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Nesta quarta-feira (13), o Vaticano divulgou o nome do novo Papa da Igreja Católica pelo microblog Twitter. Apesar da utilização da nova tecnologia, as tradições foram mantidas. Após a escolha de Francisco, os fiéis que se concentravam na Praça de São Pedro puderam ver a fumaça branca saindo da chaminé da Capela Sistina.

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Veja o anúncio do novo Papa por meio do twitter no vídeo da AFP.

A Igreja ortodoxa russa saudou nesta quinta-feira a eleição do novo Papa Francisco, o primeiro na história procedente do continente americano.

"A Igreja russa saúda a decisão do conclave de cardeais da Igreja de Roma e, assim como no passado, espera que as relações entre as igrejas ortodoxa e católica se desenvolvam de maneira positiva", afirmou o porta-voz da igreja ortodoxa, Alexander Volkov.

O presidente russo, Vladimir Putin, também felicitou o novo Papa.

"Estou convencido de que a cooperação construtiva entre a Rússia e o Vaticano continuará acontecendo com êxito, baseada nos valores cristãos que nos unem", destacou em um telegrama enviado ao novo Papa.

"Desejo, sua Santidade, saúde e felicidade, que sua atividade para promover a paz, o diálogo entre as civilizações e as religiões apresentem frutos", completou.

O argentino Jorge Mario Bergoglio, primeiro jesuíta a chegar ao trono de Pedro, foi eleito na quarta-feira para suceder Bento XVI. O arcebispo de Buenos Aires escolheu o nome de Francisco, algo também inédito na história do papado.

A China, que não tem relações diplomáticas com o Vaticano, felicitou nesta quinta-feira o Papa Francisco por sua eleição e destacou que espera da Santa Sé uma "atitude flexível e pragmática" para melhorar as relações.

"Felicitamos o cardeal Bergoglio por sua eleição como novo Papa", declarou a porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Hua Chunying.

"Esperamos que, sob a direção do novo Papa, o Vaticano adote uma atitude flexível e pragmática para criar as condições de uma melhoria nas relações entre a China e o Vaticano", disse Hua.

"O governo chinês é sincero em sua vontade de normalizar as relações", completou.

Ao mesmo tempo, no entanto, a porta-voz chinesa reiterou as exigências tradicionais de Pequim, incluindo a ruptura de relações diplomáticas do Vaticano com Taiwan e a não interferência da Santa Sé nos "assuntos internos da China, inclusive sob o pretexto da religião".

A China não aceita que o Vaticano controle a ordenação dos bispos, o que constitui uma fonte regular de conflitos.

Os católicos chineses - 5,7 milhões segundo as estatísticas oficiais, 12 milhões de acordo com fontes independentes - estão divididos entre uma igreja oficial, a Associação Patriótica, subordinada ao poder comunista, e uma igreja "subterrânea" que obedece ao Vaticano.

Em 2007, Bento XVI enviou uma carta histórica aos católicos chineses na qual pedia ao governo da China a liberdade de culto dos católicos e o reconhecimento de que pertencem à Igreja.

Em troca, Bento XVI se comprometia a que a Igreja respeitaria a autonomia das decisões políticas do regime chinês.

As relações entre o Vaticano e a China ficaram tensas novamente em 2010, quando a Associação Patriótica ordenou vários bispos sem o consentimento do Papa.

A instituição Al-Azhar, principal autoridade do islã sunita, espera que com o novo Papa, Francisco, as relações com o Vaticano sejam melhores que durante o pontificado de Bento XVI.

"Esperamos melhores relações com o Vaticano depois da eleição do novo Papa pelo bem de toda a humanidade", declarou à AFP Mahmud Azab, assessor do grande imã de Al-Azhar, Ahmad al Tayeb, para o diálogo religioso.

"Quando surgir um novo rumo, voltaremos ao diálogo com o Vaticano que foi suspenso no início de 2011", afirmou, antes de felicitar "todos os católicos do mundo".

Em 2006, Bento XVI provocou uma ruptura com o mundo muçulmano ao citar um imperador bizantino que descreveu o profeta Maomé como um propagador através da violência de ideias "ruins e desumanas".

O diálogo foi retomado em 2009, antes de ser interrompido quando o Papa fez um pedido por proteção às minorias cristãs depois de um atentado suicida contra uma igreja de Alexandria, no Egito, durante a noite de 31 de dezembro.

A Al-Azhar decidiu suspender as reuniões com o Vaticano por considerar que as declarações de Bento XVI sobre os cristãos do Oriente eram "ataques repetidos contra o islã".

O Papa Francisco rezou na manhã desta quinta-feira na basílica de Santa Maria Maior, uma das quatro grandes de Roma, um dia depois de sua eleição como o primeiro pontífice latino-americano e primeiro jesuíta da história.

O até ontem cardeal argentino Jorge Bergoglio entrou às 8H00 (4H00 de Brasília) em um automóvel sem a placa oficial do Papa, "CV1", por uma porta lateral da maior basílica romana dedicada ao culto mariano.

O Papa, de 76 anos, rezou na Capela Paulina da basílica fechada ao público e depositou um ramo de flores diante da imagem da virgem.

Ao fim da oração, saudou um grupo de seminaristas e freiras um por um, contou à AFP Giuseppe, um dos presentes.

Menos de meia hora depois, o Papa, que estava acompanhado pelo prefeito da Casa Pontifícia e secretário privado de seu antecessor Bento XVI, Georg Gänswein, deixou o local por outra porta da basílica, que permaneceu fechada ao público.

Dezenas de pessoas, incluindo jornalistas e estudantes, se reuniram diante do templo para acompanhar a primeira saída do novo líder dos 1,2 bilhão de católicos do mundo.

Francisco passou a primeira noite na Casa Santa Marta, o local onde estavam hospedados os 115 cardeais que participaram no conclave de dois dias no qual foi eleito.

O Papa chegou à residência vaticana de ônibus com os demais cardeais, depois de ter recusado o carro oficial.

O primeiro Papa das Américas rezará no domingo o primeiro Angelus no Vaticano e será entronizado em uma missa na terça-feira, 19 de março, dia de São José, antes de iniciar os ritos da Semana Santa.

O novo papa, o ex-cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, se chamará simplesmente "papa Francisco" e não Francisco I, informou o porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi, na noite de quarta-feira. Primeiro papa latino-americano e jesuíta, o ex-arcebispo de Buenos Aires é também o primeiro papa a escolher o nome de Francisco, em homenagem a São Francisco de Assis.

O porta-voz do Vaticano, o também jesuíta padre Lombardi, ficou muito satisfeito nesta quarta-feira à noite com a escolha do nome de Francisco por se tratar de "uma grande testemunha do Evangelho". "Ele não escolheu o nome de Ignácio (como Ignácio de Loyola, fundador da ordem dos jesuítas), ele quer dizer com isso que nós estamos a serviço da igreja", completou Lombardi.

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É a primeira vez que um papa escolhe um nome inédito desde João Paulo I em 1978 (que havia escolhido esse nome em homenagem aos seus dois antecessores, João XXIII e Paulo VI).

Contudo, não é preciso acrescentar o número ordinal "primeiro". Ele será eventualmente chamado de Francisco I se um de seus sucessores decidir homenageá-lo escolhendo o mesmo nome.

Francisco, o nome escolhido pelo novo papa, é um venerado santo italiano identificado com a paz, a pobreza e um estilo de vida simples.

Ao argentino Jorge Bergoglio é o primeiro pontífice a adotar o nome Francisco, o jovem de Assis que renunciou à riqueza e fundou a ordem dos franciscanos em 1290.

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A escolha pode ser um indício de que a prioridade do papa será trazer de volta a serenidade em um momento conturbado para a Santa Sé. Reza a tradição católica que São Francisco de Assis foi chamado por Deus para reparar uma igreja em ruínas.

A escolha do nome de um santo patrono italiano também conecta o novo papa à Itália, de onde saíram todos os papas dos últimos séculos até 1978. As informações são da Associated Press.

O 266º papa da igreja católica, Jorge Mario Bergoglio, é o primeiro pontífice nascido num país em desenvolvimento a ser escolhido para liderar católicos de todo o mundo. O novo pontífice, que escolheu ser chamado de Francisco, é um jesuíta que era arcebispo da Arquidiocese de Buenos Aires desde 1998.

O papa Francisco enfrentará a difícil tarefa de conter as divisões na hierarquia da igreja, ao mesmo tempo em que atende aos 1,2 bilhões de fiéis da igreja católica apostólica romana. O novo pontífice tem ampla experiência pastoral na Argentina, mas não está claro quanta influência tem na Cúria romana, o órgão administrativo do Vaticano, já que não tem uma posição de destaque na Cúria.

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O novo papa, que tem 76 anos, foi eleito pelos 115 cardeais no segundo dia de votação. Nascido em Buenos Aires, o novo pontífice foi ordenado padre jesuíta em 1969. Ele se tornou bispo em 1992 e, seis anos mais tarde, foi nomeado arcebispo de Buenos Aires. Bergoglio tornou-se cardeal em 2001, pelo papa João Paulo II.

Pessoas ligadas a Bergoglio dizem que ele evita as ostentações de um cardeal e prefere ser chamado de "padre Jorge" em vez do título formal de "cardeal" ou "sua eminência". Ele é conhecido por viajar para paróquias e igrejas em ônibus de linha ou de metrô, vestido como um padre comum.

Na língua da Igreja na Argentina ele é um "pastor, não um príncipe". Ele buscou uma igreja que olhasse para o mundo exterior ao invés de uma igreja que se fecha em si mesma dentro de templos.

Bergoglio tem sido um defensor dos padres que trabalham em favelas - conhecidas como "villas" na Argentina - que cercam a capital Buenos Aires. Ao mesmo tempo, ele tem uma visão ortodoxa dos temas sociais, como o casamento gay, aborto e eutanásia.

Em 2010, Bergoglio se opôs fortemente à lei que autorizou o casamento gay na Argentina. Em seu primeiro discurso como papa da sacada do Vaticano, dirigido aos fiéis reunidos na Praça São Pedro, Bergoglio disse que os cardeais "foram ao fim do mundo" para encontrar o novo papa. Ele pediu aos fiéis que rezem por ele e depois abençoou a multidão. As informações são da Dow Jones.

Após o anúncio do novo Papa, o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, concedeu entrevista coletiva na Catedral da Sé, onde falou sobre a escolha."Não conheço o novo pontífice, mas soube que é uma pessoa muito simples. Embora tenha 76 anos e esteja bem de saúde, ele foi escolhido para ser um papa de transição, assim como foi Bento XVI (que não deve ficar muito tempo. João Paulo II ficou cerca de 25 anos no posto)".

Dom Fernando se disse surpreso com a nomeação de um religioso da ordem jesuíta. "É raro um ser eleito Papa, porque normalmente quando eles são ordenados, fazem voto de fidelidade ao papa, mas não aceitam ser bispos. Ele é uma exceção".

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Para finalizar, o arcebispo falou sobre a expectativa de receber o novo papa já nos próximos meses de 2013. "Acredito que ele venha ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, em julho, que é o evento mais importante da Igreja voltada para este público. Esperamos que ele traga uma mensagem de solidariedade e dê uma atenção especial aos nossos jovens", disse Saburido.

Com informações de Wagner Cesario

O cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, eleito papa no conclave encerrado hoje, conduziu uma oração em homenagem a seu antecessor, Bento XVI, que renunciou no fim de fevereiro após quase oito anos de pontificado.

A oração foi conduzida na primeira aparição pública do cardeal depois de ter sido escolhido papa após cinco rodadas de votação na Capela Sistina.

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Antes da oração, o papa Francisco agradeceu pela acolhida dos fiéis reunidos na Praça São Pedro e comentou que os cardeais "foram até o fim do mundo" para encontrar um novo pontífice. Francisco é o primeiro papa oriundo das Américas. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

"Parece que os cardeais foram me buscar no fim do mundo", declarou o Papa Francisco, o argentino Jorge Mario Bergoglio, em suas primeiras palavras do balcão da Basílica de São Pedro.

O primeiro papa latino-americano e primeiro jesuíta a se tornar papa convocou as pessoas a rezarem por seu antecessor Bento XVI. Ele pediu que os fiéis "sigam um caminho de fraternidade, de amor" e de "evangelização" e pediu à multidão um minuto de silêncio: "Rezem por mim e deem-me a vossa bênção".

A escolha do novo Papa está repercutindo em muitas redes sociais, no Twitter, a #FumaçaBranca é o primeiro lugar entre os tópicos mais comentados no Brasil. A hashtag faz referência à fumaça branca que sai da Capela Sistina, indicando que os cardeais já definiram o nome do novo Papa.

No perfil do Vaticano no Twitter usaram um símbolo que representa uma pessoa com os braços levantados (\o/), além da mensagem “habemus papam”. Entre os Trending Topics globais, #HabemusPapam e #whitesomke são as duas hashtags mais usadas pelos tuiteiros.

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Na tarde desta quarta-feira (13), os 115 cardeais escolheram o novo representante dos católicos. O nome do sucessor de Bento XVI é o argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos que escolheu ser chamado de Francisco I.

Acaba de ser anunciado o nome do novo líder da Igreja Católica. Jorge Mario Bergoglio, 76 anos, até então arcebispo de Buenos Aires, filho de italianos, foi escolhido pelos outros 114 cardeais para ocupar a vaga deixada por Bento XVI , que renunciou no dia 28 de fevereiro deste ano. Bergoglio será o 266º papa da história.

O novo pontíficie, que escolheu o nome de Francisco I, o que pode siginifcar uma atenção maior aos pobres, seguindos os passos de São Franscisco de Assis fez seu primeiro discurso para a multidão na Praça de São Pedro. "Boa noite a todos. Você sabe que conclave poderia encontrar um bispo em Roma, mas parece que meus irmãos cardeias foram encontrar um novo representante quase no fim do mundo (referindo-se a América do Sul). Antes de mais nada, gostaria de fazer uma oração para o nosso bispo emérito Bento XVI. Oremos todos juntos para ele e que Nossa Senhora o proteja", disse ele, antes de rezar um Pai Nosso.

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A conta do papa no microblog Twitter está pronta para ser reativada, seja ele quem for.

O perfil do papa no Twitter passou para "Sede Vacante" após a renúncia de Bento XVI, no fim do mês passado.

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Agora, o perfil voltou a conter a inscrição "Pontifex".

Até o momento nenhuma mensagem foi escrita aos fiéis.

https://twitter.com/pontifex

O conclave já elegeu o substituto para Joseph Ratzinger, o Papa Bento XVI, na tarde desta quarta-feira (13), após a fumaça branca sair das chaminés do Vaticano. O argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos foi eleito, ele será chamado de Francisco I. 

O canal do Vaticano no YouTube está fazendo uma transmissão especial para o evento. Você pode acompanhar ao vivo toda a cobertura, produzida pelo Centro Televisivo Vaticano.

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O conclave para a escolha do sucessor de Bento XVI foi bastante rápido. O 266º papa da Igreja Católica foi eleito depois de cinco votações.

Em séculos passados, os conclaves se arrastavam por semanas e meses, em alguns casos chegando a durar anos. No século 13, um dos cardeais mais cotados para assumir a Santa Sé faleceu durante o processo, que se estendeu por semanas.

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O conclave que elegeu Bento XVI teve quatro votações e durou dois dias. O conclave mais longo do último século durou cinco dias, teve 14 votações e resultou na eleição de Pio XI, em 1922. As informações são da Associated Press.

Alguns pais sentiriam-se honrados em ver seu filho se tornar Papa um dia, mas esse não é o caso de Eleonore Schönborn, mãe do cardeal austríaco Christoph Schönborn, de 68 anos, frequentemente citado entre os "papabili".

"Como Papa, Christoph ficaria sobrecarregado, seria muito difícil para ele", explicou esta austríaca de 92 anos, em uma entrevista concedida ao jornal popular Kronen Zeitung desta quarta-feira.

Ela afirmou que, atualmente, vinha conseguindo ver seu filho apenas uma vez por ano em Viena, mesmo vivendo em Schruns, no extremo-oeste da Áustria.

"Se ele realmente tiver que ir a Roma, nunca mais voltarei a vê-lo, porque estou velha demais para uma viagem como essa. Seria um adeus para sempre", lamentou Eleonore Schönborn.

"Contra a vontade de Deus, não posso fazer nada", considerou.

Christoph Schönborn está entre os pretendentes para suceder seu mentor Bento XVI. Ele seria também o segundo papa consecutivo de língua alemã.

Bento XVI, de 85 anos, anunciou a sua renúncia no dia 11 de fevereiro, explicando que não tinha mais "a força" necessária para se manter à frente da Igreja Católica. Sua saída se tornou efetiva no dia 28 de fevereiro às 19h00 GMT (16h00 de Brasília).

O ex-jogador de basquete Dennis Rodman, que provocou polêmica ao visitar a Coreia do Norte, continua sua estranha viagem global, desta vez visitando Roma, supostamente para ajudar o cardeal Peter Turkson, de Gana, a se eleger papa.

Mas Rodman não parecia muito certo sobre quem ele deveria promover quando foi questionado sobre o assunto nesta quarta-feira. "Da África, certo?", perguntou ele.

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O ex-jogador disse ter certeza de que o próximo papa será negro e que ele gostaria de encontrá-lo na África, em sua missão, de estilo único, para promover a paz mundial, patrocinada por uma empresa de apostas irlandesa.

O plano de Rodman de entrar na praça São Pedro num veículo igual ao "papamóvel", nesta quarta-feira, corria o risco de não se concretizar, pois a chegada do carro foi atrasada pela neve no norte da Itália. As informações são da Associated Press.

Uma espessa coluna de fumaça negra saiu nesta quarta-feira às 11H40 de Roma (7H40 de Brasília) da chaminé da Capela Sistina no Vaticano, indicando pela segunda vez ao mundo e às milhares de pessoas reunidas na praça de São Pedro que os cardeais reunidos no conclave ainda não escolheram um novo Papa.

Os 115 cardeais eleitores organizaram duas votações inconclusas durante a manhã. Eles voltarão a se reunir pela tarde para mais duas votações.

Os cardeais já haviam votado pela primeira vez na tarde de terça-feira, sem que nenhum nome conquistasse os 77 votos necessários para virar o líder espiritual dos 1,2 bilhão de católicos do mundo, como sucessor de Bento XVI, o Papa que renunciou em 28 de fevereiro.

A primeira votação, cujo resultado era previsível, serviu para colocar sobre a mesa os nomes dos favoritos e medir forças.

Os vaticanistas apontam como favoritos um italiano, o arcebispo de Milão Angelo Scola, ou um nome do continente americano, o brasileiro Odilo Scherer, o canadense Marc Ouellet ou o americano Timothy Dolan.

Há oito anos, Bento XVI foi eleito no segundo dia do conclave, após a primeira votação da tarde.

O Estado da Cidade do Vaticano, menor país do mundo, foi oficialmente incorporado à comunidade internacional no dia 7 de junho de 1929, após o Pacto de Latrão entre Pio XI e Benito Mussolini. Este documento, assinado no dia 11 de fevereiro deste mesmo ano, colocou fim ao conflito que entre a Itália e a Santa Sé depois do surgimento dos Estados Pontifícios, em meados do século XIX.

O Papa é um dos últimos monarcas absolutos do mundo. Seu poder temporal é exercido de maneira soberana e exclusiva em um território de 44 hectares. Até 1859, seu poder se estendia sobre um reino de 18.000 km2 situado no centro da Itália, com uma população de cerca de 3 milhões de habitantes.

Hoje, a população do Vaticano é de 600 pessoas que possuem a nacionalidade vaticana, incluindo cardeais e representantes diplomáticos da Santa Sé (núncios apostólicos), assim como outros religiosos e uma centena de oficiais e guardas suíços.

A nacionalidade vaticana não é concedida com base no "ius sanguinis" ("direito de sangue") nem no "ius soli ("direito de solo"), mas em uma espécie de "ius officii" estabelecido quando o indivíduo tem um emprego regular e vive de maneira estável no território.

O sistema judicial é análogo ao da República Italiana. A pena de morte foi abolida em 1960. O Estado Pontifício foi constituído para que a Igreja pudesse exercer com liberdade e independência a soberania espiritual através da Santa Sé, que se encarrega da administração material do território. A Santa Sé é regida pelo direito internacional, pode negociar convenções e abrir legações em outros países.

Após a reforma adotada por João Paulo II em 1988, a Cúria Romana é composta pela secretaria de Estado, de nove Congregações (ministérios), três tribunais, 12 conselhos pontifícios, assim como outros escritórios encarregados de administrar o patrimônio e os assuntos econômicos da Igreja.

O Vaticano, que também opera como município, é administrado por uma comissão de cardeais presidida pelo cardeal que ocupa a Secretaria de Estado.

A Santa Sé também tem um jornal oficial, o l'Osservatore Romano, uma emissora, a Rádio Vaticano, museus e publicações em várias línguas.

Um banco, o chamado Instituto de Obras Religiosas (IOR), se encarrega de administrar os bens confiados pelas ordens e por outros organismos da Igreja. Sua administração é totalmente independente da Santa Sé.

O Vaticano emprega cerca de 4.700 religiosos e laicos, cujos salários representam uma parte muito importante dos gastos da Santa Sé.

As contas do Vaticano foram publicadas pela primeira vez em 1988: o total de gastos nesta época era de 114 milhões de dólares, com receitas de 57 milhões. O déficit é coberto graças às doações feitas pelos católicos do mundo inteiro, chamadas de "o dinheiro de São Pedro".

Em 2011, segundo os últimos números publicados, o orçamento da Santa Sé teve um déficit de 14,9 milhões de euros devido a uma crise financeira mundial. Em 2010, havia tido um excedente positivo de 10 milhões de euros, depois de ter passado três anos no vermelho.

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