Tópicos | açaí

Simone Mendes é uma mãe babona e está sempre compartilhando os momentos mais fofos de sua caçula, Zaya que completa dois anos de idade em fevereiro. No último sábado (14) a cantora filmou a filha sentada comendo um pouquinho de açaí. No registro, Zaya aparece com a boca suja do alimento, mas se divertindo com a colher.

Uma fofura, né? Mas como uma mãe preocupada, Simone decidiu questionar aos fãs se isso poderia fazer mal à pequena.

##RECOMENDA##

"Comprei um açaízinho. Aí ela viu e ficou pedindo. Gostou, dei um pouquinho. Tem nada não, né? Em nome de Jesus. Poder não pode, né? Mas, acontece. Tomou minha colher e, aí, como é que faz? Deixa o menino passando vontade? Não vou deixar passar vontade".

Em seguida, a cantora relembra que quando era criança, ingeria terra e nunca ficou doente por isso.

"Ela come açaí e eu comia terra e estou bem aqui, vivinha, contando história pra vocês. Ai, ai, era bom".

No sorvete refrescante ou com charque e farinha. Não importa a combinação, o açaí continuará sendo um dos mais importantes alimentos da região Norte do Brasil. Sua polpa é famosa não só pelo sabor, mas devido às diferentes possibilidades e variedades de consumo.

Os paraenses são os maiores consumidores do produto, já que a fruta existe em abundância no Pará e faz parte da cultura e da culinária locais. Cerca de 95% do açaí consumido no mundo todo provém do Estado do Pará. 

##RECOMENDA##

No entanto, por causa das safras e entressafras do fruto, os consumidores sofrem com o aumento do preço. A guerra na Ucrânia também afeta os negócios. De acordo com o levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), em dezembro de 2021, o litro do açaí teve aumento considerável, custando em média, em Belém, R$ 28,60. No início deste ano, foi comercializado em média a R$ 31,29 e, no mês de fevereiro, a R$ 33,12 por litro.

Muitos comerciantes que trabalham com o produto buscam alternativas para se manter de pé, como é o caso do empreendedor Augusto Junior, de 23 anos, que é um dos responsáveis pelos dois pontos de venda chamado “Açaí do Junior”, no bairro do 40 horas, em Ananindeua. O empreendimento, organizado pela família de Junior, vende em média 120 litros por dia. Nos fins de semana, saem em torno de 150 litros. “Em ocasiões especiais, como na safra, que é quando os preços de venda caem, nós conseguimos vender até mais de 150 litros, mas na entressafra (período que contempla o fim da colheita até o início do novo plantio) o negócio fica mais apertado. Quem conhece sobre o preço de açaí sabe como é que é”, afirma o comerciante.

Para José Augusto Silveira, pai de Junior e também responsável pelo negócio, a venda do produto mudou a sua vida, melhorando a infraestrutura da sua casa, permitindo até a contratação de duas funcionárias. Ele ressalta que o investimento na venda dá resultado, apesar dos constantes aumentos que ocorrem nesse período de crise.

“Nós tínhamos pés de açaí no quintal de casa. Compramos uma máquina para bater o fruto, já que vimos que ele começou a crescer no local, o que nos permitiu fornecer o açaí para a família, mas começamos a vender para quem quisesse. Nessa época eu trabalhava empregado, mas enxerguei que a venda estava dando resultado. Vendi meu carro, saí da empresa em que trabalhava e chamei a família para trabalhar no ramo”, disse Augusto.

O empresário resolveu investir na venda do produto. Alugou o ponto, realizou a compra de um maquinário e até hoje está obtendo grandes resultados. “O ano que começamos a vender foi em 2018, mas a criação do nosso primeiro local de venda foi em 2019. Estamos trabalhando com o açaí há três anos”, lembrou.

Até hoje, os pontos de venda nunca fecharam devido à alta do produto. “A gente sempre tenta buscar outras alternativas para o preço, nós até brigamos muito por um preço mais acessível na hora da compra e para que seja repassado um valor mais razoável ao cliente”, afirmou.

“O açaí é uma alimentação muito boa, todos os paraenses consomem, inclusive a nossa família é consumidora. Vamos continuar nas vendas até quando Deus permitir, buscando sempre um produto da melhor qualidade para os nossos clientes”, expressou.

Em maio deste ano, o menor preço do açaí médio comercializado foi de R$ 14,00 o litro, encontrado em feiras livres, enquanto o maior foi de R$ 30,00, vendido em supermercados. Com isso, a variação registrada gira em torno de 10% em relação ao mês de fevereiro, enquanto o litro do açaí grosso apresentou um aumento de 13,57% no mesmo período, chegando a custar em média R$ 35,00 em feiras livres, e R$ 45, em supermercados.

Com a necessidade do reajuste no preço do produto, muitos paraenses precisaram reduzir a quantidade do consumo do açaí , como é o caso da Maria Zilza Cavalcante, de 72 anos. A moradora do bairro 40 Horas e consumidora assídua do açaí afirma que a diminuição do consumo do produto foi uma necessidade inevitável: "Eu continuo comprando, não todo tempo, mas uma vez por semana estou atrás de um preço acessível".

"É difícil. Às vezes, quando fico dois dias sem tomar, já fico doente. Procuro não ficar sem, mas quando o preço está muito alto, já peço ajuda para os meus filhos comprarem. Incomoda muito quando algo tão importante pra gente se torna tão caro", disse a consumidora sobre os desafios de manter o consumo do açaí. 

Por Messias Azevedo e Vitória Reimão (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

O ex-goleiro do Flamengo e condenado pelo homicídio, ocorrido em 2010, de Eliza Samudio, Bruno Fernandes inaugurou, na última sexta-feira (4), uma loja de açaí na cidade de São Pedro da Aldeia, no Rio de Janeiro. Na ocasião, Bruno recepcionou convidados e serviu lanches aos clientes.

Em vídeos compartilhados nos stories de um cliente, que usa uma camisa do Flamengo, o empreendimento do goleiro é elogiado. Em outro momento, Bruno se aproxima e os dois começam a conversar. "Campeão em 2009, olha o que que ele tá aprontando aqui na Região dos Lagos (...) Fala 'aê', Brunão, novo empreendimento”. "Rapaz, que luta!", responde o ex-atleta.

##RECOMENDA##

Crime

Eliza Samudio tinha 25 anos quando desapareceu. Neste período, Bruno Fernandes era titular no Flamengo e não reconhecia a paternidade do filho com a modelo. O corpo de Eliza nunca foi encontrado.

O goleiro, após investigações, foi condenado pelo homicídio triplamente qualificado da modelo, como também, pelo sequestro e cárcere privado do filho. Além disso, o ex-atleta do Flamengo chegou a ser condenado pelo crime de ocutação de cadáver, mas a pena foi extinta.

[@#video#@]

A cadeia produtiva do açaí movimenta a economia de Curralinho, município localizado ao sul da ilha do Marajó, no Pará, a 139 quilômetros de Belém. No rio Canaticu os peconheiros coletam o fruto para consumo e venda. Em 2016, o Instituto Peabiru e parceiros fizeram um estudo na localidade e constataram que a extração do produto é uma das atividades mais perigosas do Brasil. Veja o vídeo acima.

##RECOMENDA##

Mais da metade dos quase 34 mil habitantes mora em comunidades ribeirinhas. Muitos vivem do açaí. 

Na pesquisa do Instituto, 89% dos entrevistados disseram que alguém da família ou vizinho já sofreu um acidente de trabalho no açaizal (propriedade onde a palmeira açaizeiro é plantada). 

Picadas de insetos, espetadas nos olhos com a ponta de galhos e folhas, fraturas por conta de queda, escoriações pra descer do açaizeiro, corte nos braços pela faca, rasgadura, distensão muscular são algumas sequelas deixadas pela coleta artesanal.

Depois dos acidentes, as dificuldades para conseguir benefícios sociais aumentam devido à informalidade da atividade na relação de trabalho, pois não há vínculo empregatício. Mais difícil ainda é encontrar dados sobre os acidentes.  

Segundo a pesquisa do Peabiru, em 54% dos casos a consequência do acidente causou a internação do paciente. Depois de cirurgias ou melhora no quadro, alguns procuram atendimento no Centro de Reabilitação de Curralinho.

Na tentativa de mudar essa realidade, o mecânico Trajano José, de Tucuruí, sudeste do Pará, inventou a Colheitadeira de Açaí, uma máquina que dispensa a subida do apanhador até o cacho, evitando a queda repentina. O equipamento já foi testado pelos extrativistas de açaí do rio Canaticu, que não se acostumaram com a colheitadeira. Uma das reclamações é quanto à quantidade do fruto que é retirado, pois, com o equipamento, o volume de açaí colhido é muito menor se comparado à coleta pelo método tradicional.

Por Jesiel Farias.

 

 

[@#galeria#@]

Não importa se for servido com ou sem açúcar, acompanhado de peixe frito, carne seca ou farinha de tapioca. O açaí é sempre bem-vindo no prato dos amantes da fruta.

##RECOMENDA##

O açaí é um dos alimentos mais consumidos pelos paraenses e também faz parte da cultura gastronômica do Pará. A importância é tão grande que ganhou uma data dedicada a ele, o dia 5 de setembro. O governo do Estado decretou, por meio da Lei nº 8.519, em 2017, o Dia Estadual do Açaí, que também coincide com a comemoração do Dia da Amazônia. 

Indispensável por qualquer papa-chibé, como são apelidados os naturais do Pará, e presente em quase todas as refeições, o açaí é conhecido por ser o feijão dos paraenses. Pode ser servido no café da manhã, com açúcar e a farinha d'água ou de tapioca. No almoço ou na janta, pode ser acompanhado com peixe frito, carne seca ou camarão.

As refeições do universitário Marcos Antônio sempre têm o açaí como prato principal. Em média, são consumidos por ele e a família de 1,5 a 2 litros por dia. O universitário afirma que se ele ficar um dia sem tomar açaí a comida perde o sabor, e consequentemente fica difícil de se alimentar direito. 

“Quando não tomo açaí, me sinto sem ganho de energia. Se quero trabalhar direito e estudar, preciso ingerir uma dose para me dar forças. Se não tiver como tomar, parece que o meu dia não anda e tudo fica ruim”, diz Marcos.

O maior medo do universitário é viajar para fora do Pará e ficar sem tomar açaí. Marcos conta que um dia, ao almoçar em um restaurante de Belém, o local não tinha como acompanhamento a opção da tigela com açaí, e ele teve que recorrer ao garçom para comprar meio litro para que conseguisse terminar de comer. 

“O meu avô é a minha maior influência para gostar tanto de açaí. Ele tinha uma plantação no Baixo Acará, na comunidade de Boa Vista. Quando eu era pequeno no mês de julho ou final de semana, ia visitá-lo e ele não deixava faltar açaí. Era no almoço, lanche e janta. Se ele pudesse, colocava açaí até na minha mamadeira”, afirma Marcos.

A convivência do estudante Douglas Santos com o açaí é diária. Além de consumir em média 1 litro por dia, ele também trabalha com entregas no bairro em que mora. O serviço começou como uma forma de ajudar a complementar a renda em casa, mas hoje ele enxerga a oportunidade de trabalhar com o que mais gosta como algo gratificante. 

“Aprendi a gostar de açaí por causa da minha família. Eles são do município de Abaetetuba e o meu avô tem sítio por lá, no qual trabalha com exportação de açaí. Então, desde quando eu era bebê sempre me ofereceram. Hoje em dia, sou viciado e não fico um dia sem tomar”, conta o estudante.

Para Douglas, o organismo já se acostumou com a fonte diária de açaí, e ficar sem tomar o fruto é sinônimo de uma fraqueza no corpo. “O açaí funciona como uma forma energética para mim. Preciso tomar todos os dias para ter disposição de realizar as minhas atividades”, afirma. 

Do açaizeiro até a mesa do consumidor 

Alberim Magno trabalha há 15 anos na comercialização de açaí. O comerciante iniciou na área aos 12 anos de idade ajudando um amigo, e como jogador de caroço do açaí aprendeu mais sobre como cuidar de fruto. Hoje em dia, ele é proprietário do Magno Açaí, localizado no bairro do Jurunas, periferia de Belém.

“É uma satisfação enorme poder trabalhar com o fruto da nossa região. Tenho fregueses que compram há anos o meu açaí, e ter fidelizado todos eles é motivo de muito orgulho”, afirma Magno. 

O comerciante conta que compra o açaí que vem das ilhas em frente à cidade de Belém. Magno explica que, após a compra, os frutos são levados para o ponto da loja e iniciam o processo de higienização. O primeiro passo é a catação, que elimina as impurezas que vêm junto da fruta. Depois é iniciada a lavagem e em seguida o branqueamento, para poder iniciar o processo de produção. 

Durante o período da pandemia, muitos setores econômicos foram afetados por causa do isolamento social, mas Magno garante que o estabelecimento não sofreu impacto. “Nós sempre oferecemos serviço de delivery e isso nos ajudou bastante”, assegura o comerciante.

A Associação de Batedores de Açaí de Belém estima que existam cerca de 10 mil pontos de venda de açaí na Região Metropolitana de Belém.

O olhar fotográfico para a riqueza da região 

Fernando Sette, designer e fotógrafo, procura mostrar a relação do açaí com o paraense da forma mais simples possível. Editor do site Expedição Pará, ele diz que mostrar a paixão do paraense aumenta a responsabilidade de fotografar o açaí desde a coleta até a feira e o prato do consumidor. 

