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Nesta quinzena de dezembro devem chegar ao Recife 102 refugiados venezuelanos que estavam em Roraima. Outros 102 venezuelanos estão previstos para chegar em maio de 2019.

Para receber os estrangeiros, foi inaugurada na última segunda-feira (10) a Casa de Diretos. A iniciativa, fruto de parceria entre o Instituto Humanitas Unicap, Cáritas do Brasil e Suíça, além do Departamento de Estado Norte-Americano terá o objetivo de acolher e integrar os refugiados. O local funcionará no bloco E da Universidade Católica de Pernambuco.

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Os novos venezuelanos ficarão em casas de passagem do Recife. A expectativa é inserir os 102 primeiros no mercado de trabalho antes que o segundo grupo chegue em maio.

Atualmente, há 102 venezuelanos abrigados na Ong Aldeias Infantis, em Igarassu, Região Metropolitana do Recife (RMR). São 29 famílias, sendo 55 adultos, 12 adolescentes e 35 crianças. Um número maior de refugiados já chegou ao Estado, mas novos chegam conforme outros arrumam emprego na região.

Casas de Direito semelhantes a do Recife já existem nos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Distrito Federal e Rio Grande do Sul. A instalação desses estabelecimentos faz parte do Programa Pana, que tem o objetivo de ser referência na acolhida, proteção e integração de imigrantes e refugiados no Brasil. No Recife, a Casa de Direitos estará aberta para atender migrantes e refugiados de todas as nacionalidades.

Na Casa, o acolhimento será oferecido através de uma equipe formada por quatro profissionais – psicólogo, assistente social, educador e assistente administrativo. O espaço fornecerá também formação em Língua Portuguesa, Cultura Brasileira, Legislação Trabalhista, Economia Solidária, serviços de saúde e atendimento psicológico. O Programa Pana é financiado pelo governo americano que, na ocasião de lançamento na Unicap, foi representado pelo Cônsul Geral dos Estados Unidos no Recife, John Barrett.

Em Roraima, a crise dos refugiados venezuelanos causou conflitos e foi o principal tema de discussão nas eleições deste ano no estado. Em conversa com o LeiaJá, a psicóloga da Cáritas do Brasil Luciana Florência, que atenderá os refugiados, diz que o grupo tem refletido sobre como evitar situações de preconceito no Recife. "A intolerância tem tomado a sociedade e se voltado contra vários grupos marginalizados. Temos que entender que os venezuelanos têm muito a oferecer com a troca de cultura, a dança, a alimentação, o idioma", resume.

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Mais de 100 migrantes venezuelanos chegaram a Brasília hoje (24) por volta das 14h45 em um avião da FAB preparado para transporte em missões humanitárias. Desse total, 50 serão acolhidos em Brasília. O restante segue para São Paulo e Rio de Janeiro. Visivelmente cansados, mas com um leve sorriso no rosto, os venezuelanos saíram de Boa Vista (RR) pouco depois das 9h (horário de Brasília), mas foram acordados por volta das 4h da madrugada.

Eles integram uma nova etapa do processo de interiorização e estão sendo recebidos, ao longo de todo o dia, em abrigos de quatro capitais. O primeiro destino da aeronave militar foi Cuiabá onde 24 pessoas foram encaminhadas para o Centro Pastoral do Migrante.

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Esta é a primeira vez que Brasília recebe venezuelanos que deixaram seu país de origem motivados pela insegurança política, estado de violência ou pela crise econômica. Na capital, 50 migrantes serão acolhidos pela organização Aldeias Infantis SOS. Desse total, 20 são crianças, sendo sete bebês de colo.

A mesma aeronave segue agora para São Paulo, onde 21 venezuelanos receberão abrigo na Casa do Migrante Missão Paz.

Mais 36 venezuelanos, incluindo mulheres e crianças, serão levados para a Casa de Acolhida Papa Francisco, administrada pelo Programa de Atendimento a Refugiados da Cáritas, no Rio de Janeiro.

Acolhimento

Entre abril e julho deste ano, o processo de interiorização dos migrantes que pediram refúgio ou residência no Brasil já envolveu 690 venezuelanos que foram levados de Roraima, por onde a maioria entra no país, para outras cidades. A maioria deles (267) foi para São Paulo, mais 165 para Manaus, 95 para Cuiabá, 69 para Igarassu (PE), 44 para Conde (PB) e 50 para o Rio de Janeiro (RJ). O acolhimento depende do interesse das cidades de destino em participar do processo e da existência de vagas em abrigos.

Em nota, a Casa Civil da Presidência da República informou que, antes do acolhimento, são feitas reuniões com autoridades locais e coordenação dos abrigos para definição de detalhes sobre atendimento de saúde, matrícula de crianças em escolas, ensino da língua portuguesa e cursos profissionalizantes.

A Universidade da Amazônia (Unama), unidade Ananindeua, promove neste Círio mais uma edição da acolhida aos romeiros e recepciona a comitiva da Virgem de Nazaré, na procissão mais longa entre todas, o Traslado para Ananindeua. Os trabalhos começaram oficialmente com equipes de apoio desde as 15 horas de quinta-feira e estarão mobilizados por todo o sábado (6).

Alunos de todos os cursos do campus se mobilizaram, sob a direção do professor Eden Ferreira, que falou sobre como funciona toda a organização. "A ação voltada ao Círio começou com assistência oferecida por alunos dos cursos de Enfermagem, Fisioterapia e Educação Física, com distribuição de água, massagens e atendimentos médicos básicos. A acolhida já se tornou tradicional, possibilitando que a comunidade ao entorno possam estar mais próxima da Santa", disse.

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As atividades acadêmicas ficam paralisadas. O reitor da Unama, professor Janguiê Diniz, e a vice-reitora, professora Betânia Fidalgo, com todo o corpo técnico da instituição, acompanham de perto as ações.

O curso de Enfermagem ofertará uma sopa no final da tarde desta sexta-feira (6) aos romeiros. O curso de Rede de Computadores estará on-line em parceria com a Prodepa, empresa de processamento de dados do Estado do Pará.

Sabrina Favacho, coordenadora do Núcleo de Empregabilidade e Carreiras da Unama, está na organização que recepcionará a comitiva, servindo os alimentos. "É em torno de 500 a 600 pessoas”, enfatizou a coordenadora, destacando o trabalho de doação, voluntário. Segumdo Sabrina, é um momento de agradecer e colocar em prática todo esse momento de fé. No átrio central foi montada uma mesa para receber os guardas de Nazaré, o arcebispo dom Alberto Taveira e todos os convidados.

As coordenadoras dos cursos de Enfermagem, Adriana de Sá Pinheiro (campus Ananindeua) e Renata Lopes (campus Alcindo Cacela), falaram sobre os atendimentos oferecidos pelos alunos, que pelo quarto ano acolhem os promesseiros. "Os primeiros atendimentos são lavagens de pés, massagem, uso de ataduras, curativos e verificação de sinais vitais." A professora Renata ressaltou a importância do projeto, tendo em vista que o campus está localizado no trajeto dos peregrinos.

Moradores do município de Igarapé-Açu, Luciano Vale, de 35 anos, e Ana Paula, 29, estavam agradecendo por uma graça alcançada. O filho do casal, Luís Fernando, de 2 anos, teve uma convulsão muito forte. O menino ficou bom e os pais acreditam que houve a intercessão da padroeira. Por isso, pagam juntos a promessa.

Além dos serviços prestados pelos alunos, a novidade este ano é o curso de Gastronomia, que se mobilizou para arrecadar alimentos. Diego Ventura, coordenador, organizou equipes para se dividirem em turnos, das 7 até 11 horas e de 11 até às 15 horas. “Me sinto muito privilegiado de poder proporcionar um boa alimentação aos aos romeiros”, afirmou Diego.

Os serviços ficam disponíveis até às 23 horas de sábado, totalizando mais de 48 horas de demonstração de solidariedade e amor ao próximo.

Por Valdenir Rodrigues.

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A equipe da Pastoral da Acolhida do Círio 2017 necessita de doações para recepcionar romeiros da festividade, durante a quadra nazarena. No espaço da Casa de Plácido, localizada no Centro Social de Nazaré, centenas de romeiros são recebidos durante as procissões e caminhadas. Este ano, cerca de 1.200 voluntários atenderão os romeiros em setores como enfermagem, lava-pés, massagem, cozinha e curativos.

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A Pastoral da Acolhida realiza seus trabalhos durante todo o ano. Voluntários podem se inscrever para participar das atividades que ocorrem na Casa de Plácido durante do Círio de Nazaré. “O trabalho se intensifica durante o segundo semestre. Há um período de inscrições. São várias equipes que trabalham para que essa engrenagem funcione, para que a partir do dia 04 de outubro a gente possa receber o romeiro”, explica Brenda Batista, farmacêutica e voluntária da Pastoral da Acolhida.

Responsável pela farmácia e equipe de enfermagem, Brenda conta que começou a participar como voluntária por causa de uma promessa. “Eu sou voluntária há dois anos, como pagamento de uma promessa que eu fiz, e pretendo servir o resto da minha vida. Sou farmacêutica voluntária, faço parte da equipe de enfermagem”, conta Brenda.

Durante a quadra nazarena, milhares de romeiros são recebidos na Casa de Plácido. Este ano a estimativa é que 35 mil sejam atendidos durante as festividades. “No momento em que o romeiro chega, ele desce a rampa e é acolhido pela nossa equipe de atendimento, e a partir daí ele é direcionado para diversas etapas, de acordo com sua maior necessidade. Ele pode passar pela equipe de lava-pés, massagem, curativos, cozinha, de acordo com que ele mais necessita”, explica a voluntária.

A poucos dias de começar o ciclo de atendimentos na casa, a Pastoral da Acolhida necessita de doações de alimentos, remédios e materiais de limpeza para receber os romeiros. “A nossa equipe da saúde precisa de equipamentos, precisamos de hipertensivos, anti-inflamatórios, analgésicos, nas diversas formas farmacêuticas, injetáveis e comprimidos, estamos em falta desses medicamentos para os romeiros”, conta Brenda.

As doações podem ser entregues no Centro Social de Nazaré, na sala da Pastoral da Acolhida, de segunda a sexta, de 8 às 12 horas e de 15 às 21 horas; aos sábados, de 9 às 12 horas. A Casa de Plácido abre suas portas no dia 4 de outubro e permanece 24 horas aberta para atendimento de romeiros até o sábado da Trasladação.

Lista dos itens necessários para arrecadação

Equipe de Cozinha:

- Alimentos não perecíveis

- Achocolatado

- Leite em pó e liquido

- Carnes

- Bacon e charque

Equipe de Lava-pés:

- Sabonete líquido

- Hidratante

- Luva Descartável

- Bucha de Banho

- Toalhinhas

Equipe de Limpeza:

- Detergente

- Sabão em pó

- Bota

- Luva Látex

Equipe de Massagem:

- Óleo Mineral

- Hidratante

- Papel Toalha

- Álcool Gel

Equipe da Saúde:

- Hipertensivos

- Anti-inflamatórios

- Analgésicos

Por Ariela Motizuki.

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, declarou, nesta terça-feira, que manterá o plano de receber 25 mil refugiados sírios antes do fim do ano, apesar das preocupações com a segurança que a oposição tem expressado após os atentados em Paris.

"Devemos respeitar nossa promessa eleitoral de acolher, de maneira segura, 25 mil refugiados antes do dia 1º de janeiro. Faremos todos os esforços para conseguir", declarou Trudeau a jornalistas, durante uma viagem para a reunião da APEC, nas Filipinas.

"Não foi preciso a tragédia em Paris para que nos déssemos conta, de repente, de que a segurança é importante", acrescentou o primeiro-ministro em resposta às preocupações expressas esta semana por líderes regionais no Canadá.

Trudeau prometeu, durante recente campanha eleitoral, acolher 25 mil refugiados que hoje vivem em campos na Jordânia, Líbano e Turquia, antes de 1º de janeiro. Depois de assumir o poder, o governo mobilizou vários ministérios para cumprir essa meta a tempo.

Mas na segunda-feira, Brad Wall, um líder provincial, pediu a Trudeau que "suspendesse" o processo de acolhida que, segundo ele, poderia ter "consequências devastadoras".

A declaração de Wall aconteceu após fontes francesas anunciarem que o passaporte encontrado próximo ao corpo de um dos terroristas do Stade de France, em Paris, poderia ter pertencido a um sírio que havia se declarado como refugiado na Grécia.

Os múltiplos ataques na noite de sexta-feira em Paris deixaram ao menos 129 mortos e 352 feridos. Os atentados foram reivindicados pelo grupo Estado Islâmico.

A acolhida recorde de solicitantes de asilo custará à Alemanha 10 bilhões de euros este ano, quatro vezes mais do que no ano passado, estima o jornal alemão "Frankfurter Allgemeine Zeitung" em sua edição de domingo.

A cifra é proporcional ao número de refugiados e imigrantes em solo alemão. Calcula-se que 800 mil homens, mulheres e crianças irão pedir asilo ao país este ano, contra 203 mil no ano passado, segundo Berlim.

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Antes de que o governo alemão aumente suas previsões, o mesmo havia calculado em julho um orçamento de 5,6 bilhões de euros este ano para acolher 450 mil pessoas, lembra o jornal conservador.

Levando em conta a aceleração das chegadas ao país, uma cifra de 10 bilhões de euros parece coerente para as diferentes administrações, nos níveis federal, regional e municipal", explica o jornal.

O Estado avalia na faixa de 12 mil a 13 mil euros por pessoa o custo anual da acolhida de refugiados, que inclui o alojamento durante a análise do pedido de asilo, alimentação, atendimento médico e 143 euros mensais de ajuda em dinheiro.

Na noite deste domingo está prevista uma reunião em que será organizada a divisão dos gastos entre as administrações central e locais.

Em contraste com o discurso que fez na manhã desta quinta-feira, 25, na Favela da Varginha, no qual abordou questões terrenas e brasileiras como os protestos nas ruas, as injustiças sociais e a pacificação das favelas, o papa Francisco fez aos milhares de jovens que foram vê-lo nesta noite na Festa de Acolhida da Jornada Mundial da Juventude, na praia de Copacabana, um apelo para que se voltem para a espiritualidade.

No pronunciamento marcado por citações da Bíblia e linguagem coloquial, o pontífice recorreu a uma gíria bem carioca - "bote fé"- para conclamar o público a se engajar no cristianismo, deixar as obsessões materiais - "o ter, o dinheiro, o poder"- e trocar a si mesmos por Deus como centro da vida. Francisco chamou esse processo de "revolução copernicana", em alusão a Nicolau Copérnico (1473-1543), o cientista que formulou o heliocentrismo, teoria segundo a qual o centro do universo seria o sol, não a Terra.

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"Mas o que podemos fazer? 'Bote fé'", pediu o Santo Padre, no discurso, no qual recorreu a uma imagem familiar - a preparação de comida - para expor seu pensamento. "A cruz da Jornada Mundial da Juventude peregrinou através do Brasil inteiro com este apelo. Bote fé: o que significa? Quando se prepara um bom prato e vê que falta o sal, você então 'bota' o sal; falta o azeite, então 'bota' o azeite... 'Botar', ou seja, colocar, derramar." Para o papa, a Bíblia mostra o caminho para a jornada espiritual que recomendou aos jovens. "No Evangelho, escutamos a resposta: Cristo", afirmou.

"Jesus é Aquele que nos traz a Deus e que nos leva a Deus; com Ele toda a nossa vida se transforma, se renova e nós podemos olhar a realidade com novos olhos, a partir da perspectiva de Jesus e com os seus olhos."

Francisco pediu também aos jovens que se perguntassem, com sinceridade, em quem depositavam confiança, em si próprios ou em Jesus e propôs uma troca. "Sentimo-nos tentados a colocar a nós mesmos no centro, a crer que somos somente nós que construímos a nossa vida, ou que ela se encha de felicidade com o possuir, com o dinheiro, com o poder", declarou. "Mas não é assim! É verdade, o ter, o dinheiro, o poder podem gerar um momento de embriaguez, a ilusão de ser feliz, mas, no fim de contas, são eles que nos possuem e nos levam a querer ter sempre mais, a nunca estar saciados. (...) Vejam, queridos amigos, a fé realiza na nossa vida uma revolução que podíamos chamar copernicana, porque nos tira do centro e o restitui a Deus; a fé nos imerge no seu amor que nos dá segurança, força, esperança."

O papa citou São Pedro para falar da sua satisfação por estar na Jornada Mundial da Juventude. "É bom estarmos aqui!": exclamou Pedro, depois de ter visto o Senhor Jesus transfigurado, revestido de glória", disse. "Queremos também nós repetir estas palavras? Penso que sim, porque para todos nós, hoje, é bom estar aqui juntos unidos bem torno de Jesus!" O pontífice afirmou ainda que era bom estar em Copacabana, reunido com os jovens da JMJ, "botando Cristo na nossa vida, botando a fé, a esperança, o amor que Ele nos dá".

Logo ao chegar, em sua saudação aos jovens, o papa disse ver neles "o rosto do jovem Cristo" e pediu um minuto de silêncio e oração pelas vítimas de um acidente na Guiana Francesa. O pontífice não seguiu estritamente o texto previamente distribuído à imprensa. Por seis vezes, improvisou algumas frases descontraídas, algumas até em português ao longo do pronunciamento feito principalmente em espanhol. O primeiro improviso foi dirigido aos moradores da cidade. "Sempre ouvi dizer que os cariocas não gostam da chuva e do frio", afirmou, logo no início. "Mas vocês estão mostrando ser mais fortes que o frio e a chuva. Parabéns! Vocês são verdadeiros guerreiros!" Ele também fez alguns improvisos no discurso, como quando perguntou aos jovens se estariam dispostos a "entrar nesta revolução da fé".

O papa Francisco foi bastante aplaudido pelos peregrinos no fim de sua fala na Missa da Acolhida da Jornada Mundial da Juventude. Após a sua participação, os peregrinos começam a deixar a praia de Copacabana.

Já não existem mais lugares em toda a extensão da avenida Atlântica na "primeira fila" dos gradis colocados para permitir a passagem do papa Francisco no papamóvel na praia de Copacabana. Agentes da Força Nacional de Segurança guardam o lugar por onde passará o pontífice e, vez ou outra, alguns fazem a função de fotógrafos, atendendo aos pedidos dos peregrinos e fiéis.

Um animado grupo de Belém (PA) chegou às 14 horas para garantir seu lugar no gradil. O geógrafo Carlos Almberto Pompeu, de 65 anos, disse estar com uma enorme expectativa para ver o papa. "Por isso estou aqui, firme e forte, faça chuva ou sol", sorriu, sob a fina garoa que cai neste momento. O grupo, com 64 pessoas, está hospedado em sete apartamentos alugados em Copacabana, no mesmo prédio, na esquina das ruas Barata Ribeiro e Djalma Urich.

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Segundo a organizadora da caravana, Sílvia de Paula, de 56 anos, foram três dias de viagem no ônibus, com paradas para as refeições. "Viemos preparados até para a vigília em Guaratiba, com saco de dormir e tudo", disse a servidora pública, que ficou satisfeita com a mudança de local da vigília para Copacabana: "Graças a Deus! Estávamos torcendo."

Dos 64 integrantes do grupo, 26 são jovens, "mas esses estão espalhados pela praia", sorriu a organizadora. Todos chegaram ao Rio na segunda-feira, 22, à noite e vão embora no domingo, logo após a missa de encerramento. Do Rio seguem para Aparecida (SP), no que dona Sílvia descreveu como "tour da fé".

Fiéis já lotam a praia de Copacabana, na zona sul do Rio, palco da cerimônia de Acolhida da Jornada Mundial da Juventude. Marcada para as 18h, a missa será celebrada pelo papa Francisco. O pontífice irá de helicóptero até Copacabana e, antes da missa, deve desfilar no papamóvel pela avenida Atlântica.

O clima é de alegria e até uma roda de samba foi formada entre brasileiros e argentinos. No palco, bandas católicas animam o público. Entre as atrações programas está o padre Fábio de Melo, que é um dos próximos a subir no palco. Após a celebração da missa, mais shows estão previstos.

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A estação Carioca do metrô, no centro da cidade, também está lotada de peregrinos que ainda seguem para o cortejo. A longa fila para entrar está começando fora da estação, fazendo uma curva, com o início em frente ao prédio Avenida Central, na avenida Rio Branco. Enquanto os fiéis aguardam, ambulantes aproveitam para vender luvas, toucas, guarda-chuvas e capas, devido ao mau tempo desta quinta-feira, 25.

Segundo o Centro de Operações da Prefeitura do Rio de Janeiro, o Aterro do Flamengo segue interditado, nos dois sentidos, para o evento.

A Praia de Copacabana receberá cerca de 1.500 policiais militares por dia nos eventos desta quinta e sexta-feira, 26, da JMJ. Haverá 30 torres de observação, com cinco PMs em cada, além de 25 viaturas e 20 motocicletas. Outros 80 policiais farão o patrulhamento a pé nas ruas de acesso à orla. Câmeras dos helicópteros da PM também acompanharão os eventos.

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