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A África do Sul acusou diplomatas da Ruanda de organizarem "redes criminosas" envolvendo uma tentativa de assassinato de refugiados vivendo na África do Sul. A acusação ocorre após expulsão de diplomatas da Ruanda e um de Burundi no início do mês em razão de uma conexão dos diplomatas com ataques contra refugiados.

"Tem havido esforços sustentados e organizados para matar alguns dos refugiados vivendo na República", disse o Departamento de Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul em declaração. "Está claro que esses incidentes tem uma clara conexão com tensões emanando na Ruanda", acrescentou.

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O departamento afirmou que "alguns indivíduos" abusaram de seu status diplomático e estão criando "redes criminosas organizadas" que ameaçam a segurança nacional da África do Sul. O embaixador da Ruanda na África do Sul, Vincent Karega, nega que seu governo tenha alguma relação com os assassinatos. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia denunciou suposta ilegalidade por parte de ativistas de extrema-direita no leste da Ucrânia. O comunicado, que também diz que a Ucrânia está impedindo cidadãos russos de entrar no país, foi divulgado em um momento em que forças russas avançaram pela Península da Crimeia, na Ucrânia, onde foi convocado um referendo para domingo se a população aprova a separação da Ucrânia e integração à Rússia.

O sentimento pró-Rússia também é forte no leste da Ucrânia. Há temores de que a Rússia possa tentar incorporar essa área.

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Na nota, o ministério salientou que a ilegalidade "predomina agora nas regiões no leste da Ucrânia como resultado das ações de combatentes do autodenominado 'setor de direita' com a plena conivência" das novas autoridades da Ucrânia. Fonte: Associated Press.

Os diplomatas envolvidos na organização de uma conferência para discutir a paz na Síria não conseguiram chegar a um acordo em torno da data do evento, lamentou hoje em Genebra o enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe a Damasco, Lakhdar Brahimi.

"Os diplomatas ainda empenham-se para ver se será possível realizar a conferência antes do fim deste ano", disse Brahimi.

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Pouco antes, depois de um diálogo que estendeu-se por toda a terça-feira, representantes do governo sírio deixaram claro que consideram a conferência um processo político, "e não uma transferência de poder ou formação de um órgão de transição". Fonte: Associated Press.

A presidente Dilma Rousseff recebeu nesta quinta-feira (31) as cartas credenciais de 19 novos embaixadores estrangeiros que atuarão no Brasil. A cerimônia foi realizada no Palácio do Planalto, em Brasília.

Oficialmente, a partir da entrega do documento, o representante de cada país assume suas funções de intermediar e defender os interesses de cada nação. Alguns deles já estavam em Brasília há alguns meses, mas ainda não haviam sido empossados.

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Entregaram as credenciais os embaixadores de Botswana, Guiné-Equatorial, Líbano, Honduras, Sri Lanca, Índia, Marrocos, Tunísia, França, Reino Unido, Iraque, Nicarágua, Polônia Suíça, Vietnã, Kuait, República Tcheca, Estados Unidos e Coréia do Norte.

Após a cerimônia, os embaixadores serão recebidos no Palácio do Itamaraty pelo ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, para um almoço.

Autoridades do Ministério de Relações Exteriores da Espanha se reuniram com o embaixador norte-americano no país, James Costos, para exigir explicações sobre supostos atos de espionagem da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês).

Segundo reportagem publicada pelo jornal espanhol El Mundo, a NSA espionou mais de 60 milhões de chamadas telefônicas na Espanha entre 10 de dezembro de 2012 e 8 de janeiro deste ano. A notícia baseou-se em informações contidas em documentos secretos vazados por Edward Snowden, o ex-técnico terceirizado da NSA que está asilado na Rússia.

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Após o encontro com o embaixador dos EUA, o Ministério não fez nenhum referência direta ao texto do El Mundo, no entanto exigiu que as autoridades dos EUA entreguem as informações necessárias sobre a "suposta espionagem realizada na Espanha".

Madri também alertou Washington sobre a "importância de preservar o clima de confiança que existe nas relações bilaterais" e pediu informações sobre a extensão de tais práticas, que, "se verdadeiras, são inadequadas e inaceitáveis entre países" aliados.

