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A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira, 28, em Mato Grosso, a Operação Sangradouro contra uma quadrilha apontada como responsável por fraudes previdenciárias em aposentadorias ilegais de indígenas. Segundo os investigadores, foram identificados 552 indígenas que se aposentaram no Estado com uso de documentos frios.

A corporação estima que a ofensiva evitou um prejuízo de R$ 260 milhões, considerando a suspensão de pagamentos relativos aos benefícios fraudados. O dano já causado aos cofres públicos é de R$ 64 milhões.

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A PF indica que o grupo era composto de "servidores da Funai, cartorários, proprietários de correspondentes bancários e lideranças indígenas locais". "A organização criminosa contava com a conivência de centenas de pessoas que obtiveram documentos falsos, a partir da adulteração de informações de identificação, em especial a data de nascimento, a fim de requerer aposentadorias por idade ilegais", informa a PF.

Agentes prenderam temporariamente um investigado e vasculharam 16 endereços em Barra do Garças, Primavera do Leste, Poxoréu e Cuiabá. Também foram decretadas duas ordens de afastamento temporário das funções públicas, uma contra um servidor da Funai e outra contra um tabelião.

A ofensiva mira supostos crimes de falsificação de documentos, estelionato previdenciário, formação de quadrilha e inserção de dados falsos em sistema de informação do governo.

Segundo a PF, a fraude tinha início com a expedição de documentos com dados falsos por parte de servidores da Funai. O Registro Administrativo de Nascimento de Indígenas (RANI) e a Certidão de Exercício de Atividade Rural contêm dados alterados, segundo a PF - "em especial a idade dos indígenas, para simular o atendimento da idade mínima para aposentadoria por idade rural: 60 anos para homem e 55 anos para mulher".

Com os documentos, os beneficiários do esquema faziam o registro de nascimento tardio no cartório, emitindo certidões de nascimento que depois eram usadas para a requisição de CPF e RG. Em seguida, eles iam até a agência do INSS para pedir aposentadoria por idade.

De acordo com os investigadores, os documentos sob suspeita eram, em geral, emitidos em intervalos curtos, meses antes da apresentação do requerimento de aposentadoria à Previdência. A quadrilha buscava os bancos para obter empréstimos consignados atrelados às aposentadorias fraudadas, assinalou a PF.

Defesa

A reportagem busca contato com a Funai. O espaço está aberto para manifestações.

Secretaria de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia disponibilizou em seu portal, na última semana, uma cartilha com informações de educação financeira para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A iniciativa visa a auxiliar esse público na tomada de decisões mais conscientes com relação ao uso de seus recursos financeiros e contribuir para evitar o endividamento. Elaborada em linguagem simples, a cartilha trata das formas de acesso a benefícios, às modalidades de crédito, a prevenção a golpes e fraudes, além de informações adicionais sobre direitos das pessoas idosas.

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documento “Educação Financeira para Pessoas Idosas - Guia para aposentados e pensionistas do INSS” foi lançado no final do ano passado e aperfeiçoado após apresentação ao Conselho de Nacional de Previdência Social e sugestões dos seus membros.

O levantamento do Instituto Millenium aponta que um terço dos funcionários efetivos do setor público federal deve se aposentar até 2034. O diagnóstico é que esse cenário abre uma janela de oportunidade para implementar as mudanças da reforma administrativa já que os novos servidores que ingressaram poderão seguir regras distintas. O grupo prestes a se aposentar, 219 mil pessoas acima de 51 anos, representa 36% dos funcionários que estão atualmente na ativa.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário especial de Desburocratização e Gestão do Ministério da Economia, Paulo Uebel, responsável pela coordenação da elaboração da proposta de reforma administrativa, são ex-membros do instituto.

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"Há uma urgência máxima em fazer uma reforma administrativa para que os novos estejam em um ambiente com maiores incentivos à produtividade", diz Wagner Vargas, sócio da consultoria ODX de inteligência de negócios, que participou do estudo.

Segundo Vargas, dos 219 mil servidores que vão se aposentar na próxima uma década e meia, 95% são funcionários estatutários, com maior estabilidade no emprego. Isso significa que o governo vai precisar abrir novos concursos para repor esses cargos.

Para ele, a crise fiscal agravada pelo cenário do coronavírus aumenta essa urgência, pois o setor público teve que aumentar seus gastos no mesmo instante em que o atual desaquecimento da atividade econômica deve fazer a receita apresentar uma queda significativa. Como o gasto com pessoal é uma despesa obrigatória, ocupa um espaço considerável do orçamento (93% das receitas são obrigatórias) e reduz a quase a zero o espaço para investimentos, por exemplo.

O uso da ciência de dados para o estudo permitiu a implementação de várias técnicas que envolvem automatização na coleta e trabalho de análise dos dados. Foram utilizados algoritmos para fazer a coleta de dados em base oficiais e públicas.

O estudo chama atenção para o inchaço de servidores na esfera municipal. Com uma média de 4,48% ao ano, o funcionalismo municipal foi o que mais cresceu; enquanto que os funcionários públicos estaduais e federais apresentaram uma média anual de 1,4% ao ano. Os servidores municipais passaram de 1,7 milhão para 6,5 milhões entre 2002 e 2019.

Somados os três Poderes das 5.570 cidades, o funcionalismo público municipal tem um custo de 4,2 % do PIB (R$ 292 bilhões ao ano), o que é semelhante ao do federal. Mas os servidores federais, que representam 11% do funcionalismo, é que, proporcionalmente, têm maior impacto fiscal. O custo médio de um funcionário federal é de R$ 242,4 mil ao ano, 5,7 vezes mais do que o custo médio do servidor municipal e 2,7 vezes mais do que servidor vinculado ao funcionalismo estadual.

Salários de servidores

O Brasil gastou com a folha de pagamentos dos servidores públicos 3,5 vezes mais do que com a saúde e o dobro com educação, aponta diagnóstico do Instituto Millenium que lança nesta segunda-feira a campanha "Destrava" para pressionar pela aprovação da reforma administrativa, que prevê uma reestruturação do RH do Estado, pelo Congresso até o fim do ano.

Em 2019, foram desembolsados R$ 928 bilhões para pagar servidores públicos federais, estaduais e municipais das três esferas do Poder, o equivalente a 13,7% do Produto Interno Bruto (PIB). Enquanto os gastos com saúde somaram 3,9% do PIB, a educação recebeu 6% do PIB, de acordo com os cálculos do instituto.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a anunciar, no início do ano, que a proposta estava pronta, mas o presidente Jair Bolsonaro engavetou o texto e desistiu de encaminhá-lo ao Congresso, após pressão do funcionalismo público e parlamentares com vínculo com servidores.

Entre as mudanças que a equipe econômica propôs a Bolsonaro estavam a redução no número de carreiras, que ultrapassa 300, e a restrição da estabilidade apenas para algumas carreiras de Estado, depois de dez anos de estágio probatório.

O Millenium, um think tank (centro de pensamento) brasileiro de inspiração liberal, traçou uma radiografia do desempenho e eficiência dos servidores públicos no País, em parceria com a consultoria de Data Science ODX. O estudo, ao qual o Estadão teve acesso, foi feito com uso de tecnologias de inteligência artificial e técnicas de análise de big data (capacidade de retirar valor de uma grande quantidade de dados em velocidade rápida). Analisa os encargos da máquina pública com pessoal nos últimos 30 anos, os impactos do engessamento orçamentário com pessoal e o grau de urgência reforma administrativa.

Depois do envio da primeira parte da reforma tributária pelo governo, a pressão pela aprovação da reforma administrativa se intensificou junto com a pressão por aumento de gastos, queda dos investimentos, crescimento da dívida pública e risco de flexibilização do teto de gastos - a regra que trava o crescimento das despesas à variação da inflação.

A apresentação da proposta de reforma administrativa é considerada uma prerrogativa exclusiva do Executivo. Ao Estadão, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cobrou do governo a proposta para que a Casa possa começar a discutir o texto para se evitar uma "gambiarra fiscal" nesse momento de crise.

"O gasto com pessoal drena recursos, que iriam para os investimentos, públicos e pressiona a dívida pública, que permanece com viés de alta, mesmo com a inflação e a taxa básica de juros controladas", diz Priscila Pereira Pinto, CEO do Instituto Millenium.

Segundo Priscila, o instituto decidiu encabeçar a campanha porque, com a crise econômica provocada pela covid-19, o Estado brasileiro "está quebrando" e recolhendo cada vez menos impostos. Na sua avaliação, não adianta pensar somente em reforma tributária e privatizações.

"O Millenium acha importante voltarmos a pressionar o governo tanto o Executivo como o Legislativo a retomar a conversa da reforma administrativa", diz. Ela alerta que o gasto com o funcionalismo vem aumentando e não houve corte no meio da pandemia, enquanto os trabalhadores do setor privado sofreram muito. Segundo dados oficiais do governo, 9,5 milhões de trabalhadores tiveram o contrato suspenso ou o salário reduzido por causa dos efeitos da covid-19 na economia. A taxa oficial de desemprego no País subiu para 13,3% no trimestre encerrado em junho, atingindo 12,8 milhões de pessoas, com um fechamento de 8,9 milhões de postos de trabalho em apenas três meses em meio aos impactos da pandemia.

Pelo diagnóstico do instituto, dos 63,7 milhões de brasileiros que compõem a população ocupada, estima-se que 11,4 milhões tenham algum tipo de vínculo empregatício direto com o setor público (entre os celetistas mais estatutários). Hoje, os servidores públicos estatutários têm direito à estabilidade após três anos de efetivo exercício, desde que aprovados em avaliação de desempenho. Quem faz concurso para empresas e sociedades de economia mista é chamado de empregado público e está submetido ao regime jurídico estabelecido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

O funcionalismo público é composto 9,77 milhões de funcionários, o que representa 21% dos 46 milhões de postos formais existentes atualmente no Brasil.

Desigualdades

O levantamento mostra que o patamar médio de salários do funcionalismo público federal coloca seus servidores no grupo dos 6% mais ricos, portanto, menos expostos à chamada regressividade do sistema tributário brasileiro(quadro que evidencia que quem ganha paga proporcionalmente menos impostos). A crítica é que essa situação faz com que as atuais regras do serviço público atuem como um distribuidor de renda às avessas, ou seja, um formato que acentua desigualdades sociais.

Só em 2019, os mais de 605 mil funcionários federais civis, por exemplo, custaram R$ 319 bilhões de reais, 21 vezes mais do que os recursos investidos em saneamento (abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto).

O estudo também escancara a disparidade em relação à iniciativa privada. Se as 30 ocupações estatutárias mais numerosas do serviço público recebessem a remuneração do seu equivalente no setor privado, haveria uma economia de aproximadamente R$ 15 bilhões por mês aos cofres públicos, segundo os cálculos do estudo.

Para Priscila, fica claro também a ineficiência do sistema de avaliação: 95% dos funcionários recebem bonificação máxima por seu desempenho. Das 440 rubricas salariais, 369 não têm equivalência no setor privado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Cerca de 35 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já podem checar a data de depósito dos benefícios de 2020. Segundo o INSS, os depósitos seguirão a mesma sequência de anos anteriores. Confira o calendário completo aqui. As datas foram divulgadas na segunda-feira (16).

Segundo o instituto, para quem recebe um salário mínimo, os depósitos de janeiro serão feitos entre os dias 27 de janeiro e 7 de fevereiro. Para saber a data exata, o beneficiário deve verificar o número final do seu cartão de benefício, sem último dígito verificador, que aparece depois do traço. Segurados com renda mensal acima do piso nacional terão seus pagamentos creditados a partir de 3 de fevereiro. A tabela completa pode ser conferida no site do INSS.

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O plenário da Câmara dos Deputados rejeitou dois destaques do PT que pretendiam reverter a mudança na fórmula de cálculo das aposentadorias da reforma da Previdência. Com a decisão, está mantida a fórmula aprovada no texto-base, que considera o valor de 60% da média de todos os salários para quem se aposenta com o tempo mínimo de contribuição, com a elevação de dois pontos percentuais a cada ano adicional de contribuição.

O primeiro destaque, que pretendia manter a fórmula atual, que despreza os 20% das menores contribuições, foi rejeitado por 346 votos a 131. O segundo, que manteria a aposentadoria integral em todos os casos, foi rejeitado por 340 votos a 129.

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No momento, o plenário analisa uma emenda para alterar a redação da emenda aprovada ontem (11) que suavizou as regras de pensões por morte. Eles querem especificar que a renda citada no cálculo das pensões vem de fonte formal (com salário de carteira assinada ou com benefícios do governo).

O texto-base tinha um trecho que permitiria ao pensionista receber menos de um salário mínimo se alguém na família tivesse outra fonte de renda. Agora, a renda que contará para o cálculo da pensão será apenas do viúvo ou da viúva. Caso o pensionista tenha um salário formal, receberá apenas 60% do salário médio do cônjuge falecido, mas, se perder a renda e cair na informalidade, a pensão automaticamente subirá para um salário mínimo.

Essa é a última emenda que falta para encerrar a votação da reforma da Previdência em primeiro turno, cuja discussão começou na terça-feira (9). Em seguida, a comissão especial da reforma reúne-se para votar o texto em segundo turno.

O presidente da comissão especial, deputado Marcelo Ramos (PL-AM), convocou sessão para as 20h30. Ele informou que pretende concluir ainda hoje a votação do novo texto, após a aprovação de emendas e de destaques no plenário. Segundo Ramos, a sessão deve durar três horas.

 

Na manhã desta segunda-feira (21), a Polícia Federal deflagrou a Operação Reformados, para combater esquema criminoso voltado para a obtenção fraudulenta de licenças e reformas (aposentadorias) de militares, especialmente dos militares temporários.

Policiais federais e militares do Exército Brasileiro cumprem um mandado de prisão preventiva, três mandados de condução coercitiva e dois mandados de busca e apreensão nas cidades de Canoas e Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul.

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A fraude consistia na apresentação de atestados médicos ideologicamente falsos, com indicação de doenças psiquiátricas e outros artifícios, para iludir a Administração Militar, a Justiça Federal e a Justiça Militar.

O objetivo era manter militares temporários vinculados ao Exército para supostos tratamentos de saúde e, posteriormente, para obtenção da reforma militar. Um escritório de advocacia estabelecido no município de Canoas promovia o suporte para a propositura de ações judiciais que sacramentavam as fraudes.

Durante as investigações, diligências flagraram pessoas com diagnósticos incapacitantes para a vida militar, por problemas físicos ou psíquicos, em uma rotina normal de vida, inclusive com ocupações remuneradas, confirmando a fraude na obtenção das decisões judiciais por licença médica ou reforma militar.

Os crimes investigados são estelionato e falsidade ideológica, consistentes na encenação perante juntas médicas militares, propositura de ações com atestados médicos ideologicamente falsos, entre outros possíveis. As investigações seguem para apurar o prejuízo causado e o número exato de pessoas envolvidas nas fraudes.

A operação contou com a participação da Polícia Federal, Polícia Judiciária Militar, Ministério Público Militar e Advocacia-Geral da União.

Da Agência PF

Passando por crise financeira sem precedentes, os Estados tiveram de arcar com o crescimento real de 64% dos gastos com o pagamento das aposentadorias e pensões de seus servidores entre 2009 e 2015. O levantamento, feito a partir de dados encaminhados ao Ministério da Fazenda pelos próprios Estados, foi apresentado esta semana pela secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, em evento dirigido a economistas e analistas do mercado financeiro.

A secretária reforçou a necessidade "inexorável" de controle dos aumentos salariais, que "trazem impactos atuariais" nem sempre percebidos. Ana Paula lembrou que, na média, o número de servidores ativos nos Estados permaneceu estável entre 2009 e 2015, mas as despesas com inativos saltou de R$ 47 bilhões para R$ 77 bilhões no período.

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A explosão do déficit previdenciário está no centro da crise estrutural que os governadores estão tendo de administrar em meio à recessão da economia, que derrubou a arrecadação de impostos. Os secretários de Fazenda dos Estados já começaram a discutir, nos últimos dias, medidas que possam ser adotadas para retardar a aposentadoria de seus servidores e restringir os benefícios, além de alternativas para aumentar a receita.

Os números compilados pelo Tesouro mostram que as despesas dos Estados com os inativos são, em média, 2,01 vezes superiores à arrecadação previdenciária anual. No Rio de Janeiro, Estado com a pior situação, os gastos superam em 3,39 vezes as receitas. O estudo foi apresentado pela secretária, em São Paulo, em evento organizado pelo Instituto Fernando Henrique Cardoso.

De acordo com o Tesouro, ao longo desses anos, a folha dos Estados registrou um crescimento acima da inflação em 43%, enquanto o serviço da dívida subiu no período 15%. A evolução dos gastos com pessoal aponta para forte aceleração nesses seis anos, saltando de 4,85% para 5,38% do Produto Interno Bruto (PIB).

"Os Estados estão preocupados em se voltar também para reformas estruturais, como a da Previdência, questões que tangenciam os regimes próprios. Temos preocupação de fazer convergir as regras", disse a secretária ontem. "Existe, sim, um espaço para protagonismo estadual, e também municipal, nessas questões, e acho que isso tem de ser considerado."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, usou nesta sexta-feira, 12, o perfil da pasta em uma rede social para defender a reforma da Previdência, argumentando que os pagamentos das aposentadorias correm risco se não houver mudanças no atual modelo.

Ele repetiu que as alterações em estudo pelo governo não irão retirar direitos adquiridos pelos contribuintes. "A reforma da Previdência é indispensável para que o Brasil volte a ter confiança tanto no mercado interno quanto no mercado externo", disse Padilha no Facebook.

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O ministro citou que o déficit previdenciário foi de R$ 86 bilhões no ano passado, deve ficar em R$ 146 bilhões neste ano e pode chegar a um patamar entre R$ 180 bilhões e R$ 200 bilhões em 2017. "Isso não pode continuar, sob pena de não conseguir mais pagar a aposentadoria. Então tem que mudar para preservar, porque se não mudar não vai haver mais a garantia do recebimento da aposentadoria", enfatizou.

A reforma da Previdência tem sido muito criticada pelos movimentos sindicais, que não querem mudanças de regras para os contribuintes que já estão no mercado de trabalho. Segundo Padilha, no entanto, a proposta em estudo pelo governo preservará os direitos dos trabalhadores. "Ninguém perderá nenhum direito adquirido. Não precisa correr para o posto do INSS, todo mundo que tem o seu direito será preservado, não perderá absolutamente nada", completou.

Em outro vídeo na mesma página, Padilha disse que a renegociação das dívidas dos Estados com a União dará fôlego para que os governos estaduais enfrentem suas dificuldades. Pelo acordo, os entes ganharam uma carência de seis meses e pagarão parcelas mensais com desconto pelos 18 meses seguintes.

"Todo o valor que era pago para o governo federal está sendo postergado por até dois anos, então isso dá para os Estados um oxigênio nesse período. Em muitos Estados, esse valor é muito expressivo e dá condições a que este Estado possa enfrentar suas dificuldades momentâneas", disse o ministro.

"Como estamos vendo a confiança na economia sendo retomada neste momento, rapidamente as receitas devem começar a crescer e teremos condições dos Estados crescerem de novo", concluiu.

Em mais um esforço para reduzir os gastos públicos e ajustar as contas, o governo Dilma Rousseff vai apresentar às centrais sindicais uma ampla proposta de revisão das regras de aposentadorias por invalidez e do auxílio-doença pagos pela Previdência Social.

Ambos consomem mais de R$ 50 bilhões por ano e o governo quer reduzir fortemente essas despesas por meio de restrições ao acesso e a qualificação dos segurados para retornarem ao mercado de trabalho. As propostas do governo, que chegou a preparar um anteprojeto de lei, serão discutidas com as lideranças sindicais a partir da semana que vem.

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Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, as propostas envolvem a elevação da carência, de 12 meses para 24 meses, exigido de contribuição mínima antes que a pessoa possa receber benefício por invalidez. O governo também prepara uma forma de aprimorar as revisões, que ocorrem a cada dois anos, das aposentadorias, que deve ser combinada com uma reforma para evitar casos crescentes de segurados que ficam mais de dois anos recebendo o auxílio-doença.

Um dos objetivos do governo é qualificar os trabalhadores para que voltem às empresas, mesmo em funções distintas daquelas que desempenhavam antes do acidente ou doença que justificaram o benefício. Os planos também envolvem mudanças nas regras de cálculo para estimativa do valor do benefício.

Essas e outras propostas, como o estabelecimento de uma idade mínima para a concessão de aposentadorias pelo Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), serão apresentadas pelo governo às centrais sindicais a partir do próximo dia 2, quando será instalado o Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho, Renda e Previdência Social.

O fórum foi criado em decreto pela presidente em abril. Dilma ressaltou em entrevista a necessidade de reformas na Previdência e ontem o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, confirmou que propostas serão apresentadas pelo Ministério da Fazenda na semana que vem.

Segundo uma fonte qualificada do governo, todas as medidas em estudo na Esplanada dos Ministérios, seja pela área econômica ou pela área social e previdenciária, serão submetidas às lideranças sindicais. A ideia é eliminar o risco de crise política, como a que se criou no primeiro semestre e que, na visão do governo, contaminou o Congresso, que analisava duas medidas provisórias que aplicavam restrições a benefícios trabalhistas e previdenciários.

As MPs entram em vigor imediatamente e foram editadas por Dilma no penúltimo dia do primeiro mandato, sem aviso prévio a lideranças sindicais, que imediatamente entraram em rota de colisão com o Palácio do Planalto. A turbulência foi tão grande que uma das medidas do governo, que apertava o auxílio-doença, foi completamente desfigurada. Ao final, não houve alteração. Por isso, o governo pretende voltar à carga.

Hoje, há cerca de 4 milhões de aposentados por invalidez no País, que consomem mais de R$ 40 bilhões por ano. O benefício é concedido àqueles que contribuíram por pelo menos 12 meses ao INSS e que, por acidente ou doença, recebem o auxílio-doença. Só depois que um médico do INSS relata que não há como o segurado voltar a desempenhar sua função é que há a concessão da aposentadoria por invalidez. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O governo Dilma Rousseff está prestes a criar um grande fundo de previdência complementar para administrar as aposentadorias de mais de 460 mil servidores públicos de Estados e municípios. O ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, informou ao Estado que vários governadores e prefeitos já buscaram o governo. "Estão aguardando a criação do fundo para poder aderir e instituir o novo regime previdenciário", disse. O fundo será administrado pela Caixa Econômica Federal.

A nova presidente da Caixa, Miriam Belchior, já teve uma reunião com o ministro Gabas para tratar exclusivamente do assunto. O martelo está para ser batido nos próximos dias e será a primeira bandeira da gestão de Miriam Belchior na Caixa. O jornal O Estado de S. Paulo apurou com o banco estatal que o projeto está pronto - aguarda apenas o "momento certo" para o anúncio público.

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O chamado déficit atuarial previdenciário de Estados e municípios chega a R$ 1,7 trilhão no acumulado até o fim de 2014. Esse déficit é a diferença entre o que o governo terá de pagar no futuro (o saldo entre os benefícios e as receitas líquidas no longo prazo) e os ativos em valores atuais. Este é o rombo que o governo quer reduzir. Para Estados e municípios, a reforma do regime é positiva, avalia o governo federal, já que reduzirá os gastos com aposentadorias.

"Os servidores de Estados e municípios vão se equivaler aos servidores federais e ao restante dos trabalhadores", disse Gabas. Os servidores federais que ingressaram nos quadros federais a partir de 2013, e recebem acima de R$ 4,5 mil mensais do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), estão sob um novo regime de previdência, similar ao dos demais trabalhadores da iniciativa privada brasileira.

A aposentadoria desses servidores está limitada ao teto do INSS. Para receber mais, eles precisam contribuir para um fundo de previdência, tal qual os demais trabalhadores brasileiros. No caso dos servidores federais, o fundo é a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp), criada em 2012.

O sistema é o mesmo dos Estados de São Paulo e Rio. Os outros 24 Estados, além do Distrito Federal, e todos os 5,6 mil municípios ainda não contam com esse sistema. Hoje, os servidores contribuem com 11% do salário, em média, e os Estados e municípios chegam a fazer contrapartidas superiores a 20%. Com o novo fundo, que será administrado pela Caixa, os aportes devem cair a 8,5% - como é com a Funpresp. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que mandará apurar o motivo de o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) não ter determinado o pagamento das aposentadorias e do seguro saúde a partir da última quarta-feira (5), quando os bancos abriram em regime de meio expediente. Por determinação do INSS, os pagamentos do benefício a milhares de aposentados e pensionistas, incluindo para quem recebe um salário mínimo, só começaram a ser depositados na última quinta-feira (6) em um calendário que se estenderá até o dia 12 de março.

"Na verdade, isso (o pagamento do benefício) teria de ser retomado na própria quarta. Isso ai tem de ser apurado e eu vou mandar apurar. Se foi para fazer caixa para o governo? Acredito que da parte do INSS, não. Agora, houve realmente um hiato na quarta-feira", afirmou o ministro. Por regra, os benefícios do INSS são pagos no primeiro dia útil de cada mês. No caso de março, quarta-feira, dia 5.

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Subordinado ao ministros, o presidente do INSS, Lindolfo Neto de Oliveira Sales, disse que a decisão de adiar o pagamento se deveu ao baixo movimento bancário em dias de meio expediente, como na Quarta-Feira de Cinzas. "É um volume grande de dinheiro que a gente manda para os bancos e que fica lá depositado. Nesse sentido, é melhor o governo ganhar (ficando com o dinheiro até o próximo dia útil) do que os bancos", disse, acrescentando que cabe ao Banco Central definir "essa rentabilidade do dinheiro do governo."

Não é a primeira vez que o governo toma a decisão de prorrogar o pagamento dos benefícios do INSS em dia de meio expediente bancário. Neste ano, contudo, a medida atingiu beneficiários de dez grupos, incluindo aposentados que recebem um salário mínimo. Em 2008, quando o feriado também foi na primeira semana do mês, o governo também optou por fazer os pagamentos um dia após a Quarta-Feira de Cinzas, atingindo sete grupos de beneficiários.

O diretor de benefícios da Caixa, Benedito Adalberto Brunca, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo, que a decisão de não pagar benefícios aos aposentados em dias de meio expediente bancário atende a um pedido dos bancos e que o governo não considerou mudar essa "regra" mesmo com o feriado neste ano caindo no início do mês, o que atingiria mais pessoas.

Segundo Brunca, os bancos justificam que o volume de recursos é muito grande para ser disponibilizado em 43 mil postos bancários em todo país em dia de meio expediente. No total, 17 instituições financeiras são contratados pelo INSS para fazer os pagamentos aos beneficiários. Os contratos são firmados a cada cinco anos e não há previsão, conforme o diretor, de mudança dessa "regra".

"Pode ser até que não seja uma explicação pouco convincente, mas é essa a que temos. Reconheço que tem consequência na vida das pessoas, com certeza, que tem esperar mais um dia para receber o salário. Mas o calendário é esse. Já estava previsto. Estava todo mundo sabendo com antecedência que o pagamento seria assim", afirmou o presidente do INSS.

Os benefícios do INSS atendem 31,2 milhões de pessoas. A folha de fevereiro, com valores pagos aos beneficiários em março, custou R$ 28,9 bilhões aos cofres públicos. O INSS não tinha disponível neste domingo, 9, quantas pessoas só começaram a receber suas aposentadorias ou seguro saúde a partir da quinta-feira, 6, nem o montante pago nessa etapa do calendário.

Portaria publicada hoje no Diário Oficial da União que reajusta em 6,08% as aposentadorias com valores acima do salário mínimo. O valor corresponde à inflação de 2011. De acordo com a portaria do Ministério da Previdência Social, a partir de 1º de janeiro o piso dos benefícios será de R$ 622, correspondente ao salário mínimo, que aumentou 14,1% este ano.

A Previdência divulgou também a tabela de contribuição dos trabalhadores empregados, domésticos e trabalhadores avulsos. A alíquota será de 8% para quem ganha até R$ 1.174,86, de 9% para a faixa até R$ 1.958,10 e de 11% para quem recebe entre R$ 1.958,11 e R$ 3.916,20.

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Essa tabela deverá ser observada para recolhimentos em fevereiro, referentes a janeiro. Para os recolhimentos de janeiro, referentes a dezembro, vale a tabela de 2011.

As aposentadorias com valor acima do salário mínimo terão reajuste de 6,08% retroativo a 1º de janeiro, informou ontem o Ministério da Previdência Social. Já o piso dos benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) será de R$ 622, novo valor do salário mínimo, reajustado em 14,1% a partir de 1º de janeiro. No total, esses reajustes deverão elevar a despesa da Previdência Social em R$ 22,4 bilhões em 2012.

Os novos valores deverão ser formalizados na semana que vem, com a publicação de portaria no Diário Oficial. Segundo a Previdência, o aumento do salário mínimo beneficiará 19,2 milhões de pessoas e representará um acréscimo na despesa do governo de R$ 14,8 bilhões.O reajuste também será pago aos inscritos na Lei Orgânica de Assistência Social (Loas), que atende a idosos e portadores de deficiência. Também recebem o mínimo os beneficiados pela Renda Mensal Vitalícia e as vítimas da hemodiálise em Caruaru (PE).

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Os segurados que recebem benefício com valor acima do salário mínimo terão um reajuste de 6,08%, correspondente à inflação de 2011. O governo não atendeu às pressões no Congresso Nacional para conceder a esses beneficiários um aumento correspondente a 80% do reajuste do salário mínimo. Para esse segmento, o gasto adicional este ano corresponderá a R$ 7,6 bilhões.

A Previdência divulgou também a nova tabela de contribuição dos trabalhadores empregados, domésticos e trabalhadores avulsos. A alíquota será de 8% para quem ganha até R$ 1.174,86, de 9% para a faixa até R$ 1.958,10 e de 11% para quem recebe entre R$ 1.958,11 e R$ 3.916,20. Essa tabela deverá ser observada para recolhimentos feitos no mês de fevereiro, referentes ao mês de janeiro. Para os recolhimentos feitos em janeiro, referentes a dezembro, ainda vale a tabela que vigorou no ano passado.

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