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Cerca de 120 milhões de americanos estão indo às urnas nesta terça-feira (8) para decidir quem vai ser o 45º presidente dos Estados Unidos da América. Os dois principais candidatos - Donald Trump, do Partido Republicano, e Hillary Clinton, do Partido Democrata - estão concorrendo com uma margem estreita de diferença na intenção de votos.

Levantamento feito pelo jornal The Washington Post indica que, pelos dados atualizados na segunda-feira (7), Hillary já teria ultrapassado os 270 votos, que é o número de delegados necessários para assegurar a presidência.De acordo com o jornal, a tendência é de que Hillary alcance 275 votos do colégio eleitoral. Mas os democratas estão reagindo com cautela e evitam  manifestações de otimismo.

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O vencedor das eleições para a presidência dos Estados Unidos será anunciado oficialmente em 6 de janeiro de 2017, após um complicado sistema de contagem de votos do colégio eleitoral. Mas é possível que, já hoje à noite, a imprensa esteja antecipando o nome do vencedor. O novo presidente, que também comandará as poderosas forças armadas dos Estados Unidos, mudará para a Casa Branca a partir de 20 de janeiro de 2017.

As eleições de hoje decidirão também a nova composição do Congresso norte-americano, que exige dos partidos políticos em disputa esforços similares ao processo de escolha de Donald Trump ou Hillary Clinton. Os dirigentes dos partidos Republicano e Democrata sabem que não basta ganhar o direito de ocupar a Casa Branca, é preciso também garantir maioria no Congresso para aprovar as propostas do novo presidente.

O atual presidente, Barack Obama, tem dificuldades de governar porque não tem maioria nas duas casas do Congresso. No Senado, existem 44 democratas, 54 republicanos e dois independentes. A Câmara dos Deputados (Câmara dos Representantes) tem 188 democratas e 247 republicanos. Em âmbito estadual e local, as eleições de hoje também elegem juízes, delegados de polícia e outras funções públicas importantes.

Terça-feira

O dia de eleição do presidente dos Estados Unidos cai sempre em uma terça-feira seguinte à primeira segunda-feira de novembro. Pode ser entre 2 e 8 de novembro. Embora no âmbito local, algumas unidades estaduais permitem que os empregados saiam para votar, e no plano federal, não há nenhuma legislação que obrigue as empresas a liberar seus funcionários.

No dia da eleição, os cidadãos dos Estados Unidos podem votar por votação popular para candidatos a cargos públicos a nível local, estadual e nacional. As eleições para funcionários locais e estaduais podem ser realizadas em anos ímpares ou pares, dependendo das leis locais e estaduais.

A forma como as pessoas votam depende do estado em que vivem. Em Oregon, todos os votos são emitidos pelo correio e todos as cédulas têm que ser recebidos em um momento dado no dia de eleição.

No estado de Washington, quase todas as pessoas votam por correio e os envelopes que contêm os papéis de votação têm de ser carimbados com a data do dia da eleição. Em outros estados, as pessoas votam em postos de votação, onde longas filas podem ser formadas.

Para evitar filas, vários estados norte-americanos permitem que os eleitores encaminhem seus votos com vários dias de antecedência pelo correio ou depositem as cédulas em locais previamente determinados. O dia da eleição não é um feriado federal, mas pode ser um feriado anual ou bienal em alguns estados.

O candidato do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um discurso em Tampa, na Flórida, esperando ganhar no estado, considerado uma das peças chave tanto pela campanha republicana quanto pela democrata. "Nós estamos ganhando em várias pesquisas. Em alguns dias, vamos vencer aqui na Flórida e o Partido Republicano vai voltar à Casa Branca", disse Trump no último fim de semana.

Em seu discurso, o bilionário falou sobre política externa, afirmando que "uma administração Trump renegociaria o Nafta (com México e Canadá) e iria parar imediatamente o Tratado da Parceria Transpacífica (TPP)". Trump também afirmou que, se eleito, suspenderia o programa de refugiados na Síria

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Trump voltou a criticar a candidata democrata, Hillary Clinton. Ele afirmou que "se ela vencer, haverá uma crise constitucional sem precedentes na história dos EUA".

Neste domingo (6), Mike Pence, vice do candidato republicano à presidência dos EUA, Donald Trump, expressou a confiança de que os hispânicos apoiarão sua campanha, apesar de a maioria das pesquisas de intenção de voto sugerirem o contrário. "A verdade é que os americanos hispânicos têm as mesmas preocupações", disse Pence na Fox News neste domingo. "O povo americano quer mudar, e isso vem dos americanos de todas as categorias".

Trump, que disse que alguns dos imigrantes não autorizados que atravessam a fronteira mexicana para os EUA são criminosos e estupradores, apoia medidas agressivas de deportação e um muro ao longo da fronteira sul dos Estados Unidos, retórica que tem pesado em seu apoio entre muitos eleitores hispânicos. Ele é favorecido por cerca de um em cada cinco eleitores hispânicos, que preferem de forma esmagadora a candidata democrata, Hillary Clinton.

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"Os republicanos estão voltando para casa e reconhecendo que precisamos eleger Donald Trump como o próximo presidente", disse Pence.

"Donald Trump vai ganhar esta eleição", disse ele quando perguntado se Trump reconheceria a eleição se os resultados mostrarem claramente que Hillary Clinton ganhou. Pence acrescentou que se ocorrer um "resultado claro", então "obviamente ambos os lados vão aceitá-lo". Fonte: Dow Jones Newswires.

O candidato à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, em um discurso na cidade de Tampa, na Flórida, que não precisa de celebridades para ganhar as eleições americanas. Trump citou o rapper Jay Z, que fez campanha para Hillary Clinton ao lado de sua esposa, Beyoncé, na noite de sexta-feira (4).

No comício, o candidato republicano disse que, quando se trata de atrair multidões, ele faz isso da "maneira antiga", apelando para o público que ficou atraído pelo conteúdo de sua mensagem. Trump está fazendo contraste com os comícios de Hillary Clinton na última semana antes das eleições de 8 de novembro.

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Até o momento, artistas como Katy Perry, Beyoncé, Jay Z, Robert De Niro, Jennifer Lopez e a banda Bon Jovi declararam apoio a Hillary e fizeram campanha para a democrata. Fonte: Associated Press.

O presidente dos Estados Unidos Barack Obama fez campanha para a candidata democrata à presidência, Hillary Clinton, na Flórida hoje. Em um comício em Miami, Obama disse para os apoiadores de Hillary votarem antes do dia das eleições, na próxima terça-feira.

Esse foi o primeiro de dois comícios que Obama fará na Flórida para apoiar Hillary. O presidente dos EUA também aproveitou o momento para alfinetar o candidato republicano, Donald Trump. Obama disse que "Hillary não reclama, ela trabalha duro", fazendo referência às reclamações de Trump sobre uma possível derrota para os democratas.

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O Partido Democrata está fazendo campanha para ajudar Hillary a vencer na Flórida, estado onde Obama venceu nas duas últimas eleições. Alguns democratas acreditam que uma vitória na Flórida pode assegurar a candidata democrata como vencedora nas eleições. Fonte: Associated Press.

Na reta final da corrida à presidência dos EUA, o Periscope, aplicativo de transmissões de vídeo ao vivo do Twitter, lança nesta sexta-feira (4) filtros dos candidatos Hillary Clinton e Donald Trump. Disponíveis no sistema iOS, são os primeiros recursos de realidade aumentada do serviço.

Além disso, quando alguém iniciar uma transmissão via Periscope, será possível ver na tela uma mensagem incentivando a participação dos eleitores na votação, marcada para o dia 8 de novembro nos EUA. "O Periscope tem um trabalho constante de desenvolvimento de ferramentas que ajudam os usuários a criar conteúdos cada vez mais atraentes, divertidos e inseridos em um contexto atual", explica o Twitter, em comunicado enviado à imprensa.

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Um grupo de brasileiros foi às ruas de São Paulo, neste sábado (29), em um ato a favor de Donald Trump, candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, confrontado com a reação de ativistas que se identificaram como "antifascistas".

A marcha chegou a interromper brevemente o trânsito na Avenida Paulista, aos gritos de "abaixo o comunismo", ou "a direita no poder", e com slogans contra a candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, e a ex-presidente Dilma Rousseff.

"Apoio Trump, porque Hillary é a Dilma americana e não desejamos o mesmo para os Estados Unidos. É uma mulher corrupta e mentirosa, embora saiba falar melhor do que a Dilma", disse à AFP a agente de viagens Regina Monte, de 54 anos.

Alguns aproveitaram para mostrar seu apoio ao deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), admirador confesso de integrantes do regime militar (1964-1985).

Acompanhadas por dezenas de policiais do Batalhão de Choque, cerca de 25 pessoas se aproximaram dos fãs de Trump e trocaram gritos, palavras de ordem e provocações. Alguns manifestantes foram detidos.

Um ativista usava a máscara do magnata nova-iorquino, enquanto outro, vestido de Michael Jackson, cantava e dançava o sucesso "They Don't Really Care About Us" ("Eles realmente não ligam para nós"), cujo clipe foi gravado no Morro Dona Marta, no Rio de Janeiro, em 1996.

A estrela de Donald Trump na calçada da fama de Hollywood, em Los Angeles (Califórnia), ficou danificada depois que um crítico do candidato republicano a depredou nesta quarta-feira usando uma picareta e um martelo, a 13 dias das eleições presidenciais americanas.

Um homem que se identificou para uma agência de notícias local como James Lambert Otis arrancou as letras em dourado com o nome do magnata e o logo em forma de televisor. Otis disse que sua intenção era remover completamente a estrela da calçada do Hollywood Boulevard, com o objetivo de leiloá-la e doar o dinheiro às mulheres que alegaram ter sido assediadas sexualmente por Trump - acusações que o candidato nega -, mas não conseguiu arrancar a placa do pavimento.

"Foi muito difícil, a pedra era como mármore, difícil de tirar", disse, cerca de uma hora após a tentativa fracassada, que ocorreu às 5h45 da manhã (horário local). Otis tentará vender os pedaços que arrancou, e não descarta a possibilidade de voltar ao local para danificar ainda mais a estrela que Trump recebeu em 2007 pelo seu trabalho no reality show "The Apprentice" (O Aprendiz).

"Não tenho medo de ir para a prisão e definitivamente não tenho medo do senhor Trump", disse Otis, que assegura ter sido detido 24 vezes em protestos por outras causas. "Isto é tão ruim quanto atacar a Estátua da Liberdade", disse à AFP Melsore Larry Green, de 65 anos, que apoia o republicano. "Isto é vergonhoso, e o que vai conseguir é que Trump ganhe mais votos", acrescentou.

Não é a primeira vez que a estrela de Trump é alvo de protestos. Em julho, um artista de rua de Los Angeles a rodeou com um muro de 15 centímetros, feito de tábuas de madeira e coberto com arame farpado, em uma crítica à promessa de campanha do candidato de construir um muro na fronteira entre o México e os Estados Unidos para deter a imigração ilegal.

No ano passado, excrementos foram deixados na estrela, e alguém desenhou um grande X amarelo sobre ela. No início deste ano, uma suástica foi pintada em cima da placa. O departamento de polícia de Los Angeles informou que abriu uma investigação sobre o incidente.

"Temos vídeos de segurança, assim como um vídeo que foi publicado na internet. Nossos detetives estão analisando o material e confiam em que identificarão o suspeito", disse Liliana Preciado, porta-voz do corpo de segurança.

O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, perdeu um aliado de seu partido, neste sábado (22), quando um Comitê de Ação Política (PAC, na sigla em inglês) gay - que havia considerado o empresário como o nomeado republicano mais pró-LGBT da história - retirou seu endosso. O PAC Log Cabin Republicans elogiou Trump por suas propostas para a comunidade gay em um comunicado em seu site, mas disse que seus membros não eram eleitores de apenas um tema.

O empresário nova-iorquino propôs a proibição da entrada de refugiados muçulmanos nos Estados Unidos e as alegações de abuso sexual por parte de Trump preocuparam os membros do comitê, de acordo com o presidente do PAC, Gregory T. Angelo. "A missão do Log Cabin Republicans é apoiar a igualdade para todos os americanos", disse. "O inexperiência de Trump no serviço público - um ponto importante para muitos eleitores ansiosos para mudar o status quo - faz com que seja difícil o grupo ter confiança de que Trump protegeria os direitos dos homossexuais. Fonte: Associated Press.

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O candidato do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, está ameaçando processar todas as mulheres que o causaram de assédio e abuso sexual nas últimas semanas.

Trump disse em um discurso que as mulheres são "mentirosas" e têm como objetivo prejudicar sua campanha, acrescentando que todas serão processadas após o término das eleições gerais, que acontecem em 8 de novembro.

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O discurso aconteceu na cidade de Gettysburg, no Estado da Pensilvânia, onde o candidato tentou expor suas mais novas prioridades caso se torne presidente da maior economia do planeta.

Ele ainda comentou que as eleições estão sendo manipuladas contra ele e reclamou que a "mídia corrupta" está inventando histórias para fazê-lo parecer "o mais perigoso e mau possível". Fonte: Dow Jones Newswires.

O candidato à presidência dos EUA pelo Partido Republicano, Donald Trump, indicou, nesta quinta-feira, que poderá desafiar os resultados da eleição presidencial caso a candidata democrata Hillary Clinton vença.

"Vou aceitar totalmente os resultados desta grande e histórica eleição presidencial. Se eu ganhar", afirmou Trump. O bilionário disse que aceitaria os resultados de "uma eleição clara", mas ressaltou que não irá se privar do seu direito de "apresentar uma contestação legal, caso os resultados sejam questionáveis".

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O comentário de Trump marcou a sua primeira declaração pública do bilionário após o último debate presidencial entre ele e Hillary Clinton antes das eleições, que ocorreu ontem à noite. Fontes: Dow Jones Newswires e Associated Press.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez novas críticas ao candidato à presidência pelo Partido Republicano, Donald Trump, em uma conferência durante a visita do primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, ao país. Obama reprovou a tentativa de aproximação entre Trump e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e disse para o candidato republicano "parar de choramingar" e voltar sua campanha aos eleitores.

Segundo o presidente norte-americano, as declarações de Trump para o presidente russo são "sem precedentes na política dos EUA". Em uma entrevista a uma rádio ontem, Trump afirmou que, se eleito, poderia se sentar com Putin antes mesmo de ser empossado. O empresário ainda criticou a candidata democrata, Hillary Clinton, por "falar duro demais" sobre a Rússia, afirmando que Obama e outros líderes insultam Putin constantemente.

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Obama ainda afirmou que, ao contrário do que Trump diz, não há nenhuma fraude generalizada nas eleições norte-americanas. O bilionário disse acreditar que os resultados estão sendo "fraudados" em muitas seções eleitorais em seu Twitter.

Estado Islâmico

O presidente dos EUA também comentou sobre a operação militar na cidade de Mossul, no Iraque, que foi tomada pelo Estado Islâmico. Para Obama, caso a operação dê certo e consiga tirar o grupo terrorista da segunda maior cidade iraquiana, "será mais um passo em direção à destruição final do Estado Islâmico". Fontes: Associated Press e Dow Jones Newswires.

Apesar de seu vice, Mike Pence, ter prometido respeitar o resultado da eleição presidencial norte-americana, o candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, voltou a denunciar fraudes "em larga escala" antes da votação de 8 de novembro. As informações são da Agência Ansa.

Segundo ele, os líderes de seu partido estão sendo "ingênuos" ao negar a existência de irregularidades e demonstrar confiança na legitimidade das urnas. "Naturalmente, estão ocorrendo fraudes em larga escala antes do dia da eleição", disse Trump, que acredita ser vítima de uma conspiração liderada pela imprensa para dar a vitória à democrata Hillary Clinton.

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Sem entrar em detalhes sobre as acusações, ele vem denunciando repetidamente a possibilidade de manipulação do resultado da eleição. Suas críticas à legitimidade do pleito aumentaram após a onda de acusações de assédio sexual contra ele e a divulgação de um vídeo que exibe frases sexistas do magnata.

Mas Trump não está sozinho. Segundo uma pesquisa encomendada pelo site Politico, 41% dos eleitores acreditam que a votação do próximo dia 8 de novembro pode ser fraudada em favor de Hillary. Entre os republicanos, esse número é 73%, e entre os democratas, 17%.

Mesmo assim, as lideranças conservadoras têm defendido a lisura do pleito, inclusive o vice de Trump, Mike Pence. "Nós respeitaremos a vontade do povo norte-americano", garantiu. O presidente do Congresso dos EUA, Paul Ryan, seguiu pelo mesmo caminho. "Nossa democracia é baseada na confiança", declarou, por meio de sua porta-voz.

Dois novos relatos de mulheres acusam o candidato presidencial pelo Partido Republicano, Donald Trump, de má conduta sexual. As novas acusações se somam a uma lista crescente de mulheres que contaram histórias semelhantes.

Uma das mulheres, Summer Zervos, disse ter sido vítima de assédio sexual em 2007, um ano depois de ter participado do programa O Aprendiz, um reality show que foi apresentado por Donald Trump durante muitos anos pela rede de televisão americana NBC. Em relato feito ao jornal The Washington Post, outra mulher – Kristin Anderson, hoje com 46 anos – diz ter sido tocada por Trump em uma boate em Nova York. Na época, Kristin tinha 20 anos e tentava ingressar na carreira de modelo.

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Em resposta, Donald Trump disse, em um comício nesta sexta-feira (14) em Greensboro, no estado da Carolina do Norte, que as acusações são uma “total ficção” e que não passam de “mentiras, mentiras, mentiras". Ele questionou os motivos do aparecimento de várias acusações de mulheres, a pouco mais de 20 dias das eleições para presidente dos Estados. As eleições vão ocorrer no dia 8 de novembro deste ano.

“Acredite em mim, ela não seria minha primeira escolha”, disse Donald Trump, quando comentou a entrevista de Jessica Leeds, para o jornal The New York Times. Jessica, hoje com 74 anos, acusou Trump de tê-la assediado durante um voo para Nova York, na década de 1980, durante viagem de avião em que ambos estavam sentados, em assentos de primeira classe, na década de 80 do século passado.

Ele se referiu a Jessica como "aquela mulher horrível". Donald Trump também criticou a repórter Natasha Sotoynoff, que trabalhou na revista People, que acusou o empresário tê-la abordado fisicamente durante uma entrevista. “Confira sua página do Facebook, e você vai entender [quem é ela]”, disse ele sobre Natasha.

O surgimento de relatos de mulheres com acusações a respeito do comportamento sexual de Donald Trump está dividindo o Partido Republicano. Cerca de 40 políticos que integram o partido declararam que não mais apoiarão o empresário. Desses 40 membros partidários, 30 sugeriram que Donald Trump ceda o lugar de candidato para outro.

Conspiração

Se dentro do Partido Republicano é cada vez maior o número de políticos que discordam da candidatura de Donald Trump, fora do partido os conflitos atingem proporções ainda maiores. Os conflitos estão sendo provocados pelas afirmações de Donald Trump, em comícios durante esta semana, de que sua candidatura vem sendo combatida por uma conspiração internacional. De acordo com a teoria conspiratória, o plano tem como objetivo não só minar sua candidatura, mas a própria soberania americana.

Em um comício em West Palm Beach, no estado da Flórida, quinta-feira (13), Trump disse o seguinte: "[A candidata do Partido Democrata] Hillary Clinton reúne-se em segredo com bancos internacionais para traçar a destruição da soberania dos Estados Unidos a fim de enriquecer esses poderes financeiros globais, seus amigos, interesses especiais e os seus doadores".

E sobre Hillary Clinton, Trump disse no mesmo comício: "Honestamente, ela deve ser encarcerada. Ela deve ser presa". Ele mencionou Hillary Clinton e a mídia americana como integrantes da conspiração internacional. E, no comício em Greensboro, no estado da Carolina do Norte, nesta sexta-feira (14), ele criticou os jornalistas do The New York Times, o jornal que entrevistou duas das mulheres que o acusam de assédio sexual: "Os repórteres do New York Times não são jornalistas. Eles são lobistas corporativos de Carlos Slim e Hillary Clinton". Carlos Slim é o bilionário mexicano que individualmente detém o maior número de ações do The New York Times.

Donald Trump culpou o mexicano Carlos Slim, nesta sexta-feira (14), por uma campanha midiática para torpedear sua candidatura à Casa Branca, depois que o jornal The New York Times, do qual o magnata das telecomunicações é acionista, publicou acusações de assédio sexual contra o republicano.

"O principal acionista do (New York) Times é Carlos Slim e, como sabem, Carlos Slim vem do México. Ele deu milhões de dólares aos Clinton", declarou Trump, em um comício na Carolina do Norte.

"Vamos deixar que corporações estrangeiras e seus presidentes decidam o resultado (da eleição)?! Ele não pode fazer isso. Não podemos deixar isto acontecer", insistiu.

Na quarta-feira (12), o NYT publicou relatos de duas mulheres que acusaram Trump de assédio sexual, há anos. Outras mulheres fizeram denúncias similares, incluindo duas nesta sexta-feira.

Em entrevista ao jornal The Washington Post, Kristin Anderson contou que, no início dos anos 1990, em uma boate de Nova York, Donald Trump tocou sua vagina, metendo a mão por baixo de sua saia. Uma porta-voz do candidato disse que ele negou os fatos.

Em Los Angeles, Summer Zervos declarou à imprensa que Trump a beijou à força em um hotel há uma década, quando era participante de "O aprendiz", o reality show que levou o magnata à fama. "Eu nem mesmo sei quem são essas pessoas. É uma vergonha", declarou Trump na quinta-feira, taxando as acusações como "mentiras apresentadas pela imprensa e pela campanha de Hillary".

Nesta sexta, Trump reafirmou que está "sendo atacado brutalmente com mentiras e calúnias". Mike Pence, candidato a vice de Trump, prometeu apresentar evidências contra as acusações, surgidas após a divulgação de um vídeo que mostra o magnata se gabando de agarrar as mulheres por ser famoso.

"Antes do fim do dia, provas serão tornadas públicas para pôr essas alegações em xeque", prometeu Mike Pence em entrevista à rede CBS. Slim declarou que não conhece Trump e rejeitou ter qualquer interesse na vida particular do candidato republicano.

Em 2015, Slim ampliou sua participação de 8% para 17% na empresa New York Times, tornando-se o principal acionista individual do grupo de imprensa fora da família americana Sulzberger.

A 25 dias das eleições presidenciais dos Estados Unidos, o candidato do Partido Republicano, Donald Trump, tem uma teoria para explicar as acusações que vem sofrendo de mulheres que disseram ter sido assediadas e abusadas por ele.

Em um comício em West Palm Beach, no estado da Flórida, nesta quinta-feira (13), ele disse que há uma conspiração internacional para dominar o povo americano. Dessa conspiração, segundo ele, participam a candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton, e a imprensa.

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"Esta eleição vai determinar se somos uma nação livre ou se temos apenas a ilusão de democracia. [Parece que] estamos sendo controlados por um pequeno grupo de interesses globais que conduzem nosso sistema", disse Trump. "E o nosso sistema está sendo manipulado. Essa é que é a realidade", acrescentou.

Ele disse também disse que Hillary e a imprensa estão envolvidas em um esforço "coordenado" para encontrar mulheres e publicar histórias para desacreditar sua candidatura e fazer com que o povo americano se esqueça da corrupção existente na campanha de sua adversária Hillary Clinton.

"Essas pessoas são horríveis, elas são horríveis, mentirosas e, curiosamente, os fatos estão acontecendo a 26 dias [contados a partir de quinta-feira] da nossa eleição muito importante, não é incrível?" ironizou Trump. As eleições presidenciais estão marcadas para a segunda terça-feira (8) de novembro.

Pelo menos quatro mulheres acusaram Trump, em diferentes jornais, de terem sido assediadas em situações ocorridas entre 11 e 30 anos atrás.

Teorias

Essa não é a primeira vez que Donald Trump faz alusões a teorias de conspiração. Ao longo da campanha presidencial, ele já afirmou, sem mostrar evidências, que as estatísticas sobre desemprego do governo Obama são manipuladas; já disse que o Banco Central americano (Federal Reserve) – órgão livre de influência do governo – atua sob orientação da Casa Branca; e que Hillary Clinton subornou o procurador-geral dos Estados Unidos, com um emprego no governo, para evitar que os seus e-mais fossem investigados.

Várias mulheres americanas acusaram o candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, de investidas e agressões de caráter sexual.

Quem são elas, o que dizem, onde os ocorreram os fatos denunciados agora?

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A seguir, uma lista provisória dessas acusações:

Jessica Leed, agora com 74 anos, ex-empresária

- Lugar: um avião

- Data: início da década de 1980

- "Parecia um polvo (...) suas mãos estavam em toda parte".

- Fonte: New York Times

Rachel Crooks, 33 anos, atualmente recepcionista

- Lugar: na saída de um elevador na Torre Trump, em Nova York

- Data: 2005

- Depois de terem se conhecido e trocado um aperto de mãos, "ele me beijou diretamente na boca".

- Fonte: New York Times.

Jill Harth, trabalhou para concursos de beleza

- Lugar: Mar-a-Lago, propriedade de Trump na Flórida.

- Data: 24 de janeiro de 1993

- "Estava olhando a decoração e a única coisa de que me lembro é que ele me colocou contra uma parede e botou suas mãos em todo o meu corpo".

- Fonte: New York Times

Mindy McGillivray, 36 anos, assistente de fotografia

- Lugar: Mar-a-Lago, propriedade de Trump na Flórida

- Data: 24 de janeiro de 2003

- "Isso foi mais um manuseio insistente. Mais do que uma simples carícia. Estava perto do meio das minhas nádegas. Fiquei chocada".

- Fonte: Palm Beach Post

Natasha Stoynoff, colaboradora da revista People

- Lugar: Mar-a-Lago, propriedade de Trump na Flórida

- Data: dezembro de 2005

- "Trump fechou a porta atrás de nós. Eu me virei e no intervalo de alguns segundos ele estava me colocando contra a parede e forçando sua língua dentro da minha garganta".

- Fonte: revista People

Cassandra Searles, ex-Miss Washington

- Lugar: concurso Miss Estados Unidos

- Data: 2013

- "Ele provavelmente não quer que eu conte a história dessa época, quando ele continuamente passava a mão nas minhas nádegas e me convidava para seu quarto de hotel".

- Fonte: sua página do Facebook, divulgada pelo Yahoo!

Temple Taggart McDowell, ex-Miss Utah

- Lugar: concurso Miss Estados Unidos em Shreveport, Luisiana

- Data: 1997

- "No momento que ele veio até mim, me abraçou e me deu um beijo na boca".

- Fonte: NBC News

Em matérias publicadas hoje (13) em jornais norte-americanos, quatro mulheres acusam Donald Trump, candidato do Partido Republicano a presidente dos Estados Unidos, de tê-las tocado e beijado sem o consentimento delas, em diferentes ocasiões. Os relatos se referem a acontecimentos ocorridos entre 11 e 30 anos atrás. Um dos jornais, o The New York Times, publicou fatos narrados por Jessica Leeds, que hoje tem 74 anos. Ela disse que foi molestada em um voo para Nova York.

A outra história foi contada por Rachel Crooks, que afirma ter sido vítima de assédio de Donald Trump quando trabalhava como secretária do Edifício Trump, no centro de Nova York. Em mensagem publicada no Twitter, Trump desmentiu a versão das duas mulheres. "A história é falsa. Uma fabricação total", disse.

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A repórter Natasha Stoynoff escreveu para a revista People um artigo em que relata que foi assediada durante o período em que cobria acontecimentos relacionados a Donald Trump há 12 anos. Ela conta que uma fez foi empurrada contra a parede e forçada a beijar o empresário. Essa história foi também desmentida por Donald Trump no Twitter. A mensagem no Twitter indaga por que Natasha não escreveu sobre o assunto há 12 anos, quando trabalhava para a revista. "Porque não aconteceu", prossegue a mensagem.

O jornal Palm Beach Post também publicou o relato de Mind McGillivray, hoje com 36 anos, que também afirma ter sido acariciada por Donald Trump, sem ter dado consentimento para isso. Segundo ela, o assédio ocorreu há 13 anos, quando estava em Mar-a-Lago, em Palm Beach, na Flórida, enquanto auxiliava um colega em um trabalho de fotografia.

As acusações feitas pelas mulheres ocorrem a menos de quatro semanas das eleições para a presidência dos Estados Unidos. Em um momento delicado da campanha, quando começa a perder pontos em pesquisas sobre a intenção de votos de eleitores norte-americanos, Trump terá que gastar um tempo precioso para dar respostas convincentes para as acusações. Na sexta-feira passada (7), o jornal The Washington Post publicou a gravação de um diálogo do candidato republicano com um apresentador de televisão, datado de 2005.

O vídeo mostra Donald Trump usando expressões vulgares para se referir às mulheres. A gravação gerou protesto contra o candidato de setores do próprio Partido Republicano. Por causa do vídeo, 40 políticos republicanos do Senado e da Câmara de Representantes afirmaram que não mais apoiariam Trump para a presidência dos Estados Unidos. Trinta desses políticos sugeriam que Trump ceda o lugar para outro candidato.

A primeira pesquisa realizada após a divulgação de um vídeo com frases sexistas do republicano Donald Trump mostra uma disparada da democrata Hillary Clinton nas intenções de voto dos norte-americanos para a presidência. As informações são da Agência Ansa.

Segundo a sondagem, realizada a pedido da NBC e do Wall Street Journal, a ex-secretária de Estado aparece com 46% da preferência do eleitorado, enquanto o magnata caiu para 35%. Já o libertário Gary Johnson tem 9%, e a candidata verde Jill Stein, 2%.

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No levantamento anterior feito pela NBC, Hillary estava com os mesmos 46%, mas Trump tinha 41%. A pesquisa foi realizada entre os dias 8 e 9 de outubro, no calor da divulgação do vídeo do bilionário e possui margem de erro de 4,6 pontos percentuais para mais ou para menos.

Na gravação, Trump fala de maneira ofensiva sobre as mulheres, dizendo que é possível fazer o que quiser com elas "quando se é famoso". "Elas deixam você fazer qualquer coisa. Pegá-las da maneira como quiser. Basta pegá-las pela (.....)", disse Trump na gravação, usando termo vulgar para se referir ao órgão sexual feminino. O vídeo é de 2005 e registra uma conversa com o apresentador Billy Bush.

Para se defender, o candidato declarou se tratar apenas de "papo de vestiário", mas ainda assim vem perdendo apoio entre os republicanos. As frases sexistas serviram de combustível para um agressivo debate entre Trump e Hillary no último domingo (9), no qual o bilionário acusou o ex-presidente Bill Clinton de assédio sexual contra várias mulheres.

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