As fotografias reúnem a força do ribeirinho de entrar na mata para conseguir o sustento e a simplicidade de fazer o trabalho manual com exatidão. Fernando registra desde a criação da peconha (utensílio amazônico utilizado na escalada de árvores e coletar o açaí) até a hora de debulhar, ou seja, tirar os grãos de açaí. Veja imagens aqui.

Para o fotógrafo, a importância de registrar os ribeirinhos é fazer com que as pessoas entendam o quanto é difícil todo o processo. “O açaí chega lindo nas mesas, mas tem toda uma logística por trás. Não é fácil entrar na mata, saber escolher o melhor açaí, debulhar no paneiro e trazer um paneiro de cada vez para o barco”, relata Fernando sobre as dificuldades de apanhar o fruto.

O fotógrafo também conta que é muito válido poder registrar as histórias dos ribeirinhos e fazer novas amizades. Fernando diz que uma das pessoas mais famosas e que ele adora fotografar é seu Ladir, de 78 anos. “Dá gosto de ver subindo no açaizeiro Ele tem força de sobra para subir no açaizeiro. Uma figura fantástica do Pará”, afirma.

Pesquisa investiga eficácia do açaí contra covid-19

Pesquisadores de uma universidade canadense decidiram experimentar um tratamento com o açaí. A fruta tem ação anti-inflamatória e os cientistas querem entender se é possível utilizá-la para combater algumas reações do organismo à infecção. 

Sabe-se que uma parte das mortes resultantes do contágio é causada não pela ação direta do vírus, mas pela resposta exagerada do sistema imunológico, causando uma reação inflamatória.

A iniciativa é da brasileira Ana Andreazza, em parceria com Michael Farkouh, ambos da Universidade de Toronto, no Canadá, que já estudam as propriedades do açaí há cinco anos. Os pesquisadores reuniram 580 participantes no Canadá e no Brasil para o estudo, todos diagnosticados com covid-19. Metade recebeu um extrato de açaí, enquanto os outros receberam apenas um placebo. Os resultados devem ser publicados até o fim do ano, sem um prazo específico.

A expectativa dos pesquisadores é conseguir eliminar as complicações clínicas da infecção por covid-19, impedindo a manifestação de formas mais graves da doença, o que possibilitaria reduzir a letalidade por caso.

Confira, abaixo, o podcast com o nutricionista Matheus Assis, pós-graduando em Nutrição Esportiva e Estética e em Nutrição Comportamental. Ele explica os benefícios do açaí e comenta sobre a eficácia da fruta contra a covid-19.

[@#podcast#@]

Produto ganha o Brasil e o mundo

O site Comex Brasil, voltado para assuntos de comércio exterior, divulgou reportagem sobre o açaí como produto de exportação. O site confirma o que os brasileiros de fora do Pará também já admitem: puro, com açúcar, como sorvete, até com granola, banana ou guaraná, o açaí caiu no gosto de gente do mundo todo.

“Tomo creme de açaí todos os dias da semana”, diz a profissional da área de educação física Cíntia Mota, enquanto saboreia uma mistura gelada da fruta roxa originária da Floresta Amazônica com xarope de guaraná, num pequeno quiosque em um shopping de Brasília. O creme, acrescenta, substitui o sorvete e sacia o desejo por doces. “Refresca e é mais saudável.”

Cíntia faz parte dos milhares de apreciadores de açaí espalhados pelo Brasil, América do Norte, Europa e Ásia. A produção brasileira de extrativismo e de cultivo dessa fruta exótica está concentrada na região Amazônica, informa o Comex Brasil. O principal produtor é o Pará, mas o Amazonas, Maranhão, Acre, Amapá, Rondônia e Roraima também colhem a fruta. A cadeia produtiva é formada, em sua maioria, por pequenos e pequenas agricultores ribeirinhos.

Atenta ao mercado promissor do fruto, a empresária Ana Paula de Jesus Batista abriu uma casa de açaí, em 2002, em Brasília. O estabelecimento, localizado em uma quadra residencial de Taguatinga Norte, funciona durante toda a semana e garante a renda familiar. No cardápio, há vários acompanhamentos para servir com a polpa da fruta, como vinho, tapioca e o crepe. As porções da polpa são servidas geladas em tigelas de 300 ml a 1 litro.

“Vimos no açaí uma oportunidade. Sobrevivemos desse mercado há quatro anos. Aqui, prezamos pelo sabor original do fruto que compramos diretamente de fornecedores do Pará. Os outros ingredientes são servidos separados”, conta Ana Paula ao site da Comex.

Por Amanda Martins.

[@#video#@]

 

 

Pesquisadores do Canadá estão estudando o fruto do açaí em busca de um tratamento para os sintomas mais graves do novo coronavírus, anunciou um deles nesta segunda-feira (31). "Os frutos do açaí são baratos e estão disponíveis para todos, são seguros, então vale a pena tentar", disse Michael Farkouh, da Universidade de Toronto, à AFP.

Farkouh junto com sua colega Ana Andreazza, que há cinco anos examina o efeito do açaí sobre a resposta inflamatória, decidiu testar sua eficácia contra a Covid-19. Pesquisas anteriores já mostraram que o extrato do fruto desta palmeira nativa da América Central e da América do Sul pode reduzir a inflamação.

À medida que a pandemia se espalha pelo mundo, os especialistas observam que o vírus pode causar inflamação aguda e levar a complicações de saúde.

Para o estudo, Farkouh e Andreazza recrutaram cerca de 580 pacientes com resultado positivo para o coronavírus no Canadá e no Brasil. Metade deles recebeu doses do medicamento experimental e a outra metade, um placebo.

A esperança é que a intervenção precoce com o extrato, se for eficaz, evite os sintomas mais prejudiciais associados a este vírus potencialmente fatal, segundo Farkouh. O estudo deve durar 30 dias e seus resultados serão divulgados até o final de 2020.

Produção de açaí o ano todo para o Estado do Pará e para o Brasil é a proposta da nova cultivar (variedade de planta cultivada) de açaizeiro (Euterpe oleracea) irrigado de terra firme da Embrapa, a BRS Pai d’Égua. O evento de lançamento do produto será nesta sexta-feira (29), às 9 horas, na sede da Embrapa, na avenida Perimetral, em Belém.

A variedade atende às principais demandas da cadeia produtiva do açaí: a produção na entressafra e frutos menores, que facilitam o processamento e rendem mais, características que agradam ao produtor e ao mercado.

##RECOMENDA##

Um dos maiores diferenciais da nova variedade, segundo o agrônomo João Tomé de Farias Neto, pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental, é a distribuição bem equilibrada da produção anual. A BRS Pai d’Égua produz 46% no período da entressafra (de janeiro a junho) e 54% na safra (de julho a dezembro). 

Outro ponto forte desse açaizeiro é a maior produtividade, chegando a 12 toneladas ao ano por hectare, enquanto o açaí manejado de várzea e o cultivado em terra firme sem irrigação produzem cerca de cinco t/ha/ano. Além de tudo isso, seus frutos menores rendem 30% mais polpa que os materiais tradicionais.

