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O prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), nomeou o filho, Marcelo Hodge Crivella, para o cargo de secretário da Casa Civil, uma das pastas consideradas mais importantes da prefeitura. A nomeação saiu no Diário Oficial do município desta quinta-feira, 2.

O filho de Crivella, que tem 34 anos, é formado em psicologia na Biola University, uma universidade cristã na Califórnia, EUA, e também estudou filosofia na Oxford University, no Reino Unido, e inovação e negócios, na Oxford Brookes Univeristy. Já trabalhou como executivo de vendas na Storyville, foi diretor-executivo da Redzero, integrou a Record Entretenimento, na Rede Record, e foi executivo de vendas na Frost & Sullivan.

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Por nota, a assessoria do prefeito disse que "não há qualquer ilegalidade ou inconstitucionalidade na nomeação do secretário". "De acordo com decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a Súmula Vinculante número 13 do STF não entende como nepotismo parentes indicados a cargos do primeiro escalão".

O prefeito Marcelo Crivella (PRB) estuda criar uma taxa de turismo como forma de aumentar a arrecadação do município. O imposto, "de R$ 4 ou R$ 5", seria cobrado do turista nos hotéis. O prefeito falou sobre a ideia ao comentar a redução da receita do município, com a queda de arrecadação de ISS (Imposto Sobre Serviços) e ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Intervivos, que incide sobre venda de imóveis). Ele lembrou que a cobrança de taxa de turismo é feita "no mundo inteiro". O prefeito afirmou que vai rever subsídios dados a alguns setores, citando as empresas de ônibus e o setor hoteleiro.

Ele afirmou que comemora a notícia de que a ocupação hoteleira está em 85%. "Isso é algo que temos de celebrar. Espero que seja uma virada para nós. O turismo é a vocação dessa cidade. Não só pela hospitalidade, característica inerente do carioca, mas também pela geografia humana e da natureza. Geografia humana porque as pessoas no Rio de Janeiro são muito bonitas e também a natureza é muito exuberante."

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Crivella admitiu ainda mudar a cobrança do IPTU e rever a planta de valores do município, medidas que estavam no plano de governo do seu adversário à prefeitura, Marcelo Freixo, e foram duramente criticadas pelo agora prefeito. Crivella disse que pretende "adequar a contribuição de acordo com a capacidade do contribuinte". "A diretriz que dei à secretária de Fazenda é para que possa conciliar a capacidade contributiva de cada um dos contribuintes com o que hoje está no seu índice de pagamento do IPTU. Se for necessário rever a planta de valores, o faremos. Na verdade, existe muito imóvel que não paga IPTU", afirmou.

O prefeito quer ainda que as operadoras dos planos de saúde assumam as consultas com especialistas e as cirurgias de baixa complexidade mesmo na população sem cobertura da saúde suplementar como forma de diminuir filas de espera por esses procedimentos.

Pela proposta do prefeito, as operadoras abateriam os atendimentos do montante da dívida com ISS. Crivella não informou qual o montante dessa dívida, mas disse que os planos calculariam os procedimentos prestados pela tabela SUS, mais baixa do que as praticadas pelas empresas de saúde.

O prefeito eleito no Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), anunciou nesta terça-feira, 20, o secretariado que assumirá com ele a administração municipal a partir do dia 1.º de janeiro. A filha de Anthony Garotinho (PR), a deputada federal Clarissa Garotinho, foi indicada para a secretaria de Desenvolvimento, Emprego e Inovação. Mas, ao divulgar a lista de indicados, a assessoria de imprensa de Crivella optou por apresentá-la como Clarissa Matheus, ocultando o sobrenome do pai, usado por ela em sua vida política.

Durante a campanha, Crivella negou que Garotinho receberia um cargo em seu governo em troca de apoio político. Na época, a ligação entre os dois foi atacada pelo opositor Marcelo Freixo (PSOL), o que levou Crivella, na reta final das eleições, a tentar desvincular seu nome ao do ex-governador do Rio. Há menos de um mês, Clarissa foi expulsa do PR por votar contra a PEC do Teto dos Gastos e se filiou ao PRB, do novo prefeito.

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Outro apoio do período de campanha, Indio da Costa (PSD) assumirá a Secretaria de Urbanismo, Infraestrutura e Habitação. Vencido no primeiro turno, Indio foi um dos últimos candidatos derrotados a anunciar seu apoio. Ao divulgar que estaria com Crivella, recebeu, imediatamente, a promessa de ocupar uma das secretarias do governo municipal.

Na Fazenda, entra Maria Eduarda Gouvêa Berto, economista pela PUC-Rio, especializada em projetos de infraestrutura, avaliação de investimento, finanças e gestão de riscos. A Ordem Pública ficará por conta do coronel Paulo Cesar Amêndola, fundador do Bope. O ex-guerrilheiro César Benjamim responderá pela Educação.

Além deles, foram indicados: Ailton Cardoso da Silva, para a Casa Civil; Luiz Carlos Ramos, Relações Institucionais; Carlos Eduardo, Saúde; Fernando Mac Dowell, Transporte; Nelcimar Nogueira, Cultura; Rubens Teixeira, Conservação e Meio Ambiente; e Teresa Bergher, Assistência Social e Direitos Humanos.

Crivella ainda substituiu a Secretaria de Turismo por um conselho composto por Ricardo Amaral, José Bonifácio, o Boni, Roberto Medina e Paulo Manoel Protasio, que ficará ligado ao gabinete do prefeito. As políticas para a Pessoa com Deficiência serão formuladas por um conselho ligado ao gabinete do prefeito, formado pelo deputado federal Otávio Leite e pelo deputado estadual Márcio Pacheco.

O candidato do Psol à Prefeitura do Rio, Marcelo Freixo, votou há pouco no clube Paissandu, no Leblon, zona sul da cidade. Ele estava acompanhado pela mulher Priscilla Soares e a filha Isadora.

Freixo foi recebido por companheiros de partido, como a candidata a vice-prefeita Luciana Boiteux, o deputado federal Chico Alencar, o deputado estadual Eliomar Coelho e a vereadora eleita Marielle Franco, aos gritos de "Vamos virar, Freixo!".

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Na chegada, o candidato disse que a eleição no segundo turno do Rio está indefinida e pediu que aqueles que pretendem anular seus votos "venham para o 50" (número de sua candidatura). "Agora é fazer um apelo para que esse voto nulo, esse voto indeciso vire para o 50 e não permita que a obscuridade da política tome conta do Rio", declarou Marcelo Freixo.

Duas pesquisas divulgadas neste sábado mostram que Freixo permanece em segundo lugar nas intenções de voto, mas diminuiu substancialmente a diferença do líder Marcelo Crivella, do PRB.

O candidato à prefeitura do Rio, Marcelo Freixo (PSOL), disse nesta quarta, 26, que "não é covarde" nem "foge de debates", referindo-se ao seu adversário Marcelo Crivella (PRB), em sabatina da Rádio CBN, nesta quarta-feira, 26. Crivella faltou à sua sabatina, que estava marcada para a terça-feira, 25, na rádio. Também não compareceu à entrevista da TV Globo no mesmo dia, no RJTV, e já disse que não irá na sabatina do jornal O Globo, marcada para esta quinta-feira, 27. Crivella alega ser vítima de uma campanha por parte das Organizações Globo e da revista Veja.

Freixo disse que "por trás daquela fala mansa (de Crivella), está alguém que promove o ódio o tempo todo". Ele reagiu ao ser questionado sobre se teria alguma relação com o tráfico de drogas, acusação levantada por Crivella, em seu horário eleitoral. "Crivella, além de ser covarde e fugir do debate, é mentiroso. É um cara que não está preparado para governar, que faz calúnia. Por trás daquela fala mansa, tem alguém que promove ódio o tempo todo", disse.

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O candidato respondeu que uma foto sua viralizada na rede com ex-traficantes conhecidos do Rio foi feita em um evento promovido pela ONG Afroreggae. "Usar imagens falsas e dar informação falsa não é algo que a cidade precisa", afirmou.

Questionado sobre o número de policiais que fazem a sua segurança, Freixo disse que "não é confortável", "nem um privilégio" precisar da ajuda. "É uma necessidade porque sou ameaçado de morte, não por um problema particular, mas porque enfrentei as milícias, na CPI das Milícias, o crime organizado mais poderoso do Rio", disse.

Segundo o candidato, a sua segurança teria sido reforçada após a divulgação de um vídeo da ex-vereadora Carminha Jerominho, filha e sobrinha dos milicianos Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, e Natalino Guimarães, em que ela manifesta apoio a Crivella e "desafia" Freixo (PSOL) a andar por Campo Grande, bairro da zona oeste dominado pelo grupo.

"Nesse momento da campanha, eu reforcei a segurança por uma questão concreta, a gravação em vídeo da filha e sobrinha de dois milicianos presos na época da CPI, me ameaçando e dizendo que duvidava que eu fosse na zona oeste. Existem ameaças até hoje e a avaliação é feita pela Secretaria de Segurança. Conversei recentemente com a Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas) e a avaliação é que eu, lamentavelmente, não posso andar sem segurança ainda", afirmou.

Adversário de Marcelo Crivella na corrida pela prefeitura do Rio, Marcelo Freixo (PSOL) acredita que o senador precisa esclarecer o caso revelado esta semana pela revista Veja. Para Freixo, o ponto mais grave é a denúncia de que o candidato do PRB teria praticado um "ato de violência".

"O Crivella está se revelando uma pessoa violenta. Ele foi violento na forma de tratar religiões diferentes da dele. Foi violento no trato com as mulheres, violento nessa rede de boatos contra mim. E agora com essa revelação de ter entrado na casa de uma moradora pobre com gente armada. Só vi isso em área de milícia. É preciso saber quem é o Crivella por trás da fala mansa", afirmou Freixo.

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A reportagem publicada nesta sexta-feira (21) conta que Crivella foi fichado na 9ª Delegacia de Polícia por invasão de domicílio, em janeiro de 1990. O então pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, da qual hoje é bispo licenciado, teria tentado expulsar um homem de um terreno da Universal. No inquérito, ele é acusado pelo morador do terreno, Nilton Linhares, de ter chegado ao local com seguranças armados com revólveres, arrombado o portão com o pé de cabra e ameaçado sua mulher e filhas.

"Um homem público não pode ter nada escondido, tem que esclarecer. Acho que o mais grave é que se trata de um ato de violência, você expulsar uma família, entrar na casa de alguém", disse Freixo durante agenda de campanha em Bangu, na zona oeste do Rio. O candidato do PSOL frisou estar surpreso e que ainda precisava ler a íntegra da reportagem. Freixo afirmou que não pretende usar o episódio contra o adversário na reta final da campanha.

A candidata a vice-prefeita do Rio na chapa de Marcelo Freixo (PSOL), Luciana Boiteux, manifestou solidariedade ao adversário Marcelo Crivella (PRB) sobre a divulgação de um episódio em que foi fichado na polícia por invasão a domicílio. Em um post publicado no Facebook, Luciana disse que "até o Crivella tem direito a um advogado e que não pode ser considerado culpado antes de sentença penal condenatória transitada em julgado. Por isso não irei reproduzir a capa da Veja", disse ela.

A mensagem foi publicada por Luciana após a divulgação da capa da revista Veja, divulgada na noite desta sexta-feira (21), em que o senador aparece em uma foto depois de ser fichado na polícia. O então pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, da qual hoje é bispo licenciado, teria tentado expulsar um morador de terreno da IURD. Ele foi levado à 9ª Delegacia de Polícia, em 18 de janeiro de 1990. O inquérito não está nos arquivos da polícia.

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"Jamais votaria nele por outros motivos notórios, não por ele ter sido fichado. E repudio a campanha suja e mentirosa que ele empreendeu no 2º. turno contra nós", escreveu.

Luciana é advogada e professora de direito penal e criminologia da Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O senador Marcelo Crivella, candidato à prefeitura pelo PRB, já foi fichado na polícia. Ele foi levado à 9ª Delegacia de Polícia, em 18 de janeiro de 1990, acusado de invasão de domicílio. Então pastor da Igreja Universal do Reino de Deus, da qual hoje é bispo licenciado, Crivella teria tentado expulsar um morador de terreno da IURD.

O caso foi revelado pela revista Veja, que obteve as fotos de Crivella feitas pela polícia. O inquérito, no entanto, não foi à frente e nem está nos arquivos da Polícia Civil: os registros foram entregues pelo próprio delegado para Crivella.

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Num vídeo divulgado por sua campanha, Crivella nega que tenha sido preso e fichado. "Eu repito: nunca fui preso. Nunca respondi a nenhum processo. E posso provar com todas as certidões que apresentei no momento em que me inscrevi para ser candidato a prefeito do Rio de Janeiro. Fiquem tranquilos. Eu sou ficha limpa." Ele não explica, na gravação, por que o inquérito não foi arquivado pela Polícia Civil, como deve ocorrer após o encerramento de investigação.

O próprio Crivella cedeu à Veja cópia do inquérito, ao ser procurado por repórteres que haviam recebido as fotos feitas pela polícia. Referiu-se ao registro policial como um "espinho na minha carne".

De acordo com o inquérito, a Universal havia comprado imóveis no bairro de Laranjeiras, na zona sul. Nilton Linhares, de 29 anos, ficou morando em um dos terrenos como vigia, em casebre construído com material fornecido pela igreja. Quando a IURD tentou retomar o imóvel, Linhares reivindicou o direito de posse e recusou-se a sair.

À Veja, Crivella contou ter ficado "revoltado" e seguiu para o terreno com "uns dez homens". "Peguei os caminhões que a gente tinha e fui para lá. Arrebentei aquela cerca. Comecei a tirar as coisas dos caras e botei em cima do caminhão. Mas não toquei nas pessoas". No inquérito, Linhares diz que Crivella chegou com seguranças armados de revólveres, arrombou o portão com o pé de cabra e ameaçou a mulher e as duas filhas de Linhares.

A polícia foi chamada e o grupo foi levado à delegacia. O então pastor passou o dia na 9ª DP, foi liberado à noite, com a condição de retornar no dia seguinte, onde passou mais quatro horas detido. Em representação contra o delegado por suposto abuso de poder, a advogada da Universal Maria do Socorro Costa reclama que Crivella foi mantido numa sala "fechada e sem ar condicionado por mais de quatro horas, onde foi humilhado, tachado de 'pastor ladrão' e fotografado".

À revista, Crivella diz que o delegado João Kepler Fontenelle, já morto, entregou-lhe o inquérito, inclusive os negativos das fotos, porque foi ameaçado de processo pela igreja. "Fiz isso para te constranger, mas estou arrependido", teria dito o delegado, segundo Crivella. A Polícia Civil não esclareceu por que o inquérito não está nos seus arquivos.

Neste sábado, 22, o candidato não deu entrevista nem teve agenda pública. A campanha preferiu divulgar vídeo do senador. "Vocês devem estar se perguntando sobre a capa da revista Veja. Nunca fui preso. O que ocorreu é que há 26 anos atrás, como engenheiro, eu fui chamado para fazer inspeção em um muro que caiu e tinha risco de machucar as pessoas. O terreno era da Igreja Universal, mas estava invadido. E os invasores não deixaram eu entrar. Deu uma confusão danada. Foi todo mundo para a delegacia. Lá, o delegado resolveu identificar a todos. Por isso, essa foto que você viu na capa. Mas não deu processo, nada. Pelo contrário. Eu é que iniciei processo contra ele por abuso de autoridade. Eu repito: nunca fui preso. Nunca respondi a nenhum processo. E posso provar com todas as certidões que apresentei no momento em que me inscrevi para ser candidato a prefeito do Rio de Janeiro. Fiquem tranquilos. Eu sou ficha limpa", afirmou.

A assessoria de Crivella também divulgou nota sobre as fotos. "A explicação é bem menos emocionante do que muitos esperam. Na ocasião, Crivella, como engenheiro, tentou entrar em um terreno da Igreja Universal que tinha sido invadido em Laranjeiras. Na confusão, acabou sendo levado para a delegacia, onde o delegado mandou fazer as fotos para identificá-lo. A única investigação aberta foi para investigar o abuso de poder do delegado", diz o texto.

O vídeo em que o candidato à prefeitura do Rio Marcelo Crivella (PRB) aparece em pregação de 2012 atribuindo a homossexualidade a um aborto malsucedido foi retirado do YouTube. Ontem, Crivella não quis comentar a divulgação das imagens.

Questionado por jornalistas sobre a repercussão dos vídeos, Crivella disse que "só comentaria assuntos municipais". Ele participou de encontro com instituições e lideranças ligadas a pessoas com deficiência, em um hotel no centro, com o adversário no primeiro turno e agora aliado, Carlos Osório (PSDB).

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O vídeo original foi publicado em 2012, foi o apagado e voltou a ser postado em 2014. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O candidato à prefeitura do Rio pelo PRB, Marcelo Crivella, procurou minimizar nesta segunda-feira, 17, o conteúdo de seu livro "Evangelizando a África", lançado em 2002 no Brasil e que faz duras críticas a diversas religiões e aos homossexuais. O senador, que é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, declarou que as ideias defendidas na publicação foram posições que ele "assumiu há décadas" e "em um contexto diferente". Crivella disse ainda que "as pessoas amadurecem, e eu sou candidato a prefeito, não a perfeito. Perfeito, só Deus."

Trechos do livro foram publicados na edição de domingo do jornal O Globo, e motivaram uma enxurrada de críticas de diversos setores ao candidato do PRB. Nesta segunda, Crivella afirmou que os comentários "são do setor ligado ao PSOL (partido de se concorrente à prefeitura, Marcelo Freixo), e é natural que isso ocorra". Depois, ele ironizou o uso político do livro. "O Arthur da Távola usou isso na época em que eu me candidatei a senador, mas com um melancólico insucesso, porque ele ficou em quinto lugar", disse, citando o ex-senador, morto em 2008.

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Crivella tentou explicar as declarações do livro. "O contexto da África era um, o contexto do Brasil é outro. As pessoas amadurecem. Aquelas posições eu assumi décadas atrás, e me desculpei. Hoje o candidato não é o missionário da África. Hoje o candidato é o senador, que há 15 anos está defendendo o Rio de Janeiro e que faz parte orgulhosamente, ao menos para mim, da bancada popular do Rio de Janeiro", declarou. "São pessoas diferentes. Vocês não podem achar que o candidato é o missionário. O missionário estava na África - em período de guerra, inclusive."

O candidato do PRB disse que seu pensamento agora é outro. "Aquele livro foi publicado no Brasil quando eu voltei da África e tinha 42 anos, mas eu o escrevi com 30 e poucos. Ele foi editado no Brasil quando eu tinha 42. Mesmo assim, de 42 pra cá são quase 20 anos. Eu tenho quase 60. A gente evolui", sustentou Crivella. "Respeito todas (as religiões), e já disse que vou reforçar a coordenadoria que defende a diversidade e que combate a intolerância religiosa."

Apesar de ainda não haver unanimidade no partido, o PSDB anunciou nesta segunda-feira, 17, apoio à candidatura de Marcelo Crivella (PRB) à prefeitura do Rio de Janeiro. O anúncio foi feito pelo deputado federal Otavio Leite, presidente estadual da legenda.

Leite ressaltou que o PSDB nacional liberou a bancada, mas a orientação é de não apoiar o candidato do PSOL, Marcelo Freixo, considerado "diametralmente oposto" aos tucanos.

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"É um apoio pessoal, mas posso assegurar que a maioria absoluta do partido tem esse pensamento", disse Otavio Leite, em encontro realizado com Crivella no jardim do Museu de Arte Moderna (MAM), no centro do Rio.

O deputado federal afirmou que existe a possibilidade de o PSDB nacional se engajar na campanha de Crivella. Leite declarou que "o senador Aécio Neves tem ligado muito para ele (Crivella)".

Marcelo Crivella agradeceu o apoio e disse que foi o sei partido, o PRB, quem foi em busca do apoio de tucanos. Apesar de afirmar que "não houve negociação" por secretarias em um eventual sucesso nas urnas, Crivella declarou que "o PSDB tem bons quadros".

Os candidatos a prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL), intensificaram os ataques mútuos no fim de semana, em inserções no rádio e na TV. A campanha de Crivella acusa Freixo de defender os black blocs, manifestantes mascarados que defendem a violência como forma de protesto. Em vídeo veiculado pela campanha do candidato do PRB, Freixo diz que "vários movimentos têm vários métodos distintos; eu não sou juiz para ficar avaliando os métodos em si. Eu não sou juiz para dizer que movimento é um movimento correto ou não é".

O PSOL recorreu ao passado de pregador de Crivella, que é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus. A campanha de Freixo passou a veicular vídeo em que o candidato do PRB discursa sobre pregação e afirma ter ouvido do tio, bispo Edir Macedo, que "quando a gente precisa de dinheiro, a gente pesca o peixe, que o peixe na boca traz a moeda; ganha a alma que você vai ganhar a oferta".

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Freixo afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que "aos poucos a máscara do Crivella vai caindo". "Repleto de preconceitos e intolerante, (Crivella) prega um discurso de ódio contra determinados grupos e religiões." Procurado no domingo (16), por meio de sua assessoria, Crivella não se manifestou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O avanço da direita nas eleições municipais de 2016, com a significativa derrota da esquerda nas grandes cidades no primeiro turno, é parte de um movimento maior, mundial, e marca o fim do período de poder do PT no País, avalia o candidato do PSOL a prefeito do Rio, Marcelo Freixo.

Freixo diz que a candidatura de Marcelo Crivella (PRB) é parte desse cenário de crescimento conservador. Em contraste, se apresenta como parte do contraponto. Sua campanha deixou o tom ameno e passou a atacar Crivella por sua aliança com o PR do ex-governador Anthony Garotinho e pela atuação do adversário na Igreja Universal do Reino de Deus. A seguir, trechos da conversa de Freixo com o jornal O Estado de S. Paulo.

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O que explica a derrota da esquerda nas grandes cidades?

Acho que alguns fenômenos são mundiais. Tem, por um lado, o avanço de uma direita bastante conservadora, em lugares como França, Alemanha... O que é o (candidato republicano a presidente Donald) Trump nos Estados Unidos, com um porcentual altíssimo de intenção de voto. E, ao mesmo tempo, tem experiências muito ricas. O prefeito de Londres é muçulmano. O Partido Trabalhista de Londres tem um ingresso enorme de uma juventude que nunca tinha entrado (na legenda). Tem o Podemos (na Espanha), tem a candidatura do Bernie Sanders nos Estados Unidos... Ao mesmo tempo em que tem um avanço conservador, tem também algo novo acontecendo. Acho que o Rio espelha um pouco isso. Tem essa candidatura do Crivella e tem a nossa. A eleição brasileira mostrou isso. É um ciclo que se encerra, que é o ciclo da era do PT, com tudo que isso representou. Um desgaste muito grande para a imagem da esquerda, que precisa ser reconstruída.

Como entender a derrota do PMDB, após dez anos de hegemonia e de o prefeito promover uma Olimpíada bem-sucedida?

Não é pouco comum prefeito perder eleição depois de (ser anfitrião de) Olimpíada. Acho que Eduardo (Paes) acertou em umas coisas, errou em outras. Ele acerta no BRT, erra na terceirização da regulação da saúde, acerta na expansão da Clínica da Família...

O senhor tem sido muito atacado por questões como droga, aborto, além de muita boataria...

É o método de ação de quem faz política com terror. Eu sabia que o segundo turno teria uma campanha com métodos que não são os nossos. Eu vou para a televisão e digo (a Crivella): 'Você tem de explicar a aliança com Garotinho'. Não estou inventando. É diferente de eles espalharem que vou liberar a droga, que vou acabar com a PM, que vou vestir a Guarda Municipal de rosa, que vou distribuir livros ensinando crianças de quatro, cinco anos a fazer sexo... É um nível muito baixo de fazer política. Quem tudo faz para chegar ao poder tudo faz no poder.

Por que o foco no Garotinho?

Há uma aliança formal do Garotinho com Crivella no primeiro turno. A aliança deles é PR com PRB. O vice (Fernando Mac Dowell) é indicado do Garotinho. O meu temor é a volta do Garotinho. Garotinho foi expulso eleitoralmente do Rio de Janeiro pelo carioca. Não adianta o Crivella dizer que o vice dele é um técnico, quando o vice dele é um técnico, que eu respeito, mas é indicado pelo Garotinho, é do PR. O Crivella quer me convencer que o Garotinho o apoia e não quer nada em troca. Então, realmente a capacidade de conversão do Crivella está muito sofisticada. Do Garotinho espero tudo, tudo de ruim.

Se a prefeitura tivesse de intervir mais, onde seria?

Transportes. Não é estatizar. Não tem o menor cabimento a prefeitura se tornar dona de linha de ônibus. Mas a prefeitura tem de ter um sistema de regulação. Tem de dizer quais linhas vão funcionar, onde vão começar e terminar. Não pode ter ônibus que sai de Campo Grande e vai para Bonsucesso e aí o empresário decide que esse ônibus vai parar em Madureira. Aí o passageiro que ia para Bonsucesso tem de descer em Madureira para pegar outro ônibus. E uma viagem que poderia durar uma hora e meia vai durar duas horas e meia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acostumada a produzir vídeos curtos, já que no primeiro turno o tempo de TV era de 11 segundos, a equipe de TV do candidato a prefeito do Rio Marcelo Freixo (PSOL) tem um desafio neste segundo turno: ocupar os 20 minutos diários de propaganda na TV a que cada candidato tem direito. Serão dois blocos de dez minutos para cada um dos concorrentes (Freixo e Marcelo Crivella, do PRB), veiculados às 13 horas e às 20h30.

"Dez minutos são um latifúndio", dizem os colaboradores de Freixo, cujo espaço na TV é agora 53,5 vezes maior que o da primeira etapa da eleição.

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A equipe de Crivella enfrenta o mesmo desafio: o candidato tinha 1 minuto e 11 segundos no primeiro turno e agora seu tempo ficou 7,45 vezes maior. Cada candidato tem direito ainda a 35 minutos diários de inserções ao longo da programação, com durações de 30 a 60 segundos. O horário eleitoral tem de voltar ao ar até 15 de outubro, mas pode começar antes se houver acordo entre partidos e Justiça.

Estratégias

Alguns vídeos feitos para a internet pela equipe de Freixo no primeiro turno serão aproveitados na TV, até para expor o apoio de artistas como Caetano Veloso, Marieta Severo e Wagner Moura. Mas a prioridade é exibir a vida de Freixo. "O tempo na TV vai permitir apresentar Freixo a quem não conhece e a quem ouviu falar de forma distorcida", diz Marcelo Salles, um dos coordenadores de comunicação da campanha.

"Não é fácil sair de 11 segundos para 10 minutos, mas ninguém queria ficar em 11 segundos também. Temos muita coisa para mostrar, a gente faria o programa de dez minutos todos os dias, não tem problema. Mas a gente acha exagerado e caro. Com cinco minutos a gente consegue", diz Freixo.

Estrategista da campanha de Crivella e diretor de conteúdo do programa de TV do candidato, Marcello Faulhaber também trabalha para ocupar os 20 minutos diários. "A equipe deve aumentar um pouco, e talvez usemos material feito originalmente para a internet. Mas o foco será o mesmo: mostrar os problemas da cidade e as soluções propostas. Fizemos muita pesquisa para chegar a esse conceito, de que é hora de cuidar dos moradores, pois a gestão atual priorizou obras e esqueceu da qualidade dos serviços", diz Faulhaber.

Questionado se o maior espaço na TV será usado para convencer os eleitores de que a Igreja Universal do Reino de Deus, que Crivella integra, não vai interferir no eventual governo do candidato, Faulhaber é enfático: "Não queremos responder a preconceitos. Vamos mostrar a vida do Crivella e suas realizações, para as pessoas saberem que a vida dele vai muito além da igreja. Vamos exaltar seu perfil conciliador e mostrar como ele está preparado". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A disputa entre os candidatos Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo (PSOL) no segundo turno do Rio não vai expor apenas as diferenças partidárias e de propostas para a cidade. Será também um confronto sobre costume e comportamento. Os dois candidatos têm posições opostas sobre temas como drogas, aborto, religião, família e direitos dos cidadãos LGBT. Em reuniões de avaliação e estratégia, os dois lados concordam que esses temas terão peso maior no segundo turno.

De um lado está o senador de tendência conservadora que procurou fazer uma campanha ecumênica, mas é uma das maiores lideranças do PRB, partido ligado à Igreja Universal do Reino de Deus. No outro, o deputado estadual do PSOL que não abre mão de bandeiras como "o direito de a mulher decidir sobre o próprio corpo", citado no programa de governo, e o conceito de família que inclui casais do mesmo sexo.

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No campo político, Crivella é preferido do eleitorado de centro-direita e deverá receber o apoio do candidato derrotado do PSC, Flávio Bolsonaro, filho do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ). Freixo se coloca à esquerda do PT e, no segundo turno, tem a seu lado os candidatos derrotados do PCdoB, Jandira Feghali, e da Rede, Alessandro Molon. O senador foi a favor do impeachment de Dilma Rousseff. O PSOL fez coro à denúncia do "golpe" e ao movimento "Fora, Temer".

Na disputa pelos votos de candidatos de centro como Pedro Paulo (PMDB), Indio da Costa (PSD) e Carlos Roberto Osório (PSDB), Freixo e Crivella apostam no contato direto com o eleitorado, embora já tenham aberto diálogo com os antigos adversários, à exceção do peemedebista. Um dos raros pontos em comum entre Freixo e Crivella foi a comemoração por terem derrotado o PMDB e a decisão de não buscar o apoio do partido.

Diálogo

"Nossa avaliação é de que cúpulas partidárias não têm incidência direta sobre o eleitorado. Nosso programa, nossas propostas envolveram a participação de 5 mil pessoas e finalmente teremos dez minutos por dia (na TV) para apresentá-las à população. Freixo está aberto a dialogar, só não dialogamos com Pedro Paulo e os Bolsonaro, porque somos como água é azeite", disse o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ).

Sobre temas ligados a comportamento e direitos humanos, o deputado disse que "vai ser bom demarcar posição também nesse campo". Ele dá um exemplo: "A concepção de família no padrão ocidental e cristão é muito conservadora e não dá conta de uma sociedade como a brasileira e a carioca".

O vereador reeleito do PRB João Mendes de Jesus, pastor da Universal, disse não ver problemas no debate sobre temas como legalização de droga e aborto. "Os dois candidatos têm posições bem definidas. A população vai decidir. O senador Crivella sustenta suas posições com um grau de conhecimento muito profundo. Mas ele é leve e suave. O que pregamos é que a população fique em paz."

Para o vereador, Crivella terá oportunidade de se apresentar melhor ao eleitorado de classe média que tende a votar em candidatos mais "modernos".

Jesus afirmou também que, embora o diálogo com a cúpula do PMDB-RJ esteja fechado, acredita que "setores do partido vão caminhar com Crivella". "Crivella procurou atacar o PMDB da Lava Jato, mas há um grupo de gente seriíssima." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Líder das pesquisas de intenção de voto durante toda a campanha eleitoral, o candidato do PRB à prefeitura do Rio, Marcelo Crivella, disse hoje, ao chegar para votar, que espera ganhar já no primeiro turno. Ele afirmou ainda que não pretende se aliar ao PMDB, do oponente Pedro Paulo e do atual prefeito, Eduardo Paes, num eventual segundo turno com Marcelo Freixo, do PSOL.

"Se Deus quiser, a gente ganha no primeiro turno. O tempo muda as coisas, as pessoas passaram a me conhecer melhor. Aquela coisa de (mistura de) política com religião, que era uma pregação dos adversários exaustiva, não tem mais efeito. As pessoas viram que sou um político qualquer, querendo fazer o bem. A rejeição caiu muito", afirmou Crivella, ao avaliar seu desempenho na campanha.

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Ele chegou para votar por volta das 10h15. Veio caminhando pela rua Francisco Otaviano até o Clube Marimbás, no Posto 6, em Copacabana, zona sul do Rio, acompanhado da mulher, Sylvia, e dos filhos, Marcelo e Rachel. Foi abordado por eleitores e tirou selfies.

"Tanto eu como o Freixo fazemos uma oposição à prática do PMDB, a um setor do PMDB. (Contra ele) virá uma eleição de debate muito mais sobre propostas para o Rio. Se for contra o PMDB, a linha vai ser a ética na política. É isso que o povo quer na rua. O Rio devia tirar o PMDB no primeiro turno, por tudo o que eles protagonizaram na vida pública. Muita gente está com ódio, nojo da política. Pode ser que o voto branco e nulo aumente muito por causa disso", defendeu.

Sobre alianças, o candidato não quis antecipar nada, só rechaçou um apoio do PMDB. "Acredito que a gente consiga um bom arco de alianças. Mas não será uma aliança feita em cima de cargos, mas de propostas, ideias, valores. Se não tiver que ter aliança no segundo turno, não teremos. Não pretendo fazer aliança com o PMDB."

Na última pesquisa do Ibope, divulgada ontem, Crivella aparece com 38% dos votos válidos. Em seguida vêm Marcelo Freixo, com 14%, Pedro Paulo (PMDB), com 11%, Flávio Bolsonaro (PSC), com 10%, e Índio da Costa (PSD), com 10%. Os votos válidos excluem os nulos e brancos e também os eleitores que se declararam ainda indecisos. Foram ouvidos 1.204 pessoas de quinta-feira a ontem.

Já pelo levantamento Datafolha, divulgado ontem também, e que coletou as intenções de voto de 2.159 eleitores na sexta-feira e ontem, Crivella tem 32%, contra 16% de Freixo, 12% de Pedro Paulo, 11% de Índio e 10% de Osorio. A margem de erro é de três pontos para cima ou para baixo nas duas pesquisas.

O candidato do PRB à prefeitura do Rio, Marcelo Crivella, poderá ser levado a explicar ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) a foto manipulada que sua campanha exibiu em uma inserção de TV na noite de quinta-feira (29). Na imagem, aparecem o candidato do PMDB a prefeito, Pedro Paulo, com o governador licenciado do Rio Luiz Fernando Pezão, o ex-governador Sergio Cabral, que o antecedeu, e o prefeito Eduardo Paes, todos do partido.

A foto real tem, entretanto, ao lado de Pedro Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. No programa, uma voz em off faz críticas ao PMDB.

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O juiz Marcello Rubioli, coordenador estadual da fiscalização da propaganda eleitoral, disse nesta sexta-feira (30) que a adulteração deverá ser investigada. Para que haja punições, como a perda de tempo de TV (neste caso, no segundo turno, se Crivella for um dos dois primeiros colocados, já que a propaganda eleitoral do primeiro turno terminou na quinta), é preciso que o prejudicado, ou seja, Pedro Paulo, assim o solicite ao TRE, esclareceu o magistrado.

"Tem irregularidade aí. Se o TRE receber a filmagem, eu instauro (um procedimento de investigação) hoje mesmo", afirmou Rubioli ao jornal O Estado de S. Paulo no período da manhã desta sexta-feira. A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da campanha de Crivella, mas ainda não obteve resposta com um posicionamento do candidato.

A manipulação da imagem foi denunciada pelo jornalista Fernando Molica no Facebook, logo depois da veiculação da inserção. A foto foi feita em fevereiro do ano passado, quando PMDB e PT eram aliados. Mostra um momento de descontração entre os cinco políticos. À exceção de Cabral, todos apontam o dedo para Pedro Paulo.

Lula está no centro da foto, abraçando Pedro Paulo e Cabral; a adulteração apagou a imagem do ex-presidente e faz com que Cabral pareça estar abraçando Pedro Paulo. O afilhado político de Eduardo Paes, seu secretário, era então virtual candidato a prefeito. Seu nome foi confirmado em julho deste ano.

A foto original tem sido compartilhada por opositores de Pedro Paulo no Facebook durante a campanha, como meme, acompanhada da frase: "Todos nós roubamos, mas quem bate em mulher é ele". É uma alusão ao fato de Pedro Paulo ter sido investigado por agredir a ex-mulher, Alexandra Marcondes, em 2008 e 2010, quando eram casados. A violência doméstica tem sido explorada por seus adversários durante o período pré-eleitoral. Em agosto, o Supremo Tribunal Federal arquivou a investigação sobre as agressões.

O último levantamento do Ibope confirmou a liderança isolada de Crivella (PRB), que apareceu com 34% das intenções de voto. Seguem-se, empatados com 10%, Pedro Paulo e Marcelo Freixo. Indio da Costa (PSD) tem 8%; Jandira Feghali e Flávio Bolsonaro (PSC), 7%; Carlos Osório (PSDB), 4%; Alessandro Molon (Rede), 1%. Na quinta à noite, no último debate televisivo antes das eleições de domingo, Crivella, assim como os oponentes, concentrou esforços em atacar Pedro Paulo e o PMDB.

"Tudo que é escândalo o PMDB está envolvido, Lava Jato, mensalão, petróleo. Eu tenho idade para ser seu pai, muda de partido!", disse o candidato do PRB, num embate direto com Pedro Paulo.

O patrimônio do candidato do PRB a prefeitura do Rio, Marcelo Crivella, encolheu este ano em relação a quando ele concorreu ao governo do Estado em 2014. Crivella, senador licenciado, declarou para esta eleição municipal bens no valor de R$ 701.651,81. Dois anos atrás, quando ele foi derrotado por Pezão (PMDB) na disputa ao governo estadual, ele tinha R$ 734.509,78 - sem contar a inflação do período.

Na atual disputa, o senador licenciado arrolou apenas dois bens de sua propriedade: um apartamento, no valor de R$ 634.795,00 e ainda uma aplicação de renda fixa, de R$ 66.856,81. Na disputa de 2014, ele listou quatro bens: o apartamento, com o mesmo valor atual; uma aplicação em renda fixa no valor de R$ 29,5 mil, um depósito em conta corrente, de R$ 214,78 e um automóvel Jetta, ano 2013, avaliado em R$ 70 mil.

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Candidato a prefeito do Rio de Janeiro pela terceira vez, Crivella afirmou no mês passado à reportagem que apostava numa campanha "franciscana" este ano, diante dos efeitos da Operação Lava Jato e do fim do financiamento empresarial dos candidatos. Ele disse que contava para esta eleição com recursos do fundo partidário do PRB nacional para fazer campanha, que, segundo ele, será dividido principalmente com o também candidato à prefeitura paulistana, o deputado federal pelo partido Celso Russomanno (SP).

Na ocasião, Crivella afirmou que sempre fez campanhas eleitorais modestas e pretende gastar em todo o pleito deste ano entre R$ 4 milhões e R$ 6 milhões. Pelo teto de gastos divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral, cada candidato a prefeito do Rio pode gastar no primeiro turno até R$ 19,8 milhões e, no segundo, R$ 5,9 milhões.

A presidente Dilma Rousseff receberá às 17h30, no Palácio do Planalto, o ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, do PRB. Dilma está desenhando a reforma ministerial e, paralelamente, está tratando da estratégia de campanha nos Estados. Na tarde desta segunda-feira, 20, Dilma se reúne com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tratando dos dois temas.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que já foi convidado por Dilma para assumir a Casa Civil no lugar de Gleisi Hoffmann, está na reunião, já que ele atuará também colaborando com a campanha de reeleição de Dilma. Ainda participam da reunião no Alvorada Franklin Martins, ex-ministro da Comunicação Social de Lula, que também integrará a coordenação da campanha de Dilma; e Giles Azevedo, chefe de gabinete de Dilma.

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A conversa com Marcelo Crivella é mais uma pedra no xadrez da reforma ministerial anunciada para fevereiro. O PRB tem a pasta da Pesca e Crivella é candidato ao governo do Rio, onde a base eleitoral está disputando o cargo ainda com o PT do senador Lindbergh Farias; além de Anthony Garotinho, do PDT; e Luiz Fernando Pezão, do PMDB.

Dilma já conversou também com o PSD de Kassab e teve duas conversas com o PMDB. Dilma deverá fechar a reforma ministerial apenas quando voltar de sua viagem a Davos e Cuba. Ela embarca quarta-feira (22). Ela deve voltar ao País entre os dias 29 e 30, caso não participe da reunião de Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, prevista para ocorrer no dia 31 em Caracas, Venezuela.

O ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella (PRB), disse nesta segunda-feira que a presidente Dilma Rousseff não sinalizou que pretende incorporar a sua pasta à da Agricultura. Desde que explodiram as manifestações em todo o País, ressurgiram dentro do Palácio do Planalto os boatos de que a presidente poderia fazer um novo desenho de ministérios, reduzindo o número de pastas - atualmente, são 39.

Desde que assumiu a Presidência da República, Dilma criou dois ministérios: a Secretaria de Aviação Civil e a Secretaria da Micro e Pequena Empresa, ambas com status de ministério.

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Questionado sobre a possibilidade de a Pesca ser incorporada à Agricultura, Crivella respondeu: "Deixar de ser ministro significa voltar a ocupar o honroso cargo de senador da República pelo qual merecidamente fui eleito pelo generoso e bravo povo do Estado do Rio de Janeiro. Voltarei ao Senado no dia seguinte. Agora, a presidenta Dilma, em nenhum momento de todos esses momentos difíceis que temos passado em nosso governo, deixou passar de que isso ocorreria".

Para o ministro, o potencial do Brasil é "tão grande para a produção de peixes", que os brasileiros não deveriam abrir mão de uma pasta exclusivamente para esse tema.

"Nós brasileiros não deveríamos abrir mão de ter um ministério exclusivamente para que o Brasil esteja a altura dos grandes recursos naturais que Deus lhe deu. É o primeiro país em água doce do mundo e um dos menores em produção de pescado. E precisamos também atender a 1,7 milhão de pescadores cujas condições sociais não são das melhores. Tem de ter políticas públicas exclusivas para essa gente sofrida e valente", disse o ministro, que acompanhou audiência da presidente Dilma com lideranças evangélicas.

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