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Quase 500 crianças e mulheres que entraram clandestinamente nos Estados Unidos foram libertados de dois centros de detenção do Texas, sul dos Estados Unidos, após a justiça considerar ilegal a retenção de menores, anunciou nesta terça-feira uma organização de defesa de imigrantes.

Exatamente 470 pessoas estavam retidas nos dois centros de detenção privados, segundo o departamento americano de Imigração, que confirmou sua libertação.

Os imigrantes irregulares que buscam asilo nos Estados Unidos normalmente são liberados destes centros após a análise de seus casos, mas o volume de pessoas soltas neste final de semana é incomum, segundo a Refugee and Immigrant Center for Education and Legal Services (RAICES, por sua sigla em inglês).

"Sabemos, em comparação com a média de pessoas que liberam normalmente, que as liberações deste final de semana não são nada normais", explicou Amy Fischer, responsável da RAICES, destacando que saíram quatro vezes mais pessoas. "Estão em processo de expulsá-los, colocando-os em aviões ou ônibus", lamentou Fischer.

O episódio ocorre após a decisão, na sexta-feira, do juiz Karin Crump, do condado texano de Travis, segundo a qual estes centros não podem ser considerados locais propícios para crianças. O departamento de Imigração disse em um comunicado que as liberações estavam "programadas como parte das operações normais e não atendem à decisão do tribunal".

O governo do presidente Barack Obama adotou em 2014 a retenção de crianças com suas mães em situação ilegal em centros de detenção durante o período de análise da solicitação de asilo. Neste ano ocorreu um pico na chegada aos Estados Unidos de menores refugiados, a maioria escapando da violência na América Central.

Segundo Fischer, ao menos um quarto dos retidos não foram ouvidos para averiguar seus temores de perseguição ou tortura nos países de origem, requisito para se conceder asilo.

Madonna deu ao seu show beneficente 'Tears of a clown' um tom fortemente político em Miami na segunda-feira (2). Ao falar sobre Trump e Britney, Madonna declarou já ter tido intimidade com ambos: 'Vocês lembram que eu beijei a Britney, certo? Adorei aquilo, cada segundo' e continuou 'Já estive na cama de Trump. Mas, calma, ele nem estava no quarto. Foi quando tirei fotos para uma campanha da Versace na casa dele, em Palm Beach, anos atrás. E os lençóis não eram 100% algodão egípcio', alfinetou. 

Em seguida, Madonna, estava vestida de palhaça, cantou a música 'Toxic', de Britney, que fazia aniversário no dia, enquanto exibia imagens de Trump junto de algumas de suas frases polêmicas como “Se Ivanka não fosse minha filha, eu provavelmente sairia com ela” e “Vou levantar uma muralha na fronteira com o México, e os mexicanos é que vão pagar por isso”. 

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A letra de 'Toxic' fala de uma dependência emocional e carnal de um homem “perigoso”, “tóxico”. Com esta atitude, Madonna ataca a figura do presidente eleito que, apesar de ser uma figura controversa, foi capaz de agradar parte considerável do eleitorado dos Estados Unidos. A diva pop ainda deixou evidente seu descontentamento em relação ao machismo da população americana: 'Espero ver uma mulher à frente da Casa Branca um dia'.

Confira o vídeo:

A imprensa chinesa se absteve nesta segunda-feira (5) de criticar Donald Trump, mas ameaçou Taiwan com represálias, após uma conversa telefônica do presidente eleito dos Estados Unidos com a presidente de Taiwan, um fato inédito em 40 anos.

Trump atacou novamente no domingo a China, acusando o país asiático de desvalorizar sua moeda e de construir um "vasto complexo militar no mar da China do Sul".

À espera de uma reação oficial a estes comentários, os meios de comunicação chineses permanecem prudentes, como o GlobalTimes, que se contenta em lembrar em sua página da internet que "construir em seu território forma parte dos atributos da soberania".

Os editoriais culparam nesta segunda-feira a inexperiência diplomática do magnata ao fato de ter aceitado falar por telefone na sexta-feira com a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen.

Esta conversa recebeu "uma importância que não merece", estima o China Daily, que destaca a "inexperiência de Trump e de sua equipe de transição em matéria de relações exteriores".

Pequim considera Taiwan como uma de suas províncias e se opõe a qualquer relação oficial entre suas autoridades e líderes estrangeiros, uma postura respeitada pelos Estados Unidos há 40 anos.

"A questão de Taiwan forma parte dos assuntos mais sensíveis na Ásia oriental e se for mal gerida pode conduzir a uma guerra", escreve o Global Times, de posições nacionalistas e próximo à linha do regime chinês.

O jornal estima que seria inadequado criticar Trump, já que "continua sendo presidente eleito", mas propõe sancionar Taipé, fazendo-a perder "um ou dois aliados diplomáticos", entre os vinte Estados que a apoiam.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, reagiu em um tuíte ao programa de humor em que o ator Alec Baldwin fez piada com o hábito do republicano de publicar mensagens no Twitter.

Trump voltou a mirar no programa de TV "Saturday Night Live", mas, desta vez, criticou a atração no Twitter antes mesmo do seu encerramento, enquanto, em outras ocasiões, aguardou até a manhã seguinte. "Tentei assistir ao Saturday Night Live. É impossível! Totalmente tendencioso, nada engraçado, e a imitação de Baldwin simplesmente não pode ser pior. Triste", publicou Trump.

