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Em homenagem ao centenário do clube, a diretoria Coral, junto à Panini, em parceria com a G4 Consultoria e Projetos e M&P Assessoria, lança o álbum “Santa Cruz, 100 anos de paixão”. O torcedor que adquirir o livro ilustrado poderá contemplar 44 páginas cheias de histórias sobre os momentos mais importantes que o tricolor do Arruda viveu nesses 100 anos de existência. O álbum chega às bancas do estado no dia 10 de novembro. 

Contendo 273 cromos – 83 especiais e metalizados -, o álbum traz registros históricos que passam, desde a fundação do clube, até o primeiro uniforme e o primeiro título estadual, além de grandes ídolos e personagens importantes que passaram pelo Santa Cruz. Figurinhas preparadas para o torcedor chegam às bancas de todo o estado pernambucano, além das capitais João Pessoa e Maceió, a partir do dia cinco de novembro. Para a segunda quinzena do mês, estão previstas ações como troca de figurinhas e noite de autógrafo para colecionadores, com jogadores do atual elenco tricolor.

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Pelo menos nove exposições devem marcar aqui e fora do Brasil (Alemanha, Estados Unidos, Itália e Suíça) o centenário de nascimento da arquiteta modernista italiana, naturalizada brasileira, Lina Bo Bardi (1914-1992). Duas delas serão inauguradas em São Paulo na quarta-feira, justamente no Sesc Pompeia, lugar onde deixou sua marca mais forte: a de uma arquitetura pensada para o exercício da cidadania e o convívio interclassista. Por isso mesmo, a primeira das mostras chama-se A Arquitetura Política de Lina Bo Bardi, cuja curadoria é assinada por dois de seus assistentes, Marcelo Ferraz e André Vainer, colaboradores no desenvolvimento do projeto e obra do Sesc Pompeia, uma antiga fábrica de tambores transformada em centro de lazer, cultural e desportivo no bairro da zona oeste, em maio de 1982.

A outra mostra, Lina Gráfica, organizada por João Bandeira e Ana Avelar, destaca o lado menos conhecido da artista visual, que começou a desenhar ainda em Roma, influenciada pelos metafísicos italianos (De Chirico, em particular), tornou-se ilustradora no Brasil, criou a revista Habitat no começo dos anos 1950 e desenhou cartazes para filmes e peças que adotaram como referência imagens do cordel brasileiro, isso quando arte erudita e popular não se misturavam.

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Além delas, duas outras exposições seguem em cartaz em São Paulo. O Museu da Casa Brasileira abriga até novembro a mostra Maneiras de Expor, com curadoria de Giancarlo Latorraca, sobre a arquitetura expositiva de Lina. A arquiteta organizou mostras históricas (Caipiras, capiaus: pau-a-pique, Bahia no Ibirapuera), que promoveram a arte popular brasileira. Mais do que isso, levou-a para o interior do Masp, seu projeto mais conhecido que, na verdade, foi originalmente desenhado para São Vicente.

O público pode ver numa das salas do Museu da Casa Brasileira o embrião do Masp, na sede dos Diários Associados. Em outra, o visitante lembra (ou descobre) como era o Masp ao ser inaugurado, em 1968, na Paulista. Nessa sala, estão seis dos cavaletes de vidro que sustentavam as obras do acervo (um deles na foto maior desta página, com a reprodução da tela de Van Gogh). A outra mostra citada reúne o mobiliário de Lina na Casa de Vidro, no Morumbi, onde ela morou com o marido Pietro Maria Bardi, que formou a coleção e foi o primeiro diretor do Masp.

O Masp já é tombado pelo Iphan e este ano sai o tombamento do Sesc Pompeia. Marcelo Ferraz e André Vainer marcam o centenário com um totem instalado no fim da rua que liga a antiga fábrica ao conjunto esportivo do Sesc Pompeia. Outra novidade: o artista popular Edmar de Almeida fez outra tapeçaria para as paredes do restaurante, onde as mesas são coletivas, justamente para facilitar o convívio.

"Ela falava que arquitetura era isso, um velhinho, ou uma criança, atravessando elegantemente o espaço do restaurante, à procura de um lugar numa mesa coletiva", lembra Marcelo Ferraz. Numa era marcada pelo monumental (Frank Gehry e companhia), observa, "Lina é uma resposta ao formalismo vazio", mostrando que forma e função ainda podem caminhar juntas. André Vainer, que trabalhou 15 anos com Lina e Ferraz, diz que o ideário político da arquiteta fez a dupla optar na exposição por três obras, de tempos distintos, que confirmam seu compromisso ideológico.

Nela, o Solar do Unhão, em Salvador, que restaurou, é o marco zero do projeto de Lina Bo Bardi, de trabalhar com a cultura do País, justamente no momento embrionário da bossa nova e o Cinema Novo (Glauber Rocha foi seu colaborador). O Masp, já no fim dos anos 1960, inseriu o Brasil no circuito internacional dos museus. Lina queria que o acesso ao acervo do museu fosse democrático - daí a exposição da coleção sem hierarquia de escolas e períodos, com os cavaletes de vidro. Finalmente, no Sesc Pompeia, em 1982, ela concretizou o sonho de unir a fábrica a um centro irradiador da cultura, que não é só a popular ou a erudita, mas a soma de todas as culturas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com um certo atraso, é bem verdade, o Santa Cruz estreará a camisa em homenagem ao centenário do clube. Nesta terça-feira (9), diante da Portuguesa, no Arruda, às 19h30, o Tricolor entrará em campo com o uniforme que remete ao primeiro padrão do clube, em 1914.

