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A missão espacial Artemis 2, que pretende levar uma tripulação de astronautas à Lua pela primeira vez desde 1972, está programada para novembro de 2024, anunciou nesta terça-feira (7) a Nasa, agência espacial dos Estados Unidos.

Esse cronograma se deve ao sucesso da missão Artemis 1, concluída em dezembro após pouco mais de 25 dias no espaço.

A cápsula Orion, que sobrevoou sem ocupantes para seu primeiro voo de teste, foi impulsionada pelo novo foguete SLS - o mais potente do mundo - e foi colocada em órbita ao redor da Lua, antes de retornar à Terra.

A análise detalhada desta missão continua, disse em coletiva de imprensa o administrador associado da Nasa, Jim Free. Mas as primeiras avaliações permitem uma decolagem da segunda missão até "o final de novembro de 2024", acrescentou ele.

Para esta viagem, a Nasa deverá anunciar este ano os quatro tripulantes da Artemis 2, entre eles um canadense, que irão dar a volta ao redor do satélite sem pousar numa missão de cerca de dez dias.

"Estamos na busca pela tripulação da Artemis 2", afirmou Free. "No momento, não há nada que nos impeça depois do que aprendemos com a Artemis 1."

Depois virá a missão Artemis 3, prevista para cerca de 12 meses após a Artemis 2, em que os astronautas pousarão no polo sul da Lua e que ainda está oficialmente prevista para 2025, embora seja um calendário incerto.

"Nosso plano sempre foi de 12 meses, mas há desdobramentos importantes que precisam acontecer", alertou Free.

O módulo de pouso será uma versão da nave Starship da SpaceX, mas seu primeiro voo orbital ainda não ocorreu, enquanto os trajes espaciais ainda estão em desenvolvimento pela empresa Axiom Space.

O objetivo da Nasa é estabelecer uma presença permanente na Lua, com a construção de uma base e uma estação espacial orbitando o satélite.

Aprender a viver na Lua deve permitir testar as tecnologias necessárias para uma viagem ainda mais longa, como a ida e volta de uma tripulação a Marte.

A segunda tentativa de lançar o foguete japonês de última geração H3 fracassou nesta terça-feira (7) logo após a decolagem, quando a agência espacial nipônica ordenou a autodestruição ao determinar que o dispositivo não conseguiria completar a missão.

O fracasso representa um golpe para a agência espacial japonesa JAXA, que anunciou o H3 como seu grande símbolo flexível e de baixo custo.

O projeto acumulava anos de atraso e a primeira tentativa de lançamento do foguete, em fevereiro, não teve sucesso porque os propulsores não foram acionados.

Nesta terça-feira, o H3 conseguiu decolar às 10h37 (22h37 de Brasília, segunda-feira), mas um anúncio na transmissão ao vivo da JAXA alertou que a velocidade do foguete parecia estar diminuindo.

A separação da primeira fase aconteceu como estava previsto, mas depois foram detectados sinais de problemas no centro espacial Tanegashima, sudoeste do Japão.

"Parece que a velocidade está caindo", afirmaram os narradores na transmissão da JAXA. Em seguida, o centro de comando anunciou que "a ignição do motor de segunda fase não foi confirmada".

A transmissão ao vivo foi interrompida por alguns segundos com a mensagem: "Estamos revisando a situação no momento. Por favor aguarde".

Quando a transmissão foi retomada, o centro de comando anunciou que "a ordem de destruição foi transmitida ao H3 porque não tinha a possibilidade de completar a missão".

O vice-presidente da JAXA, Yasuhiro Funo, afirmou em uma entrevista coletiva que o foguete não alcançaria a trajetória planejada sem a confirmação da ignição do motor de segunda fase.

A agência acredita que os destroços da nave destruída caíram no mar ao leste das Filipinas.

A causa da falha será investigada, anunciou o presidente da agência, Hiroshi Yamakawa, sem revelar quanto tempo a investigação deve durar nem se um novo lançamento está planejado.

"Quando acontece uma falha assim é importante demonstrarmos que podemos agir com rapidez e divulgar nossas descobertas com transparência", disse.

"Minha responsabilidade é trabalhar para descobrir a causa e me esforçar para restabelecer a confiança em nossos foguetes", acrescentou.

