe da Igreja Católica Romana a renunciar por vontade própria em seus 2.000 anos de existência.

O Papa Emérito Bento XVI não participou do pré-conclave e está vivendo na residência de verão papal de Castelgandolfo, perto de Roma, onde permanecerá pelos próximos meses, antes de se mudar para um antigo convento dentro do Vaticano.

Enquanto isso, funcionários do Vaticano fazem os preparativos finais na Capela Sistina, selando as janelas para evitar espionagem no conclave e instalando dispositivos que evitem qualquer comunicação com o mundo exterior.

De acordo com as regras desta tradição secular, os cardeais precisam fazer um juramento solene de não revelar os detalhes de suas deliberações, sob pena de excomunhão.

O conclave para a escolha do sucessor de Bento XVI terá início na próxima terça-feira, anunciou hoje o Vaticano por meio de nota oficial. A votação começará na parte da tarde. Mais cedo, os cardeais celebrarão uma missa pré-conclave no Vaticano.

A votação para escolher o papa em um conclave terá início imediatamente depois que todos os cardeais eleitores - os que têm menos de 80 anos - entrarem na Capela Sistina, no Vaticano, local tradicional para a definição dos sucessores.

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Caso ninguém seja apontado por ao menos dois terços dos membros votantes do colégio cardinalício, nos dias seguintes ocorrem duas votações de manhã e outras duas à tarde.

Os cardeais são mantidos em total isolamento do mundo exterior: não podem usar telefone, receber jornais, ver televisão ou ter acesso à internet. Nem tradutores são admitidos.

Após três dias de votações sem resultado, ocorre uma suspensão de um dia para uma "pausa de oração". Em seguida, as votações voltam a ser realizadas e, se ainda assim o pontífice não for escolhido, será efetuado outro intervalo, seguido por sete tentativas.

O processo pode ser repetido em caso de indefinição e chegar a mais de 30 votações. No conclave para escolher quem substituirá Bento XVI serão necessários os dois terços dos votos em todas as eventuais votações, sejam quantas forem. Também foi estabelecido que, caso se chegue à etapa de escolha entre os dois mais votados, os finalistas não poderão mais votar, como era admitido.

Acordos vetados - O voto no conclave é secreto. Além disso, os cardeais eleitores continuam obrigados a se abster de qualquer forma de pacto, acordo ou promessa que possa obrigá-los a dar ou negar o voto a outros. Quando foi eleito papa, em 25 abril de 2005, o então cardeal Joseph Ratzinger obteve dois terços dos votos já na quarta votação.

A data do conclave para a eleição do sucessor de Bento XVI será conhecida nesta sexta-feira à tarde, informou o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.

"Está prevista para esta sexta-feira à tarde a votação para fixar a data do conclave pelos mais de 150 cardeais presentes", declarou Lombardi durante uma entrevista coletiva.

Os cardeais celebraram nesta sexta-feira no Vaticano a sétima reunião preparatória, com a presença de todos os 115 cardeais com direito a voto e com menos de 80 anos.

Os cardeais se reúnem a portas fechadas desde segunda-feira na Sala do Sínodo para preparar o conclave e definir o perfil do Papa que será o sucessor de Bento XVI, que renunciou em 28 de fevereiro ao cargo.

O último dos 115 cardeais esperados para a realização do conclave que escolherá o sucessor de Bento XVI chegou ao Vaticano nesta quinta-feira. Com isso, a decisão sobre a data do início do conclave será conhecida "logo", disse um cardeal norte-americano.

O cardeal vietnamita Jean-Baptiste Pham Minh Man chegou discretamente a Roma pela manhã e não conversou com jornalistas, mas já participou de uma reunião pré-conclave na tarde desta quinta-feira.

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Ele era o último dos cardeais com direito a voto ainda esperado para o conclave. A chegada dele significa que os cardeais católicos podem finalmente estabelecer uma data para o início do conclave.

Ainda não se sabe, no entanto, quando a data será decidida. Alguns cardeais têm manifestado a intenção de passar mais algum tempo discutindo os rumos da Igreja e quais características precisaria ter o próximo papa para lidar com as questões mais prementes do Vaticano.