No último programa, o personagem Trump foi sutilmente repreendido por seus assessores por ter retuitado uma mensagem de um estudante durante uma reunião de segurança nacional.

A atriz Kate McKinnon, que interpreta a gerente de campanha de Trump, Kellyanne Conway, disse que muitos dos tuítes do presidente eleito têm o objetivo de "distrair a imprensa dos conflitos em seus negócios e de todas as pessoas espantosas de seu gabinete".

Trump, interpretado por Baldwin, assinala: "Na verdade, não é por isso. É porque meu cérebro está mal." Depois da mensagem de Trump no Twitter, Baldwin tuitou: "Divulgue sua declaração de renda e pararei. Há!"

Gael García Bernal fala com paixão sobre política, da eleição do "canalha" Donald Trump até a "necessária discussão" na América Latina sobre a revolução cubana, a propósito da morte de Fidel Castro.

O ator mexicano, de 38 anos, viajou para Los Angeles para apresentar "Neruda", filme chileno de Pablo Larrain que busca indicação ao Oscar de filme estrangeiro e no qual ele interpreta o policial que persegue o poeta comunista em 1948, durante o governo de Gabriel Gonzalez Videla.

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Era uma história que "não era tão clara, especialmente porque nunca focaram através dos olhos de Neruda, através do que aconteceu com ele. O filme me fez entender o contexto em que viviam naquela época", após a Segunda Guerra Mundial e o início da Guerra Fria, disse em entrevista à AFP o ator que também atuou em "No", de Larraín, sobre o referendo que depôs Augusto Pinochet.

P: Seu personagem, Oscar Peluchonneau, destaca as contradições entre o discurso comunista do poeta e seu modo de vida. Você concorda com o inspetor?

R: A grande controvérsia que o comunismo enfrentou se manifesta em uma das cenas do filme, quando uma colega diz a Pablo Neruda: 'veja, quando o comunismo triunfar, como todos nós seremos? Como você ou eu?' E essa é a questão que se pode articular (...), porque sempre gerou uma cúpula de elites e privilegiados. No entanto, certas coisas básicas do comunismo foram mantidas do socialismo, como a educação pública gratuita, a saúde pública gratuita, certas coisas que hoje é um pouco ridículo que sejam discutidas nos Estados Unidos como se fosse certo ou errado ter saúde pública gratuita, me parece uma discussão terrível.

P: Trump seria o "fantasma uniformizado" dos imigrantes ilegais, como o Neruda do filme chama Peluchonneau?

R: Não, porque o antagonista criado por Neruda é um inimigo nobre e eu acredito que o inominável tem tudo menos nobreza, poesia. Tem uma visão de vida míope, que implode, que não tem noção do bem comum e tem zero de poesia. Pelo menos Peluchonneau era melhor poeta.

P: O medo é justificado?

R: Claro que é, porque essa é a base de sua campanha, não é uma interpretação (...). Não temos que minimizá-lo, é um canalha total.

P: Você também protagoniza "Desierto", sobre a travessia da fronteira, que Trump quer parar com o "muro insignificante", como você o descreveu.

R: Eu disse isso um pouco como uma afronta à estupidez, simbólica, e praticamente porque 80% das pessoas que estão nos Estados Unidos sem documentos chegaram de avião, que estupidez é criar um muro para evitar esses 20% de pessoas, que aliás vêm e vão.

P: Trump chega com um discurso populista de direita num momento em que os governos populistas de esquerda na América Latina estão acabados. Com a morte de Fidel, como a esquerda latino-americana ficará?

R: O que é preciso é não falar em termos de Guerra Fria. Temos, por exemplo, que usar Cuba agora que Fidel morreu para uma discussão mais ampla, muito sincera sobre os sucessos e fracassos da revolução cubana, falar claramente e com uma abordagem oportuna e histórica sobre o que aconteceu. E enxergar de que ângulo estamos criticando o que aconteceu. Do ângulo dos nossos países da América Latina, onde ainda há uma miséria brutal, onde a desigualdade é assustadora? Temos de falar sobre isso, incorporá-lo, é uma boa discussão, é uma discussão necessária, que também deve ser alegre.

P: E o cinema é uma das muitas plataformas para ter esta discussão. Como você vê o cinema latino-americano?

R: Se faz um cinema muito interessante, poderoso, muito livre, e isso já é muito. Eu sinto que haverá mais filmes interessantes. O problema é que ainda não conseguimos compartilhar nossas histórias, que é algo que deveríamos fazer mais.

O presidente eleito dos Estados Unidos Donald Trump usou sua conta no Twitter para comentar sobre a conversa que teve por telefone com a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen. Ontem, os dois líderes tiveram o que se acredita ter sido o primeiro diálogo entre um presidente eleito americano e um líder taiwanês em décadas.

"A presidente de Taiwan ME LIGOU hoje para me dar parabéns por ter vencido as eleições. Obrigado!", escreveu Trump.

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O magnata aproveitou, ainda, para ironizar a reação que a conversa causou no ambiente político. "É interessante como os EUA vendem a Taiwan bilhões de dólares em equipamentos militares, mas eu não deveria aceitar um telefonema de 'parabéns'".

A ligação tomou conta das manchetes dos principais jornais norte-americanos deste sábado, com o The New York Times e o Wall Street Journal considerando a conversa como um afronta às relações comerciais com a China. O país se esforça há tempos para barrar relações diplomáticas entre os EUA e o Estado insular, que é considerado por Pequim território chinês.

O ministro das relações exteriores da China, Wang Yi, numa tentativa de diminuir a importância do contato entre os dois líderes, disse neste sábado que a ligação foi "apenas um truque de Taiwan" e não muda em nada as políticas dos EUA em relação ao seu país.

"A política de uma China única é o pilar de um desenvolvimento saudável das relações China-EUA e nós esperamos que essa base política não será danificada", teria dito Yi a uma televisão de Hong Kong. (Flavia Alemi, com informações da Dow Jones Newswires - flavia.alemi@estadao.com)

Depois do avanço do movimento extremista "alt-right", uma organização racista nascida há 150 anos tenta reconquistar espaço após a vitória de Donald Trump: o Ku Klux Klan, que programa para este sábado (3) sua primeira reunião desde a eleição em 8 de novembro.

"O número dos nossos membros aumenta a cada dia (...) Recebemos mais de mil pedidos de informação desde a eleição", afirma Gary Munker, que se apresenta como um porta-voz desse movimento que, desde 1866, defende uma América branca e cristã e que é sinônimo de linchamentos e de assassinatos.

Como o ex-líder do KKK David Duke, que apoiou Trump durante a campanha - apoio do qual Trump buscou se distanciar -, Gary Munker reconhece que se deixou seduzir pelo discurso do magnata do setor imobiliário, sobretudo, em suas investidas contra os imigrantes.

Vestido com capuz e túnica brancas, emblemáticas desse movimento nascido no sul dos Estados Unidos, Munker garante que o braço do KKK ao qual pertence - os Loyal White Knights - conta com cerca de 700 pessoas em Long Island, onde reside, e 1.200 em todo o estado de Nova York.

"As pessoas começam a despertar, a tomar consciência do que acontece", afirmou esse pai de família de 36 anos.

Há cinco anos, Munker disse que se juntou aos Loyal White Knights - o primeiro dos cerca de 40 pequenos grupos que compõem o KKK -, depois que seu tranquilo bairro, "essencialmente branco", mudou completamente com a chegada de conjuntos residenciais populares e com uma população muito mais heterogênea.

Longe de um ressurgimento

Sem dar detalhes sobre sua profissão por medo de perder o emprego, Munker faz parte dos membros ativos do KKK. Originário de uma zona rural de Long Island, ele distribui regularmente folhetos nas cidades vizinhas, na tentativa de aumentar as fileiras do grupo.

A última vez foi em 17 de novembro, quando deixou folhetos em um estacionamento da pequena cidade de Patchogue, que figura no mapa do racismo americano desde o assassinato, em 2008, de um imigrante equatoriano por parte de estudantes. A descoberta dos folhetos levou cerca de 200 pessoas às ruas contra o racismo no domingo seguinte.

Longe dos assassinatos e das cruzes em chamas que marcaram a história e a reputação do Ku Klux Klan no passado, a distribuição de folhetos é, hoje, "a primeira atividade" do grupo e "garante uma visibilidade nacional", explica a pesquisadora Carla Hill, do Centro sobre o extremismo da Liga Antidifamação, uma grande associação judaica de luta contra a intolerância.

Segundo ela, os últimos números disponíveis não sugerem qualquer ressurgimento do movimento. Foram contabilizadas 74 distribuições de folhetos desde o início de 2016, contra 86 em 2015.

Os Loyal White Knights anunciaram um encontro para o próximo sábado, na Carolina do Norte, ainda sem confirmação de hora e lugar. Ainda que a reunião aconteça, não deve atrair muitas pessoas, considerando-se as últimas manifestações do KKK que não passaram de algumas dezenas de pessoas, segundo Hill.

'Espaço político'

Para o especialista Mark Potok, do Southern Poverty Law Center, um observatório do extremismo, embora os "nacionalistas brancos" tenham sem dúvida aumentado desde a chegada de Barack Obama à presidência, o KKK, hoje com cerca de 6.000 membros, não tem qualquer possibilidade de renascer. Nos anos 1960, chegou a reunir 40 mil pessoas, e vários milhões, nos anos 1920.

Certamente, para esses arautos da raça branca, a eleição de Trump "abriu um espaço político que lhes permite apresentar suas ideias como legítimas", quando "há 50 anos não são levadas a sério", disse Potok.

Foi o que mostrou a conferência com tons neonazistas realizada em Washington, em 20 de novembro em torno do líder de extrema-direita Richard Spencer.

Mas esses extremistas "intelectuais" que respondem ao novo apelo "alt-right" sentem "desconfiança do Klan", explica Potok.

Segundo ele, com uma história manchada pela violência, os membros do KKK "não podem, como Richard Spencer, pretender que apenas querem defender os direitos dos brancos sem detestar ninguém".

Gary Munker, amante da caça e da pesca, reconhece que desconfia da mensagem da "alt-right".

"Somos cristãos, eles aceitam todo o mundo. Apenas isso já me faz duvidar de sua integridade", afirmou.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, nomeou nesta quarta-feira (23) a milionária Betsy DeVos para chefiar o Departamento de Educação, a segunda mulher a integrar o futuro gabinete do republicano.

Mais cedo, Trump já havia anunciado o nome da atual governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, para ser a futura embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas.

Em uma nota oficial, a equipe do presidente eleito garantiu que DeVos "reformará o sistema educacional dos Estados Unidos e romperá a burocracia que amarra nossos filhos, para poder oferecer Educação de qualidade e opção de escolas para todas as famílias".

Em resposta, DeVos disse se sentir "honrada com aceitar a responsabilidade", afirmando que "a situação atual na Educação não é aceitável".

DeVos, de 58 anos, é uma milionária ativista. Sua família está ligada à empresa Amway e tem uma longa trajetória no Partido Republicano.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, distanciou-se nesta terça-feira do movimento denominado 'alt-right', de ultradireita, que o apoiou durante a campanha, segundo declarações feitas a um grupo de jornalistas do The New York Times.

"Eu o desautorizo e condeno", disse Trump sobre o movimento, em meio a um escândalo provocado por um vídeo de uma reunião recente deste movimento, no qual os participantes comemoram o resultado da eleição presidencial com saudações nazistas, com o braço direito esticado.

"Heil, Trump!", gritam os seguidores do movimento, em uma cena que chocou o país e motivou fortes pressões para que o presidente eleito condene este apoio.

"Não é um grupo que quero incentivar. E se eles têm força, quero analisar isto e descobrir porque", comentou.

No entanto, Trump defendeu a nomeação do polêmico editor Steve Bannon como seu assessor para assuntos estratégicos, já que é visto precisamente como o porta-voz mais famoso do movimento de ultradireita americana denominado 'alt-right'.

"Se eu pensasse que ele é um racista ou um 'alt-right' ou o termo que quisermos utilizar, eu não teria pensado em contratá-lo", comentou.

À frente do site Breitbart, alinhado com a ultradireita americana, Bannon se tornou uma personalidade famosa para o movimento 'alt-right', como ele mesmo admitiu em julho deste ano.

Segundo jornalistas do NYT, na conversa desta terça, Trump disse que "Breitbart é apenas uma publicação" e acrescentou que Bannon estava passando "por um momento difícil" devido à polêmica provocada por sua nomeação.

Depois de idas e vindas, Trump recebeu nesta terça-feira em seu escritório um grupo de jornalistas e editorialistas do NYT, um jornal com o qual mantém uma relação tensa que se tornou uma guerra aberta desde a campanha eleitoral.

Seis em cada dez americanos se disseram otimistas sobre o futuro do país quando Donald Trump assumir o governo, embora esperem que o presidente eleito pare de postar mensagens no Twitter, segundo pesquisa publicada nesta terça-feira.

Cinquenta e nove por cento dos entrevistados se disseram "otimistas sobre os próximos quatro anos com Donald Trump como presidente", enquanto 37% se disseram pessimistas, apontou a pesquisa independente da Universidade de Quinnipiac, em Connecticut. Apenas 17% consideraram que Trump será um "grande" presidente e 32% acreditam que será um "bom" chefe de Estado.

Um percentual menor de entrevistados demonstrou uma perspectiva mais negativa: 26% consideraram que será um presidente "ruim" e 17%, "não tão bom". Outra consulta da CNN/ORC, publicada na terça-feira, revelou que 53% dos americanos pensam que Trump fará um trabalho "muito bom" ou "suficientemente bom" como presidente.

As pesquisas são publicadas duas semanas depois de o magnata republicano surpreender ao vencer a democrata Hillary Clinton nas eleições presidenciais. O início da transição de poder, que será concluída em 20 de janeiro, aparentemente inspira certa confiança na Presidência de Trump.

Segundo a pesquisa da CNN/ORC, 48% dos entrevistados disseram se sentir mais confiantes contra 43% que se disseram menos confiantes. O que parece irritar os americanos, no entanto, é o constante uso que Trump faz do Twitter para se comunicar sobre temas diversos. Segundo a pesquisa da Universidade de Quinnipiac, 59% dos eleitores consideram que o futuro presidente deveria encerrar sua conta no Twitter, contra 35% que pensam o contrário.

"Os eleitores dizem ao presidente eleito Donald Trump: 'Conseguiu o trabalho. Agora, seja um líder e não tuíte", explicou Tim Malloy, diretor adjunto da pesquisa da Quinnipiac, em um comunicado. "E vigiamos para nos assegurar de que colocará o país como prioridade e não a marca Trump", acrescentou.

A pesquisa da Quinnipiac foi feita com 1.071 eleitores em nível nacional e a da CNN/ORC, com 1.003. As duas pesquisas foram realizadas entre 17 e 20 de novembro por telefone e sua margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Várias crianças dos Estados Unidos estão enviando cartas ao presidente eleito Donald Trump pedindo que ele seja mais gentil. O projeto começou com Molly Spence Sahebjami, mãe que lançou um grupo no Facebook encorajando pais a divulgarem as cartas de seus filhos.

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O grupo fechado Dear President Trump: Letters from Kids About Kindness (Querido Presidente Trump: Cartas de crianças sobre gentileza) já conta com mais de 10 mil participantes. Ao Washington Post, Molly contou que a ideia surgiu após seu filho de cinco anos dizer que estava preocupado com a presidência de Trump por causa dos muçulmanos. 

"Talvez você devesse escrever uma carta para ele e nós poderíamos mostrar para ele", Sahebjami disse ao filho. A criança escreveu: "Querido presidente-eleito Trump, por favor seja um bom presidente. Seja gentil com todas as pessoas. Algumas pessoas na minha família são de uma religião especial e eles não são pessoas ruins".

Motivada pela carta, Molly conversou com amigos que também tinham filhos e decidiu criar o grupo no Facebook. A regra é que as cartas devem ser escritas por jovens abaixo dos 18 anos e que sejam positivas, não partidárias e em tom suave.

Sahebjami convenceu pais a postarem fotos das cartas dos seus filhos com a hashtag #kidsletterstotrump. Já o grupo no Facebook é fechado para manter "um ambiente positivo", disse ela ao Washington Post.

Entre as cartas escritas pelas crianças há mensagens como: "Se Trump ver todo mundo sendo gentil com o outro, talvez ele irá ser legal e parar de dizer coisas más", de uma criança de 4 anos; e "Querido Sr.Presidente, seja legal com as coisas. Não diga coisas más. Isto ajuda a me acalmar: meditação, leitura e descanso. Boa sorte com seu novo trabalho! Me avise se eu puder ajudar", de uma menina de seis anos. 

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Abby, de 6 anos, também se mostrou preocupada com as notícias de deportação de imigrantes ilegais. Ela escreveu: "Querido Sr. Trump, crianças da minha sala estão muito assustadas. Por favor não coloque elas para fora. Na minha escola, nós somos enviados para o muro quando estamos enrascados. Meus amigos não fizeram nada de errado. Não mande eles para o muro". 

O pequeno Henry disse: "Querido Sr.Trump, eu ganhei um prêmio na escola por bondade e respeito. Eu acho que você deveria ser gentil e não construir um muro entre México e América. Porque nós temos amigos lá. Por favor seja gentil", concluiu a criança. 

Ao site Katu, Sahebjami disse que tem esperança de que Trump seja afetado pela ação. "Se ele receber sacos e mais sacos de cartas de crianças, ele veria que esses são os americanos de todos os dias que querem que ele mantenha os altos padrões da bondade humana básica", comentou. 

Nova York e outras grandes "cidades santuário" para imigrantes, como Chicago e Los Angeles, rebelaram-se e prometem combater o plano de deportação promovido pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

Diante dos planos do republicano de deportar imigrantes em situação ilegal depois que chegar à Casa Branca, em 20 de janeiro de 2017, prefeitos, governadores e chefes de Polícia de várias cidades levantaram a voz para garantir que protegerão essas pessoas.

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O prefeito de Nova York, o democrata Bill de Blasio, reuniu-se com Trump nesta quarta (16) e lhe garantiu que fará "todo o possível" para defender aqueles que se encontram em situação clandestina.

"Reiterei a ele que essa cidade e outras cidades do país farão todo o possível para proteger nossos residentes e para nos assegurarmos de que as famílias não sejam destroçadas", contou De Blasio aos jornalistas, depois do encontro na Trump Tower.

NYC, aberta a todos

A promessa de Trump de deportar entre dois e três milhões de imigrantes nessa condição "vai contra tudo o que era genial em Nova York", comentou o prefeito De Blasio na conversa com a imprensa. "Nova York é a cidade dos imigrantes. O lugar que teve sucesso porque esteve aberta a todos, o lugar construído geração após geração de imigrantes", completou.

Há alguns dias, De Blasio afirmou que, se for necessário, a cidade eliminará no fim do ano a base de dados com nomes de milhares imigrantes nessa situação, que receberam um cartão de identificação municipal. Esse documento - temem as autoridades nova-iorquinas - poderia ser usado pelo governo Trump para identificar e deportar imigrantes.

Esta semana, o estado de Nova York implementou uma "hotline" para a denúncia de crimes racistas contra muçulmanos, imigrantes e negros, que se encontram em escalada desde a vitória do magnata nova-iorquino.

Em carta aberta, após a derrota da democrata Hillary Clinton, o governador de Nova York, Andrew Cuomo, convidou: "se alguém sentir que se encontra sob ataque, quero que saiba que o estado de Nova York - o estado que tem a Estátua da Liberdade em seu porto - é seu refúgio".

Resistência nacional

Declarações de "rebelião" similares foram dadas pelos prefeitos de Boston, Providence, Chicago, Jersey City, Seattle, Filadélfia, Los Angeles, São Francisco e Washington D.C., "cidades santuário" que não perseguem os imigrantes por terem violado a lei migratória federal e que até mesmo chegam a lhes conceder documentos - como carteira de motorista, ou cartão de identificação municipal.

"Isso é animador e não é surpreendente. E continuará crescendo. (Os prefeitos e chefes de Polícia) não têm medo. Vão para a batalha e acreditam em que podem ganhá-la política e legalmente", disse à AFP o especialista Jonathan Blazer, do American Immigration Council, uma ONG de defesa dos imigrantes.

Blazer alega que as forças da lei apoiam essa política, porque permite a esses imigrantes denunciar crimes, ou serem testemunhas e falar com a Polícia sem medo de serem presos. Por isso, deverá ser difícil que Trump corte recursos para essas cidades, como prometeu na campanha.

Trump e sua equipe "verão quem podem amedrontar pela ameaça (de cortar verbas)", avaliou o especialista.

Durante sua campanha, Trump prometeu cortar os fundos federais das "cidades santuário". De acordo com o Centro de Estudos de Imigração (CIS, na sigla em inglês), elas seriam cerca de 300.

Depois de eleito, Donald Trump disse que a deportação começará por entre dois a três milhões de imigrantes "ilegais" identificados como "criminosos", "traficantes de drogas" e "integrantes de gangues". Depois, verá o que será feito com os demais, totalizando cerca de 11 milhões.

Defensores dos imigrantes se alarmam, porque dizem não haver evidências de que existam "dois, ou três milhões" de imigrantes "criminosos" no país. Acredita-se que muitos inocentes, ou pessoas que tenham cometido crimes leves, ou de trânsito, possam ter sido incluídos nesse bolo.

Prefeitos como De Blasio e Rahm Emanuel, de Chicago, insistem em que não vão recuar. "Chicago sempre será uma cidade santuário", frisou Emanuel, esta semana.

"Não vamos sacrificar nenhuma das nossas pessoas", garantiu o prefeito de Providence (Rhode Island), Jorge Elorza, filho de imigrantes guatemaltecos, citado pelo jornal The Boston Globe.

Muriel Bowser, prefeita do Distrito de Columbia, capital do país, afirmou que D.C. continuará sendo "uma cidade santuário", porque "sabemos que nossos bairros são mais seguros e fortes quando ninguém tem medo de ligar para nosso governo para pedir ajuda, quando nossa Polícia pode se dedicar a proteger e servir".

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, está tentando montar a equipe que vai ajudá-lo a governar o país a partir de 20 de janeiro de 2017. Mas a escolha se transformou em um processo caótico. Nesta terça-feira (15), havia uma grande expectativa de que o ex-congressista Mike Rogers fosse anunciado para um cargo de comando do setor de inteligência do governo. Mas, de repente, o nome do ex-parlamentar foi vetado, gerando um mal-estar na equipe.

O incômodo ocorreu porque Mike Rogers é admirado pela equipe por ter sido um dos maiores articuladores da campanha vitoriosa de Trump e muitos entendem que ele deveria continuar.

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Segundo integrantes do Partido Republicano, legenda que elegeu o novo presidente dos Estados Unidos, o veto teria sido dado por Jared Kushner, o marido de Ivanka Trump, uma das filhas do novo presidente.

Preocupado com a repercussão do caso, Trump tentou desmentir que a montagem da equipe esteja passando por um processo tumultuado. Em um post publicando nas redes sociais, Donald Trump disse que, ao contrário, o processo de escolha da equipe está sendo bem organizado.

Transição complicada

Mas, em apenas uma semana, desde que foi eleito presidente, Trump já mudou o comando da equipe de transição. Antes, o comando estava nas mãos do governador de Nova Jérsey, Chris Christie, que vinha sendo um dos mais próximos colaboradores do presidente eleito durante toda a campanha. Agora, Donald Trump nomeou o vice-presidente eleito Mike Pence para comandar a transição. Muitos atribuem a mudança à infuência do genro de Donald Trump, Jared Kushner.

Três filhos de Donald Trump - Ivanka, Donald Jr e Eric - fazem parte, juntamente com Jared Kushner, da equipe que está montando o gabinete do futuro governo. Só que os filhos de Trump e o genro também vão comandar os negócios da família, durante os quatro anos em que Donald Trump vai permanecer no governo.

O que muitos políticos - dentro e fora do governo - estão indagando é se há conflito de interesse entre as funções exercidas simultaneamente pelos filhos de Trump e por Jared Kushner no setor privado e no novo governo.

Centenas de estudantes do ensino médio protestaram sob chuva na manhã desta terça-feira (15), em Nova York, em frente à Trump Tower, onde o presidente eleito, Donald Trump, trabalhava na formação de seu governo. "Não à Ku Klux Klan, não aos fascistas, não aos racistas", repetiam os estudantes, procedentes de Manhattan e do Queens, alternando os gritos com "Digam alto, digam claro, refugiados são bem-vindos aqui".

Em Washington, algumas centenas de estudantes, também do ensino médio, marcharam pelo Mall, a esplanada gramada que vai do Capitólio até o Lincoln Memorial, rumo à Casa Branca. Os protestos ocorrem um dia depois de centenas de estudantes deixarem as salas de aula para participar de manifestações contra a eleição de Trump em Portland, Oregon; Silver Spring, Maryland; e Los Angeles.

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"Estamos mostrando às pessoas que o que Donald Trump diz e sua retórica não estão corretos mesmo que ele tenha sido eleito presidente", disse Grace, uma estudante de 17 anos, que se identificou apenas pelo primeiro nome. A Trump Tower tornou-se o epicentro de protestos diários desde que o bilionário venceu as eleições, há uma semana.

Grace disse que as manifestações são um lembrete às autoridades locais de que "só porque Trump foi eleito não significa que as políticas sobre as quais ele falou durante a eleição precisam avançar". Algumas jovens no meio da multidão gritavam "Meu corpo, minha escolha", expondo as preocupações com possíveis recuos nos direitos das mulheres ao aborto no governo de Trump, que prometeu levar juízes defensores da vida à Suprema Corte.

Logo após assumir a Presidência, Trump terá que preencher um posto deixado vago na Suprema Corte com a morte do juiz conservador Antonin Scalia, em fevereiro passado. O direito das americanas à interrupção da gravidez foi estabelecido em 1973, na histórica sentença da Suprema Corte sobre o caso Roe versus Wade. Se uma corte mais conservadora predominar, caberá aos estados, individualmente, decidir se vai permitir ou não a realização de abortos.

"Estando em Nova York, isso realmente não vai nos afetar, mas irá afetar muitas pessoas em outros estados que não têm o mesmo privilégio", disse à AFP Greta, de 17 anos. Outra manifestante declarou à AFP que espera que o sistema americano de uso do colégio eleitoral para eleger presidentes seja mudado. Trump chegou à Casa Branca ao levar a maior parte dos delegados no colégio eleitoral, mesmo que a adversária, a democrata Hillary Clinton, tenha liderado no voto popular.

Enquanto ela falava, um homem que passava pelo grupo mostrou a ela e às suas colegas o dedo do meio. Desde a eleição de Trump, na terça-feira passada, protestos têm sido registrados em todo o país. Dezenas de policiais montam guarda no entorno da Trump Tower, onde Trump passa a maior parte do tempo, trabalhando na composição do novo governo.

Centenas de estudantes do ensino médio de Los Angeles deixaram as salas de aula nesta segunda-feira para protestar contra a eleição de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos. Os jovens exibiam cartazes com dizeres "Levantem-se" e "Fiquem juntos", que se misturavam a bandeiras dos Estados Unidos e do México.

A mobilização foi realizada de forma pacífica no leste de Los Angeles até uma praça em Boyle Heights, bairro predominantemente hispânico. Os protestos foram realizados apesar do apelo das autoridades de não perder aulas e encontrar outras forças para expressar seu incômodo com a eleição do republicano na semana passada.

"Apesar de ter passado uma semana da eleição presidencial, muitos estudantes continuam preocupados com o desenlace [da eleição] e querem que suas vozes sejam ouvidas", disse Michelle King, superintendente do distrito escolar de Los Angeles.

"Queremos que nossos alunos saibam que não estão sozinhos. No entanto, é fundamental que os estudantes não permitam que seus sentimentos ponham sua educação em risco", acrescentou. Manifestações anti-Trump foram realizadas em toda a semana passada depois das eleições. No fim de semana, umas dez mil pessoas marcharam em Los Angeles e quinze mil em Nova York.

Os manifestantes criticam o discurso incendiário que o presidente eleito teve contra imigrantes, muçulmanos e mulheres na campanha. "Quero dizer às pessoas que não queremos Donald Trump como nosso presidente porque é um racista, tenho mais imigrantes e tenho medo de perdê-los", disse Evelin Miranda, de 16 anos, ao jornal Los Angeles Times.

A princípio, Trump afirmou que os protestos contra ele tinham sido "incitados" pela mídia, mas na sexta-feira baixou o tom e elogiou os manifestantes por sua "paixão por nosso grande país".

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu renunciar ao salário de US$ 400 mil por ano pago ao chefe da Casa Branca.

Com uma fortuna estimada em cerca de US$ 4 bilhões, segundo a revista Forbes, o republicano disse em entrevista ao programa 60 Minutes, da emissora CBS, que receberá apenas US$ 1 por ano.

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"Acho que, por lei, tenho que ganhar pelo menos US$ 1 por ano, então pegarei US$ 1 por ano", afirmou Trump, que alegava nem mesmo saber qual era o salário do presidente dos Estados Unidos. Ao ouvir da jornalista Lesley Stahl que os honorários são de US$ 400 mil anuais, rebateu: "Não receberei".

O republicano assumirá a Casa Branca no próximo dia 20 de janeiro, após ter derrotado a democrata Hillary Clinton na eleição presidencial de 8 de novembro. Segundo a Agência Ansa, ontem (13), Trump anunciou os primeiros integrantes de sua equipe. Reince Priebus, presidente do Partido Republicano e expoente do establishment que o magnata tanto criticou, será chefe de gabinete.

Já Stephen Bannon, que teve papel de destaque na campanha de Trump, será seu principal estrategista e conselheiro sênior. Ex-diretor do banco Goldman Sachs e presidente do site ultraconservador Breitbart News, Bannon é ligado à ala mais radical do Partido Republicano e já criticou duramente a cúpula da legenda. 

As eleições presidenciais nos Estados Unidos ocorreram na última terça-feira, dia 8, com dois fortes candidatos dos partidos Republicano e Democrata. Donald Trump e Hillary Clinton enfrentaram uma intensa batalha pelo cargo governamental mais importante do país norte-americano.

A vitória, que havia sido prevista em um episódio de Os Simpsons, transmitido em 2000, ficou com Trump, que teve 48% dos votos válidos. No antigo capítulo, intitulado Bart no Futuro, o filho mais velho de Homer e Marge veem um futuro em que Lisa, sua irmã, é eleita presidente e precisa recolher os cacos após a passagem de Trump pela Casa Branca. "Como vocês sabem, nós herdamos uma grande crise orçamentária do presidente Trump", dizia Lisa a seus funcionários durante o episódio.

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Mas, pelo visto, a previsão da vitória do empresário não foi bem o que os roteiristas do seriado queriam. E para se manifestarem sobre isso, eles fizeram um novo capítulo, onde Bart, na clássica cena de abertura, aparece em frente a lousa escrevendo em inglês a seguinte mensagem: Being right sucks, que traduzido para o português significa 'Estar certo é um saco'.

Pela quinta noite consecutiva, manifestantes voltaram a marchar nesse domingo (13) pelas ruas das principais cidades norte-americanas em protesto contra as políticas de Donald Trump, o empresário que ganhou as eleições para a presidência  dos Estados Unidos na última terça-feira (8). A vitória de Trump ocorreu depois de uma campanha eleitoral em que ele prometeu expulsar imigrantes sem documentos e construir um muro na fronteira com o México.

Os manifestantes fizeram protestos no centro de Nova York, em Los Angeles e em San Francisco, no estado da Califórnia, e na Filadélfia, maior cidade do estado da Pensilvânia.

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Em Nova York, os manifestantes gritaram refrãos contra as políticas do novo presidente. Um dos cartazes, no meio da multidão, dizia: "O ódio não nos fará grandes". Na Filadélfia, os manifestantes gritaram palavras de ordem a favor da democracia e carrregaram cartazes com os dizeres: "Donald Trump tem de ir".

Em Los Angeles, os manifestantes se reuniram nas proximidades da sede local da rede de televisão CNN e, em San Francisco, 8 mil pessoas marcharam pelo centro da cidade cantando "O amor supera o ódio".  Em Oregon, a polícia informou que prendeu 71 pessoas no início do domingo durante os protestos contra Trump em Portland, a maior cidade do estado. Os manifestantes foram acusados de "má conduta" pela polícia.

A fabricante de tênis New Balance tornou-se alvo de manifestações após um dos executivos da empresa se colocar a favor do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Internautas apareceram queimando os sapatos confeccionados marca, após o vice-presidente de relações públicas da New Balance, Matthew LeBretton, afirmar que "a gestão de Obama não nos deu ouvidos e, francamente, achamos que com o presidente eleito Trump, as coisas vão andar para a direção correta".

A New Balance é contra a Parceria Trans-Pacífico (TPP, na sigla em inglês), acordo comercial com os países da América Latina e Ásia negociado por Barack Obama, que Trump se colocou a favor da extinção durante a campanha.

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Em contrapartida aos manifestantes contrários a Trump, eleitores do presidente eleito fizeram uma campanha para que a marca seja mais comprada pelos americanos. 

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O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, está dando sinais de que pode recuar em algumas promessas feitas durante a campanha eleitoral, entre as quais a construção de um muro na fronteira com o México (a ser pago com dinheiro do governo mexicano), a proibição de muçulmanos de entrar em território norte-americano, a expulsão de imigrantes sem documentos e a revogação do Obamacare, uma lei aprovada pelo pelo presidente Barack Obama em março de 2010 que reduz os custos do seguro saúde de milhões de americanos.

Trump foi escolhido o novo presidente dos Estados Unidos em eleições realizadas na terça-feira (8). Mas agora, tanto Donald Trump quanto seus principais assessores estão passando a mensagem de que algumas medidas vão ter de esperar, porque serão revistas, e que outras só serão cumpridas parcialmente.

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Donald Trump, que havia repetidamente prometido durante a campanha que iria revogar o Obamacare, disse em uma entrevista ao The Wall Street Journal que pensa em manter partes importantes da lei. Ele mudou de opinião depois de ouvir ponderações do presidente Barack Obama, em um encontro que eles tiveram na Casa Branca um dia depois do anúncio da vitória de Trump nas eleições para presidente dos Estados Unidos.

Na entrevista ao jornal americano, Trump disse que está disposto a deixar em vigor disposições que proíbem as seguradoras de negar cobertura aos pacientes, alegando condições de saúde preexistentes. E disse também que pretende manter a parte da lei que garante aos filhos dos segurados a cobertura do plano até a idade de 26 anos. "Eu gosto muito disso", disse Trump na entrevista.

Segundo o jornal The Washington Post, o ex-presidente da Câmara dos Representantes (que equivale à Câmara dos Deputados brasileira) Newt Gingrich, hoje um dos principais assessores do presidente eleito, lançou dúvidas esta semana sobre a viabilidade de o novo governo conseguir recursos do México para pagar o muro que Trump pretende construir na fronteira sul dos Estados Unidos. "Ele já vai gastar muito tempo controlando a fronteira. Mas ele pode não [ter esse tempo todo para] gastar para fazer com que o México pague por ele, mas [de qualquer forma] foi uma grande promessa de campanha ", disse Gingrich.

O ex-prefeito de Nova York Rudolph W. Giuliani, um dos conselheiros mais próximos de Trump, disse que sem dúvida o muro será construído, mas a data da construção está longe de ser uma questão resolvida. Ele disse em uma entrevista à emissora de televisão CNN que o que Trump deve priorizar inicialemente é a aprovação da reforma fiscal, e não a construção do muro na fronteira mexicana.

Se realmente Donald Trump quiser cumprir a promessa de campanha de expulsar imigrantes sem documentos, a primeira dificuldade será saber quantas pessoas estão nessa situação. A falta de números confiáveis pode atrasar ou inviabilizar a proposta. As estimativas sobre o número de imigrantes que trabalham sem documentos nos Estados Unidos variam de 1 milhão a 6 milhões de pessoas. Durante a campanha eleitoral, Donald Trump disse, em vários comícios, que pretendia expulsar 11 milhões de pessoas que estariam em território norte-americano sem documentos.

Banir a entrada de muçulmanos nos Estados Unidos é uma das propostas de campanha mais difíceis de serem viabilizadas porque envolve questões éticas e de religião. Ao longo da campanha, Donald Trump foi fazendo modificações nessa proposta. No início, ele se referia genericamente aos muçulmanos. Depois, disse que só seriam barrados os muçulmanos vindos de países "comprometidos com o terrorismo".

Agora, depois de eleito, Trump sequer mencionou a expulsão dos muçulmanos. Ao fazer a primeira visita ao Congresso americano, Trump citou como propostas a serem executadas por seu governo apenas as questões de fronteira (imigrantes), os cuidados com a saúde (Obamacare) e a criação de empregos.

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