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Na manhã desta quarta-feira (24), a diretoria do Sindicato dos Rodoviários esteve no Terminal Integrado de Joana Bezerra em ato para exigir mais agilidade na vacinação da população e imunização imediata dos rodoviários. O sindicato também pediu pelo retorno de 100% das frotas de ônibus na Região Metropolitana do Recife.

No terminal integrado da Joana Bezerra, integrantes da diretoria do sindicato estenderam faixas pedindo a volta das frotas, placas de trabalhadores da categoria, que morreram por Covid-19, e fizeram distribuição de panfletos a quem passava no local.

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A frota de ônibus do Grande Recife não estava funcionando com 100% dos veículos desde o começo da pandemia, porém, na última sexta-feira (19), o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) concedeu uma liminar para que isto aconteça.

Segundo o sindicato, a redução da frota “transforma-se em um ato criminoso e negacionista quanto aos riscos de contaminação nos ônibus lotados”.

Críticas ao Presidente da República

Os manifestantes também criticaram a gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que faz “papel de genocida” ao “desorganizar o processo de vacinação no Brasil e de não se interessar em proteger a renda e o emprego da população neste período de pandemia”.

Ato nacional

O protesto foi realizado nesta quarta-feira (24) por ser o Dia Nacional de Lutas contra o desemprego, desmonte dos direitos trabalhistas e política de combate à pandemia, escolhido pelas Centrais Sindicais.

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) bloqueou nesta quarta-feira avenidas e rodovias em sete Estados em protestos contra "políticas antipopulares" do governo Dilma Rousseff, como o ajuste fiscal, em reação às manifestações de domingo, consideradas "golpistas", e em defesa da "reforma urbana", por meio da ampliação do Minha Casa Minha Vida. Foram 23 pontos de interdição no País. Segundo o MTST, os atos mobilizaram 20 mil sem-teto.

Os manifestantes fizeram barricadas com pneus queimados e incendiariam bonecos que representavam os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, das Cidades, Gilberto Kassab, e da Agricultura, Kátia Abreu. Os bloqueios se espalharam por São Paulo, Rio, Minas, Paraná, Bahia, Ceará e Paraíba. Mais protestos devem ser realizados na quinta-feira e nas próximas semanas.

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Os atos fizeram contraposição às manifestações de domingo, quando uma multidão em todos os Estados do País foi às ruas contra Dilma. "Não vamos assistir calados ao aumento da intolerância, do preconceito, do ódio social, a defesa de intervenção militar e de golpismo. Esse tipo de posição e de pauta vai encontrar uma resistência brava e decidida por parte dos movimentos populares", afirmou Guilherme Boulos, coordenador nacional do MTST, durante coletiva em São Paulo. O ajuste fiscal também pautou as manifestações. "A terceira fase do Minha Casa, Minha Vida, com três milhões de moradias, ainda não foi lançada, apesar do acordo com o governo durante os atos na Copa do Mundo, no ano passado. Em vez disso, estamos vendo lançamento de políticas de ajustes antipopulares, que não condizem com o que a presidente prometeu durante a campanha eleitoral", afirmou Natália Zermeta, coordenadora nacional do MTST.

Segundo ela, as medidas do governo Dilma têm afetado as classes mais baixas, com o aumento, por exemplo, do preço da gasolina e dos aluguéis. O movimento afirma também que o ajuste fiscal de Levy vai afetar programas sociais. "Somos contra o ajuste antipopular do governo que já afetou programas como o Minha Casa Melhor, além de ter adiado até aqui o lançamento do Minha Casa, Minha Vida Três", disse o coordenador do MTST no Ceará, Róger Medeiros.

Outras reivindicações eram a ampliação das unidades destinadas a famílias de baixa renda e à modalidade Minha Casa Minha Vida Entidades, além da construção de habitações de maior qualidade e mais bem localizadas. "No ano passado, após uma ocupação em São Gonçalo, fechamos acordo para a construção de mil moradias. A gente precisa dos recursos e do terreno", disse Vitor Guimarães, um dos coordenadores do MTST no Rio.

O Dia Nacional de Lutas reuniu diversos movimentos sociais. Em Minas, aderiu aos atos o Movimento Sem Teto do Brasil (MSTB). Houve bloqueios com pneus queimados pela manhã nas BR-050, 262, 365 e 497, no Triângulo Mineiro. Em Araxá, fecharam a BR-452. Integrantes do Movimento de Lutas nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) e das Brigadas Populares bloquearam as rodovias da Grande Belo Horizonte e as liberaram às 14 horas. Em Fortaleza, os sem-teto protestaram na frente do Palácio da Abolição, sede do governo estadual. O grupo também bloqueou a BR-116.

Com a participação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto da Bahia (MSTB) e do Movimento Passe Livre (MPL), um grupo de manifestantes acampou hoje no estacionamento da Secretaria Estadual da Educação, em Salvador. O MTST fechou a BR-101 em Niterói, no Rio, hoje. Para bloquear a rodovia, os manifestantes atearam fogo a pneus. O protesto causou congestionamento de 6 km na rodovia e reflexos até em São Gonçalo, cidade vizinha. O grupo também cobrou o lançamento da terceira fase do Minha Casa, Minha Vida. Em Curitiba, o Movimento Popular por Moradia (MPM) fechou por três horas e meia os dois sentidos do Contorno Sul, na BR-376, ligação da capital com o interior. (Colaboraram Carina Bacelar, Tiago Décimo, Julio Cesar Lima, Carmem Pompeu, Leonardo Augusto e René Moreira, especiais para Estadão Conteúdo)

Após uma manhã de protestos e interdições, as rodovias que cruzam o Triângulo Mineiro tiveram o trânsito liberado. Durante mais de três horas houve manifestações em três estradas da região por parte de movimentos ligados aos sem-teto.

Foram registradas interdições nas BR-050, 262, 365 e 497, rodovias que ligam Minas Gerais a outras regiões importantes do País, como o Centro-Oeste. Entre as reivindicações dos manifestantes estão mais políticas habitacionais.

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Participaram das ações membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e do Movimento Sem Teto do Brasil (MSTB), que queimaram pneus no meio das pistas. Na BR-262, em Campo Florido (MG), os manifestantes também exigiam o lançamento do Programa Minha Casa, Minha Vida 3. O protesto na BR-365 ocorreu na saída de Uberlândia (MG) para Ituiutaba (MG), enquanto que na BR-050 ele foi registrado no acesso a Uberaba (MG). Na BR-452 os manifestantes se concentraram na ligação com Araxá (MG), na região do Alto Paranaíba. As pistas foram liberadas no final da manhã.

O Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) realizará ao menos 30 bloqueios de vias de 13 Estados nesta quarta-feira, 18. No Dia Nacional de Lutas, para São Paulo, segundo o MTST, estão previstas 11 interdições em avenidas e rodovias durante a manhã. A coordenação do movimento confirmou 10 pontos de protestos.

Na zona sul de São Paulo, a concentração começou às 6h próximo ao Terminal Guarapiranga, e os manifestantes devem seguir rumo à Marginal do Pinheiros.

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Para as 8h estão previstos oito pontos: no Terminal João Dias, a marcha segue rumo às Avenidas Giovanni Gronchi, Carlos Caldeira Filho e à Estrada de Itapecerica; na Estação Corinthians-Itaquera, para a Radial Leste; na Avenida Aricanduva com a Ragueb Chohfi; em Guarulhos, na Grande São Paulo, o movimento deve ir às Avenidas Doutor Assis Ribeiro e Gabriela Mistral, na zona leste; na Avenida Senador Teotônio Vilela e na Avenida Robert Kennedy; na Praça Natal, com destino à Rodovia Presidente Dutra; no quilômetro 21,5 da Rodovia Raposo Tavares; e, em Taboão da Serra, reúnem-se no Largo da Taboão, de onde seguem para a Rodovia Régis Bittencourt. No final do dia, os manifestantes se reunirão no Terminal Ferrazópolis, às 17h, e marcham para a Rodovia Anchieta.

Dentre as reivindicações na pauta estão a exigência do lançamento imediato da terceira parte do Programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, "barrado até o momento pelo ajuste fiscal antipopular - e modificando profundamente a configuração em relação às primeiras duas etapas", com maior destinação a famílias de até três salários mínimos e empreendimentos em regiões mais centrais.

O movimento também pede que "as comunidades e os movimentos sociais devem ser tratados como caso de política e não de polícia pelos governos e pelo judiciário", e que sejam suspensos todos os despejos e a urbanização de todas as áreas ocupadas, além de tarifa zero nos transportes públicos e o efetivo combate da violência policial.

Rio

Uma manifestação de cerca de 50 ativistas do MTST e da Frente de Resistência Urbana bloqueou durante cerca de uma hora na manhã desta quarta-feira o trecho final da Rodovia Niterói-Manilha, no sentido da Ponte Rio-Niterói, bloqueando o acesso por aquela via ao Rio.

Em um ponto a cerca de um quilômetro da ponte, os manifestantes queimaram pneus e interditaram totalmente a pista. Um grande engarrafamento se espalhou da região para Niterói.

Agentes da Polícia Rodoviária Federal chegaram ao local após as 7h e negociaram com os ativistas o desbloqueio. Em seguida integrantes do Corpo de Bombeiros começaram a apagar o fogo.

Uma série de fatos políticos marcou a semana, entre eles, a 16ª edição da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, que aconteceu de terça (9) a quinta-feira (11), na capital brasileira e atraiu a participação de mais de 100 prefeitos pernambucanos. Durante a participação da presidenta Dilma Rousseff (PT) no evento, os gestores municipais chegaram a vaiar a chefe do executivo nacional, por não aprovarem a maioria das propostas da majoritária.

Durante estes mesmos dias o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e o prefeito do Recife,Geraldo Julio (PSB), se encontraram com o os ministros Aguinaldo Ribeiro, das Cidades, e Miriam Belchior, do Planejamento para discutirem sobre mobilidade.

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Outro caso que esteve entre os destaques foi à repercussão da espionagem americana aos meios de comunicação brasileiros. Para representantes políticos brasileiros, como Fernando Henrique Cardoso a ação é “inadmissível”.  O colunista americano, que denunciou a falcatrua deve prestar esclarecimentos no Senado Federal, nesta segunda-feira (15).

Na quinta-feira (11) as ruas do Brasil foram novamente invadidas, desta vez pelas centrais sindicais que vivenciou o “Dia Nacional de Lutas”, no estado o movimento uniu sete sindicatos que realizaram dois atos, um no Porto de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, e outro no centro do Recife atraindo cerca de quatro mil pessoas, finalizando o dia com a entrega de um pauta ao governo do estado. Diferentemente dos protestos que aconteceram em junho, à participação dos partidos políticos foi aceita pelos organizadores, causando divergência entre parlamentares pernambucanos.

Em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, os cidadãos foram às urnas opinar sobre o desenvolvimento de 12 áreas locais. A população divergiu sobre a essência da consulta, mas aderiu superando as expectativas da gestão. 

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Com várias manifestações ocorrendo no País, o protesto promovido pelos centros sindicais - grupos que tradicionalmente realizam mobilizações no Brasil desde o começo do século XX - não é mais um movimento protagonista. O chamado Dia Nacional de Lutas, evento promovido pelos órgãos de interesse da classe trabalhadora, na última quinta-feira (11), parece que está perdendo representatividade.

Muitas reivindicações dos centros sindicais foram parecidas com a de outros protestos recentes. A melhoria na saúde, educação, segurança, presentes em outros protestos,  foram unificadas com a redução da carga horária de trabalho de 44 para 40 horas semanais (Proposta de Emenda à Constituição231/95), o fim do fator previdenciário (Projeto de Lei 3299/08), o reajuste das aposentadorias e a rejeição do Projeto de Lei que regulamenta a terceirização (PL 4330/04).

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Mas, diferente das expectativas dos líderes das classes trabalhadoras, o movimento não foi aderido pela maioria da população que caminhou nas ruas em outras manifestações. O povo aplaude os centros sindicais, mas prefere levar o seu cartaz e fazer seu próprio manifesto. Sem liderança.

Os sindicalistas marcharam com os políticos e bandeiras de diversos partidos, atitude condenada pelos novos protestantes. “São pessoas com ambições políticas partidárias. Esse pessoal vem usando o movimento sindical como trampolim para carreira política. Além do que algumas entidades podem se tornar chapas brancas. Por isso é mais fácil eles serem recebidos pelos políticos”, opinou o cientista político Michel Zaidan Filho, sobre o encontro dos líderes sindicais com representantes do Governo de Pernambuco e da bancada oposicionista na Assembleia Legislativa (Alepe), na última quinta-feira (11).

“A gente é pluripartidário. Como temos apoio de políticos não podemos excluir eles. Eu dependo deles para votar nas pautas a favor da classe trabalhadora. Eu não podia esconder ninguém. Não existe essa preocupação. Quem dominou o processo foram as centrais sindicais. Partido político em nenhum momento se envolveu”, defendeu-se o presidente da União Geral dos Trabalhadores de Pernambuco (UGT-PE), Gustavo Walfrido.

Mesmo afirmando que a passeata em Pernambuco foi vitoriosa para a classe trabalhadora, Walfrido espera que o povo tenha mais conhecimento político. “O que está faltando é consciência política da classe trabalhadora para participar. O momento é esse de dar resposta aos políticos. A partir do momento que a gente puder fazer isso. Como a sociedade fez. Vamos ter mais força”, declarou.

Em reflexo das manifestações do Dia Nacional de Lutas, promovidas nesta quinta-feira (11) por centrais sindicais, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB), ressaltou que o destaque da pauta trabalhista da Casa é o projeto da terceirização (PL 4330/04).

A proposta que regulamenta o trabalho terceirizado no País deveria ter sido votada nesta semana na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), mas acabou sendo transferida para o dia 13 de agosto.

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O adiamento atendeu pedido do presidente da Câmara, que quer mais tempo para chegar a um acordo sobre o texto. "Eu fiz um apelo ao relator, deputado Arthur Oliveira Maia [PMDB-BA], que adiasse para agosto para ter um maior diálogo e chegasse a um consenso. Comuniquei o deputado Paulo Pereira da Silva [PDT-SP], que ficou satisfeito. Essa é uma pauta importante", afirmou Henrique Alves.

O Ministério do Trabalho não tem números oficiais de terceirizados no País. Segundo levantamento do Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros de São Paulo, eles podem chegar a 10,5 milhões de pessoas. Esse número representaria 31% dos 33,9 milhões de trabalhadores com carteira, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios feita em 2011 pelo IBGE.

*Com informações da Agência Senado

A mobilização do “Dia Nacional de Lutas”, realizada nessa quinta-feira (11), tem sido avaliada pela Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) como extremamente positiva para o país. As entidades filiadas à CSB participaram de atos em 14 estados.

"A nossa convocatória era de manifestação, protesto e paralisação. Então a adesão foi bastante grande. Capitais, empresas e comércio pararam totalmente. No Brasil inteiro, o povo trabalhador, orientado pelas centrais e pelos sindicatos, aderiu às mobilizações", afirma o presidente da CSB, Antonio Neto.

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Para o dirigente, os trabalhadores mostraram que querem sua pauta atendida. "A classe trabalhadora está cansada de não ser ouvida enquanto os empresários têm seus pedidos realizados. O fim do fator previdenciário, por exemplo, custaria R$ 3 bilhões, e o governo diz que não dá para fazer. Já as desonerações custaram ao país pelo menos R$ 170 bilhões, segundo a Receita Federal, e foram efetuadas", ressaltou Neto.

Em Pernambuco, o ato reuniu servidores de sete centrais e atraiu cerca de 4 mil pessoas nas duas manifestações – uma no Porto de Suape, Cabo de Santo Agostinho, e outra na área central do Recife. Para o presidente da Nova Central (NCTS), Israel Torres, a mobilização foi satisfatória e agora os pernambucanos esperam o atendimento por parte do governo a lista de reivindicações entregue pelas centrais. “Nós vamos vigiar a resposta dessa pauta, queremos que o governo atenda a nossa listagem, foi por isso que nos unimos”, destacou Torres.

A possibilidade de greve geral não é descartada pelo movimento caso não haja uma resposta do governo em relação à pauta apresentada. “Somos trabalhadores e só queremos ser ouvidos e ver os resultados. Se for preciso faremos uma greve geral, até que atenderem os nossos pedidos”, reforçou o presidente da Centra Única dos Trabalhadores de Pernambuco, Carlos Veras.

No Dia Nacional de Lutas, que aconteceu nesta quinta (11), no Recife, o Sindicato dos Técnicos (SATEN) de enfermagem foram às ruas para protestar por melhorias de trabalho. A categoria é a favor do PL 295, que regulamenta a jornada de trabalho da categoria em todo o país para 30 horas semanais, além do piso salarial nacional dos técnicos de enfermagem.

Outras solicitações feitas pelos profissionais são os equipamentos proteção individual, além de abertura de concurso público para a classe, conforme declara Ademir Lins, presidente da SATEN. 

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Cerca de 4 mil trabalhadores aderiram, nesta quinta-feira (11), ao Dia Nacional de Lutas no Recife. A mobilização, que iniciou no Porto de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, paralisado a mão de obra local, teve o seu ápice nas principais avenidas do centro do Recife, onde os servidores sindicalizados expuseram os seus gritos de socorro. 

O ato, predominantemente pacifico, foi organizado por sete centrais sindicais pernambucanas a Força Sindical, CUT, CTB, UGT, Nova Central (NCST), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e a Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas). Além deles também aderiram a União Nacional dos Estudantes (UNE) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).

Ao finalizar o trajeto – Praça do Derby, Conde da Boa Vista, Rua da Aurora, Rua do Sol e Avenida Guararapes – a pauta central do Dia foi entregue pelos presidentes dos sindicatos a uma comitiva governamental - o secretário de Articulação Social e Regional, Aloísio Lessa (PSB); da Casa Civil, Tadeu Alencar (PSB); e o líder do governo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) Waldemar Borges (PSB). Também participaram da reunião os parlamentares da oposição na Casa, Daniel Coelho (PSDB) e Severino Ramos (PMN). 

Os representantes da gestão governamental prometeram analisar os itens e dar respostas aos sindicatos. “O governo vai se debruçar sobre a pauta recebida. Vocês merecem que olhemos para esta pauta com zelo. E por fim vamos estabelecer um cronograma para dar conta das respostas esperadas pelas centrais”, garantiu Alencar. 

Questionado sobre a postura do Executivo pernambucano, o presidente da Força Sindical, Aldo Amaral se mostrou contemplado e destacou que espera respostas positivas. “Estamos satisfeitos com a reunião, apesar de o nosso objetivo central ser de conversar com o governador (Eduardo Campos PSB). Agora vamos aguardar um novo encontro para que eles possam nos dar respostas positivas”, afirmou Aldo, lembrando que apesar da satisfação vai regularizar todos os prazos junto ao governo.

Já o líder da oposição na Alepe, Daniel Coelho, fez questão de relembrar o compromisso de acompanhar o processo de execução das propostas sindicais. “A oposição vai acompanhar e cobrar e se formos convidados opinaremos das decisões que beneficiem a classe trabalhadora. Vai ser fácil manter a coerência entre os nossos desejos como parlamentares, pois o que eles (centrais sindicais) reivindicam já é pautado pela nossa bancada”, reforçou o tucano. 

Ainda segundo os parlamentares e secretários governamentais, o destaque do dia e o que deve servir de exemplo para qualquer movimento é a união com que os sindicatos atuaram, eliminando brigas antigas. “Vou para casa impressionado com a união de vocês, quem dera que todos os movimentos fossem assim. Mostrassem a cara e tivessem uma pauta unificada”, enfatizou o socialista Waldemar Borges.

ARACAJU (SE) - Como anunciado durante a semana, em função das manifestações do "Dia Nacional de Luta" proposto pelas centrais sindicais e movimentos sociais, bancos e escolas públicas do Sergipe estarão fechados durante todo o dia. Na capital, o prédio do Centro Administrativo Prefeito Aloísio Campos, onde funciona a Prefeitura Municipal, também permanecerá sem expediente.  

Interdição

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O Movimento Sem-Terra (MST) já fechou três trechos na BR-101 nos municípios de Japaratuba, Propriá e Carmópolis. Segundo representantes do movimento mais 13 pontos já estão confirmados para serem fechados ao longo do dia nas rodovias estaduais e BR-101 e 235. 

Já a ponte Construtor João Alves, que liga os municípios de Aracaju e Barra dos Coqueiros, foi interditada nos dois sentidos por integrantes do Movimento Organizado dos Trabalhadores Urbanos (Motu). Moradores de invasão na Barra dos Coqueiros se juntaram à manifestação na reinvindicação de moradia de qualidade. 

Os moradores colocaram fogo na pista impedindo e muitos motoristas tiveram retornar pela contramão. Por volta das 9h da manhã, a ponte foi liberada pelos manifestantes. 

Comércio 

O comércio de Aracaju segue aberto no período da manhã, mas fecha no período da tarde. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Romildo Almeida, as lojas estarão fechadas em função de uma manifestação que ocorrerá, à tarde, na Praça Fausto Cardoso, localizada no centro da capital. 

Transporte 

Os transportes públicos da cidade continuam circulando normalmente pelas ruas da capital. Em nota, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), disse que a recomendação é que as empresas de transporte urbano não deixem de atender a população. 

Saúde

Os serviços de saúde, como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), vão atuar com 50% da capacidade. No estado, 29 ambulâncias permanecem paradas desde o início da manhã. Na capital, apenas a Unidade de Pronto Atendimento Doutor Nestor Piva e o Pronto Atendimento Fernando Franco estão funcionando. 

Depois do Psol e do PT convocarem através de seus sites oficias os filiados a participarem das manifestações nesta quinta-feira (11), em comemoração ao ‘Dia Nacional de Luta’, o PSB do governador Eduardo Campos e também o PCdoB também pediram que os militantes das respectivas siglas comparecessem ao ato. Em Pernambuco, a manifestação já iniciou com a paralisação das atividades no Porto de Suape, em Ipojuca. À tarde, a mobilização ocorrerá no Centro do Recife.

Na página oficial do PSB a corrente do Sindicalismo Socialista Brasileiro (SSB), braço sindical do PSB, informou que participará intensamente do Dia Nacional de Luta com Greves e Mobilizações, que as centrais sindicais de todo País, inclusive a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) realiza nesta quinta. 

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“A SSB está participando da direção e organização desse processo, por meio de seus dirigentes nos estados. (...). A SSB quer especialmente que todos os movimentos sociais do PSB se juntem a nós para uma grande manifestação nacional. Os movimentos sociais têm muito a ver com as reivindicações das centrais sindicais”, disse o secretário Nacional sindical do PSB Joílson Cardoso.

Já o PCdoB através do deputado federal Assis Melo ressaltou a importância da mobilização e convocou os membros da legenda. “O Brasil não é o mesmo depois das manifestações de junho, vamos seguir nesse movimento. Precisamos lutar. Não existe avanço sem luta, é histórico isso. Por isso, vamos às ruas, exigir mais respeito a quem trabalha. Vamos exercer esse direito democrático com firmeza, coragem e vontade de avançar. Quando o povo se levanta é que ocorrem as mudanças”, pontuou. 

 

 

SALVADOR - O Dia Nacional de Luta, que será realizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) junto a outras centrais sindicais, nesta quinta-feira (11), por todo o Brasil, promoverá mobilizações na capital da Bahia, Salvador. As principais reivindicações são o 10% do PIB para a Educação; 10% do Orçamento da União para a Saúde; fim do PL 433, que amplia a terceirização, fim do fator previdenciário, transporte público e de qualidade e a jornada de 40 horas sem redução do salário.

Ônibus - Os ônibus sejam eles urbanos, intermunicipais, de cargas, fretamento ou locadoras paralisarão das 4h até às 9h. 

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Hospitais - O expediente em hospitais públicos e privados está previsto para 7h, com realização de assembleia com trabalhadores. 

Bancos - Desde a última quinta-feira (4), o Sindicato dos Bancários da Bahia já havia informado a participação na paralisação nacional. As agências estarão fechadas durante toda quinta.  

Policia Civil - Em assembleia, realizada na manhã desta quarta-feira (10), o Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindpoc), aderiu à paralisação e apenas 30% do efetivo trabalhará. Em nota, a Polícia Civil informa que aqueles que tiverem dificuldade de acesso aos serviços prestados por investigadores e escrivãs da Polícia Civil, devem procurar os delegados titulares das unidades territoriais e especializadas, que estarão abertas, atendendo ao público. Outra opção disponível é a Delegacia Digital, onde pode ser feito o registro de ocorrências, a exemplo de furto ou roubo de veículos, arrombamentos de casas comerciais e residenciais, dentre outras.

UFBA - Os servidores técnicos administrativos da Universidade Federal da Bahia (Ufba) pretendem fazer manifestação a partir das 10h , no Saguão do Complexo Hupes, próximo ao Hospital das Clínicas, no bairro do Canela, em Salvador. Às 12h, a categoria deve sair em passeata do Campo Grande com destino à Praça Municipal. As aulas serão mantidas normalmente em todos os campus das universidades.

Trabalhadores das indústrias - Trabalhadores de diversos setores industriais também paralisarão na BR 324, na Via Parafuso, no Trevo da resistência, em Candeias; em Camaçari e Alagoinhas às 5h, quando também deve acontecer a paralisação de diversas BRs, da saída e entrada de Feira de Santana e das BRs 324, 101, 242 pelo MST, trabalhadores rurais, via campesina e movimentos sociais.

Uma Marcha Unificada das centrais de trabalhadores está prevista com saída as 15h do Campo Grande, rumo à Praça Municipal.

A manifestação organizada pelas Centrais Sindicais que pretende reunir mais de 60 mil pessoas nesta quinta-feira (11), no Recife, é vista pela oposição como oportunismo do PT. No site oficial da legenda, a executiva nacional convocou a militância para participar da mobilização, algo criticado pelos oponentes do governo. Porém, em conversa com petistas, o LeiaJá colheu as justificativas dos representantes da legenda que frisaram a importância de reivindicar melhorias trabalhistas.

Para o vereador do Recife, Luiz Eustáquio (PT), a adesão na mobilização deve partir não só dos partidos, mas de todos os setores sociais. “É importante que eles estejam na luta. É muito ruim quando algumas pessoas dizem que os partidos, sindicatos e movimentos sociais, tem que ficar de fora. Eu acho que todos os segmentos sociais devem ficar na luta, principalmente porque suas bandeiras estão nas ruas”, defende o parlamentar.

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Eustáquio lembra ainda que outros partidos além do PT devem aderir ao evento. “É uma bandeira não só do PT e sim dos trabalhadores. Tem outros partidos de esquerda e de direita e todos eles têm uma pauta. Nós entendemos que é importante que a juventude petista e os trabalhadores petistas e de outros partidos devam estar nas ruas, se mobilizando e se organizando. Não é porque você é um trabalhador e tem um partido que apoia, que não possa ir!”, pontuou o petista.

Sobre as declarações da oposição, o vereador criticou a posição dos oponentes e saiu em defesa do partido. “Na verdade a oposição defende o quanto pior melhor. Então, na verdade eles querem deslegitimar um movimento que é realizado por lutas em todas as Centrais Sindicais e tem ligações com o Psol, PSDB, PCdoB e outros partidos onde todas as centrais estão nessa luta (...). Entendemos que as ruas sempre foi o nosso lugar, sempre estivemos relacionados a todos os movimentos de ruas”, explicou.

Para o presidente estadual do partido em Pernambuco, deputado federal Pedro Eugênio (PT), os movimentos sociais sempre tiveram o apoio do PT. “Sempre ressaltamos a importância dos movimentos populares, inclusive nas manifestações que ocorreram anteriormente. Apesar de haver uma intolerância a partidos políticos, tomamos uma decisão de participação dos movimentos, são bandeiras históricas do PT em melhoria dos serviços públicos, o que temos feito temos tido muito sucesso e a população reconhece”, frisou.

Eugênio também rebateu a oposição e se mostrou indiferente a postura divulgada por eles. “Sempre tivemos críticas, não vai ser agora que não vamos participar de mais um movimento popular e isso não vai nos causar estranheza. Eles (oposição) inclusive são bem vindos a se juntarem ao povo, eles têm a dificuldade de entender que o PT sempre esteve ao lado do povo, aí é problemas deles!”, disparou o deputado.

O Dia Nacional de Lutas, marcado para a próxima quinta-feira (11), pretende atingir diversas classes de trabalhadores pernambucanos. Em entrevista coletiva, nesta terça-feira (9), os presidentes e representantes da Força Sindical de Pernambuco e de outras cinco centrais sindicais anunciaram que o objetivo deles é promover um dia inteiro de paralisações e mobilizações no Estado.

Questionados sobre a participação dos partidos políticos na mobilização, os líderes deixaram bem claro que não são apartidários, diferentemente das manifestações iniciadas em junho pelo país. “Como vamos conseguir aprovar a redução da carga horária sem a participação dos partidos políticos? Os partidos que quiserem apoiar serão bem vindos, mas vale lembrar que é um movimento organizado pelas centrais sindicais e nenhum deles vai se sobressair e ter benefícios”, ressaltou o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carlos Veras.

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Para a representante do Central de Trabalhadores do Brasil (CTB), Valéria Silva, excluir os partidos é uma ação antidemocrática. “Restringir a participação dos partidos é antidemocrático. Não queremos saber de que partido é, queremos saber que lute pela nossa causa”, enfatizou.

Até agora o PT e o Psol são os partidos que estão oficialmente convocando os seus militantes para a participação no ato. “Nós não vamos excluir ninguém. Quem puder nos ajudar a lutar por essas pendências do governo vai ser bem vindo e se esta ajuda vier dos partidos, que sejam incorporados”, concluiu o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Gustavo Walfrido.

Manifestações – As centrais sindicais que se programaram para participar das ações no Estado são: Força Sindical, CUT, CTB, UGT, Nova Central (NCST), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e a Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas).  Também vão aderir à mobilização: a União Nacional dos Estudantes (UNE) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).

A reforma política não está na pauta da série de reivindicações vão ser expostas pelo país através das centrais sindicais na próxima quinta-feira (11). Mesmo já tendo o apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT) ao plebiscito, o tema não foi abraçado pelas demais entidades.

As centrais, segundo a Folha de São Paulo, decidiram reivindicar por temas que defendem desde 2010, como o fim do fator previdenciário, a jornada de 40 horas semanais, entre outros oito pontos.

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Não é prevista, para a quinta, uma greve geral.  As centrais sindicais devem definir se as paralisações vão acontecer durante o dia todo ou apenas por duas horas. A programação para Pernambuco do Dia Nacional de Lutas será divulgada nesta terça-feira (9), em coletiva de imprensa.

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