Em sua conta no microblog Twitter, o cardeal norte-americano Roger Mahony escreveu que as discussões pré-conclave estão "chegando a uma conclusão".

Em declarações ao jornal sensacionalista alemão Bild, o cardeal Paul Josef Cordes projetou que o conclave "vai ser curto e começará logo". E comparou o conclave a uma consulta com o dentista: "Você quer que tudo acabe rápido".

Durante a sessão pré-conclave desta quinta-feira, os cardeais que estão em Roma para eleger o próximo papa receberam um resumo das finanças da Santa Sé, em meio a questionamentos sobre a administração da burocracia do Vaticano e as suspeitas a respeito do banco católico.

Os chefes dos três principais escritórios financeiros do Vaticano passaram as informações aos cardeais nesta quinta-feira, como exigido pelas regras a respeito do período de transição entre papados, durante o qual os cardeais se reúnem diariamente para discutir problemas da igreja e as qualidades necessárias para o novo papa. As informações são da Associated Press.

O último dos 115 cardeais necessários para a realização do conclave que escolherá o sucessor de Bento XVI chegou ao Vaticano nesta quinta-feira. O cardeal vietnamita Jean-Baptiste Pham Minh Man chegou discretamente a Roma pela manhã e não conversou com jornalistas, mas já participou de uma reunião pré-conclave na tarde desta quinta-feira.

Ele era o último dos cardeais com direito a voto ainda esperado para o conclave. A chegada dele significa que os cardeais católicos podem finalmente estabelecer uma data para o início do conclave.

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Ainda não se sabe, no entanto, se a data será escolhida hoje ou se os cardeais passarão mais algum tempo discutindo os rumos da Igreja e quais características precisaria ter o próximo papa para lidar com as questões mais prementes do Vaticano. As informações são da Associated Press.

É uma eleição, mas não há cartazes de campanha, nenhum candidato oficial, e, aqueles que poderiam ser eleitos, juram por Deus que não gostariam de carregar este fardo: bem-vindo ao conclave que elegerá o novo Papa.

Diante da "você acha que tem chances?", os cardeais que se encontram no Vaticano para a preparação da eleição do chefe de uma Igreja Católica de 1,2 bilhão de fiéis respondem com um ar modesto ou uma grande gargalhada.

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"Estamos em 'Alice no País das Maravilhas'", respondeu o cardeal americano Daniel DiNardo, arcebispo de Galveston-Houston (Texas), a um jornalista engraçadinho que perguntou a ele se usaria um chapéu de cáuboi se fosse eleito Papa.

Seu colega de Boston, o cardeal Sean O'Malley, afirmou, por sua vez, que não tinha a intenção de abandonar a sua vestimenta de frade capuchinho. "Eu estou vestindo este uniforme durante 40 anos e pretendo usá-lo até que eu morra. Eu não pretendo mudar", disse.

Ser papa não deve ser uma ambição pessoal e menos ainda deve ser expressa publicamente: a eleição é inspiração divina, e está fora de questão tentar competir com o Espírito Santo.

Há um provérbio italiano para alertar os cardeais movidos pela arrogância, "quem entra no conclave como Papa, sai como cardeal".

As candidaturas são discutidas com bastante tato, mas normalmente apenas em privado ou durante as pausas para o café durante a série de reuniões pré-conclave. E os cardeais são ligados pelo juramento de guardar segredo, sob pena de excomunhão.

"Não são os caucasus doIowa", explica John Allen, o vaticanista do National Catholic Reporter, em alusão ao estado americano onde a campanha para as eleições presidenciais americanas atinge seu auge com debates febris.

"O simples fato de dar a impressão de fazer campanha para o cargo é o beijo da morte, tudo é feito em voz baixa", acrescenta.

O mistério em torno da eleição do Papa foi parodiado por um grupo de artistas italianos que montou uma campanha em favor do cardeal ganês Peter Turkson, com falsos cartazes eleitorais colados por toda Roma.

Nessa propaganda, vê-se o arcebispo Turkson olhando para o céu com seu chapéu de cardeal junto ao slogan "no conclave, votem Kodwo Peter Appiah Turkson", e ainda tem uma cruz que mostra aos eleitores como votar.

As perguntas incessantes da imprensa sobre um eventual candidato podem ser dolorosas para os cardeais que enfrentam a decisão mais importante de suas carreiras.

Questionado sobre sua possível candidatura, o cardeal francês André Vingt-Trois, arcebispo de Paris, falou de "erro" antes de fugir a toda velocidade.

Um cardeal americano, Timothy Dolan, sem rodeios respondeu a um repórter que "qualquer um que pense que será eleito Papa fuma maconha".

Em uma entrevista ao jornal Messaggero, o britânico Cormac Murphy O'Connor, ex-arcebispo de Westminster, a quem foi perguntado se ele havia comprado uma passagem para sair de Roma após a eleição, respondeu lançando dúvidas: "Eu não comprei ainda... vou comprar em alguns dias".

Por sua parte, o cardeal canadense Marc Ouellet, prefeito da Congregação dos Bispos e citado com um dos mais prováveis pelos vaticanistas, confessou: "Eu não posso pensar nisso agora, mesmo considerando que ser Papa seria um pesadelo".

"Razoavelmente, eu tenho que entrar no conclave dizendo 'se ... se ...'. Admito que isso me faz pensar, me faz rezar, me assusta um pouco. Estou muito consciente do peso da tarefa", disse ele, apressando-se a acrescentar: "Há um número de pessoas que são mais propensas a serem eleitas do que eu".

Os cardeais que estão em Roma para eleger o próximo papa receberam um resumo das finanças da Santa Sé, em meio a questionamentos sobre a administração da burocracia do Vaticano e as suspeitas a respeito do banco católico.

Os chefes dos três principais escritórios financeiros do Vaticano passaram as informações aos cardeais nesta quinta-feira, como exigido pelas regras a respeito do período de transição entre papados, durante o qual os cardeais se reúnem diariamente para discutir problemas da igreja e as qualidades necessárias para o novo papa.

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Os cardeais não estabeleceram a data para o início do conclave durante a sessão de discussões desta manhã, pois o último dos cardeais votantes, o vietnamita Jean-Baptiste Pham Minh Man, ainda não estava em Roma, embora sua chegada seja aguardada para esta quinta-feira. A data não pode ser determinada até sua chegada. As informações são da Associated Press.

Os cardeais norte-americanos, que estão em Roma para o conclave que vai escolher o próximo papa, cancelaram sua popular coletiva de imprensa diária, supostamente por causa dos temores de que detalhes dos procedimentos secretos que têm ocorrido vazem para a imprensa.

O Vaticano negou que tenha exercido qualquer pressão para que os cardeais se mantivessem quietos. Mas o porta-voz do Vaticano, reverendo Federico Lombardi, disse que a Santa Sé considera secretas essas reuniões pré conclave e que elas são parte de um solene processo de discernimento para a escolha do papa.

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A porta-voz dos cardeais norte-americanos, irmã Mary Ann Walsh, disse que a coletiva desta quarta-feira foi cancelada após temores expressados por outros cardeais "sobre o vazamento de procedimentos confidenciais relatados por jornais italianos". Como precaução, as entrevistas foram interrompidas.

Jornais italianos não divulgaram qualquer informação significativa a respeito das conversas confidenciais. As informações são da Associated Press.

Os cardeais reunidos nesta quarta-feira no Vaticano "não decidiram a data do conclave" para a eleição do sucessor de Bento XVI, informou o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi.

No total, 153 cardeais assistem as chamadas "congregações", a assembleia da hierarquia da Igreja católica.

Durante a reunião, que acontece a portas fechadas na sala do Sínodo do Vaticano, 18 cardeais tomaram a palavra.

"Não se trata de um congresso ou um sínodo. Este é um momento particular", afirmou Lombardi, que recordou que os cardeais estão elaborando o perfil do futuro pontífice, líder de uma igreja com mais de 1,2 bilhão de fiéis.

Questionado sobre o atraso para fixar a data do conclave, o porta-voz afirmou que os religiosos "sentem a vontade de contar com um preparo adequado, sério e não marcado pelo afã".

