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O Plenário da Câmara dos Deputados pode votar, a partir desta terça-feira (12), o Projeto de Lei Complementar (PLP) 137/15, do Senado, que regulamenta a criação de municípios.A proposta precisa do apoio de um mínimo de 257 deputados para ser aprovada. Hoje, o Brasil tem 5.570 municípios.

Segundo o texto, os plebiscitos realizados até 31 de dezembro de 2013 e os atos legislativos que autorizam sua realização serão validados para dar prosseguimento aos casos pendentes. Entretanto, há resistência de alguns partidos a esse dispositivo, pois ele permitiria a criação de municípios sem as regras previstas no projeto, mais restritivas.

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Além de plebiscito, o projeto prevê a realização de estudos de viabilidade com vários critérios financeiros, um número mínimo de habitantes no novo município e uma quantidade mínima de imóveis. O texto é igual ao do PLP 397/14, um dos dois projetos sobre o tema vetados anteriormente pela então presidente Dilma Rousseff.

Cadastro positivo

Também consta da pauta o projeto sobre o cadastro positivo obrigatório (Projeto de Lei Complementar 441/17). O texto-base foi aprovado no último dia 9 de maio, e os deputados precisam analisar os destaques que podem alterar pontos da proposta.

Os dois principais destaques, de autoria do PT e do Psol, pretendem manter o cadastro positivo como uma opção do consumidor e evitar o envio de informações financeiras aos gestores de banco de dados sem quebra de sigilo bancário.

O cadastro positivo já existe (Lei 12.414/11), mas é optativo. Com a obrigatoriedade proposta pelo substitutivo do relator, deputado Walter Ihoshi (PSD-SP), os gestores de bancos de dados terão acesso a todas as informações sobre empréstimos quitados e obrigações de pagamento que estão em dia. Esses dados serão usados para se encontrar uma nota de crédito do consumidor, que poderá ser consultada por interessados.

Os defensores da obrigatoriedade de participação argumentam que a medida ajudará a baixar os juros finais aos consumidores. Já os contrários dizem que o acesso aos dados aumentará a chance de vazamento de informações, caracterizando quebra de sigilo.

Transporte de cargas

Outro projeto relevante pautado é o que regulamenta o transporte rodoviário de cargas no país (PL 4860/16). A proposta, de autoria da deputada Christiane de Souza Yared (PR-PR), conta com um substitutivo do deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP) aprovado pela comissão especial que analisou o tema.

São estabelecidas as formas de contratação dos transportadores (autônomos, de cooperativa ou empresa), regras para a segurança nas estradas e normas para a contratação de seguros em caso de acidentes, perda de mercadoria e até furtos e assaltos.

O substitutivo torna obrigatória a inspeção de segurança veicular de todos os veículos de carga, com maior frequência quanto mais velho o veículo.

Bloqueio de celular

Na área de segurança pública, o Plenário poderá votar o Projeto de Lei Complementar 470/18, do Senado, que exige das operadoras de celular o bloqueio de sinal em penitenciárias. Para esse bloqueio, serão destinados recursos do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen).

Essa matéria já tinha sido aprovada pela Câmara dos Deputados no ano passado, por meio do PL 3019/15, do deputado Baleia Rossi (MDB-SP), mas, em vez de o custo ficar com o Funpen, ele deveria ser arcado pelas operadoras de telefonia.

Atentados

Pendente de aprovação de regime de urgência, pode ser analisado ainda o Projeto de Lei 1572/07, do Senado, que aumenta as penas para crimes que põem em risco muitas pessoas, como incêndio, explosão e atentados contra a segurança dos transportes marítimo, fluvial e aéreo.

Para os crimes de incêndio e explosão, por exemplo, a pena de reclusão de três a seis anos passa a ser de quatro a dez anos.

As novas penas serão aumentadas em 1/3 se o crime for cometido com o objetivo de vantagem financeira ou ocorrer em casa habitada, edifício público, embarcação, aeronave, comboio ou veículo de transporte coletivo, estação ferroviária ou aeródromo, estaleiro, fábrica ou oficina, depósito de explosivo, entre outros.

*Da Agência Câmara

A derrubada do veto ao projeto de lei complementar que regulamenta a criação de novas cidades é esperado para os próximos dias e pode permitir, de acordo com parlamentares, a criação de mais 180 municípios. Eles se reuniram, nesta terça-feira (18), para discutir o assunto durante um seminário realizado pela Comissão de Integração Nacional. A perspectiva de que o veto de Dilma Rousseff seja derrubado nos próximos dias é do presidente da Comissão de Integração Nacional, deputado Domingos Neto (Pros-CE). Quando vetou o projeto, a presidente argumentou de que haveria elevação de custos, o que é contestado pelo deputado.

“Nós já fizemos diversos cálculos para mostrar que a matemática fecha. Esse custo de novos municípios é facilmente diluído quando você coloca dentro do bolo nacional e também quando você retira a nova cidade enquanto despesa corrente do município-mãe”, afirmou. 

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O presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CMN), Paulo Ziulkoski, disse que existem 807 pedidos de criação de municípios nas assembleias legislativas do País. No entanto, segundo o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), como o projeto é restritivo, o número ficaria em torno de 180 novos municípios.

Presidente da CMN, Ziulkoski defendeu a derrubada do veto porque, segundo ele, os 1.530 municípios criados após 1988 tiveram melhora de seus indicadores sociais. Ele afirmou, porém, que "é preciso restringir os gastos com os gabinetes dos prefeitos e com as câmaras municipais". Se o veto cair, cada assembleia estadual terá que fazer uma lei sobre o assunto e a decisão final caberá a um plebiscito com os habitantes das regiões envolvidas.

O Brasil tem hoje 5.570 municípios, sendo que Minas Gerais lidera a contagem com 853 cidades. A menor delas, Serra da Saudade, tem apenas 825 habitantes e é a menor do país. Segundo levantamento do movimento Emancipa Brasil, 3.025 municípios atuais não teriam sido sequer criados se o projeto vetado estivesse vigorando na data das respectivas emancipações.

A Câmara dos Deputados volta a discutir as regras para a criação de novos municípios. Nesta terça-feira (18), a Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e Amazônia realiza um seminário para discutir as propostas que pretendem fixar as regras. Foram convidados para o debate representantes da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).

A aprovação das novas determinações geram divisão entre os governos federal, estaduais e municipais. Alguns defendem a tese de que é legitmo autorizar a criação de municípios, outros alegam que o projeto é gerador de mais custos para a União.

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“Essa questão se mostra urgente em razão da disparidade entre a realidade, a legislação e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal”, afirma o deputado Domingos Neto (Pros-CE), que propôs o evento. “A indefinição dos Poderes Legislativo e Executivo tem conduzido a Suprema Corte a exarar decisões em que reconhece a existência de municípios criados antes da aprovação da Lei Complementar que deve estabelecer os requisitos de criação destes entes”, completa.

Em agosto deste ano, a presidente Dilma Rousseff vetou, pela segunda vez, um projeto de lei complementar que regulamenta a criação de municípios. O líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), afirmou na semana passada que existe acordo para a derrubada desse veto.

O projeto de lei que fixa regras para criação de municípios tem sido alvo de discussões no Congresso Nacional neste ano. Vetada integralmente pela presidente Dilma Rousseff, a matéria continua rendendo debates, agora com o intuito de derrubar o veto.

 

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O plenário deverá se reunir na próxima quarta-feira (12), depois que a sessão desta semana foi cancelada. O líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), já confirmou que existe a intenção de rever a decisão do Planalto.

Duas propostas sobre o mesmo tema já foram vetadas integralmente. A justificativa da presidente é de que o projeto resultaria em aumento de despesas e diminuição dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o que poderia comprometer a economia de cidades menores. “Está sendo construído um acordo entre as lideranças da Câmara e do Senado para que, no projeto que cria os novos municípios, o segundo veto seja derrubado”, informou Pimentel, em referência ao texto apresentado pelo senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR). Já o deputado Danilo Forte (CE), vice-líder do PMDB, disse que a intenção de parte da base é derrubar logo o primeiro veto.

A diferença entre os dois projetos é que o primeiro permite a criação de mais municípios que o segundo, que traz critérios mais rígidos para o Sul e o Sudeste, liberando a criação de algumas novas cidades no Norte e no Nordeste.

Esse acordo pode abrir caminho para a votação de todos os 38 vetos – integrais e parciais – pendentes. Desde o primeiro semestre que os parlamentares mantêm o impasse sobre o projeto de lei dos municípios, impedindo a deliberação dos demais dispositivos. Os vetos também estão trancando a pauta, o que pode dificultar ainda mais a tramitação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei Orçamentária Anual (LOA).

A presidente Dilma Rousseff vetou integralmente, por contrariedade ao interesse público, o projeto de lei que tratava da a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios. A mensagem de veto e justificativa pela decisão foram publicadas no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 27. O Ministério da Fazenda foi consultado sobre a proposta. A conclusão foi que a iniciativa representava gastos, colocando em risco o equilíbrio da responsabilidade fiscal.

"Embora se reconheça o esforço de construção de um texto mais criterioso, a proposta não afasta o problema da responsabilidade fiscal na federação. Depreende-se que haverá aumento de despesas com as novas estruturas municipais sem que haja a correspondente geração de novas receitas. Mantidos os atuais critérios de repartição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o desmembramento de um município causa desequilíbrio de recursos dentro do seu Estado, acarretando dificuldades financeiras não gerenciáveis para os municípios já existentes", explica a mensagem de Dilma, direcionada ao presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL).

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O plenário do Senado aprovou em 5 de agosto texto sobre a criação de municípios. O material seguiu para a sanção presidencial porque já havia passado pela Câmara dos Deputados. A votação da matéria tinha sido resultado de acordo entre Executivo e Legislativo após a presidente Dilma Rousseff ter vetado, em meados de novembro do ano passado, uma proposta apreciada pelo Congresso que regulamentava novos municípios.

O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira uma proposta que cria novas regras para a criação de municípios brasileiros. O texto segue para a sanção presidencial porque já havia passado pela Câmara dos Deputados. A votação da matéria é resultado de acordo entre Executivo e Legislativo após a presidente Dilma Rousseff ter vetado, em meados de novembro do ano passado, uma proposta apreciada pelo Congresso que regulamentava novos municípios.

O projeto estabelece critérios de viabilidade financeira e população mínima e regras para a consulta à população por meio de plebiscito. O texto aprovado no Senado previa requisitos como população de 6 mil habitantes nas regiões Norte e Centro-Oeste; 12 mil no Nordeste; e 20 mil no Sul e Sudeste.

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O texto proíbe a criação, incorporação, fusão ou desmembramento se isso inviabilizar municípios já existentes. Além disso, qualquer procedimento deve ser realizado entre a data de posse do prefeito e o último dia do ano anterior às eleições municipais seguintes. Se o tempo não for suficiente, apenas depois da posse do novo prefeito poderá ser dado prosseguimento ao processo.

Nesta semana, a Câmara dos Deputados pode votar as propostas do Plano Nacional de Educacão (PNE), do orçamento impositivo, de criação de municípios e de mudanças no Supersimples, regime tributário das micro e pequenas empresas. A pauta será confirmada na reunião de líderes desta terça-feira (27).

Mas antes de entrar na análise dessas matérias, os deputados terão que destrancar a pauta, votando duas medidas provisórias que aguardam deliberação. Uma delas permite que o Banco Central ceda dois imóveis à Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp) para a construção de um novo sistema viário na região. A outra cria, em caráter temporário, 100 Funções Comissionadas de Grandes Eventos (FCGE) e extingue, em caráter definitivo, mais de 564 Funções Comissionadas Técnicas (FCT). As novas funções serão usadas na Copa do Mundo e nas Olimpíadas.

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Como está marcada uma sessão do Congresso Nacional nesta terça, a expectativa é de que as votações na Câmara sejam realizadas apenas na quarta (28), mas há sessão marcada na terça.

PNE

De acordo com o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o projeto do Plano Nacional de Educação deve ser votado na quarta. A matéria define metas para a educação do país nos próximos dez anos. O principal ponto é a determinação de que o Brasil invista, em dez anos, 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação pública.

A previsão é de que a votação do PNE seja concluída neste mês. O projeto foi aprovado pelos deputados em 2012, mas, como foi alterado pelos senadores no ano passado, precisou retornar para a análise da Câmara. A comissão especial que analisou a proposta manteve a maior parte texto aprovado anteriormente pelos deputados, desprezando a maioria das alterações feitas pelo Senado.

Orçamento impositivo

A Câmara, o Senado e o governo ainda negociam a conclusão da votação da PEC do orçamento impositivo. Os senadores incluíram regras que criam um piso de recursos da União que devem ser aplicados anualmente em saúde pública. Na Câmara, há deputados contrários que destacaram o trecho para votar em separado. São necessários 308 votos para aprovar alterações, por isso o governo teme não conseguir o número necessário.

Pela matéria, o governo federal fica obrigado a liberar os recursos das emendas individuais de deputados e senadores até o limite de 1,2% da receita corrente líquida (RCL) da União, desde que metade delas seja vinculada a ações e serviços públicos de saúde.

Supersimples

O texto-base da proposta que altera o regime tributário das micro e pequenas empresas foi aprovado no dia 7 de maio, mas há destaques pendentes. Entre eles, está o que inclui o setor de bebidas alcoólicas no Supersimples e diminui a tributação de categorias incluídas no regime especial, como advogados e contadores.

No geral, o projeto prevê o fim da substituição tributária para as micro e pequenas empresas. Atualmente, as secretarias de Fazenda dos estados utilizam esse mecanismo de arrecadação para cobrar antecipadamente o ICMS das mercadorias adquiridas pelos empreendedores. Isso significa que o empresário precisa pagar o ICMS antes mesmo de saber se os produtos serão vendidos.

A proposta também vai permitir a inclusão de quase 500 mil empreendimentos que faturam até R$ 3,6 milhões por ano no Supersimples. Desta forma, a classificação das empresas passa a ser pelo porte e pelo teto de faturamento e não mais em função da atividade do empreendimento.

Criação de municípios

Na sessão extraordinária da quarta, os deputados poderão votar o Projeto de Lei Complementar 397/14, do Senado, que cria novas regras para criação e fusão de municípios. A proposta substitui o projeto anteriormente vetado pela presidente Dilma Rousseff. Esse veto total, inclusive, deve ser analisado pelo Congresso na terça.

O Congresso Nacional se reúne, nesta terça-feira (20), para analisar 14 vetos da presidente Dilma Rousseff a projetos de lei. O principal deles é o veto total ao Projeto de Lei Complementar 416/08, do Senado, que regulamentava a criação de municípios, estabelecendo critérios como viabilidade financeira, população mínima e plebiscito.

No veto, a presidente argumentou que a proposta criaria um ônus excessivo aos cofres públicos, já que permitia a criação de várias cidades. Com isso, haveria a divisão maior dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios e a consequente redução de verbas aos municípios já existentes, com prejuízos na prestação de serviços públicos.

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Há um acordo entre os parlamentares sobre o tema e inclusive outro projeto, também do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), foi aprovado no Senado e encaminhado à Câmara. A matéria facilita a criação de municípios no Norte e no Nordeste, mas estabelece regras mais rígidas para as outras regiões, além de incentivos para a fusão e incorporação de municípios que se mostraram inviáveis economicamente.

Outros vetos

Também estão na pauta outros 13 vetos, como três dispositivos do projeto sobre repasses de recursos para universidades comunitárias e outros quatros da minirreforma eleitoral. Há ainda os vetos totais aos projetos que exige faixa de pedestres em áreas próximas às escolas, que regulamenta a profissão de motorista de ambulâncias e que autoriza a criação de Conselhos Federal e Regionais de Zootecnia, entre outros.

O plenário do Senado aprovou na noite desta quarta-feira o texto base do projeto que define novas regras para a criação de municípios. A proposta é fruto de acordo com o governo para a manutenção do veto presidencial a um texto semelhante, que gerava temor de aumento dos gastos com a máquina pública. Embora tenha o objetivo de substituir as regras já avalizadas no Congresso e vetadas pela presidente Dilma Rousseff, os senadores ainda precisam votar quatro emendas apresentadas para, em seguida, enviar o projeto para passar pelo crivo dos deputados.

A expectativa é que a nova proposta, relatada pelo senador Valdir Raupp (PMDB-RO), diminua em um terço o número de cidades que podem ser criadas. O primeiro projeto abria caminho para a regularização de 57 cidades e a criação de outras 188, com um custo estimado em R$ 9 bilhões para a montagem de novas estruturas administrativas. O novo texto deve dar oportunidade a formação de, no máximo, 130 cidades.

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As emendas que ainda precisam ser analisadas, contudo, podem limitar ainda mais esse cenário. Uma delas determina que novos municípios das regiões Norte e Centro-Oeste devem ter uma área territorial de, pelo menos, 200 quilômetros quadrados. O limite para as criações de cidades em outras regiões ficaria em 100 quilômetros quadrados, segundo a emenda. A votação desses pontos ocorrerá na semana que vem.

Como está, o projeto beneficia as regiões Norte e Nordeste, com menor densidade populacional, o que não ocorria na proposta anterior. Seguindo orientações do governo, Raupp aumentou o tamanho da população mínima exigida do novo município. Nas regiões Sul e Sudeste, o relatório passou de 12 mil para 20 mil a quantidade de habitantes exigida no novo município. No Nordeste, esse limite, que no texto vetado por Dilma era de 8,4 mil, agora será de 12 mil. As regiões Centro-Oeste e Norte tiveram mantidas a exigência de 6 mil moradores na nova cidade.

O novo projeto também reduz de 10% para 3% da população dos municípios envolvidos o número de assinaturas necessárias para dar início ao processo de fusão ou incorporação. O Estudo de Viabilidade Municipal (EVM) passa a ser contratado pelo governo estadual e não pelo municipal, parte interessada.

A proposta amplia ainda de 10 para 12 anos o período pelo qual fica vedada a realização de novo plebiscito no caso de o resultado de a primeira consulta ter sido pela rejeição da criação, desmembramento, fusão ou incorporação.

Elevação gastos

No veto, Dilma argumentou que a aprovação da proposta anterior permitirIa a criação de um número muito grande de municípios em sua maioria de pequenas dimensões. Como consequências, haveria fragmentação dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios, a perda de recursos para cidades já estabelecidas, o que poderia gerar ainda a perda da eficácia da gestão municipal. O veto ainda precisa ser apreciado em sessão do Congresso Nacional, o que só deve ocorrer em 20 de maio.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou na manhã desta quarta-feira projeto de lei complementar que define novas regras para a criação de municípios. A proposta é fruto de acordo com o governo para a manutenção do veto presidencial a um texto semelhante, que gerava temor de aumento dos gastos com a máquina pública. A proposta ainda precisa ser analisada pelos senadores no plenário antes de seguir para a Câmara.

A principal mudança no texto vetado pela presidente Dilma Rousseff trata da elevação do quantitativo populacional mínimo necessário. Para a criação de um município nas regiões Sul e Sudeste, será necessário haver, pelo menos, 15 mil habitantes na localidade. No Nordeste, esse limite seria de 8,5 mil; no Centro-Oeste, 6,5 mil, enquanto na Região Norte, haveria redução de 6 mil para 5 mil habitantes.

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O novo projeto reduz de 10% para 3% da população dos municípios envolvidos o número de assinaturas necessárias para que seja dado início ao processo de fusão ou incorporação. O Estudo de Viabilidade Municipal (EVM) passa a ser contratado pelo governo estadual e não pelo municipal.

A proposta amplia ainda de 10 para 12 anos o período pelo qual fica vedada a realização de novo plebiscito no caso de o resultado de a primeira consulta ter sido pela rejeição da criação, desmembramento, fusão ou incorporação.

No veto, Dilma argumentou que a aprovação da proposta anterior permitira a criação de um número muito grande de municípios, em sua maioria, de pequenas dimensões. Como consequências, haveria fragmentação dos recursos do Fundo de Participação dos Municípios, a perda de recursos para cidades já estabelecidas, o que poderia gerar, ainda, a perda da eficácia da gestão municipal. O veto ainda precisa ser apreciado em sessão do Congresso Nacional, o que só deve ocorrer em maio - por duas vezes, deputados e senadores adiaram a votação.

Começou a tramitar no Senado novo projeto do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) estabelecendo regras para a criação de municípios. A apresentação da proposta (PLS 104/2014) faz parte de acordo para resolver o impasse em relação a outro projeto de Mozarildo (PLS 98/2002), aprovado no Congresso, mas vetado pela presidente Dilma Rousseff.

A proposta institui regras para a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de municípios, regulamentando a previsão constitucional sobre o assunto. Uma das demandas do governo é de que as regiões Sul e Sudeste sigam critérios mais rígidos do que as regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste.

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Para o autor, o projeto é importante, pois existem áreas do território nacional que se desenvolvem rapidamente e que “precisam ganhar autonomia administrativa, não podendo ficar sob a camisa de força, sendo geridos por um distrito sede menos dinâmico”.

Ao apresentar o projeto à Mesa do Senado, na quarta-feira (26), o senador Mozarildo também apresentou um requerimento para que a matéria tramite em caráter de urgência. A expectativa do senador é de que o projeto seja aprovado no Senado já na próxima semana.

"Espero que esse acordo funcione, que não haja nenhum imprevisto e que possamos aprovar o projeto de maneira rápida",  disse o senador. O exame do projeto começa pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde aguarda designação de relator.

Regras

Número mínimo de habitantes para o novo município, estudo de viabilidade e regras para a apresentação da proposta às assembleias estaduais estão entre as regras sugeridas no projeto. A população mínima é de 5 mil habitantes para municípios na Região Norte, aumentando gradativamente conforme elevam-se as densidades das demais regiões, até chegar a um mínimo de 15 mil para novas cidades nas regiões Sul e Sudeste. Para o Centro-Oeste, a exigência é de 6,5 mil, enquanto que um novo município nordestino terá de ter, no mínimo, 8,5 mil habitantes.

O requerimento para a criação de um novo município deve ser dirigido à assembleia legislativa estadual, subscrito por, no mínimo, 20% dos eleitores residentes na área geográfica que se pretenda emancipar, no caso da criação de município, ou na área geográfica que se pretenda desmembrar, no caso de desmembramento de município preexistente para integrar-se a outro. No caso de fusão ou incorporação de municípios, a exigência é de 3% dos eleitores residentes em cada um dos municípios envolvidos.

O projeto também tenta garantir que o estudo de viabilidade do novo município seja feito por entidade competente e isenta, determinando que o estudo seja contratado pelo governo estadual, e não pelo grupo diretamente interessado na separação ou aglutinação municipal. Mozarildo também destaca, em seu projeto, que os novos municípios devem receber parcela das dívidas dos municípios de origem, proporcional à infraestrutura legada à nova unidade.

Veto

Ao vetar o PLS 98/2022, a presidente Dilma Rousseff considerou que a medida poderia criar ônus excessivo aos cofres públicos. O temor era de que as regras favorecessem a criação de mais municípios, dando, por outro lado, pouco incentivo à fusão e incorporação.

Na justificativa do PLS 104/2014, o autor registra que após o veto ao projeto anterior abriu-se um debate entre representantes do Legislativo e do Executivo com o objetivo de fazer “uma sintonia fina nas regras propostas”, e, assim, moderar os incentivos à criação e desmembramento e, ao mesmo tempo, facilitar e estimular a fusão e incorporação de municípios. Mozarildo afirma que o projeto apresentado agora é “o resultado de tal debate”.

O Congresso Nacional poderá adiar a análise do veto da presidente Dilma Rousseff ao projeto que tratava sobre a criação de municípios. De acordo com o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), autor da proposta, há um acordo para que ele apresente um novo texto que contemple as ideias do governo.

Se isso se confirmar, a análise desse veto ficará para abril. A matéria estava na pauta de fevereiro, mas uma obstrução da maioria das bancadas impediu a votação. A intenção dos parlamentares era derrubar o veto, mas o PT tenta mantê-lo e dar andamento a uma nova proposta.

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De acordo com o senador Humberto Costa (PT-PE), um dos principais defensores de uma nova proposta no Congresso Nacional, a reformulação do projeto consideraria as especificidades das regiões. "Essa proposta que está sendo construída por alguns senadores vai dar uma conotação mais regional em relação à possibilidade de criação de novos municípios. Isso é uma demanda justa, especialmente para os estados do Norte e algumas situações do Nordeste, bem como para o Centro-Oeste. Haverá uma facilitação para a criação de novos municípios. Mas para o restante do Brasil as regras serão mais rígidas", explicou.

Já o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) criticou o possível adiamento da análise do veto. "A sessão do Congresso em que o veto deveria ser votado ocorreu há três semanas. Só agora, na hora da votação, o governo diz que tem um projeto novo. Essa é a técnica do governo Dilma", frisou. "Quer adiar a votação, tudo bem. O problema é que vão se acumulando os vetos e daqui a pouco nós estamos outra vez com três mil vetos pendentes. Na sessão passada eram quatro, agora já são 12. Se jogarem para o próximo mês serão 24 ou 30. Sei lá, quantos", destacou.

Sessão

Apesar da provável retirada desse item da pauta desta terça-feira (18), outros onze vetos podem ser analisados. Entre eles, os da minirreforma eleitoral nos pontos que tratam sobre materiais de campanha, repasse de cotas do Fundo Partidário, doações de pessoas jurídicas para siglas e partidos e comprovação de gastos. 

Poderão ser votados ainda os vetos à Lei de Diretrizes Orçamentárias 2014, à obrigatoriedade de construção de pontos de apoio e de descanso para motoristas nas rodovias federais administradas por empresas privadas e à concessão da meia-passagem para pessoas de até 29 anos, prevista no Estatuto da Juventude.

Na próxima terça-feira (18), o Congresso Nacional se reúne para a análise de vetos presidenciais. Ao todo, 12 dispositivos estão na pauta, entre eles o projeto sobre a criação de municípios, vetado integralmente pela presidente Dilma Rousseff.

A matéria estava na pauta de fevereiro, mas uma obstrução da maioria das bancadas impediu a votação. A intenção dos parlamentares é derrubar o veto, mas o PT tentar mantê-lo e dar andamento à tramitação de uma nova proposta para o assunto, enviada ao Congresso no mês passado pelo Executivo.

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Na pauta, também estão os vetos à minirreforma eleitoral nos pontos que tratam sobre materiais de campanha, repasse de cotas do Fundo Partidário, doações de pessoas jurídicas para siglas e partidos e comprovação de gastos.

Poderão ser votados ainda os vetos à Lei de Diretrizes Orçamentárias 2014, à obrigatoriedade de construção de pontos de apoio e de descanso para motoristas nas rodovias federais administradas por empresas privadas e à concessão da meia-passagem para pessoas de até 29 anos, prevista no Estatuto da Juventude, entre outras matérias.

O veto presidencial à proposta de criação de municípios será analisado pelo Congresso Nacional no dia 18 de março. Até lá, o governo espera conseguir avançar com uma nova proposta sobre o assunto e evitar a derrubada do veto.

A presidente Dilma Rousseff vetou totalmente a antiga proposta para a criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios. Há duas semanas, o Palácio do Planalto encaminhou ao Parlamento um novo projeto que trata sobre o mesmo assunto. 

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Segundo o senador Humberto Costa (PT-PE), líder do PT no Senado, o novo texto traz mais restrições para evitar criação desnecessária de municípios e a divisão do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o que poderia gerar uma "uma divisão insuficiente tanto para os novos como para os antigos municípios". "A ideia agora é regras um pouco mais rígidas para a formação de municípios", explicou.

"No que diz respeito às regras para fusão e incorporação não há grandes mudanças. Acredito que podemos construir rapidamente um entendimento no Senado, para que a Câmara possa votar. Assim, haveria a manutenção do veto já que outra proposta estaria em curso", completou.

Para Humberto, a questão do número de habitantes para a nova cidade é que será o principal entrave a ser discutido. Parlamentares do Nordeste, Sudeste e Sul reclamam que houve um rigor maior para essas regiões. "Isso acontece porque no Norte e no Centro-Oeste temos baixa densidade demográfica, então é preciso ter flexibilizar o número de habitantes. Para os casos em que é realmente necessária a criação do município é preciso flexibilizar, mas ao mesmo tempo evitar que municípios inviáveis sejam criados", frisou.

Já o autor da proposta inicial, o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), tem opinião diferente. Para ele, a melhor opção é derrubar o veto de depois analisar a nova proposta. "O melhor acordo a ser feito é derrubamos o veto e logo depois aprovarmos o novo projeto do Executivo, que, em caso de divergências, poderia revogar alguns dispositivos do texto anterior", considerou.

Ele também reclamou da interferência do Palácio do Planalto. "Os poderes têm que ser independentes e harmônicos, como manda a Constituição. Não pode haver este monopólio do Executivo na hora de legislar; como se não bastassem as medidas provisórias, que vêm toda hora e trancam as pautas".

O líder do PT do Senado, Humberto Costa (PE), defendeu a votação na Casa de um novo projeto para criação de municípios. Para ele, é possível chegar a um consenso e aprovar a matéria antes que o Congresso Nacional delibere sobre o veto presidencial à proposta anterior no dia 18 de março.

A presidente Dilma Rousseff vetou totalmente a antiga proposta para a criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios. Na semana passada, o Palácio do Planalto encaminhou ao Parlamento um novo projeto que trata sobre o mesmo assunto. A ideia é garantir a manutenção do veto, ou seja, evitar que ele seja derrubado, e chegar a um entendimento entre os líderes partidários sobre a nova proposta.

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Segundo o senador, o novo texto traz mais restrições para evitar criação desnecessária de municípios e a divisão do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o que poderia gerar uma "uma divisão insuficiente tanto para os novos como para os antigos municípios". "A ideia agora é regras um pouco mais rígidas para a formação de municípios", explicou.

"No que diz respeito às regras para fusão e incorporação não há grandes mudanças. Acredito que podemos construir rapidamente um entendimento no Senado, para que a Câmara possa votar. Assim, haveria a manutenção do veto já que outra proposta estaria em curso", completou.

Para Humberto, a questão do número de habitantes para a nova cidade é que será o principal entrave a ser discutido. Parlamentares do Nordeste, Sudeste e Sul reclamam que houve um rigor maior para essas regiões. "Isso acontece porque no Norte e no Centro-Oeste temos baixa densidade demográfica, então é preciso ter flexibilizar o número de habitantes. Para os casos em que é realmente necessária a criação do município é preciso flexibilizar, mas ao mesmo tempo evitar que municípios inviáveis sejam criados", frisou.

Com informações da Rádio Senado.

A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, vai negociar com senadores a apresentação de uma proposta alternativa para disciplinar a criação de municípios, na tentativa de evitar a derrubada do veto presidencial ao projeto que regulamenta o tema (PLP 416/08). Segundo ela, o governo não tomará a iniciativa de apresentar um projeto. O veto será analisado pelo Congresso Nacional nesta terça-feira (18).

De acordo com a ministra, a proposta apresentada pelos senadores traria critérios diferenciados para a criação de novos municípios nas diferentes regiões do País. Ela acrescentou ainda que o governo quer evitar situações como as existentes hoje, de municípios com apenas 800 habitantes.

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"Temos receio de que qualquer legislação permita novas situações como essas, mas os deputados estão convictos de que o projeto aprovado não permite situações assim, afirmou. Na reunião de líderes da base na Câmara, não teria havido margem de negociação em torno do veto.

Mais cedo, o vice-presidente do Congresso, deputado Andre Vargas (PT-PR), afirmou que, se não houver acordo com o governo, o Legislativo deverá derrubar o veto à proposta.

Com informações da Agência Câmara

Quatro vetos presidenciais devem ser analisados na primeira sessão do Congresso Nacional de 2014, prevista para 18 de fevereiro. O que deve gerar mais discussão é a rejeição integral do projeto que permitia o retorno da criação dos municípios, no Brasil mais de 180 projetos tramitam nas Assembleias Legislativas. De acordo com a Agência Senado também devem ser analisados os vetos sobre o repasse de recursos públicos às universidades comunitárias, o que normatiza a travessia de pedestres próximos às escolas e o que regula a condução de veículos de emergência.

Novos municípios

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A presidente Dilma Rousseff vetou totalmente o substitutivo da Câmara dos Deputados ao projeto de lei do Senado (PLS) 98/2012 – Complementar, que estipulava novas regras para a criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios. Em tese, a proposta, do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) possibilitaria a criação de aproximadamente 400 novas cidades no país.

Segundo a União Brasileira em Defesa da Criação dos Novos Municípios (UBDCNM), seriam criados mais municípios principalmente nos estados do Maranhão, Bahia, Ceará e Pará. No Ceará, 26 distritos têm condições de pedir a emancipação dos municípios de que fazem parte. É o caso de Jurema (Caucaia), Guanacés (Cascavel) e Pajuçara (Maracanaú), localizados próximos à capital, Fortaleza, e que reivindicam autonomia.

Para Dilma, o projeto contraria o interesse público porque “o crescimento de despesas não será acompanhado por receitas equivalentes, o que impactará negativamente a sustentabilidade fiscal e a estabilidade macroeconômica”.

De acordo com Mozarildo, foi feita uma leitura equivocada do projeto, ao supor-se que o resultado será aumento de gastos públicos. O senador afirmou que, caso a lei que propôs estivesse em vigor há dez anos, 2,8 mil municípios não teriam sido criados. Ele lembrou que, pela primeira vez, é exigido um estudo de viabilidade tanto do município a ser criado quanto do que será desmembrado.

O substitutivo da Câmara condiciona a criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios à realização de Estudo de Viabilidade Municipal (EVM) e de plebiscito junto às populações dos municípios envolvidos. Com a nova lei, as assembleias legislativas do país voltam a examinar a criação de novos municípios, o que não ocorria há 17 anos.

De acordo com a proposta, para a criação ou desmembramento de municípios, um requerimento assinado por 20% dos eleitores moradores da área deve ser avaliado na assembleia legislativa do estado. Já para os casos de fusão ou incorporação, o pedido de criação deverá ser assinado por 10% dos eleitores residentes em cada uma das cidades envolvidas.

Outro requisito é o mínimo populacional de 50% da média de habitantes nas regiões Norte e Centro-Oeste; de 70% da média na região Nordeste; e o mínimo de 100% da média populacional nas regiões Sul e Sudeste.

Também é exigida a existência de um núcleo urbano já constituído, com infraestrutura, edificações e equipamentos “compatíveis com a condição de município”. O distrito deve ter ainda receitas de arrecadação própria.

Universidades comunitárias

A lei que autoriza as universidades comunitárias a receberem recursos públicos diretos para suas atividades em parceria com os governos federal, estadual e municipal, mediante a gratuidade de ensino para a população, foi vetada parcialmente pela presidente da República.

De acordo com o projeto da deputada federal Maria do Carmo (PT-MG), as Instituições Comunitárias de Educação Superior (Ices) deverão ofertar serviços gratuitos à população proporcionais aos recursos obtidos do Poder Público e, ainda, organizar programas permanentes de extensão e ação comunitária voltados à formação e ao desenvolvimento dos alunos e da sociedade (PLC 1/2013).

Entre as razões do veto, Dilma Rousseff afirma que o dispositivo impõe entraves à criação de novas instituições superiores públicas, podendo prejudicar a expansão da rede pública federal, ao requerer análise da capacidade instalada da universidade comunitária em comparação à criação de nova instituição estatal.

Também foi vetada a garantia de vínculo das Ices ao sistema estadual de educação, porque o conceito do projeto de lei é bastante amplo, abrangendo inclusive instituições que devem estar vinculadas ao sistema federal de ensino, o texto confrontaria o disposto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).

Ainda segundo a presidente, a proposta contraria a própria lógica de repartição das receitas tributárias ao considerar que as instituições de ensino criadas por lei estadual ou municipal devem ser mantidas pelos respectivos entes federados independentemente da proporção de recursos provenientes destes. O poder Executivo se comprometeu a apresentar medida alternativa que apoie sua sustentabilidade financeira.

Trânsito

Outro veto integral a ser examinado em fevereiro é o do PLC 31/ 2012, do deputado federal Sandes Júnior (PP-GO), que altera o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/1997) para tornar obrigatória a pintura de faixas de pedestres no raio de um quilômetro em torno de escolas públicas e privadas situadas em área urbana.

Para o deputado, acidentes que vitimam alunos a caminho das escolas, ou na volta para casa, estão se tornando mais frequentes, exigindo, assim, uma adequada sinalização dos pontos de travessia nas vias públicas ao longo desses percursos.

Uma das emendas à proposta foi apresentada pelo senador Wellington Dias (PT-PI) e incluiu, ao lado da pintura de faixas, a previsão de construção de passarelas ou passagens subterrâneas para pedestres nos arredores das escolas.

Para a presidência da República, da forma ampla como foi redigida, a proposta não prevê “a consideração de critérios técnicos, nem das necessidades concretas para sua implementação”. Além disso, por um lado não leva em conta a vontade da população envolvida e, por outro, impõe gastos ao poder local, que não poderá decidir quanto à conveniência da alocação dos recursos do orçamento municipal destinados à sinalização do trânsito.

Veículos de emergência

Também deve ser analisado na próxima sessão do Congresso o veto total a projeto que regulamenta a atividade do motorista de veículos de emergência (PLC 105/2012). A Presidência alegou que a proposta estabelecia restrições excessivamente onerosas, sobretudo para pequenos municípios e empregadores, que tendem a contratar um único profissional para a condução deste tipo de veículo e para outras finalidades.

Segundo o projeto, do deputado federal Marco Ubiali (PSB-SP), a cada cinco anos, os motoristas receberiam treinamento especializado e reciclagem em cursos específicos de condução de veículos de emergência. Os cursos seriam custeados pelo empregador. O projeto também previa seguro para cobertura de riscos inerentes à atividade.

*Com informações da Agência Senado

O governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos (PSB), defendeu nesta quarta-feira "regras claras, e não regras frouxas" para se criar 500 ou mais municípios no Brasil. "Isto poderá significar somente mais gasto público e redução das políticas públicas na vida dos que mais precisam", alertou ele. "Há o perigo de se abrir processo de criação de municípios de forma eleitoreira e oportunista".

O debate e criação de novos municípios não devem ocorrer, segundo ele, em período próximo de eleições e se deve ter o cuidado de não se criar a ilusão de que com um novo município a vida das pessoas irá melhorar.

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"Estamos vivendo uma tremenda crise econômica mundo afora e o Brasil luta todos os dias para retomar o seu crescimento", observou. "A situação fiscal vem ficando cada dia mais dura para os municípios brasileiros e não vamos achar que criar mais municípios vai resolver os problemas da população".

Para ele, mais importante é o debate estratégico para fortalecer os municípios que já existem e que precisam qualificar suas máquinas públicas, uma vez que muitos deles têm dificuldade para oferecer serviços como creches, posto de saúde e coleta de lixo adequada.

Ele reconheceu, porém, que há casos a serem debatidos e exemplificou com São Domingos, no agreste pernambucano. São Domingos é bairro do município de Santa Cruz do Capibaribe, e distrito de Brejo da Madre de Deus. Tem atividade econômica, mais de 20 mil habitantes e vive situação difícil, não recebe investimentos.

O governador deu entrevista depois de anunciar o Plano de Aplicação para o Desenvolvimento Sustentável, que contará com R$ 205 milhões provenientes da compensação ambiental por grandes empreendimentos instalados no Estado.

Truculência

Nesta terça-feira, 4, durante ato de assinatura da ordem de serviço para o início das obras da Adutora do Agreste, que vai beneficiar 68 municípios da região com segurança hídrica, no município de Pesqueira, o governador reclamou da pressão eleitoral sobre o PSB para que o partido decida logo sua posição em relação à eleição de 2014.

"Por que o PSB não tem o direito (de discutir candidatura)? Por que temos de definir amanhã? Por que essa truculência? Isto é um direito democrático", disse aos jornalistas que o entrevistaram. "No momento em que o PSB entender ser correto, vamos consultar os fóruns partidários e discutir".

Nesta quarta, ao ser indagado a quem ele se referia como truculento, ele disse não se sentir pressionado por outras legendas nem por ninguém. "Só por vocês mesmos (repórteres)", brincou.

A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira novas regras para criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios no País. Com a mudança, que agora retorna para o Senado, as Assembleias Legislativas dos Estados voltam a ter autonomia para aprovar alteração de status de municípios. O projeto determina ainda uma série de critérios a serem cumpridos na criação de uma nova cidade, além da aprovação em plebiscito. Segundo o deputado José Augusto Maia (PTB-PE), que preside a Frente Parlamentar Mista de Apoio à Criação de Municípios, com as regras podem ser criadas 150 novos prefeituras no País.

Para virar município, a localidade ainda precisa ter uma população mínima, que varia de acordo com a região do País onde se localiza. No Norte e Centro-Oeste, é preciso haver 6.008 habitantes, número que sobe para 8.411 no Nordeste e para 12.016 habitantes no Sul e no Sudeste. O texto foi aprovado por 319 votos a favor e 32 contra. Dos sete destaques apreciados em plenário, seis foram reprovados e um foi retirado pelo PMDB. Para a criação de um município, será preciso comprovar também a existência de núcleo urbano consolidado, estimativa de despesas e arrecadação, além de viabilidade econômico-financeira, político-administrativa e socioambiental.

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Após o estudo de viabilidade municipal e aprovação da Assembleia Legislativa do Estado onde o distrito se localiza, será realizado plebiscito às populações dos municípios envolvidos. Em relação ao projeto de lei original, o texto aprovado - um substitutivo da deputada Flávia Moaris (PDT-GO) - aumentou a exigência populacional para se criar um município e definiu que o plebiscito deve ser feito em toda a área envolvida, tanto no distrito quanto na sede, e não apenas no distrito que solicita a alteração. A redação eleva também o número mínimo de eleitores necessários para subscrever requerimento que solicita criação do município.

A Câmara dos Deputados adiou para a próxima semana a votação do Projeto de Lei Complementar que estabelece novas regras para a criação, o desmembramento e a fusão de municípios. A matéria entrará na pauta na sessão ordinária do dia 4 de junho.

Inicialmente, o PLC 416/08 seria incluído na pauta logo após o encerramento da votação da MP dos Portos, o que ocorreu no último dia 16, mas como o presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), estava em missão oficial no exterior na semana passada, a apreciação em plenário havia ficado para esta terça-feira (28). Mas, como haverá o feriado na próxima quinta-feira (30), Alves optou por um novo adiamento para evitar a falta de quórum.

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“É um projeto de lei complementar, não é consensual, não é unânime. Há parlamentares que votaram contrariamente à urgência e há outros que querem discutir. Portanto, nós precisamos ter segurança para que não faltem alguns votos”, explicou o presidente da Câmara. De acordo com a Constituição, o PLC precisa ser aprovado por mais da metade dos deputados, ou seja, deve ter pelo menos 257 votos favoráveis.

De acordo com o coordenador da Frente Parlamentar Mista de Apoio à Criação de Novos Municípios, deputado José Augusto Maia (PTB-PE), o texto que será votado é um substitutivo formulado por um grupo de trabalho formado por representantes dos ministérios das Cidades, do Planejamento, da Integração Nacional e da Fazenda.

Para Augusto Maia, a apreciação da matéria é mais do que necessária, já que em 1996 foi aprovada uma emenda constitucional que exigiu a aprovação de uma lei complementar para regulamentar o processo de criação das cidades. “De lá para cá, vários regiões de desenvolveram, se industrializaram, e alguns distritos ficaram maiores que a sede-mãe, mas continuaram proibidos de se tornarem cidades”, frisou.

O projeto exige estudo de viabilidade do município que se pretende criar, e submete sua criação à aprovação da população por meio de plebiscito, e à obediência de requisitos objetivos, como população e arrecadação mínimas. O PLC também confirma a validade de 57 cidades criadas de 1996 até 2007, e atende a uma recomendação do Supremo Tribunal Federal (STF) de que o texto da Constituição seja regulamentado.

Com informações da Agência Câmara.

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