O H3 é um veículo de lançamento de satélites, concebido para uso comercial frequente, com confiabilidade e melhor custo-benefício. Foi apontado como um possível concorrente do Falcon 9 da SpaceX.

"O foguete H3 é muito importante não apenas para o governo do Japão, mas também para as empresas do setor privado para que tenham acesso ao espaço", disse Yamakawa.

A JAXA explicou na descrição do projeto que acreditava na possibilidade de lançar o H3 seis vezes por ano durante duas décadas para sustentar a indústria espacial nipônica.

Desenvolvido pela Mitsubishi Heavy Industries, o H3 é o sucessor do modelo H-IIA ,de 2001.

O lançamento desta terça-feira transportava o satélite de observação ALOS-3, de alta resolução e criado para ajudar na gestão de desastres e outras missões.

Em outubro de 2022, a JAXA foi obrigada a determinar a autodestruição do foguete Epsilon, que transportava vários satélites, depois da decolagem.

Este foi o primeiro fracasso em um lançamento do programa espacial do Japão desde 2003.

O foguete Epsilon, de combustível sólido, estava operacional desde 2013. É menor que o modelo japonês anterior, de combustível líquido, e sucessor do M-5, aposentado em 2006 devido aos custos elevados.

A possibilidade de visitas extraterrestres à Terra está sendo levada cada vez mais a sério nos Estados Unidos: a Nasa anunciou nesta quinta-feira (9) o lançamento, no segundo semestre, de uma investigação sobre objetos voadores não identificados.

Não há evidência de que tais fenômenos tenham origem extraterrestre, ressaltou a agência espacial americana, mas o tema é nada mais nada menos importante, pois preocupa tanto a segurança nacional como o tráfego aéreo.

Depois que a comunidade de inteligência dos EUA divulgou um relatório sobre o tema no ano passado, agora é a vez da Nasa investigar a questão.

Além disso, a agência espacial deseja aproveitar a ocasião para desestigmatizar o tema. "Um dos resultados deste estudo seria fazer com que todos entendam [...] que o processo científico é válido para tratar de todos os problemas, inclusive deste", disse Thomas Zurbuchen, administrador associado da Nasa, em coletiva de imprensa.

O responsável acrescentou que ele mesmo decidiu iniciar essa investigação, dirigida por renomados cientistas e especialistas em aeronáutica.

Enquanto sondas e rovers percorrem partes do sistema solar em busca de fósseis de micróbios antigos e astrônomos buscam as "assinaturas tecnológicas" em planetas distantes que indicariam a possível existência de civilizações inteligentes, esta é a primeira vez que a Nasa vai investigar fenômenos inexplicáveis nos céus de nosso próprio planeta.

Programados para começar no início do outono boreal, os trabalhos devem durar nove meses e produzir um relatório que deverá ser disponibilizado ao público.

Os objetivos são três: recolher dados que já existem, determinar os que faltam, qual é a melhor maneira de coletá-los, e decidir quais ferramentas serão necessárias para analisá-los no futuro.

"Hoje, temos um conjunto muito limitado destas observações", disse David Spergel, astrofísico que vai liderar o trabalho. "Isso dificulta na hora de tirar conclusões", considerou.

No entanto, segundo os especialistas da Nasa, existe uma montanha de dados de governos, empresas privadas, associações e inclusive indivíduos, mas que precisam ser reunidos. O orçamento destinado ao projeto não excederá os 100.000 dólares.

Em junho de 2021, a inteligência americana afirmou em um relatório que não havia evidência da existência de extraterrestres, mas reconheceu que dezenas de fenômenos presenciados por pilotos militares não podiam ser explicados.

De acordo com o Pentágono, os relatos de avistamentos de objetos não identificados nos céus aumentaram bastante nos últimos 20 anos.

"Não acredito que ninguém jamais olhou sistematicamente para fenômenos aéreos não identificados no passado", disse, nesta quinta, Daniel Evans, encarregado de coordenar a pesquisa para a agência espacial.

Contudo, "ao longo das décadas, a Nasa respondeu aos chamados para abordar alguns dos mistérios mais desconcertantes que conhecemos, e isso não é diferente".

