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O tradicional Auto do Círio, programa de extensão da Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará (ETDUFPA), volta às ruas nesta sexta-feira (7). O evento antecede o Círio e ocorre há 28 anos. O cortejo se inicia na Casa das 11 Janelas e segue até a Praça Felipe Patroni. O tema deste ano é “Agradecer, bendizer e celebrar”.

Tarik Coelho, coordenador do programa de extensão, comentou sobre a experiência de voltar a realizar esse espetáculo presencialmente depois de dois anos, e diz que a maior dificuldade enfrentada foi o tempo. “É uma emoção muito grande poder voltar a realizar o Auto do Círio presencialmente, nós artistas paraenses estávamos muito ansiosos por esse momento de fé e devoção à Nossa Senhora de Nazaré”, disse.

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A fotógrafa Danielle Cascaes é licenciada em Teatro pela ETDUFPA e  faz registros do Auto do Círio desde 2018. “É um evento que tem fotógrafos do mundo todo, e esse foi muito importante para mim porque foi o momento da minha carreira que eu tive a publicação Internacional, na Vogue Itália, com o registro do Auto do Círio do bailarino Juan. Eu fiquei muito lisonjeada de que o meu trabalho foi pela primeira vez reconhecido internacionalmente com um registro do Auto”, falou a fotógrafa.

Danielle disse já estar se preparando para o cortejo deste ano, comprando os materiais necessários, e que mesmo que o trajeto seja curto ele demanda muito fisicamente. “Eu acho que eu vou um pouco mais cedo para fotografar mais os bastidores do que qualquer outra coisa. Porque eu realmente não acho que eu vou ser capaz de aguentar o cortejo inteiro devido a condições físicas de uma recente cirurgia. Mas eu vou sim e vou tentar fazer tudo o que eu posso, tudo o que estiver ao meu alcance. Então eu estou me preparando física e psicologicamente para aguentar esse momento e eu acho que de qualquer maneira vai ser uma ótima experiência”, disse Danielle.

A fotógrafa comenta a alegria de poder fotografar esse espetáculo pela primeira vez como fotógrafa oficial do projeto. “É um marco para a minha carreira, porque eu comecei fotografando nele, foi uma das primeiras vezes que eu fotografei. Então eu estou muito feliz de ter sido convidada pela direção do Auto para ser a fotógrafa oficial deste ano e eu espero fazer o meu melhor trabalho. Fotografar o Auto sempre é um momento especial para mim, não só como artista mas como pessoa devota e cidadã dessa cidade”, concluiu.

A artista e professora da UFPA Luiza Monteiro é também a diretora artística do elenco que se apresenta nesta sexta-feira (7) e afirma que o Auto do Círio é um momento importante para aprender mais sobre estar em cena. “O Auto é um momento muito importante para que a gente possa aprender a estar em cena e a trocar com o público e com os outros artistas, já que, são muitas coisas acontecendo, tem muita visualidade, maquiagem, figurino e muitas performances. É uma oportunidade de explorar a capacidade que o corpo tem de estar em cena e perceber os elementos da cena no ao vivo, no improviso e no contato com esse público gigantesco que participa do auto do círio”, explica.

A professora, que participa da apresentação há mais de 10 anos por meio da Companhia Moderno de Dança, conta que o Auto já tem um espaço especial na agenda de outubro. “Para mim o Auto faz parte de todo um ritual, encontros e momentos que celebram o meu Círio de Nazaré. Também é pra que eu manifeste a minha fé, apresente minha arte. Ele faz parte do meu calendário do Círio para que eu possa dançar, rezar, agradecer e estar em comunhão com as pessoas que eu amo.”

O coordenador do programa, Tarik Coelho, confia que Nossa Senhora dê forças para que consigam realizar o Auto do Círio dentro do que foi planejado e encoraja a todos que participem deste momento. “O trajeto foi todo pensado nessa questão do público, retiramos palcos do caminho e alargamos nossas ações, esperamos que tudo dê certo. Por isso venham assistir o Auto do Círio 2022, nosso retorno ao presencial, um momento de muita fé e devoção dos artistas paraenses à Nossa Senhora”, finalizou.

Por Ana Luísa Cintra e Yasmin Seraphico (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

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Uma grande manifestação artística, sábado (12), em Belém, marcou saída do Auto do Círio 2018. A partir das 19 horas a movimentação era grande na Cidade Velha. Uma mistura de  devoção, arte e cor animou o bairro com os sons da batucadas em ritmos de carnaval que davam início a mais um cortejo de homenagens feito pelos artistas à Nossa Senhora de Nazaré.

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Este ano, o Auto do Círio trouxe o tema "Maria - Diversidade do Amor" e buscou unir todas as formas de manifestação de fé na pluralidade religiosa, artística e cultural. O ato representou as matrizes negras, indígenas e católicas em uma só linguagem, a do amor.

A estudante de Pedagogia Dheny Munhoz disse que a experiência é bem gratificante. "Apesar de não ser católica, estou gostando bastante de participar desses atos em relação a nossa cultura paraense. Eu fico muito feliz de ser convidada, assim eu tenho certeza de quanto nossa cultura é rica e linda", disse.

O Auto do Círio surgiu como um projeto de extensão da Universidade Federal do Pará  (UFPA) para dar aos artistas a oportunidade de homenagear Nossa Senhora de Nazaré em sua plena liberdade, como afirmou a professora de Teatro e Dança da UFPA Micheline Penafort. "Aqui os artistas conseguem sentir essa liberdade que normalmente na sociedade não é permitido. Eles podem mostrar o que tem dentro deles, podem criticar, mostrar o que é belo. Esse é um momento de total liberdade", destacou.

O performer Gabriel Luz fez uma crítica por meio de sua performance para falar do lixo nessas eleições.  "O lixo desse último contexto político que vivemos  serve para falar sobre essa relação de cuidado com nossa cidade. O lixo é responsabilidade coletiva e esse momento do auto é importante para fazer essa crítica", afirmou.

O cortejo seguiu pelas ruas Dr. Assis, rua Padre Champagnat /Largo da Sé, rua Tomázia Perdigão até a praça D. Pedro II em frente aos Palácios Lauro Sodré e Antônio Lemos, onde houve a apoteose e encerramento.

Por Sandy Brito.

As ruas da Cidade Velha receberam as cores e os sons do Arraial do Pavulagem. O Arrastão do Círio saiu da Praça do Carmo depois de um ano longe do mais tradicional palco do encerramento do cortejo no mês de outubro. Realizado desde o ano 2000, o Arrastão do Círio celebra as tradições populares do mês de outubro, usando elementos do imaginário cultural paraense como os brinquedos de miriti e o quase esquecido roc-roc. Há 18 anos, o cortejo colore a paisagem do Centro Histórico de Belém no segundo sábado de outubro e espera com a multidão que se aglomera nas ruas a chegada da imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré da Romaria Fluvial para homenageá-la. Ao lado do Auto do Círio, o Arrastão mobiliza toda a cidade para o bairro mais antigo de Belém. Veja, abaixo, galeria de fotos do Auto e do Arrastão. O trabalho é de Bruno Carachesti, do LeiaJáImagens.

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O tema escolhido mostra um sentimento crescente da população: o repúdio ao abandono da cidade pelo poder público. Na sexta-feira (6), na Praça do Carmo, no bairro da Cidade Velha, o 23º Auto do Círio teve início com a palavra de ordem “Fora Temer” e com um apelo por uma Belém melhor. Mais uma das festas que ocorrem na quadra nazarena, o Auto do Círio é uma promoção da Escola de Teatro e Dança (ETDUFPA) do Instituto de Ciências da Arte (ICA) da Universidade Federal do Pará (UFPA), com o apoio da Pró-Reitoria de Extensão (Proex).

O cortejo estava previsto para sair às 19 horas. Com a chuva que caiu no início da noite, teve um atraso de meia hora. O sincretismo esteve representado pelas entidades de matrizes afro-descendentes do candomblé e umbanda. Na abertura do evento, os artistas lavaram as escadarias da Praça do Carmo com ervas cheirosas. A mãe de santo Dandá pediu por uma Belém de paz e harmonia. “Uma Belém da ‘Nazica’, e nós com a nossa tradição trouxemos o banho, a água que é a vida, a nossa vida, pra lavar essa calçada e tirar toda maldade, e que essa tradição se crie nesse momento”, disse a mãe de Santo.

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Babá Omi Oriam, pai de santo do candomblé, tem um terreiro no bairro de Batista Campos. Ele falou sobre a importância da tolerância na vida das pessoas e o significado do Auto do Círio. ”A festa do Círio é uma tradição nossa do Pará, é inter-religiosa, Nossa Senhora é mãe tanto de todos os católicos quanto dos não católicos e a gente que é de axé, eu sou do candomblé, sou iniciado na Nação Keto, eu sou a minha fé, ela é a minha história. Eu sou paraense e já fui católico até me encontrar e me descobrir afrorreligioso, mas a minha fé continua dentro do coração. O Auto do Círio significa um momento maravilhoso, um momento de expressão sincretismo de todos que perpassa essa cultura do Círio e busca toda energia desse povo que cada dia cresce mais”. falou pai Babá.

A representação católica conta com o grupo da Paixão de Cristo do bairro de Canudos, da Paróquia de Nossa Senhora de Queluz, que faz teatro de rua com uma parceria com a diretoria do Auto do Círio. Arthur Neves, 28 anos, componente do grupo da Paixão de Cristo, conta que o grupo é composto por jovens na maioria formados pela Academia de Teatro e Dança. “Nosso grupo já tem quatro anos de parceria com o Auto do Círio. A gente é convidado pra fazer parte dessa manifestação cultural de rua como as nossas apresentações pela nossa Paróquia de Queluz que vem realizando a Paixão de Cristo há 35 anos. Nós temos uma contribuição para o Auto do Círio, na verdade é uma grande homenagem à nossa Senhora de Nazaré."

O cortejo tem paradas com apresentações estratégicas. Começa na Praça do Carmo com saída em direção à Igreja da Sé, seguindo para a “Coroação das Marias” em frente ao Instituto Histórico e Geográfico do Pará (IHGP), “Oração pela Paz”, em frente o Museu do Estado do Pará, e finalizando com o ato “A poteose”, no Largo dos Palácios. Veja, abaixo, galeria de fotos do evento.

Por Nilde Gomes.

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Os dois grandes assuntos do lançamento do calendário Pirelli de 2015, em Milão, na manhã desta terça-feira, 18, foram uma ausência e um excesso de medidas. A falta era do fotógrafo Steven Meisel que, tímido por natureza, evita entrevistas e aparições públicas - mesmo tendo trabalhado na descoberta de top models como Linda Evangelista, Naomi Campbell e Raquel Zimmerman, além de ter fotografado Madonna, entre outras celebridades. E as medidas que chamaram atenção foram a da modelo americana Candice Huffine, a primeira "plus size", ou seja, com mais centímetros no perfil que uma modelo tradicional.

"Steven prefere que seu trabalho responda por ele", disse, repetindo um eterno clichê, Jimmy Moffat, agente do fotógrafo de 60 anos e agora especializado em representá-lo em eventos públicos. "E, para esse trabalho, ele reuniu as 12 modelos que mais admira." Assim, além de Candice, o calendário de 2015 apresenta brasileiras como Adriana Lima, Raquel Zimmerman e Isabeli Fontana (em sua sétima aparição, um recorde), além da inglesa Karen Elson, a americana Gigi Hadid e a russa Sasha Luss, entre outras.

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O calendário Pirelli, que completa 50 anos, tornou-se mais que uma peça publicitária da empresa italiana - ao convidar importantes fotógrafos a cada ano (já clicaram profissionais como Annie Leibovitz, Richard Avedon, Bruce Weber e Steve McCurry), o calendário tornou-se peça de colecionador, além de representar um momento icônico da cultura contemporânea.

Para 2015, Steven Meisel apostou em imagens sensuais. "Queríamos tornar as modelos mais sexy que apenas os seus próprios corpos", comenta Carine Roitfeld, diretora de moda que comandou o styling. "Não iríamos nos satisfazer apenas com mulheres nuas."Daí a decisão de usar o látex como elemento que unisse as fotos: além de bonito, tem um brilho que o torna interessante.

Meisel não quis partir de um conceito fechado, mas clicou imagens com as modelos posando de pin-ups, ou seja, mantendo o velho estilo dos calendários de borracharia, mas com glamour. Assim, quase todas as imagens ou têm topless ou trazem as moças em posições sensuais. "Não gosto muito de fotografar nua, mas Steven me deixou à vontade e atendeu meu pedido para uma nudez parcial", conta a brasileira Isabeli Fontana. O calendário Pirelli é oferecido pela empresa exclusivamente para fornecedores.

O total de 571,9 mil unidades de veículos leves, caminhões e ônibus comercializados nos dois primeiros meses deste ano é o melhor resultado do setor automotivo no acumulado de janeiro a fevereiro, afirmou o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Luiz Moan. A alta na comparação com os dois primeiros meses de 2013 foi de 4,6%. "É o melhor acumulado de toda a história do setor automotivo em termos de vendas", disse Moan, ao destacar que o carnaval neste ano não entrou no calendário de fevereiro e, portanto, houve maior número de dias na comparação com o mesmo mês do ano passado.

"Importante ressaltar que enquanto o licenciamento total de veículos cresceu 4,6% no bimestre, em termos de licenciamento de veículos nacionais tivemos um crescimento de 5,5%, o que significa aumento na parte de veículos produzidos no Brasil", destacou Moan.

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O presidente da Anfavea comemorou também o "segundo melhor fevereiro de toda a história do setor automotivo" em termos de produção. A queda de 2,7% na produção de veículos no bimestre, de acordo com Moan, foi puxada pelo fraco desempenho de janeiro, período em que muitas montadoras estenderam as férias coletivas. Em fevereiro, contudo, já houve recuperação da produção, com alta de 18,7% ante janeiro e de 16,9% sobre fevereiro de 2013. No total, foram produzidos 281,4 mil veículos no País no segundo mês do ano.

Apesar do aumento nas vendas e na produção, o nível dos estoques subiu de 31 dias em janeiro para 37 em fevereiro, o que é considerado por Moan como "algo dentro da normalidade". "No nível atual de diversidade de modelos e de número de montadoras, até 40, 42 dias é absolutamente normal", afirmou o presidente da Anfavea.

Já as vendas de caminhões e ônibus, contudo, ficaram prejudicadas no primeiro bimestre do ano devido à demora para o início da operacionalização do Programa de Sustentação do Investimento (PSI). No caso dos ônibus, as vendas no bimestre caíram 1,8% na comparação com mesmo período do ano passado. Para caminhões, a queda foi de 3,9%.

De acordo com o vice-presidente da Anfavea, Luiz Carlos Gomes de Moraes, a expectativa de safra para o ano é boa, de aproximadamente 190 milhões de toneladas, e o impacto das obras de infraestrutura por conta das concessões realizadas pelo governo deve começar a aparecer ainda em 2014. Por esses fatores, ainda há otimismo com o setor de caminhões.

Máquinas agrícolas - O também vice-presidente Milton Rego destaca que o resultado da venda de máquinas agrícolas no primeiro bimestre, de queda de 19,1% ante igual período de 2013, está relacionado não só com a forte base de comparação e atraso na liberação do PSI, como também aos fatores climáticos. "Vivemos um período de muita volatilidade, temos regiões do Brasil com problema de seca que impacta a produtividade da colheita e também o oposto: chuva em excesso na colheita do centro-oeste", comentou Rego.

"Isso está criando uma pressão que faz com que agricultores adiem a decisão de investimento", complementou. Até o momento, a previsão da Anfavea é de relativa estabilidade no setor de máquinas agrícolas neste ano em relação a 2013.

De acordo com Rego, um estudo elaborado pela Fiesp e patrocinado pela Anfavea indica que os produtores rurais estão neutros ou levemente pessimistas com relação a 2014. "Esse índice reflete a situação do agronegócio brasileiro", afirmou o vice-presidente da Anfavea. Apesar de o bimestre ter saldo negativo, houve crescimento nas vendas de máquinas agrícolas de 48,9% em fevereiro em relação a janeiro, para 5,615 mil unidades.

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