A imagem já havia sido vazada na semana passa, porém, apenas nesta segunda-feira a diretoria confirmou que esta era mesmo a camisa dos 100 anos do Santa Cruz. O uniforme, produzido pela Penalty, é listrado em preto e branco, as cores da equipe em sua fundação.

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Embora tenha completado 100 anos em fevereiro, apenas no segundo semestre de 2014 o Santa Cruz lançará a camisa do centenário. No entanto, já circula nas redes sociais a suposta imagem do histórico uniforme, que foi aprovado pelos tricolores.

O padrão, produzido pela Penalty, reedita o primeiro uniforme do Santa Cruz nas cores preta e branca, listrada. A estreia da nova camisa será na próxima terça-feira (9), no Arruda, no jogo contra a Portuguesa, válido pela Série B do Campeonato Brasileiro. 

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Quando Lupicinio Rodrigues morreu, em 27 de agosto de 1974, sua obra era vista com bons olhos por grandes nomes da música brasileira. Após o surgimento da bossa nova, no fim dos anos 1950, as canções sobre amores perdidos e traições do compositor ficaram velhas. Era hora de abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim. Mas quem tratou de reabilitá-lo foi justamente o inventor da bossa: João Gilberto.

Corria o ano de 1971. Ao cantar Quem Há de Dizer em especial da TV Tupi, com participação de Gal Costa e Caetano Veloso, João repassou à geração influenciada por ele a consistência de sua obra. A partir daí, Caetano, Gal, Elis Regina, Paulinho da Viola e outros gravaram suas músicas com grande sucesso. Até o próprio Lupicinio fez um álbum em 1973, Dor de Cotovelo, o segundo e último como intérprete de seu repertório.

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No ano de seu centenário, Lupicinio continua sendo revisto, Arrigo Barnabé e Elza Soares fazem shows dedicados ao compositor e procuram, cada um à sua maneira, fazer o que João Gilberto havia feito: imortalizar o cancioneiro do gaúcho.

História

O filho de Francisco Rodrigues e Abigail nasceu em 16 de setembro de 1914 em Porto Alegre e começou a compor na adolescência. Foi visto cantando em um bar da capital gaúcha por Noel Rosa, que disse "Esse garoto é bom, esse garoto vai longe". Marinheiros que frequentavam a cidade ouviam suas músicas e as levavam para outros centros.

Paulinho da Viola contou, em show no ano passado no HSBC Brasil, ter sido procurado nos anos 1970 por um amigo do compositor em Porto Alegre, onde fazia show. Além de apontar erro na gravação de Nervos de Aço feita por Paulinho, o visitante afirmou que Lupicinio reunia os amigos quando uma música sua era gravada.

"Meus amiguinhos, gravaram mais uma música minha no Rio de Janeiro. Vamos aprender!", afirmava, entre o gracejo e o descontentamento, por considerar alguns registros descaracterizados. Mas gravações de intérpretes como Francisco Alves e Orlando Silva mostram a passionalidade que permeia as canções do compositor.

O convívio com a boemia e os dissabores amorosos formam o esteio de Lupicínio como autor. Para Elza Soares, são ingredientes que fazem dele um inovador. "Ele foi o primeiro na música brasileira que teve coragem de expor o sofrimento por amor. É isso que o faz tão moderno. E todo mundo se identifica com Lupicínio por isso", diz a cantora.

O próprio compositor disse algo semelhante. "A dor de cotovelo jamais morrerá. Já vi aparecer o charleston e o rock, mas nunca vi desaparecer a valsa e o bolero." E também admitia, apesar de óbvio, que os dissabores amorosos o inspiravam. "Realmente, tive muitas namoradas. Umas me fizeram bem, outras me fizeram mal. As que me fizeram mal foram as que mais dinheiro me deram, porque as que me fizeram bem eu esqueci."

Shows

Elza está excursionando com o show Elza Soares Canta Lupicinio Rodrigues, em cartaz no Rio de Janeiro neste final de semana. O espetáculo será gravado em DVD em apresentação em Porto Alegre no final do ano. Foi por intermédio de uma música dele, Se Acaso Você Chegasse - parceria com Felisberto Martins -, que a cantora atingiu o sucesso, nos anos 1950.

Em seus discos há gravações de Cadeira Vazia, Vingança e Quem Há de Dizer. Essas músicas também estão no repertório de Caixa de Ódio, show em no qual Arrigo Barnabé interpreta Lupicinio. "Na música, ele se mostra um grande observador da natureza humana que transita entre o bom e o mau gosto. As possibilidades interpretativas da música dele me interessam por isso", considera Arrigo.

A intimidade com a obra de seu homenageado foi tamanha que o arquiteto da Vanguarda Paulista fará, a partir do mês que vem, Caixa de Ódio 2. O repertório será diferente, mas os músicos Paulo Braga e Sergio Espíndola permanecem no suporte instrumental.

Além dos shows, uma compilação da Universal Music dá bom panorama da obra de Lupicínio. Lupicinio Rodrigues - 100 Anos tem 16 faixas, entre elas gravações irretocáveis de Gal Costa (Volta), Elis Regina (Cadeira Vazia) e Caetano Veloso (Felicidade). O dez polegadas Roteiro de Um Boêmio (1955), estreia do compositor como cantor, nunca foi editado em CD. Dor de Cotovelo teve suas faixas lançadas em formato digital na coletânea Mestres da MPB, nos anos 1990. O álbum está fora de catálogo. É preciso dar voz a Lupicinio. Por ele mesmo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Palmeiras celebrou na noite nesta terça-feira o seu centenário em grande estilo. O clube organizou uma festa no Citibank Hall, famosa casa de shows na zona Oeste de São Paulo onde ocorreram muitas homenagens e não faltou emoção. Em um rápido discurso, o presidente Paulo Nobre pediu união entre os palmeirenses, entretanto, um dos maiores artilheiros da história do clube foi praticamente ignorado na festa.