Esta semana, China e Rússia assinaram um acordo para a construção da International Lunar Research Station (ILRS), uma base de pesquisas no satélite da Terra. O plano de construção da base espacial tem os dois países como os principais envolvidos, mas não isenta outras nações de participarem do projeto. A Agência Espacial Europeia tem mostrado interesse, mas não confirmou se vai participar do programa.

China e Rússia estão trabalhando em conjunto para definir como serão os primeiros passos do projeto, desde o molde da estrutura lunar até a fase final de testes com máquinas e seres humanos. Há duas missões neste projeto: a primeira está prevista para 2030, com a presença de robôs; e a segunda é a longo prazo, com seres humanos como protagonistas, e deve ser executada entre 2036 e 2045. A proposta é explorar a órbita do polo sul e o solo lunar.

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Ambos os países têm retrospecto positivo em missões lunares. Em dezembro, a China concluiu a missão Chang’e 5. A nave trouxe cerca de 2 quilos de rochas da Lua que, depois de analisadas, constaram ter idade de 1 bilhão de anos. Já a Rússia tem histórico nas missões espaciais desde 1959, quando o país ainda era conhecido como União Soviética.

A agência espacial americana fez um anúncio sem precedentes nesta quinta-feira (10) sobre licitações para empresas privadas coletarem amostras de rochas lunares e trazê-las para a Terra. "A NASA quer comprar (amostras de) solo lunar de fornecedores comerciais!", escreveu no Twitter o diretor da NASA, Jim Bridenstine.

Em uma política incentivada pelo presidente Donald Trump, os Estados Unidos pretendem liderar a exploração dos recursos, principalmente da mineração, encontrados no solo, ou no subsolo dos asteroides e da Lua. O presidente americano emitiu um decreto sobre esse assunto em abril, apesar da ausência de consenso e de jurisprudência internacional sobre como administrar e compartilhar recursos extraterrestres.

Os tratados espaciais existentes são vagos quando se trata de determinar a exploração de recursos fora da Terra. A NASA convida as empresas a apresentarem suas propostas de extração de "pequenas" amostras de pedras da Lua, ou da poeira que cobre a superfície do satélite.

As amostras depois se tornariam propriedade da NASA, sendo a agência a "única" proprietária do material. Diante da entrega das amostras, será pago 80% do valor estabelecido em contrato.

A convocatória faz parte de um novo modelo econômico que começa a ganhar força na agência espacial americana, que consiste em terceirizar o desenvolvimento e a operação de missões por meio de contratos com empresas espaciais privadas. Nesse sentido, a NASA assinou um acordo com a SpaceX, responsável pelo transporte de cargas e de astronautas até a Estação Espacial Internacional (ISS).

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Imagens inéditas que mostram a superfície do Sol de maneira muito aproximada foram divulgadas nesta quinta-feira (16) pela Nasa e pela Agência Espacial Europeia (ESA).

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As fotos foram tiradas pela sonda Solar Orbiter, que foi enviada ao espaço no dia 10 de fevereiro deste ano, e é considerado o "mais ambicioso" dos projetos com o objetivo de investigar a maior estrela do Sistema Solar.

As fotografias mostram que a superfície do astro é pontilhada de erupções, como se fossem fogueiras.

"Essas fotos sem precedentes do Sol foram as mais próximas já obtidas. Essas imagens maravilhosas irão ajudar os cientistas a juntar as camadas da atmosfera do Sol, o que é importante para entendermos como ele conduz o clima espacial perto da Terra e em todo o Sistema Solar", destaca o cientista da Nasa, Holly Gilbert, em comunicado.

O responsável científico pela missão, Daniel Müller, destacou que apenas com as imagens recebidas "é possível observar novos fenômenos interessantes".

"Não esperávamos ver resultados assim importantes já no início. Nem bem terminamos a fase de verificação técnica, a sonda já confirmou quanto foram justificadas as grandes expectativas do mundo científico", ressaltou ainda Müller.

Em termos técnicos, a fotos foram tiradas a cerca de 77 milhões de quilômetros de distância, cerca de metade do percurso entre o Sol e a Terra.

No momento, ainda é impossível dizer se as pequenas erupções fotografadas estão ligadas ou não às maiores conhecidas até hoje. Mas, analisando de maneira individual, esses pequenos focos podem influenciar a temperatura da parte mais externas do astro, a sua coroa.

