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O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque a um restaurante na capital de Bangladesh, Daca. Nove homens armados invadiram o café Holey Artisan Bakery, no distrito diplomático da cidade, fazendo mais de 20 reféns, com estrangeiros entre eles.

Dois policiais foram mortos no confronto com os terroristas, que também carregavam granadas explosivas.

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Ao menos quarenta pessoas foram feridas, conforme informações da rede norte-americana de televisão CNN, enquanto o jornal britânico The Guardian aponta que, segundo o próprio Estado Islâmico, já são mais de 20 vítimas fatais.

Autoridades médicas informaram que outros 25 policiais e um civil estão recebendo tratamento - dez deles estão em situação crítica, com ferimentos a bala e fraturas.

A agência de notícias do Estado Islâmico, Amaq News, afirmou mais cedo que o ataque foi realizado por "soldados do Estado Islâmico". Autoridades locais ainda não confirmaram a relação.

Um grupo composto por pelo menos nove homens armados atacou o restaurante Holey Artisan Bakery na zona diplomática da capital de Bangladesh, Daca, e está mantendo reféns. O local é costumeiramente frequentado por estrangeiros e não se sabe quantas pessoas estão presas no restaurante.

De acordo com as autoridades, o bando chegou a trocar tiros com as forças de segurança locais. "Nós falamos com algumas pessoas que conseguiram fugir após o ataque. Queremos resolver a situação de forma pacífica. Estamos tentando conversar com os agressores, queremos ouvir suas exigências", afirmou o chefe das forças de elite, Benazir Ahmed.

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Um funcionário do restaurante, Sumon Reza, conseguiu escapar e disse a jornalistas que os agressores estavam com armas de fogo e bombas quando entraram no local. A emissora Jamuna Television, citando Reza, afirmou que o grupo teria gritado "Allahu Akbar" (Deus é grande) quando iniciou o ataque.

Bangladesh, um país que tem uma maioria muçulmana moderada, tem visto uma onda de violência militante recentemente. Quase duas dúzias de escritores ateus, editores, membros de minorias religiosas e ativistas sociais foram mortos desde 2013 e a frequência dos ataques tem aumentado no últimos meses. Hoje, um funcionário de um templo hindu foi espancado até a morte por pelo menos três pessoas no sudoeste de Bangladesh.

Os ataques têm elevado os temores de que extremistas religiosos estejam tomando o país, apesar da tradição de secularismo e tolerância de Bangladesh. Fonte: Associated Press.

A polícia de Bangladesh realizou nesta terça-feira (7) violentas operações contra islamitas radicais suspeitos de uma série de assassinatos contra membros de minorias religiosas e intelectuais. Ao mesmo tempo que o corpo de um sacerdote hindu era encontrado, praticamente decapitado, no oeste de Bangladesh, as forças de segurança realizaram um duplo ataque em Dacca e no noroeste do País, no qual três islamitas, supostos membros de um grupo jihadista local, morreram.

Os dois integrantes do grupo islamita Jamayetul Mujahideen Bangladesh (JMB), que morreram em Dacca, são suspeitos de ter desempenhado um papel na "maioria dos ataques recentes", entre eles a explosão de uma bomba em uma mesquita xiita e o assassinato de um professor, segundo um funcionário de alto escalão da polícia. Outro membro do JMB morreu em um tiroteio com a polícia em Godagaro (noroeste), segundo o chefe da polícia local.

A comunidade internacional pressiona de forma crescente as autoridades de Bangladesh para que coloquem fim a esta série de assassinatos que provocaram mais de 40 mortes - de intelectuais, defensores de um sistema laico e membros das minorias religiosas - em três anos. A última vítima foi o sacerdote hindu, de 70 anos, 11ª pessoa assassinada em pouco mais de dois meses. A maioria destes ataques foram reivindicados pela organização Estado Islâmico (EI). No entanto, o governo dirigido por Sheikh Hasina atribui estes assassinatos a islamitas bengaleses, e nega a presença no país do EI e de um braço da Al-Qaeda no sul da Ásia.

"Complô internacional"

O corpo de Gopa Ganguly, com a cabeça praticamente separada do pescoço, foi encontrado em um arrozal perto de sua casa em Noldanga, distrito de Jhenidah, informou à AFP o chefe adjunto da polícia local. "Saiu esta manhã de sua casa dizendo que ia a uma casa hindu para fazer suas orações. Camponeses encontraram seu corpo praticamente decapitado em um arrozal", explicou. "O modo operacional do assassinato é comparável ao utilizado recentemente por islamitas locais", acrescentou.

O ministro do Interior, Asaduzzaman Khan, voltou a acusar nesta terça-feira o principal partido de oposição, o Bangladesh Nationalist Party (BNP), de estar envolvido nestes ataques que formam parte, segundo ele, de um complô internacional no qual também participam os serviços de inteligência israelenses, o Mossad. "Estes assassinatos formam parte de um complô nacional e internacional. Os que participam deles estão vinculados ao Mossad", disse Khan à AFP.

Um funcionário de alto escalão do BNP foi acusado no mês passado de sedição por ter conspirado contra o Estado durante um encontro com um conselheiro do governo israelense. Aslam Chowdhury foi detido depois que seu encontro com Mendi Safadi, realizado na Índia em março, foi revelado pela imprensa de Bangladesh. Segundo os especialistas, a onda de repressão contra a oposição radicalizou boa parte dos opositores.

O ciclone Roanu atingiu Bangladesh e deixou ao menos cinco mortos, além de forçar 100 mil pessoas a deixarem suas casas, segundo informações do governo.

A imprensa local informa que as mortes foram causadas quando o ciclone atingiu áreas residenciais nos distritos de Bhola, Chittagong e Patuakhali, com desabamento de casas. O ciclone Roanu cruzou o distrito costeiro de Cox´s Bazar e perdeu força.

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De acordo com informações do departamento de meteorologia, em comunicado, dezenas de aldeias estão submersas com enchentes. Fonte: Associated Press.

Ao menos 59 pessoas morreram em Bangladesh nos últimos três dias na queda de raios durante as fortes tempestades tropicais no país, anunciaram as autoridades, que destacaram um balanço sem precedentes.

"Jamais havíamos registrado um número tão alto de mortes pela queda de raios", afirmou à AFP Reaz Ahmed, diretor do departamento de gestão de catástrofes. Muitas vítimas são agricultores fulminados quando retornavam para casa dos arrozais.

A queda de raio é um fenômeno frequente em Bangladesh durante este tipo de tempestade prévia à temporada de monção, que vai de junho a setembro.

De acordo com o departamento de gestão de catástrofes, desde 2011 o fenômeno provocou quase 200 mortes por ano em média.

O aumento do número de vítimas é explicado, segundo o meteorologista Shah Alam, pelo desmatamento, especialmente pela derrubada das maiores árvores, como as palmeiras, que têm um efeito para-raios. Também é atribuído ao aumento do uso de peças de lavoura metálicas e de telefones celulares.

As autoridades anunciaram o lançamento de uma campanha para informar a população, com recomendações para que as pessoas não trabalhem durante as tempestades e evitar o uso de dispositivos eletrônicos.

Dois militantes da comunidade gay de Bangladesh, um deles funcionário da embaixada americana, foram mortos nesta segunda-feira a golpes de facão em um apartamento, informou um porta-voz de um grupo de defesa dos direitos dos homossexuais à AFP.

Recentemente também tem ocorrido uma série de ataques contra militantes e professores laicos neste país localizado no sul da Índia. "Agressores não identificados entraram em um apartamento e, com golpes de facão, mataram duas pessoas. Outra pessoa ficou ferida", informou o porta-voz da polícia de Daca, Maruf Hussein Sorder.

Os agressores gritaram 'Alá akbar!' (deus é grande), segundo testemunhas interrogadas pela emissora de televisão local Jamma. Embora a polícia não tenha divulgado as identidades dos mortos, um porta-voz do grupo gay "Boys of Bangladesh" informou em uma mensagem de texto enviada à AFP que o editor da revista Roopbaan, Xulhaz Mannan, estava entre as vítimas. Mannan trabalhava na embaixada dos Estados Unidos.

O outro assassinado seria, segundo a fonte, Mahdub Tonoy, também ativista gay e membro do comitê executivo da revista. Mannan foi o fundador e o organização da "Reunião do Arco íris", um encontro anual da comunidade, criado em 2014 e que é celebrado todo 14 de abril em coincidência com o ano novo bengalês.

No entanto, este ano, a realização do encontro tinha sido suspensa pela polícia por motivos de segurança, depois que os organizadores foram ameaçados por grupos islamitas. A comunidade homossexual é muito discriminada e perseguida em Bangladesh, país de maioria muçulmana.

Vinte milhões de pobres de Bangladesh continuam bebendo água contaminada com arsênico duas décadas depois da detecção da presença da substância, afirma a ONG Human Rights Watch (HRW) em novo relatório.

"Bangladesh não está adotando os passos básicos e óbvios para retirar o arsênico da água potável de milhares de pbres nas zonas rurais", disse à AFP o investigador da HRW Richard Pearshouse. "A situação é quase tão ruim como há 15 anos", lamentou.

A HRW calcula que a água contaminada mata a cada ano 43.000 pessoas, em sua maioria nas zonas rurais. A contaminação começou nos anos 1970, quando o governo perfurou milhões de poços para proporcionar água aos habitantes de zonas rurais sem levar em consideração que estava contaminada com arsênico de maneira natural.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a contaminação da água em Bangladesh como "o caso de envenenamento em massa de população mais importante da história".

A exposição crônica ao arsênico está relacionada com cânceres de fígado, bexiga e pele, assim como doenças cardíacas. A HRW recorda que muitos bengaleses não têm acesso a atendimento médico.

A Suprema Corte de Bangladesh rejeitou nesta segunda-feira um pedido de ativistas seculares de retirar do islã o status de religião do Estado, uma dia depois de uma convocação de protestos a nível nacional de grupos islamitas radicais.

Um comitê composto por três juízes rejeitou o pedido, em um processo sem audiências. A solicitação, que foi apresentada pela primeira vez há 28 anos, provocou protestos de grupos islamitas em todo o país. "Estamos muito tristes. É um dia triste para as minorias de Bangladesh", disse Subrata Chowdhury, que representa os defensores do Estado secular.

Bangladesh foi declarado um Estado laico após sua independência em 1971, quando se separou do Paquistão. Mas em 1988, durante o governo militar do general Husain Muhamad Ershad, o islã foi declarado a religião do Estado.

O principal partido islamita do país, uma nação onde 90% da população é muçulmana, chamou a decisão de "vitória para 160 milhões de pessoas".

Hackers roubaram 81 milhões de dólares do Banco Central de Bangladesh, mas fracassaram no projeto de desviar US$ 1 bilhão por erros no momento de digitar os pedidos de transferência, informaram nesta sexta-feira (11) funcionários bengaleses.

Os piratas de computador conseguiram, no começo de fevereiro, transferir a quantia que o Banco Central de Bangladesh tinha em uma conta na filial nova-iorquina do Banco Central americano (Fed). "Oitenta e um milhões de dólares foram transferidos do Fed de Nova York para uma conta nas Filipinas", informou Razee Hassan, vice-governador do Banco Central de Bangladesh.

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Estes hackers tinham inundado o Fed nova-iorquino com dezenas de ordens de transferência e pretendiam desviar US$ 850 milhões adicionais, tentando se beneficiar de um possível déficit de comunicação entre os bancos nos últimos fins de semana.

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Mas o sistema de segurança do banco e falhas ao digitar algumas petições de transferência fizeram seu plano fracassar parcialmente. "Tentativas de transferência de US$ 850 milhões foram frustradas pelo sistema de segurança do Fed", afirmou Hassan.

As autoridades do país já tinham ameaçado na última terça-feira (8) apresentar demandas judiciais contra o Fed de Nova York, assegurando que era responsável  pelo dinheiro ali depositado.

Contatado, o Fed de Nova York recusou-se a fazer comentários e enviou um comunicado, no qual indica que não há indícios de que seu sistema de segurança tenha sido afetado e indicou que as ordens de transferência estavam conforme os protocolos normais de autenticação. 

O BC bengalês indicou que suspeita que chineses estejam por trás da ação e especialistas em cibercriminalidade iniciaram uma investigação a respeito.

A polícia em Bangladesh afirmou que uma explosão em uma mesquita da minoria muçulmana Ahmadiya matou o suspeito do ataque e deixou três pessoas feridas.

O chefe da polícia local, Motiar Rahman, disse que a explosão aparenta ser um ataque suicida de um jovem durante a reza semanal nesta sexta-feira, em uma mesquita na região de Bagmara.

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Rahman divulgou que o homem morreu na explosão. Bangladesh tem cerca de 100 mil muçulmanos da minoria Ahmadiya entre os 160 milhões de habitantes do país. A maioria da população é sunita. Fonte: Associated Press.

A criança que nasceu com duas cabeças em Bangladesh morreu no domingo (15) devido a uma provável falha cardíaca, disse o hospital.  A menina havia nascido na quarta-feira (11). Ela possuía duas cabeças e dois corações, mas apenas um corpo.

“Ela não estava em condição estável desde que nasceu. Ela morreu antes que pudéssemos intervir”, disse o líder da UTI do hospital Abid Hossian Molla. “A menina tinha duas mãos e duas pernas como um bebê normal, mas dentro ela tinha dois corações, dois conjuntos de pulmões e órgãos pélvicos compartilhados”, completou.

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O pai da menina, Jamal Mia, disse ter enterrado a criança no cemitério público de Daca, capital de Bangladesh. “Eu não posso pagar para contratar uma ambulância para levá-la de volta para casa. Então os médicos me deram algum dinheiro para enterrá-la em Daca", disse. “Eu fiquei triste por ela, enquanto não podíamos fazer muito para salvá-la”. Jamal disse ainda não ter contado a esposa da morte da filha porque a mulher estava muito doente após dar a luz por cesariana.

Em 2008, uma criança nascida com duas cabeças em Bangladesh também morreu.

Com informações da AFP

Médicos de um hospital de Bangladesh prestaram atendimento a uma menina que nasceu com duas cabeças esta semana, informaram fontes médicas e o pai da criança. O bebê nasceu na noite desta quarta-feira (11) e está recebendo tratamento por dificuldades respiratórias, depois de ser transferida para a unidade de terapia intensiva do maior hospital do país, em Dacca.

"Quando eu vi minha filha, eu fiquei espantado. Ela tem duas cabeças totalmente desenvolvidas. Ela está comendo com duas bocas e respirando com dois narizes", disse o pai, Jamal Mia. "Ainda assim eu agradeço a Alá porque ela e a mãe estão bem agora", completou.

Abu Kawsar, proprietário do 'Standard Hospital of Total Healthcare', onde a menina nasceu em um parto por cesárea, afirmou que os exames iniciais apontam que ela tem apenas um conjunto de órgãos vitais."Com exceção de ter duas cabeças, a recém-nascida tem o restante dos órgãos e membros como um recém-nascido normal", disse Kawsar.

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Milhares de pessoas seguiram para o hospital em Brahmanbaria, local do parto, depois que a notícia foi divulgada. Com a presença da multidão, os médicos optaram pela transferência para a capital.

Uma criança também nasceu com duas cabeças em Bangladesh em 2008, mas não resistiu e faleceu pouco depois.

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A facção do grupo jihadistas Al-Qaeda no subcontinente indiano Ansar al-Islam (AQIS), reivindicou o assassinato a machadadas de um blogueiro comprometido com a defesa da laicidade em Daca, o quarto assassinato deste tipo em Bangladesh durante o ano, informaram a polícia e uma associação de ativistas.

O grupo reivindicou o assassinato no Twitter e Facebook e alertou que haverá outros. Este mesmo grupo reivindicou o assassinato, em março, de outros blogueiro, Washiqur Rahman.

Niloy Neel, pseudônimo de Nilo Chakrabarti, foi assassinado em seu apartamento por um grupo de agressores armados com facões, segundo a rede de Blogueiros e Ativistas de Bangladesh, alertada por uma testemunha.

"Entraram em seu quarto, no quinto andar, empurraram seu amigo para um lado e depois deram facadas até matá-lo. Estava incluído entre os alvos dos ativistas islamitas", disse à AFP o líder da Rede, Imran H. Sarker.

A polícia confirmou seu assassinato no bairro de Gora de Daca, mas não tinha detalhes sobre seu passado ou sobre o motivo do assassinato.

"Seis pessoas bateram na porta dizendo que queriam alugar um apartamento. Duas delas o levaram a um quarto e o assassinaram ali", contou o delegado adjunto da polícia Muntashirul Islam à AFP.

"Sua esposa também estava no apartamento, mas foi confinada em outro quarto".

Niloy Neel é o quarto blogueiro assassinado em Bangladesh em pouco mais de sete meses.

O governo de Bangladesh planeja enviar milhares de rohingyas, que vivem há anos em acampamentos próximos à fronteira com Mianmar, a uma ilha do sul do país, indicou nesta quarta-feira (27) um funcionário do alto escalão.

"A transferência dos campos de rohingyas vai ocorrer" para a ilha de Hatiya, no golfo de Bengala, declarou à AFP Amit Kumar Baul, responsável pela célula de refugiados de Mianmar, um organismo oficial de Bangladesh.

Cerca de 32.000 refugiados rohingyas vivem em dois acampamentos improvisados no sudeste de Bangladesh, no distrito de Cox's Bazar, na fronteira com Mianmar, onde esta minoria muçulmana é perseguida.

Mohamed Islam, líder da comunidade rohingya em um dos acampamentos, denunciou a decisão do governo de Bangladesh, ao considerar que tornará ainda mais difícil a vida dos refugiados. "Queremos que o governo e as organizações internacionais resolvam nosso problema aqui", disse à AFP.

O governo quer deslocar os rohingyas em parte porque os campos de refugiados prejudicam o turismo em Cox's Bazar, cujos hotéis na praia acolhem muitos bengaleses, explicou Baul.

Milhares de membros desta minoria e de imigrantes de Bangladesh tentam uma perigosa travessia pelo sul do golfo de Bengala com o objetivo de se instalar na Malásia ou na Indonésia.

Este êxodo existe há anos, mas se converteu em uma grave crise no início do mês, quando os traficantes de migrantes abandonaram milhares deles no mar, depois que a Tailândia adotou uma nova política repressiva.

A primeira-ministra bengalesa criticou duramente no domingo os migrantes procedentes de seu país, classificados de "doentes mentais".

Mianmar anunciou neste sábado que expulsará para Bangladesh mais de 200 imigrantes resgatados esta semana em suas costas, ao mesmo tempo que o secretário-geral da ONU fez um apelo aos países do sudeste asiático para que salvem as vidas dos que estão à deriva.

Os 208 imigrantes, que foram encontrados em uma embarcação de madeira, estão desde sexta-feira na cidade birmanesa de Maungdaw, porto de partida de vários habitantes locais que tentam fugir de Mianmar.

"Fornecemos ajuda humanitária. Depois disto, vamos reenviá-los a seu país", declarou Zaw Htay, porta-voz da presidência birmanesa, que afirmou estar em contato com a Guarda de Fronteira de Bangladesh.

A Guarda Costeira de Bangladesh informou que uma equipe viajará em breve para Mianmar.

"Nosso comandante vai viajar, o processo deve demorar dois ou três dias", afirmou à AFP Abu Russell Siddiki, porta-voz no posto de fronteira de Teknaf.

Uma fonte autorizada afirmou que Bangladesh deseja assegurar que Mianmar não expulsará os rohingyas, uma comunidade muçulmana marginalizada pelas autoridades birmanesas.

O barco rebocado na sexta-feira foi o primeiro resgatado por Mianmar desde a explosão da crise, provocada pela postura mais rígida da política da Tailândia, país de trânsito.

Mianmar, que vive o auge do nacionalismo budista antimuçulmano, está no centro do problema regional porque muitos imigrantes que se jogam ao mar pertencem à minoria muçulmana dos rohingyas deste país. O outro país com muitos imigrantes em fuga é o vizinho Bangladesh.

Segundo a ONU, milhares de migrantes procedentes de Mianmar e Bangladesh estão bloqueados no mar, a poucas semanas do início da temporada das chuvas de monção.

Vários países do sudeste asiático flexibilizaram a política nos últimos dias, sob pressão internacional.

Malásia, Indonésia e Tailândia receberam mais de 3.500 imigrantes, mas, assim como Mianmar, insistem que a medida é temporária.

- Budistas irritados -

A decisão de rebocar a embarcação com os 208 imigrantes provocou a revolta dos nacionalistas budistas extremistas.

O mais irritado, o monge Wirathu, conhecido pelas declarações antimuçulmanas, denunciou uma recepção provocada pela pressão internacional.

"Se socorrermos estas pessoas, virá o perigo", escreveu no Facebook.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, apelou aos países da região que prossigam com os esforços para deter a crise.

"Quando as pessoas estão à deriva no mar, a primeira prioridade é buscá-las, resgatá-las e proporcionar ajuda humanitária", declarou.

Ban expressou esperança de que os países da região ataquem "as raízes" da fuga dos rohingyas de Mianmar e dos bengaleses que tentam escapar da miséria.

Mas Mianmar não dá sinais de mudança nas condições de vida da minoria rohingya, um tema quase tabu no país. Nem mesmo Aung San Suu Kyi, prêmio Nobel da Paz e considerada pela comunidade internacional como o símbolo da defesa da democracia no país, se pronunciou sobre o tema, por medo das críticas.

Os rohingyas de Mianmar, uma comunidade de 1,3 milhão de pessoas, são apátridas e não possuem direitos. As autoridades birmanesas os consideram imigrantes ilegais bengaleses, mesmo no caso das famílias que estão no país há várias gerações.

Pelo menos 2.000 imigrantes estão bloqueados há mais de 40 dias a bordo de embarcações nas costas de Mianmar e Bangladesh, e correm o risco de se tornarem vítimas da violência e da fome, alertou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

"Estão retidos por mais de 40 dias em pelo menos cinco barcos perto das costas de Mianmar e Bangladesh", afirmou à AFP a porta-voz do Acnur, Vivian Tan.

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A agência da ONU tem informações que indicam a falta de comida, desidratação e violência a bordo das embarcações, segundo a porta-voz.

Um blogueiro ateu foi assassinado com golpes de machado nesta terça-feira na região nordeste de Bangladesh, o terceiro caso similar no país desde 26 de fevereiro.

"Agressores encapuzados mataram, com machadadas, Ananta Bijoy Das na cidade de Sylhet esta manhã", afirmou o chefe de polícia da localidade, Faisal Mahmud.

Ananta Bijoy Das escrevia para o site Mukto-Mona (Pensamento Livre), para o qual também trabalhava o blogueiro americano de origem bengalesa Avijit Roy, assassinado em 27 de fevereiro em Dacca, informou à AFP Imran Sarker, presidente da Associação de Blogueiros de Bangladesh.

"Ele havia recebido ameaças extremistas por seus últimos textos. Estava na lista de alvos", disse Debasish Debu, um amigo de Das, à AFP.

Debu fez referência à existência de uma lista de blogueiros ameaçados por extremistas islamitas.

O diretor do Mukto-Mon, Farid Ahmed, confirmou que Das escrevia para o site.

O assassinato de Das aconteceu uma semana depois da Al-Qaeda para o subcontinente indiano (AQIS) reivindicar a morte do blogueiro americano Roy.

Roy era um fervoroso defensor da laicidade em um país no qual 90% dos 160 milhões de habitantes são muçulmanos. Um islamita está detido pelo assassinato.

Outro blogueiro, Washiqur Rahman, foi assassinado a facadas em 30 de março em Dacca. Dois estudantes de uma escola religiosa foram detidos pelo crime.

Várias tempestades tropicais que atingiram Bangladesh deixaram pelo menos 36 mortos e vários feridos. Informações divulgadas por meios de comunicação nesta segunda-feira indicam que as mortes aconteceram desde sábado e que a maioria delas foi registrada no distrito de Bogra, norte do país.

O jornal Prothom Alo informou que pelo menos 20 pessoas morreram em Borga e cinco em Daca. As demais eram de outras áreas ao norte e também do sudoeste do país.

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O diário disse também que as tempestades derrubaram árvores, danificaram linhas de transmissão de energia e que centenas e casas, lojas e escolas foram destruídas. Bangladesh costuma registrar tempestades e tornados no mês de abril, com a aproximação do verão no local. Fonte: Associated Press.

Um blogueiro foi assassinado a facadas nesta segunda-feira (30) em Daca, capital de Bangladesh, anunciou a polícia, a segunda morte de um autor independente desde a de um blogueiro americano em fevereiro.

Washiqur Rahman, de 27 anos, "foi brutalmente assassinado a facadas nesta manhã com uma grande faca a 500 metros de sua casa, em Daca", disse à AFP o chefe da polícia local, Wahidul Islam.Dois homens foram presos logo depois do crime quando tentavam fugir.

Segundo outro autor ativo nas redes sociais, a vítima era conhecida por ter escrito contra "o fundamentalismo religioso", algo que a polícia não pôde confirmar. "Era um livre pensador progressista contrário ao fundamentalismo religioso", disse à AFP Imran Sarker, responsável pela rede de blogueiros Blogger and Online Activists Network.

Esta morte ocorreu um mês após o assassinato do blogueiro americano Avijit Roy com um machado quando voltava para casa com a esposa. Pela morte de Roy, ateu e defensor fervoroso do Estado laico neste país onde 90% dos 160 milhões de habitantes são muçulmanos, a polícia deteve no início de março um islamita por considerá-lo suspeito do crime.

O teto de uma fábrica de cimento de cinco andares, que estava em construção em Bangladesh, desmoronou nesta quinta-feira (12), matando pelo menos quatro trabalhadores e deixando outros presos em meio aos escombros.

Cerca de 150 pessoas trabalhavam no local quando houve o desmoronamento em Mongla, no distrito de Bagerhat, informou o bombeiro Mizanur Rahman. Ele disse que pelo menos 40 pessoas haviam sido resgatadas dos escombros e ao menos 40 ainda deveriam estar presas. Muitos dos feridos foram hospitalizados com ferimentos, informou Rahman.

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As causas do desmoronamento ainda estavam sob investigação. Os sobreviventes disseram que entre 50 e 60 pessoas trabalhavam no telhado, enquanto as demais estavam no térreo quando o prédio ruiu, informou o administrador do governo local M. Jahangir Alam. Não estava claro quantas pessoas foram diretamente afetadas pelo desmoronamento.

A fábrica à beira-mar fica cerca de 135 quilômetros a sudoeste de Daca e é de propriedade de uma organização de bem-estar do Exército, informou a agência de notícias United News of Bangladesh.

Em abril de 2013, um prédio que abrigava fábricas de roupas desmoronou em Daca, matando mais de 1.100 pessoas. Pesquisas de engenheiros mostram que muitas fábricas de Bangladesh violam os códigos de construção ao usar materiais de má qualidade ou adicionando mais andares do que as fundações podem suportar. Fonte: Associated Press.

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