"Não parece oportuno fixar a data do conclave no momento", reiterou.

"Amanhã todos os cardeais com direito a voto (115 no total) estarão presentes no Vaticano. É mais respeitoso e natural esperar que estejam todos presentes", disse.

A revista italiana Chi publicou nesta quarta-feira com exclusividade mundial as primeiras fotografias do "Papa Emérito Bento XVI" depois de sua renúncia oficial, no dia 28 de fevereiro.

As fotografias foram tiradas enquanto ele passeava pelo jardim da residência de verão de Castelgandolfo, nos arredores de Roma, onde permanecerá por cerca de dois meses antes de se mudar para um convento dentro do Vaticano.

O Papa Emérito aparece com uma bengala e com um boné branco, caminhando ao lado de seu secretário particular, Georg Gänswein, e de duas religiosas leigas que trabalham a seu serviço.

As fotos foram tiradas com uma poderosa lente teleobjetiva e nelas pode-se ver os sapatos do Papa Emérito, mais escuros.

Após sua renúncia, Joseph Ratzinger se converteu em "Sua Santidade, Bento XVI, Papa Emérito".

A revista Chi, conhecida por suas fotos exclusivas, pertence ao grupo Mondadori, controlado pela família do ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi.

bur-k/mav/erl

A Capela Sistina foi fechada à visitação no início da tarde desta terça-feira (5) para o início das obras preparatórias para o conclave de cardeais que elegerá o sucessor de Bento XVI. O Vaticano aguarda ainda a chegada dos últimos cinco cardeais com direito a voto para determinar a data de início do conclave.

A Capela Sistina foi fechada às 13h locais. O local, cujo teto é decorado com afrescos de Michelangelo, foi fechada para turistas para que os funcionários do Vaticano possam preparar o local para a escolha do próximo papa.

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Em 2005, a última vez em que o colégio de cardeais se reuniu para escolher um novo pontífice, as preparações incluíram a instalação de um piso falso para esconder dispositivos que impedem a realização de escutas e de um forno, de onde a fumaça dos votos queimados indica se o novo papa foi ou não escolhido.

Nos últimos dias, dois cardeais anunciaram que não participariam, um por problemas de saúde e outro por ter renunciado. Isso reduziu de 117 para 115 o número de cardeais que podem votar e serem votados no conclave.

Até a tarde de hoje, 110 deles tinham chegado ao Vaticano. De acordo com a Santa Sé, são esperados ainda o patriarca egípcio Antonios Naguib e os cardeais Karl Lehmann (Alemanha), Jean-Baptiste Pham (Vietnã), Kazimierz Nycz (Polônia) e John Tong Hon (Hong Kong). O conclave não pode começar sem que todos estejam presentes.

E enquanto os últimos cardeais não chegam, acontecia hoje o segundo dia do pré-conclave, que consiste em reuniões de cardeais para organizar o processo de eleição, debater os problemas da Igreja Católica e promover a interação entre os participantes, segundo o Vaticano. As informações são da Associated Press.

Os cardeais encarregados de eleger um sucessor para o Papa Bento XVI enviaram ao pontífice emérito um telegrama de agradecimento por seu ministério, e de gratidão, em nome de toda a Igreja Católica. "Os Padres Cardeais, reunidos no Vaticano para as congregações gerais em vista o próximo conclave lhe enviam suas devotas saudações", segundo o telegrama, que foi escrito pelos eleitores presentes nas reuniões pré-conclave no Vaticano.

Eles também expressaram sua renovada gratidão "por todo o seu luminoso ministério petrino e pelo exemplo que lhes foi dado de uma generosa solicitude pastoral, para o bem da Igreja e do mundo" na mensagem enviada a Bento XVI, que renunciou ao cargo de Papa na quinta-feira e que está hospedado no palácio de verão de Castel Gandolfo, perto de Roma. "A sua gratidão deseja mostrar o reconhecimento de toda a Igreja pelo seu incansável trabalho na vindima do Senhor", escreveram.

"Os membros do Colégio Cardinalício confiam na sua oração por eles, como por toda a Santa Igreja", acrescentaram, enquanto os eleitores debatem para decidir a data do conclave que elegerá o próximo pontífice.

Bento XVI, agora conhecido como "papa emérito", permanecerá em Castel Gandolfo durante todo o conclave e é esperado no final de abril em um mosteiro no Vaticano, onde desfrutará sua aposentadoria.

A imponente Capela Sistina fecha suas portas nesta terça-feira (5), para se preparar para a realização do Conclave que elegerá o novo Papa, cuja data ainda não foi fixada.

A famosa capela, decorada com afrescos dos maiores artistas do Renascimento e localizada dentro dos museus do palácio apostólico na Cidade do Vaticano, permaneceu aberta ao público após a renúncia oficial, na última quinta-feira, do papa Bento XVI.

"Durante a tarde começarão os trabalhos para preparar a capela para a celebração do Conclave", informou o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.

Outras salas do imenso museu do Vaticano, como o apartamento Bórgia e a coleção de arte religiosa, poderão ser visitadas pelos turistas de todo o mundo.

A solene eleição do Papa será realizada na imponente Capela, decorada com afrescos de grandes artistas do Renascimento, entre eles Michelangelo e Rafael.

Durante o conclave, é instalada uma chaminé em seu telhado e a fumaça atua como um sinal. Se for liberada uma fumaça branca após a queima dos papéis dos votos, significa que o conclave terminou e que um novo Papa foi eleito.

Mas se nenhum candidato obtiver a maioria (dois terços dos votos), é liberada uma fumaça negra, formada com alguns produtos químicos, indicando que ainda não houve uma eleição satisfatória.

Desde segunda-feira são realizadas no Vaticano as chamadas congregações gerais, ou seja, uma assembleia de todos os cardeais da Igreja católica para analisar o passado e o futuro da Igreja católica e definir o perfil do futuro Papa.

O sinal mais claro de que a escolha do próximo papa está se aproximando foi dado nesta terça-feira, com o anúncio de que a Capela Sistina será fechada aos visitantes.

Às 13h (horário local), o local, cujo teto é decorado com afrescos de Michelangelo, será fechada para turistas para que os funcionários do Vaticano possam preparar o local para o conclave. Em 2005, a última vez em que o colégio de cardeais se reuniu para escolher um novo pontífice, as preparações incluíram a instalação de um piso falso para esconder dispositivos que impedem a realização de escutas e de um forno, de onde a fumaça dos votos queimados indica se o novo papa foi ou não escolhido.

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Nesta terça-feira acontece também o segundo dia do pré conclave, reuniões com cardeais para organizar o processo de eleição e promover a interação entre os participantes. Como ainda há uma grande quantidade de cardeais que não chegou a Roma, nenhuma data foi estabelecida para o início do conclave. As informações são da Associated Press.

Os 142 cardeais reunidos no Vaticano para o pré-conclave decidiram, nesta segunda-feira, preparar uma mensagem especial para o papa emérito Bento XVI, informou o gabinete de imprensa do Vaticano. O porta-voz da Santa Sé, o padre Federico Lombardi, anunciou que se trata de uma mensagem para expressar "afeto e gratidão".

A primeira reunião de cardeais de todo o mundo após a renúncia de Bento XVI ocorreu em uma atmosfera "serena e construtiva", ressaltou o religioso.

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A presença inédita de um Papa emérito "não parece condicionar o desenvolvimento" da reunião, acrescentou o porta-voz papal, perguntado sobre a influência que pode ter sobre os membros do Colégio de Cardeais pelo fato de que o ancião Bento XVI permaneça vivo e tenha decidido se retirar no palácio pontifício de Castel Gandolfo, nas redondezas de Roma.

A maioria dos cardeais eleitores, isto é, os que têm direito a voto - 103 de um total de 115 - assistiram a primeira congregação celebrada no Vaticano.

Os cardeais deverão fixar a data do conclave para a eleição do novo Papa, mas para isso é necessário que todos estejam presentes.

Para a eleição do futuro pontífice, o Vaticano confirmou que 4.300 profissionais dos meios de comunicação foram credenciados para cobrir o evento.

Não há nenhum candidato favorito para substituir o Papa que renunciou. O futuro Papa irá dirigir a Igreja em um momento de crise em razão de escândalos internos e a crise vocacional em muitos países.

Os cardeais, entre eleitores e maiores de 80 anos, debaterão durante uma semana sobre o presente e o futuro da Igreja, mas também sobre o perfil do novo Papa.

Um italiano disfarçado de bispo tentou entrar nesta segunda-feira na primeira reunião de cardeais de todo o mundo realizada no Vaticano, as chamadas "congregações gerais", durante as quais se debate o futuro da Igreja após a renúncia de Bento XVI.

O falso bispo, com uma batina preta de uso diário e uma faixa de seda grossa de cor roxa, posou diante de vários fotógrafos ao lado de vários cardeais.

Apertou as mãos de diversas pessoas, falou com prelados e cumprimentava todos os presentes antes de ser impedido por um membro da Guarda Suíça de entrar no Vaticano.

O homem, identificado como Ralph Napierski, contou em seu blog que pertence à Igreja ortodoxa italiana, entidade que não existe na Itália, e diz se chamar "Basilius".

Antes de ser descoberto, o falso religioso criticou diante da imprensa os bispos católicos por terem acobertado os padres acusados de pedofilia.

Napierski diz ser o fundador da ordem católica "Corpus Dei", que promove a "Ioga de Jesus", técnica que permite "controlar o computador com o poder da mente".

A partir de amanhã (03), os 115 cardeais que ainda não completaram 80 anos - e, portanto, podem votar no conclave que definirá o próximo líder da Igreja Católica, com previsão de início nos próximos dez dias - terão como uma de suas principais tarefas formar um seleto grupo de nomes aptos a ocupar o trono de Pedro. Não há candidatos oficiais a papa - demonstrar tal ambição e fazer campanha são tabus.

Um dos possíveis nomes é Angelo Scola, o arcebispo de Milão, a potência econômica da Itália. O italiano de 71 anos é especialista em bioética e nas relações entre cristãos e muçulmanos. É a aposta dos italianos, mas, como Bento XVI, é considerado mais um intelectual que um comunicador carismático.

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Outro é d. Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, a maior diocese do país com o número mais expressivo de católicos no mundo. Aos 63 anos, é considerado o papável mais forte da América Latina. Visto no Brasil como conservador, no Vaticano seria encarado como moderado. Mas pode ser prejudicado pelo rápido crescimento das igrejas evangélicas no País.

A lista de papáveis que por ora são destacados inclui outro brasileiro: d. João Bráz de Aviz, arcebispo-emérito de Brasília e, desde 2011, prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica. Aos 65 anos, apoia a Teologia da Libertação, mas não os excessos de alguns de seus defensores. É considerado um renovador no Vaticano, mas também um homem muito discreto, o que pode pesar contra sua eleição.

Ainda na América Latina, outro nome lembrado é o de Leonardo Sandri, argentino, mas filho de italianos. Entre 2000 e 2007, ocupou o terceiro cargo mais importante no Vaticano, o de chefe de Estado-Maior. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

As primeiras reuniões preparatórias do Conclave que elegerá um novo Papa foram programadas para segunda-feira no Vaticano, anunciou nesta sexta-feira em um comunicado da Santa Sé.

O decano do Colégio dos Cardeais, cardeal Angelo Sodano, enviou mensagens a todos os cardeais eleitores (com menos de 80 anos) e não eleitores para pedir-lhes que participem da primeira "congregação geral" a partir das 8h30 GMT (5h30 no horário de Brasília) na "Aula nuova del Sínodo", onde ocorrem os sínodos dos bispos.

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A segunda dessas reuniões a portas fechadas, cujos participantes juram sigilo, será realizada às 16h00 GMT.

Durante a semana, haverá várias outras "congregações gerais" para ajudar a definir o perfil do futuro Papa, chamado a substituir Bento XVI após sua história renúncia na quinta-feira.

Em sua carta, o cardeal indica que as congregações continuarão "enquanto não for atingido o número total de cardeais eleitores". Só então poderão se reunir para definir a data do próximo conclave.

Perguntado sobre esta declaração do arcebispo Sodano, que poderia indicar que o Conclave pode demorar na ausência de um só cardeal, o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, convidou a compreender esta recomendação com flexibilidade, argumentando que a carta "não é a lei".

O cenário mais provável é que o Conclave se reúna na próxima semana, de acordo com os vaticanistas. Desta forma, um Papa poderia ser eleito a tempo para as cerimônias de preparação da Páscoa.

"É quase impossível que os cardeais decidam a data do conclave já na segunda-feira". Estas primeiras sessões, que não são precedidas por missas, "servem para os cardeais adotarem um ritmo, determinar a frequência das reuniões", explicou o porta-voz.

"Os cardeais podem querer ouvir relatos sobre qualquer assunto em particular, enquanto outros não, eles podem pedir a participação de líderes de dicastério (ministérios) ou de pessoas que são especialistas em uma determinada situação nas dioceses".

Os cardeais, insistiu ele, são "livres" para escolher os temas a serem discutidos, e o decano do Sacro Colégio coordena este trabalho.

A reforma da Cúria, o relatório dos três cardeais sobre o caso do "Vatileaks", vários escândalos e revelações da mídia sobre um "lobby gay", ou assuntos financeiros, podem ser discutidos. Mas também muitos outros problemas podem entrar na pauta, como a vida e a morte em algumas dioceses: ameaças islâmicas, guerras religiosas, as dificuldades de aculturação, secularização em massa, contestação e insubordinação interna, casos de pedofilia, corrupção, sectarismo, posições sobre grande temas (vida e morte, família, saúde).

Alguns nomes de "papáveis" já estão circulando, como o do italiano Angelo Scola, o canadense Marc Ouellet, o austríaco Christoph Schönborn, o húngaro Peter Erdo, o brasileiro Odilo Scherer, o ganês Peter Turkson ou o filipino Luis Antonio Tagle.

Mas a escolha está em aberto, desconhecidos podem emergir, e ainda não há agrupamentos claros em torno de nomes, ao contrário do Conclave de 2005, onde desde o início das primeiras congregações a candidatura de Joseph Ratzinger era desejada por muitos.

A igreja católica acordou nesta sexta-feira sem um líder, após a renúncia de Bento XVI. O agora "papa emérito" prometeu obediência a seu sucessor e se descreveu como um "simples peregrino" que inicia a última peregrinação de sua vida. Agora começa o período conhecido como "Sede Vacante" ou "Sé Vacante", a transição entre o fim de um papado e o início de outro. Durante estes poucos dias - não mais do que 20 - um grupo pequeno de pessoas assume a Santa Sé, guiando o Colégio de Cardeais em suas deliberações e organizando o conclave que vai eleger o sucessor de Bento XVI.

Com o fim do papado de Bento XVI às 20h de quinta-feira (horário local), cada chefe de departamento no Vaticano perdeu seu emprego, exceto aqueles cujas funções são cruciais para o bom funcionamento do período de transição. Na segunda-feira, os cardeais iniciam as reuniões para estabelecer a data do conclave e discutir os problemas enfrentados pela igreja.

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Início da aposentadoria

O Vaticano disse que Bento XVI passou suas primeiras horas de aposentadoria rezando, assistindo televisão e caminhando. Nesta sexta-feira, o Vaticano divulgou detalhes sobre a vida do papa emérito no interior de Castel Gandolfo, o retiro de férias onde o primeiro papa a renunciar em 600 anos vai permanecer por algum tempo.

O secretário de Bento XVI, monsenhor Georg Gaenswein, relatou ao Vaticano que após sua despedida pública o papa jantou, fez sua caminhada costumeira no palácio e assistiu as notícias na televisão sobre seu último dia de pontificado. Gaenswein disse que ele dormiu bem, celebrou uma missa como de costume e tomou seu café da manhã. Segundo Gaenswein, Bento XVI está relaxado e a prova disso é o fato de ele ter voltado a tocar piano nos últimos dias. As informações são da Associated Press.

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