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Em pronunciamento, nesta terça-feira (19), o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) informou ter apresentado um requerimento para que a CPI da Pandemia provoque a Justiça solicitando a imediata remoção de Carlos Gabas da direção do Consórcio Nordeste, que congrega todos os estados da região. Ele disse que seu pedido é um gesto de respeito "ao dinheiro que é retirado das mesas das famílias brasileiras", referindo-se à compra de 300 respiradores destinados aos pacientes com covid-19, equipamentos que não foram entregues pela empresa responsável.

O parlamentar criticou a CPI por não ter apurado "o desvio de R$48,7 milhões, na compra, supostamente fraudulenta, dos 300 respiradores". E informou que a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte está investigando o assunto, numa Comissão de Inquérito, e inclusive convocou Carlos Gabas para depor, quebrando seu sigilo bancário. 

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"Apesar da confirmação de todas as gravíssimas denúncias, ele continua firme, recebendo um salário de cerca de R$20 mil como secretário-executivo do Consórcio, que reúne nove Estados nordestinos e custa R$10 milhões por ano ao bolso do contribuinte do Nordeste brasileiro", reclamou.

Girão também divulgou nota oficial emitida por entidades do seu estado, manifestando "indignação diante da morosidade" da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania em sabatinar André Mendonça, indicado a uma vaga no Supremo Tribunal Federal. O documento, assinado pelo Movimento Conservador Cristão de Ação Social e Política, a Ordem dos Ministros Evangélicos do Ceará e o Movimento Ceará Livre, critica diretamente o presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Após mencionar que a Constituição garante que "ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política", o documento afirma que os signatários não podem se calar "diante de um ato sem justificativa" e que resvala em questões "discriminatórias e antidemocráticas".

Da Agência Senado

 

Ex-ministro da Previdência dos governos Lula e Dilma, Carlos Gabas participa de debates sobre a reforma proposta pelo presidente Michel Temer (PMDB) para o setor nesta quinta (23) e sexta-feira (24) em Pernambuco. Sob o mote “O que temer com a Reforma da Previdência”, os encontros vão acontecer no Recife e em Caruaru.

Na capital pernambucana o seminário será hoje na sede do Sindicato dos Servidores Federais em Pernambuco (Sindsep), no bairro da Boa Vista, às 17h. Já em Caruaru, no Agreste do estado,  o evento vai acontecer amanhã, às 10h, na sede da Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (Acic), às 10h. A visita de Gabas está sendo organizada pelo senador e líder do PT no Senado, Humberto Costa. Os encontros seriam em fevereiro, mas foram adiados após a morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia. 

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Prevista para ser votada ainda no primeiro semestre de 2017, a PEC 287, entre outras mudanças, altera a idade mínima necessária para a aposentadoria, que hoje é de 55 anos para mulher e de 60 para homens, para 65 anos para homens e mulheres. O tempo mínimo de contribuição também vai saltar de 15 anos para 25 anos.

O projeto de reforma da Previdência está sendo debatido por uma comissão especial na Câmara dos Deputados. Depois, a matéria segue para apreciação no plenário da Casa e se aprovada será encaminhado para o Senado.

Ex-ministro da Previdência dos governos Lula e Dilma, Carlos Gabas vem a Pernambuco, na próxima sexta-feira (3), para participar de dois seminários sobre a reforma proposta pelo presidente Michel Temer (PMDB) para o setor. Sob o mote “O que temer com a Reforma da Previdência”, os encontros vão acontecer no Recife e em Caruaru, no Agreste do estado. 

Na capital do Agreste, o evento ocorre na sede da Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (Acic), às 10h. Já na capital pernambucana será no Sindsep, na Boa Vista, às 17h. A visita de Gabas está sendo organizada pelo senador e líder do PT no Senado, Humberto Costa.

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Segundo petista, é fundamental ampliar o debate sobre a reforma proposta por Temer. “Temos que discutir esse modelo que está sendo apresentado pelo governo, que penaliza o trabalhador e que vai afetar duramente a vida de milhões de brasileiros”, afirmou. 

Entre as mudanças propostas pela gestão está a que altera a idade mínima necessária para a aposentadoria atualmente de 55 anos para mulher e de 60 para homens. O novo projeto, por sua vez, determina que a idade seja maior ou igual a 65 anos para homens e mulheres. O tempo mínimo de contribuição também vai saltar de 15 anos para 25 anos.

“Temer se aposentou aos 55 anos, mas quer impor ao trabalhador brasileiro uma reforma cruel que, na prática, vai tirar dos trabalhadores o direito de se aposentar e de ter uma velhice digna, mas que mantém os privilégios de poucos grupos. Por isso, mais do que nunca, precisamos debater, estar junto da população e esclarecer o quanto esta reforma é danosa”, avaliou o senador.

O ex-ministro Carlos Gabas foi alvo de uma operação de busca e apreensão em sua residência na manhã desta quinta-feira, 23, em Brasília. A ação fez parte da Operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato.

Gabas foi ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil (SAC) do governo Dilma Rousseff, ministro da Previdência Social e já ocupou o cargo de secretário especial da Previdência Social depois que a pasta foi unida ao Ministério do Trabalho.

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A Polícia Federal, em ação conjunta com o Ministério Público Federal e a Receita Federal do Brasil, deflagrou na manhã desta quinta-feira a Operação Custo Brasil para apurar o pagamento de propina, proveniente de contratos de prestação de serviços de informática, na ordem de R$ 100 milhões, entre os anos de 2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários públicos e agentes públicos ligados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

O ex-ministro Paulo Bernardo (Planejamento e Comunicações no governo Lula), marido da senador Gleisi Hoffmann (PT-PR) foi preso durante a operação.

Estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, 40 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de condução coercitiva nos Estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal, todos expedidos, a pedido da PF, pela 6ª Vara Criminal Federal em São Paulo.

Os investigados responderão, de acordo com suas ações, pelos crimes de tráfico de influência, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas de 2 a 12 anos de prisão.

Ex-ministro da Aviação Civil e da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, prestou depoimento à Polícia Federal, na manhã desta quinta-feira (23), sem deixar a sua residência em Brasília. Gabas foi alvo de um mandado de condução coercitiva – quando uma pessoa é obrigada a prestar esclarecimentos sobre uma investigação – da Operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato. 

Em entrevista a uma rede de televisão, o ex-ministro disse que “tudo que o tem está declarado e não tem nada a omitir”, além disso, ele observou querer “a verdade” e pontuou que “as pessoas culpadas sejam punidas e as inocentes absolvidas”. 

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Gabas é acusado de estar envolvido no pagamento de propina, proveniente de contratos de prestação de serviços de informática, no valor de R$ 100 milhões, entre os anos de 2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários públicos e agentes públicos no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

O negócio teria como principal beneficiados o ex-ministro de Planejamento e Comunicação, Paulo Bernardo, preso pela Custo Brasil, e sua esposa, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). De acordo com nota divulgada pela PF, há "indícios de que o ministério direcionou a contratação de uma empresa de prestação de serviços de tecnologia e informática para a gestão do crédito consignado na folha de pagamento de funcionários públicos federais com bancos privados", interessados na concessão desse tipo de crédito.

Os policiais federais estão cumprindo 11 mandados de prisão preventiva, 40 de busca e apreensão e 14 de condução coercitiva nos estados de São Paulo, do Paraná, Rio Grande do Sul, de Pernambuco e no Distrito Federal, todos expedidos pela 6ª Vara Criminal Federal em São Paulo.

Em Pernambuco, a PF cumpre três mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva nos bairros de Ilha do Leite, Jaqueira e Boa Viagem, no Recife. As prisões são de dois empresários e estão sendo feitas nos bairros de Jaqueira e Boa Viagem.

O ex-vereador petista Alexandre Romano afirmou em delação premiada à procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato que o ex-ministro da Aviação Civil e da Previdência Social Carlos Eduardo Gabas, nos governos da presidente afastada Dilma Rousseff, recebeu propina acertada com o PT cobrada da empresa Consist Software, por contrato vinculado ao Ministério do Planejamento.

O negócio teria como principal beneficiados o ex-ministro Paulo Bernardo (Planejamento e Comunicação) e sua mulher a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Gabas foi conduzido coercitivamente para depor nesta quinta-feira, 23, alvo da Operação Custo Brasil, que prendeu o ex-ministro Paulo Bernardo.

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Conhecido como Chambinho, Romano foi preso na 18ª fase da Lava Jato, em agosto de 2015, alvo da Operação Pixuleco 2 - que apontou pagamento de R$ 51 milhões em propinas nesse contrato, a partir de 2010.

A Consist foi escolhida para prestar serviços de informática no âmbito do acordo técnico entre o Ministério do Planejamento e a Associação Brasileira de Bancos (ABBC) e o Sindicato das Entidades Abertas de Previdência Privada (SINAPP) para gestão de margem consignável em folha de pagamento dos servidores públicos federais.

Após a confirmação do contrato, o ex-vereador diz que foi acertado que ele ficaria com um lucro de 32%, que seria dividido. Segundo a delação de Chambinho, a partilha da propina foi discutida em reunião na sede do PT, em São Paulo, com o ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto - preso pela Lava Jato, em Curitiba - e com o ex-tesoureiro petista Paulo Ferreira, casado com a ex-ministra de Dilma Tereza Campello.

O delator aponta Paulo Ferreira com responsável por sua participação no negócio, em reunião na sede do PT, em Brasília, no final de 2009.

"Para a conversa, Paulo Ferreira chamou Duvanier Paiva Ferreira (Secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento) e Carlos Gabas", informou Chambinho. "Foi falado que parte dos lucros da empresa ficaria com o Partido dos Trabalhadores e outra parte com as pessoas envolvidas na operação."

Chambinho relata que Vaccari não concordou com repasse de parte da propina para Gabas e Duvanier. Paulo Bernardo ficaria com 1/3 dos 32% porque era na época Ministro do Planejamento, chefe de Duvanier Paiva Ferreira. Na sequencia, João Vaccari disse que os outros 2/3 seriam divididos entre o Partido dos Trabalhadores (90%) e Alexandre Romano (10%)."

Romano diz não ter concordado com a partilha e recorreu a Paulo Ferreira. Este, teria proposto o acerto final: "20% para Alexandre Romano e 80% para o Partido dos Trabalhadores".

Nova partilha

Chambinho diz que a entrada de Gabas na partilha da propina ocorreu "em um segundo momento", no final de 2012 - ano das eleições municipais.

João Vaccari chamou Romano e pediu para ele conversar com Dercio Guedes de Souza, representante da JD2. Na versão do delator, o ex-tesoureiro do PT teria dito que conversou com "o Ministro de Planejamento Paulo Bernardo e que ele teria autorizado tal empresa a entrar no esquema e ter uma participação nos lucros da Consist". Romano diz ter ouvido do dono da JD2 que Gabas era "um dos beneficiados".

A entrada de Gabas, segundo revelou o ex-vereador do PT, foi porque na renovação do acordo de cooperação que tinha a Consist como beneficiária no Ministério do Planejamento, o secretário executivo adjunto da pasta Valter Correia "colaborou". A partir daí, a JD2 "iria receber 50% do valor de 1/3 que era dedicado ao Ministro do Planejamento Paulo Bernardo".

O delator diz ter ouvido do sócio da JD2 que o valor era dividido entre Gabas, Valter Correia e uma terceira pessoa. A propina foi paga nessa proporção até janeiro de 2015, quando aumentou a participação da JD2. "Ficando esta estabelecida no valor de R$ 300 mil."

Os repasses, segundo Chambinho, "duraram até o ano de 2015, com proporções sendo alteradas ao longo dos meses". "Quem coordenava a divisão de lucros era a pessoa de João Vaccari", disse.

Gabas foi ministro da Previdência entre 2010 e 2015. Ele é próximo da presidente afastada Dilma Rousseff. Em abril deste ano, ele foi nomeado ministro da Secretaria da Aviação Civil. Em 2013, a presidente saiu para um passeio na garupa de sua moto, que ficou famoso.

Ele integra a lista de alvos da Lava Jato que tinham direito a foro especial, por prerrogativa de função, e passaram a ser investigados em primeira instância.

Gleisi

O elo de Gleisi com o caso, além do marido, são o advogado Guilherme Gonçalves - alvo de buscas na Operação Pixuleco 2 - e um motorista. "1/3 ficaria para Paulo Bernardo, o que iria receber o dinheiro por intermédio de Guilherme Gonçalves." O advogado trabalhou nas campanhas da senadora Gleisi Hoffmann. Ele também teve prisão decretada na Custo Brasil, mas ainda não foi localizado.

O ex-ministro Carlos Gabas foi alvo de condução coercitiva da Polícia Federal - quando o investigado é levado para depor e liberado - nesta quinta-feira, 23, na Operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato.

Gabas foi ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil (SAC) do governo Dilma Rousseff, ministro da Previdência Social e já ocupou o cargo de secretário especial da Previdência Social depois que a pasta foi unida ao Ministério do Trabalho.

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A Polícia Federal, em ação conjunta com o Ministério Público Federal e a Receita Federal do Brasil, deflagrou na manhã desta terça-feira, 23, a Operação Custo Brasil para apurar o pagamento de propina, proveniente de contratos de prestação de serviços de informática, na ordem de R$ 100 milhões, entre os anos de 2010 e 2015, a pessoas ligadas a funcionários públicos e agentes públicos ligados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. O ex-ministro Paulo Bernardo (Planejamento e Comunicações no governo Lula), marido da senador Gleisi Hoffmann (PT-PR) foi preso.

Estão sendo cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, 40 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de condução coercitiva nos estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal, todos expedidos, a pedido da PF, pela 6ª Vara Criminal Federal em São Paulo.

Os investigados responderão, de acordo com suas ações, pelos crimes de tráfico de influência, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas de 2 a 12 anos de prisão.

A presidente Dilma Rousseff nomeou nesta sexta-feira, 29, Carlos Eduardo Gabas para o cargo de ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil (SAC). Gabas é ex-ministro da Previdência Social e ocupava o cargo de secretário especial da área desde que a Pasta foi unida ao ministério do Trabalho.

A SAC estava sendo comandada interinamente por Guilherme Ramalho depois que Mauro Lopes (PMDB) deixou o cargo para reassumir seu mandato de deputado federal e votou contra a presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment no plenário da Câmara.

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Gabas terá como missão o lançamento de licitação para o leilão de quatro novos aeroportos; Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Florianópolis. O anúncio está dentro da agenda programada pela presidente Dilma Rousseff para os próximos dez dias, que poderão ser os últimos de seu governo, caso o Senado aprove a abertura do processo de impeachment e ela seja afastada do cargo por até 180 dias.

O ex-ministro da Previdência Social e novo secretário especial da Previdência, Carlos Gabas, afirmou nesta terça-feira (6) que governo tem o desafio de atualizar as regras da Previdência para preservar o sistema. "A nossa tarefa é reorganizar essa regra e garantir sustentabilidade, trazendo para a nova realidade demográfica do nosso País", disse, ao falar sobre as regras de acesso aos benefícios.

Em rápida fala em cerimônia de transmissão de cargo, Gabas disse que não há 'downgrade' no fato de deixar de ser ministro e virar secretário. "Somos uma equipe", afirmou, se referindo ao novo ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, e ao novo secretário especial do Trabalho, José Lopez Feijóo.

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ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, já está a postos no gabinete da liderança do governo na Câmara dos Deputados para tirar dúvidas dos parlamentares sobre a Medida Provisória 664, que muda o sistema de concessão de pensão por morte. O ministro deve se reunir com deputados do PTB, PR e PSD.

Segundo a assessoria de imprensa do ministério, Gabas também aproveitará a presença na Câmara para receber outras demandas de parlamentares. Não está programada a ida do ministro ao plenário para acompanhar a votação da MP.

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O líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho, apresentou dois requerimentos para ouvir esclarecimentos dos ministros da Saúde, Arthur Chioro, e da Previdência Social, Carlos Gabas. Os documentos solicitando a oitiva dos gestores foram entregues nessa terça-feira (12) à Mesa Diretora da Câmara.

No caso de Chioro, Mendonça acredita que o Ministério da Saúde foi omisso no combate à dengue e por isso vivemos uma epidemia da doença no país hoje. “Neste ano, havia a previsão de investimento de R$ 13,7 milhões, mas apenas R$ 2,8 milhões foram empregados no combate à doença”, afirma. “Diante de gravidade da situação, quero ouvir o que o ministro pretende fazer para reverter esse quadro”, finaliza.

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Além disso, Mendonça quer que o ministro Carlos Gabas preste esclarecimentos sobre denúncias de perdas bilionárias na gestão do Postalis. O órgão que deveria fiscalizar os fundos de pensão de estatais é a Previc, vinculado ao ministério da Previdência. “Considerando o risco à solvência do fundo e, por consequência, à aposentadoria dos funcionários dos Correios, é fundamental que o ministro ofereça respostas”, avalia o deputado.

Mesmo após fechar 2014 com um rombo superior a R$ 50 bilhões, a Previdência Social não passará por uma grande reformulação nos próximos anos, afirmou nesta sexta-feira (2), o novo ministro, Carlos Gabas. "Não defendemos uma grande reforma da Previdência. Precisamos fazer alguns ajustes, mas de acordo com a evolução demográfica", disse, logo após a cerimônia de transmissão de cargo, uma das mais concorridas em Brasília.

Para sanar os problemas de curto prazo, as regras mais rígidas para a concessão de pensão por morte e auxílio-doença são suficientes neste momento, defendeu o novo ministro. Até então secretário-executivo do ministério, Gabas afirmou que não há hoje a possibilidade de risco de quebra da Previdência. "Mas é preciso fazer ajustes."

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Medidas impopulares costumam ser apresentadas nos primeiros anos de todos os governos, quando ainda há uma lua-de-mel entre o Executivo e o Legislativo. Não desta vez. Se uma grande reforma não foi desenhada no primeiro mandato de Dilma Rousseff, agora o quadro está mais complicado, já que a base parlamentar governista é menor do que há quatro anos. Como a medida provisória com as novas regras de concessão precisa ser apreciada pelo Congresso, Gabas pediu a colaboração de seu antecessor no cargo, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), para aprovar as mudanças.

Idade

Um dos ministros mais próximos da presidente Dilma Rousseff, Carlos Gabas também garantiu não haver qualquer estudo sobre uma mudança na idade mínima para aposentadoria e afirmou que os direitos adquiridos por aposentados e beneficiados não serão retirados. Haverá apenas, de acordo com ele, algumas alterações para fortalecer a Previdência. O discurso é idêntico ao adotado pelo Palácio do Planalto.

Não é justo, na avaliação do novo ministro, conceder benefícios permanentes e no teto máximo da Previdência por pensão de morte, por exemplo, a pessoas que não contribuíram ou que fizeram apenas uma contribuição. "Hoje, a lei permite isso, mas não é justo com quem contribuiu durante anos e precisamos que a Previdência seja mais justa e sustentável", argumentou. E também disse ser contrário ao fato de benefícios temporários gerarem mais regalias do que os permanentes. "Não pode haver distorções, precisamos acabar com elas".

O paulista Gabas, funcionário de carreira, começou a trabalhar em Brasília no primeiro ano do governo Lula, levado pelo novo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini. A solenidade de posse foi uma das cerimônias mais concorridas da Esplanada, com a presença de ministros do primeiro e segundo mandato de Dilma. Até o antecessor Garibaldi Alves, conhecido pelas tiradas, brincou com a presença de tantas autoridades no local. "Aqui tem mais cacique do que índio, tem mais autoridades do que nunca", disse, levando os presentes às gargalhadas. "São tantas as autoridades, que a gente deveria esperar um pouco pela presidenta Dilma."

O ex-ministro Garibaldi atropelou seu sucessor e anunciou que a substituta de Lindolfo Sales na presidência do INSS será Elisete Berchiol da Silva Iwai, que era braço direito de Gabas como secretária-executiva adjunta da Previdência. O novo ministro confirmou a mudança e disse que ela começaria no novo posto na próxima segunda.

O novo ministro da Previdência, Carlos Gabas, salientou durante discurso de transmissão de cargo que 2015 será um ano de ajustes. "O cenário internacional e o cenário fiscal nos exigem mais dureza no controle de gastos", considerou. "Temos muita tarefa pela frente", acrescentou. Ele garantiu, no entanto, que não haverá uma redução dos direitos a aposentados e pensionistas durante sua gestão.

"Não deixaremos de atender à sociedade. As medidas que vão para o Congresso Nacional, entendemos que têm caráter de organizar o acesso aos direitos, de acordo com esse cenário", considerou.

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Segundo o novo ministro, as alterações têm como objetivo promover a sustentabilidade da Previdência Social. Para ele, nos últimos anos, o atendimento à sociedade melhorou. "Não temos mais a situação vexatória que nos envergonhava, velhinhos e velhinhas, na chuva, dormindo em filas para ter acesso a um direito, não a um favor", lembrou. "Mas há muito o que fazer ainda", disse.

O senador Garibaldi Alves atropelou o seu sucessor na cerimônia de transmissão de cargo para Carlos Gabas e anunciou que a nova presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) seria Elisete Belchior. Presente ao evento e aplaudida após ter seu nome citado, Elisete foi confirmada no cargo por Gabas, quando ele começou a discursar.

Segundo Gabas, Elisete é uma profissional tão competente e dura quanto a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, presente ao evento, e até como a presidente Dilma Rousseff. Ela deve assumir o cargo na segunda-feira. Elisete era superintendente regional do INSS em São Paulo e se tornou secretária-executiva adjunta do Ministério da Previdência Social.

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Quando saiu do evento para participar da transmissão de cargo de Ricardo Berzoini, nas Comunicações, Gabas chamou a colega para acompanhá-lo, mas ela declinou do convite salientando que tinha que organizar algumas tarefas na Pasta. "Estão vendo? Esta é a Elisete", disse o novo ministro.

Irreverente, o senador Garibaldi Alves, que transmitiu o cargo de ministro da Previdência a Carlos Gabas, relatou que, quando foi chamado para assumir a Pasta, recebeu um "pedido entre aspas" do então ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. "Para o bem da sua permanência vai ter que levar o Gabas. Manda quem pode e obedece quem tem juízo", disse, levando o público aos risos.

De acordo com ele, Gabas recebeu a "nobre função" de vigiá-lo no cargo. "E terminei aprendendo alguma coisa", constatou. Nesse período, de acordo com o senador, o então secretário-executivo acabou se preparando para se tornar o próximo ministro da Previdência. "E fiquei na saudade", disse, fazendo com que a plateia voltasse a gargalhar. "Mas não fui só abandonado por ele, não. Fui abandonado também pelo meu partido, que não quis mais o ministério da Previdência. Gabas, o ministério é todo seu."

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Em seguida, o ex-ministro elogiou a competência de seu sucessor. "Vamos ter hoje muitas transmissões de cargo aqui na Esplanada, mas acredito que esta é uma transmissão verdadeiramente diferente", considerou Garibaldi. "Aqui, o ministro que deixa não tem nada quase a transmitir ao que assume: ele já sabe de tudo. O que vou dizer a ele?", questionou, arrancando mais uma vez risos e aplausos dos presentes.

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