Uma cultivar é uma variedade de planta cultivada, fruto da pesquisa com melhoramento genético. O Pará produziu em 2018, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 1,4 milhão de tonelada do fruto, em uma área de quase 200 mil hectares. Essa área envolve o manejo de áreas de várzea e os plantios de terra firme. Somente na economia paraense, o produto movimentou cerca de três bilhões de reais em 2018.

Para ampliar a produção dessa palmeira nativa das áreas de várzea, a pesquisa vem trabalhando há mais de 20 anos. Além do manejo de açaizais nativos, em 2005, a Embrapa lançou a primeira de cultivar de açaizeiro para terra firme do mundo, a BRS Pará, responsável por ampliar o cultivo do açaizeiro no Pará e em outros Estados brasileiros.

Muito utilizada na região Norte, especialmente no estado do Pará, a expressão “pai d’égua” refere-se a algo excelente, fantástico, muito bom. O especialista em Língua Portuguesa Roberto Fadel relata que não há registros sobre a origem etimológica dessa expressão. Sua origem cultural é a regiãodo Marajó. “Naquela região, os vaqueiros selecionavam os melhores reprodutores para gerarem éguas dóceis, mais apropriadas para o trabalho. Esses reprodutores eram os ‘pais das éguas”, conta o especialista.

Serviço

Lançamento da BRS Pai d’Égua, nova variedade de açaizeiro irrigado para terra firme.

Data: 29/11. Hora: 9h.

Local: Embrapa Amazônia Oriental (Trav. Dr. Enéas Pinheiro, s/n, com avenida Perimetral).

Da assessoria da Embrapa.

Novembro será o mês de encontro dos produtores de açaí do Estado do Pará e do Brasil no Açaizal, I Feira de Negócios do Açaí. O evento ocorrerá no Hangar - Centro de Convenções da Amazônia, nos dias 21, 22 e 23. Haverá discussões, apresentações de trabalhos e fechamento de negócios relacionados ao açaí.

O projeto, que existe há 18 anos, visa desenvolver a verticalização da cadeia produtiva do açaí e suas cadeias associadas, como mandioca, peixe etc. Segundo o presidente do Instituto Brasileiro do Açaí (IBRA), Arnaldo Silva, a preocupação com os produtores de açaí existe desde os anos 90, quando se intensificaram as extrações do palmito e temia-se que isso prejudicasse a produção do açaí.

##RECOMENDA##

Os idealizadores do projeto somaram forças e a cadeia produtiva do açaí se consolidou, isso no município de Igarapé-Miri, a cerca de 140 quilômetros de Belém, onde tudo começou. Em 2007, na mesma localidade, foi realizado um evento que reuniu mais de 15 mil pessoas para tratar sobre as ações relacionadas à produção e comercialização do fruto.

Arnaldo Silva explicou que a preocupação que houve no início só cresce. Não mais com a derrubada dos pés de açaí para extração do palmito, mas pela força que o açaí vem tendo fora do Estado. “Nós estamos perdendo a identidade do açaí aqui no Pará e isso nos levou a realizar esse grande evento que vai agregar toda a cadeia produtiva do açaí”, disse o organizador.

O evento pretende juntar em um só lugar tudo o que foi criado a partir do açaí e as tecnologias que estão sendo usadas na produção e comercialização. Grandes e pequenos empreendedores, além de pesquisadores e clientes, são convidados a participar da Feira. “Nossa expectativa é muito grande, porque a recepção está sendo gigantesca e para isso estamos unindo forças para fazer um evento muito bonito”, informou Arnaldo.

O projeto também ajuda famílias ribeirinhas que têm o açaí como meio de sobrevivência e isso é um dos motivos de reunir, no evento, governadores, prefeitos e legisladores da Amazônia para apresentação de políticas públicas para o segmento. “O objetivo maior do Açaizal é juntar as entidades de primeiro, segundo e terceiro setores para trocar conhecimentos, tecnologia, capacitação, cultura e desenvolver ainda mais o setor”, concluiu Arnaldo Silva.

A tecnologia Manejo de Mínimo Impacto de Açaizais Nativos vai ganhar um impulso para a sua socialização no arquipélago do Marajó. Nesta quinta-feira (30), em Portel (PA), a Embrapa Amazônia Oriental e a Associação dos Moradores Agroextrativistas do Assentamento Acutipereira (Asmoga) firmam parceria para estruturar o Centro de Referência em Manejo de Açaizais Nativos do Marajó (Manejaí).

O objetivo principal da entidade será gerar e democratizar conhecimentos sobre a produção sustentável do açaí nas regiões de várzea. O Manejo de Mínimo Impacto de Açaizais Nativos é uma tecnologia que permite aumentar em até três vezes a produção de frutos por meio do estabelecimento de uma proporção adequada entre açaizeiros e outras espécies florestais numa mesma área.

##RECOMENDA##

O lançamento do Manejaí integra as atividades do treinamento de 43 facilitadores em manejo de açaizais nativos que vai ocorrer na quinta (30) e sexta-feira (31), no Projeto Estadual de Assentamento Agroextrativista Acutipereira, comunidade Santo Ezequiel Moreno, em Portel, no Marajó. São técnicos em extensão rural e lideranças comunitárias de diversos municípios do Marajó que desde 2016 participaram dos treinamentos que o projeto Bem Diverso realiza na região. “Trata-se de uma formação complementar para criar uma rede de agentes multiplicadores”, afirma Augusto Cesar Andrade, assistente da Embrapa Amazônia Oriental.

Até final de 2020, o plano de trabalho traçado para o Manejaí prevê a realização de 18 cursos sobre manejo de açaizais nativos e a implantação de duas vitrines da tecnologia. As atividades serão viabilizadas com recursos do projeto Bem Diverso e do Banco da Amazônia. Nesse trabalho, os agentes multiplicadores contarão com um kit de material didático para auxiliar a comunicação com os ribeirinhos, chamado de mochila do facilitador.

O projeto Bem Diverso é uma parceria entre a Embrapa e o Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento (PNUD), com recursos de doação do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). A iniciativa abrange ações em outros biomas do país e é liderada pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. O principal objetivo é conservar a biodiversidade brasileira e gerar renda para comunidades tradicionais e agricultores familiares.

No Pará, o projeto Bem Diverso trabalha para a sustentabilidade da cadeia produtiva do açaí. Desde 2016, a Embrapa promove treinamentos em Manejo de Mínimo Impacto de Açaizais Nativos em parceria com a Emater/PA e as prefeituras municipais. Até 2018, foram capacitadas 1.193 pessoas, entre técnicos e agentes multiplicadores, em diversos municípios. A parceria com a Emater/PA e comunidades também levou a tecnologia para 820 ribeirinhos. De forma complementar, foram ministrados ainda cursos sobre criação de abelhas sem ferrão para cerca de 300 pessoas. Esses insetos são polinizadores do açaizeiro e contribuem para a produção de frutos.

Por Vinicuis Soares Braga, da assessoria da Embrapa Amazônia Oriental.

 

A polícia da Grécia apreendeu uma grande quantidade de cocaína escondida dentro de açaí desidratado exportado do Brasil. Seis gregos foram detidos na operação realizada na região de Ática, que engloba a capital Atenas.

A carga de açaí impregnado com cocaína tem um peso total de aproximadamente 36 quilos, segundo a polícia grega. A droga era enviada por serviço postal e chegava ao país através de companhias aéreas.

##RECOMENDA##

Também foram apreendidas pistolas e cartuchos durante a operação ocorrida na terça-feira (8). A investigação ainda é considerada em progresso.

 

Uma roda de conversa sobre conscientização do trabalho infantil, coordenada pela juíza do Trabalho Vanilza Malcher, reuniu moradores do bairro de Fátima, em Belém, na quarta-feira (14). O tema foi a cadeia produtiva do açaí como um dos fatores da evasão escolar de crianças e adolescentes.

Gestoras do projeto social Ninho da Coruja – Sem Trabalho Infantil, a juíza Vanilza Malcher e a desembargadora federal do Trabalho Maria Zuíla Dutra, do TRT8 (Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região), discutem temas de conscientização contra o trabalho infantil na região, em parceria com a Escola de Samba da Matinha. “Hoje tivemos uma roda de conversa. O tema foi a cadeia produtiva do açaí e de que forma isso contribui para a evasão escolar. Nós dizemos que a evasão escolar  também está na peconha”, disse a juíza Vanilza Malcher.

##RECOMENDA##

Vanilza explicou que a evasão escolar das crianças e adolescentes também se dá pelo trabalho na extração e venda do açaí. “Nós discutimos esse tema na comunidade, porque a escola de Samba da Matinha, no carnaval de 2019, vai discutir na avenida o tema do trabalho infantil. Uma ala vai retratar o trabalho infantil na cadeia produtiva do açaí”, afirmou.

Para a juíza, é importante levar essas informações para a comunidade, para que todos tenham consciência do que eles vão levar para a avenida e para a sociedade, no carnaval 2019. “Nós estamos contribuindo com a Escola de Samba da Matinha, enquanto Comissão de Combate ao Trabalho Infantil da Justiça de Trabalho, para que ela construa um carnaval consciente”, explicou.

Na roda de conversa foi apresentada uma das fantasias que vão entrar na avenida. É a que representa a cadeia produtiva do açaí. “Nós trazemos os elementos que compõem esse tema. Temos a palmeira, representada pelas penas verdes; o paneiro, que vai representar o trabalho que estamos acostumados a ver no Ver-o-Peso; o açaí. Temos a cuia, já com o açaí em suco, e temos a representação do Marajó, onde ocorre a maior produção de açaí, na região Amazônica”, disse Vanilza.

Para a juíza, o sucesso do projeto se dá porque é desenvolvido de corpo e alma. “Realmente estamos 100% no projeto Ninho da Coruja, mais particularmente eu, por ser filha do bairro de Fátima. Tenho uma questão afetiva com o bairro e está sendo muito prazeroso”, afirmou.

Segundo a Juíza, ainda não há um levantamento da quantidade de crianças que saíram do trabalho infantil após o início do projeto, mas a conscientização está forte na comunidade. “Os resultados serão sentidos pela comunidade em si. A gente espera que eles tragam esse retorno para nós. Eu ouvi de uma dona de salão de beleza do bairro de Fátima que, a partir do momento que nós começamos a desenvolver o projeto, aqui no bairro, ela percebeu que houve uma diminuição na criminalidade dentro do bairro. Porque em frente ao salão dela, estava havendo muitos assaltos, hoje ela não vê mais e atribuiu isso ao movimento, ao trabalho que estamos desenvolvendo”, disse Vanilza.

Esse retorno, afirmou a juíza, é positivo. Segundo ela, é grande a alegria em saber que o projeto está contribuindo para a evolução pessoal das crianças e adolescentes do bairro pelo samba enredo. “Uma evolução de felicidade, de alegria, de não trabalho infantil, não pobreza, de contribuição para a que uma nova realidade, em que a história dos navios negreiros, que trouxeram os escravos para o nosso país, trazendo com eles a violência, a exploração infantil, a tristeza, fique apenas nos livros. Que nós tenhamos apenas a história da educação; que o choro não seja da criança, seja apenas da cuíca da nossa bateria”, disse.

Deise Mácola, auditora fiscal do Ministério do Trabalho, achou o bate-papo importante para a comunidade ter conhecimento sobre o assunto e abraçar a causa. “Se a comunidade abraçar a causa, a coisa acontece. O TRT está de parabéns. Assim a gente consegue erradicar o trabalho infantil”, afirmou.

Para os moradores do bairro, a comunidade é carente, precisa de incentivo e o projeto veio para somar. “As crianças não tinham projeto no bairro. Participavam de alguns projetos na comunidade, mas não tinham palestras e incentivos e hoje em dia eles têm tudo isso, o apoio que não tinham. Tanto que nós vimos o aumento da procura dos adolescentes e das crianças. Todos agora vêm e querem participar e isso é muito bom para a comunidade”, disse Renilde Cruz, funcionária pública.

Ângela Jorge, assistente social da SEJUDH (Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos), ficou encantada com o movimento que está acontecendo no Ninho da Coruja. “Ver uma juíza envolvida com a comunidade, do jeito que ela está envolvida, é muito gratificante. Ela não traz só projetos, ela traz esperanças para essa comunidade. E quando a gente vê uma sessão lotada com essa, com crianças, jovens, adolescentes, idosos, todos participando em prol da melhoria da comunidade e da sociedade em geral, é fantástico. Estou encantada com esse projeto. Espero ser convidada outras vezes e com certeza, nós, da SEJUDH, vamos continuar participando e sendo parceiros com ela”, afirmou a assistente social.

Rosimery Castro, diretora da escola estadual Waldemar Ribeiro, que fica no Umarizal, disse que o bate-papo foi mais um evento interessante desenvolvido pelo projeto, na escola de samba da Matinha. “Principalmente porque deixa de ser apenas um espaço de ensaio para ser um espaço de cidadania onde se discutem temas importantes e relevantes para a comunidade, que é a luta contra o trabalho infantil”, concluiu a diretora.

[@#galeria#@]

 

Um novo conceito de açaiteria será conhecido pelos pernambucanos a partir desta quinta-feira (27).  A Loja Kingdom Açaí abre as portas, no Shopping Tacaruna, prometendo um sabor único por meio de combinações especiais e exclusivas feitos de açaí. Para marcar o dia, até as 20h, será liberado açaí para os amantes da fruta considerada importante fonte nutritiva. 

