Tópicos | ato médico

Ao enviar um novo projeto alterando a Lei 12.842, que dispõe sobre o exercício da medicina, o governo resgata algumas atividades privativas do médico. Com isso, a administração federal espera encerrar a discussão no Congresso em torno dos vetos ao projeto do Ato Médico. Pelo texto da proposta, encaminhada nesta terça-feira, 20, ao Legislativo, o Poder Executivo restabelece como atividade exclusiva do médico a "formulação de diagnóstico nosológico (referente ao estudo das moléstias) e a respectiva prescrição terapêutica, ressalvados os diagnósticos e prescrições terapêuticas realizadas segundo protocolos e diretrizes clínicas do SUS (Sistema Único de Saúde)".

O Executivo está preocupado com que a limitação excessiva da lei prejudique a população. Desta forma, fica a aberta a possibilidade de outros profissionais realizarem diagnósticos e prescrições terapêuticas "em situações limitadas e específicas, nos termos previstos em protocolos e diretrizes clínicas do SUS".

##RECOMENDA##

"Esses protocolos são usados em todo o sistema de saúde, não apenas no sistema público", justificou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. De acordo com a exposição de motivos ao novo projeto, há práticas que são intrínsecas ao exercício da medicina. No texto original da lei, que foi vetado, no entanto, essas práticas estavam limitadas como privativas do profissional médico, sem ressalvas.

"O que se mostrava incompatível com a realidade do trabalho multiprofissional em saúde presente hoje tanto no serviço público quanto no privado", diz o texto da justificativa. "Esses protocolos (usados no sistema de saúde) garantem, por exemplo, que uma fonoaudióloga possa fazer o diagnóstico e indicar um tratamento para uma criança sem precisar da autorização de um médico", afirmou Padilha.

Outro exemplo dado por ele foi o protocolo que define as ações para o controle de malária. "Hoje, existem enfermeiros, técnicos em enfermagem, agentes de saúde para identificar os sintomas, pedir os exames e iniciar o tratamento antes de o resultado sair. Isso não poderia ser feito", justificou. Padilha lembrou ainda da acupuntura, que, pelo texto original da lei, vetado pela presidente Dilma Rousseff, só poderia ser feita se houvesse a indicação de um médico. Segundo o ministro da Saúde, o projeto de lei enviado nesta terça-feira ao Parlamento "ressalva o papel conjunto das profissões para que possam atuar harmoniosamente".

Pelo novo texto proposto, os procedimentos invasivos de punção, aspiração, instilação, drenagem e insuflação poderão ser realizados por profissionais de saúde, "notoriamente os enfermeiros, quando previstos em protocolos e diretrizes clínicas do SUS". "Ao mesmo tempo em que deve ser estabelecido o diagnóstico nosológico, respectiva prescrição terapêutica e a realização de procedimentos invasivos como atividades nucleares e privativas do exercício da medicina, é preciso também que o texto possua normatividade capaz de contemplar a realidade atual e de inovações futuras do trabalho multiprofissional em saúde, sob pena de se instalar insegurança jurídica tal que inviabilize a realização de várias práticas de profissionais não médicos tanto no setor público quanto privado, com evidente risco à saúde da população", diz Padilha na exposição de motivos da proposta.

[@#galeria#@]

ARACAJU (SE) - Médicos das redes pública e privada voltam a paralisar as atividades nesta terça-feira (20) e quarta-feira (21). O intuito da mobilização é esclarecer à população sobre o que é o Ato Médico através de uma cartilha que estão sendo distribuídas no centro da capital, além de protestar contra os vetos do Ato cuja votação acontece hoje no Congresso Nacional. Para isso, profissionais da medicina de diversos Estados estão reunidos para acompanhar o voto dos respectivos parlamentares de suas localidades. 

##RECOMENDA##

Ao todo, foram formadas duas comissões - uma de 30 médicos sergipanos que participarão do ato em Brasília -, enquanto outros manifestantes realizam atos no Centro da capital. Durante os dois dias de paralisação, somente funcionarão os serviços de urgência e emergência com uma contingência de 30% dos médicos.

“Vamos distribuir as cartilhas para mostra a sociedade o que é o Ato Médico, pois dizem e discutem muito sobre as funções dos médicos, mas é preciso saber o que está se passando. A paralisação será para mostrar à sociedade no que desencadeará a aprovação dos vetos da presidente ao Ato, pois pareceres jurídicos demonstram que, se mantidos os vetos, se descaracterizará o exercício legal da medicina, pois o diagnóstico e prescrição não estarão restritos ao profissional da medicina. Com os vetos já não existirá o exercício legal da profissão e, consequentemente, não haverá crime”, explica a assessora do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed), Mércia Oliva.  

Ainda segundo a assessora, amanhã (22), o Movimento Médico também será marcado por um ato dos estudantes de Medicina contra o ato Médico e a Medida Provisória 621, que institui o programa Mais Médico. “Amanhã estaremos distribuindo a cartilha novamente no centro da cidade com ajuda dos estudantes. Essa luta é com os médicos de todos os Estados, que também participam em suas unidades federativas conscientizar a população”, conclui.

Houve confusão na tarde desta terça-feira, 20, no principal acesso à Câmara e ao Senado. A Polícia Militar (PM) do Distrito Federal fechou o acesso à Chapelaria e jogou gás de pimenta em centenas de manifestantes que faziam protestos em relação à apreciação dos vetos presidenciais relacionados ao projeto do Ato Médico.

Há grupos que pedem a manutenção dos vetos e os que defendem a derrubada. Os manifestantes conseguiram entrar no prédio do Parlamento e seguiram para o Salão Verde, espaço que antecede o plenário da Câmara. A PM, neste momento, cerca o Congresso, impedindo a entrada de mais manifestantes.

##RECOMENDA##

A apreciação dos vetos presidenciais ao projeto do Ato Médico está, originalmente, programada para esta terça-feira, em sessão conjunta do Congresso. Essas sessões são realizadas no plenário da Câmara. Há minutos, enquanto centenas de manifestantes tentavam entrar no Congresso pela Chapelaria, outro grupo que protestava em relação ao Ato Médico ingressou no Parlamento por meio de outro acesso, localizado no Anexo 2 da Casa.

A Polícia Legislativa não conseguiu impedir o acesso desse outro grupo. Ao chegar ao Salão Verde, os manifestantes se uniram a outro grupo, que protesta a favor da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 300, e que havia chegado ao local ainda pela manhã. Essa PEC estabelece um piso nacional para policiais militares e bombeiros.

Se depender do governo, deputados e senadores vão manter o veto ao Ato Médico, em votação prevista para hoje (20), às 19h. Para acalmar os ânimos de médicos e profissionais de mais 13 categorias da área de saúde – que há vários dias tentam convencer parlamentares com argumentos pró e contra a manutenção dos vetos – o governo decidiu encaminhar ao Congresso Nacional um projeto de lei em regime de urgência com o qual espera pacificar a polêmica em torno da questão.

A proposta apresentada hoje aos líderes da base aliada ao governo e ao presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, garante que o diagnóstico de doenças e a prescrição terapêutica sejam atividades privativas dos médicos, mas assegura a atuação de profissionais de acordo com os protocolos já adotados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

##RECOMENDA##

Segundo Padilha, vários protocolos e programas no SUS, como os adotados na região amazônica e no interior dos estados, têm enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos de laboratório como os primeiros a prestar atendimento e fazer as primeiras condutas. Se os vetos da presidenta Dilma Rousseff à Lei do Ato Médico forem derrubados, tais condutas poderão ser questionadas judicialmente.

O ministro disse que, com a nova proposta, a possibilidade de questionamento acaba. “Aquilo que já tem protocolo, ou que poderá ser feito com protocolos do SUS, que têm papel importante em todas as profissões [da área] de saúde, estará ressalvado, não poderá ter nenhum tipo de questionamento judicial. Isso é importante para regulamentar a Lei da Medicina, sem tirar o papel de um conjunto dos profissionais de saúde que ajudam muito no atendimento”, afirmou.

Além do ministro da Saúde, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, no Congresso para negociar a manutenção dos vetos à Lei do Ato Médico com os líderes da base governista na Câmara e no Senado.

“A presidenta Dilma [Rousseff] encaminhou um projeto de lei com urgência constitucional que corrige as falhas levantadas por parte das categorias, e agora vamos manter o veto. Esta é a orientação do governo”, disse o líder do governo no Senado, José Pimentel (PT-CE).

Segundo o ministro Alexandre Padilha, o projeto foi elaborado com base em entendimentos com os entidades representativas dos profissionais de saúde. O presidente da Federação Nacional dos Médicos, Geraldo Ferreira, no entanto, nega que as entidades tenham sido consultadas e acusa o ministro de usar “o nome delas em vão”. “As três entidades médicas não tiveram qualquer contato ou negociação que modicasse sua pretensão de derrubada dos vetos da presidenta. Os vetos devolvem ao cidadão brasileiro o direito a uma assistência qualificada”, afirmou Ferreira.

Mesmo depois do anúncio do envio da nova proposta ao Congresso, o presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto Luiz d´Avila, insiste na derrubada dos vetos ao Ato Médico. Para ele, a medida vai garantir tratamento qualificado à população. Apesar de acreditar que esta será a decisão do Congresso, d´Avila destacou que, mesmo com os vetos, “os médicos continuam a ser responsáveis pelo diagnóstico de doenças e prescrição de tratamentos”. Os dispositivos apresentados pela presidenta Dilma Rousseff podem ter despertado alguns questionamentos e dúvidas, mas “não implicam ampliação das competências e atribuições das outras 13 categorias da área de saúde”, completou d'Ávila.

A reunião de líderes da base governista no Senado com os ministros da Saúde, Alexandre Padilha; e da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Ideli Salvatti, para discutir a situação dos vetos da presidente Dilma Rousseff ao projeto do Ato Médico terminou nesta terça-feira, 20, com os ministros argumentando que Dilma já enviou ao Congresso um projeto de lei que atende às reivindicações dos médicos. Diante disso, Padilha e Ideli defenderam que os vetos sejam mantidos, proposta que foi bem recebida pelos senadores aliados.

A Lei 12.842, disciplina o exercício da medicina no País e foi sancionada pela presidente em 10 de julho, com vetos. A norma determina que são privativas dos médicos atividades como indicação e execução da intervenção cirúrgica, execução de sedação profunda, e a indicação da execução e execução de procedimentos invasivos, como biópsias e endoscopias, por exemplo. O projeto que deu origem à lei tramitou por quase 11 anos no Congresso Nacional e foi tema de 27 audiências públicas.

##RECOMENDA##

Na mensagem nº 287, de 10 de julho, a presidente Dilma Rousseff citou os motivos que a levaram a vetar pontos do projeto, por contrariedade ao interesse público. A mensagem destacou que foram consultados os ministérios da Saúde, do Planejamento, Orçamento e Gestão, da Fazenda e a Secretaria-Geral da Presidência da República.

Os vetos presidenciais ao projeto do Ato Médico devem ser apreciados nesta terça-feira à noite pelo Congresso. Os aliados do governo no Senado comprometeram-se a trabalhar para manter os vetos. A reunião de Ideli e Padilha com os líderes, encerrada no início da tarde, ocorreu no gabinete do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), líder do governo na casa.

Hoje o Congresso não deverá apreciar outra questão polêmica, que é o veto de Dilma à extinção do adicional de 10% na multa trabalhista rescisória do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), pois o tema não está trancando a pauta de votação.

Os Conselhos de Saúde realizarão nesta quarta-feira (7) uma manifestação pela manutenção dos vetos ao Ato Médico que tramita no Congresso Nacional. A ação pública está marcada para as 15h em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) e acontecerá em consonância com outros protestos previstos em todo o Brasil.

No próximo dia 20 de agosto o Congresso Nacional irá votar a manutenção ou a derrubada dos vetos da Presidência da República referente à Lei n° 12.842, chamada Ato Médico. O projeto de lei visa atualizar o instrumento legal de atuação da Medicina. Para os Conselhos de Saúde o texto retira na prática, parte da autonomia de outras profissionais da Saúde como fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, psicólogos, fonoaudiólogos, entre outros. 

##RECOMENDA##

O objetivo da ação organizada pela Frente dos Conselhos Profissionais da Área da Saúde (FCPAS) em frente à Assembleia Legislativa de cada estado é de alertar os senadores e os deputados federais sobre a importância da manutenção dos vetos. 

Além da Alepe, o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 1ª Região promete levar milhares de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais para as Assembleias Legislativas de quatro estados da sua circunscrição (Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte). As manifestações serão pacíficas e não pretendem causar transtornos ao trânsito. Antes do veto presidencial houve protestos em Recife contra a proposta.

 

 

 

 

Entidades de outras classes de profissionais da saúde comemoraram os vetos feitos pela presidente Dilma Rousseff a alguns artigos da lei do Ato Médico. O principal ponto vetado dizia que a formulação de diagnósticos e a respectiva prescrição terapêutica seriam atividades privativas dos médicos.

O principal argumento da presidente para vetar este item da lei foi que, da forma como estava redigido, ele impediria a continuidade de programas do Sistema Único de Saúde, que funcionam com atuação integrada dos profissionais de saúde. "O SUS prevê protocolos em que enfermeiros fazem diagnóstico de hanseníase, malária, doenças sexualmente transmissíveis, problemas da saúde da criança e da mulher. No interiorzão, quem faz diagnóstico de malária não é o médico nem o enfermeiro, é o agente de saúde da cidade, que foi treinado para isso", diz Amaury Ângelo Gonzaga, conselheiro do Conselho Federal de Enfermagem.

##RECOMENDA##

Para Humberto Verona, presidente do Conselho Federal de Psicologia, o principal ponto vetado é o que falava dos diagnósticos. "Os psicólogos são capazes de identificar os sintomas e sinais de uma depressão para fazer o diagnóstico e, consequentemente, fazer a indicação terapêutica e o encaminhamento para o médico quando for necessário. Da forma como a lei estava, essa atividade estaria comprometida e poderíamos ser processados por exercício ilegal da medicina", diz.

Reginaldo Bonatti, presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional de São Paulo, diz que "com esses vetos, a presidente Dilma cumpriu com os princípios fundamentais do SUS, mantendo a autonomia dos profissionais." Como exemplo de atividade do fisioterapeuta que poderia ficar comprometida, estava o diagnóstico e tratamento de problemas de coluna. "A maioria dos problemas de coluna é resolvida no consultório do fisioterapeuta sem precisar sobrecarregar o serviço de saúde para agendar uma consulta."

Rui César Cordeiro, que é médico e vice-presidente da Associação Brasileira de Acupuntura, também elogia os vetos, especialmente no trecho em que havia dúvidas sobre a aplicação da acupuntura - a lei previa que qualquer procedimento com invasão de pele, mesmo sendo em tecido subcutâneo, seria atividade privativa dos médicos. Esse trecho foi vetado, sendo mantido apenas o que falava da invasão dos orifícios naturais, atingindo órgãos. "A abrangência da acupuntura é muito maior do que na clínica médica. Ela tem indicações na odontologia, na fisioterapia, na psicologia. Seria um crime limitar essa atividade aos médicos", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, rebateu no fim da noite desta quinta-feira as críticas feitas pelo presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto D'Avila, aos vetos à Lei do Ato Médico. "Eu, como ministro da Saúde, tenho que agir pensando na saúde do povo brasileiro, antes de qualquer coisa", disse.

Padilha argumentou que os trechos da lei vetados proibiam, por exemplo, que um nutricionista ou um psicólogo prescrevesse uma terapia, algo que poderia trazer sérios prejuízos para população e que certamente provocaria uma corrida de ações na Justiça.

##RECOMENDA##

O ministro disse ainda que as limitações prejudicariam a atuação de outras categorias profissionais da área de saúde em programas do governo, como o de combate à malária.

"No início dos anos 2000, foi graças a participação de enfermeiros, técnicos de enfermagem, bioquímicos na identificação de pacientes infectados que conseguimos reduzir de forma significativa a malária na região Amazônica", completou. "Além disso, nós, médicos temos de ter a humildade de reconhecer que a acupuntura foi criada antes da Medicina. E que muitas categorias profissionais já executavam essa terapia antes de ela ser reconhecida como uma especialidade médica."

A restrição, nesse caso, poderia afetar tanto a rede pública quanto a particular. "Hoje serviços de excelência em alguns hospitais, no tratamento paliativo, encontramos outras categorias profissionais, da área de saúde, indicando o tratamento. E são todas experiências bem sucedidas."

Padilha afirmou que o veto foi determinado para retirar do texto pontos que não estavam claros e que poderiam prejudicar a atividade de outras categorias profissionais. Mas acrescentou que a intenção do governo é preparar um projeto de lei, ouvindo representantes de várias profissões, para detalhar o que é atividade médica, o que são serviços médicos. "Mas é preciso lembrar que o texto agora sancionado traz uma série de avanços, como a necessidade de a perícia médica ser feita apenas por médicos."

O médico cardiologista e presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto Luiz d'Avila, classificou nesta quinta-feira como "traição" os vetos da presidente Dilma Rousseff ao Ato Médico, que define o exercício profissional no País. D'Avila afirmou que o texto, depois dos vetos, ficou "totalmente desfigurado", jogando por terra 11 anos de discussão no Congresso.

"A presidente foi muito mal assessorada. Houve incompetência de seu assessor para a área de saúde." Indagado sobre a quem ele se referia, D'Avila apenas afirmou: "Só há um e ele é médico". O médico cardiologista e presidente do CFM afirmou haver uma crise com o governo, com o Ministério da Saúde. "Há uma descrença, houve quebra de confiança." D'Avila descartou a possibilidade de greve, mas disse que na próxima semana uma reunião será realizada para definir a saída das representações médicas das comissões e grupos de trabalho que atuam no ministério.

##RECOMENDA##

Cerca de 70 profissionais da área de saúde se reuniram na Praça do Derby, área central do Recife, nesta sexta-feira (28), com o intuito de protestar contra o Projeto de Lei do Ato Médico, aprovado pelo Senado no último dia 18 de junho. A lei determina que apenas os médicos possam diagnosticar doenças e prescrever tratamentos. O protesto foi pacífico e as pessoas só ocupavam a Avenida Agamenon Magalhães, com cartazes e faixas, quando o sinal ficava vermelho. 

Segundo o Fisioterapeuta e Presidente do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito 1), Silano Barros, 39 anos, ninguém é contra a regulamentação da Medicina, mas não aprovam o detrimento de todas as outras categorias da saúde. “Imagina como ficará complicada a vida do cidadão que precisará de cuidados específicos. Por exemplo, uma pessoa com um problema na perna vai ter que ir ao médico para ele avaliar, fornecer o diagnostico e a partir daí enviar uma prescrição para um fisioterapeuta”, contou. “Só que apenas um fisioterapeuta poderá saber o que realmente a pessoa tem, já que estudou para isso”, explicou. 

##RECOMENDA##

Ainda de acordo com Silano, o ato desta sexta foi nacional e até o próximo dia 12 de julho, data limite para a Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, vetar a lei, outras manifestações vão acontecer. Uma das representantes do Conselho Federal de Fonodiologia, Ana Cristina Montenegro, afirma que tanto senadores como deputados não aprovam essa lei. “Os senadores e deputados foram a favor do ato médico e hoje apelamos para que Dilma vete”, enfatizou. “Se a Dilma não vetar a lei, vai acontecer um inchaço na saúde do país, já que tudo que acontecer vai ter que passar por um profissional de medicina antes. Se for aprovado, nós não poderemos mais fazer prescrição terapêutica" , desabafou. 

Cerca de 150 pessoas, dividas em três grupos, bloquearam uma das principais vias da cidade nesta sexta-feira (28). As manifestações não tinham nenhuma ligação, mas se misturaram, involuntariamente, interditando a Avenida Agamenon Magalhães nos dois sentidos.

Todas as manifestações foram marcadas nas redes sociais e tomaram as ruas na tarde desta sexta. Os ativistas que participaram do protesto que pede a não aprovação do projeto da Cura Gay, também gritam pela saída do Pastor Marcos Feliciano da presidência da Comissão de Direitos Humanos da câmara de deputados e da vereadora Michele Collins da presidência da Comissão de Direitos Humanos da câmara de vereadores do Recife. Além disso, exclamam pela não aprovação do projeto de lei que criminaliza a homofobia e por fim, a garantia da laicidade do Brasil. 

##RECOMENDA##

“Essa manifestação quer derrubar os que querem impor uma determinada visão religiosa para toda a sociedade”, contou o professor de filosofia da Universidade Federal de Pernambuco, Tarik Prata. Há poucos instantes as vias foram liberadas, mas o congestionamento do local continua intenso. 

[@#video#@]

Profissionais da área de saúde realizam na tarde desta sexta-feira (28) um protesto que tem concentração na Praça do Derby, área central do Recife, e saída prevista às 16h. As passeatas devem ser ocorrer simultaneamente em várias cidades brasileiras.

Os manifestantes são contra a aprovação do Projeto de Lei do Ato Médico, aprovado pelo Senado no último dia 18 de junho. O movimento foi marcado pelas redes sociais é promovido por Conselhos, Associações e Sindicatos de profissionais da área de Saúde (exceto Medicina), como psicólogos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais. 

##RECOMENDA##

 

O Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) decidiu fazer uma manifestação depois do anúncio da presidente Dilma Rousseff na noite dessa sexta-feira (21). Já na próxima terça-feira (25), os médicos que cuidam dos ambulatórios e da Saúde da Família das unidades municipais, estaduais e federais vão parar.

Segundo Mario Jorge, presidente do sindicato, o pronunciamento da presidente ultrapassou a negociação entre Ministério da Saúde e entidades médicas para validar os profissionais que são de outro país. "As entidades não são contra a vinda de médicos formados no Exterior, desde que realize a prova de revalidação de diplomas desses profissionais formados no exterior - o chamado Revalida Sim! - para fazerem um atendimento de qualidade. O médico brasileiro que quiser trabalhar em outro país deve ser aprovado em rigorosos exames", explicou.

##RECOMENDA##

O grupo que realiza o conselho é formado pelo Ministério da Saúde, Conselho Federal de Medicina (CFM), Federação Nacional dos Médicos (CFM) e Associação Médica Brasileira (AMB). Segundo ele, o principal problema atual não é a quantidade de profissionais de medicina, mas a falta de organização para distribuir os médicos de forma que atenda todas as cidades. A indicação do sindicato é a realização de concurso público nos municípios para fixar esses profissionais.

O que vai parar - De todos os serviços, apenas as urgências e emergências serão realizadas nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e nos hospitais. Às 14h do mesmo dia, o Simepe vai realizar uma assembleia no Memorial de Medicina, que fica no bairro do Derby, no centro do Recife, para discutir as próximas ações da mobilização.

Com informações da assessoria.

Um grupo de cerca de 300 pessoas protesta, na noite desta sexta-feira, em frente ao Palácio do Planalto, contra a aprovação do projeto de lei do "Ato Médico". A estimativa de pessoas presentes nessa manifestação é da Polícia Militar.

O Senado aprovou esta semana uma proposta que será encaminhada à sanção presidencial que dispõe sobre ações privativas dos médicos, excluindo outros profissionais da área da saúde. A maioria dos manifestantes sentou-se em frente ao Palácio, na Praça dos Três Poderes, gritando palavras de ordem e pedindo veto à proposta.

##RECOMENDA##

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou nesta quarta-feira que o governo vai "analisar com muito detalhe" o texto do projeto de lei do Ato Médico, aprovado nesta terça-feira, 19, no Senado. Ele argumentou que a proposta sofreu uma série de mudanças ao longo da tramitação. "É importante valorizar a profissão médica, é importante garantir a proteção para pacientes, mas é muito importante manter o conceito de equipes multiprofissionais", completou.

O texto, aprovado depois de 11 anos de tramitação, reserva aos médicos a atribuição para diagnóstico e prescrição de terapias, regra que pode trazer uma série de problemas para o atendimento na rede pública de saúde, sobretudo nos casos das doenças negligenciadas. Um dos alicerces da assistência é o atendimento por equipes. "Todos nós, inclusive nós médicos aprendemos sobre a importância de uma equipe", completou o ministro. O texto agora terá de ser submetido à sanção da presidente Dilma Rousseff.

##RECOMENDA##

Se a regra for aprovada sem mudanças, alguns protocolos de assistência à saúde, que atualmente contam com participação importante de enfermeiras, por exemplo, terão de ser alterados. "Eu defendo que todos os protocolos observem e sejam submetidos às regras previstas em lei. Ou seja, se a Lei do Ato Médico estabelece que diagnósticos e prescrições são prerrogativas do médico cabe ao Estado assegurar as condições", disse o presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto D'Ávila.

O texto que passou pelo Senado indica como atividades exclusivas dos médicos cirurgias, aplicação de anestesia geral, emissão de laudos em exames de endoscopia e imagem, exames para diagnóstico de doenças ou para avaliar a evolução de tumores. Os exames citopatológicos, a coleta de material para análises clínicas, poderão ser feitos por outros profissionais além dos médicos.

D'Avila afirmou que anestesia local pode ser feita por outras classes profissionais. O parto também não é exclusividade do médico. Enfermeiros podem realizá-lo, desde que não haja complicações. "Não vamos criar conflito. Nem promover uma caça às bruxas", afirmou ele, quando questionado sobre a eventual sanção, sem vetos, do projeto pela presidente. De acordo com ele, depois da sanção, o CFM quer chamar integrantes de outras classes profissionais para discutir eventuais dúvidas e fazer acordos. "Mas o texto deixa claro: cada um no seu quadrado."

Questionado sobre a acupuntura, D'Avila afirmou que profissionais de outras classes terão de atuar de acordo com as suas atribuições. "Isso não está na lei. Qualquer análise agora tem de ser feita de acordo com as decisões da Justiça". Segundo ele, por enquanto, está certo apenas que psicólogos não podem realizar o tratamento, pois já há manifestação do Supremo Tribunal Federal sobre o assunto. Quanto à tatuagem, ele afirmou: "É claro que está permitido para qualquer um. Nunca pensamos nisso."

Representantes de sindicatos, conselhos e profissionais de saúde de todo o Brasil se mobilizaram, na manhã desta quarta-feira (29), para reivindicar a Lei 7703/06 do Ato Médico, que define quais são as atividades exclusivas dos médicos, que só podem ser realizadas por eles ou com sua autorização.

No Recife, a manifestação ocorreu em frente ao Hospital da Restauração (HR), onde os manifestantes expuseram faixas, cartazes e realizaram panfletagem, chamando a atenção dos carros e pedestres que passavam pela Av. Agamenon Magalhães - umas das principais avenidas da cidade do Recife.

##RECOMENDA##

A Lei, que trata do tema, foi aprovada em 8 de fevereiro de 2012 pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal e encontra em tramitação para ser aprovada pela presidente Dilma Roussef. "Há pessoas em Brasília alertando os políticos para fazerem uma outra leitura do projeto, que não apresenta a visão de uma equipe multidiscplinar", declarou a conselheira Valderlene Guimarães Santos do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 1ª Região (CREFITO I).Para os profissionais de saúde, de uma maneira geral, o Ato Médico restringe os direitos de participação e acesso aos serviços integrais e equitativos do SUS, limitando a saúde por meio de uma lei que favorece apenas a classe médica.

Uma das categorias mais afetadas são os enfermeiros, técnicos e auxiliares, que representam 60% da força de trabalho na área de saúde. O Ato Médico retira desses profissionais a autonomia de diagnosticar doenças e prescrever medicações, o que prejudica o atendimento dos pacientes, que deixarão de ter assitência direta desses profissionais, além de comprometer a eficácia de programas de prevenção como o Saúde da Família, cuja maioria da equipe é formada por enfermeiros.

O projeto está em tramitação no Congresso há dez anos e permanece com a polêmica em relação ao caráter antidemocrático que determina atividades privativas dos médicos."O ato médico era completamente radical. Ele já sofreu reformulações positivas, mas ainda fere a autonomia dos profissionais", declarou Denise Menezes, coordenadora do Fórum dos Conselhos de Profissionais de Saúde de Pernambuco.

Para entender a mobilização contra o Ato Médico, acesse o site http://www.atomediconao.com.br/



        

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando