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Polícia Civil de Goiás cumpriu, na manhã desta quarta-feira, 19, 134 mandados de prisão durante a operação para apurar fraudes no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. De acordo com a polícia, o esquema consistia em troca de propina na liberação irregular de presos, por meio de falsificação de alvarás, de decisões judiciais e atestados médicos. Além de dinheiro, a troca de favores sexuais virou moeda para pagamento por serviços prestados.

Entre os presos estão advogados e servidores da Superintendência Executiva de Administração Penitenciária (Seap).

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"Trata-se de uma fraude sistêmica, onde todos os envolvidos obtinham lucros", informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP). Do total de 134 mandatos, 35 eram de prisão preventiva e 28 de prisões temporárias. Os demais, de busca e apreensão.

"Um estrondo muito forte, muita fumaça e cacos de vidro caíram sobre a gente", relatava Sheila Souza, que mora na Avenida Liberdade na frente da unidade prisional Marcelo Francisco Araújo (PAMFA), no Complexo do Curado, Zona Oeste do Recife. Na madrugada deste sábado (5), uma nova explosão atingiu um dos muros do Complexo do Curado abrindo uma cratera de dois metros embaixo de uma guarita de segurança.

O artefato explosivo danificou o muro, que já foi reparado, veículos que estavam estacionados nas proximidades e as estruturas das residências localizadas em frente à unidade. O incidente aconteceu por volta das 3h da manhã e de acordo com o secretário Executivo de Ressocialização, Eden Vespaziano, não houve fuga de nenhum detento e ninguém se machucou.

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Assim como o atentado no dia 23 de janeiro, desta vez a suposta bomba também foi colocada no muro da unidade prisional, embaixo de uma guarita e de uma câmera de segurança externa do presídio. O secretário Executivo da Secretaria de Ressocialização (Seres) informou que a área onde colocaram os explosivos é direcionada apenas a guarita e a área administrativa da unidade. "No momento da explosão nós tínhamos um agente na guarita, mas ele não chegou a ver nada. Quem fez isso ficou esperando que o deslocamento do guarda para agir no momento que ele olhasse para dentro do presídio", explica Eden Vespaziano, que na manhã deste sábado estava no Complexo para apurar o ocorrido. 

O cenário na frente da unidade prisional é de muito prejuízo, não só físico, mas também psicológico. Edna Bezerra, que mora em frente ao complexo prisional, conta que na hora da explosão dormia com as suas duas filhas. "Eu abri os olhos e queria entender o que tinha acontecido. Chamei pela minha filha de 13 anos e ela estava em estado de choque, muito nervosa, pensei que estava tendo uma convulsão. A minha casa está destruída, caiu parte do teto do quarto das minhas filhas, o vidro da porta da minha casa foi completamente estilhaçado", lamenta. Ela também relatou que constantemente ouve barulho de tiros vindo do presídio e tem muito medo de ser atingida. "A gente já vive trancado, eu e as minha filhas. Tenho muito medo de bala perdida. Tenho vontade de me mudar, mas é difícil a gente não consegue vender nossa casa por uma valor alto por causa do presídio", conta.

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O morador Lucas Bezerra conta que também estava dormindo no momento em que a bomba explodiu. "Eu estava dormindo e ouvi uma estrondo muito forte, nem imaginava que fosse algo no presídio. Quando eu fui olhar, não vi ninguém fugindo, só consegui enxergar muita fumaça na frente do presídio", relatou. Assustado, o jovem de 28 anos conta que cresceu naquela casa, mas que agora quer se mudar 'mais do que nunca'."A explosão danificou muito a estrutura da minha casa. Minha mão ficou muito nervosa. As paredes estão rachadas, o gesso da casa está completamente destruído, os vidros das janelas também quebraram", lamentou. 

Os desdobramentos da explosão ainda estão sendo apurados pela Secretaria de Ressocialização do Estado. Até o momento, ainda não se sabe quem teria deixado no local os artefatos explosivos e qual seria o objetivo da explosão, podendo não ser com o intuito de fuga, como ressalta a moradora Sheila Souza. "Eu acho que a explosão aconteceu muito mais porque eles (criminosos) queriam mostrar que estão podendo e ainda dominam a área", avalia. Trabalhadora de uma Casa Lotérica, localizada em frente a guarita que foi atingida pelos explosivos, ela fez uma crítica ao policiamento no local. "A gente vê muito que apesar de ter a guarita, muitas vezes não tem o guariteiro. Eles ficam andando de lá pra cá", disse Sheila.

De acordo com Eden Vespaziano, o que estaria ocasionando os atentados é o reforço de segurança nos presídios do Estado. "Isso está ocorrendo porque o governo tem aumentado o teor de segurança nas unidades prisionais. Estamos fazendo uma reforma estrutural, implantando mais disciplina na área interna, melhorando a segurança e comprando novos equipamentos de trabalho para o agentes penitenciários. Esse trabalho estimula essas possibilidades de tentativas de fugas e de baderna", argumenta. Segundo ele, o policial que fazia a vistoria da guarita atingida passa bem e deverá ser ouvido para as investigações. 

Os danos estruturais das casas próximas ao Complexo do Curado serão avaliados pelo Estado, informou Vespaziano. "O Instituto de Criminalista (IC) já esteve nos locais que foram danificados e fez um levantamento. Vamos analisar cada caso para fazer o ressarcimentos", contou. Apesar disso, a falta de informações sobre como serão indenizados ainda assusta alguns moradores. "Até agora, com toda essa situação delicada, só um homem da perícia veio olhar a minha casa, tirou umas fotos e fez um trabalho bem genérico. Nenhum órgão veio até aqui para avaliar os nossos danos, nos tranquilizar, nos informar se vão nos indenizar e o que devemos fazer", lamentou.

Apesar do tumulto provocado pela explosão da bomba no Presídio Marcelo Francisco Araújo, uma das três unidades que compõem o Complexo do Curado, as visitas íntimas, que são realizadas nos dias de sábado, não foram canceladas e permamecem normalmente no mesmo horário.

Crise no Sistema Penitenciário 

A situação dos complexos prisionais do Estado passa por muitas complicações desde o início do ano de 2016. Em janeiro, foram realizadas duas tentativas de fuga em massa no Presídio Frei Damião de Bozzano, que também faz parte do Complexo do Curado e na Penitenciária Professor Barreto Campelo, em Itamaracá, litoral norte de Pernambuco. Na época mais de 40 presos escaparam do Frei Damião, após a destruição do muro. Dois detentos foram mortos e o restante capturado. No Barreto Campelo, foram 53 detentos que fugiram da unidade e muitos ainda não foram capturados.

Ainda na manhã deste sábado, um preso foi morto na Penitenciária Professor Barreto Campelo, em Itamaracá. De acordo com informações da Seres, o preso José Anildo Silvestre da Silva foi agredido por uma arma branca e veio e faleceu dentro da própria unidade.

Em decorrência de um princípio de tumulto iniciado na manhã desta quarta-feira (28) no Complexo Prisional do Curado, o Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindasp) cancelou o protesto da categoria, em que seria feito um ato público de repúdio ao descaso do governo do Estado com o Sistema Penitenciário de Pernambuco. A manifestação seria realizada na frente da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), na Rua do Hospício, Centro do Recife.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindasp), João Carvalho, o motim começou após um preso ser alvejado por um policial militar da guarita enquanto tentava se aproximar de um dos muros da unidade prisional. Carvalho explicou que apesar de relativamente controlada, "a situação ainda era tensa" no presídio Frei Damião de Bozzano (PFDB). A assessoria de comunicação da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) ainda está levantando mais informações sobre a ocorrência.

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O presidente do Sindasp informou que após o tumulto um preso foi baleado de raspão na cabeça e foi encaminhado para o Hospital Otávio de Freitas (HOF), no bairro do Sancho, Zona Oeste do Recife. Outro três detentos também ficaram feridos na confusão. Ainda na manhã desta quarta, um promotor de justiça juntamente com Carvalho faziam uma vistoria no Complexo do Curado.

Uma nova manifestação dos agentes penitenciários será remarcada, mas ainda não se sabe uma possível data para o ato público. No próximo dia 18 de fevereiro haverá uma Assembleia Geral da categoria, no Bairro da Boa Vista, com o intuito de debater e pensar em estratégias para o grupo. 

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Seis estações do metrô no Recife e uma em Jaboatão dos Guararapes estão parcialmente fechadas na tarde deste sábado (23). São elas: Alto do Céu e Curado, da linha Camaragibe; Cavaleiro, da linha Jaboatão; e Coqueiral, Tejipió e Werneck que atendem as duas linhas. A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) decidiu interromper o embarque de passageiros nestes locais após o registro de uma explosão com fuga em massa de detentos do presídio Frei Damião de Bozzano, no Complexo Prisional do Curado.

De acordo com a assessoria de imprensa da CBTU, o fechamento aconteceu porque as estações são próximas a unidade prisional e, inclusive, na estação Werneck uma das linhas de ônibus passa em frente ao complexo e podem ser usadas como rota de fuga dos detentos.

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Tumultos foram registrados nas estações de Tejipió e Curado. A Polícia Militar prendeu um dos fugitivos após uma tentativa de assalto em Tejipió.

Um mal entendido causado pelo cumprimento das normas de horário de visitas teria causado o tumulto no Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros (PJALB), na manhã deste sábado (31). Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes, Servidores, Empregados e Contratados no Sistema Penitenciário de Pernambuco (Sindasp-PE), Nivaldo de Oliveira Júnior, outros gestores permitiam a entrada de visitantes a partir das 7h e, com o cumprimento das normas através da operação-padrão, as visitas passaram a ser permitidas apenas depois das 8h30.

“Os presos e os familiares acharam que não iria ter visita hoje ou pensaram que seria uma paralisação dos agentes penitenciários. Isso causou certa tensão no início”, explica Nivaldo. Dentro da unidade prisional, houve tiros para conter o levante e três detentos foram feridos. Apesar dos poucos agentes no local, a situação já foi controlada e as visitas estão entrando regularmente na unidade.

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“Estamos cumprindo as normas que têm que ser cumpridas, mas por falta de efetivo, não podemos pôr em prática todas as leis”, comenta o presidente do Sindasp. Segundo Nivaldo, há normas que estabelecem pelo menos dois agentes penitenciários para cada detento. Em casos de presos de alta periculosidade, a norma exige uma escolta reforçada, mas, na manhã deste sábado, só havia 10 agentes penitenciários na unidade e três em custódia. 

REIVINDICAÇÕES - Em entrevista ao LeiaJá, Nivaldo ainda reclama da demora na contratação de novos agentes. “O secretário [Pedro Eurico] falou que a contratação dos novos agentes seria imediata. Não sei o que ele entende por imediato, porque, até agora, existem 132 agentes aptos para a contratação e, até agora, nenhum deles começou a trabalhar”, reclama. 

O presidente do Sindasp ainda comenta que há uma pauta de reivindicações da categoria, que exige mais valorização do Estado. “Estão obrigando os agentes a trabalhar em dia de folga, além dos assédios morais contra os profissionais”, critica. Apesar de algumas questões de reajuste salarial também integrarem a pauta, Nivaldo afirma que essa não é a atual prioridade da categoria. “Nosso objetivo agora é manter os agentes e detentos vivos dentro das unidades prisionais. Os gestores estão tendo que implorar aos presos para não se manifestarem”, cravou. 

 

 

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O Batalhão de Choque entrou nesta terça-feira (20), no Complexo Prisional do Curado, no Recife, onde o clima se mantém tenso após a rebelião que matou duas pessoas e deixou 29 feridos na segunda-feira (19). Dezenove presos já tiveram alta e os demais continuam internados em hospitais da região. 

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Os presos voltaram a exibir nas lajes reivindicações de mais rapidez no julgamento de processos e pedidos de afastamento do juiz Luiz Rocha, da 1ª Vara das Execuções Penais. Em um dos cartazes, Rocha é chamado de assassino pelos reeducandos. Durante a tarde desta terça, uma pessoa saiu ferida das dependências do pavilhão. Os internos também alegam que quatro outros detentos foram mortos pelo Batalhão de Choque. Segundo eles, os policiais estariam usando munições para atingir os presidiários. Alguns dos internos chegaram a jogar do lado de fora da unidade prisional alguns cartuchos e embalagens de gás lacrimogêneo. Abaixo, veja o vídeo com o momento em que o Batalhão entra no Complexo: 

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A última informação oficial sobre a rebelião foi divulgada no final da noite da segunda-feira (19) pela Secretaria de Ressocialização, identificando os mortos e informando que a situação estava sob controle. O delegado João Paulo Andrade, da 4ª Delegacia de Homicídios, foi designado para apurar as circunstâncias da morte do PM Carlos Silveira do Carmo, 44 anos. O outro morto foi o detento Edvaldo Barros da Silva Filho, de 33 anos.

Nesta manhã, o Secretário de Direitos Humanos, Pedro Eurico, tentou entrar em acordo com os detentos, mas a situação ainda permanece incerta nas unidades prisionais. A reportagem do Portal LeiaJá entrou em contato com um detento da Penitenciária Juiz Antônio Luiz de Barros (PJALB) e, segundo ele, a intenção dos presidiários é fazer um movimento pacífico.

Medidas emergenciais foram anunciadas na semana passada pelo governo estadual, depois que o secretário-executivo de Ressocialização, Humberto Inojosa, renunciou ao cargo após a divulgação de imagens na TV Globo, no dia 7, de presos com facões e celulares no presídio, o maior do Estado. PMs fizeram uma revista e recolheram 121 armas brancas - facões, facas e foices -, 14 celulares, carregadores e pen drives. No complexo prisional, com capacidade para 350 presidiários, há 1,9 mil presos.

Há uma semana, o governo estadual anunciou a conclusão e entrega do Complexo de Tacaimbó, da Cadeia de Santa Cruz do Capibaribe e do presídio de Itaquitinga (todos no interior do Estado), além de reforma e ampliação do Complexo do Curado. O secretário estadual de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, avaliou haver "uma crise instalada no sistema prisional nacional". Ele dividiu a responsabilidade da segurança pública com o governo federal.

"A área está renegada pelo governo federal", afirmou, ao destacar a superpopulação carcerária como um dos problemas a serem enfrentados por Pernambuco e pelo Brasil. Segundo ele, o Estado conta hoje com 12 mil vagas para 32 mil presos. Em 2007, a população carcerária era de "pouco mais de 10 mil."

Com informações de Marina Meireles e Agência Estado

Cerca de R$ 125 milhões do Governo do Estado será destinado a construção de mais um presídio em Pernambuco. Prestes a ser erguido no município de Araçoiaba, a 40 quilômetros do Recife, o complexo contará com sete unidades prisionais.

Segundo a Secretaria de Ressocialização, o objetivo é desafogar os presídios existentes na Região Metropolitana do Recife (RMR). O espaço terá mais de duas mil vagas e deve ser entregue ao Estado em dezembro de 2015.

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Com informações da assessoria

A primeira feira de artesanato do Presídio Luiz Lins de Barros, que integra o complexo do Curado, na Zona Oeste do Recife será realizada nesta sexta (7). A partir das 9h30 da manhã, as peças produzidas por 45 reeducandos serão expostas a convidados na própria unidade prisional.

Posteriormente, os artesanatos serão exibidos na Fenearte, realizada no mês que vem no Centro de Convenções, em Olinda, em um stand montado pela Secretaria de Ressocialização (Seres).  Segundo o órgão, os presos utilizaram materiais como palitos de picolé, barro, garrafa pet e tecidos para produzir os artesanatos.

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Com informações da assessoria

A Secretaria de Ressocialização (Seres) desarticulou um plano de fuga nesta terça-feira. Por meio da Superintendência de Segurança e do Serviço de Inteligência, foi descoberto um túnel no Presídio Frei Damião de Bozzano, que faz parte do Complexo Prisional Professor Aníbal Bruno, no bairro do Sancho, zona oeste do Recife.

O túnel tinha aproximadamente oito metros de extensão e dois de profundidade. “Nós estávamos fazendo revistas semanalmente, desde o mês de março, sem exceção, para descobrir as irregularidades no local”, afirmou o Secretário de Ressocialização de Pernambuco, Coronel Romero Ribeiro.

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A Seres interditou todo o pavilhão, que será completamente reformado dentro de 15 dias. Quatro reeducandos foram detidos e encaminhados para a Penitenciária Barreto Campelo e para os Presídios de Igarassu e ASP Marcelo Francisco de Araújo.

*Com a colaboração de Rhayanna Fernandes

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