"Sempre que ignorou problemas internos, o Palmeiras se tornou imbatível. Se superar para superar os adversários. Isso fez do Palmeiras um dos maiores do mundo. O segundo século será tão vitorioso, se não for ainda mais. Nós brigamos entre nós, mas não aceitamos que alguém de fora fale mal do Palmeiras", disse o dirigente.

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César Maluco marcou 180 gols e é o segundo maior artilheiro da história do clube, atrás apenas de Heitor, já falecido. O ex-atacante compareceu à festa com sua mulher, mas não foi homenageado pela diretoria, como tantos outros. César deve ser candidato à vice-presidência pela oposição, que terá Wlademir Pescarmona como candidato a presidente.

Marcos, Luis Pereira, Jorginho, Evair, Dudu, Mazola e Ademir da Guia receberam placas comemorativas e agradecimentos por tudo que fizeram pelo clube. Filhos de pessoas importantes para a história do clube também foram homenageados, assim como atletas de outros esportes.

Em relação aos rivais, Corinthians e Santos foram convidados e o São Paulo, não. A WTorre, construtora responsável pela Allianz Parque também recebeu o convite, apesar das divergências entre o clube e a empresa.

Antes de começar as homenagens, o assunto Ronaldinho Gaúcho virou tema das principais rodas de conversa entre conselheiros e convidados da festa. E o fato de o meia não ter acertado com o Palmeiras teve opiniões divididas. Muitos entenderam que foi melhor para o clube, pois seria gasto muito dinheiro na negociação, enquanto outros entendem que a presença de Ronaldinho na equipe, daria uma nova motivação para a equipe.

O dia será de muita celebração pelos 100 anos de fundação do Palmeiras. A WTorre, construtora responsável pela obra da Allianz Parque, resolveu também prestar uma homenagem ao clube e fez uma surpresa no gramado da futura nova casa palmeirense.

Um número 100 estilizado e a frase "Cent'Anni Palmeiras" foram colocados no centro do campo, com um símbolo do Palmeiras junto. É possível ver nas imagens que a grama já foi pintada com as marcações oficiais de um campo de futebol e que as traves e redes também foram colocadas.

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Ainda não há data oficial para o estádio ficar pronto, mas, nos bastidores, a construtora acredita que 95% das obras já estão concluídas e que em outubro conseguirá entregar o estádio, que substituirá o antigo Palestra Itália, que foi fechado no segundo semestre de 2010, para o Palmeiras mandar seus jogos.

O Palestra Itália foi inaugurado no dia 21 de abril de 1917, sendo comprado pelo Palmeiras em 1920 e tendo sediado partidas do time até 2010. Em 1999, o estádio foi palco da conquista de um dos títulos mais importantes da história do clube, o da Copa Libertadores, garantido com a vitória nos pênaltis sobre Deportivo Cali, da Colômbia.

A última partida do estádio foi em 9 de julho de 2010, quando o Palmeiras perdeu um amistoso para o Boca Juniors por 2 a 0. Em seguida, foi iniciada a obra de construção do Allianz Parque, a nova futura casa palmeirense.

A torcida do Santa Cruz, agora, tem um modo especial e diferente de celebrar os 100 anos de história do Tricolor do Arruda: em álbum de figurinhas. De torcedores ilustres a presidentes, de ídolos a jogadores do elenco atual, o centenário será “contado” através das ilustrações do Tricolor do Arruda. Santa Cruz, uma paixão 100 limites está sendo produzido pela Pajeú Consultoria e Projetos e a Panini.

Ao todo, o álbum conta com 460 cromos com ilustrações de momentos e personagens especiais da história do Santa Cruz. Ídolos, todos os atletas do elenco atual, imagens dos presidentes, troféus, tudo será representado no livro ilustrado. Como a taça da conquista do Campeonato Pernambucano de 1931.

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O evento de apresentação do livro será feito no dia 18 de setembro, no salão nobre do próprio Tricolor e terá também show atrativo promovido pela Associação dos Produtores e Artistas de Pernambuco (APA). 

Relembre o especial do Portal LeiaJá sobre os 100 anos do Santa Cruz

Alexander Imich, um imigrante polonês considerado o homem mais velho do mundo, morreu neste domingo em Manhattan, Nova York, aos 111 anos. Mas de acordo com os dados mais recentes, obtidos em abril, pelo menos 66 mulheres têm mais idade que Imich, a mais idosa delas 116 anos.

A morte de Imich foi anunciada por uma de suas netas, Karen Bogen, e um de seus amigos, Michael Mannion, que o visitara no sábado à noite na residência para idosos em que morava desde 1986, informa o jornal New York Times.

Imich, químico e parapsicólogo aposentado, era o homem mais velho do mundo desde a morte em abril do italiano Roberto Licata, que faleceu aos 111 anos e 357 dias, segundo o Grupo de Pesquisa Gerontológica de Torrance, na Califórnia.

"Pinto porque a vida dói". Parece não haver maneira de fugir desta afirmativa que o artista Iberê Camargo (1914-1994) usou para falar de sua obra.

Na sala do terceiro andar do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de São Paulo, seis grandes óleos sobre tela realizados pelo pintor no fim de sua vida concentram naquele espaço a expressão mais trágica de sua arte. Nas pinturas da série Tudo te é Falso e Inútil (1992), As Idiotas (1991) e Crepúsculo da Boca do Monte (1991), figuras cujas formas e rostos não as definem como velhas ou mais novas parecem apenas esperar pela morte, já sem suas vestes. A atmosfera azul, lilás, roxa daquelas obras faz remeter, como identifica o curador Luiz Camillo Osório, à capela Rothko em Houston.

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Monumentais (com mais de dois metros de comprimento cada uma), as telas são o auge da exposição Um Trágico nos Trópicos, a retrospectiva do artista gaúcho Iberê Camargo a ser inaugurada amanhã no CCBB. A mostra que abre o calendário de comemorações do centenário de nascimento do pintor (exatamente, em 18 de novembro de 1914, em Restinga Seca) apresenta 48 pinturas e cerca de 80 desenhos, gravuras e matrizes do "homem-pintor", expressão de seu conto Hiroshima, já publicado em livro.

Iberê Camargo também soube usar as palavras para expressar o drama, a melancolia, o lado trágico de sua criação. Além de escrever, sempre definiu com clareza, em suas falas, suas motivações. Mas a pintura - de densa matéria (muita tinta), em que os elementos nunca se soltam por ser tão coesa, afirma Luiz Camillo Osório, curador da exposição -, é a essência de sua produção artística. "Teve um sacerdócio de Iberê com a pintura, com o ofício plástico, uma fala sempre muito de dentro do fazer e que desdobra o conhecimento técnico para as questões metafísicas que perpassam sua obra", afirma o crítico. "Da mão", Osório completa, sai toda a "respiração espiritual" que o trabalho do artista carrega.

Sombrio

Não se trata de uma retrospectiva didática, porque já de princípio a exposição não tem nem mesmo um percurso cronológico. Diz o curador, baseado em citações filosóficas, que a cultura brasileira "rasura, nega" a dimensão trágica da vida - Iberê Camargo, o gravador Oswaldo Goeldi e, na face contemporânea, o artista Nuno Ramos formariam o tripé de "exceção", ou seja, seriam criadores que trazem o sombrio existencial para a obra plástica (e o escritor Graciliano Ramos, opina o curador, no campo da literatura nacional). A "afirmação do trágico" é, assim, o mote que Osório tomou para conceber a exposição que, por ora, só será exibida em São Paulo. "Anoiteceu dentro de mim", disse o artista em uma entrevista inédita concedida ao pintor Jorge Guinle e reproduzida no catálogo (que, aliás, traz também falas de Iberê à escritora Clarice Lispector e outros).

Em pequena sala do quarto andar do CCBB está uma espécie de "microuniverso de Iberê". É uma visada geral e concisa pela trajetória do pintor, começando por duas pequenas pinturas de paisagem, Jaguari (1941) e Dentro do Mato (1941-42) - raridades pelo protagonismo do verde. Passa-se, ainda, pela obra natureza-morta com Garrafas (1957) (sombria, com formas negras ao fundo), já em diálogo com a série dos carretéis, das mais emblemáticas de sua carreira, realizada no fim da década de 1950 e início dos anos 60, é representada por um trabalho. Há também uma grande tela de 1965 que indica o período abstrato de Iberê e peças apresentando sua volta, aos poucos, à figuração - até chegar às figuras dos ciclistas e dos homens e mulheres solitários, fantasmagóricos.

"A ideia é justamente pegar esse elemento mais pictórico para mostrar, seja indo para a abstração, seja para figuração, como a articulação da tinta, cor, gesto e matéria se mantém ao longo do trabalho dele", afirma Camillo Osório. Só nesta sala acontece uma exibição explícita de passagem ou percurso na obra de Iberê Camargo. Nos outros segmentos, as obras reúnem-se por conjuntos expressivos de sua carreira.

Por uma opção curatorial, a série dos carretéis, "ponto de partida da minha fase considerada abstrata", afirmou o pintor em carta de 1979 a Pierre Courthion e na qual ele traz para sua obra a forma do objeto que era um brinquedo em sua infância, "foi sacrificada". Falta de espaço para exibir tudo o que se tinha vontade a partir de uma produção tão ampla (calcula-se que Iberê tenha criado mais de 7 mil trabalhos).

Além da já citada apresentação de conjunto denso de pinturas do fim da trajetória do gaúcho, estão em outra sala, no segundo andar, criações dos anos 60, 70 e 80 dando destaque para a abstração no trabalho do pintor. O escurecimento da pintura chega ao auge com as Fiadas de Carretéis e depois a cor vai explodindo (com destaque para o vermelho) em telas diversas. Para o curador, há uma "vibração" na pintura do artista que a torna, até mesmo, "sensorialmente otimista".

"Eu não abandonei a figura, apenas a transformei", afirmou Iberê a Clarice Lispector em 1971. Há quem considere que ele tenha voltado a ser figurativo depois do trágico episódio do assassinato de um homem em 1980, no Rio de Janeiro, durante uma briga de rua (o pintor foi absolvido por legítima defesa). Mas isso não importa. O fato é que mais outras celebrações de sua obra virão, culminando com a homenagem maior em Porto Alegre, com a abertura, em novembro, de mostra na casa do artista, a Fundação Iberê Camargo.

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Em agosto de 2015 o Teatro do Parque comemora seu centenário e, para prestigiar a data, o equipamento cultural seria entregue à população após uma reforma. Mas os planos mudaram. De acordo com Carmen Piquet, gestora de teatros e museus da prefeitura do Recife, o processo de licitação para dar início as obras já está pronto, mas ainda não foi assinado. "Não posso dizer uma data para a entrega, mas sabemos que uma obra deste porte demora pra ser realizada. Nenhuma empresa entregaria a tempo para comemorar o centenário do teatro", justificou. 

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A gestora afirmou ainda que o projeto prevê a restauração completa do teatro, a modernização e acessibilidade. Segundo ela, o prazo de entrega da obra só será divulgado após a confirmação da licitação, que também não tem dia certo para acontecer.

Desde 2010 sem funcionar, o teatro vem sofrendo com a ação do tempo. Cadeiras mofadas, paredes infiltradas, cupins e até animais foram encontrados pelo LeiaJá no local. Um funcionário, que não quis se identificar, falou sobre a falta que faz o Teatro do Parque para o cenário cultural recifense. "Antigamente existiam espetáculos de terça à domingo. Em 2000 foi feita uma pequena reforma para a instalação de ar-condicionados, porém, o teatro continuou a se deteriorar. É uma pena ver essa situação", desabafou.  

Para o músico Everson de Oliveira, que já se apresentou no teatro, a situação atual em que se encontra o espaço é bastante triste. "Já toquei aqui e também vi músicos conceituados, como Belchior se apresentarem. É muito triste saber que o Teatro do Parque não tem data para abertura". 

O comerciante Joaquim Agemiro, que há 30 anos possui uma lanchonete em frente ao parque, também lamenta a situação. "Para todos os comerciantes era maravilhoso, tínhamos uma clientela muito boa. Agora, com essa situação do teatro fica muito complicado trabalhar aqui, até pela questão da segurança, afinal, o movimento na rua cai bastante", conclui. 

Há seis meses, a nossa equipe visitou o local pela primeira vez e encontrou o mesmo cenário de abandono. Na época, a Prefeitura do Recife afirmou que o Teatro do Parque seria entregue totalmente reformado em 2015, ano do seu centenário. Novamente, a equipe do LeiaJá teve acesso às dependências do teatro, confira imagens exclusivas:

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JOÃO PESSOA (PB) - A Arquidiocese da Paraíba comemora, no próximo sábado (22), o seu centenário. Para festejar os 100 anos, todo o Estado irá se reunir em João Pessoa com o objetivo de marcar esta data histórica.

Serão 95 paróquias de João Pessoa e Região Metropolitana reunidas em uma celebração no adro da igreja São Francisco, localizada no Centro Histórico da capital. Ao todo, 150 párocos estarão presentes.

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Além dos párocos, a missa solene, marcada para às 16h, contará com a presença do representante do papa Francisco no Brasil, dom Giovanni d’Aniello, além de 14 bispos de todo o Nordeste. Esta será a única celebração a ser realizada no sábado. A previsão é de que mais de dez mil pessoas participem, oriundas de caravanas do interior e de estados vizinhos.

Os novos uniformes do Santa Cruz para o ano co centenário vazaram na internet em um site de material esportivo. Apesar de o lançamento acontecer apenas na noite desta sexta-feira (7), as camisas já estão à venda ao preço de R$ 199,90. Tanto o primeiro, quanto o segundo padrão coral.

Uma das novidades nas camisas são os números maiores e a logomarca do centenário na parte interior lateral.

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O centenário do time pernambucano Santa Cruz Futebol Clube, celebrado nesta segunda-feira (3), será comemorado no Plenário do Palácio Joaquim Nabuco, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), nesta quarta-feira (5). A sessão solene em homenagem ao clube será realizada às 18h, no prédio sede da Casa Legislativa, no bairro da Boa Vista. 

A solenidade é uma iniciativa do deputado estadual Aluisio Lessa (PSB) e deverá contar com a participação da atual diretoria, ex-presidentes e lideranças do clube, além de atletas e torcedores tricolores.

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Nesta segunda-feira (3), uma missa comemorou os 100 anos do Santa Cruz. Realizado no pátio da Igreja do Bom Jesus da Santa Cruz, onde os dez fundadores deram início a ideia de se criar o time tricolor pernambucano, o culto católico foi celebrado pelos padres Bosco e José Roberto. Após a celebração, orquestras de frevo e o Maestro Forró animarão os tricolores, em uma festa que vai varar a noite.

Durante a homenagem, torcedores aproveitaram para se declarar ao Tricolor do Arruda. “É um amor sem limites. O Santa Cruz é minha vida!”, declarou o torcedor Cássio Cavalcanti. O músico contou uma loucura que fez pelo Tricolor do Arruda. E foi bem recente. “Viajei para Caruaru no jogo contra o Bahia. Na ida, perdi um dos pneus em um buraco. Usei o estepe e continuei. Na volta, o estepe também furou. Parei no posto e dei uma pressão nele, porque não tinha como trocar. Voltei com praticamente três pneus”, declarou, aos risos.

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Já o padeiro Cleiton Santos relembrou o jogo memorável do Tricolor do Arruda. “Foi contra o Volta Redonda, na Série B de 1998. 60 mil pessoas viram o Santa virar e escapar da Terceirona. Lembro-me até hoje que Célio fez o gol da vitória, no final da partida. Esse time é minha segunda pele. Amor eterno, que nunca vai acabar”, ressaltou.

 

Há exatos 100 anos nascia o clube pernambucano que democratizou o futebol do Estado. Não mais separado por cores ou segregado em classes sociais. O Santa Cruz Football Club é uma dos principais responsáveis pela popularização do esporte em Pernambuco. E é por isso que o Portal LeiaJá reverencia e homenageia a história centenário coral com um hotsite (http://centenariosantacruz.leiaja.com) especialmente voltado para os fatos marcantes nas cores branco, preto e encarnado.

A história do Santa Cruz foi dividida em cinco atos. Na primeira parte, o hotsite conta a origem do clube, das cores, do escudo, dos principais títulos e do maior ídolo de tempos do Tricolor: o centroavante Tará. Não poderia deixar de ressaltar a força e a paixão da multidão que empurra o clube em qualquer circunstância da Série D à elite, dos campos de várzea de 1915 ao todo-poderoso Mundão do Arruda. Estádio, aliás, que tem grande incumbência no fortalecimento do Tricolor, depois de décadas itinerante.

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O Mundão do Arruda foi berço de preciosas joias como Luciano Veloso, Ramon e Zé do Carmo. Ídolos corais que foram entrevistados e se emocionaram relembrando aas principais conquistas com o manto coral. Mas nem só de glórias vivem os grandes. A especial publicada pelo Portal LeiaJá também conta a queda até a Série D e a épica volta à ascensão  épica à Segundona, com o tricampeonato Estadual e o título da Terceira Divisão. Eis o “jovem” Santa Cruz, dono de três cores e uma multidão orgulhosamente apaixonada soltar o grito de “tri-tricolor”.

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No programa Opinião Brasil desta semana o jornalista Alvaro Duarte recebe grandes nomes do futebol pernambucano, que prestam reverência aos cem anos do Santa Cruz. Ele conversa com Antônio Luiz Neto, presidente do clube, Ricardo Rocha, ex-jogador do time e da seleção brasileira, e também com o pesquisador e escritor Carlos Celso Cordeiro.

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Os convidados fizeram questão de exaltar a força do 12º jogador tricolor, a sua torcida. "O Santa Cruz passou por muitas dificuldades, mas é um time de apaixonados. Essa torcida é a maior do nordeste e a mais fiel", enfatiza o presidente.  O apoio total ao time  é uma característica forte entre os eufóricos que transmitem amor incondicional pela cobra coral. "O torcedor tricolor pra mim não tem igual, a torcida é espetacular", comentou o ex-jogador Ricardo Rocha.

O time foi fundado em 03 de fevereiro de 1914, por um grupo de jovens no pátio da Igreja de Santa Cruz, que queriam incluir pessoas de todas as classes na torcida do time. "Os garotos que fundaram o time tiveram a ideia de permitir que as pessoas menos aquinhoadas financeiramente e até pessoas de cor pudessem participar, já que a fundação do time aconteceu pouco tempo depois da abolição da escravatura", relembra o estudioso.

Nessa edição você também confere uma matéria especial sobre o amor dos tricolores com o time. Confira no vídeo acima o programa na íntegra.

O Opinião Brasil é apresentado por Alvaro Duarte e exibido toda segunda-feira aqui, no Portal LeiaJá.







Os tricolores precisavam de uma vitória para continuar com chances de disputar as quartas de finais da Copa do Nordeste. E foi o que aconteceu. No dia anterior ao centenário do clube, o tricolor venceu o Bahia por 2 a 1, no estádio Luiz Lacerda, em Caruaru, na tarde deste domingo (2). Os gols do time coral foram marcados no inicio de cada tempo, o primeiro com Luciano Sorriso e o segundo com Raul. Os baianos descontaram com Rhayner, que não diminuiu a festa do Santa. Na próxima partida do Nordestão o Santa encara o Vitória da Conquista fora de casa. Já o Bahia joga diante do CSA-AL.

Gol no inicio anima torcedores

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O Santa Cruz começou a festa antes do primeiro minuto de jogo. Aos 30 segundos, o atacante Flávio Caça Rato fez uma bela jogada pela direita. Raul cruzou para Cassiano que não conseguiu alcançar, mas a bola sobrou para Luciano Sorriso que acertou a rede de Lomba. Com o gol sofrido, os baianos ficaram muito nervosos. Cassiano avançou para o ataque, mas foi impedido por Fahel, que fez uma falta duríssima e levou cartão vermelho direto. Ainda nos instantes iniciais da partida o Bahia tentou responder com Anderson Talisca, mas a zaga tricolor afastou duas vezes. 

Em seguida, as falhas na troca de passes do Santa começaram a preocupar a torcida. Quando o time pernambucano conseguiu acertar, Tiago Costa foi impedido pela zaga dentro da área. O Santa tentou com Raul, que aplicou um chapéu e foi parado com falta. Os corais começaram a fazer lançamentos longos, mas sem efeito. Aos 31, Cassiano cruzou e a bola passou por todo mundo. Raul ainda jogou na área, mas Lucas Fonseca afastou. Pouco tempo depois foi a vez de Sorriso. Ele chutou de longe e mandou por cima do gol de Lomba. Na última oportunidade do primeiro tempo, Caça-Rato recebeu de Raul, mas se atrapalhou e marcou falta em Titi. 

Apesar do sufoco, a festa continuou...

Mantendo o cenário do final da primeira etapa, o Santa Cruz continuou atacando e os baianos seguiram cometendo faltas nos pernambucanos. E novamente os tricolores marcaram no inicio da partida. Desta vez com Raul. Após Cassiano ser desarmado, Raul aproveitou a sobra e mandou para o fundo das redes. Em seguida, Rhayner cara a cara com Tiago Cardoso tentou para o Bahia, mas a bola parou nas mãos do goleiro. 

Com a vantagem no placar, o Santa manteve a posse de bola e tentou alguns chutes de fora da área.  Entretanto, o Bahia seguia em busca do primeiro gol. Após vacilo da defesa coral, Rhayner aproveitou para tocar no canto e diminuiu o marcador. Aos 24, o Talisca ainda chutou de forte, mas Tiago salvou o tricolor. Depois disso, o time coral se atirou no ataque para diminuir a pressão baiana. Renatinho recebeu de Caça-Rato tentou um chute de fora de área e foi barrado por Lomba. Nos minutos finais, Tiago Cardoso precisou trabalhar. Talisca cobrou falta com categoria, que assustou o goleiro.

Ficha do jogo

Santa Cruz 2

Tiago Cardoso; Oziel, Everton Sena, Renan Fonseca e Tiago Costa; Sandro Manoel, Luciano Sorriso (Memo), Carlos Alberto (Renatinho) e Raul; Flávio Caça Rato (Pingo) e Cassiano. Técnico: Vica.

Bahia 1

Marcelo Lomba; Mádson, Titi, Lucas Fonseca e Guilherme Santos (Pará); Fahel, Hélder (Branquinho), Pittoni e Talisca, Rhayner e Rafinha(Hugo). Técnico: Marquinhos Santos.

Local: Lacerdão (Caruaru) 

Horário: 16 horas 

Árbitro: Claudio Francisco Lima e Silva (SE) 

Assistentes: Ivaney Alves de Lima - SE (CBF-2) e Eric Nunes Costa (CBF-2)

Gols: Luciano Sorriso (aos 20s do 1ºT) Raul (aos 4m do 2ºT) Rhayner (aos 16m do 2ºT)

Cartões amarelos: Luciano Sorriso (Santa Cruz); Hélder (Bahia); Guilherme Santos (Bahia); Rhayner (Bahia); Carlos Alberto (Santa Cruz); Cassiano (Santa Cruz); Flávio Caça-Rato (Santa Cruz); Anderson Talisca (Bahia)

Cartão vermelho: Fahel (Bahia)

Público: 7.390

Renda: R$ 120.070

Faltam seis dias para o Santa Cruz Futebol Clube comemorar seus 100 anos de fundação, mas parece que a atual diretoria tricolor só descobriu isso a pouquíssimo tempo. Com exceção de um totem instalado em frente ao clube e a uma camisa pouco divulgada e desaprovada pela maioria dos torcedores, nada mais foi feito para lembrar a data.

Muita coisa poderia ter sido feita. No pátio da Igreja de Santa Cruz, no bairro da Boa Vista, região central do Recife, por exemplo, nada mostra que ali foi fundado um dos clubes mais populares do país. Na área, que um dia já foi um posto de gasolina, hoje só existem escombros. O local poderia ser aproveitado para construir algum monumento que lembrasse que o time das três cores foi formado naquela área. Bastava um pouco mais de força de vontade por parte do marketing tricolor. Com certeza várias empresas iriam querer associar a sua marca a um momento tão importante para o futebol pernambucano.

Outra ação que poderia ter sido pensada bem antes seria uma partida com jogadores que marcaram a história do clube. Imaginem a emoção dos torcedores em ver em campo craques do passado e dos ex-atletas em poderem vestir novamente a camisa tricolor em um estádio lotado. Ricardo Rocha, Zé do Carmo, Luciano Veloso, Pedrinho, Rivaldo, Carlinhos Bala, Birigui, são alguns dos jogadores que poderiam receber essa homenagem e abrilhantar mais a festa do centenário do Santa Cruz.

O “Clube Querido da Multidão”, como cantado em seu hino, está em alta. É o atual tricampeão pernambucano, está de volta a Série B do Campeonato Brasileiro depois de muito tempo afastado. O clube não está sabendo aproveitar a empolgação do seu torcedor.  O “seu passado de glória” não está sendo respeitado pelos atuais cartolas.

3 dentro

- Sport. Mais uma vez as jogadoras de basquete do rubro-negro mostraram a parte social do clube. Por mais um ano, as campeãs brasileira visitaram o Hospital do Câncer de Pernambuco e levaram um pouco mais de alegria as pessoas lá internadas.

- Sul-americanos. Tentando evitar cenas violentas durante a Copa do Mundo, Argentina e o Uruguai alertarão a Polícia Federal brasileira e a Interpol sobre a possível vinda ao país de torcedores brigões que tentarão assistir jogos das seleções durante o mundial.

- Williams. A nova equipe de Felipe Massa na Fórmula 1 traz uma homenagem a um outro brasileiro no carro que irá disputar a temporada 2014 da categoria. A marca de Ayrton Senna aparece na parte lateral do bico do veículo. Segundo a escuderia o tricampeão nunca será esquecido.

3 fora

- Copa do Nordeste. Competição caminhava para ter mais sucesso do que no ano passado,mas graças a justiça paraibana foi atrapalhada. O jogo entre Botafogo-PB x Náutico não foi realizado e a maneira que irá terminar o campeonato segue uma incógnita.

- Dilma Rousseff. Segundo a presidenta do Brasil quem participa das manifestações contra a Copa do Mundo deste ano tem a visão pequena. Olhar ampliado deve ter quem orçou o dinheiro público aplicado nas obras e viu as contas aumentaram três vezes mais que o previsto.

- Goiás. O Sport se livrou de um grande problema e ele foi parar em Goiânia-GO. Sem jogar a seis meses, desde que foi flagrado no exame anti-dopping, o meia Carlos Alberto foi anunciado como novo reforço do Goiás. Boa sorte para o Esmeraldino. 

 

No dia 1º de janeiro de 1914, um voo de 23 minutos que levava a bordo apenas um passageiro marcaria o início de uma revolução no mundo: a criação da avião comercial. Cem anos depois, o setor se transformou em um dos pilares da globalização, com mais de 8 milhões de passageiros por dia. Para o futuro, as empresas aéreas não escondem sua meta ambiciosa: atrair a nova classe média de mercados emergentes para continuar a expandir o setor.

Nos próximos anos, 1 bilhão de novos passageiros deve se somar ao número de viajantes. Quase todos eles virão de países em desenvolvimento, principalmente da China. O primeiro piloto e o primeiro passageiro de um voo comercial dificilmente poderiam imaginar o que eles estariam inaugurando.

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Hoje, o setor emprega 57 milhões de pessoas, de forma direta e indireta, e movimenta US$ 2,2 trilhões na economia mundial. As 280 maiores empresas do segmento são responsáveis ainda por US$ 540 bilhões. Se o setor fosse um país, teria o 19º maior PIB do mundo.

Em 1º de janeiro de 2014, o avião que deixou a cidade de St. Petersburg, na Flórida, em direção a Tampa, não sabia ao certo o destino daquela aventura. No comando da aeronave de madeira estava um jovem de 25 anos, Tony Jannus, que poucos anos mais tarde morreria treinando outros pilotos durante a Primeira Guerra Mundial.

Ao seu lado estava o único passageiro - Abram Phell, que até um dia antes era o prefeito de St. Petersburg. Ele pagou US$ 400 pelo voo, o equivalente hoje a quase US$ 10 mil. Isso tudo para ganhar tempo - o mesmo percurso de trem duraria 11 horas. Antes de decolar, o dono da companhia área St. Petersburg-Tampa Airboat Line, Percival Fansler, discursou diante de quase 3 mil pessoas. "O que parecia impossível ontem é uma realidade hoje", disse.

A travessia não ocorreu sem sustos. A correia do motor acabou caindo e o avião teve de pousar por alguns instantes na água. O piloto e o passageiro tiveram de arrumar o motor e ambos chegariam ao destino final com as mãos sujas de graxa. Nos quatro meses seguintes, a empresa aérea levaria 1,2 mil pessoas pelo trajeto proposto. Mas bastou as autoridades retirarem os subsídios da empresa e a aventura entrou em falência.

Apesar disso, a visão de um empresário abriu caminho para outros empreendedores, que investiram em linhas locais. Nos meses seguintes, um serviço entre a ilha de Catalina e Los Angeles foi inaugurado. Em 1919, a primeira rota ligando Nova York a Atlantic City, em New Jersey, seria aberta com aviões da Primeira Guerra Mundial. No mesmo ano, uma nova rota entre a Flórida e o Caribe também foi inaugurada.

Recorde

Dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) revelam a dimensão da primeira aventura. Em 2013, 3,1 bilhões de passageiros foram transportados e, pela primeira vez na história, a marca dos 3 bilhões foi superada. Nos próximos anos, o crescimento virá de mercados emergentes. "Vamos em busca desses novos passageiros", disse Tony Tyler, CEO da Iata. "Há enorme potencial nessas regiões." Para 2017, a previsão é de que o número global de passageiros suba 31%, superando 3,9 bilhões.

O Brasil será o terceiro maior mercado aéreo do mundo, atrás dos EUA e China, com uma expansão de 35,5% no número de passageiros domésticos. O mercado nacional somará 122,4 milhões de passageiros em 2017, 32 milhões a mais que em 2012. No centro da expansão mundial estará a China, que somará 487 milhões de clientes. Rotas internacionais entre cidades chinesas serão responsáveis por 30% da expansão. A Ásia vai conquistar 300 milhões de novos passageiros até 2017.

Apesar da explosão na China, o mercado americano ainda continuará a ser o maior do mundo em 2017, com 677 milhões de passageiros domésticos. "Não é surpresa que regiões como Ásia ou Oriente Médio estejam gerando as maiores taxas de expansão", disse Tyler.

Entre as empresas, não serão poucas as que passaram a ampliar seus voos e linhas para a Ásia, inclusive com novos centros e hubs, uma realidade que se limitava por décadas apenas a Londres, Frankfurt e Nova York. "Os emergentes se transformarão em mercados consolidados e Abu Dabi será um dos hubs globais", afirmou James Hogan, CEO da Etihad Airways.

Não é apenas o transporte de passageiros que interessa às empresas em sua busca pelos mercados emergentes. A China já se transformou no maior exportador mundial e o mercado de cargas também transfere seu foco do Atlântico para o Pacífico. Por ano, 50 milhões de toneladas de carga é levada em aviões, com um valor de até US$ 6,4 trilhões. Hoje, um a cada três dólares no comércio exterior viaja em aviões, não em barcos.

Tecnologia

Além do interesse pela Ásia, outro foco do setor é a tecnologia. São pelo menos três os objetivos: reduzir o impacto ambiental dos aviões, garantir a segurança e promover viagens mais rápidas.

Por enquanto, o maior avião comercial da era moderna é o Airbus A380, com capacidade para 800 passageiros. Os mais ambiciosos acreditam que, nos próximos 50 anos, a aviação vai mudar de forma radical. "Não tenho dúvida de que, no espaço de uma geração, poderemos voar de Londres para Sydney em duas horas", disse Richard Branson, o polêmico presidente da Virgin Atlantic Airways.

Já Ben Baldanza, CEO da Spirit Airlines, aponta que, em 100 anos, será a própria aviação que será obsoleta. "Tecnologias como uma espécie de ‘Google, me coloque ali’ serão implementadas nos mapas, tornando as viagens aéreas como nós as conhecemos como um produto do passado remoto." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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