O embaixador, por sua vez, relembrou que a Espanha já se beneficiou de dados de inteligência norte-americanos. Os EUA "reconhecem que alguns de nossos aliados mais próximos mostraram preocupações sobre a recente série de revelações não autorizadas de informações secretas", disse.

James Costos também afirmou que os programas da NSA aos quais a mídia se refere são de "segurança nacional" e "desempenharam um papel crucial em proteger os cidadãos dos EUA".

"Eles também desempenharam um papel instrumental na nossa coordenação com os nossos aliados e em proteger seus interesses também."

Costos destacou o pedido de uma revisão interna pelo presidente dos EUA, Barack Obama, para garantir que os dados de inteligência coletados sejam informações que "devem e precisam ser coletadas".

"Em última instância, os EUA precisam colocar na balança o importante papel que esses programas desempenham em proteger a segurança nacional" e o ato de proteger a segurança dos aliados com "preocupações legítimas de privacidade", afirmou o embaixador em um comunicado.

De acordo com o El Mundo, um gráfico de barras mostra o fluxo diário de chamadas interceptadas durante o período de cerca de um mês. Apenas no dia 11 dezembro os EUA teriam espionado mais de 3 milhões e meio de ligações registradas em solo espanhol.

Os dados não apresentam o conteúdo das chamadas, mas mostram o número de série dos aparelhos que se comunicaram, o lugar onde se encontravam, o número dos chips de celulares usados e a duração da ligação. O jornal acrescenta que os documentos também contêm informações pessoais obtidas pela internet, por e-mail e em redes sociais como Facebook e Twitter. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

Chefes de espionagem alemães vão viajar para os EUA na próxima semana para exigir respostas sobre alegações de que a inteligência norte-americana monitorou o celular da chanceler alemã, Angela Merkel.

Documentos vazados há poucos meses pelo ex-colaborador da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) Edward Snowden, mostrando que os EUA espionaram buscas de internet e registros telefônicos de cidadãos comuns, causaram indignação mundial.

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O furor, no entanto, ganhou força após alegações de que líderes mundiais, incluindo os presidentes do Brasil e México, também foram vítimas de espionagem.

O escândalo se ampliou para a Europa nesta semana, após surgirem acusações de que o telefone de Merkel foi espionado. Numa atitude incomum, Berlim decidiu convocar o embaixador norte-americano para pedir esclarecimentos.

"Representantes de alta patente do governo irão rapidamente para os EUA para acelerar as discussões com a Casa Branca e a NSA sobre as alegações levantadas recentemente", afirmou ontem Georg Streiter, vice-porta-voz de Merkel.

A imprensa alemã, citando fontes próximas ao serviço de inteligência, divulgou neste sábado que a delegação incluirá altos oficiais do serviço secreto alemão.

Na quarta-feira, Merkel telefonou ao presidente dos EUA, Barack Obama, e disse que a suposta espionagem seria "uma quebra de confiança" entre parceiros internacionais.

O escândalo de espionagem levou líderes europeus a exigirem um novo acordo com Washington para a coleta de informações de inteligência, que manteria alianças essenciais e, ao mesmo tempo, o combate ao terrorismo.

Além disso, Alemanha e Brasil estão trabalhando numa resolução na Assembleia Geral da ONU para destacar a indignação internacional com atividades de espionagem dos EUA em outros países, segundo informaram diplomatas ontem. A resolução não citaria os EUA diretamente, mas estenderia o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos para atividades na internet.

"O objetivo da resolução é mandar uma mensagem para aqueles que abusam do sistema", afirmou um diplomata envolvido nas discussões. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Ministério de Relações Exteriores da Alemanha convocou, nesta quinta-feira, o embaixador dos Estados Unidos no país após a divulgação de acusações de que a inteligência norte-americana pode ter grampeado o telefone celular da chanceler Angela Merkel.

O ministro da Defesa acrescentou que a Europa não pode simplesmente retornar às relações transatlânticas normais após a série de relatos de que os Estados Unidos espionaram seus aliados.

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O governo de Merkel disse que ela reclamou do fato com o presidente Barack Obama na quarta-feira, após receber informações de que seu telefone celular poderia estar sendo monitorado. O governo não divulgou mais detalhes, mas a revista alemã Der Spiegel, que publicou material vazado pelo ex-analista da Agência Nacional de Segurança (NSA), Edward Snowden, disse que sua investigação levou à resposta.

O Ministério de Relações Exteriores disse que o embaixador norte-americano John B. Emerson deve se reunir na tarde desta quinta-feira com o ministro Guido Westerwelle, que vai "expressar a posição do governo alemão". A embaixada dos Estados Unidos disse que não tem comentários a fazer sobre o assunto.

O ministro da Defesa Thomas de Maiziere disse à emissora de televisão ARD que a suposta vigilância será "muito ruim", caso confirmada. "Os norte-americanos são e continuam nossos melhores amigos, mas, absolutamente, isto não é correto", declarou ele.

"Eu considero, há anos, que meu telefone celular esteja sendo monitorado, mas não pensava nos norte-americanos", disse De Maiziere, que foi Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e ministro do Interior da Alemanha.

"Não podemos simplesmente voltar às relações, como antes", declarou De Maiziere ao ser perguntado sobre os possíveis efeitos do caso sobre as relações entre Estados Unidos e Alemanha e Estados Unidos e Europa. "Há suspeitas na França também."

Nesta semana, a França exigiu explicações sobre relatos de que os Estados Unidos reuniram milhões de arquivos telefônicos de franceses e também convocou o embaixador norte-americano para exigir explicações.

De Maiziere não especificou quais efeitos a questão pode ter nas relações entre os países, mas disse que "as relações entre nossos países são estáveis e importantes para nosso futuro. Elas vão permanecer desta forma."

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse nesta quarta-feira que Obama assegurou a Merkel que "os Estados Unidos não estão monitorando e não monitorarão as comunicações da chanceler". Fonte: Associated Press.

Os governos do Irã e do Reino Unido estão discutindo a reabertura de suas respectivas embaixadas, revelou nesta terça-feira (8) o chanceler britânico, William Hague. De acordo com ele, os próximos meses "poderão ser incomumente significativos" nas relações entre Londres e Teerã, rompidas em 2011 em meio a protestos ocorridos no Irã contra supostos planos de ataque a instalações nucleares iranianas.

As relações entre o Irã e o Ocidente melhoraram consideravelmente nas últimas semanas, especialmente pela postura mais conciliadora do no presidente iraniano, Hassan Rohani.Ao anunciar as discussões para a reabertura da embaixada britânica em Teerã, Hague esclareceu que os contatos entre diplomatas dos dois países ainda estão se desenvolvendo e observou que há diferentes polos de poder político lutando para se impor no Irã atualmente.

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Hague argumentou que, diante da postura de Rohani, "é pertinente testar em sua plenitude a sinceridade do governo iraniano" e manter abertos os canais de comunicação. Ele advertiu, no entanto, que as sanções internacionais ao Irã serão mantidas "se não houver uma mudança efetiva de comportamento" por parte de Teerã.

A embaixada britânica em Teerã foi fechada em 2011. Na ocasião, a representação diplomática foi invadida e depredada por manifestantes iranianos durante protestos ocorridos em meio a rumores de planos de uma ação militar preventiva contra o Irã. O Reino Unido fechou então sua embaixada e expulsou os diplomatas iranianos credenciados em Londres. Fontes: Dow Jones Newswires e Associated Press.

Os interessados em seguir a carreira diplomática dispõem de curso preparatório no Recife. O Clio está com inscrições abertas para nova turma, que inicia nesta segunda (23). 

Os estudantes podem contratar disciplinas de forma independente ou criar um plano de estudo personalizado de acordo com as suas necessidades. As aulas ocorrem de forma telepresencial na unidade do Recife do Complexo Educacional Damásio de Jesus, localizado na Avelina Oliveira Lima, 987, no bairro da Boa Vista, Centro do Recife. Informações sobre mensalidade e inscrições podem ser obtidas pelo telefone (81) 3033-3245.

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Para fazer se inscrever no concurso para o Instituto Rio Branco, o candidato deve ter mais de 18 anos e ter concluído curso de graduação em qualquer área. Ao ser aprovado no CACD, o diplomata ingressa como Terceiro Secretário no Programa de Formação e Aperfeiçoamento - Primeira Fase (PROFA-I), com duração de dois anos. Nesse período, o diplomata estagia em um departamento no Ministério das Relações Exteriores, no Brasil. O salário inicial é de R$ 13.623,19.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo Machado, darão uma coletiva de imprensa às 16 horas de hoje para tratar das novas denúncias de espionagem envolvendo os Estados Unidos. A coletiva ocorrerá no Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores. A informação é da assessoria de imprensa do Ministério da Justiça, que afirmou que os dois devem falar sobre "a interceptação de dados eletrônicos".

Hoje mais cedo, a presidente Dilma Rousseff convocou uma reunião, no Palácio do Planalto, para tratar do tema. Estiveram reunidos com Dilma os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo; da Defesa, Celso Amorim; da Secretaria-Geral da Presidência de República, Gilberto Carvalho; e das Comunicações, Paulo Bernardo. O novo ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, também foi ao Palácio do Planalto depois de se reunir, nesta manhã, com o embaixador norte-americano no Brasil, Thomas Shannon.

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Ontem, o programa "Fantástico", da TV Globo, revelou que os Estados Unidos teriam montado um esquema para espionar diretamente a presidente Dilma Rousseff e seus principais assessores. A reportagem teve como base documentos vazados pelo ex-analista da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês), Edward Snowden, atualmente asilado na Rússia.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, pediu nesta quarta-feira ao Brasil que envie de volta a seu país o senador opositor Roger Pinto Molina para que seja levado a julgamento, uma vez que normais internacionais foram violadas na retirada do político da embaixada brasileira em La Paz.

Como a própria presidente do Brasil, Dilma Rousseff, denunciou a maneira como o senador foi retirado da Bolívia, "então o que cabe fazer é devolver Pinto à justiça", para que seja levado a julgamento, argumentou Morales em entrevista coletiva concedida hoje na capital boliviana.

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"Se um corrupto estivesse escapando da justiça (de seu país), eu levaria esse corrupto até a fronteira", declarou o presidente boliviano.

Ontem, Dilma Rousseff qualificou como "inaceitável" a maneira como Pinto Molina foi retirado da embaixada brasileira em La Paz. O senador foi levado clandestinamente por um diplomata brasileiro até a fronteira, a bordo de um veículo diplomático.

Segundo Dilma, a atitude do diplomata Eduardo Saboia colocou em risco a vida do próprio Pinto Molina, que em maio do ano passado refugiou-se na embaixada brasileira em La Paz. Brasil e Bolívia negociavam um salvo-conduto para que Pinto Molina deixasse a representação diplomática e pudesse deixar legalmente o território boliviano.

"É importante que o governo do Brasil explique a situação. Estamos à espera de uma resposta oficial pelas vias diplomáticas. Esta será a base do que faremos no futuro", disse Morales. "Respeito e admito o Brasil, lidera a região. Sinto que o Brasil deva dar uma boa imagem ao mundo, respeitando convênios internacionais e lutando contra a corrupção", prosseguiu.

Pinto Molina alega ser alvo de perseguição política na Bolívia. O senador responde em seu país a 20 processos por corrupção e desvio de dinheiro público.

Fonte: Associated Press.

A presidente Dilma Rousseff deu posse nesta terça-feira (28) ao novo ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado. A cerimônia foi realizada no Salão Oeste do Palácio do Planalto.

Em breve discurso, ele se comprometeu a contribuir para o desenvolvimento econômico e social do país e ressaltou a importância do MRE. "Essa é uma instituição que é referência no estado brasileiro. É a capacidade de abrir-se para o Brasil contemporâneo que vou reforçar", disse.

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Ele substituirá Antonio Patriota que ficou dois anos e oito meses na função e será o representante do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York (Estados Unidos). O cargo era ocupado por Figueiredo Machado. A substituição ocorre após a crise na diplomacia causada pela retirada do senador boliviano Roger Pinto Molina, abrigado por 455 dias na Embaixada do Brasil em La Paz (capital boliviana).

Na despedida, Patriota afirmou que sempre trabalhou e continuará atuando para "promover diálogos entre a sociedade e diálogos entre as nações".

A presidente Dilma Rousseff exaltou o trabalho de Patriota. "Ele tem feito um importante trabalho de qualificação da política brasileira em outros países. Por isso continuaremos contando com sua colaboração, agora como representante do Brasil na ONU", destacou.

Dilma também ressaltou o prestígio internacional do país e afirmou que a missão do Itamaraty é estreitar a relação com os países da América do Sul. "Somos 12 países irmãos, iguais em direitos, merecedores de todo o respeito, democráticos. Somos conhecidos pela modernização política que nos distingue entre as regiões de mundo, especialmente entre aquelas que vivem em conflito por motivos étnicos e religiosos".

Às 15h está marcada a transmissão do cargo, no Itamaraty. O novo ministro foi o negociador-chefe da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho do ano passado, no Rio de Janeiro. Ele é especialista em temas ambientais e sustentáveis.

A tensão entre Espanha e Gibraltar aumentou mais um pouco neste sábado depois que Madri decidiu, segundo a imprensa, bloquear a passagem de caminhões carregados de pedras destinadas a um projeto imobiliário no pequeno território britânico reivindicado pela Espanha.

Os serviços aduaneiros, que dependem do ministério das Finanças, decidiram bloquear a passagem de caminhões carregados de pedras pela fronteira da Espanha e Gibraltar, a pedidos da autoridade fiscal espanhola, informou a imprensa local.

A tensão entre Londres e Madri aumentou desde o último 24 de julho, quando Gibraltar, que não tem frota pesqueira comercial, construiu nas disputadas águas entre o enclave e a Espanha um arrecife artificial formado por 70 blocos de concreto com o propósito oficial de regenerar a fauna marinha.

Desde então, a temperatura das relações diplomáticas entre os dois países aumentou, e os governos espanhol e britânico ameaçaram levar a disputa às instâncias e tribunais internacionais. Espanha e Inglaterra se acusam de jogar mais lenha da fogueira.

As filas de espera de vários quilômetros na fronteira aumentam diariamente, e neste sábado não foi diferente. A Espanha tem reforçado os controles de entrada do pequeno território, localizado no extremo sul do país e cedido em 1713 ao Reino Unido. Gibraltar diz que a medida é uma forma de represália.

O chefe do governo do enclave britânico, Fabian Picardo, negou nesta sexta-feira o pedido de Madri de retirar os blocos do arrecife artificial.

Em comunicado divulgado neste sábado, o governo de Gibraltar desmentiu ter aceitado "conversas entre duas ou quatro partes" entre Londres, Madri, Gibraltar e a região da Andaluzia, como havia sido divulgado pela imprensa, afirmado que a informação era "totalmente falsa".

A representante do governo espanhol na Andaluzia, Carmen Crespo, também desmentiu neste sábado a proposição do governo de Gibraltar de restabelecer a autorização, erradicada em 2012, de pesca com redes a 59 barcos espanhóis nas disputadas águas, alegando que a decisão deve ser tomada por Gibraltar.

A União Europeia (UE) irá "rever, urgentemente", a relação com o Egito, onde mais de 800 pessoas morreram em confrontos entre as forças de segurança e partidários do presidente destituído Mohammed Morsi. Num raro comunicado conjunto de política externa, os presidentes da Comissão Europeia e do Conselho Europeu disseram ser de responsabilidade do Exército e do governo interino pôr um fim à violência.

Os pedidos pela democracia e pelos direitos fundamentais "não podem ser descartados, muito menos serem jogados fora sobre o sangue" e "a violência e as mortes desses últimos dias não podem ser justificados, tampouco tolerados", disseram os presidentes da Comissão Europeia, Jose Manuel Barroso, e do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.

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Os ministros de Relações Exteriores da UE devem realizar uma reunião de emergência sobre o Egito nesta semana. O bloco tem sido uma importante fonte de ajuda e de negócios ao Egito. Em Paris, o presidente da França, François Hollande, disse que as nações europeias e árabes têm "a responsabilidade comum" de fazer o que podem para que a violência no Egito chegue a um fim e a normalidade política possa ser retomada.

Hollande fez o comentário após se reunir com o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita e disse que, embora não pretenda interferir nos assuntos do Egito, esse nível de violência é inaceitável para uma grande nação como a egípcia. O presidente da França pediu às autoridades políticas egípcias que organizem eleições rapidamente, "de modo que a população possa se expressar". Hollande afirmou que outras nações devem "tudo o que puderem para cessar a violência". O presidente não disse, entretanto, como outras nações poderiam ajudar a encerrar a crise no Egito.

O ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, reuniu-se, separadamente, com o ministro do Catar, Khalid bin Mohammad Al Attiyah. O Catar é aliado da Irmandade Muçulmana, o movimento de Morsi, enquanto o rei da Arábia Saudita tem dito que o país tem estado ao lado do Egito na luta contra o "terrorismo e o conflito", uma referência velada à Irmandade. "Devemos encerrar rapidamente esta batalha sangrenta e chegar a um diálogo no Egito", disse Fabius, após o encontro com o enviado do Catar. Fonte: Associated Press.

A União Europeia irá rever "urgentemente" as relações com o Egito depois das sanções severas do governo contra os manifestantes, afirmaram em nota nesta domingo (18) o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, e Herman Van Rompuy, que lidera o Conselho Europeu dos estados membros.

Segundo a nota, "a escalada (da violência) precisa ser evitada" no Egito, alertando que "isso poderia ter consequências imprevisíveis para o Egito e os países vizinhos.

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Oficiais dos 28 países membros da União Europeia se reúnem nesta segunda-feira e uma reunião de emergência entre os ministros de Relações Exteriores deve ocorrer nos próximos dias, informou a nota. Entre os tópicos a serem debatidos está o corte de ajuda às autoridades interinas no Egito, de acordo com diplomatas da União Europeia.

Os líderes europeus atribuíram a responsabilidade pela violência no Egito às autoridades interinas e ao Exército, afirmando que os pedidos por democracia e liberdade "não podem ser negligenciados e muito menos tirados com sangue". Fonte: Dow Jones Newswires.

O Egito retirou seu embaixador da Turquia em mais um sinal da rápida deterioração das relações entre os dois países desde o golpe militar que depôs Mohammed Morsi no início de julho.

A convocação do embaixador egípcio em Ancara foi anunciada por meio de uma lacônica nota divulgada hoje pelo Ministério das Relações Exteriores do Egito.

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Antes da decisão, o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, havia criticado as potências ocidentais por ignorarem a gravidade da situação no Egito e pedido uma reunião urgente do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o assunto.

Egito e Turquia mantiveram boas relações durante o período em que Morsi, primeiro presidente democraticamente eleito da história de seu país, esteve no poder. Fonte: Associated Press.

Graduadas autoridades norte-americanas e russas reuniram-se em Washington nesta sexta-feira numa tentativa de estabilizar as relações entre os dois adversários da Guerra Fria, após a decisão de Moscou de conceder asilo político a Edward Snowden, ex-funcionário terceirizado da Agência Nacional de Segurança (NSA), que vazou grandes quantidades de dados secretos neste ano.

O secretário de Estado John Kerry e o secretário da Defesa Chuck Hagel mantiveram longas conversas com seus homólogos russos, o ministro de Relações Exteriores russo Sergey Lavrov e o ministro da Defesa Sergei Shoigu, em Washington na manhã desta sexta-feira e tentaram chegar a um acordo sobre questões que vão do fim da guerra civil na Síria à redução da presença militar norte-americana no Afeganistão.

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Líderes dos dois lados reconheceram que o relacionamento entre Estados Unidos e Rússia chegou a um ponto complicado e que Washington e Moscou compartilham objetivos comuns, mas também "interesses conflitantes".

Obama cancelou uma reunião já marcada para setembro com o presidente russo Vladimir Putin para protestar contra a decisão da Rússia de conceder asilo a Snowden por pelo menos um ano.

Apesar disso, Kerry, Hagel e seus colegas russos destacaram que os dois países precisam continuar a tentar cooperar para enfrentar a crescente instabilidade no Oriente Médio e a ameaça representada pela proliferação das armas nucleares.

"Não é segredo que passamos por alguns momentos desafiadores e obviamente não apenas a respeito do caso Snowden", disse Kerry em coletiva de imprensa com Hagel e os ministros russos. "Esta reunião permanece importante acima e além das colisões e momentos de desacordo. É importante para nós encontrar formas de progredir na defesa de mísseis e em outras questões estratégicas, incluindo Afeganistão, Irã, Coreia do Norte e Síria."

"Obviamente temos discordâncias. Vamos continuar a discutir questões sobre as quais discordamos calma e francamente", declarou Lavrov. "Nossos países tem uma responsabilidade especial, então temos de trabalhar como gente grande." Fonte: Dow Jones Newswires.

Os Estados Unidos e diversos de seus aliados buscavam nesta quarta-feira em Amã, na Jordânia, uma estratégia conjunta para pôr fim à guerra civil que há mais de dois anos assola a Síria.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, assegurou que o presidente Barack Obama não autorizará o envio de tropas ao país, ao mesmo tempo em que se recusa a fornecer armas aos rebeldes.

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Apesar disso, Kerry deixou claro que os EUA poderão aumentar a ajuda aos insurgentes que tentam depor o presidente Bashar Assad se Damasco rechaçar os esforços internacionais, que deverão ser retomados no mês que vem em Genebra, para a formação de um governo de transição no país.

"Caso não consigamos encontrar um meio de seguir adiante, caso o regime de Assad não esteja disposto a negociar de boa-fé em Genebra, também falaremos de nosso contínuo e crescente apoio à oposição com o objetivo de permitir que ela continue a lutar pela liberdade em seu país, declarou Kerry em uma entrevista coletiva concedida ao lado do ministro das Relações Exteriores da Jordânia Nasser Judeh, antes de um encontro com os chanceleres de dez países aliados dos EUA.

A reunião ocorre após semanas de sucessivos avanços militares por parte das forças do governo sírio, inclusive a recuperação do controle de uma importante estrada que leva à Jordânia e a retomada parcial de uma cidade estratégica na região central do país.

Kerry, Judeh e os chanceleres de Turquia, Emirados Árabes Unidos, Catar, Egito, Reino Unido, França, Alemanha e Itália debateram durante mais de duas horas em Amã. O encontro foi anunciado como uma preparação para as negociações apoiadas por EUA e Rússia planejadas para junho em Genebra.

O embaixador da Síria em Amã, Bahjat Suleiman, denunciou a reunião, definindo o encontro como parte da campanha de Israel e dos EUA para destruir seu país. As informações são da Associated Press.

A Venezuela fez neste domingo, 19, um raro gesto de abertura diplomática aos Estados Unidos, sugerindo já ser tempo de melhores relações bilaterais. "Nós vamos continuar abertos à normalização das relações com os Estados Unidos", disse o ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Elias Jaua, à emissora Televen. "A primeira coisa deveria ser a retomada do nível mais elevado de representação diplomática", prosseguiu o chanceler.

Desde 2010, os dois países não mantêm embaixador em suas respectivas capitais. As relações mantiveram-se frias após a morte, em março, de Hugo Chávez, crítico mordaz dos EUA. Até agora, o presidente norte-americano, Barack Obama, não parabenizou o sucessor de Chávez, Nicolás Maduro, por sua vitória nas eleições presidenciais de abril.

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Apesar da má vontade mútua nas relações bilaterais, a Venezuela exporta diariamente cerca de 900 mil barris de petróleo para os EUA.

As informações são da Dow Jones.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, chegou neste domingo a Moscou, na primeira visita oficial de um chefe de governo japonês à Rússia em dez anos, que pode permitir relançar as negociações de paz visando uma solução para o conflito territorial das Curilas. O avião de Shinzo Abe aterrissou pela noite no aeroporto Vnukovo de Moscou, indicou a agência Itar-Tass. O primeiro-ministro japonês se reunirá na segunda-feira com o presidente russo Vladimir Putin.

"Durante esta visita, quero estabelecer uma relação pessoal de confiança, quero que cheguemos a um acordo sobre a retomada das negociações para a assinatura de um tratado de paz", disse Abe à agência Itar-Tass antes de viajar a Moscou, em referência à disputa do arquipélago das Curilas. Os dois países disputam quatro ilhas deste arquipélago, chamadas de Território do Norte no Japão e Curilas do Sul na Rússia, que foram anexadas pelos soviéticos no fim da Segunda Guerra Mundial. Este litígio impede a assinatura de um tratado de paz.

As perspectivas de desenvolvimento do comércio, o investimento e a energia serão alguns dos principais temas das negociações com Putin, disse Abe. Durante este encontro, "serão abordados todos os aspectos das relações entre os dois países e suas perspectivas de desenvolvimento", disse o Kremlin em um comunicado. Em 2010, Dmitri Medvedev, então presidente da Rússia, enfureceu o Japão ao se tornar o primeiro chefe de Estado russo a visitar o arquipélago das Curilas.

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