"As fogueiras que estamos falando aqui são como pequenos sobrinhos das erupções solares, pelo menos um milhão, talvez bilhões de vezes menores. Quando olhamos na nova alta resolução das imagens, elas estão literalmente em todos os lugares que olhamos", explicou um dos astrofísicos do projeto, David Berghmans.

Os 10 "olhos" do Solar Orbiter observam simultaneamente o Sol, permitindo a possibilidade de colher dados até então invisíveis. Componho as imagens em um único mosaico, eles fornecem um quadro único do Sol e do ambiente que o circula.

Segundo explicou Müller, dos 10 instrumentos acoplados, seis são telescópios voltados especificamente para a estrela e quatro estão analisando o ambiente que circunda a sonda, que está exposta a temperaturas altíssimas e protegida por um escudo especial que consegue aguentar até 500° Celsius.

Essa proteção foi feita com um revestimento de pó negro a base de fosfato de cálcio, muito similar aos pigmentos usados há dezenas de milhares de anos nas pinturas rupestres.

Da Ansa

Kathy Lueders foi nomeada nesta sexta-feira diretora de voos tripulados da Nasa, um dos cargos mais importantes da agência espacial dos Estados Unidos, que está desenvolvendo planos para retornar à Lua em 2024.

"Kathy Lueders foi eleita para comandar a direção da Nasa para exploração e operações humanas", disse Jim Bridenstine, administrador da agência espacial, no Twitter.

Kathy, que ingressou na Nasa em 1992, comandava o programa de voos comerciais tripulados, que teve seu primeiro êxito com o lançamento, em 30 de maio de dois astronautas da Estação Espacial Internacional em uma nave da companhia privada SpaceX. Foi ela também que, durante anos, supervisionou o exaustivo programa de testes, cheio de mudanças e contratempos, das cápsulas desenvolvidas pela SpaceX e Boeing, outra companhia associada à Nasa, para garantir que as naves fossem seguras para os ocupantes.

"A equipe da Nasa-SpaceX sempre superou as expectativas, eles fizeram milagres para mim", disse, durante sessão informativa em 29 de maio.

O programa de voos tripulados privados da Nasa foi lançado na década de 2010, sob a presidência de Barack Obama, e representou uma mudança de modelo para a agência espacial, que, desde então, encarrega a indústria aeronáutica privada do design e fabricação de foguetes e veículos espaciais.

O calendário atual da Nasa, estabelecido pelo governo Trump, prevê o pouso de dois astronautas, um deles mulher, na Lua em 2024, utilizando o foguete SLS e a cápsula Orion. Mas o desenvolvimento do plano sofreu atrasos e a Nasa ainda não escolheu a empresa que fabricará o módulo de pouso na Lua.

Engenheira aeroespacial formada pela Universidade de Brasília, Ana Paula Castro de Paula Nunes poderá ser a primeira mulher astronauta brasileira. Ela foi selecionada para participar de uma missão simulada da Agência Espacial Europeia (ESA). Dos seis jovens escolhidos, entre profissionais de várias nacionalidades, cinco são mulheres.

Atualmente, Ana Paula faz mestrado em Direito Espacial pela Beihang University, na China. “Gosto do espaço porque ele me dá uma perspectiva muito realista e ampla sobre nossa vida aqui na Terra. Ser uma astronauta de simulação vai me permitir experimentar como é viver na Lua ou em Marte, de um ângulo muito realista”.

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“Espero poder participar desse projeto e trazer oportunidades para futuros estudantes ou jovens profissionais no setor aeroespacial do Brasil, mostrando que eles também podem fazer parte de grandes projetos”, completou.

A missão para a qual Ana Paula foi selecionada é a segunda campanha do projeto EuroMoonMars in Hi-Sea, da Agência Espacial Europeia, local onde alguns astronautas da Nasa, agência espacial norte-americana, também treinam para suas missões. A etapa de simulação será realizada no deserto do Havaí, durante duas semanas, em dezembro.

A equipe deve se reunir na Holanda para workshops e treinamentos e, no dia 5 de dezembro, se encontra novamente no Havaí para o último treinamento. A partir de 9 de dezembro, por duas semanas, eles passam a vivenciar uma espécie de missão lunar simulada.

