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Deputados e senadores analisam nesta quinta-feira (9), em sessão conjunta do Congresso Nacional, projetos de lei e vetos presidenciais, entre eles ao PL 2.903/2023 sobre o marco temporal para demarcação de terras indígenas. A pauta conta com 40 itens (33 vetos e 7 projetos de lei). A sessão está marcada para começar às 10h.

Ao sancionar a Lei 14.701 de 2023, que trata de reconhecimento, demarcação, uso e gestão de terras indígenas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou dispositivo que estabelecia que os povos indígenas só teriam direito às terras que ocupavam ou reivindicavam em 5 de outubro de 1988, data da promulgação da atual Constituição Federal.

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Conhecida como marco temporal, a proposta teve origem em projeto de lei (PL 2.903/2023) apresentado pelo ex-deputado Homero Pereira (MT) e aprovado pelo Senado em setembro, sob relatoria do senador Marcos Rogério (PL-RO).

Entre as justificativas do veto ao marco temporal, o presidente argumenta que a iniciativa do Legislativo contraria o interesse público e incorre em vício de inconstitucionalidade “por usurpar direitos originários” já previstos na Constituição.

Ele ainda lembra que a tese do marco temporal também já foi rejeitada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) — decisão que, segundo a Presidência da República, possui repercussão geral.

Julgamento

Em 27 de setembro deste ano, o STF fixou a tese de repercussão geral no Recurso Extraordinário (RE) 1017365, em que a corte rejeitou a possibilidade de adotar a data da promulgação da Constituição como marco temporal para definir o direito à ocupação tradicional da terra pelas comunidades indígenas.

Além de rejeitar a definição do período para a demarcação de novos territórios indígenas, o presidente vetou a exploração econômica das terras indígenas, inclusive em cooperação ou com contratação de não indígenas. Ele também rejeitou trecho que garante que “não haverá qualquer limitação de uso e gozo aos não indígenas que exerçam posse sobre a área, garantida a sua permanência na área objeto de demarcação”.

Cada veto presidencial pode ser rejeitado, no total ou em parte, durante a sessão. Para isso, é preciso obter maioria absoluta de votos, ou seja, pelo menos 257 votos de deputados e 41 votos de senadores. Caso não alcance essa votação, o veto é mantido.

Créditos

A pauta do Congresso também conta com projetos de lei que abrem créditos adicionais para o Orçamento federal deste ano (PLNs). Entre eles, o PLN 21/23, que destina R$ 393 milhões para a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás). 

*Da Agência Senado

O Congresso Nacional tem 25 vetos presidenciais trancando a pauta de votações. O mais antigo é o VET 46/21 sobre criminalização do envio de notícias falsas capazes de comprometer a higidez do processo eleitoral. O veto foi aposto ao PL 2462/91, que originou a Lei 14.197/21.

O trecho vetado previa até cinco anos de reclusão para quem cometesse o crime de “comunicação enganosa em massa” — definido como a promoção ou o financiamento de campanha ou iniciativa para disseminar fatos inverídicos e que fossem capazes de comprometer o processo eleitoral.

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Também foi vetado o trecho que aumentava a pena para militares envolvidos em crimes contra o Estado democrático de direito.

Para derrubar um veto, são necessários os votos contrários de 257 deputados e de 41 senadores, no mínimo.

Mulheres

O veto mais recente é o VET 52/22 aposto à Medida Provisória 1116/21, aprovada pela Câmara dos Deputados em agosto, e que prevê regras mais flexíveis de trabalho e férias para as mulheres, além de medidas de apoio à volta ao trabalho após a licença-maternidade.

Foi vetado o trecho da MP que previa a possibilidade de formalizar as medidas por meio de acordo individual com os empregados “quando mais vantajosas à empregada ou empregado”, ficando autorizada apenas a formalização por acordo coletivo ou convenção coletiva de trabalho.

Ainda não há sessão do Congresso marcada para votar os vetos.

*Da Agência Câmara de Notícias

O Congresso Nacional faz sessão conjunta nesta quinta-feira (5) para analisar 16 vetos presidenciais. O início da sessão está marcado para as 10h. Entre os dispositivos a serem votados pelos congressistas, está o veto parcial (VET 36/2021) ao projeto de lei de conversão que modificou a MP de privatização da Eletrobras (MP 1.031/2021). O texto foi aprovado pelo Senado em junho do ano passado e transformado na Lei 14.182, de 2021. 

Entre os artigos vetados pelo presidente Jair Bolsonaro, está a possibilidade de empregados demitidos após a privatização adquirirem ações da empresa com desconto. Na justificativa, ele argumentou que as vendas de ações dessa forma tipificam conduta ilegal de distorção de práticas de mercado. 

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Ele ainda vetou a permissão para que funcionários demitidos da Eletrobras até um ano após a privatização sejam realocados em outras empresas públicas. Para ele, nesse caso esse tipo de prática viola a Constituição em relação ao acesso a emprego público por concurso. 

Saúde 

Constam na pauta ainda dispositivos relacionados à área da saúde. Senadores e deputados devem apreciar o veto total (VET 33/2021) ao projeto, do senador Paulo Paim (PT-RS), que prevê a inclusão do lúpus e da epilepsia na lista de doenças com benefícios da Previdência Social (PLS 293/2009). 

 Outro veto atinge uma proposta também de autoria de Paim — o PL 12/2021, que permite a quebra temporária de patentes para a produção de vacinas e medicamentos contra a covid-19. O texto foi transformado na Lei 14.200, de 2021, mas foi vetado parcialmente por Bolsonaro (VET 48/2021). Entre os cinco  dispositivos vetados, está o trecho que definia que a licença compulsória poderia ser concedida em lei.   

Violência contra mulher

Também pode ser analisado pelos congressistas o Veto 62/2021, que cancelou trechos do substitutivo ao PLS 8/2016, aprovado pelo Senado em setembro do ano passado e transformado na Lei 14.232, de 2021. O texto, que foi relatado pelo senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), institui a Política Nacional de Informações Estatísticas Relacionadas à Violência contra a Mulher (Pnainfo). A norma prevê a criação de um registro nacional unificado de dados sobre violência contra a mulher.  Bolsonaro vetou a mudança da definição de violência contra mulher de "ato ou conduta baseados no gênero" para "ato ou conduta praticados por razões da condição de sexo feminino". 

O projeto também previa que a Pnainfo contaria com um comitê integrado por representantes dos três Poderes que acompanharia a implantação da política, com coordenação de um órgão do Executivo federal.  Para a rejeição de um veto é necessária a maioria absoluta de votos, ou seja, pelo menos 257 votos de deputados e 41 votos de senadores. 

*Da Agência Senado

O Congresso Nacional iniciou na manhã desta segunda-feira (27) sessão semipresencial para análise de vetos presidenciais e de projetos de lei. 

A sessão é dividida em três etapas: para deputados, pela manhã; às 16h, para senadores; e às 19h, novamente para deputados. A terceira sessão servirá para que a Câmara delibere sobre vetos a projetos iniciados no Senado.   

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A pauta inclui 36 vetos, entre eles o veto total (VET 49/2021) do presidente da República, Jair Bolsonaro, ao projeto de lei que institui as federações partidárias (PLS 477/2015).  Na primeira votação, após acordo de lideranças, os deputados decidiram manter os vetos 18 (sobre o programa Pró-Leitos), 20 (sobre prorrogação do prazo do IR), 24 (sobre cobrança de pedágio no sistema livre passagem) e 37 (sobre isenção de IPI para carros de pessoas com deficiência). Também foram mantidos os vetos 29 (sobre alíquotas da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional — Condecine), 31 (sobre prazo para registro de imóvel rural na fronteira) e 45 (sobre abertura de empresas). Foram 393 votos a favor, 37 contrários e 3 abstenções. 

Além dos vetos, poderão ser votados três projetos de lei (PLNs) de autoria do Poder Executivo:

PLN 12/2021, que promove várias alterações na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) em vigor (Lei 14.116, de 2020). Parte das medidas abre espaço para criação de um novo programa federal de transferência de renda, em substituição ao Bolsa Família;

PLN 13/2021, que permite a abertura de crédito suplementar para atender a despesas de assistência social no enfrentamento da pandemia de covid-19 a partir de recursos do Auxílio Brasil (MP 1.061/2021), o programa substituto do Bolsa Família. O projeto também permite a suplementação do ressarcimento ao gestor do Fundo Nacional de Desestatização e estende o prazo para a emissão de créditos suplementares.

PLN 15/2021, que abre crédito especial de R$ 2,8 bilhões para reestruturação societária da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). O crédito servirá para privatizar o metrô de Belo Horizonte (MG). O PLN 15/2021 também abre crédito especial de mais R$ 179,4 milhões que remanejam recursos para 11 ministérios.  Fonte: Agência Senado

O Senado adiou, para a próxima semana, a análise dos vetos do presidente Jair Bolsonaro ao pacote anticrime. Os deputados votaram mais cedo para recuperar alguns dispositivos, mas uma medida enfrenta polêmica entre os senadores.

Uma das propostas do pacote, recuperadas na Câmara mas que depende do Senado, é a obrigação de um preso em flagrante ou alvo de prisão provisória ser encaminhado presencialmente à presença de um juiz no prazo de 24 horas, proibindo a realização de videoconferência.

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Tribunais de Justiça acionaram senadores ao longo do dia e alertaram para a inviabilidade de adotar as audiências presenciais, ainda mais durante a pandemia de covid-19 e a orientação por isolamento social.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), tem segurado a pauta do Congresso Nacional e adiado a análise de vetos polêmicos do presidente Jair Bolsonaro há quase um mês. Líderes da Câmara e do Senado pressionam por uma nova sessão de deputados e senadores e articulam novas derrotas para o Palácio do Planalto. A sessão, contudo, depende exclusivamente da vontade de Alcolumbre.

O Congresso Nacional começou a analisar vetos presidenciais no início de agosto, mas deixou alguns para depois, entre eles a desoneração da folha salarial, o novo marco do saneamento básico, a ampliação do auxílio emergencial e o pacote anticrime. Após um novo adiamento, a sessão para votação desses itens ficou para o dia 16. Na fila, 22 vetos estão pendentes de votação. Um deles, o do pacote anticrime, é ainda do ano passado.

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Em agosto, o governo quase perdeu na votação da proposta que permitiria reajuste salarial de servidores públicos até 2021. Temendo uma nova derrota, o Executivo age para adiar uma nova sessão e prometeu apresentar contrapartidas para propor um acordo, o que ainda não ocorreu.

Responsável por convocar a votação, Alcolumbre tem sido apontado por aliados como um "bombeiro" na relação entre o Legislativo e o Palácio do Planalto, ao mesmo tempo, tenta apoio de governistas para sua reeleição no comando da Casa em 2021. Procurado, o presidente do Senado não comentou.

O cenário hoje é de retomada das propostas aprovadas pelo Legislativo. Um veto é derrubado quando há no mínimo 257 votos entre deputados federais e 41 entre senadores. "O Davi (Alcolumbre) não está ajudando o governo, está ajudando o Brasil até se encontrar uma solução mediana para manter o veto da desoneração", afirmou o senador Chico Rodrigues (DEM-RR), vice-líder do governo no Senado.

Nesta terça-feira (8) líderes do Congresso iriam se reunir para discutir a pauta de vetos. A reunião, porém, foi cancelada e substituída por uma entre bancadas do Senado. Alcolumbre foi novamente cobrado para convocar a sessão. "Não podemos mais empurrar com a barriga. Fica parecendo que o Congresso é um puxadinho do Palácio do Planalto", disse o líder do PSL no Senado, Major Olímpio.

Medida

A desoneração beneficia 17 setores da economia, entre eles alguns dos que mais empregam no País (call center, comunicação, tecnologia da informação, transporte, construção civil, têxtil). A medida permite que empresas optem por contribuir para a Previdência Social com um porcentual que varia de 1% a 4,5% sobre a receita bruta em vez de recolher 20% sobre a folha de pagamento.

A lei atual prevê que o benefício da desoneração será concedido até o fim de 2020. O Congresso aprovou a prorrogação até o fim de 2021, mas o presidente Jair Bolsonaro vetou a medida no dia 7 de julho. Ontem, a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) estimou que o aumento da tributação sobre a folha pode eliminar 97 mil postos de trabalho formais no setor até 2025.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A pedido do líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), a reunião de líderes da Câmara e do Senado agendada para esta terça-feira (8) foi cancelada. O encontro foi marcado para discussão de vetos presidenciais pendentes de análise no Congresso, entre eles os do pacote anticrime e o da desoneração da folha de pagamentos.

Ao Broadcast Político, o líder do PSL no Senado, Major Olimpio (SP), disse que um dos motivos para o cancelamento foi a falta de acordo sobre o veto da desoneração da folha de pagamentos. A manutenção do benefício para as empresas até 2021 foi incluída no texto de uma medida provisória pelo Congresso. O governo, no entanto, defende a regra atual, que prevê que a desoneração valerá até o fim deste ano.

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Para o líder da Rede no Senado, Randolfe Rodrigues (AP), o adiamento da discussão é uma ação "coordenada" entre o governo e o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para adiar a análise do veto. "É uma ação do governo, claramente, para tentar empurrar com a barriga, mais uma vez, o veto da desoneração", disse ao Broadcast. Para ele, há maioria para reverter o veto de Bolsonaro.

Nesta segunda, o próprio líder do governo, Eduardo Gomes, reconheceu que o veto deve ser derrubado. Em entrevista à TV GloboNews, Gomes disse que o "Congresso conta com base muito mais sólida para apoiar o governo e as reformas" e que os vetos estão sendo negociados com a oposição. Ainda não há uma nova data para a reunião de líderes.

Pacote anticrime

Também não há acordo em relação aos vetos à lei anticrime, bandeira do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Entre os dispositivos vetados pelo presidente Jair Bolsonaro e que podem ser resgatados pelo Congresso, está o que triplica a pena para crimes contra honra quando são cometidos pela internet.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, iniciou a Ordem do Dia do Congresso Nacional, destinada a analisar vetos presidenciais a projetos de lei.

Dentre os vetos pautados, há acordo entre os partidos e o governo para derrubar o veto a alguns itens do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020. Todas as votações serão pelo painel eletrônico.

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Um dos trechos vetados determinava que a execução das emendas deveria observar as indicações de beneficiários e a ordem de prioridades feitas pelos respectivos autores.

Segundo Alcolumbre, como resultado da reunião de líderes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, o veto a esse item será derrubado. O argumento para o veto é de que essa atribuição dada aos parlamentares é “incompatível com a complexidade operacional do procedimento”.

Na segunda votação sobre a LDO 2020, também ficou acertado entre os partidos a derrubada do veto a seis tipos de despesas que não poderão sofrer limitação de empenho (contingenciamento). São elas:

- ações de pesquisas e desenvolvimento e de transferência de tecnologias vinculadas ao Programa de Pesquisa e Inovações para a Agropecuária;

- despesas com o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT);

- despesas com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa);

- despesas com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz);

- despesas com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea); e

- despesas com a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Critérios para contingenciar

Quanto aos demais dispositivos vetados no projeto da LDO, o acordo foi pela manutenção dos vetos. O texto vetado pela Presidência da República dizia que, caso houvesse necessidade de limitar o empenho e o pagamento das emendas de comissão e do relator-geral, seriam aplicados os mesmos critérios usados para as emendas individuais, ou seja, o corte linear segundo a média do que foi aplicado às programações dos ministérios.

Outro ponto previa prazo de 90 dias para o Poder Executivo empenhar o dinheiro destinado a emendas do relator-geral do Orçamento.

Veto total

Alcolumbre informou ainda que a votação dos vetos totais aos projetos de lei 6588/06 e 8322/14 começarão pelo Senado Federal, pois são de autoria dessa Casa. O primeiro deles permitia a quebra do sigilo de correspondência de presos no caso de investigações. O segundo isenta do imposto sobre importação os equipamentos e componentes de geração elétrica de fonte solar.

Sociedade de garantia solidária

Quanto aos quatro itens vetados no Projeto de Lei Complementar (PLP) 106/11, que autoriza a constituição de sociedade de garantia solidária e de sociedade de contragarantia, Alcolumbre disse que a orientação das lideranças será para a derrubada de dois deles.

O primeiro exige um número mínimo de dez participantes, de preferência de micro e pequenos empresários, com participação máxima individual de 10% do capital social.

O segundo item com orientação pela derrubada do veto especifica que os sócios investidores, pessoas físicas ou jurídicas, entrarão com capital nesse tipo de sociedade com o objetivo exclusivo de obter rendimentos. A participação desses sócios investidores, em conjunto, não poderá passar de 49% do capital social da sociedade de garantia solidária.

Com orientação pela manutenção dos vetos, outros dois itens do mesmo projeto tratam da finalidade social desse tipo de sociedade, que seria exclusivamente para a concessão de garantias pessoais ou reais a seus sócios participantes; e da permissão para a sociedade receber recursos públicos e outros tipos de incentivos estatais para o fomento de sua atividade principal.

*Da Agência Câmara Notícias

 

O Congresso Nacional manteve o veto do presidente Jair Bolsonaro à propaganda partidária. Com isso, os partidos políticos não terão direito a exibir a publicidade semestral das legendas no rádio e na TV.

Durante sessão nesta terça-feira, 3, o Centrão conseguiu rejeitar o veto entre os deputados, mas os votos dos senadores não foram suficientes para retomar o conteúdo da minirreforma eleitoral. A bancada lavajatista no Senado comemorou a manutenção do veto.

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O veto foi rejeitado por 277 votos na Câmara e por 39 no Senado. Para um veto ser derrubado, no entanto, são necessários 41 votos no Senado. Após o resultado, os partidos do Centrão na Câmara entraram em obstrução e derrubaram a sessão sem concluir a análise de outros vetos.

A minirreforma eleitoral garantia o direito a 20 minutos por semestre para inserções nas redes nacionais e estaduais aos partidos que tenham eleito 20 deputados federais ou mais. As emissoras de rádio e de televisão voltariam a ter o direito à compensação fiscal ao ceder o horário para os partidos.

O dispositivo foi vetado pelo Planalto. A equipe econômica argumentou que a proposta aumentava a renúncia fiscal sem contrapartida com outra despesa pública, e sem estimar o impacto financeiro da medida.

O Congresso ainda precisa analisar outros vetos de Bolsonaro à minirreforma eleitoral, entre eles o pagamento de multas e débitos com recursos do fundo partidário.

Câmara

A sessão da Câmara que foi convocada para depois da sessão do Congresso Nacional nesta terça-feira foi cancelada. Segundo o portal da Câmara, a sessão deliberativa desta quarta-feira, 4, está marcada para as 11h.

Um dos projetos que podem ser votados amanhã é o pacote anticrime. Há ainda possibilidade de a proposta que atualiza o novo o marco do saneamento entrar na pauta desta quarta-feira, a depender de conversas e tentativas de negociações sobre o texto.

O Congresso derrubou, nessa quarta-feira (27), sete vetos do presidente Jair Bolsonaro à minirreforma eleitoral, incluindo o que impedia os parlamentares de aumentarem o quanto quisessem o fundo eleitoral, destinado a financiar as campanhas políticas. Com isso, os deputados e senadores poderão definir a cada eleição o valor do fundo público. Para a disputa municipal do ano que vem, dirigentes partidários atuam para que a quantia seja de R$ 4 bilhões. O governo propõe R$ 2,034 bilhões.

Ao retomar parte do texto original da minirreforma, aprovada em setembro, deputados e senadores retiraram os critérios que hoje definem o valor do fundo eleitoral - que agora será discutido a cada eleição. Para 2020, o valor será definido na lei orçamentária anual, que deve ser votada no dia 17 de dezembro, segundo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

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Em 2018, o fundo eleitoral destinou R$ 1,71 bilhão para as campanhas a presidente, governadores, senadores e deputados. Parlamentares, incluindo Alcolumbre, alegam que o valor é insuficiente para financiar as campanhas do ano que vem, que envolvem disputas nos 5.570 municípios do País.

No Congresso, 267 deputados e 49 senadores votaram para retomar a brecha do fundo eleitoral. O próprio governo entrou no acordo para rejeitar o veto presidencial.

Dos que votaram contra a brecha, estão parlamentares de Cidadania, Podemos, PSDB e PSL, além de alguns "desertores" de legendas que apoiaram a retomada da proposta.

O líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP), criticou o "acordão" feito entre os líderes para derrubar o veto. "Foi uma manobra para ludibriar a população e os partidos ficarem com mais dinheiro", disse.

Além de retomar a brecha para aumento do fundo, o Congresso derrubou veto de Bolsonaro ao trecho do projeto que permite aos partidos usarem recursos públicos para pagar passagem de avião a quem não é filiado.

Ao vetar este item, o governo alegou que a proposta "desvirtua o escopo do financiamento público da atuação do partido político", pois abre espaço para gastos que não estejam estritamente ligados aos interesses das legendas.

Apenas um veto presidencial no projeto foi mantido: o que trata sobre prestação de contas dos partidos políticos. O texto aprovado pela Câmara em setembro permitia que as legendas utilizassem qualquer sistema de contabilidade disponível no mercado para enviar os dados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que poderia dificultar a fiscalização e prejudicar a transparência nos dados. Com o veto, eles continuam com a obrigatoriedade de utilizar o sistema próprio da Corte.

Propaganda

Uma nova sessão do Congresso foi marcada para a próxima terça-feira, para analisar os demais vetos de Bolsonaro à minirreforma eleitoral. Na lista, está o que impediu a volta da propaganda partidária em rádio e TV, exibidos em anos em que não há eleição e no primeiro semestre anterior ao da eleição.

O Ministério da Economia estima um impacto de R$ 400 milhões no Orçamento do ano que vem, relativo à compensação fiscal dada à emissoras. Ou seja, as empresas de comunicação deixariam de pagar este valor em imposto em troca de levar ao ar a publicidade dos partidos.

Na época em que a propaganda partidária foi extinta, em 2017, a justificativa dos parlamentares foi de que o valor desta compensação fiscal seria destinado ao fundo eleitoral. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Plenário do Congresso Nacional derrubou seis vetos presidenciais em sessão realizada nesta quarta-feira (27). Entre eles, alguns relacionados a projetos de combate à violência contra as mulheres, que passarão a virar lei.

Os parlamentares também rejeitaram o veto de alguns itens do projeto de lei sobre mudanças na lei eleitoral (PL 5029/19) e do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2020 (PLN 5/19). Todas as partes restituídas serão publicadas nas respectivas leis, assim como os vetos totais, que serão publicados na íntegra.

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Entre os projetos que foram vetados totalmente e agora virarão novas leis destaca-se o que garante atendimento psicológico e de assistente social em escolas públicas de educação básica (PL 3688/00).

De acordo com o texto, equipes com profissionais dessas disciplinas deverão atender os estudantes dos ensinos fundamental e médio, buscando a melhoria do processo de aprendizagem e das relações entre alunos, professores e a comunidade escolar.

Quando houver necessidade, os alunos deverão ser atendidos em parceria com profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS).

A justificativa do presidente da República, Jair Bolsonaro, para o veto era que a obrigatoriedade de se oferecer esse serviço criava despesas obrigatórias ao Poder Executivo sem indicação da fonte de custeio.

Violência contra a mulher

Também será lei o projeto que obriga os serviços de saúde públicos e privados a notificar a delegacia policial sobre indícios de violência contra a mulher (PL 2538/19).

De autoria da deputada Renata Abreu (Pode-SP), esses indícios devem ser informados pelos serviços de saúde em, no máximo, 24 horas.

A justificativa do governo para o veto é de que a matéria “contraria o interesse público porque a notificação ocorreria sem o consentimento da vítima, o que tornaria a mulher mais vulnerável”. O governo argumenta ainda que a notificação poderia provocar futuras retaliações do agressor, especialmente se ambos habitarem o mesmo lar.

A legislação atual determina a notificação obrigatória de casos de violência contra a mulher atendida em serviços de saúde públicos e privados (Lei 10.778/03).

Divórcio

Ainda sobre o mesmo tema, a lei que garante às vítimas de violência doméstica e familiar assistência judiciária para pedido de divórcio (Lei 13.894/19) contará com pontos vetados agora restituídos pelos parlamentares.

Um deles garante preferência à ação de divórcio ou de dissolução de união estável se ocorrer uma situação de violência doméstica e familiar após o início do processo.

Outro ponto com veto derrubado permite à vítima propor ação de divórcio no próprio juizado de violência doméstica e familiar contra a mulher, que não cuidará da partilha de bens.

Doenças raras

Também virará lei o projeto (PL 6566/13) que reserva pelo menos 30% dos recursos do Programa de Fomento à Pesquisa da Saúde para o desenvolvimento de medicamentos, vacinas e terapias para doenças raras ou negligenciadas pela indústria farmacêutica.

O governo argumentava que, apesar de meritória, a proposta poderia “comprometer o fundo e o financiamento e o pagamento de projetos e pesquisas em andamento”.

Doenças raras são aquelas com baixíssima incidência na população: afetam até 65 pessoas em cada grupo de 100 mil indivíduos. Já as doenças negligenciadas são aquelas causadas por agentes infecciosos ou parasitas que atingem principalmente populações de baixa renda, como a leishmaniose e a doença de Chagas.

Investimentos

No projeto de lei de conversão da Medida Provisória 886/19, foi rejeitado veto a trecho sobre a Secretaria do Programa de Parcerias de Investimentos (SPPI). Com a retomada do texto, a secretaria deverá manter mecanismos de diálogo com as confederações nacionais patronais de cada setor, com as comissões temáticas e as frentes parlamentares do Congresso Nacional.

Isso valerá para os setores de infraestrutura, que poderão contribuir com estudos, pesquisas e análises temáticas para subsidiar a tomada de decisões de caráter estratégico para a agenda de infraestrutura do País.

Em relação aos diretores do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), foi retomada a necessidade de sabatina pelo Senado Federal dos diretores indicados para dirigir o órgão.

Funasa

No projeto de lei (PLN 27/19) que mudou a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2019 (Lei 13.707/18), o Parlamento derrotou veto para autorizar a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) a dar continuidade à execução de objetos por meio de convênios celebrados até 2018, desde que não haja obra com a mesma finalidade financiada pelo Ministério de Desenvolvimento Regional.

A mudança foi necessária devido à mudança para esse ministério de algumas atribuições da Funasa.

LDO

A sessão foi encerrada devido a problemas na votação em cédulas eletrônicas que não viabilizaram acordo entre os partidos. Parte dos parlamentares votou em uma cédula diferente daquela que havia sido definida pelos líderes partidários e, assim, vetos a trechos do projeto da LDO foram mantidos, quando a ideia era derrubar alguns deles.

O tema será retomado em sessão marcada para a próxima terça-feira (3), às 11 horas. Os líderes vão se reunir nesse dia, antes da sessão, para definir um novo acordo de procedimentos.

Entre os vetos ao projeto da LDO que deveriam ser derrubados estão os que tratam de dinheiro para o Censo Demográfico; a blindagem dos recursos para a educação, como queria o PT; e a inclusão, dentro do teto salarial do funcionalismo, do adicional de sucumbência recebido pelos advogados da União, defendida por PT e Novo.

Entretanto, outros três pontos do projeto da LDO de 2020 foram retomados na cédula eletrônica. Um deles viabiliza o repasse de recursos para despesas de capital a entidades privadas, como construção, ampliação ou conclusão de obras.

O segundo ponto com veto derrubado permite a estados e municípios usarem dinheiro de transferências voluntárias por meio de convênios para pagamento de pessoal contratado por tempo determinado para ações vinculadas a esses convênios.

Os parlamentares também dispensaram municípios de até 50 mil habitantes de se manterem adimplentes para assinar convênios para a transferência de recursos federais. Segundo o governo, isso fragiliza o controle da gestão fiscal em cerca de 88% dos municípios brasileiros.

*Da Agência Câmara Notícias

 

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), suspendeu a sessão do Congresso nesta quarta-feira, 27, sem terminar a análise de vetos presidenciais e dos projetos que abrem um crédito extra no orçamento para os ministérios do governo. Os parlamentares ainda precisam analisar itens da lei eleitoral vetados por Bolsonaro, como a retomada da propaganda partidária na TV e no rádio e a anistia a multas aplicadas pela Justiça Eleitoral.

Na votação eletrônica, o Congresso manteve 199 itens de Bolsonaro na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e derrubou apenas três. O resultado, puxado pelo Senado, quebrou um acordo entre líderes partidários que articulavam a derrubada de alguns vetos na LDO. Um dos vetos mantidos foi ao dispositivo que limitava o honorário de sucumbência destinado aos advogados da União. Com isso, os integrantes da AGU terão acesso a esse recurso extra, rejeitado por líderes da Câmara.

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Na votação, os deputados votaram majoritariamente por derrubar os vetos de Bolsonaro na LDO. Já os senadores votaram para manter os vetos, o que inviabilizou a retomada dos itens do projeto. Os partidos do Centrão na Câmara pediram então a suspensão da sessão. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou que houve uma "confusão" na distribuição de cédulas pelo governo aos senadores. Nos bastidores, parlamentares apontam uma articulação do Planalto para manter os vetos e atender a AGU.

O governo se comprometeu em enviar, até segunda-feira, 2, um projeto de lei recuperando o mesmo conteúdo dos itens vetados por Bolsonaro na LDO que o Congresso quer retomar. Alcolumbre afirmou que esse será o primeiro item da próxima sessão, na terça-feira. Só depois os parlamentares analisarão os demais vetos e votarão os projetos que abrem recursos para os ministérios.

O Congresso Nacional começou a votar, no início da tarde desta quarta-feira (27), 11 vetos do presidente Jair Bolsonaro, entre eles os dispositivos das regras para as eleições. De acordo com fontes da Câmara e do Senado, apenas um veto da lei eleitoral será mantido: o que derrubou a utilização de qualquer sistema de contabilidade para prestação de contas dos partidos.

Os demais itens devem ser derrubados e retomados pelos parlamentares, entre eles o que abre brecha para um aumento do fundo eleitoral a critério dos deputados e senadores. A maioria dos vetos será analisada por meio de cédulas registradas eletronicamente pelos parlamentares.

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Dois itens da minirreforma eleitoral serão votados separadamente, pois encontram divergências entre o Centrão e partidos como Novo, Cidadania e Rede: a retomada da propaganda partidária na TV e no rádio e a anistia a multas aplicadas pela Justiça Eleitoral.

Sem avançar em nenhuma das pautas do dia, o presidente do Senado, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), encerrou a sessão do Congresso desta quarta-feira. "Tentei fazer acordo de procedimento", disse. "Acho que os lideres não entenderam, mas no final praticamente se criou um consenso, mas já não dava mais tempo", afirmou.

O Congresso ia analisar hoje vetos presidenciais e 24 projetos de lei do Congresso Nacional que abrem crédito extra ao Orçamento da União. Entre os vetos, 14 feitos pelo presidente Jair Bolsonaro à minirreforma eleitoral. Partidos de centro e oposição fecharam um acordo para derrubar seis deles.

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Entre os pontos que podem ser alterados, está o que abre brecha para um aumento do fundo eleitoral a critério dos parlamentares. Dirigentes partidários atuam para que o valor destinado a campanhas de prefeitos e vereadores no ano que vem seja de R$ 4 bilhões. O governo havia proposto R$ 2,5 bilhões.

Alcolumbre marcou uma reunião para quinta, às 9h, no seu gabinete com todos os líderes para definir um acordo de procedimentos para a próxima sessão agendada para terça-feira, 26.

O Congresso iniciou nesta tarde a ordem do dia de uma sessão que irá analisar vetos presidenciais e 24 projetos de lei do Congresso Nacional que abrem crédito extra ao Orçamento da União.

Entre os vetos, estão os 14 feitos pelo presidente Jair Bolsonaro à minirreforma eleitoral. Partidos de centro e oposição fecharam um acordo para derrubar seis deles. Entre os pontos que podem ser alterados, está o que abre brecha para um aumento do fundo eleitoral a critério dos parlamentares. Dirigentes partidários atuam para que o valor destinado a campanhas de prefeitos e vereadores no ano que vem seja de R$ 4 bilhões. O governo havia proposto R$ 2,5 bilhões.

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Há ainda na pauta o veto para que a emissão da Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) ocorra por meio eletrônico e o que trata sobre a notificação compulsória dos casos de suspeita de violência contra a mulher.

Foi remarcada para as 18h desta quarta-feira (25) a sessão do Congresso destinada a apreciar vetos presidenciais. A votação foi iniciada nesta terça-feira (24), mas a votação de itens destacados do texto não foi concluída. A sessão havia sido remarcada para as 16 horas de quarta, mas teve de ser remarcada para que o Senado possa, antes, votar a indicação de Augusto Brandão de Aras para o cargo de procurador-geral da República. A sabatina de Aras na CCJ deve começar às 10 horas.

“A indicação será votada no Plenário do Senado quando terminar a sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Vou antecipar a votação para as 14h30, porque  pela nossa conta, quatro ou cinco horas de sabatina sempre foram suficientes”, explicou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

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O presidente do Senado negou que os vários vetos derrubados nesta terça-feira tenham sido uma retaliação à a operação da Polícia Federal no gabinete da liderança do governo no Senado, como parte da Operação Desintegração, que pura desvios em obras públicas.

De acordo com Davi Alcolumbre, a apreciação de vetos contribui para o fortalecimento da democracia e é uma necessidade do país, já que o Congresso precisa se concentrar no votar o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

“O que eu quero é liberar a pauta, votar as matérias que estão pautadas há muito tempo, mas infelizmente hoje foi mais um dia que não conseguimos votar tudo”,  lamentou.

*Da Agência Senado

 

O Congresso Nacional derrubou nesta quarta-feira (28) veto ao Projeto de Lei  1978/11, atribuindo a mesma pena de denúncia caluniosa com fins eleitorais (reclusão de 2 a 8 anos) à divulgação de fake news (notícia falsa) também com finalidade eleitoral. O trecho será incorporado à Lei 13.834/19.

O veto foi derrubado com o placar de 326 a 84 na Câmara dos Deputados e de 48 a 6 no Senado Federal.

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Segundo o texto confirmado pelos parlamentares, o crime de divulgação de fake news ocorrerá quando a pessoa divulgar, com finalidade eleitoral, ato ou fato atribuído falsamente a outro sabendo de sua inocência.

Na justificativa do veto, o Poder Executivo argumentou que o patamar dessa pena é “muito superior” à pena de conduta semelhante já tipificada em outro artigo do Código Eleitoral, que prevê detenção de seis meses a dois anos. Isso violaria o princípio da proporcionalidade entre o tipo penal descrito e a pena cominada.

Notícias falsas
O deputado Henrique Fontana (PT-RS) afirmou que a derrubada do veto vai evitar que os políticos sejam vítimas de notícias falsas. “Essa lei quer evitar que as pessoas produzam mentiras para destruir a imagem de quem faz da política o seu ofício. Ou nós consertamos a democracia brasileira ou vamos ficar aplaudindo a sua destruição”, disse.

Para o deputado Hildo Rocha (MDB-MA), o veto foi equivocado. “O presidente [Jair Bolsonaro] foi mal orientado, porque de fato a sociedade não quer fake news. Em eleição, com certeza pode desvirtuar o resultado dela”, declarou.

Mas o líder do Cidadania, deputado Daniel Coelho (PE), alertou que a lei pode não ter o efeito desejado. “O problema é o seguinte, da maneira como está o texto, nós estamos punindo da mesma forma quem cria a fake news e quem simplesmente propaga. Nós deveríamos construir um texto punindo partidos e políticos, não o cidadão”, afirmou.

Já no início da votação, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, aproveitou o tema para anunciar que uma comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) para investigar fake news será instalada na semana que vem.

Da Agência Câmara

Senadores e deputados deixaram os destaques a quatro vetos presidenciais que trancam a pauta do Congresso para serem apreciados na próxima sessão, marcada para terça-feira (11). Só depois de analisados esses vetos é que poderá ser colocado em votação o Projeto de Lei do Congresso (PLN) 4/2019, que autoriza o Executivo a aumentar a dívida pública em R$ 248 bilhões, a fim de poder pagar despesas obrigatórias deste ano. Um quinto veto também recebeu destaques, mas não sobresta a pauta.

O presidente da Mesa do Congresso, Davi Alcolumbre, explicou que foi feito um acordo com os líderes partidários para que os destaques fossem apreciados na sessão da próxima semana. No início da sessão, Davi pediu aos líderes tolerância e compreensão.

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"É minha primeira sessão [conjunta] como presidente do Congresso. Eu espero e quero cumprir o Regimento Comum. Vou necessitar da paciência, da tolerância e da compreensão de vários líderes partidários para que a gente possa fazer desta uma sessão representativa do Parlamento brasileiro", disse o presidente.

Próxima sessão

Devem ser votados na terça-feira os vetos que tratam de isenções tributárias (VET 40/2018), fundos patrimoniais (VET 3/2019), resoluções do Conselho de Segurança da ONU (VET 8/2019) e reavaliação pericial de portadores de HIV (VET 11/2019).

O VET 11/2019 atinge um projeto de lei do Senado que isenta de reavaliação da perícia médica do INSS a pessoa com HIV/aids aposentada por invalidez (PLS 188/2017). Atualmente os aposentados por invalidez podem ser convocados para reavaliação das condições que motivaram a aposentadoria. O texto criava uma exceção para as pessoas com HIV.

Para o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o veto é uma “maldade atroz”. O parlamentar defendeu a derrubada do veto, ao apontar que portador do HIV não deveria ser obrigado a esse tipo de exposição. Apesar dos apelos, o veto foi mantido.

Já VET 40/2018 cancelou dez dispositivos da lei originária da MP 843/2018, que criou o novo programa de incentivos fiscais para montadoras de veículos automotores no país, o Rota 2030. Um dos trechos vetados previa a suspensão da cobrança do IPI de matérias-primas e componentes de automóveis de origem estrangeira importados diretamente pela empresa montadora.

Outro veto foi à volta da política de desoneração da folha de pagamentos para o setor moveleiro e de comércio varejista de calçados e artigos de viagem. Em vez de contribuírem com 22% sobre a folha de salários dos empregados para o INSS, as empresas contribuiriam com 2,5% da receita bruta.

Também ficou na pauta o VET 3/2019, à Lei 13.800, de 2019, que regula a criação de fundos patrimoniais com o objetivo de arrecadar, gerir e destinar doações de pessoas físicas e jurídicas privadas a programas, projetos e demais finalidades de interesse público.

Um dos trechos vetados foi o que possibilitaria que as fundações de apoio de universidades e demais centros de ensino e pesquisa fossem equiparados às organizações gestoras de fundo patrimonial. Para o governo, essa permissão geraria conflito de interesses ao comprometer “a segregação de funções entre as diferentes organizações que podem gerir ou se beneficiar dos fundos patrimoniais” e traria prejuízos “à credibilidade da política, uma vez que poderia comprometer instrumentos importantes para a fiscalização, prestação de contas e transparência da gestão de doações".

Por fim, o VET 8/2019 derrubou trecho da Lei 13.810, de 2019, que regulamenta o cumprimento de sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O trecho destacava que sanções relativas a terrorismo, financiamento de terrorismo e proliferação de armas de destruição em massa deveriam ganhar procedimento preferencial e sigiloso para sua homologação por parte do Executivo.

Ainda sem trancar a pauta, ficou para terça-feira também o VET 14/2019, à Lei 13.831, de 2019. O veto atinge o item que anistia as devoluções, as cobranças ou as transferências ao Tesouro Nacional que tenham como causa as doações ou contribuições a partidos feitas em anos anteriores por servidores públicos que exerçam função ou cargo público de livre nomeação e exoneração, desde que filiados a partido político.

*Da Agência Senado

O Congresso Nacional iniciou a sessão conjunta de deputados e senadores para analisar 24 vetos presidenciais que trancam a pauta. A votação dos itens abre caminho para, na próxima semana, o projeto que abre um crédito extra de R$ 248 bilhões ser votado.

A reunião desta quarta-feira, 5, é a primeira sessão deliberativa do Congresso Nacional deste ano e a primeira presidida pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que na abertura do evento pediu "paciência" aos parlamentares em compreensão à sua estreia.

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O Congresso Nacional promove sessão conjunta na terça-feira (26), a partir das 11h, com sete vetos presidenciais na pauta de votações. Também há a possibilidade de o presidente do Senado, Eunício Oliveira, incluir na pauta projetos de lei que abrem créditos especiais ou suplementares para órgãos do Poder Executivo.

O primeiro item a ser votado é o veto que atingiu a lei de regulamentação da profissão de arqueólogo (Lei 13.653/2018). A decisão do presidente Michel Temer (MDB) cancelou vários artigos, inclusive o que determinava a exclusividade do desempenho das atividades de arqueólogo por profissionais da área.

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De acordo com o emedebista, o dispositivo poderia conduzir à interpretação de que todas as atividades arroladas na lei sancionada seriam de exercício privativo. Tal interpretação entraria em conflito com o livre exercício profissional, ao reservar atividades ou atribuições exclusivas.

Também na pauta está o veto que anulou totalmente o PLC 58/2016, que transformaria em rodovia federal a estrada entre os municípios de Bom Jesus (RS) e Bom Retiro (SC). São 161 quilômetros da estrada conhecida como “Rota das Neves” por interligar a Serra Gaúcha com a Serra Catarinense. Outros cinco vetos deste ano ainda devem ser avaliados.

*Da Agência Senado

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