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Atendendo ao convite de Dilma Rousseff, o presidente eleito do México, Enrique Peña Nieto (Partido Revolucionário Institucional - PRI), estará em Brasília nesta quinta-feira (20) para um encontro com a presidente. O convite foi feito logo após o resultado das eleições, durante um telefonema. Dilma classificou a eleição de Enrique Peña Nieto "uma vitória para a América Latina", acrescentando que o Brasil "ficou muito feliz com o resultado" das urnas.

Antes de vir à capital federal, o presidente eleito participará de uma reunião em São Paulo, com os empresários da Federação das Indústrias do Estado (Fiesp).

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Ele tomará posse no dia 1º de dezembro e já afirmou que uma das prioridades é estreitar as relações políticas e econômicas com os países da América Latina. Depois do Brasil, o presidente eleito irá para Guatemala, Colômbia, Chile, Argentina e Peru.

Nieto foi eleito em julho com cerca de 19 milhões de votos, 3 milhões a mais que Andrés Manuel López Obrador, candidato da coalizão de esquerda, que chegou a pedir a anulação da eleição acusando Nieto de compra de votos. A Justiça Eleitoral do México rejeitou a apelação e confirmou a vitória.

Com informações da Agência Brasil.

Devido ao ataque na Líbia que resultou na morte do embaixador norte-americano Christopher Stevens, na última quinta-feira (11), a embaixada dos Estados Unidos no Brasil, localizada em Brasília, teve a segurança reforçada.

No consulado norte-americano do Recife, que fica no bairro da Boa Vista, área central da cidade, nada foi modificado. Conforme a assessoria de imprensa do consulado, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton enviou um pedido geral de avaliação da necessidade do reforço. Por enquanto, na capital pernambucana, o esquema de segurança continua o mesmo.

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As atividades, como a  emissão de vistos e atendimento aos cidadãos norte-americanos, também estão sendo realizadas normalmente. Em homenagem às vítimas mortas no ataque, o consulado do Recife mantém a bandeira dos Estados Unidos hasteada a meio mastro até o final desta semana.

A presidente Dilma Rousseff divulgou uma nota em que comemora o início do processo de paz entre o governo colombiano e a Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). “O anúncio de conversações de paz entre o Governo da Colômbia e as FARC é motivo de celebração em toda a América do Sul e no mundo”.

Ainda na nota, Dilma afirmou que o presidente Juan Manuel Santos já havia antecipado a ela a decisão e ela deu o apoio do Brasil ao governo colombiano, considerando que o “êxito das negociações trará grandes benefícios para o povo colombiano e consolidará a imagem de uma América do Sul que realiza hoje grandes transformações em paz”

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Confira a íntegra da nota da presidente da República:

Mensagem da Presidenta Dilma Rousseff sobre o processo de paz na Colômbia

O anúncio de conversações de paz entre o Governo da Colômbia e as FARC é motivo de celebração em toda a América do Sul e no mundo.

Expressei ao Presidente Juan Manuel Santos, que me antecipou pessoalmente sua decisão, o apoio do Governo brasileiro à iniciativa. O êxito das negociações trará grandes benefícios para o povo colombiano e consolidará a imagem de uma América do Sul que realiza hoje grandes transformações em paz.

Nossas sociedades repudiam o uso da violência – venha de onde vier – para enfrentar os problemas econômicos, sociais e políticos da região. O Brasil historicamente tem defendido o diálogo e a negociação.

Estou segura de que os atores envolvidos nesse processo de paz e reconciliação nacional terão a visão política e a sensibilidade social para pôr em primeiro lugar este grande país que é a Colômbia. Essa será a melhor maneira de homenagear as vítimas de tantas décadas que trouxeram dor e pesar aos colombianos.

A tão almejada paz na Colômbia será uma grande contribuição desse país irmão à integração sul-americana.

Dilma Rousseff
Presidenta da República Federativa do Brasil

O presidente da França, François Hollande, incentivou a oposição na Síria a formar um governo provisório e afirmou que a França o reconhecerá assim que for estabelecido. O discurso proferido nesta segunda-feira para embaixadores franceses representa mais um passo no aumento da pressão diplomática contra o regime do presidente Bashar Assad.

Em meio ao crescimento da violência na Síria, a oposição encontra-se fragmentada, e não se sabe ainda se tal governo provisório poderá ser formado em breve. Mas o anúncio de Hollande, o primeiro do tipo, parece ter como objetivo dar ímpeto aos rebeldes. As informações são da Associated Press.

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A Rússia dispõe de garantias de que o governo sírio não usará nem deslocará seus estoques de armas químicas, afirmou nesta quinta-feira o vice-chanceler russo, Gennady Gatilov.

Em entrevista concedida à Associated Press, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia disse que Moscou mantém contato com o governo da Síria para garantir que o arsenal de armas químicas do país continue seguro e não caia nas mãos de extremistas.

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No início da semana, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, advertiu que seu governo interviria na guerra civil síria caso o governo usasse ou deslocasse suas armas de destruição em massa.

Gatilov afirmou que a Rússia, um dos principais aliados externos de Damasco, está de acordo com os EUA no que diz respeito a impedir que as armas químicas sírias sejam usadas no conflito. As informações são da Associated Press.

O Anonymous, grupo de hackers famosos mundialmente pelo seu engajamento social e retaliações cibernéticas contra governos, reinvindicou nesta terça-feira (21) vários ataques contra sites oficiais do governo britânico, uma represália pelo posicionamento de Londres em relação ao australiano Julian Assange, confinado na embaixada do Equador há dois meses. 

"Liberdade a Assange" é o nome dado pela grupo à operação feita em prol da liberdade do nome mais conhecido do grupo WikiLeaks. O Ministério da Justiça britânico reconheceu hoje que seu site sofreu algumas interrupções. "Tomamos medidas para que o site funcione, mas os visitantes podem não poder ter acesso a ele de maneira intermitente", disse o ministério, que assegurou que seu site não contém, no entanto, nenhum "dado sensível".

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O site do Ministério do Interior também sofreu "cortes muito pequenos", após ter sido atacado segunda à noite. Porém, os responsáveis pela página afirmaram que ela não tinha sido pirateada e nenhum outro serviço foi afetado.

Julian Assange está há dois meses refugiado na embaixada equatoriana em Londres, fugindo da justiça britânica, que estava pronta à extraditá-lo para a Suécia, onde corre um processo contra ele por supostos "crimes sexuais". 

Assange e defensores temem que, estando na Suécia, ele possa ser extraditado aos Estados Unidos (maior interessado na prisão do australiano) e julgado por traição pelos milhares de documentos secretos divulgados pelo WikiLeaks. 

Assange conseguiu asilo diplomático na embaixada do Equador no dia 16 de agosto, porém o governo britânico continua negando salvo-conduto para sua saída do país.

Um alto funcionário do governo sírio afirmou nesta terça-feira em Moscou que Damasco admite a possibilidade de discutir a renúncia de Bashar Assad na busca por uma solução para uma guerra civil iniciada há um ano e meio e que já deixou milhares de mortos.

"Até onde é possível falar desse tema, fazer da renúncia em si uma condição para o diálogo significa que esse diálogo nunca irá acontecer", disse o vice-primeiro-ministro Qadri Jamil durante visita a Moscou. "Mas eventuais problemas podem ser discutidos durante as negociações. Estamos prontos até mesmo para discutir esse assunto", afirmou Jamil, segundo intérpretes russos.

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Mais cedo, Jamil havia advertido aos Estados Unidos que não cogitassem a possibilidade de intervir militarmente em seu país. O vice-primeiro-ministro qualificou comentários feitos ontem pelo presidente dos EUA, Barack Obama, como "ameaças propagandísticas" vinculadas à campanha eleitoral norte-americana.

Segundo Jamil, as declarações de Obama são um indício de que o Ocidente estaria apenas em busca de um pretexto para uma intervenção militar na Síria. Na opinião do vice-primeiro-ministro, porém, tal intervenção seria "impossível".

"Aqueles que cogitam essa possibilidade querem evidentemente ver a crise extrapolar as fronteiras sírias", disse ele.

Ontem, Obama disse que os EUA reconsiderariam sua atual contrariedade a um envolvimento militar na Síria se o governo movimentar ou usar armas químicas ou biológicas. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

A Rússia está pronta para ser a anfitriã de conversações entre a oposição síria e o governo do presidente Bashar Assad, numa tentativa de encerrar o conflito, informou o enviado russo na Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira.

O embaixador Vitaly Churkin fez a oferta enquanto intensificava os ataques aos Estados Unidos e países europeus por aumentarem a pressão contra Assad fora do Conselho de Segurança da ONU

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A Rússia tenta reconquistar a iniciativa diplomática desde que vetou uma resolução no Conselho de Segurança que ameaçaria Assad com sanções. A Rússia fará pressão por um diálogo "inter sírio", declarou Churkin durante um debate do conselho sobre o Oriente Médio.

"Para avançar neste sentido, estamos prontos a oferecer à oposição e ao governo uma plataforma em Moscou para forjar contatos para unificar a oposição e para negociações com o governo", disse ele.

Os grupos de oposição sírios estão divididos, mas quase todos dizem que não pode haver negociações para um acordo político para encerrar o conflito se Assad se mantiver no poder.

A Rússia vem protegendo seu antigo aliado da era soviética e na semana passada, junto com a China, vetou uma resolução no Conselho de Segurança sobre a Síria pela terceira vez.

As consequências dos vetos são "claras", afirmou o embaixador britânico na ONU Mark Lyall Grant, destacando a ocorrência "mais violência e derramamento de sangue e a situação de deterioração que agora está se espalhando além das fronteiras e sugando a região"

Os Estados Unidos, o Reino Unido e a Alemanha já disseram que vão buscar ações contra o governo Sírio fora do conselho, embora todos tenham negado o envio de ajuda militar à oposição síria.

Segundo Churkin, a ação ocidental "leva a uma intensificação do confronto". "Os Estados Unidos falaram sobre sua intenção de contornar o Conselho de Segurança", disse o enviado russo. "Na verdade, não há nada de novo nisso. Tal política tem sido seguida por Washington e por uma série de outras capitais desde o início da crise na Síria e essa postura tem intensificado a crise".

Os países ocidentais "provavelmente terão de arcar com o peso da responsabilidade pelas consequências catastróficas desses atos", afirmou Churkin. As informações são da Dow Jones.

Os intensos combates entre os rebeldes e as forças do governo da Síria, que afligem a cidade de Alepo pelo quarto dia seguido, estão se espalhando por mais bairros nesta terça-feira, mostrando a resistência da ofensiva rebelde em um dos baluartes do regime do presidente Bashar Assad.

As forças oposicionistas recentemente tomaram a iniciativa nesta sangrenta guerra civil, que começou em março de 2011 e até agora matou mais de 19 mil pessoas, de acordo com ativistas. Nas últimas duas semanas, os rebeldes levaram a luta contra o regime de Assad até as duas maiores cidades da Síria, Damasco e Alepo, mataram quatro altos funcionários de segurança e capturaram uma série de postos de fronteira com o Iraque e a Turquia.

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A agência de notícias estatal afirmou que nesta terça-feira as tropas do governo estão enfrentando rebeldes nos bairros de Salaheddine and Sukkari, em Alepo, e que infligiram grandes perdas. O Observatório Sírio de Direitos Humanos, baseado em Londres, confirmou a propagação dos confrontos para bairros antes pacíficos, e também denunciou bombardeios realizados pelo Exército.

Damasco, que foi palco de um ataque rebelde ainda mais intenso na semana passada, parece ter voltado ao controle do governo após as tropas terem vasculhado algumas vizinhanças, bombardeado outras, e assim expulsando os rebeldes.

A Síria alertou a comunidade internacional na segunda-feira de que possui armas químicas e que as usaria em caso de agressão estrangeira - mas não contra os próprios sírios. Em resposta, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama disse que "dado os estoques de armas químicas do regime, nós vamos continuar a deixar claro para Assad e aqueles ao seu redor que o mundo está observando, e que eles serão responsabilizados pela comunidade internacional e pelos EUA caso cometam o trágico erro de utilizar tais armas."

A Síria está cada vez mais isolada internacionalmente, contando apenas com o apoio do Irã na região e com a China e a Rússia protegendo-a contra sanções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). A maioria dos seus vizinhos, entretanto, são hostis, incluindo a Turquia, a maior potência regional. Em comício político realizado no final da segunda-feira, o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, previu o fim do governo de Assad. "Esse regime vai cair cedo ou tarde. Nós acreditamos que o povo da Síria cada vez mais perto da vitória."

Enquanto isso, a TV estatal da Arábia Saudita anunciou que o governo coletou cerca de $ 32,5 milhões em donativos em campanha para ajudar "nossos irmãos na Síria" e que o país prometeu financiar o movimento de oposição. Em resposta, um comandante da poderosa Guarda Revolucionaria do Irã ameaçou com retaliações os países árabes que intervirem na Síria. As informações são da Associated Press.

O governo sírio reconheceu pela primeira vez nesta segunda-feira que possui arsenais de armas químicas e biológicas e disse que as utilizará apenas em casos de ataques externos - nunca contra seus próprios cidadãos. O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Jihad Makdissi, afirmou que os estoques estão seguros, em uma aparente resposta às preocupações internacionais de que poderiam cair nas mãos de grupos rebeldes desconhecidos.

"Nenhuma arma química ou biológica jamais será usada, e eu repito, jamais será usada, durante a crise na Síria, não importa o que aconteça internamente", disse Makdissi em declaração transmitida pela TV estatal. "Todos esses tipos de armas estão armazenadas e em segurança, sob supervisão direta das Forças Armadas sírias e nunca serão utilizadas a não ser que a Síria seja exposta à agressão externa."

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Acredita-se que o regime do presidente Bashar Assad possua agentes neurotóxicos e gás mostarda, mísseis Scud capazes de carregar as armas químicas e uma variedade de armamentos convencionais, incluindo foguetes antitanques e mísseis antiaéreos portáteis de última geração.

Israel afirmou temer que o caos que pode seguir a queda de Assad poderá em tese permitir aos inimigos do Estado judeu acesso ao material químico, e não descartou intervir militarmente para que isso não aconteça.

Uma autoridade sênior da segurança do Estados Unidos disse que os sírios tiraram os armamentos biológicos do nordeste da Síria, onde os combates são mais intensos, aparentemente para deixá-los em segurança, medida elogiada pelas autoridades dos EUA. Mas também foi notado um perturbador aumento de atividade em todas as instalações, por isso a inteligência norte-americana vem intensificando o monitoramento, procurando rastrear as armas e descobrir se Damasco está tentando utilizá-las, contou a fonte, que pediu para não ser identificada. As informações são da Associated Press.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou por unanimidade a resolução que estende o mandato da força de observadores na Síria por mais um mês. O texto também deixa aberta a possibilidade de se renovar por outros 30 dias a missão formada por 300 monitores.

A Rússia disse que vetaria a resolução enviada pelo Reino Unido originalmente, mas juntou-se aos outros 14 membros do Conselho de Segurança e aprovou o texto revisado. O mandato será estendido novamente se o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, e o Conselho de Segurança confirmarem que não há mais uso de armas pesadas e a violência no país diminuiu.

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A missão deveria retirar-se ainda nesta sexta-feira. A pressão para que o presidente Bashar Assad encerre a guerra civil está crescendo. As informações são da Associated Press.

A Rússia acusou os países Ocidentais de utilizarem chantagem para impor uma resolução no Conselho de Segurança da ONU que autorize o uso de força na Síria. Os comentários do ministro de Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, acontecem pouco antes de uma reunião com Kofi Annan, enviado da Organização das Nações Unidas (ONU) e Liga Árabe para a Síria.

O Conselho de Segurança debate uma nova resolução sobre a Síria, apressado pelo fim do mandato dos observadores da ONU, que expira em 20 de julho, e o fracasso do plano de paz promovido por Annan.

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A Rússia e o Reino Unido emitiram comunicados conflitantes. O Reino Unido, apoiado pelo Ocidente, ameaça o regime do presidente Bashar Assad com sanções não-militares se o governo não retirar tropas e armamentos pesados de áreas povoadas em 10 dias. No entanto, a resolução proposta está sob o Capítulo 7 da ONU, que pode ser reforçado militarmente. Moscou opõem-se a qualquer resolução que possa ser imposta através da força.

"Para nosso grande desgosto, existem elementos de chantagem", afirmou Lavrov em coletiva de imprensa. "Foi dito que se não concordarmos em passar a resolução sob o Capítulo 7, então devemos nos recusar a estender o mandato da missão de observação". "Nós consideramos que é absolutamente improdutivo e perigoso utilizar os observadores como moeda de troca."

Durante os 16 meses de revolta, em que ativistas estimam que 17 mil pessoas foram mortas, a Rússia vêm opondo-se a qualquer intervenção militar internacional, temendo a repetição da ação que ajudou a tirar Muamar Kadafi do poder na Líbia.

Esse posicionamento é intensamente criticado. Moscou diz que a troca de poder na Síria deve ser atingida através de negociação, mas a oposição já deixou claro que nenhuma conversa com Assad é possível antes de ele deixar o cargo.

Lavrov disse que é não é realista tentar persuadir Assad a deixar o poder. "Ele não vai sair, não por que nós estamos defendendo-o, mas por que uma significante parte da população síria o apoia."

Annan fez comentários na semana passada que indicam que ele favorece o rascunho de resolução proposto pelo Reino Unido. Não está claro se ele terá alguma influência durante sua visita a Moscou, que inclui um encontro com o presidente Vladimir Putin na terça-feira. As informações são da Associated Press.

Os Estados Unidos e seus aliados pediram nesta sexta-feira por sanções globais contra a Síria, procurando aumentar o nível da pressão após a deserção de um dos principais generais sírios. Washington exortou nações pelo mundo a ajudarem no esforço de convencer a Rússia e China a forçar a saída do presidente Bassar Ashad.

O ministro de Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, afirmou que o general desertor Manaf Tlass está a caminho da França onde diplomatas dos chamados "Amigos da Síria" estão reunidos. A defecção de Tlass é vista como um importante golpe contra o regime de Assad. Ele é o oficial mais graduado a deixar o Exército sírio nos 16 meses de revoltas que tomam conta do país. Para Hassem Hashimi, membro do Conselho Nacional Sírio, de oposição ao governo, "a deserção de Tiass vai encorajar muitas pessoas a fazerem o mesmo."

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A Secretária de Estado americana, Hillary Clinton, está entre os representantes de cerca de 100 países reunidos em Paris para apoiar o plano de transição apresentado na semana passado pelo mediador da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan. Hillary pediu por "reais e imediatas consequências para o não cumprimento (do plano), incluindo sanções."

Mas com a ausência da Rússia e China, muito ainda depende de persuadir os dois países, que relutam em forçar Assad a aceitar um cessar-fogo e a estratégia de transição. "O que pode fazer cada nação e grupo representado aqui?", perguntou Hillary em Paris. "Eu peço a vocês para conversar com a Rússia e China, mas não apenas argumentando, mas também exigindo que eles saiam de cima do muro e comecem a apoiar as aspirações legítimas do povo sírio."

Frustrada pelas dificuldades da diplomacia internacional, a fragmentada oposição síria quer a realização de ações militares. "Estamos cansados de reuniões e prazos. Queremos ação", disse o ativista Osama Kayal, na cidade de Khan Sheikhoun, que está há dias sob fogo das forças sírias. Os diplomatas reunidos na França instaram a oposição na Síria a se unir.

Mas uma intervenção militar não está no horizonte imediato. Autoridades americanas afirmam que estão focando na pressão econômica, e o governo de Barack Obama diz que não vai considerar intervir com suas tropas ou prover os rebeldes com armas. Além disso, qualquer plano militar certamente seria barrado no Conselho de segurança da ONU por Moscou e Pequim.

Ativistas sírios afirmam que mais de 14 mil pessoas morreram desde que a revolta começou, em março de 2011. As informações são da Associated Press.

O recém eleito presidente do México, Enrique Peña Nieto, virá ao Brasil antes da posse, marcada para o dia 1º de dezembro. A informação foi dada, nesta terça-feira (3), durante conversa com a presidente Dilma Rousseff, que telefonou para parabenizá-lo pela vitória nas eleições, que levaram o Partido Revolucionário Institucional (PRI) de volta ao poder. 

De acordo com a Secretaria de Imprensa da Presidência da República, Nieto deve vir ao Brasil no período em que fará visitas a vários países da América Latina. Dilma afirmou que deseja dar impulso a relação entre os dois países.

A Rússia disse nesta quinta-feira que não endossaria propostas para a renúncia do presidente sírio Bashar Assad e chamou de inapropriadas alegações de que Moscou teria concordado com um plano do mediador internacional do conflito sírio, o ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan, para a formação em Damasco de um novo governo de união que poderia incluir a oposição.

O ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, reiterou que as potências mundiais que se reunirão em Genebra no sábado, 30, para conversações sobre a Síria devem se concentrar em persuadir os grupos oposicionistas a diminuírem suas exigências.

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Lavrov também negou a afirmação de um alto oficial norte-americano de que a Rússia estaria entre os países que apoiam uma proposta para que um novo governo sírio supervisione a elaboração de uma nova Constituição e, eventualmente, convoque eleições.

"Nós não apoiamos e não apoiaremos nenhuma intervenção externa", disse o ministro. Para Lavrov, as potências não devem dizer a Damasco o que fazer, mas sim tentar convencer "todos os lados envolvidos a parar com a violência".

As esperanças dos diplomatas são de que a Rússia, o principal aliado da Síria e seu maior fornecedor de armas, concorde com um plano que acabaria com a dinastia da família Assad, que comanda o país há mais de quatro décadas. Mas a Rússia, que está entre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, ao lado da China, França, Grã-Bretanha e Estados Unidos, alertou que fará oposição firme à qualquer documento que sugira a renúncia de Assad.

Moscou também tem rejeitado esforços externos para o fim do sangrento conflito na Síria, que já teria causado mais de 15,8 mil mortes, segundo os dados mais recentes de ativistas, ou para a mudança do regime em Damasco, insistindo que qualquer plano futuro deve partir inteiramente da Síria.

Durante coletiva de imprensa em Riga, capital da Letônia, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, disse hoje que "ficou bem claro pelos convites que foram feitos...que as pessoas iriam (para a reunião em Genebra) levando em consideração o plano de transição que (Annan) apresentou".

Hillary, que seguirá para a Rússia, disse que discutirá a questão com Lavrov em São Petersburgo nesta sexta-feira e que "está ansiosa para participar no sábado do encontro organizado por Annan em Genebra". As informações são da Associated Press.

A Arábia Saudita fechou sua embaixada no Cairo neste sábado e retirou seu embaixador no país após manifestações contra a prisão de um defensor de direitos humanos egípcio terem elevado as tensões entre os dois países. A inesperada ruptura diplomática saudita veio após dias de protestos de centenas de egípcios em frente à embaixada saudita no Cairo e nos consulados do país em outras cidades egípcias pedindo a libertação de Ahmed el-Gezawi.

Parentes e grupos de direitos humanos afirmam que ele foi detido sob acusação de insultar a monarquia saudita. As autoridades sauditas negam essas alegações e afirmam que o advogado foi preso por tentar entrar com drogas no país.

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O colapso do regime de Hosni Mubarak no Egito, no ano passado, chocou a monarquia saudita, que viu os acontecimentos no Cairo como um sinal de suas próprias vulnerabilidades potenciais e como o apoio do Ocidente pode subitamente mudar de lado e abandonar aliados de longa data. Autoridades sauditas vêm acompanhando crescentemente a trajetória pós-revolução no Egito, particularmente os ganhos políticos da Irmandade Muçulmana, uma vez que tendências preocupantes poderão encorajar maior oposição no Golfo.

Uma ruptura total nos laços entre Cairo e Riad parece improvável, uma vez que a Liga Árabe lida com a complicada situação de confronto entre oposição e o regime de Bashar Assad na Síria, mas o aprofundamento nas fissuras do relacionamento entre os dois países ressalta profundas mudanças na hierarquia da região, com os países do Golfo usando sua influência e relativa estabilidade para exercer maior controle sobre questões mais abrangentes no Oriente Médio.

O Egito, por sua vez, tentou conter a reação saudita. O comandante militar do Egito, marechal Hussein Tantawi, entrou em contato com os sauditas para "remediar a ruptura após a súbita decisão", informou a agência de notícias estatal do Egito. Tantawi pediu ao rei Abdullah para reconsiderar sua decisão, segundo a agência, e o monarca saudita afirmou que avaliaria a questão nos próximos dias, citando a "longa história de amizada entre os dois países".

O governo egípcio divulgou um comunicado lamentando o comportamento de alguns manifestantes e ressaltando que o governo e o povo egípcio têm a Arábia Saudita em "alta consideração". A agência estatal do Egito também publicou uma cópia do que afirma ser uma confissão assinada pelo advogado Ahmed el-Gezawi admitindo o porte de drogas, num claro esforço para aplacar a reação do público egípcio. O braço político da Irmandade Muçulmana, entretanto, que disputa o poder no país com a junta militar que governo o Egito desde a revolução que derrubou Mubarak, apoiou os manifestantes. As informações são da Associated Press.

Em menos de uma semana, três enviados do governo dos Estados Unidos terão passado pelo Brasil para mostrar que o país é um importante parceiro. Na próxima semana, estarão em reuniões, com autoridades brasileiras, a subsecretária norte-americana interina de Estado para Controle de Armas e Segurança Internacional, Rose E. Gottemoeller, e o secretário assistente de Estado para o Escritório de Segurança Internacional e Não Proliferação, Thomas M. Countryman.

De acordo com a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, o governo brasileiro é um “importante parceiro global que compartilha metas comuns de controle e não proliferação” de armas com os norte-americanos. Em comunicado, a representação diplomática diz que o governo americano aprecia “a liderança do Brasil tanto em escala regional quanto internacional e aguardamos para colaborar mais no endereçamento dos importantes desafios na área de não proliferação e desarmamento”.

As visitas de Rose Gottemoeller e Countryman ocorrem depois do subsecretário de Estado norte-americano, William Burns, ter vindo ao Brasil durante a semana e ter tido, como temas principais da sua viagem, o cancelamento do contrato para a venda de 20 aviões militares da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) para os Estados Unidos e a ida da presidenta Dilma Rousseff a Washington, no próximo mês.

Burns garantiu que o Brasil ainda pode participar da licitação para a venda de 20 aeronaves militares para os Estados Unidos, no valor de US$ 355 milhões. O governo norte-americano cancelou o processo licitatório, no último dia 17, surpreendendo as autoridades brasileiras. Mas o Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, negou desconforto entre os dois países.

Na pauta das reuniões de Rose Gottemoeller e Countryman com autoridades brasileiras, estará a Cúpula de Segurança Nuclear, que ocorre nos dias 26 e 27 de março, em Seul, na Coreia do Sul – evento do qual participam o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e vários chefes de Estado e de Governo.

Os representantes americanos que estarão no Brasil também devem mencionar as questões de controle de armas, como a implementação do novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (denominado Start). O tratado foi firmado em 1991 pelos governos dos Estados Unidos e da Rússia e, por meio dele, ambos comprometeram-se a reduzir gradativamente as armas. Os termos do acordo, no entanto, estão em processo de revisão.

A Sérvia e Kosovo chegaram nesta sexta-feira a um acordo sobre duas questões importantes que vão aumentar significativamente das chances da Sérvia de se tornar um candidato oficial a se associar à União Europeia (UE). O acordo permite que Kosovo, antiga província sérvia, se auto represente em conferências internacionais e define os detalhes técnicos sobre como Sérvia e Kosovo irão gerir suas fronteiras comuns e passagens fronteiriças.

A chefe da diplomacia da UE, Catherine Ashton, e comissário para ampliação e vizinhança do bloco, Stefan Füle, saudaram o acordo como "um grande passo adiante".

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A UE queria que Belgrado fizesse progressos nas conversações com Kosovo antes de apoiar seu pedido de adesão ao bloco. Ministros de Relações Exteriores da UE vão se reunir na próxima semana para avaliar se a Sérvia cumpriu as condições exigidas para se uma candidata a associar-se ao bloco.

Kosovo, que declarou independência em 2008, era uma província da Sérvia. Belgrado prometeu nunca reconhecer a cisão, mas os dois lados têm realizados conversações regulares no último ano e normalizaram suas relações.

Um dos pontos mais controversos tem sido a insistência do Kosovo de ser representado em fóruns internacionais como um Estado independente, medida à qual a Sérvia se opõe.

O compromisso proposto pela UE e aceito pelos dois lados define que o nome de Kosovo em reuniões internacionais terá um asterisco e terá uma nota de rodapé com uma referência à resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que não faz menção à independência do Kosovo, e uma decisão da Corte Internacional de Justiça dizendo que a declaração de independência do Kosovo é legal.

O primeiro-ministro kosovar, Hashim Thaci, disse estar ciente de que a medida não é popular entre a maioria étnica albanesa do Kosovo, que teme que o acordo dilua a cisão com a Sérvia, mas afirmou que se trata de uma "fórmula temporária"

Em Belgrado, o presidente sérvio Boris Tadic saudou o acordo dizendo que ele mostra que a "Sérvia é um fator de estabilidade no sudeste da Europa". "Nós nunca quisemos boicotar ou impedir a participação de Pristina em fóruns internacionais", disse ele em comunicado.

A UE disse que não é necessário que a Sérvia reconheça Kosovo, mas tem de haver um alívio nas tensões com o governo da antiga província antes de Belgrado receber o status de candidato a membro do bloco. As informações são da Associated Press.

Prevendo um crescimento de 274% no total de brasileiros em visita aos Estados Unidos nos próximos quatro anos, o presidente Barack Obama determinou a eliminação da necessidade de novas entrevistas para brasileiros que apenas queiram renovar vistos expirados ou com datas próximas do vencimento. O programa-piloto ainda facilita a concessão de vistos para algumas categorias, como idosos e crianças.

Segundo determinou a Casa Branca, ao menos 80% das pessoas devem ser entrevistadas no máximo até três semanas depois de enviar os documentos para o consulado. Com isso, será ampliada em 40% a capacidade de concessão de vistos nos consulados americanos no Brasil ainda neste ano. O anúncio de Obama foi feito ontem, no Walt Disney World, na Flórida.

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Além dos brasileiros, os chineses e os indianos são as prioridades do governo americano com essas mudanças. "Esperamos que dezenas de milhares de pessoas tentando o visto sejam beneficiadas no Brasil e na China. Com essas medidas, as pessoas que já passaram por entrevistas poderão economizar tempo e dinheiro, decidindo visitar os Estados Unidos mais uma vez. Além disso, poderemos nos concentrar nos que tentam o visto pela primeira vez", afirmou comunicado conjunto do Departamento de Estado e do Departamento de Segurança Interna dos EUA.

Segundo Jay Carney, porta-voz da Casa Branca, "o foco do presidente são as economias emergentes". "O número de viajantes para os EUA de cidadãos de economias com crescente classe média, como China, Brasil e Índia, deve crescer 135%, 274% e 50% até 2016, com base nos números de 2010. Há uma enorme oportunidade (para o governo americano)", disse. As medidas de Obama fazem parte de um amplo programa do governo para aumentar o turismo nos Estados Unidos, que representa 2,7% do PIB e 7,5 milhões de empregos. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

O Ministério das Relações Exteriores lançou, nesta quinta-feira (19), no Diário Oficial da União, o edital do concurso que irá selecionar 30 profissionais para o cargo de diplomatas. A seleção havia sido anunciada no início do mês. O Instituto Rio Branco irá organizar o concurso.

As inscrições poderão ser feitas, exclusivamente, pela internet, através do endereço eletrônico http://www.cespe.unb.br/concursos/diplomacia2012, entre os dias 26 de janeiro e 12 de fevereiro. A taxa de inscrição é de R$ 150. Para se candidatar é necessário ter concluído o ensino superior, ter mais de 18 anos e ser brasileiro, entre outros requisitos.  

O concurso compreenderá quatro fases. A primeira será realizada no dia 25 de março e consistirá em uma prova objetiva, com questões de português, história do Brasil, história mundial, geografia, política internacional, inglês, noções de economia e noções de direito e direito internacional público. A segunda fase, que acontece no dia 22 de abril, será uma prova escrita de português. A fase seguinte terá seis provas escritas de história do Brasil, geografia, política internacional, inglês, noções de economia e noções de direito e direito internacional público, que acontecem entre os dias 16 de junho e 1º de julho. A última fase compreenderá provas escritas de espanhol e francês, previstas também para o dia 1º de julho.

Cada uma das fases será realizada simultaneamente nas seguintes cidades: Aracaju/SE, Belém/PA, Belo Horizonte/MG, Boa Vista/RR, Brasília/DF, Campo Grande/MS, Cuiabá/MT, Curitiba/PR, Florianópolis/SC, Fortaleza/CE, Goiânia/GO, João Pessoa/PB, Macapá/AP, Maceió/AL, Manaus/AM, Natal/RN, Palmas/TO, Porto Alegre/RS, Porto Velho/RO, Recife/PE, Rio Branco/AC, Rio de Janeiro/RJ, Salvador/BA, São Luís/MA, São Paulo/SP, Teresina/PI e Vitória/ES.

O resultado final será divulgado no dia 22 de agosto. O prazo de validade do concurso será de noventa (90) dias, a contar da data de publicação do resultado final, sem possibilidade de prorrogação.

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