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A declaração do candidato ao governo da Bahia ACM Neto (União Brasil) como pardo rendeu desgastes durante o último debate, antes do primeiro turno, na TV Bahia, anteontem. Chamado de "afroconveniente" pelo ex-aliado e hoje adversário João Roma (PL), Neto disse que foi amigo do ex-ministro durante 20 anos e que "a característica principal dele é a deslealdade e sede de poder".

Em resposta, Roma afirmou que "passou 20 anos limpando o chão para ACM Neto" e que o ex-prefeito de Salvador tem "sanha de poder". O ex-ministro disse ainda que, quando foi convidado por Jair Bolsonaro para assumir a pasta da Cidadania, Neto foi contra. "Podia ser qualquer um, desde que não fosse eu, o amigo."

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Roma ironizou Neto ao afirmar que, em 20 anos de amizade, nunca o ouviu dizer que é "negão". Segundo Neto, ele se declara pardo desde 2016.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta terça-feira (30), que "pretende" ir a novos debates na TV durante a campanha eleitoral. No primeiro encontro "cara a cara" com outros candidatos ao Palácio do Planalto, no último domingo (28), o chefe do Executivo atacou a jornalista Vera Magalhães e a senadora Simone Tebet (MDB). O rompante foi considerado um erro pela equipe bolsonarista, devido ao potencial de afastar as eleitoras, que já o rejeitam mais do que os homens.

"Você falou o verbo no tempo certo. Pretendo, pretendo", respondeu Bolsonaro, ao ser questionado por jornalistas sobre a ida aos próximos debates. O presidente falou ao sair de um evento, em Brasília, com empresários dos setores de comércio e serviços.

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No primeiro debate, Bolsonaro se irritou com uma pergunta sobre a pandemia de Covid-19 e acabou atacando Vera Magalhães e Tebet. A candidata Soraya Thronicke (União Brasil) chegou a dizer que muitos homens são "tchutchuca" com outros homens e "tigrão" com as mulheres, em referência ao presidente.

A avaliação na campanha é de que Bolsonaro estava indo bem no debate ao usar os escândalos de corrupção nos governos petistas para tentar aumentar a rejeição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu principal adversário na disputa eleitoral. No entanto, a performance do candidato à reeleição "desandou" quando o foco se deslocou para o ataque às mulheres, disseram aliados ao Broadcast Político. "Ele não conseguiu segurar a onda", afirmou uma fonte.

Depois do episódio, a campanha de Bolsonaro espera que Tebet e Soraya continuem confrontando o chefe do Executivo por causa de declarações machistas. "Elas viram que dava para crescer com a temática feminina em cima do Bolsonaro. Pode ser que venha mais porrada delas", disse um interlocutor do candidato à reeleição.

Ontem, integrantes da campanha passaram o dia discutindo se Bolsonaro deve ir ou não aos próximos debates. Um dos principais temores é justamente que Tebet e Soraya repitam o desempenho nos ataques ao presidente relacionados à temática feminina. Aliados do chefe do Executivo dizem que o impacto dessa estratégia em entrevistas isoladas das candidatas não deve ser tão grande, mas que, num debate, que tem audiência e repercussão em escala muito maior, o "estrago" pode fazer diferença.

Para se defender no debate, Bolsonaro citou a primeira-dama Michelle, que tem atuado na campanha para tentar reduzir a rejeição do candidato no eleitorado feminino, e focou nos efeitos do Auxílio Brasil e do microcrédito na vida das mulheres. A estratégia de usar a economia para conquistar o voto feminino deve continuar. "É um tema em que ele fica mais confortável, onde ele consegue ter alguma coisa para mostrar", afirmou um interlocutor.

Sob novo comando há nove meses, a Marinha colecionou episódios com potencial de desgaste para o governo Jair Bolsonaro. O choque de um de seus oficiais-generais com o presidente foi o principal deles. Após o presidente levantar suspeitas sobre "interesses" da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em dar aval à vacinação de crianças contra a Covid-19, o contra-almirante da reserva Antonio Barra Torres, diretor-presidente do órgão, fez um desafio público e cobrou retratação.

A postura de Barra Torres causou mal-estar na Marinha. Na nota a Bolsonaro, o almirante assinou a carta com o cargo na Anvisa e na Marinha: "Contra-Almirante RM1 Médico".

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Ele é um dos poucos médicos da instituição a chegar ao quadro de oficiais-generais, com duas estrelas, o terceiro mais alto na hierarquia militar. O diretor da Anvisa afirmou que foi apenas uma questão metodológica, formal.

O Estatuto dos Militares proíbe esse tipo de referência usada por Barra Torres. Segundo o código, o militar deve "abster-se, na inatividade, do uso das designações hierárquicas no exercício de cargo ou função de natureza civil, mesmo que seja da administração pública". E não deve reproduzir a patente "para discutir ou provocar discussões pela imprensa a respeito de assuntos políticos ou militares".

O jornal O Estado de S. Paulo questionou a Marinha sobre o caso de Barra Torres e se ele estava sujeito à punição, mas não houve resposta.

Imagem negativa

A resposta do almirante foi divulgada quando a Marinha já estava no noticiário de viés negativo. A Força era questionada por causa do desabamento de um paredão sobre lanchas que passeavam próximas à margem do cânion de Capitólio (MG). No País, as regras de navegação em lagos são responsabilidade da Marinha.

Segundo militares, o ordenamento do espaço no lago era da prefeitura de Capitólio, por meio de decreto de 2019. A Marinha cooperava na fiscalização nas águas sob jurisdição do município.

Em outro episódio, a Marinha foi vinculada a Bolsonaro de forma negativa. No fim do ano, o presidente permaneceu em Santa Catarina enquanto a Bahia enfrentava situação de calamidade por causa das chuvas. No litoral catarinense, Bolsonaro foi fotografado diariamente passeando em moto aquática com a marca da Força.

A Marinha alegou que tem a responsabilidade de garantir a segurança do presidente e familiares em ambientes aquáticos. O Gabinete de Segurança Institucional disse que a segurança é "ininterrupta" e independe de o chefe do Executivo o estar em evento oficial, privado ou em momentos de lazer.

Aliado

O almirante Almir Garnier, que chegou ao comando da Marinha em abril do ano passado, tem feito uma ofensiva pró-governo nas redes sociais. Ele divulga vídeos do presidente sendo aplaudido, depoimentos, visitas de rotina e operações.

Garnier já servia no Ministério da Defesa antes de ser nomeado por Bolsonaro e era visto como alguém alinhado ao pensamento do presidente. 

Em queda de braço com potências rivais, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, buscou reforçar laços com parceiros estratégicos da Casa Branca nesta semana, usando o mote da defesa da democracia. O americano cumpriu uma promessa de campanha ao organizar a Cúpula pela Democracia, mas terminou a sexta-feira sob críticas, por fazer um evento em que muito se falou, mas que não apresentou compromissos coletivos capazes de frear investidas autoritárias ao redor do mundo.

A Cúpula pela Democracia fez Biden acumular desgastes. O americano ampliou a animosidade dos rivais, China e Rússia, que foram deixados de fora do evento pelos EUA.

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A lista de convidados, por sua vez, deixou claro que os EUA priorizaram interesses estratégicos aos valores democráticos. Apesar de rejeitarem o Kremlim e Pequim por falta de credenciais democráticas, os americanos saudaram a participação de governos como o de Rodrigo Duterte, nas Filipinas, e de Andrzej Sebastian Duda, da Polônia -- além de Congo, Iraque e outros que figuram no fim da lista dos índices de medição de saúde das democracias.

Com uma longa e heterogênea lista de participantes, a Casa Branca assumiu compromissos próprios, como financiamento para mídia independente, mas falhou em mostrar como o evento levará a ações concretas -- ou como as promessas feitas por cada um dos países poderão ser fiscalizadas. Na véspera do encerramento da cúpula, o governo americano indicou que não esperava um documento comum entre os 110 participantes. Após o fim do evento, a subsecretária de segurança civil, democracia e direitos humanos do governo americano, Uzra Zeya, frisou que Washington vê o encontro apenas como um pontapé inicial. "Na próxima semana começamos o Ano de Ação, uma oportunidade de colocar as palavras desta semana em ação. E 2022 será um ano de trabalho com nossos parceiros", disse.

Em pronunciamentos gravados e transmitidos ao longo de dois dias, líderes defenderam pilares democráticos de maneira genérica. O presidente Jair Bolsonaro disse ter compromisso com a democracia e afirmou que seu governo adotou "o mais ambicioso e abrangente plano anticorrupção da história".

Questionada em entrevista a jornalistas, sobre a participação do Brasil, Uzra Zeya disse que os EUA "continuam incentivando o governo brasileiro a promover a inclusão social de todas as suas ricas e diversas culturas, incluindo afro-brasileiros, povos indígenas e outros grupos da diáspora". Ela não comentou a lista de compromissos enviados por Brasília a Washington por ocasião da cúpula.

Biden também não demonstrou como irá se posicionar para resolver um dos principais dilemas domésticos, quando o assunto é retrocesso democrático: o avanço de leis estaduais que limitam o direito a voto. Em discurso, ele prometeu "continuar lutando" para aprovar peças legislativas defendidas pelos democratas como garantias de direito a voto nos EUA. "Devíamos tornar mais fácil para as pessoas votarem, não mais difícil. Isso continuará sendo uma prioridade para meu governo até que o façamos. E a ação não é uma opção", disse. Até agora, no entanto, seus movimentos na Casa Branca não foram suficientes para convencer congressistas moderados do seu próprio partido.

"A empreitada ilustra dois problemas recorrentes na política externa dos EUA: a incapacidade de definir prioridades claras e cumpri-las e a tendência de proclamar metas elevadas e, em seguida, deixar de cumprir", escreveu Stephen M. Walt, professor de relações internacionais da Universidade de Harvard, em um artigo na revista Foreign Policy. "Se a cúpula e suas sucessoras não produzirem resultados reais, ela reforçará a percepção de que a própria democracia não é mais adequada para seu propósito", analisa Walt, para quem a estratégia do encontro não é eficiente nem sob o ponto de vista de se contrapor à China.

A renúncia do presidente da Cielo, Paulo Caffarelli, após quase três anos no cargo, ocorreu em meio a um desgaste crescente entre os sócios Banco do Brasil e Bradesco, apurou o Estadão/Broadcast.

O anúncio, feito na noite de quarta-feira (19), foi mal recebido no mercado, em meio à sensação de que a reestruturação, até então em curso, vai atrasar, prejudicando ainda mais a líder das maquininhas.

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Pesou na decisão do executivo a difícil relação entre o Bradesco e o Banco do Brasil, disseram três fontes, na condição de anonimato. A permanência de Caffarelli na presidência da Cielo era exatamente um dos vetores de estresse entre os sócios.

Isso porque o governo, que controla o BB, não queria o executivo no cargo por enxergá-lo como um nome alinhado ao PT, por conta de seu histórico profissional, a despeito de ter presidido o banco público somente na presidência de Michel Temer, após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

A insatisfação do Planalto não vem de hoje. Desde o começo do novo governo, há uma força-tarefa para limar aqueles considerados petistas nas empresas públicas e coligadas.

A Cielo não ficou de fora. Nos bastidores, comenta-se que foram feitas três tentativas para tirar Caffarelli da presidência da companhia. Na primeira, o até então presidente do BB, Rubem Novaes, impediu. Na segunda, foi a vez do Bradesco, que trouxe o executivo para o cargo, entrar em ação.

Já a terceira tentativa estava em curso, dizem as fontes. O nome de um possível substituto para presidir a empresa seria o do presidente do banco Desenvolve-SP, Nelson de Souza, que teria o apoio do Centrão.

O Bradesco, porém, teria rejeitado, em um esforço de blindar seu negócio de maquininhas de pressões políticas.

Diante do desgaste entre os sócios, Caffarelli teria comunicado sua intenção de deixar o cargo, relataram as fontes. A medida evitaria, assim, explicam, uma fritura pública, que se tornou uma espécie de praxe no governo Bolsonaro.

Uma fonte próxima a Caffarelli afirmou que permanecer na Cielo era "insustentável" para o executivo, visto que ele não desfrutava mais de apoio político. "Era uma situação difícil. O desgaste foi muito grande", afirmou, na condição de anonimato.

Caffarelli chegou à Cielo a convite do Bradesco, após deixar o comando do BB, no fim da gestão Temer, em novembro de 2018. O executivo capitaneou uma reestruturação na companhia, com o corte de custos e mudança de foco, voltando-se ao varejo, que é mais rentável.

Em paralelo, tentava reposicionar a líder das maquininhas em um cenário de elevada competição e inovação tecnológica. No meio do caminho, teve de lidar com a pandemia, que afetou diretamente o varejo.

"A saída de Caffarelli no meio da reestruturação é ruim. A sinalização que tenho é a de que a reestruturação vai demorar muito mais do que o esperado", disse o diretor de renda variável da Eleven Financial, Carlos Daltozo.

Novos tempos

Para outro especialista, a saída do executivo pode sinalizar uma "mudança dos rumos da companhia", fechando um eventual ciclo de uma empresa listada em bolsa, com dois controladores. Ele lembra que a estrutura societária da Cielo "precisa e está sendo repensada".

Procurada, a Cielo não comentou. O Bradesco afirmou que se trata de uma decisão pessoal do executivo e que o banco respeita. O BB não se manifestou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Único ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) indicado até agora pelo presidente Jair Bolsonaro, Kassio Nunes Marques tem acumulado desgaste na Corte por causa de decisões consideradas tecnicamente frágeis e alinhadas aos interesses do Palácio do Planalto. A mais recente delas foi a liberação de cultos e missas em igrejas de todo o País em plena pandemia de Covid-19. A medida deverá ser revista nesta quarta-feira (7) pelo plenário do STF.

Nessa segunda-feira (5), o ministro Gilmar Mendes escancarou o mal-estar ao divergir frontalmente de Nunes Marques na análise de uma ação do PSD contra decreto do governador de São Paulo, João Doria, que proibiu atividades religiosas presenciais. "Quer me parecer que apenas uma postura negacionista autorizaria resposta em sentido afirmativo (de que o decreto de Doria atingiria a liberdade religiosa)", escreveu Gilmar. Para o magistrado, a decisão do colega representa "uma ideologia que nega a pandemia que ora assola o País e (...) um conjunto de precedentes lavrados por este tribunal".

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Um dos principais precedentes firmados pelo STF, em abril do ano passado, foi o de que Estados e municípios possuem autonomia para decretar medidas de distanciamento social no enfrentamento do novo coronavírus. A decisão até hoje vem sendo distorcida por Bolsonaro e aliados, na tentativa de eximir o Executivo federal de responsabilidade, culpando governadores e prefeitos pelos efeitos econômicos da pandemia, como o desemprego.

Para ministros do Supremo, o atual entendimento de Nunes Marques colide com o da Corte.

"O novato, pelo visto, tem expertise no tema", disse ao Estadão o decano do STF, Marco Aurélio Mello, em tom irônico. "Pobre Supremo, pobre Judiciário. Aonde vamos parar?". Marco Aurélio se aposenta em julho, abrindo uma segunda vaga na Corte para indicação de Bolsonaro.

Na decisão de ontem, Gilmar rechaçou a legitimidade da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure) de entrar com ação no Supremo contra decretos estaduais e governamentais. A liminar de Nunes Marques, que liberou missas e cultos, foi dada justamente numa ação movida pela Anajure. O grupo tem acompanhado com lupa assuntos da chamada "pauta de costumes" que tramitam no STF, como ações sobre descriminalização do aborto, política de ensino sobre "ideologia de gênero" e "orientação sexual" em escolas. Com a pandemia, decidiu também questionar decretos estaduais e municipais de isolamento social.

Gilmar destacou que, em fevereiro, o STF já havia arquivado outra ação da Anajure. A entidade acionara o tribunal para derrubar decretos municipais que impuseram toque de recolher noturno, interrompendo atividades religiosas. Como mostrou o Estadão, por 11 a 0, inclusive com voto de Nunes Marques, o tribunal rejeitou o caso.

"Importa destacar que no julgamento em questão o Tribunal negou provimento ao Agravo por unanimidade. Ou seja, todos os ministros deste STF afirmaram, em uníssono, que a Associação Nacional de Juristas Evangélicos não pode ser considerada entidade de classe", observou Gilmar, escrevendo em letra maiúscula o termo "por unanimidade".

Nunes Marques foi indicado por Bolsonaro para o Supremo com a bênção de Gilmar e de políticos do Centrão, que entraram na mira da Lava Jato. No mês passado, ele se desentendeu com o colega no julgamento em que a Segunda Turma da Corte concluiu que o então juiz da Lava Jato Sérgio Moro foi parcial ao condenar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do triplex do Guarujá.

Após Nunes Marques dar voto favorável a Moro, Gilmar disse que "não há salvação para o juiz covarde" e rebateu o argumento do colega sobre ser garantista. "A combinação de ação entre o Ministério Público e o juiz encontra guarida em algum texto da Constituição? Essas ações podem ser combinadas? Isso tem a ver com garantismo? Nem aqui nem no Piauí", alfinetou Gilmar, em referência ao estado natal do magistrado. "Para aqueles que não me conhecem, ainda tem um pouco mais de 26 anos para me conhecer", rebateu o indicado de Bolsonaro.

Polêmicas

Esta não foi a primeira vez que Nunes Marques se alinhou ao Planalto. Com apenas cinco meses de atuação no STF, o magistrado já deu algumas decisões polêmicas, que contrariaram colegas e agradaram ao governo. Em dezembro do ano passado, por exemplo, ele colocou uma série de empecilhos para a vacinação obrigatória contra a Covid-19 em julgamento no plenário. Exigiu que o Ministério da Saúde fosse ouvido e disse que a vacinação compulsória deveria ser a "última medida de combate" contra o coronavírus, após o "esgotamento de todas as formas menos gravosas de intervenção sanitária". O ministro acabou isolado nesses pontos.

Além disso, em decisão de quatro páginas, esvaziou a Lei da Ficha Limpa, reduzindo o período de inelegibilidade de políticos condenados criminalmente. Nunes Marques também autorizou a pesca de arrasto (que usa redes, fazendo 'arrastão' no mar ou no rio) no litoral gaúcho, em uma decisão comemorada por Bolsonaro.

O relator original do caso, Celso de Mello, havia vetado a prática, por considerar que a atividade econômica não pode ameaçar a proteção ao meio ambiente. Com a aposentadoria de Celso, Nunes Marques herdou o caso e liberou a prática. "Parabéns aí ao nosso ministro Kassio Marques por essa feliz liminar. Vamos pescar, pessoal", disse Bolsonaro em vídeo divulgado nas redes sociais em dezembro do ano passado.

A pouco mais de dez dias da eleição para a presidência da Câmara dos Deputados, o Solidariedade declarou, nessa segunda-feira (18), apoio à candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP). O partido chegou a flertar com o candidato Arthur Lira (Progressistas-AL), principal oponente do emedebista, mas alegou que desistiu do movimento por causa da proximidade do líder do Centrão com o Palácio do Planalto.

Em reunião na sede do Solidariedade em São Paulo, com a presença de Baleia e líderes de PT, PV, PSL e Cidadania, a avaliação foi a de que o desgaste do governo federal provocado pela condução da pandemia do novo coronavírus deve ajudar a atrair mais parlamentares para o bloco do emedebista, que tem aval do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

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"Acredito que todo esse bate cabeça (na questão da pandemia e da vacinação) pode ajudar no fortalecimento da nossa candidatura. Os parlamentares vão fazer essa análise, porque uma Câmara independente vai dar condições de os parlamentares exercerem o seu mandato, de se colocarem quando o governo erra de maneira clara e objetiva", afirmou Baleia. Presidente do Solidariedade, o deputado Paulinho da Força disse que a legenda se afastou de Lira por causa da "aproximação com o governo Bolsonaro". "Isso pesou bastante dentro do partido."

Candidato do Planalto, Lira buscou se posicionar em meio à crise sanitária e cobrou ontem o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, por soluções para a vacinação contra a Covid-19. O líder do Centrão, no entanto, evitou comentar a postura do presidente Jair Bolsonaro, que entrou em uma disputa com o governador João Doria (PSDB) na questão dos imunizantes.

Ideologia

"Qualquer vacina, seja de onde for, que tiver homologação ou certificação da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) deve ser usada e comprada independentemente de ideologia ou de pensamentos", declarou Lira. "Se houver críticas ao ministro Pazuello, nós vamos fazê-lo, como fiz aqui, tem de apresentar soluções de logística, tem de cuidar da temática de não deixar faltar insumos nem vacinas para o Brasil. Tem de tratar junto do Ministério das Relações Exteriores, no tratamento com Índia e China. A população acredita no seu parlamentar para solucionar", disse o candidato do Progressistas durante entrevista concedida pela manhã em um hotel de Brasília.

Lira, porém, negou que a cobrança tenha o objetivo de pressionar pela saída do general Pazuello do ministério. Nos bastidores, o Centrão tenta reaver o comando da pasta, que tem um dos maiores orçamentos da Esplanada. Um dos nomes que sempre aparecem como cotado para assumir o lugar de Pazuello é o do atual líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR).

Apoios

Baleia Rossi minimizou a "erosão" de votos em partidos que apoiam sua candidatura. Levantamento do Estadão mostrou que siglas como DEM e PSDB têm parlamentares que, apesar do posicionamento da legenda, declararam votos em Lira. O PSL é o partido com a divisão mais evidente. Formalmente, o partido está com Baleia Rossi, mas a maioria da bancada manifestou apoio ao adversário.

"É natural que, com a pressão que o governo está fazendo em cima dos parlamentares, mesmo parlamentares que prefiram uma Câmara independente sinalizem para o outro lado, para evitar represálias", disse o emedebista.

Votação presencial

Após a polêmica criada com a possibilidade de uma votação virtual para definir a nova presidência da Câmara, o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou ontem que a escolha será feita apenas de forma presencial, no dia 1.º de fevereiro. A decisão foi tomada pela Mesa Diretora - formada por sete integrantes - com voto contrário de Maia.

Segundo o presidente da Câmara, a eleição poderá envolver a circulação de até 3 mil pessoas em um único dia no Congresso. "Temos de mobilizar mais de 2 mil funcionários, tem a imprensa, de alguma forma é uma circulação mínima de 3 mil pessoas no dia", disse. A eleição no Senado será realizada na mesma data.

Maia estudava a possibilidade de voto virtual ao menos para os deputados do grupo de risco, mas o bloco do candidato Arthur Lira (Progressistas-AL), líder do Centrão, era contra. O Progressistas já havia questionado oficialmente a Câmara, e levantou suspeitas sobre a integridade da votação, citando até mesmo a possibilidade de ataques de hackers.

A Mesa Diretora da Câmara foi convocada para deliberar e definir o formato da eleição. "Se decidiu por maioria, contra meu voto, não haver flexibilidade na votação presencial", disse Maia. Ele era a favor da flexibilização para os idosos e para parlamentares com comorbidades. O placar ficou em 4 a 3 pela votação presencial.

Fux

De acordo com Maia, em razão dessa decisão, todos os 513 deputados e um total de pelo menos 3 mil pessoas terão de comparecer à Câmara no dia da votação. Ele lembrou a posse do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, em que vários convidados, incluindo ele próprio, se contaminaram com a Covid-19. "Vamos trazer parlamentares de 27 Estados em um momento de crescimento da pandemia", alegou.

"Eu achei que uma parte lá (Mesa) ia pedir voto impresso, contaminada pelo governo", ironizou Maia, em referência à defesa do presidente Jair Bolsonaro pela mudança no modelo adotado pelo País em votações gerais. Na Câmara, o voto é feito também de forma eletrônica, por meio de computadores instalados no plenário da Casa.

Na reunião desta segunda-feira, a Mesa Diretora adiou a discussão sobre a validade das assinaturas de deputados suspensos do PSL, o que pode tirar o partido do bloco de Baleia Rossi (MDB-SP) e colocar no de Lira. A sigla é a segunda maior bancada da Casa, com 52 parlamentares.

A polêmica sobre os testes para diagnóstico prestes a perder a validade, ampliou o estremecimento das relações entre o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, e o presidente Jair Bolsonaro. Antes da nova crise no governo, Pazuello já estava desgastado por ter sido desautorizado pelo presidente, que chegou a cancelar o acordo para a compra de 46 milhões de doses da vacina chinesa. Em recente conversa com amigos, Pazuello, que é general da ativa, se queixou da pancadaria e disse que, se sair, sairá feliz. Depois, em tom de piada, comentou que seria bom "voltar ao quartel".

Com o "fogo amigo" cada vez mais alto dentro e fora do Palácio do Planalto, Pazuello afirmou, nos bastidores, que via como "natural" uma possível saída do Ministério, mas foi demovido por colegas, todos auxiliares do presidente, de tomar qualquer atitude nesse sentido. A cadeira na Saúde é cobiçada por partidos do Centrão, que apoiam Bolsonaro em troca de cargos e verbas públicas.

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Sua volta para o quartel traria uma situação no mínimo curiosa. É que, como general de três estrelas, depois de ter sido ministro, Pazuello poderia enfrentar contratempos para encontrar um posto. Se retornar para o trabalho nas Forças Armadas, a tendência é de que ocupe uma função na burocracia do Exército, sem qualquer notoriedade. Ainda no domingo, quando a notícia dos testes foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo, Pazuello recebeu uma mensagem do presidente com um pedido de explicação.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o ministro justificou que o material havia sido enviado a Estados e municípios. Governadores e prefeitos, portanto, deveriam dar justificativas. A informação não estava correta e, ao reproduzi-la nas suas redes sociais, Bolsonaro acabou virando alvo. Na verdade, quase sete milhões de testes estão encalhados em um galpão do governo federal em Guarulhos. Do total, 6,8 milhões perdem a validade entre dezembro e janeiro.

Bolsonaro também ouviu do ministro que a pasta estava pedindo prorrogação do prazo de validade dos testes aos laboratórios e também o aval da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O presidente previu ali mais problemas, segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, pelo novo debate que isso poderia causar, uma vez que a medida depende do órgão regulador. Não bastasse isso, o Ministério da Saúde ainda se viu envolvido em outra polêmica.

Na quinta, o Estadão revelou que vazaram dados confidenciais de 16 milhões de pacientes de covid-19, incluindo informações do próprio presidente e do ministro da Saúde.

Numa tentativa de blindar o presidente, a estratégia traçada foi tirar Pazuello de cena. "Agora é falar pouco, trabalhar muito e apresentar resultados", disse ele à equipe. Na prática, o Ministério da Saúde se torna cada vez mais tutelado pelo Palácio do Planalto.

O ministro ainda se recupera das sequelas de covid-19 e admitiu a complexidade da doença. Ao sair do hospital, ficou ausente de algumas discussões e confidenciou a interlocutores considerar "natural" a sua substituição, em breve, por um nome do Centrão, chefiado pelo deputado Arthur Lira (Progressistas-AL). O ministro também disse que evitará novos "problemas políticos", como no caso da Coronavac.

Um dos cotados para assumir a cadeira de Pazuello é o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (Progressistas-PR), que foi ministro da Saúde na gestão de Michel Temer. Barros conversou várias vezes com Pazuello, nos últimos dias. Mas todos que abordam com ele a possível reforma ministerial ouvem sempre a mesma resposta: "Não tenho interesse em voltar à Saúde". Poucos acreditam. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com quatro jogos em nove dias, o técnico Lisca quase não tem tido tempo para trabalhar a sua equipe. Ao invés de treinamento, os jogadores se recuperam das partidas. Isto faz com o que o elenco alvirrubro esteja desgastado fisicamente. E esse é um dos motivos para o treinador do Timbu não divulgar a escalação para a partida contra o Ceará.

“Estou concebendo a equipe ainda. Os jogadores que atuaram sábado vão apenas se recuperar. Então, é difícil preparar a equipe. A competição é longa, mas em certos momentos é quase um torneio. Em nove dias faremos quatro jogos. É complicado. Vamos ter muita atenção porque alguns jogadores estão desgastados. Não é para preservar, é porque não tem condições. Estou analisando com o departamento de fisiologia para escolher quem tem condições de fazer um jogo intenso como estamos propondo na Série B”, explicou Lisca.

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O técnico revelou que pode fazer mudanças na defesa, no meio-campo e no ataque. Contudo, se negou a falar quais peças seriam essas. Lisca pretende dificultar a análise do Ceará antes da partida e também seguir o planejamento para os próximos jogos.

“Não vou te falar as dúvidas para não passar para o Silas. Eles estão com a equipe descansada, têm uma vantagem. Por isso, pretendo divulgar a escalação apenas 45 minutos antes do jogo. Temos um planejamento para quatro jogos. Se usarmos algum jogador amanhã, podemos não usar na sexta. É uma coisa que vamos conversar bastante”, concluiu.

O Psol-PE se manifestou nesta segunda-feira (27) em relação ao pedido de filiação da advogada e blogueira Noélia Lima Brito. Em nota, a agremiação elencou uma série de justificativas, e inclusive, afirmou que a filiação dela poderia promover um desgaste por reiniciar “seu processo irreversível de expulsão de nosso partido”.

Confira a nota na íntegra:

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"Ao conjunto de filiados(as) do Partido Socialismo e Liberdade,

A Direção Executiva do PSOL PE decidiu pelo não acatamento do pedido de filiação da Sra. Noélia Lima Brito, encaminhado a esta instância na recente campanha de filiação realizada pelo partido. A decisão da instância estadual foi referendada pela Executiva Nacional do PSOL, reunida no último dia 24/04.

A não aceitação da referida filiação se deu por conta de a Sra. Noelia já ter sido filiada ao PSOL e ter se desfiliado em 2012, em meio a um processo que já tramitava na Comissão de Ética partidária, em que a mesma responderia por graves acusações morais feitas publicamente ao PSOL e seus dirigentes locais e nacionais, e no qual era proposta a sua expulsão dos quadros de filiados. O processo interno, assim como os processos externos, encaminhados por vários dirigentes e filiados junto à Polícia Civil e à esfera judicial foram suspensos como decisão política, para não expor ainda mais o partido e promover esta figura notadamente sem compromisso com qualquer militância política responsável.

Por tudo isso, o ingresso da referida pessoa nos quadros do PSOL só nos faria passar pelo desgaste de reiniciar seu processo irreversível de expulsão de nosso partido.

Recife, 27 abril de 2015

Executiva Estadual PSOL PE"

O líder do Democratas (DEM) na Câmara Federal, Mendonça Filho, acredita que a demissão da presidente da Petrobras, Graça Foster, ocorreu "muito tarde". Segundo o parlamentar, a medida acontece após um desgaste mútuo da estatal e da gestora e, por isso, o novo presidente terá o desafio de resgatar a credibilidade da petroleira. 

"O governo demorou demais para afastar e retirar da presidência Petrobras a Graça Foster", analisou. "A empresa precisa de um novo comando que restaure a credibilidade e que possa devolver a Petrobras a boa governança, retirando o aparelhamento político que contaminou a petrobras e a fez virar esta teia de corrupção", acrescentou Mendonça. 

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O Sport vai encarar o Brasília nesta quinta-feira (1º) pela estreia na Copa do Brasil. Para o confronto, o treinador Eduardo Baptista decidiu escalar sete jogadores reservas. Apesar disso, o técnico pretende eliminar o jogo da volta. “Se a gente puder eliminar eles logo, ótimo. O nosso time que está indo é muito forte, praticamente 80% desses atletas vinham jogando e atuaram na final. Então, se pudermos ganhar uma semana livre ainda para treinar, excelente", afirmou.

De acordo com Baptista, a escolha dos reservas não tem nenhuma ligação com o fato do Sport estar priorizando a Copa Sul-americano. "O time está precisando de um repouso. Tínhamos que tirar o pé do acelerador, pois o time vinha em um ritmo muito forte. Sentimos isso no último jogo. Não digo nem queda de rendimento, mas vi erros que não vinham ocorrendo. Foi uma queda concentração provocada pelo desgaste. É o momento de algumas peças descansarem", explicou.

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Sobre o adversário na Copa do Brasil, o comandante rubro-negro afirmou conhecer a equipe adversária. "Não é um desconhecido, estamos monitorando o time deles desde as semifinais da Copa Verde. O nosso analista, inclusive, foi ver jogos deles 'em loco'. Eu mesmo vi os dois jogos contra o Paysandu”, disse.

O Dia Mundial do Monumento e Sítio é celebrado nesta sexta-feira (18). Para celebrar o dia, a equipe do LeiaJá fez uma ronda na cidade para ver a atual situação das esculturas que fazem parte o Circuito da Poesia, criada para homenagear grandes poetas de Pernambuco. Elas já estão apresentando algum tipo de desgaste como ferrugem ou sendo alvo dos vândalos.

Todas localizadas no Centro do Recife, as estátuas foram construídas nos locais em que inspirou cada poeta homenageado. Porém, alguns já apresentam desgastes devido as mudanças climáticas e outros já apresentam sinais de vandalismo.

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Ao todo, 16 esculturas foram analisadas e encontramos nove com algum tipo de problema. Nos casos mais graves, o Carangueijo Gigante, localizado na Rua da Aurora, já estava sendo corroído pelao ferrugem, com buracos que caberiam uma mão humana dentro, e Luiz Gonzaga, na Praça Visconde de Mauá, tinha um dos pés destruídos e o naris quebrado.

O restaurador patrimonial Clodomir Campelo, de 49 anos, reclamou que as estátuas são esquecidas pelo povo pernambucano. “Só o pessoal de fora da valor, tiram fotos. O pessoal local não da valor”.

Clodomir repudiu o descaso do Estado com as esculturas. “É um absurdo o descaso do governo. Essas obras são a história da cidade”.

Apesar de Campelo repudiar o esuqecimento do governo, encontramos algumas esculturas conservadas, como a de Ascenso Ferreira, no Cais da Alfândega, Chico Science, na Rua da Moeda, Clarice Lispector, na Praça Maciel Pinheiro, Solano Trindade, no Pátio de São Pedro, Joaquim Cardozo, na Ponte Maurício de Nassau e Mauro Mota, na Praça do Sebo.

A escultura de Antônio Maria também apresentava boas condições, mas não tinha placa de informação com o nome do poeta.

A vendedora Cátia Sales, 40 anos, foi na mesma linha do que seu Clodomir. Segundo Cátia, a procura sobre informações do Circuito da Poesia vem mais do povo local do que de fora. “Se tivesse uma maior divulgação, os turistas saberiam onde está cada uma e o governo cuidaria mais das obras. Só vi divulgação quando lançaram esse circuito (da poesia)”.

Um momumento que lembra a época da ditadura, o Tortura Nunca mais, não escapou dos vândalos. Foram encontrada pixações na parte traseira. Outra recordação, dessa vez vítima do tempo, também precisa de reparos. A placa com informações está tomada pelo ferrugem.

A Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) enviou uma nota em resposta sobre os monumentos que precisam de reparos. O órgão reconhece que as obras são de sua responsabilidade e que a população pode denunciar qualquer problema através do número número 193.

Segundo a Emlurb, são gastos R$ 2 milhões por ano com reparos de pixações e ações de vândalos em pontes, esculturas e edificações públicas.

Alguns parlamentares da Câmara de Vereadores do Recife acreditam que o prefeito Geraldo Julio (PSB) está seguindo a passos largos o mesmo rumo do ex-prefeito João da Costa (PT) quando o assunto é a relação com o Legislativo municipal. Na última segunda-feira (19), um grupo de 31 vereadores da Casa Legislativa se reuniu para discutir, entre outros pontos, a pouca atenção que o Executivo está dando aos vários projetos de lei debatidos nas sessões do parlamento municipal.

“Tem gente que fala que era feliz com João da Costa e não sabia. As reclamações com o antigo prefeito era essa distância (entre a Prefeitura e a Câmara). Mas agora estamos vendo que não está sendo diferente”, afirmou uma fonte em reserva.

“Na reunião alguns colegas não esconderam sua insatisfação da atitude do prefeito e de alguns secretários. Poucos são chamados para conversar, assim fica difícil para a gente”, completou a fonte.

De acordo com o vereador Osmar Ricardo (PT), alguns parlamentares precisam ter mais calma na hora de dialogar com o prefeito. “São poucos que reclamam, mas eles precisam ter mais habilidade política. Tudo tem seu tempo para resolver as coisas. Os seus projetos vão ser discutidos, mas é preciso ter calma”, opinou o petista.

Defesa - Já o presidente da Câmara, Vicente André Gomes (PSB), defendeu a relação do prefeito Geraldo Julio (PSB) com a Casa Legislativa. “Não existe nada disso (de relação conturbada entre o prefeito e a Câmara). O que existe é um modelo de 12 anos da gestão passada que está sendo mudado aos poucos, é natural essa mudança. Mas posso garantir que ninguém da base está insatisfeito com o prefeito”, cravou o socialista.

 

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