Tópicos | Marcha dos Prefeitos

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou prioridade para três temas de interesse dos prefeitos ao participar nesta quarta-feira (29) da 24ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios. Entre eles está o financiamento do piso nacional da enfermagem, aprovado pelo Congresso Nacional em 2022. 

A Lei 14.434/22 definiu como salário mínimo inicial para a categoria o valor de R$ 4.750, a ser pago pelos serviços de saúde públicos e privados, mas está suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 25/22 prevê um repasse estimado em R$ 9 bilhões anuais para cobrir a despesa. 

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“Vamos promover amplo debate a respeito da PEC 25/22 para suportar despesas que não tinham ainda programação orçamentária, como o piso nacional dos enfermeiros, e não podem cair nas costas dos mais fracos, como os hospitais filantrópicos ou os municípios que vivem dos repasses federais”, disse Arthur Lira.

A PEC 25/22 surgiu de debates na Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que organiza a marcha a Brasília. A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara ainda deverá analisar a admissibilidade dessa proposta – se aprovado, o texto passará por comissão especial antes de chegar ao Plenário. 

A PEC 253/16, outro item destacado por Arthur Lira nesta quarta, inclui entidades de representação de municípios de âmbito nacional no rol de legitimados para propor, no STF, ação direta de inconstitucionalidade (ADI) e ação declaratória de constitucionalidade (ADC). Esse texto já está pronto para votação no Plenário.

Já o Projeto de Lei Complementar (PLP) 139/22 encontra-se apensado a um texto oriundo do Senado. Surgido na marcha do ano passado, o PLP 139/22 pretende evitar quedas na arrecadação em razão de mudanças no rateio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) decorrentes da contagem populacional.  Ao estimular a participação dos prefeitos nos debates sobre essas três propostas, Arthur Lira pediu apoio para uma reforma tributária – “aquela que for possível”, disse.

“A Confederação Nacional dos Municípios tem enriquecido o processo com uma participação muito atenta nos debates”, observou o presidente da Câmara.  Arthur Lira aproveitou a marcha a Brasília para anunciar também que, a pedido de parlamentares, o Poder Executivo deverá postergar para março de 2024 a entrada em pleno vigor de todas as regras da nova Lei de Licitações (14.133/21). Prefeitos pediam mais tempo para ajuste à norma, que valeria agora em abril.

Exposição na Câmara

A edição deste ano da marcha trouxe a Brasília representantes de mais de 4,2 mil municípios, segundo o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski. No total, a entidade estimou que cerca de 10 mil pessoas participarão das atividades nesta semana.  Na segunda-feira (27), foi aberta na Câmara dos Deputados a exposição “25 anos de Marcha”, que conta a história de cada uma das edições do evento e da CNM. Organizada pela entidade, a mostra acontece no Corredor Tereza de Benguela. 

*Da Agência Câmara de Notícias

Como parte da programação da 24ª Marcha Nacional dos Prefeitos, que acontece em Brasília nesta semana, os gestores pernambucanos se reúnem, nesta terça-feira (28), com a bancada de deputados federais do Estado. O encontro será na Câmara dos Deputados, às 17h. 

O encontro será capitaneado pela Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) em parceria com o Consórcio dos Municípios Pernambucanos (Comupe). Serão apresentadas as prioridades dos prefeitos aos parlamentares. 

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Nessa segunda (27), a presidente da Amupe e prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado, esteve representando a entidade municipalista na reunião do Conselho Político da CNM, onde os gestores das associações estaduais de municípios discutiram as principais pautas que estarão em discussão durante a Marcha.

Os gestores e gestoras discutirão o Projeto de Lei Complementar (PLP) 139/2022, que trata da transição da queda de coeficiente do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 25/2022, que dispõe sobre a distribuição do adicional de 1,5% do FPM para março para auxiliar os municípios no pagamento do piso da enfermagem, além da Reforma Tributária, dentre outros.

*Com informações da assessoria de imprensa

Esta semana são esperados em Brasília cerca de 10 mil participantes para a 24ª Marcha dos Prefeitos. Um dos temas de destaque da marcha é justamente a reforma tributária que está em discussão na Câmara (PECs  45/19 e 110/19, do Senado).

O coordenador da Frente Parlamentar Municipalista, deputado Benes Leocádio (União-RN), explica que o tema geral da marcha é o pacto federativo, que envolve as atribuições de cada ente federativo e as receitas necessárias para atendê-las. A preocupação geral é com possíveis perdas com o fim do ISS, o principal imposto municipal.

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“Nós precisamos saber as alterações propostas, o que poderá diminuir do que temos hoje e o que poderá ser acrescido com a proposta de unificar alguns impostos. A gente precisa ter no horizonte uma perspectiva de não diminuição da arrecadação", disse. 

O deputado disse que o cidadão brasileiro reclama com razão da carga tributária que pagamos, mas também "os entes federativos sabem da competência e responsabilidade de cada um e, principalmente, da concentração desta arrecadação no cofre da União.” 

Contratação de pessoal

Benes Leocádio também disse que as novas regras fiscais devem ser discutidas no sentido de melhorar a gestão na área de pessoal.  “No meu estado, Rio Grande do Norte, nós deveríamos ter 14 mil policiais servindo à população na segurança e temos apenas 7 mil. E a alegação é sempre essa: não pode contratar mais em função do limite prudencial. Mas eu sei que isso precisa ser revisto porque a população fica a ver navios, pagando o preço. Agora mesmo estamos passando por uma onda de ataques terroristas”, observou.

O coordenador da Frente Parlamentar Municipalista citou ainda a necessidade de reajuste da tabela de preços do Sistema Único de Saúde (SUS) e dos repasses do chamado IGD do Bolsa Família. O IGD, ou Índice de Gestão Descentralizada, é um indicador que mede os resultados obtidos pela gestão municipal nas atividades relacionadas ao Bolsa Família e ao Cadastro Único. 

*Da Agência Câmara de Notícias

As associações municipalistas que representam os prefeitos dos nove Estados da região Nordeste elaboraram a “Carta do Nordeste”, documento com as prioridades a serem apresentadas ao presidente Jair Bolsonaro, provavelmente na Marcha dos Prefeitos, a ser realizada de 8 a 11 de abril, em Brasília.

Os presidentes dessas entidades se reuniram nessa segunda-feira (18), em Teresina (PI), onde debateram os pontos da carta. A sugestão para o encontro partiu do presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) e prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota.

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De acordo com Patriota, entre os pontos que integram o documento estão questões relacionadas à água, Transposição do Rio São Francisco, saneamento e coleta de resíduos. “A grande maioria das cidades do Nordeste faz a coleta de seus dejetos e não há tratamento. Colocamos isso porque, ao invés de correr água limpa nos rios, corre esgoto. É uma vergonha nacional”, afirmou.

Outro assunto, segundo Patriota, foi energia renovável. “Essa riqueza precisa ser mais distributiva. Não só as empresas investirem, mas os pequenos produtores. Proprietários também podem ser geradores e essa energia, vendida a preço de mercado. O que faria a vida de muitas pessoas dar um salto, gerando renda e ajudando, também, a economia do Nordeste”, disse.

Também foi reivindicado um robusto programa de moradia popular. “A construção civil também ajuda muito. Se as pessoas não tiverem empregadas, não tiverem renda, elas não vão comprar. Toda a economia ganha quando o povo tem renda”, argumentou Patriota.

Estiveram no encontro o governador do Piauí, Wellington Dias, o presidente da Confederação Nacional Municipalista (CNM), Glademir Aroldi, senadores, deputados federais e prefeitos dos municípios do Piauí. O documento formulado será detalhado posteriormente junto à representantes do Governo Federal.

O presidente Michel Temer (MDB) afirmou, nesta terça-feira (22), que está aproveitando o seu governo para “trazer, definitivamente, o país para o século XXI”. Em discurso na abertura da Marcha dos Prefeitos a Brasília, na manhã de hoje, o emedebista pontuou que “teve coragem” de realizar, durante os últimos dois anos, ações que vinham sendo discutidas no país há mais de 30 anos, como as reformas do ensino médio e trabalhista. 

“Temos que aproveitar este momento para pregar muito a necessidade de trazer o Brasil definitivamente para o século XXI, quando assumi o governo fui realizando atos que estavam sendo retardados há mais de 20, 30 anos. Tenho mais de 35 anos de estrada política, mas ao longo do tempo sempre percebi que os governos todos não se metiam na história da segurança. Tive a coragem de entrar nesta matéria, não só fazendo uma intervenção no Rio de Janeiro, que é complicado, mas também criando um Ministério”, salientou o presidente.

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Outra iniciativa, segundo Temer em discussão desde 1997, quando ele foi presidente da Câmara dos Deputados,  é a reforma do ensino médio. “Vinte anos depois assumi o governo e não tinha sido feita ainda, veio Mendonça e disse vamos fazer. Fizemos a reforma do ensino médio e hoje é aprovada por 96% de todo setor educacional, a própria modernização trabalhista também foi nesta linha. Tudo, enfim, deve ser feito já. E é o que nós estamos fazendo”, garantiu o presidente. 

Dedicação aos municípios

Diante de uma plateia composta por prefeitos de todo o país, Michel Temer também prometeu que dedicaria os sete meses que ainda restam do seu governo para ações imediatas que atinjam os municípios. 

“Temos dois anos de governo, já fizemos muito. Agora temos 1/3 ainda pela frente e quero que pelo menos metade seja direcionado para ao interesse dos municípios brasileiros. Precisamos dos municípios brasileiros para que a União seja forte como deve ser”, destacou o emedebista, prometendo que iria focar na modificação da Lei de Licitações. 

“Logo no início do meu governo disse que iríamos recuperar a federação brasileira e para isso tínhamos que começar pelos municípios. Isso não apenas porque eu desejasse, mas porque isso é fruto da história brasileira… Ser prefeito é mais difícil do que ser governador ou presidente porque o sujeito sabe onde é a sua casa, pleiteia e vocês tem que atender”, completou, fazendo ainda um balanço do que prometeu nas últimas marchas que participou.

O presidente Michel Temer disse nesta terça-feira (16) após assinar a Medida Provisória que permite o parcelamento do débito previdenciário dos municípios que o seu objetivo depois de concluir a etapa das reformas no Congresso é "caminhar para instaurar uma federação de verdade".

"É nosso objetivo, logo depois dessas reformas, principalmente agora que se decretou o apoio à reforma da Previdência", disse Temer, durante sessão de abertura da Marcha dos prefeitos, em Brasília. Pouco antes de sua fala, o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, anunciou que o conselho político da entidade decidiu por maioria apoiar a aprovação da reforma da Previdência.

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O anúncio da MP atende a um pleito das prefeituras e tem como estratégia para o governo angariar mais apoio para a reforma da Previdência. O gesto de Temer vem num momento em que o governo tenta avançar nas negociações para aprovar a reforma da Previdência no plenário da Câmara.

Lideranças da base aliada ainda se queixam da forte pressão sofrida nos redutos eleitorais contra a proposta e têm colocado esse como um dos entraves para se votar a matéria. "Prefeito feliz é deputado feliz", resumiu um interlocutor de Temer.

Na reta final das negociações para se aprovar a reforma da Previdência na Câmara, o presidente Michel Temer pretende anunciar nesta terça-feira Medida Provisória com a previsão de parcelamento da dívida dos municípios com Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Temer lembrou que desde que assumiu o governo o seu primeiro passo em favor dos Estados e municípios foi a renegociação das dívidas dos Estados. "Foi um primeiro gesto federativo que o governo praticou", disse. "Logo depois veio a repatriação", completou.

O presidente lembrou que antes os municípios e Estados tinham direito apenas ao obtido por meio de imposto, mas que seu governo decidiu partilhar com os entes também os valores das multas. "Isso tudo vai na direção de fortalecimento da federação brasileira", afirmou. "Quando fizemos segunda chamada de repatriação já estabelecemos divisão de multa e imposto."

Temer disse ainda que o Brasil tem uma vocação centralizadora e que há uma ideia de que sempre "tudo tem que ser feito pela União". "Temos uma federação formal, que está escrita na Constituição, mas não temos federação real, que é aquilo que ocorre no dia a dia", declarou.

O presidente afirmou ainda que municípios, Estados e União tiveram momentos complicados. "Não foi fácil chegar até aqui". E ressaltou que se chegar ao final de mandato e ouvir que conseguiu fortalecer a Federação "ficará feliz".

Como tem feito em todos os seus discursos, o presidente exaltou ainda o papel do Congresso Nacional na aprovação das reformas, disse que hoje há integração entre poder Executivo e poder Legislativo e que é preciso mudar a visão centralizadora. "O Legislativo é parceiro do governo, governa junto com o Executivo", disse Temer, ressaltando que o governo já conseguiu aprovar matérias difíceis.

Temer também repetiu que o momento do País pede pacificação e que é preciso, apesar das resistências, que brasileiros se unam para um futuro melhor.

O presidente Michel Temer assinou nesta terça-feira (16), em encontro com prefeitos de todo o país, a medida provisória que prevê o parcelamento de débitos relativos a contribuições previdenciários dos estados, Distrito Federal e municípios. Em seu discurso, Temer voltou a defender que é necessário mudar a “cultura centralizadora” que existe desde a época do descobrimento. Segundo ele, é com o objetivo de mudar essa centralização que seu governo atua em parceiria com o Poder Legislativo.

“Temos todos uma vocação centralizadora extraordinária e achamos que tudo tem de ser feito pela União, a quem todos recursos são conduzidos”, disse ele. "E as reformas foram feitas para restaurar uma verdadeira federação e para fortalecer os municípios”, acrescentou. “

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A declaração foi feita durante a cerimônia de abertura da 20ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, em Brasília. O evento vai até quinta-feira (18). Ao longo destes três dias, haverá palestras e debates sobre temas de interesse das administrações municipais com a participação de autoridades dos Três Poderes e de prefeitos de todo país.

A Marcha é promovida pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e deve reunir mais de 5 mil prefeitos. Como ocorre todos os anos, os administradores municipais apresentam demandas aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

O parcelamento das dívidas previdenciárias é um dos tópicos prioritários no Congresso Nacional, mas que poderá ser resolvido em conjunto com o governo federal. A CNM defende a revisão dos débitos previdenciários, já que, de acordo com ela, há cobranças indevidas a despeito de decisão recente do Supremo Tribunal Federal.

Segundo o presidente da confederação, Paulo Ziulkoski, a questão está prestes a ser solucionada. "O endividamento previdenciário é um dos pontos que vão ser abordados [durante a marcha], seguramente por meio de uma medida provisória [editada pelo governo]. Estamos construindo a forma e o conteúdo em que ela vai ser editada", disse ele ontem (15) à Agência Brasil.

Entre os temas a serem discutidos durante os painéis e rodas de debates também estão as reformas previdenciária, trabalhista e tributária, bem como as pautas consideradas prioritárias, em tramitação na Câmara e no Senado.

Os prefeitos também devem pedir ajuda ao Poder Executivo para o pagamento do Piso Nacional do Magistério. Sancionada em 2008, a lei que estipula um salário mínimo para os professores em início de carreira prevê que o governo federal coopere tecnicamente com os municípios. De acordo com a CNM, é preciso haver um complemento para garantir o pagamento do piso.

Com pautas que passam por diversos temas da administração municipal e de sua relação com os demais entes federados, a 20ª Marcha Nacional dos Prefeitos começa nesta terça-feira (16). A necessidade de mais financiamento é uma das principais reivindicações do encontro, que reunirá em Brasília, ao longo da semana, milhares de prefeitos.

Como ocorre todos os anos, os administradores municipais apresentam demandas aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. O parcelamento das dívidas previdenciárias é um dos tópicos prioritários no Congresso Nacional, mas que poderá ser resolvido em conjunto com o governo federal. Entidades como a Confederação Nacional de Municípios (CNM) defendem a revisão dos débitos previdenciários, já que, de acordo com ela, há cobranças indevidas a despeito de decisão recente do Supremo Tribunal Federal.

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Segundo o presidente do órgão, Paulo Ziulkoski, a questão está prestes a ser solucionada. "O endividamento previdenciário é um dos pontos que vão ser abordados [durante a marcha], seguramente por meio de uma medida provisória [editada pelo governo]. Estamos construindo a forma e o conteúdo em que ela vai ser editada", afirmou à Agência Brasil.

As dívidas são ampliadas, segundo os municipalistas, com a cobrança "indevida" de contribuições previdenciárias sobre verbas de natureza indenizatória por decisões do Superior Tribunal de Justiça.

Também entre os parlamentares será feito um trabalho de convencimento, não apenas nesta semana, para que derrubem o veto do presidente Michel Temer à redistribuição do Imposto Sobre Serviços (ISS) sobre algumas movimentações. Ao vetar a medida, o Planalto impediu a redistribuição aos municípios dos recursos arrecadados em operações de cartões de crédito e débito, de arrendamento mercantil e de serviços de saúde.

"Ao retirar os principais artigos da lei apresentada pelo Congresso, o veto impede a redistribuição de R$ 6 bilhões de ISS por ano aos municípios, concentrando anda mais essa receita na mão de poucos", diz o documento com as pautas prioritárias da marcha.

Para Ziulkoski, como a sessão do Congresso ainda não foi convocada, o trabalho das entidades continuará nas próximas semanas. "Estamos trabalhando com os parlamentares. Já temos, acredito, uma ampla maioria para derrubar o veto", afirmou.

Receber ajuda para o pagamento do Piso Nacional do Magistério está também entre as principais solicitações dos prefeitos ao Poder Executivo. Sancionada em 2008, a lei que estipula um salário mínimo para os professores em início de carreira prevê que o governo federal coopere tecnicamente com os municípios. De acordo com a CNM, é preciso haver um complemento para a garantia do piso.

O financiamento é a principal pauta das reivindicações também em outras áreas. Os participantes da marcha vão pedir os reajustes do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), do Programa Nacional de Apoio ao Transporte do Escolar (Pnate) e do atual incentivo para custeio das unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

Finalizou na tarde desta quinta-feira (28), a XVlll Marcha dos Prefeitos em Brasília. O evento iniciado desde a última segunda-feira (25) contou com debates, palestras, arenas temáticas e reuniões com ministros, governadores e os presidentes da Câmara e Senado Federal. Ao término do encontro os gestores municipais fizeram uma carta de reivindicações. 

Com a presença de mais de cinco mil prefeitos, segundo dados da organização, foi aprovado a Carta da XVlll Marcha dos Prefeitos em defesa dos municípios. Nela, encontram-se nove pontos de reivindicação apresentados pelo movimento municipalista. São eles:

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- Extinção da incidência do PASEP nas transferências para Estados e municípios;

- Aumento da parcela IPI exportação, que compõe o FPM, de 10 para 12%;

- Aumento do Fundo de Participação dos Estados de 21,5 para 22,5%;

- Diminuição do peso do VAF (valor Adicionado Fiscal) na composição do índice de retorno do ICMS de 75 para 50%;

- Destinação de recursos da União diferenciados para as regiões Centro-Oeste e Nordeste;

- Liberação de depósitos judiciais para utilização de Estados e Municípios;

- Permissão para que Estados e Municípios possam cobrar às operadoras de plano de saúde;

- Prorrogação do prazo para encerramento dos lixões;

- Retirada da restrição do CAUC para que os consórcios possam receber recursos.

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Presente no evento como represente das instituições do Nordeste, o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), José patriota (PSB), considerou uma conquista o compromisso assumido pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) e Senado, Renan Calheiros (PMDB), com a pauta dos municípios e 17 projetos prioritários que tramitam no Congresso Nacional. “São projetos importantes que, se aprovados, irão desafogar as receitas dos municípios, a exemplo do reajuste dos programas federais, o novo sistema de cobrança do ISS e a proibição de criação de novas obrigações sem a clara definição das fontes de recursos”, destacou Patriota. Após o evento, o socialista ainda coordenou reunião dos municípios e associações do Nordeste com o Ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi.

O presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) e prefeito de Afogados de Ingazeira, José Patriota (PSB), foi um dos palestrantes na abertura da XVIII Marcha a Brasília em defesa dos Municípios, conhecida como Marcha dos Prefeitos, nessa terça-feira (26). No encontro, o socialista representou a região Nordeste e abordou a demanda que recaí sobre as prefeituras e a responsabilidade do Governo Federal e do Congresso Nacional para a atual situação.

De acordo com Patriota, os gestores municipais têm a maior responsabilidade, e por isso merecem respeito, contextualizando a realidade política e administrativa que envolve os Municípios. “O Brasil real se encontra aqui, nesse momento. De ponta a ponta, de Norte a Sul”, declarou no início de sua fala. Segundo ele, há crises por todo o país, mas só as cidades são fiscalizadas. “A responsabilidade do Brasil é compartilhada com todos os Entes – União, Estados e Municípios. Responsabilidades nós temos demais, fiscalização só os Municípios”, destacou.

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Enaltecendo o Poder Executivo Municipal, o prefeito do Sertão pernambucano se colocou como parceiro. “Queremos ser parceiros para melhorar o Brasil, porque o que seria dos programas federais e das políticas públicas se não fosse a destinação para o prefeito”, avaliou Patriota. “É impossível o governo do Estado e o governo federal chegar à casa de cada cidadão sem a participação direta das prefeitas e dos governos municipais”, acrescentou.

Descrevendo as dificuldades enfrentadas, José Patriota comentou os problemas com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), com a crise econômica e com prefeitos desonestos, que são enquadrados na Lei da Fixa Suja, mesmo quando encontram a prefeitura comprometida. “Mas, prefeito é trabalhador, é disposto. Ele só não é mágico, porque não tem como fechar a conta no final de mês, se todo o dia recebe responsabilidades, e a receita não cresce na mesma proporção. A receita é estagnada”, afirmou. “Tudo que acontece no Município é responsabilidade do Cristo do prefeito”, ironizou.

Sobre o Nordeste, o presidente da Amupe priorizou os problemas com a seca. Ele falou que são cinco anos consecutivos de estiagem, que impacta mais de 22 mil habitantes – moradores do Semiárido. “Não podemos negar um copo de água a quem te direito a vida”, ponderou alegando que além do governo o Congresso Nacional também tem grande responsabilidade sobre a Educação, à Saúde e as demais áreas da administração pública.

Reforma política – Sobre as propostas da reforma política, o socialista comparou as sugestões de mudanças para os prefeitos e deputados. “Porque dois anos para prefeitos e cinco anos para vocês [parlamentares]”, falou se referindo a tramitação de projetos que tratam da reforma. “Vamos ter um tratamento igual. Vamos ter respeito com o municipalismo brasileiro”, desabafou cobrando posteriormente unidade de todos. 

A XVIII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, conhecida também como “Marcha dos Prefeitos”, terá a presença das principais autoridades do país. O evento que será realizado de 25 a 28 de maio contará no dia 26, com a abertura oficial feita pela presidente Dilma Rousseff (PT), além da participação dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, Eduardo Cunha (PMDB) e Renan Calheiros (PMDB), respectivamente.

Com a inserção do X Fórum de Vereadores dentro da programação, o evento será um momento de discussão de vários assuntos como consta no cronograma preliminar: conjuntura municipalista, reforma política, pacto federativo e o Congresso Nacional, entre outros. 

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No primeiro dia da atividade, 25 de maio, haverá a abertura da VIII Exposição de Produtos, Serviços e Tecnologias, credenciamento, abertura da Assembleia-Geral Ordinária da CNM e uma programação paralela com debates sobre Consórcios Públicos Municipais, Fórum 27 e arenas temáticas.  Já no dia 26, o evento terá a abertura oficial com a presença de Dilma, Calheiros, Cunha, além do presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, ministros de Estado, Presidentes das entidades estaduais de Municípios e diretoria CNM. Neste mesmo dia a principal pauta será a reforma política. 

O pacto federativo, pauta de muitas revindicações por meio de prefeitos, será tratado no dia 27 de maio pelo presidente do Senado Renan Calheiros, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha e líderes políticos e parlamentares federais. 

No último dia da Marcha dos Prefeitos, o principal tema será ‘A força do Poder Legislativo local no Movimento Municipalista’. Ao término do evento haverá os informes do Governo Federal e leitura da Carta da XVIII Marcha a Brasília. A programação completa pode ser conferida AQUI

Amupe – Segundo a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), em consenso com prefeitos do Estado, o presidente da instituição, José Patriota (PSB), revelou que a pauta escolhida pelos pernambucanos serão o pacto federativo e a reforma política. “Definirmos levar o pacto federativo e o subfinanciamento dos programas federais”, contou, pontuando posteriormente as discussões sobre a reforma política. “Nós estamos condenando a nós mesmos, porque optamos por não haver mais reeleição, defendemos mandato de cinco anos e coincidências de eleições, ou seja, tudo junto”, opinou o presidente Amupe.

Dezenas de prefeitos se reuniram na manhã desta quarta-feira (22) na Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), no Recife, para tratar de uma extensa pauta de interesse municipal e assinar acordo com a Celpe. Entre os assuntos tratados pelos gestores estavam a reforma política, o Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM) e a Marcha dos Prefeitos que ocorrerá em Brasília, no próximo dia 26 de maio. 

Segundo o presidente da Amupe e prefeito de Afogados de Ingazeira, José Patriota (PSB), o acordo entre os gestores e a Celpe foi fechado com prazos definidos. “O acordo foi assinado e tem prazo para todo o mundo. Os municípios têm até 30 dias para entregar as pendências e 60 dias para a prefeitura assumir”, detalhou. O socialista disse que a Celpe também deverá entregar suas pendências finais e reparos eventuais em 60 dias, ou seja, a partir do dia 22 de junho o município se responsabilizará pela iluminação pública. 

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A transferência do equipamento para as cidades é uma exigência da resolução 414 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), emitida em 2010. O processo deveria ter sido concluído em dezembro de 2014, mas, em Pernambuco, só 41 prefeituras assumiram o serviço. O percentual equivale a 48% dos pontos de iluminação do Estado.

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Outro assunto tratado na reunião foi às pautas que os prefeitos de Pernambuco levarão para a Marcha dos Prefeitos. “Definirmos levar o pacto federativo e o subfinanciamento dos programas federais”, revelou Patriota, pontuando posteriormente as discussões sobre a reforma política. “Nós estamos condenando a nós mesmos, porque optamos por não haver mais reeleição, defendemos mandato de cinco anos e coincidências de eleições, ou seja, tudo junto”, contou o presidente da Amupe.

As pautas definidas no encontro de hoje serão discutidas em Brasília com a bancada pernambucana do Congresso e em jantar no próximo dia 26 de maio. “A Amupe vai fazer um jantar com os deputados em Brasília, mas ainda estamos definindo o local”, ressaltou José Patriota. Ele também avaliou a reunião com os prefeitos de forma positiva.  “Foi muita boa e participativa e tratamos de vários assuntos de interesses gerais dos municípios”, completou. 

O presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) e prefeito de Afogados de Ingazeira, José Patriota (PSB) e demais prefeitos de todo o estado, irão discutir na próxima terça-feira (22), uma extensa pauta com temas de interesse dos municípios. A reunião marcada para as 9h será realizada na sede da instituição, no Recife e definirá, entre outras coisas, uma pauta para ser levada para a Marcha dos Prefeitos em Brasília.

Temas como a reforma política e seca serão tratados no encontro. “Vamos discutir a reforma política, a novela da Celpe, o FEM (Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal), fechar uma pauta para a Marcha dos Prefeitos que acontece em Maio, e a seca”, revelou José Patriota.

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Na reunião haverá a assinatura do acordo entre a Celpe e os municípios, chamada de “Novela da Celpe”, por Patriota. O termo construído pela Amupe e Celpe, com a colaboração do Ministério Público, CREA e Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) refere-se à transferência dos ativos de iluminação pública para os municípios.

Segundo José Patriota, a expectativa é que cerca de 100 prefeitos compareçam ao evento, além de alguns deputados estaduais que foram convidados como: Rodrigo Novaes (PSD) e Miguel Coelho (PSB)

Uma extensa pauta reunirá prefeitos de Pernambuco e o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) José Patriota (PSB), no próximo dia 22 de abril. O encontro será realizado na sede da instituição no Recife, a partir das 9h, e abordará o acordo entre a Celpe e os municípios, a reforma política e a Marcha de Prefeitos, marcada para o mês de maio em Brasília. 

Na reunião também serão tratados assuntos como a edição 2015 do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM), o Escritório de Projetos para ajudar os municípios na elaboração de propostas, itens  anunciados recentemente  pelo Governo do Estado, no 2º Congresso Pernambucano de Municípios e a questão da Celpe  que recentemente firmou um acordo sobre a transferência dos ativos de iluminação pública para os municípios.

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O acordo fechado no último dia 8 de abril através de um termo construído pela Amupe e Celpe, com a colaboração do Ministério Público, CREA e Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) deverá ser assinado pelos representantes das prefeituras neste dia, logo após as discussões das demais pautas.

A presidente Dilma Rousseff recebe nesta quinta-feira, às 16h30, no Palácio do Planalto, uma comissão de prefeitos que está em Brasília participando da 17ª Marcha de Prefeitos. Dilma preferiu não ir ao evento para evitar problemas com a Justiça Eleitoral. Ontem, os dois pré-candidatos ao Planalto, Eduardo Campos e Aécio Neves, estiveram na Marcha. Dilma esteve nas três edições anteriores.

Os prefeitos esperam para hoje, pelo menos, o anúncio de mais recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Eles querem o reajuste do FPM em 2%, passando de 23,5% para 25.5% das receitas de IPI e Imposto de Renda. A presidente Dilma já estava estudando os pleitos dos prefeitos e resolveu conversar pessoalmente com eles.

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Sem a presença de Dilma Rousseff, o debate com os pré-candidatos à Presidência da República na 17ª Marcha dos Prefeitos voltou-se para a defesa de uma reforma tributária e de um novo pacto federativo. Na ocasião, o governo federal e a presidente foram duramente criticados, especialmente quanto à distribuição de recursos e financiamento de programas.

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Em todo o evento, os pré-candidatos foram unânimes em dizer que as prefeituras enfrentam problemas devido às "responsabilidades que estão sendo transferidas para os municípios". Eles mencionaram as obrigações em lei de investimento mínimo nos setores e as folhas de pagamento, sem aumento dos recursos.

"É no município onde as coisas acontecem. Então, esse ente precisa ser valorizado. O prefeito tem que ficar com o pires na mão para implorar recursos. E parece que quando vão fazer algo pelos municípios estão fazendo um grande favor", criticou o pastor Everaldo (PSC). "O governo brasileiro é um verdadeiro vampiro que suga tudo dos recursos públicos, deixando à míngua os cofres municipais".

Para ele, ao criar programas específicos para cada setor ou aprovar lei que determina o mínimo de financiamento para cada área, é preciso garantir aos prefeitos "recursos para cumprir as obrigações". "O atual governo fica querendo fazer firula com o chapéu alheio. Porque se passam as responsabilidades, têm que passar também os recursos. Se o governo federal estabelece um piso, tem que dar a contrapartida", completou Everaldo.

Lei de Responsabilidade

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL/AP) defendeu a criação de contrapartidas para que os prefeitos consigam pagar o piso dos profissionais. Ele se disse a favor dos reajustes salariais, mas reclamou que a fonte é sempre os municípios. "Os pisos aprovados pelo Congresso estão provocando uma crise financeira nos municípios", salientou.

"As leis são conquistas do povo brasileiro. Mas o problema é jogar nas costas dos municípios como se a União não tivesse responsabilidade com a educação básica", frisou ele, lembrando-se do Plano Nacional de Educação (PNE), que será votado nesta quarta-feira (14) no Senado e propõe a equiparação do salário dos professores com os de outros níveis superiores. "O Brasil tem que achar novas formas de financiamento para a União e consequentemente dos municípios. Para isso é necessário realizar uma reforma tributária”".

Mais críticas

Eduardo Campos (PSB-PE) também criticou a política de desonerações. "O governo fica fazendo graça com chapéu alheio. Desonera tributos, diminui a arrecadação dos estados e municípios, mas a economia não cresce", salientou. "O baixo crescimento do país não pode cair nas costas dos municípios. É preciso controlar as receitas e as despesas, apontando, inclusive, de onde virão os recursos ao aprovar projetos".

Se eleito, ele se comprometeu a dar mais atenção aos municípios e destinar mais recursos. "Hoje, olhamos para Brasília, mas não nos sentimos representados. Mas nós vamos unir os bons. Temos esperança, disposição e coragem para mudar a situação, porque queremos um Brasil melhor", frisou o socialista, que voltou a criticar o número de ministros da gestão de Dilma e afirmou que as pastas estão cheias de "pessoas incompetentes para administrar o país".

Assim como os demais participantes, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) criticou a ausência de Dilma no debate. "O governo gasta mal os recursos. Lamento que eu não possa dizer isso na frente da candidata, porque ele não está presente nesse fórum tão importante". Para ele, a não participação da presidente da República reflete a "falta de diálogo" com os prefeitos.

O tucano disse que, se eleito, pretende reformular o sistema tributário e encerrar "o ciclo de subfinanciamento e baixo crescimento". "Temos que acabar com a concentração de recursos na União e priorizar a federação e a qualidade dos serviços públicos", disse ele, para logo em seguida destacar os R$ 10 bilhões que não foram investidos na saúde pública em 2013. "Isso é um descaso, esse é um governo omisso".

A XVII Marcha dos Prefeitos em defesa dos municípios, que reúne em Brasília diversos gestores de todo o Brasil, terá nesta quarta-feira (14) a presença de quatro pré-candidatos à presidência da República. Passarão pelo evento nesta quarta, o ex-governador Eduardo Campos (PSB), o senador Randolfe Rodrigues (PSOL), o vice-presidente nacional do PSC, Pastor Everaldo, e o senador Aécio Neves (PSDB). 

Além da visita dos políticos na parte da manhã, a solenidade tratará de uma pauta política no início da tarde. Os participantes irão ao Congresso Nacional às 16h e no início da noite, por volta das 18h, os organizadores terão uma reunião com as bancadas parlamentares. 

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Outra agenda de Campos - Depois de uma reunião com a cúpula do PSB nessa terça-feira (13) em Brasília, o líder do PSB se reúne hoje logo após a ida a Marcha dos Prefeitos, com a bancada do PPS num almoço às 13h. O encontro será na Fundação Mangabeira, no bairro Lago Sul em Brasília. 

 

Mais recursos e melhor distribuição de obrigações. Esses foram os destaques nos discursos de abertura da 17ª Marcha dos Prefeitos, nesta terça-feira (13), em Brasília.

Para o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), José Coimbra Patriota Filho, as prefeituras precisam receber mais atenção do Estado e da União. "O prefeito é a autoridade mais cobrada, é onde explode a bomba. Não existe política pública sem a participação dos municípios", frisou ele, que também pediu mudanças no pacto federativo.

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Durante a cerimônia, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), anunciou a instalação de uma comissão especial que vai analisar o aumento de 2% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). "Os municípios não são mais o primo pobre da federação. São o primo paupérrimo e abandonado da nação brasileira. Não há, na escala política, representantes mais sofridos do que os vereadores e os prefeitos", considerou.

Ele também fez um apelo para que a presidente Dilma Rousseff participe do evento e receba as reivindicações dos chefes de Executivo municipal. "As prefeituras estão falidas, quebradas e desmotivadas. Isso em um país com discurso municipalista. Prefeitos não são intermediários. Prefeitos foram eleitos, são líderes, devem ter autonomia e ter o poder orçamentário".

O presidente da Confederação Nacional de Municípios, Paulo Ziulkoski, reclamou sobre as perdas registradas por conta das desonerações concedidas como medida de incentivo fiscal, principalmente as do Imposto Sobre Produtos Industrializados e Imposto de Renda (IR). "“Um dado estarrecedor. Nós perdemos um ano de FPM nos últimos cinco anos. Isso porque a União faz favor com chapéu alheio. Ela deveria renunciar da sua parte, ela deveria respeitar a federação. E eu chamo a atenção do Congresso Nacional que autorizou o executivo a agir dessa forma", salientou.

Debate 

Na programação desta quarta-feira (14), está previsto um debate com pré-candidatos à Presidência da República sobre a crise do municipalismo brasileiro. Já confirmaram presença: Aécio Neves (PSDB), Eduardo Campos (PSB), Pastor Everaldo (PSC) e Randolfe Rodrigues (PSOL).

Uma série de fatos políticos marcou a semana, entre eles, a 16ª edição da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, que aconteceu de terça (9) a quinta-feira (11), na capital brasileira e atraiu a participação de mais de 100 prefeitos pernambucanos. Durante a participação da presidenta Dilma Rousseff (PT) no evento, os gestores municipais chegaram a vaiar a chefe do executivo nacional, por não aprovarem a maioria das propostas da majoritária.

Durante estes mesmos dias o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e o prefeito do Recife,Geraldo Julio (PSB), se encontraram com o os ministros Aguinaldo Ribeiro, das Cidades, e Miriam Belchior, do Planejamento para discutirem sobre mobilidade.

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Outro caso que esteve entre os destaques foi à repercussão da espionagem americana aos meios de comunicação brasileiros. Para representantes políticos brasileiros, como Fernando Henrique Cardoso a ação é “inadmissível”.  O colunista americano, que denunciou a falcatrua deve prestar esclarecimentos no Senado Federal, nesta segunda-feira (15).

Na quinta-feira (11) as ruas do Brasil foram novamente invadidas, desta vez pelas centrais sindicais que vivenciou o “Dia Nacional de Lutas”, no estado o movimento uniu sete sindicatos que realizaram dois atos, um no Porto de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, e outro no centro do Recife atraindo cerca de quatro mil pessoas, finalizando o dia com a entrega de um pauta ao governo do estado. Diferentemente dos protestos que aconteceram em junho, à participação dos partidos políticos foi aceita pelos organizadores, causando divergência entre parlamentares pernambucanos.

Em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, os cidadãos foram às urnas opinar sobre o desenvolvimento de 12 áreas locais. A população divergiu sobre a essência da consulta, mas aderiu superando as expectativas da gestão. 

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República, Ideli Salvatti, afirmou nesta quarta-feira que, apesar da incompreensão dos prefeitos, o governo atendeu à maior das reivindicações deles, o repasse de R$ 3 bilhões para gestão, que equivale a 1% do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). A presidente Dilma Rousseff foi vaiada nesta quarta-feira, ao encerrar o discurso na Marcha Nacional de Prefeitos, por não ter tocado no assunto, cobrado em altos brados pela plateia.

"O aumento de 1% no FPM significa uma alteração na legislação com vinculação de receitas. Precisamos ter responsabilidade e a vinculação nesse momento de crise não é adequada", afirmou. "A presidente teve a sensibilidade e a responsabilidade de repassar o que eles estão reivindicando." De acordo com Ideli, os R$ 3 bilhões que serão entregues às prefeituras equivalem ao reajuste. "Eles nem sequer tiveram a compreensão de que, na verdade, será mais porque eles não precisarão descontar o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb)", disse.

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Ela ressaltou que os R$ 20 bilhões que serão repassados em recursos novos às administrações municipais, na soma de todos os programas anunciados, é o maior valor das três marchas das quais Dilma participou como presidente. Ideli disse, no entanto, que os repasses não ameaçam a meta fiscal da administração federal. Essa seria uma das razões para não reajustar o FPM. "O repasse atende no valor, se não na forma", declarou.

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