“Isso quer dizer viver como astronauta, comer comida de astronauta, deixar o habitat só com traje espacial para atividade extra veicular e realizar vários experimentos científicos. Nós vamos fazer alguns estudos abordando fatores psicológicos em um habitat lunar. Por exemplo, ficar isolado, interagindo apenas com seis pessoas, falta de ar fresco, banhos curtos, além de outros fatores.”

Mulheres astronautas

Os profissionais que participam do experimento atuam em áreas como arquitetura espacial, engenharia aeroespacial, geologia, astrobiologia e astronomia. Uma motivação especial para Ana Paula é inserir mulheres em áreas que, tradicionalmente, são ocupadas por homens.

“Acredito que é crucial mostrar que as mulheres podem ter tanto sucesso no campo científico quanto os homens. Nossa tripulação quase toda feminina é um ótimo exemplo desse desenvolvimento moderno da ciência espacial. Outro grande exemplo foi a recente caminhada espacial feminina. Foi um marco. Temos um longo caminho a percorrer, mas acredito que, com educação e maior representatividade das mulheres na ciência, mais meninas vão insistir nos seus objetivos científicos.”

A questão financeira é outro desafio a ser enfrentado por Ana Paula para atingir seu sonho, uma vez que metade dos gastos precisa ser arcado pelo próprio profissional selecionado. “Fico muito feliz de trazer visibilidade positiva para o Brasil, mas, para eu poder participar dessa missão, preciso ter cerca de R$ 16 mil”, contou a engenheira aeroespacial, esperançosa no sentido de obter apoio de agências do governo, instituições de ensino ou do setor privado.

Ela criou um site com o objetivo de arrecadar cerca de R$ 9 mil. Até a tarde desta sexta-feira (8), a jovem havia somado apenas R$ 835. Para contribuir, basta clicar aqui.

A Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) divulgou em seu site nova imagem de Júpiter, o maior planeta do sistema solar e quinto mais próximo do sol, depois de Marte e antes de Saturno.

A foto foi feita no final de junho pelo telescópio espacial Hubble - satélite artificial lançado pela Nasa na década de 1990.

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A imagem permite visão da mancha de cor vermelha, em tom alaranjado, e das nuvens de gelo e amônia que circulam Júpiter. O planeta estava a mais de 640 milhões de quilômetros da Terra. Pesquisadores da Nasa também observam a ocorrência de ciclones no astro.

A agência espacial dos Estados Unidos, a Nasa, informou que foram identificados dois polos na lua que comprovam a existência de superfícies de gelo. São áreas mais escuras, distribuídas de forma irregular e que têm características de formações antigas e distintas.

No pólo sul, a maior parte do gelo se concentra em crateras lunares, enquanto no norte é mais distribuído, embora em menor quantidade.

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O trabalho foi realizado por cientistas da Universidade do Havaí, Brown University e do Centro de Pesquisas da Nasa. A equipe é liderada pelos pesquisadores Shuai Li, da Universidade do Havaí e Brown University, e Richard Elphic, da Nasa.

Os pesquisadores utilizaram dados captados por um instrumento denominado Moon Mineralogy Mapper (M3), da Nasa, que identificou aspectos específicos sobre a existência de gelo, água e vapor.

Disposto na nave não tripulada Chandrayaan-1, lançada em 2008, o M3 foi capaz de identificar a presença de gelo sólido na lua, coletando informações que distinguem água líquida, vapor e gelo sólido.

Segundo a Nasa, a maior parte do gelo descoberto está nas crateras, do lado norte, pois ali as temperaturas são baixíssimas por causa da inclinação do eixo de rotação da lua, uma vez que a luz não chega a essa região. No caso do lado sul, a formação de gelo pode ser explicada por outros fenômenos, como o movimento do sistema solar.

Um russo, um japonês e um americano voltaram neste domingo à Terra com uma bola de futebol que poderá ser usada na partida inaugural do Mundial da Rússia, informaram as autoridades espaciais russas.

A cápsula Soyuz MS-07, transportando Anton Chkaplerov, Scott Tingle e Norishige Kanai, aterrissou nesta manhã perto da cidade de Khezkazgan, nas estepes do Cazaquistão.

Em um vídeo postado pela Roscosmos, a agência espacial russa, é possível ver Anton Chkaplerov e sua colega Oleg Artemiev jogando com uma bola Adidas Telstar 18 na Estação Espacial Internacional.

Segundo a agência russa TASS, a bola será usada na partida inaugural do Mundial, apesar de a informação ainda não ter sido confirmada pela Fifa.

A ISS, um dois poucos exemplos de cooperação entre a Rússia e os Estados Unidos, está em órbita desde 1998.

Cientistas da Agência Espacial Europeia anunciaram nesta segunda-feira (15) o local onde irão tentar realizar o primeiro pouso em um cometa em movimento no espaço a 55 mil quilômetros por hora. A manobra é um dos momentos chave da missão que já dura uma década para examinar o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko e aprender sobre a origem e evolução dos corpos celestes no universo.

"Essa é uma missão absolutamente única", disse o gerente da missão Fred Jansen, comparando a complexidade da aterrissagem na superfície de 4 km de largura do cometa com a aterrissagem de uma nave espacial em corpos celestes muito maiores, como a Lua ou Marte.

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A sonda não tripulada Rosetta está voando ao lado do cometa 67P desde agosto, enviando imagens de alta resolução que permitiram que os cientistas escolhessem cinco lugares possíveis para a aterrissagem. O local escolhido, apelidado de "J", foi selecionado pelo seu terreno relativamente seguro e sua proximidade com locais considerados interessantes na superfície do cometa.

"Mesmo assim, o risco é alto", disse o gerente do projeto Philae, Stephan Ulamec. Os cientistas não sabem o quão difícil é a superfície escolhida e quão ativo o cometa estará no dia 11 de novembro. Como todos os cometas, corpo gelado do 67P começou a espumar e pulverizar matéria à medida que se aproxima do Sol.

Outro problema é força gravitacional do cometa, milhares de vezes menor do que a da Terra. Para evitar que a sonda seja puxada para o espaço após a aterrissagem, serão necessários arpões e parafusos para fixá-la na superfície do cometa. Além disso, existe o fato de que a sonda foi projetada há 15 anos, quando a agência ainda não sabia qual seria o seu alvo.

Apesar dos desafios, não haverá ensaios. "Chegou a hora de fazer isso acontecer", disse o diretor do voo da sonda Rosetta, Andrea Accomazzo. Fonte: Associated Press.

Os Estados Unidos mantêm seu compromisso de enviar astronautas a Marte na década de 2030, e todo o programa de exploração da Nasa tem este objetivo, disse, nesta segunda-feira (6), o chefe da agência espacial americana, Charles Bolden. "Um voo tripulado a Marte é agora o destino final da humanidade em nosso sistema solar e a prioridade da Nasa", disse durante a abertura de uma conferência de três dias em Washington dedicada à conquista do planeta vermelho.

"Todo o nosso programa de exploração espacial está alinhado para apoiar este objetivo", acrescentou.

O presidente americano, Barack Obama, enviou recentemente ao Congresso um orçamento de 17,7 bilhões de dólares para a Nasa em 2014, menor que no ano anterior. Mas apesar das restrições alfandegárias atuais, o governo de Obama "segue comprometido com uma estratégia coordenada e uma exploração dinâmica de Marte para que os Estados Unidos sigam desempenhando um papel dominante na exploração do planeta vermelho", insistiu Bolden, ex-comandante do ônibus espacial.

A pesquisa na Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês), onde seis astronautas vivem seis meses seguidos no ano, já tem como foco a preparação de missões de longa duração a um asteroide e a Marte, através do estudo dos efeitos da microgravidade no corpo humano e da realização de testes em tecnologias necessárias para estas viagens, disse.

Dois astronautas, um americano e um russo, devem passar um ano na plataforma orbital em 2015, o que corresponderia à duração de uma missão a Marte. A Nasa planeja enviar astronautas em 2025 a um pequeno asteroide, a fim de colocá-lo em órbita ao redor da Lua.

Esta missão permitirá "o desenvolvimento de tecnologias e capacidades exigidas para as missões tripuladas a Marte", disse Bolden, citando melhores sistemas de sobrevivência e propulsão.

"A Nasa não tem atualmente a capacidade tecnológica para enviar seres humanos a Marte, mas acredito que estamos no caminho que nos levará lá na década de 2030", afirmou o chefe da Nasa, negando-se a comentar projetos privados que têm por objetivo ir ao planeta vermelho muito antes.

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