A marca já possui lojas em Fortaleza, Maracanaú, Maranhão, São Paulo e nos Estados Unidos. “A Kingdom Açaí utiliza matérias-primas puras e de origem certificada. Para celebrar a novidade, todos os amantes de açaí estão convidados para conhecer a nova loja e degustar o sabor que virou magia, de forma gratuita”, convida o administrador Paulo Braz. 

##RECOMENDA##

O candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, afirmou que sua assessora parlamentar Walderice Santos da Conceição pediu demissão hoje pela manhã. Segundo Bolsonaro, Walderice solicitou o desligamento por causa da exposição de seu nome em denúncia de irregularidade.

Ela foi apontada em reportagens do jornal "Folha de S. Paulo" como uma assessora fantasma do deputado que trabalhava em sua residência em Angra dos Reis e vendia açaí na cidade, no 'Açai da Wal'. O caso foi lembrado pelo candidato do PSOL, Guilherme Boulos, no debate entre os presidenciáveis realizado na última sexta-feira, na Band.

##RECOMENDA##

"O crime dela foi dar água para os cachorros", disse Bolsonaro a jornalistas, sobre os serviços prestados pela funcionária em sua residência no litoral do Rio de Janeiro.

Pelo site da Câmara dos Deputados, Walderice recebe atualmente salário bruto de R$ 1.351,46. "Tenho aquela casa há 25 anos e contratei ela há uns 12 anos. Como de vez em quando estou lá, muita gente me procura e ela é encarregada de filtrar e passar pra mim, só isso", disse.

Bolsonaro disse ainda que pode ser um dos alvos dos protestos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O movimento iniciou uma marcha à Brasília para dar apoio à inscrição junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na próxima quarta-feira da chapa que tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como candidato a presidente.

"Estou sabendo que o MST vai estar aqui a partir de hoje. Ações acontecerão em Brasília e, a princípio, eu sou uma pessoa que interessa para eles", disse ele a jornalistas nesta segunda-feira.

[@#galeria#@]

Não é incomum que turistas em visita ao Rio de Janeiro se surpreendam ao ouvir um carioca dizer que vai comer um "podrão". A gíria, amplamente disseminada entre os moradores, pode soar a um desavisado como alerta para um produto reprovável, mas, na verdade, diz respeito a alimentos que fazem parte da cultura e do dia a dia da cidade. Trata-se da comida rápida oferecida nas ruas por vendedores ambulantes.

##RECOMENDA##

Do cachorro-quente na saída do trabalho ao "x-tudo" na porta de cinemas e boates, as guloseimas muitas vezes são incrementadas com uma imensa variedade de ingredientes: batata palha, milho verde, ervilha, azeitona, ovo de codorna, etc. Os "podrões" existem espalhados por toda a cidade, seja de maneira dispersa em bairros mais periféricos, ou de forma concentrada em áreas de movimentação noturna de jovens, como a região da Lapa, no centro.

Para celebrar essa gastronomia popular, a Feira Nacional do Podrão reuniu, sábado (11) e domingo (12), diversos vendedores em um só lugar.

No Terreirão do Samba, no centro da cidade, milhares de pessoas tiveram a oportunidade de experimentar alimentos produzidos em mais de 30 barracas. Elas traziam uma variedade significativa de alimentos, entre os quais sanduíches, cachorro-quente, tapioca, churrasquinho, pizza, yakisoba, esfirra, batata-frita, coxinha, churros e açaí. Os preços de cada "podrão" variavam de R$ 3 a R$ 40. Foram oferecidos desde lanches individuais até os que podiam ser compartilhados por toda uma família.

O público também pôde manifestar suas preferências por meio de voto popular e, ao final, o Açaí Tumucumaque foi premiado como o "podrão mais gostoso".

A Delicoxinha foi apontada como o "podrão mais excêntrico" devido à sua coxinha de um quilo. A Batata de Marechal, mesmo tendo exigido paciência dos interessados, que enfrentaram extensa fila, teve o reconhecimento de estabelecimento com o melhor atendimento. A menor porção da batata, cuja fama já ultrapassa os limites do bairro de Marechal Hermes, serve bem quatro pessoas. Os vendedores responsáveis por cada um dos três premiados receberão uma quantia de R$ 2 mil.

A Feira Nacional do Podrão foi idealizada por Suzanne Malta e Natália Alves, responsáveis pelo blog Onde Comer no Rio. "Nossa ideia era valorizar essa comida de rua de raiz e fazer um evento que fosse um pouco na contramão da 'gourmetização'. A gente tem visto, em muitos eventos, os espaços sendo dados apenas aos vendedores dos chamados hambúrgueres artesanais. E o "podrão" tem o seu valor, tem preços bem acessíveis e são bem fartos", disse Suzanne.

O evento chegou à sua segunda edição após o sucesso da primeira, realizada em março na sede do Sindicato de Telefonia do Rio de Janeiro (Sinttel), na Tijuca. Com o apoio da prefeitura, a iniciativa foi deslocada para o Terreirão do Samba. A programação também contou apresentações circenses e shows dos grupos Intimistas e Revelação. Além disso, a área infantil fez do evento uma boa opção para um programa em família.

O acesso à feira se dava mediante a aquisição de um ingresso de R$ 5 e a doação de um quilo de alimento não perecível. O projeto das organizadoras é que o evento entre de vez no calendário da cidade do Rio de Janeiro e seja realizado uma ou duas vezes por ano.

"A curadoria foi na rua. Fomos aos bairros, experimentamos. Também recebemos indicações pelas das redes sociais e fomos conhecer. Os selecionados tiveram uma palestra de empreendedorismo junto ao Sebrae [Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas]. Eles receberam diploma de vigilância sanitária. Fizemos um trabalho completo. Não foi apenas reuni-los aqui para vender produtos e ganhar dinheiro. Houve uma campanha de preparação do evento", afirmou Natália. Segundo ela, os selecionados são de diversas regiões, mas há uma maior prevalência de barracas provenientes da zona norte. Além disso, há ainda alguns vendedores de outros municípios da região metropolitana e um de Angra dos Reis, o Los Praianos, que comercializa paletas mexicanas.

Algumas iguarias foram preparadas especificamente para o evento. É o caso da pizza de costela da Mano Pizza, de Queimados, município da Baixada Fluminense. A inovação foi bem-sucedida, segundo a vendedora Aurilane Sena. Ela também aprovou o evento. "Estamos tendo contato com pessoas diferentes, gostos diferentes. Recebemos dicas de uma moça da Bahia que nos acrescentou bastante e que vou levar em consideração", ressaltou.

Para a advogada Nida Reis e sua filha, o evento se tornou uma oportunidade de programa familiar. Elas dividiram um sanduíche e escolheram um lanche para levar para o sobrinho que aguardava em casa. A advogada destacou as particularidades dos alimentos de cada região do Rio de Janeiro. "Tem diferença. Nós moramos em Copacabana e por lá atualmente só tem hamburgueria artesanal. Geralmente os lanches são caros. E aqui temos várias opções de podrões, que é bem mais barato e muito saboroso", elogiou.

A Feira Nacional do Podrão se transformou ainda em um programa de Dia dos Pais. Foi o caso de Mauro Cordeiro, que lá estava com seus dois filhos. "O carioca é muito eclético. E é bom ver essa reunião de coisas específicas dos bairros, sobretudo do subúrbio. A gente acaba conhecendo a comida de outras regiões. É comida rápida, fora de hora, gostosa, que já é comum para o carioca. E para o dia de hoje foi um excelente programa", avaliou.

Sua filha, a estudante de engenharia Mariana Oliveira, estava bastante feliz com o que carregava nas mãos: o açaí que logo viria a ser premiado como o "podrão" mais gostoso. "Para mim, cada açaí é diferente e esse aqui está bem bom. Não sei explicar o porquê, mas está bem gostoso". Ela destacou a oportunidade oferecida pelo evento. "É bem interessante. O açaí é de Cavalcanti e nós moramos na Penha. Então dificilmente iríamos conhecê-lo. Aqui se reúnem os podrões de vários lugares do Rio".

O responsável pela guloseima que faz sucesso em Cavalcanti, na zona norte do Rio, é Rodrigo Rafael. "Eu vendia doces na rua e um dia apareceu um trailer disponível para aluguel. Eu e minha mulher pensamos em vender açaí. O dono do trailer não acreditava que teria saída, mas mesmo assim decidimos tentar. Fui aprender a fazer e foi um sucesso. Ficamos três anos no trailer e hoje, graças a Deus, já estamos com uma loja. No verão, chegamos a vender 15 toneladas de açaí por mês. O nosso crescimento foi muito rápido", celebrou. O Açaí Tumucumaque oferece algumas peculiaridades como o açaí na melancia e o açaí batido no liquidificador, que inclui frutas e chocolate e possui até 2 litros e meio para quem deseja compartilhar.

“E tua fruta vai rolando/ Para os nossos alguidares/Tu te entregas ao sacrifício/Fruta santa, fruta mártir/Tens o dom de seres muito/Onde muitos não têm nada/Uns te chamam açaizeiro/Outros te chamam juçara”. Os versos do músico e compositor paraense Nilson Chaves descrevem a importância do açaí na alimentação e economia de Belém do Pará.

Os benefícios do fruto são tão vastos que já chegaram na Engenharia. Os professores da Universidade da Amazônia (UNAMA) Mike da Silva Pereira e Emerson Cardoso Rodrigues estão desenvolvendo pesquisas junto a uma equipe de seis alunos sobre “Concreto permeável feito com semente de açaí”, o que poder ser mais uma arma para evitar os alagamentos recorrentes na capital paraense. Os resultados já estão sendo publicados, inclusive fora do país.

##RECOMENDA##

O engenheiro civil Mike da Silva Pereira explica que o concreto permeável já existe no mercado, porém, o projeto em andamento substitui o seixo pelo caroço de açaí.

“O trabalho propõe a utilização do material in natura, sem custo de beneficiamento. Evitamos com que o caroço de açaí seja depositado como lixo urbano, é uma tentativa sustentável de empregar um elemento tão comum na nossa culinária, no ramo da engenharia. O caroço de açaí adicionado ao concreto torna a impermeabilidade muito maior, o que pode evitar os nossos tão conhecidos alagamentos”, explica o professor.

Resultados

A equipe conta com quatro alunos, Izabelle Amaral e Fernanda Viana, do 9º semestre, e Rodrigo Ferreira e Roberto Silva, do 7º semestre. Os primeiros resultados do projeto já foram apresentados no 3º Congresso Luso-Brasileiro de Materiais de Construção Sustentáveis, realizado em fevereiro de 2018, em Coimbra (Portugal).

“Foi uma experiência engrandecedora para a nossa futura profissão, pois apresentamos estes trabalhos para mestres e doutores da engenharia. Percebemos que a ideia foi bem aceita, elogiada e recebemos algumas críticas construtivas para a melhoria da nossa pesquisa”, avalia o futuro engenheiro Rodrigo Ferreira.

Por Camille Nascimento da Silva, especial para o LeiaJá

O 1º Festival do Açaí da Vila Jupuuba, que será realizado no próximo dia 23 de dezembro, no horário de 9 às 22 horas, vai movimentar não somente a comunidade quilombola da região do Vale do Acará, a cerca de 150 quilômetros de Belém, e adjacências, como diversos municípios vizinhos.

Serão mais de 12 horas ininterruptas de uma vasta programação que envolverá palestras, oficinas, exposições de produtos confeccionados a partir da palmeira e artesanatos, programação musical e cultural, competições e gincanas, show gospel com artistas locais e a dupla gospel nacional, Daniel e Samuel, que será a principal atração do evento, além da Banda Conexão Direta, Denise Peniche, Ventos do Norte, Banda Herança de Cristo, Isabel e Nilda Hissan e outros. No encerramento haverá sorteio de prêmios valiosos como notebook, celular, bicicleta, além de uma Moto Zero Km.

##RECOMENDA##

A festa atrairá pessoas de todos os municípios da região do baixo Tocantins e metropolitana de Belém, e promete se transformar em um dos maiores eventos culturais da região do Vale do Acará. Na Casa do Açaí serão disponibilizados mais de 3 mil litros de vinho da fruta, além de diversos outros derivados como açaí cremoso, bolo, pudim, creme, empada, torta, dentre outros. Artesanatos feitos a partir da fruta estarão no espaço e a expectativa da organização do evento é de receber aproximadamente 5 mil pessoas durante todo o dia. A idealização e coordenação geral do projeto é do Pastor Nelito Lopes da Assembleia de Deus da Vila de Jupuúba e da Missionária Miriam Débora.

Da assessoria do evento.

 

[@#galeria#@]

Você já pensou em receber açaí em casa? Daniel Pinon, aluno do segundo semestre do curso de Computação da Unama (Universidade da Amazônia), criou o primeiro aplicativo de entrega em domicílio de açaí, “Açaí Delivery”. O aplicativo vai atender não somente Belém, mas todo o Pará, e está disponível para Android e IOS, de forma gratuita.

##RECOMENDA##

Daniel explica que o aplicativo é bem simples de usar. A pessoa escolhe o vendedor e o aplicativo entra em contato com o motoqueiro que vai fazer a entrega. "Você seleciona o batedor que você quer, escolhe os itens que quer, vê os preços e faz o pagamento na hora”, informa Daniel. Todos os vendedores cadastrados recebem orientações e ganham um selo de qualidade. “No cadastro vamos colocar se tem selo de qualidade do açaí, pois é muito importante isso. A gente vai entrar em contato com ele, vamos dar orientações antes e capacitar com palestras”, afirma o estudante.

Os motoqueiros também receberão orientações e palestras para se capacitarem. “O novo aplicativo será lançado para o motoqueiro, vai estar disponível também para Android e IOS. Igual ao do batedor. A gente vai entrar em contato, dar palestra, e tudo mais”, explica Daniel.

Romulo Pinheiro, coordenador do curso de Computação, conta que Daniel foi atrás dele na coordenação para falar sua ideia de criar um aplicativo e pedir orientação. "O Daniel procurou a coordenação do curso dizendo que tinha uma ideia muito boa sobre um aplicativo de entrega de açaí. Então a gente procurou para querer entender, tive uns encontros com o Daniel e com a equipe dele. Eles explicaram a ideia e eu gostei na hora." Romulo ficou surpreso com a velocidade como conseguiram postar nas lojas da play store e na apple. “Eu até fiquei surpreso porque foi em uma velocidade muito grande. Já postaram nas lojas, play store e na apple store também. Eu fiquei muito feliz porque já deu um resultado. Eles nas aulas conseguem complementar o que já sabiam antes, lógicas de programação, banco de dados, programação em si”, afirma coordenador.

Por Maria Clara Silva.

A Embrapa Amazônia Oriental realiza nesta quinta-feira (21), a partir das 8 horas, em Belém, a abertura oficial do Hackathon Embrapa Acadêmico Açaí, com apresentação do desafio aos participantes. De 39 equipes inscritas, totalizando mais de 100 interessados, 23 passaram no primeiro crivo de seleção conforme normas do edital. No total, 83 alunos vão representar sete instituições de ensino superior, sendo seis do Pará e uma do Maranhão.

A maratona ocorre simultaneamente em seis capitais do país. Os estudantes participantes devem produzir soluções em tecnologia da informação, como a criação de aplicativos, com base nas pesquisas desenvolvidas pela Embrapa. No Pará, o tema escolhido foi o manejo de mínimo impacto de açaizais nativos. Trata-se de uma técnica desenvolvida pela Embrapa para aumentar a produção de frutos de açaí nas áreas de várzea e manter a diversidade de espécies vegetais. Atualmente, todo esse trabalho é realizado de forma manual com o uso de pranchetas e trenas em campo, para posterior cálculo, discussão e tomada de decisão com a comunidade.

##RECOMENDA##

Nesse primeiro encontro, os participantes conhecerão um pouco mais do tema do desafio, o Manejo de Açaizais Nativos, com palestra do doutor em Agronomia José Antônio Leite de Queiroz, para em seguida mostrarem suas habilidades e entregarem, até o final do dia, um storyboard com a ideia inicial da solução em programação que pretendem desenvolver para facilitar a cadeia do açaí nativo paraense. O julgamento e a escolha das três melhores soluções ocorrerá no dia 18 de outubro.

Para saber mais: www.embrapa.br/hackathon

Serviço

O quê: Hackathon Embrapa Acadêmico Açaí

Onde: Auditório Espaço Memória, prédio da Chefia-Geral, Embrapa Amazônia Oriental (Tv Enéas Pinheiro, S/N, esquina com a Perimetral)

Horário: 8h30 às 17h

Por Kélem Cabral, da assessoria da Embrapa.

 

O açaí é um dos produtos mais fortes da cultura paraense. Segundo pesquisa do Dieese Pará (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o fruto apresenta alta nos preços desde o mês de março deste ano. Dados do Dieese mostram que o açaí do tipo médio, o mais consumido, custava em média R$ 16,49 no início deste ano. Em março subiu em torno de R$ 17,00. O preço do açaí grosso também teve reajuste.

Os valores continuarão altos até o fim do mês de maio. O alto custo de transporte, o período de entressafra do fruto, a venda para agroindústrias e as irregularidades do abastecimento são alguns dos motivos que influenciam na elevação dos preços do alimento. O LeiaJá Pará entrevistou alguns consumidores do açaí para saber de que forma o aumento dos valores afetou no consumo. Confira na enquete:

##RECOMENDA##

[@#video#@]


 

 

 

Vinte instituições e entidades ligadas à cadeia produtiva do açaí na região Metropolitana de Belém e no arquipélago do Marajó reuniram-se em prol do desenvolvimento do setor e estabeleceram a meta de executar ações com foco em gestão, inovação e acesso a mercado até 2018. O entendimento nesse sentido foi consolidado com a assinatura de um na última sexta-feira (7), em Belém.

A iniciativa faz parte do projeto Crescer no Campo, do Sebrae no Pará, em parceria com instituições públicas e privadas, além de entidades do segmento, e será executada no biênio 2017/2018 para apoiar os batedores de açaí e produtores rurais de Belém, Ananindeua e dos municípios de São Sebastião da Boa Vista, Muaná e Curralinho, no Marajó. Ao todo serão atendidos 162 pequenos negócios rurais, sendo 50 microempresas de batedores de açaí e 112 produtores rurais.

##RECOMENDA##

De acordo com o superintendente do Sebrae no Pará, Fabrizio Guaglianone, a proposta do acordo é fortalecer o desenvolvimento da importante cadeia produtiva, por meio do aumento da produtividade, faturamento e oportunidades de negócios nos pequenos empreendimentos rurais do segmento. “Nesta parceria, buscamos aumentar o faturamento bruto dos empreendimentos em 10% até dezembro de 2017 e 15% até dezembro de 2018, tendo como base o ano de 2016. Além disso, vamos focar a qualidade da gestão dos empreendimentos rurais dessa cadeia produtiva para estimular a geração de negócios dentro e fora do estado”, disse Guaglianone. O Pará, que é o maior produtor nacional de açaí, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem um número estimado, somente na Região Metropolitana de Belém, de cerca de dez mil pontos de venda de açaí, que produzem uma média diária de 200 quilos de resíduos (caroços) cada, com um volume total diário em torno de 1,6 a 2 toneladas, podendo chegar a 550 mil toneladas ao ano.

Além do Sebrae, participam do projeto a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), a prefeitura de Belém, através da Secretaria Municipal de Saúde (Sesma), e as prefeituras de Ananindeua, de São Sebastião da Boa Vista, de Muaná, e de Curralinho, a  Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará),  a  Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará ( Emater/PA), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária da Amazônia Oriental (Embrapa), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Pará - Senar/PA, o  Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)   o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado do Pará (OCB/Sescoop-PA),  a Cooperativa Agroextrativista da Veneza do Marajó - Copavem, a Cooperativa Agroextrativista de Muaná- Marajó -  Copmar, a Cooperativa de Ribeirinhos Extrativistas Agroindustrial do Marajó - Sementes do Marajó,  a Associação dos Vendedores Artesanais de Açaí de Belém - Avabel, a Associação dos Batedores Artesanais de Açaí de Ananindeua e a REDE AÇAÍ.

Por Helen Barata, da assessoria do Sebrae Pará. 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando