Tópicos | Bangladesh

Autoridades de Bangladesh informaram que um enviado da Coreia do Norte foi detido no país ao tentar desembarcar no aeroporto de Daca carregando US$ 1,4 milhões em ouro na sua bagagem de mão. Liberado mais tarde, o homem foi identificado como o diplomata norte-coreano Son Young Nam, primeiro secretário da embaixada do país na capital de Bangladesh

A venda de ouro tem sido há tempos uma importante fonte de recursos para o regime norte-coreano. O país está fora do sistema financeiro global como resultado das sanções impostas como forma de combater o programa nuclear do país.

##RECOMENDA##

Kim Kwang-Jin, um ex-banqueiro no regime de Pyongyang, disse que a Coreia do Norte poderia estar levando o metal precioso para outro país na tentativa de encontrar compradores.

Oficiais de polícia de Bangladesh disseram que também investigam se Son agia em favor de contrabandistas. O país se tornou ponto de envio ilegal de ouro para a Índia, que aumentou impostos sobre o metal. Fonte: Dow Jones Newswires.

Um blogueiro americano de origem bengalesa foi assassinado, nesta quinta-feira (26), com golpes de machado em Daca, depois de receber, segundo a família, várias ameaças de islamitas. Avijit Roy, de nacionalidade americana, era ateu e fundador do blog Mukto-Mona (livre pensamento) e um fervoroso promotor do laicismo no país, onde 90% dos 160 milhões de habitantes são muçulmanos.

Sua esposa ficou ferida no ataque cometido em plena rua por dois agressores não identificados. "Ele faleceu quando era levado para o hospital. Sua esposa ficou gravemente ferida e perdeu um dedo", afirmou Sirajul Islam, chefe da polícia local.

O casal retornava em um riquixá de uma feira do livro quando os dois homens atacaram e arrastaram as vítimas para as calçadas, antes dos golpes de machado. Roy é o segundo blogueiro de Bangladesh morto em dois anos e este foi o quarto ataque contra um escritor desde 2004.

Organizações islamitas extremistas exigem a execução pública de blogueiros ateus e a aprovação de leis que proíbam qualquer crítica ao islã. O pai do blogueiro afirmou que ele havia recebido muitas ameaças por e-mail e nas redes sociais por seus textos. "Era um humanista laico que escreveu uma dezena de livros", afirmou Ajoy Roy à AFP. Entre os livros escritos por Avijit Roy estava "Biswasher Virus" (O Vírus da Fé).

Em 2013, o blogueiro ateu Ahmed Rajib Haider também foi assassinado em circunstâncias similares. Desde então, grupos islamitas acusaram outros blogueiros militantes de blasfêmia. Como reação, o governo laico da primeira-ministra Sheikh Hasina prendeu alguns blogueiros e bloqueou suas páginas, ao mesmo tempo que anunciou medidas para aumentar sua proteção.

Os violentos confrontos entre os partidários da primeira-ministra de Bangladesh, Sheij Hasina, e da líder da oposição Khaleda Zia deixaram mais de 100 mortes nas últimas semanas, informou a polícia nesta segunda-feira (23).

Os corpos de seis homens crivados de balas foram descobertos nesta segunda-feira na capital Dacca, o que eleva para 104 o número de mortos de ambos os lados. As quatro vítimas foram executadas depois de serem apanhadas na posse de coquetéis Molotov.

Zia, que foi primeira-ministra em duas ocasiões, convocou em 5 de janeiro um protesto com o objetivo de paralisar os transportes do país. Desde então seus simpatizantes atacaram carros, ônibus e caminhões.

A líder do Partido Nacionalista de Bangladesh (BNP) garante que tem sido impedida de sair de seu escritório desde 3 de janeiro, quando pediu que a população manifestasse para marcar o primeiro aniversário da reeleição de Hasina, considerada por ela como uma "farsa".

Um dos corpos encontrado nesta segunda é o de Abdul Wadud, um líder sindical do BNP, enquanto os outros três não foram identificados, indicou à AFP o inspetor Masud Parvez, no distrito de Mirpur, Dacca.

Mais de 10.000 manifestantes foram presos, enquanto a primeira-ministra recusa qualquer diálogo com a sua rival.

O número de mortos no naufrágio de um ferry em Bangladesh subiu para 70 nesta segunda-feira (23), uma vez que os mergulhadores terminaram a sua busca após a embarcação ter sido retirada da água e rebocada para a terra.

Um administrador do governo local, Rasheda Ferdousi, disse que a área no rio no entorno do acidente ainda estava sendo monitorada porque alguns passageiros ainda estavam desaparecidos. Ele não deu um número exato de pessoas que ainda não haviam sido encontradas.

##RECOMENDA##

"Os nossos homens estão usando barcos para encontrar cadáveres no rio. Mas nossas buscas se concentram na água, pois dentro da embarcação não há mais nenhum corpo sequer", disse. Segundo informações preliminares, até 140 passageiros estariam na balsa quando ela naufragou no domingo à tarde, depois de colidir com um navio de carga no rio Padma, cerca de 40 quilômetros a noroeste de Daca. O rio é um dos maiores do país. Fonte: Associated Press.

A quantidade de mortos no naufrágio de uma balsa com cerca de 100 passageiros em Bangladesh neste domingo (22) já é de ao menos 31, segundo autoridades. Uma operação de resgate estava em andamento, mas não era claro quantas pessoas estavam desaparecidas.

A balsa foi atingida por um navio de carga em Daulatdia-Paturia, atravessando o rio Padma neste domingo, disse o funcionário dos bombeiros, Shahzadi Begum. O Padma é um dos maiores rios de Bangladesh, onde superlotação e baixos padrões de segurança são frequentemente causadores de desastres com balsas.

##RECOMENDA##

Pelo menos treze pessoas morreram e mais de uma dezena ficaram feridas, neste sábado (31), no incêndio de uma fábrica de plásticos na capital bengalesa, informaram fontes dos serviços de emergência. A polícia e os bombeiros acreditam que o incêndio começou com a explosão de botijões de gás na sala das caldeiras da fábrica. As chamas se espalharam rapidamente pelos quatro andares do edifício.

"Resgatamos 13 corpos", informou à AFP o chefe da polícia local, Mohammad Jashimuddin, assegurando que o incêndio foi controlado depois de duas horas. "Três pessoas sofreram queimaduras muito graves e foram levadas ao hospital", acrescentou.

##RECOMENDA##

Os mortos eram todos trabalhadores da fábrica, que ficaram presos nos andares superiores, explicou um bombeiro que pediu para ter sua identidade preservada. Um sobrevivente, Mohammad Khokon, informou que normalmente entre 150 e 200 pessoas trabalham no edifício, mas que por ser fim de semana havia menos funcionários.

O fogo também se propagou para uma fábrica próxima, também de quatro andares, que estava fechada. Os incêndios são comuns em Bangladesh, cujas instalações industriais não cumprem muitas medidas de segurança. Em novembro de 2012, uma fábrica de roupas de nove andares foi consumida pelo fogo e 111 trabalhadores perderam a vida.

Bangladesh está enfrentando dificuldades para restaurar a energia horas após a linha de transmissão que fornecia eletricidade da Índia para o país falhar, neste sábado (1°), provocando um apagão nacional. Segundo autoridades, levará pelo menos 12 horas para consertar o sistema.

O apagão atingiu a nação sul-asiática empobrecida e carente de energia em torno de meio-dia (horário local), depois que a linha de transmissão registrou "falha técnica", que provocou falhas em cascata em toda a rede nacional de energia, com usinas e subestações desligando, disse Al-Beruni Masum, diretor da empresa estatal Power Grid de Bangladesh Ltd.

##RECOMENDA##

A empresa religou as usinas de energia e restaurou o fornecimento de eletricidade em algumas áreas do país por algumas horas na tarde deste sábado. No entanto, as usinas não estavam operando normalmente e precisaram ser desligadas novamente, afirmaram dois funcionários da companhia.

Eles disseram que estavam investigando o problema e que levaria pelo menos 12 horas para consertar a rede nacional e restaurar a energia para a capital Daka, que possui mais de 10 milhões de habitantes.

Os hospitais e o aeroporto internacional de Daka continuaram operando, com gerado de energia de emergência. Mas muitos escritórios que normalmente abrem aos sábados tiveram que pedir para seus funcionários voltarem para casa. Fonte: Associated Press.

Uma balsa sobrecarregada que transportava quase 200 passageiros afundou nesta segunda-feira em um rio do centro de Bangladesh, anunciou a polícia local. Quase 100 pessoas foram resgatadas, segundo as autoridades. O acidente aconteceu 30 km ao sul da capital, Dacca.

"A balsa transportava um número excessivo de passageiros e o rio estava agitado", afirmou o chefe da polícia local, Tofazzal Hossain. A embarcação saiu de Madaripur com entre 170 e 200 passageiros a bordo, segundo o chefe de polícia.

Mas um sobrevivente que se identificou como Sonam afirmou a um canal de televisão local que talvez mais de 350 pessoas estivessem na embarcação. "Não havia tempestade, mas o céu estava nublado e o rio agitado. As ondas eram enormes", disse. "A balsa foi atingida por uma onda e começou a entrar água. Escapei pela janela. A balsa afundou rapidamente e fui resgatado por um pequeno barco a motor", explicou.

As chuvas de monção elevam as águas em agosto e o barco estava completamente submerso. "Nossos mergulhadores localizarão a balsa e iniciarão as operações de resgate", disse à AFP um comandante dos bombeiros, Mohammad Dulal.

Os acidentes de balsas são frequentes em Bangladesh, provocados pela sobrecarga e más condições de manutenção das embarcações. Mais de 230 rios atravessam Bangladesh, um dos países mais pobres da Ásia. A navegação fluvial é o principal sistema de transporte, em particular nas regiões sul e nordeste do país.

Em maio, um acidente com uma balsa no rio Meghna, um dos maiores do mundo, deixou dezenas de mortos.

Um tribunal especial de Bangladesh adiou o veredicto contra o principal líder de um partido islâmico acusado de crimes de guerra após o defensor passar mal. Motiur Rahman Nizami, chefe do Jamaat-e-Islami, enfrenta 16 acusações que englobam genocídio, assassinato, tortura, estupro e destruição de propriedade durante a guerra de independência contra o Paquistão, em 1971.

O chefe de um painel de três juízes, M. Enayetur Rahim, explicou que uma nova data não será definida até que se avalie detalhadamente a condição médica de Nizami. "Nós não achamos que será lógico anunciar o veredicto sob as atuais circunstâncias", disse.

##RECOMENDA##

A guerra ainda é um assunto emocional. Bangladesh acusa os soldados paquistaneses de matarem três milhões de pessoas, estuprarem 200 mil mulheres e forçarem cerca de 10 milhões a procurarem abrigo em campos de refugiados na Índia.

Isso levou alguns, que demandam a pena de morte a Nizami, a avaliar o adiamento como uma conspiração. "Nós não aceitaremos qualquer compromisso com as pessoas que mataram nosso povo em 1971", disse Imran H. Sarkar, que está fazendo campanha pela sentença de morte. Fonte: Associated Press.

Seis pessoas morreram e 19 estavam desaparecidas após o naufrágio de um ferry atingido por uma tempestade neste sábado (3) no sul de Bangladesh, anunciou uma fonte do governo local. O ferry MV Shatil naufragou em um rio perto de Kalagasia, a 200km da capital, Daca. "Cerca de 10 passageiros sobreviveram nadando. Eles contaram que outras 25 pessoas estavam na embarcação, informou à AFP o administrador distrital Kazi Sayemuzzamanhe. "Moradores recolheram seis corpos até o momento.

Uma embarcação de resgate estava a caminho do local. Acidentes com ferries são comuns em Bangladesh, país cortado por mais de 100 rios. A maioria acontece durante a temporada de tempestades, de abril a junho. Especialistas responsabilizam a falta de manutenção e a superlotação pelos acidentes.

Um tribunal de justiça em Bangladesh ordenou a prisão de três jornalistas de um jornal favorável à oposição sob acusação de publicarem uma falsa história de que forças de segurança supostamente indianas se juntaram às tropas do país para fazer repressão antes das controversas eleições.

O ministro de Informação, Hasanul Huq Inu, informou na sexta-feira que a matéria veiculada pelo jornal Inqilab era infundada e a publicação teria usado um e-mail adulterado para sustentá-la. A polícia deteve o editor do diário, Rabiullah Rabi, o vice-chefe de reportagem, Rafiq Mohammad, e o correspondente diplomático, Ahmed Atique.

##RECOMENDA##

O magistrado Atiqur Rahman ordenou que os jornalistas permaneçam detidos até a audiência, marcada para segunda-feira (20). Os repórteres, que foram presos por violar o Ato de Informação Tecnológica, buscam liberação mediante pagamento de fiança. O governo disse que não interromperá a publicação do jornal, mas isolou temporariamente os equipamentos de impressão. O diário continuará operando na versão online.

O primeiro-ministro de Bangladesh, Sheikh Hasina, retornou ao poder em uma vitória esmagadora em 5 de janeiro, mas a votação foi marcada por violência, pelo boicote do principal partido da oposição e pelo baixo comparecimento de eleitores às urnas. A tensão política perturba o país nos últimos meses, enquanto ativistas da oposição realizam ataques, greves e bloqueios de estradas para desafiar o governo. Quase 300 pessoas foram mortas desde fevereiro de 2013. Fonte: Associated Press.

O partido governista de Bangladesh venceu as eleições realizadas no domingo, uma das mais violentas da história do país. Brigas de rua, baixo comparecimento às urnas e boicote da oposição marcara o pleito.

Embora uma vitória do partido governista Liga Awami já fosse esperada, o caos relacionado às eleições ontem fizeram o país mergulhar mais fundo na agitação e estagnação econômica e pode levar a mais violência.

##RECOMENDA##

Segundo a polícia, confrontos deixaram três mortos nesta segunda-feira em Dohar, nas proximidades da capital. Pelo menos 18 morreram no domingo quando a polícia disparou contra manifestantes e ativistas de oposição atearam fogo a mais de 100 sessões eleitorais.

"Estamos passando nossos dias com medo e ansiedade", disse Abdur Rahman, contador que mora na capital, Daca, onde soldados patrulhavam as ruas nesta segunda-feira. "Os dois maiores partidos não se importam com nada. Somente Alá sabe o que está reservado para nós."

A Liga Awani conquistou 232 dos 300 assentos do Parlamento, informou a Comissão Eleitoral nesta segunda-feira, muito mais do que os 151 exigidos para a formação de um governo.

A oposição exigia a renúncia do governo da primeira-ministra Sheikh Hasina, de forma que uma administração neutra pudesse supervisionar o pleito, pois afirma que a premiê pode fraudar o resultado eleitoral se permanecer no cargo, algo que ela nega.

Um grupo de partidos de oposição, dentre eles o Partido Nacionalista de Bangladesh, boicotou a eleição depois que Hasina recusou-se a atende suas demandas.

Apenas 22% dos eleitores compareceram às urnas, segundo funcionários eleitorais que pediram que seus nomes não fossem divulgados. Na última eleição, em 2008, 87% dos eleitores foram votar.

O jornal Daily Star, de Daca, descreveu as eleições como as mais terríveis da história do país e disse em editorial que a Liga Awani conquistou "uma vitória previsível e vazia, que não dá ao partido nem um mandato nem uma posição ética para governar de forma eficaz''.

Mas o editorial também faz críticas ao papel da oposição, ao alimentar a violência. "Os partidos políticos têm o direito de boicotar eleições. Eles também têm o direito de motivar as pessoas a amparar suas posições, mas o que é inaceitável é o uso da violência e da intimidação para impedir uma eleição", disse o jornal.

O Parlamento de Bangladesh tem 350 assentos, dos quais 300 são eleitos diretamente. Os demais são reservados para mulheres que são escolhidas por outros integrantes da câmara. Fonte: Associated Press.

A polícia em Bangladesh atirou em manifestantes e ativistas da oposição incendiaram mais de 100 postos de votação neste domingo durante eleições nacionais boicotadas pela oposição e descritas como falhas pela comunidade internacional. Ao menos 18 pessoas foram mortas na violência relacionada ao pleito.

A recusa do primeiro-ministro Sheikh Hasina de atender à exigência da oposição de deixar o cargo e indicar um governo interino neutro para supervisionar a eleição levou ao boicote, o que prejudica a legitimidade do pleito. Ativistas de oposição vêm realizando ataques, greves e bloqueios nos transportes em ações que já deixaram pelo menos 286 mortos desde o ano passado.

##RECOMENDA##

A quantidade de pessoas que compareceu para a votação parece ter sido baixa, embora os números oficiais ainda não sejam conhecidos. Em um centro de votação no subúrbio de Daca, um envolvido na votação disse que cerca de 500 pessoas haviam deixado seu voto até as 14h no horário local, cerca de duas horas antes do fechamento das urnas. O centro tem mais de 4,1 mil eleitores cadastrados.

Sem a participação da oposição, não houve disputa para mais da metade dos assentos no Parlamento e a vitória foi da governista Awami League. Em um comunicado, o porta-voz da oposição Mirza Fakhrul Islam Alamgir pediu que a população rejeite as eleições, as quais chamou de "sem sentido".

A contagem de votos começou após o fechamento das urnas neste domingo. O resultado oficial é esperado para a manhã de segunda-feira.

A oposição anunciou ainda uma nova greve geral de 48 horas que deve começar nesta segunda. O objetivo é fazer com que as eleições sejam anuladas. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

A violência marca as eleições nacionais realizadas neste domingo (5) em Bangladesh. A polícia fez disparos contra manifestantes que fazem boicote ao pleito e ativistas de oposição atearam fogo a mais de 100 sessões eleitorais, o que resultou na morte de pelo menos 11 pessoas.

A recusa do primeiro-ministro Sheikh Hasina de atender à exigência da oposição de deixar o cargo e indicar um governo interino neutro para supervisionar a eleição levou ao boicote, o que prejudica a legitimidade do pleito. Ativistas de oposição vêm realizando ataques, greves e bloqueios nos transportes em ações que já deixaram pelo menos 286 mortos desde o ano passado.

##RECOMENDA##

Meios de comunicação locais informaram que pelo menos 127 escolas, usadas como sessões eleitorais, foram incendiadas em Bangladesh em ataques realizados durante a noite.

Na tarde deste domingo (horário local), o comparecimento às urnas parecia estar baixo. As urnas foram abertas às 8h, mas emissoras locais de televisão mostravam que a maioria das sessões estava vazia.

"O boicote de vários partidos pode ter contribuído para o baixo comparecimento às urnas", declarou o comissário chefe eleitoral Kazi Rakibuddin Ahmad a jornalistas, em seu escritório em Daca.

A União Europeia (UE), os Estados Unidos e a Comunidade Britânica de Nações (Commonwealth) não enviaram observadores, pois consideram a eleição uma fraude. A vice-porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Marie Harf, disse que Washington está desapontado com o fato de que os principais partidos políticos do país não terem chegado a um consenso para realizar eleições livres e justas.

No meio da manhã deste domingo, a votação foi suspensa em pelo menos 149 sessões eleitorais por causa de ataques, informou a comissão eleitoral. Analistas dizem que o caos político pode piorar ainda mais os problemas econômicos enfrentados pelo país, de 160 milhões de habitantes, e levar à radicalização.

A recusa de Hasina em deixar o cargo e indicar um governo interino, o que resultou no boicote dos partidos de oposição, significa que a eleição se tornou uma disputa entre candidatos do partido governista, a Liga Awami, que concorrem sem adversários de outras legendas para a maior parte das 300 cadeiras do Parlamento.

Bangladesh tem um histórico sombrio de violência política que inclui o assassinato de dois presidentes e 19 tentativas de golpe desde a independência do Paquistão, em 1971. Fonte: Associated Press.

Um ativista da oposição foi morto e dezenas de cabines de votação foram atacados em Bangladesh neste sábado (4), na véspera de eleições que foram alvo de um boicote em massa. Segundo a polícia, o manifestante foi morto em confrontos com partidários do partido governista Liga Awami na cidade de Patgram.

O incidente ocorreu em um momento que o principal grupo de oposição Partido Nacionalista de Bangladesh convocou um protesto nacional para resistir a eleição deste domingo (5). O Partido Nacionalista é o maior dos 21 partidos de oposição que se recusaram a participar das eleições parlamentares, que deverão ser vencidas pela Liga Awami.

##RECOMENDA##

Cerca de 150 pessoas foram mortas na onde de violência política desde outubro. A polícia e as autoridades eleitorais disseram neste sábado que os manifestantes incendiaram ou tentaram atacar 34 cabines de votação durante o primeiro dia de protesto.

Autoridades afirmaram que os ataques não atrapalham as eleições e que medidas alternativas foram criadas para que os eleitores votem nas áreas afetadas. Fonte: Dow Jones Newswires.

A polícia de Bangladesh indiciou neste domingo (22) os proprietários de uma fábrica de roupas e 11 de seus funcionários por homicídio, após um incêndio no local que deixou 112 mortos no ano passado. Segundo o promotor público Anwarul Kabir Babul, os donos da fábrica, Delwar Hossain e sua esposa Mahmuda Akter, além dos 11 funcionários, são acusados de negligência no caso. Caso sejam condenados, os 13 acusados podem ser sentenciados a prisão perpétua.

De acordo com a promotoria, as mortes no incêndio foram resultado de negligência com a segurança da fábrica. A unidade não tinha saídas de emergência e estava localizada em um beco estreito, o que impediu a entrada de bombeiros que foram chamados para combater o incêndio, disse Babul.

##RECOMENDA##

Os gerentes e seguranças enganaram os trabalhadores ao dizer que uma labareda era apenas parte de uma simulação de incêndio, afirmou Babul. "Os funcionários voltaram ao trabalho depois que o alarme disparou, mas ficaram presos porque os gerentes trancaram os portões."

Segundo Babul, uma audiência está marcada para 31 de dezembro para decidir se os acusados serão processados.

A fábrica da Tazreen Fashions, localizada nos arredores da capital, Daca, produzia roupas para marcas globais como a Wal-Mart. Bangladesh possui a segunda maior indústria de vestuário do mundo, ficando atrás apenas da China. O setor emprega cerca de 4 milhões de pessoas no país e fatura mais de US$ 20 bilhões ao ano com exportações, principalmente para Estados Unidos e Europa.

Antes do incêndio, ocorrido em novembro do ano passado, um prédio que abrigava fábricas de roupas em Bangladesh tinha desabado em abril, matando mais de 1.100 pessoas. Fonte: Dow Jones Newswires.

Bangladesh executou, nesta quinta-feira, o líder opositor Abdul Quader Mollah por crimes de guerra, horas depois de o Supremo Tribunal ter receitado um pedido de apelação da sentença. A morte pode dar início a novos episódios de violência, semanas antes das eleições, marcadas para 5 de janeiro.

O xeque Yousuf Harun, administrador-chefe do governo de Daca, a capital, disse que Mollah foi enforcado às 22h01(horário local). O partido islâmico ao qual o réu pertencia, o Jamaat-e-Islami, convocou uma greve geral para domingo.

##RECOMENDA##

Mollah, de 65 anos, foi condenado por crimes cometidos durante a guerra pela independência do país contra o Paquistão, em 1971. Ele foi a primeira pessoa a ser executada pelos tribunais especiais, instituídos pelo primeiro-ministro Sheikh Hasina em 2010, para julgar suspeitos de crimes cometidos durante a guerra pela independência.

O governo diz que soldados paquistaneses, auxiliados por colaboradores locais, mataram 3 milhões de pessoas e estupraram 200 mil mulheres durante a guerra, que durou nove meses.

A maior parte dos réus é de membros da oposição. O partido de Mollah e o Partido Nacionalista de Bangladesh dizem que os julgamentos são uma tentativa de enfraquecer a oposição e eliminar os partidos islâmicos, acusação negada pelo governo. Fonte: Associated Press.

O Supremo Tribunal de Bangladesh rejeitou um pedido de apelação e abriu caminho nesta quinta-feira para a execução de um líder da oposição por crimes de guerra. A execução de Abdul Quader Mollah, que havia sido adiada na terça-feira, deve provocar uma nova onda de violência política, semanas antes das eleições, marcadas para o início do mês que vem.

Seu partido islâmico, o Jamaat-e-Islami, aliado da principal legenda de oposição, o Partido Nacionalista de Bangladesh, advertiu a respeito das "terríveis consequências" se ele for executado.

##RECOMENDA##

O procurador-geral Mahbubey Alam disse que o governo vai agora decidir quando a execução vai acontecer. "Não há mais barreiras para executar Quader Mollah. Não há chances de qualquer confusão", disse ele.

Mollah, de 65 anos, foi condenado por crimes cometidos durante a guerra pela independência do país contra o Paquistão, em 1971. Seus advogados tentaram convencer o Tribunal Superior, que iniciou as audiências de apelação na quarta-feira, a anular a sentença.

"Meu cliente foi privado de um julgamento justo, mas tendo em vista que a mais alta instância do Judiciário tomou sua decisão, não temos mais nada a dizer", afirmou o advogado de defesa Khandaker Mahbub Hossain.

Segundo A.K.M. Shamsul Islam, funcionário do Supremo Tribunal, a decisão foi encaminha às autoridades nesta quinta-feira.

Embora seja esperada uma forte reação do Jamaat-e-Islami à decisão nas duras de Daca, a capital de Bangladesh permanecia relativamente calma. Mas ativistas do partido entraram em confronto com a polícia e incendiaram e destruíram carros, além de explodir bombas caseiras nesta quinta-feira em outras três importantes cidades do país: Chittagong, Sylhet e Rajshahi, segundo emissoras de televisão. Várias pessoas ficaram feridas.

No leste do país, forças de segurança abriram fogo para dispersar ativistas de oposição e pelo menos três pessoas morreram e 15 ficaram feridas, informou o jornal Prothom Alo, o mais importante de Daca em língua bengali.

A violência teve início no distrito de Laxmipur, 95 quilômetros de Daca, durante um bloqueio da oposição, realizado depois que forças de segurança invadiram e fizeram buscas na casa de um líder opositor. Fonte: Associated Press.

Ao menos quatro pessoas morreram durante as manifestações organizadas pela oposição em Bangladesh, que paralisaram a circulação em estradas e ferrovias, contra a decisão do governo de realizar eleições legislativas em 5 de janeiro.

O Partido Nacionalista de Bangladesh (BNP, por sua sigla em inglês) e seus aliados islamitas a uma greve geral de 48 horas para pedir a anulação desta data, anunciada segunda-feira.

O BNP voltou a pedir a renúncia da primeira-ministra, Sheikh Hasina, e defender um governo encarregado de supervisionar as eleições, algo que a chefe de governo rejeita.

A polícia respondeu lançando gás lacrimogêneo e disparando balas de borracha, e por vezes com tiros reais, contra as centenas de manifestantes que saíram às ruas nas cidades.

"Disparamos depois que fomos atacados por 500 manifestantes armados e que dispunham de pequenas bombas", declarou um oficial da polícia de Comilla (leste), onde duas pessoas morreram, uma delas durante a noite, após a explosão de uma pequena bomba, segundo a polícia.

Um líder do partido no poder foi espancado até a morte em Satkhira (sul) por partidários do principal partido islâmico, Jamaat e Islami.

A polícia anunciou a morte de um manifestante a caminho do hospital em Sirajganj (norte), que se afogou enquanto tentava escapar das bombas de gás lacrimogêneo.

A emissora ATN News indicou por sua vez que o manifestante foi morto após ser atingido por uma bomba de gás lacrimogêneo.

A circulação de trens foi paralisada com a ação dos centenas de opositores, que retiraram trilhos, fizeram vagões sair das vias e atearam fogo em composições, indicou à AFP um diretor de transportes ferroviários de Bangladesh, Syed Zahur .

Na capital, Dhaka, 8.000 agentes das forças paramilitares e policiais foram mobilizados para reforçar a segurança, segundo o porta-voz da polícia, Masudur Rahman.

Antes do anúncio da data das eleições, o BNP já havia advertido que a oposição "paralisaria o país" com greves e bloqueios das grandes metrópoles nacionais até que uma resposta fosse dada aos seus pedidos.

O analista político Ataur Rahman, ex-professor de ciência política em Cingapura, considerou que as eleições não acontecerão com o boicote da BNP , à frente nas pesquisas.

"O cronograma deve ser modificado para atender às demandas da oposição e ter eleições críveis", acrescentou .

Um tribunal especial para crimes de guerra em Bangladesh sentenciou à morte, neste domingo (3), dois cidadãos do país que vivem nos Estados Unidos e no Reino Unido por crimes contra a humanidade durante a guerra de independência da nação contra o Paquistão, em 1971.

Chowdhury Mueen Uddin, que vive no Reino Unido, e Ashrafuzzaman Khan, que vive em Nova York, foram declarados culpados por um painel de três juízes de sequestrar e matar 18 pessoas em dezembro de 1971, entre elas nove professores universitários, seis jornalistas e três médicos.

##RECOMENDA##

Os condenados foram julgados à revelia uma vez que se recusaram a voltar a Bangladesh. O país alega que soldados paquistaneses e colaboradores locais mataram três milhões de pessoas e estupraram 200 mil mulheres durante a guerra de 1971. Fonte: Associated Press.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando