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Paolo Guerrero, atacante do Peru e do Flamengo, conhecerá sua punição somente na semana que vem. A informação é do presidente do Comitê de Disciplina da Fifa, Justice Anin Yeboah, que está em Moscou para o sorteio da Copa do Mundo de 2018.

A audiência de Guerrero ocorreu na quinta-feira na sede da Fifa, em Zurique. Ele foi ouvido depois de seu exame de doping ter dado resultado positivo. Por quatro horas, a acusação apresentou as supostas provas, enquanto os advogados brasileiros do jogador deram a sua versão.

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Yeboah não indicou para qual lado pesaria sua decisão. Mas elogiou a fluência dos advogados de Guerrero. "Anunciaremos uma decisão nesta semana que vem", disse.

Na quinta-feira, ao deixar a audiência, o jogador declarou que é "inocente". "Vim até aqui, na Suíça, para mostrar isso. Graças a Deus, consegui todas as provas que são fundamentais. Agora, é só aguardar a resposta da Fifa", declarou o atacante do Flamengo.

O jogador responde à investigação por ter testado positivo para uso de benzoilecgonina, um metabólito da cocaína, em exame realizado depois do empate em 0 a 0 entre Argentina e Peru, em Buenos Aires, pela penúltima rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa da Rússia de 2018, no dia 5 de outubro. Por isso, foi suspenso preventivamente pela Fifa.

A principal suspeita era justamente sobre o uso de cocaína, mas o atacante garantiu que esta possibilidade já foi descartada pela entidade. "Está descartado o uso de cocaína, isso não conta mais", afirmou o jogador, que ainda explicou: "A quantidade (encontrada de benzoilecgonina) é muito pequena, não chega a ser considerado doping".

Por conta da punição, Guerrero ficou impedido de defender a seleção peruana nas duas partidas da repescagem da Copa do Mundo de 2018, diante da Nova Zelândia. Mesmo assim, o país garantiu vaga no Mundial, que seria o primeiro do atacante.

O atacante peruano Paolo Guerrero desembarcou nesta quarta-feira no aeroporto de Zurique, na Suíça, onde deverá acompanhar o seu julgamento por acusação de doping na sede da Fifa, marcado para acontecer nesta quinta.

Na chegada, o jogador - afastado preventivamente pela entidade que rege o futebol por 30 dias - estava ao lado de dois advogados que farão a sua defesa e do bioquímico Luiz Carlos Cameron.

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Guerrero responde à investigação por ter testado positivo para uso de benzoilecgonina, um metabólito da cocaína, em exame realizado depois do empate em 0 a 0 entre Argentina e Peru, em Buenos Aires, pela penúltima rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa da Rússia de 2018, em jogo ocorrido no dia 5 de outubro.

O atleta tem reafirmado a sua inocência e demonstrado confiança na absolvição. A substancia é proveniente de folha de coca, bastante consumida por populações de países da América do Sul em forma de chá.

Ele está afastado dos gramados desde o início de novembro e não pôde atuar nas duas partidas contra a Nova Zelândia (empate por 0 a 0, em Wellington, e vitória por 2 a 0, em Lima) pela repescagem do Mundial, que garantiu a classificação do Peru após 36 anos de ausência em uma Copa do Mundo.

O peruano também desfalcou o Flamengo nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro e da Copa Sul-Americana. Guerrero, que não esteve em campo na vitória por 2 a 1, de virada, sobre o Junior Barranquilla, no Maracanã, na semana passada, não poderá defender o clube rubro-negro na segunda e decisiva partida entre os times pela semifinal da competição, que será disputada nesta quinta, na Colômbia.

Diferentemente do que estava programado, Anderson Silva não vai mais participar do UFC Xangai, no próximo dia 25, na China, onde enfrentaria o norte-americano Kelvin Gastelum. A organização da modalidade informou, por meio de um comunicado, que o lutador brasileiro foi suspenso preventivamente depois que os organizadores do UFC foram notificados nesta sexta-feira de que ele foi flagrado em um exame antidoping que apontou um potencial uso de doping.

"A organização do UFC foi notificada hoje que a Agência Norte-americana Antidopagem (USADA) informou Anderson Silva sobre uma possível violação da Política Antidopagem decorrente de uma amostra coletada fora de período de competição, em 26 de outubro de 2017. Como resultado, Silva foi provisoriamente suspenso pela USADA (a Agência Antidoping dos Estados Unidos). Devido à proximidade da luta programada para o UFC Fight Night Xangai, na China, em 25 de novembro de 2017, contra Kelvin Gastelum, Silva foi retirado do card e o UFC está atualmente buscando um substituto", anunciou o comunicado, que não informou qual foi a substância proibida encontrada neste exame realizado pelo atleta brasileiro.

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Desta forma, Anderson Silva se vê envolvido em mais um episódio de doping que mancha a trajetória de sua gloriosa carreira no UFC. Há quase três anos, em janeiro de 2015, o ex-campeão dos médios foi pego em três testes realizados naquele mesmo mês antes de enfrentar Nick Diaz no dia 31, no UFC 183, quando derrotou o norte-americano.

Naquela ocasião, ele foi flagrado em um exame fora do período de competição e depois em dois testes colhidos por laboratórios diferentes realizados no dia de sua luta contra Diaz. As amostras apontaram o uso das substâncias proibidas androsterona, drostanolona, temazepam e oxazepam.

Desta forma, este então seria o quarto exame feito por Anderson Silva com resultado positivo para uso de doping. Em 2015, o astro recebeu uma suspensão de um ano da Comissão Atlética de Nevada (NAC, na sigla em inglês), então responsável pelo controle antidopagem do UFC, que também anulou a vitória do brasileiro sobre Diaz.

Agora, este controle de doping é realizado pela Agência Antidoping dos Estados Unidos, sendo que o comunicado divulgado nesta sexta-feira também destacou: "A USADA, administradora independente da Política Antidopagem do UFC, tratará o gerenciamento de resultados e a adjudicação apropriada deste caso envolvendo Silva. De acordo com a Política Antidopagem do UFC, existe um processo legal completo e justo que é oferecido a todos os atletas antes de serem impostas quaisquer sanções. Informações adicionais serão fornecidas no momento apropriado, de acordo com o avanço do processo".

Por ser reincidente, Anderson Silva agora corre o risco de receber outra punição pesada. E, curiosamente, essa também é a segunda vez que um combate entre ele e Kelvin Gastelum é cancelado. Inicialmente, os dois tinham luta programada para acontecer em julho, no UFC 212, no Rio, mas o norte-americano foi suspenso após um exame, realizado no mesmo dia em que enfrentou Vitor Belfort no UFC Fortaleza, em março, apontar uso de maconha. Por causa da irregularidade, Gastelum foi suspenso por três meses, antes de retornar ao octógono em julho, quando foi superado pelo seu compatriota Chris Weidman no UFC Long Island. Weidman, por sinal, que já derrotou Anderson Silva por duas vezes.

Paolo Guerrero tem se mantido recluso desde que foi flagrado em exame antidoping, mas nesta quinta-feira (9), utilizou as redes sociais para falar sobre o assunto. Em curta postagem na sua página do Facebook, o atacante do Flamengo se mostrou confiante na absolvição e agradeceu o apoio que vem recebendo.

"Muito obrigado a todos pelo seu apoio! Confio que a verdade logo aparecerá e voltarei aos gramados para defender com alma e coração as cores do meu país", escreveu o jogador.

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Guerrero foi flagrado em exame antidoping pelo uso de benzoilecgonina no fim da semana passada e acabou suspenso preventivamente pela Fifa por 30 dias. Sua contraprova deve ser aberta ainda nesta quinta-feira e em caso de confirmação da infração, o atacante pode pegar até quatro anos de suspensão.

A defesa do atacante tenta sua liberação para que ele volte a atuar pelo Flamengo e a seleção peruana. Afinal, o país vive momento definitivo na luta pela classificação para a Copa do Mundo do ano que vem, já que inicia a disputa da repescagem com a Nova Zelândia neste sábado.

Campeã olímpica da maratona nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, a queniana Jemima Sumgong foi suspensa por quatro anos nesta terça-feira por conta de doping. A atleta de 32 anos foi flagrada com EPO, típico caso de doping sanguíneo, recorrente em infrações do tipo no ciclismo.

Sumgong foi flagrada em teste realizado fora de competições, no fim de fevereiro deste ano. O exame detectou doping por EPO, ou eritropoietina, hormônio que regula a produção de células vermelhas, responsáveis pelo transporte de oxigênio no sangue.

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Por conta do exame positivo, a queniana foi punida com suspensão de quatro anos no início de abril, sem poder defender o título da Maratona de Londres, que seria disputada duas semanas depois. Ela apresentou recurso, que foi analisado e julgado nesta terça. Sem sucesso, teve mantida o gancho de quatro anos.

Em sua defesa, a corredora alegou que o hormônio foi resultado de uma internação num hospital de Quênia dias antes da realização do teste. Ela teria procurado o local por conta de uma complicação em sua gravidez.

No entanto, o tribunal elaborado pela Agência Antidoping do Quênia não encontrou registros nem de sua entrada no hospital e nem do tratamento supostamente realizado no local - cujo nome não foi revelado. De acordo com o tribunal, a justificativa da maratonista é "inconsistente ao máximo"

Sumgong fez história no Rio de Janeiro ao se tornar a primeira queniana a faturar a medalha de ouro na maratona olímpica. O resultado positivo no doping não vai tirar sua conquista. Mas vai impedir a atleta de participar do Mundial de 2019 e dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.

O atacante Paolo Guerrero foi flagrado no exame antidoping após a partida entre Peru e Argentina, em 5 de outubro, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo da Rússia de 2018. A CBF confirmou a informação na tarde desta sexta-feira, mas ainda não sabe qual foi a exata substância detectada no teste.

O presidente do controle de dopagem da entidade, Fernando Solera, concedeu entrevista ao Sportv e explicou a situação do centroavante do Flamengo. "O que existe no momento é um resultado analítico adverso para uma substância estimulante. Os estimulantes estão na categoria S6. Pode vir de uma medicação utilizada, e aí não é um resultado positivo. Caiu por terra essa história de enviar a lista do que é administrado. O que está na lista da Wada (Agência Mundial Antidoping) não pode ser administrado, só se o jogador tem uma justificativa médica", disse.

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O jogador ainda tem cinco dias para apresentar a defesa e tem o direito de solicitar uma contraprova. Caso o novo exame dê novamente positivo, Guerrero deve receber uma punição oficial da Fifa e aí fatalmente ficaria de fora dos dois duelos da seleção peruana da repescagem por uma vaga ao Mundial da Rússia. A equipe enfrentará a Nova Zelândia nos dias 11 e 16 de novembro.

Guerrero está há 14 dias sem atuar pelo Flamengo, desde que voltou ao clube após ter defendido o Peru nas rodadas finais das Eliminatórias Sul-Americanas. Na ocasião, o clube alegou que o centroavante se recuperava de um edema na coxa. Ele voltou a treinar nesta manhã de sexta e o time rubro-negro pretendia contar com ele no jogo contra o Grêmio, em Porto Alegre, no próximo domingo.

Solera disse que, enquanto a contraprova não confirmar o doping, Guerrero está liberado para jogar. De acordo com ele, o centroavante poderia entrar em campo pelo Flamengo no Campeonato Brasileiro. "Não teria problema. Enquanto não for confirmado, ele pode jogar", garantiu.

A ex-médica da equipe olímpica da China Xue Yinxian, 79 anos, acusou mais de 10 mil atletas chineses de utilizaram substâncias proibidas para disputar competições. A denúncia foi divulgada pela emissora alemã "ARD" e será investigada pela Agência Mundial Antidoping (Wada).

Segundo Yinxian, o uso das substâncias proibidas teria acontecido entre os anos 1980 e 1990, com atletas de diversas modalidades, como futebol, vôlei, basquete, tênis de mesa, salto ornamental, ginástica e levantamento de peso.

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A ex-fisioterapeuta comentou que as substâncias eram aplicadas até em "crianças de 11 anos" e que quem não aceitasse o método era considerado "um perigo para o país". Ainda de acordo com a médica, ela foi demitida do time olímpico chinês por ter se recusado a dar substâncias proibidas a uma ginasta. Recentemente, ela pediu asilo político na Alemanha.

Em nota, a Wada afirmou que irá apurar a denúncia, além de convocar uma equipe para investigar e analisar as informações sobre o assunto.

Doping de atletas russos Em 2015, um escândalo de doping atingiu a equipe olímpica da Rússia, que foi proibida de disputar os Jogos Olímpicos de 2016 e os Mundiais de diversas modalidades. Em um relatório criado a pedido da própria Wada pelo investigador Richard McLaren, o país foi acusado de um esquema "de Estado" para dopar atletas de alta performance em mais de mil casos. No entanto, em setembro deste ano, 95 dos 96 atletas russos investigados pelo uso de doping foram absolvidos por "insuficiência de provas".

Nos últimos anos, a Wada e o Comitê Olímpico Internacional (COI) tem refeito dezenas de exames realizados durante as Olimpíadas de Atenas, Pequim e Londres com métodos mais modernos de detecção de substâncias proibidas. Vários atletas já perderam suas medalhas por conta dos novos testes.

Da Ansa

O Guarani perdeu uma peça importante do seu elenco para a reta final da Série B do Campeonato Brasileiro. Sem atuar desde o início do mês, o atacante Eliandro foi pego no exame antidoping na vitória sobre o Paraná, por 1 a 0, ainda no primeiro turno. Ele foi flagrado com o diurético Furosemida e está provisoriamente suspenso por 30 dias.

A substância é normalmente usada para remover edemas devido a problemas cardíacos, hepáticos ou renais, mas também pode ser administrada para reduzir a hipertensão arterial ou perder peso - age contra a retenção de líquidos. A Furosemida está na lista de substâncias proibidas pela Agência Mundial Antidoping porque pode ser utilizada para mascarar outros medicamentos ou drogas, como a maconha e a cocaína.

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Eliandro não foi relacionado nos últimos dois jogos do clube, derrota para o Náutico por 2 a 0 e empate com o ABC por 1 a 1, e participou de apenas alguns trabalhos com bola, desde que foi diagnosticado com uma lesão no joelho, no dia 7 de outubro.

O atacante agora aguarda um julgamento no TJDAD (Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem). Apenas o atleta, responsável isolado pelo ato, será julgado. O Guarani não corre nenhum risco de punição. O clube na verdade está preocupado com sua situação na tabela da Série B. Com 35 pontos, ocupa a 16ª posição, correndo risco de ser rebaixado para a Série C. Nesta sexta-feira recebe no Brinco de Ouro o Juventude pela 31ª rodada.

Em nota publicada na noite desta terça (22), o UFC afirma ter sido notificado pela Agência Antidopagem dos Estados Unidos (USADA) que o atual campeão do peso meio pesado, Jon Jones, pode ter ltado sob efeito de anabolizantes contra Daniel Cormier. A amostra foi coletada após a pesagem para o evento em que retomou o cinturão, no dia 28 de julho passado.

Ainda de acordo com o UFC, a USADA e a Comissão Atlética do Estado da Califórnia (CSAC) serão responsáveis pela apuração dos fatos a partir de agora - "garantindo o processo legal justo" - que irão determinar a suspensão ou não de Jones.

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Apesar de não deixar claro na nota, caso o doping se confirme, Jon Jones poderá perder o cinturão e coloca sua carreira em risco, uma vez que já ficou afastado um bom tempo após ter atropelado uma mulher grávida e foi constatado que o mesmo estava sob efeito de cocaína.

O UFC encerra a nota dizendo que "informações adicionais serão fornecidas no momento apropriado à medida que o processo avança".

Na última sexta-feira (18), o site oficial do Ultimate anunciou que o lutador brasileiro Junior Cigano foi cortado da luta contra o camaronês Francis Ngannou, depois de ser notificado pela Agência Antidopagem dos Estados Unidos( USADA) por doping. A luta estava marcada para o dia 9 de setembro, em Edmonton, Canadá, pelo UFC 215. Na amostra coletada no dia 10 deste mês apareceu um diurético que é proibido pelo código da Agência Mundial Antidoping (WADA).

Após a denúncia, Cigano usou seu perfil no Instagram para se pronunciar e prestar esclarecimentos sobre a acusação. Na publicação, feita no último domingo (20), o lutador afirma que nunca trapacearia e ressaltou a vontade de enfrentar Francis Ngannou. "Oi, pessoal, não estou aqui para dar explicações, logo tudo será esclarecido para todos vocês e, sem dúvidas, a verdade prevalecerá. Estou aqui em respeito a todos vocês. Eu só quero que saibam que essa situação tem sido bastante difícil para mim, meu time e minha família. Eu nunca trapacearia, isso vai contra tudo o que acredito e apoio. Nós estamos investigando isso a fundo e logo descobriremos o que aconteceu, aprenderemos com isso e seguiremos em frente. Espero que em um futuro próximo, Francis Ngannou e eu possamos nos enfrentar e dar a vocês a luta que estavam esperando ver. Por agora, muito obrigado por todo seu apoio, isso significa muito para mim e é por isso que estou aqui", escreveu Cigano.

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O programa da CBF para controle do doping no futebol brasileiro precisa de bastante ajuste. É o que recomenda o médico português Luis Horta, que por ocasião da Olimpíada do Rio-2016 foi contratado como consultor internacional da Autoridade Brasileira de Controle de Doping (ABCD), mas que deixou o País antes dos Jogos, descontente com a interferência no trabalho de controle. Ao falar especificamente do futebol, ele ainda adverte que o controle de doping é frágil.

"A CBF tem comissão de controle e um número substancial de amostras é coletado por ano", disse Luis Horta, em entrevista exclusiva ao Estado. "O Brasil é o país que talvez mais colete amostras, com 5 mil por ano. Mas, quando cheguei à ABCD e comecei a conhecer o programa da CBF, me dei conta de que muito teria de ser melhorado".

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Entre os problemas verificado por Luis Horta, está a inexistência de controles fora do período de campeonatos. "Praticamente não há controles fora de competição. Havia resistência da CBF sobre esse tema. Eles entendem que, como há um controle em cada rodada e como existem jogos no meio da semana e no fim da semana, não haveria tempo para que um atleta se dope", contou.

O médico, porém, disse ter deixado claro que não é bem assim. "Expliquei que isso é uma falácia. Hoje, algumas substâncias só são detectadas no sangue ou urina em 24 horas. Se um atleta tem um jogo no domingo, ele pode se dopar no domingo pela noite e, na quarta, estará totalmente limpo".

Fernando Solera, presidente da comissão de controle antidoping da CBF, garante que a entidade não fecha os olhos para este risco e que a realização de exames fora de competição faz parte dos planos. "Existe um programa de colaboração junto com a ABCD. Neste nosso acordo entre CBF e ABCD vai ser contemplado os exames fora de competição", afirmou. "Os exames fora de competição no futebol brasileiro estarão a cargo da ABCD, mas com a participação dos médicos de controle de doping da CBF".

DIFICULDADE - O responsável pela comissão antidoping da entidade disse que assinou o contrato de colaboração com a ABCD, há um ano e dois meses, exatamente por causa disso. Ele pondera que não existe no futebol uma maneira eficiente de se fazer o controle fora de competição porque os exames são pagos. "Alguém tem de pagar esse exame. Como eu chego em um clube e falo: ‘Todo o seu elenco vai ser analisado e, portanto, o custo de todos os exames é por conta do clube’? Impacta, não tem dispositivo legal para isso porque é uma atividade profissional".

Ele diz que o acordo com a ABCD é para que a autoridade faça os exames, mas não à revelia. "Não deixei que seja feito assim: ‘Eles vão lá, escolhem quando quiserem’. Tem de ser feito juntamente com a nossa comissão, porque o futebol conhece a minha comissão, não conhece a comissão da ABCD. Seria mais adequado estarmos participando disso".

Fernando Solera, porém, diz ter uma opinião contrária à de muita gente sobre os exames fora de competição. "Comparo os dados estatísticos e contra números não há argumentos. Se eu pegar todos os resultado analíticos adversos, ou seja, os positivos da Wada, os positivos da Fifa e os positivos da CBF. A Wada tem 1,08% de positivos no mundo, a Fifa tem 1,4% de positivos e a CBF tem 0,1%".

O médico acrescenta que a entidade tem controle de doping em toda partida de futebol. "Isso inibe muito um jogador, um médico, uma pessoa mal intencionada em dopar um atleta do futebol profissional", argumentou Fernando Solera. "Enquanto eu tiver esses dados estatísticos me mostrando que o caminho é por aí, pouco vou brigar para que aconteçam exames fora de competição", considerou o responsável pela área na CBF.

Em entrevista de avaliação final da Copa das Confederações, o homem forte do futebol russo e um dos principais líderes políticos do país, Vitaly Mutko, não escondeu a irritação neste sábado diante de perguntas sobre doping no esporte da Rússia, principalmente no futebol, às vésperas da Copa do Mundo.

Vice-primeiro-ministro da Rússia, Mutko se irritou ao ouvir perguntas sobre denúncia recente do advogado Richard McLaren sobre supostos casos de doping no futebol do país. "Se eu fizer uma dança típica russa agora em frente de você, você vai parar de fazer este tipo de pergunta?", disse o político a um dos jornalistas presentes na entrevista coletiva realizada em São Petersburgo.

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Segundo a mesma denúncia, Mutko é acusado de acobertar casos de doping no futebol. Há suspeitas de que atletas olímpicos usaram substâncias proibidas nos Jogos Olímpicos de Inverno, em Sochi, em 2014. Mesma suspeita recai sobre jogadores da seleção na Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Por conta disso, dezenas de amostras russas serão reexaminadas nas próximas semanas e podem gerar eventuais punições ao país-sede da próxima Copa.

"Estamos esperando pelo resultado destes relatórios", garantiu o presidente da Fifa, Gianni Infantino, também presente na coletiva. Ele assegurou que haverá punições, caso sejam comprovados os casos de doping. "Se algo surgir da investigação, haverão sanções, obviamente."

Vitaly Mutko, mais uma vez, negou qualquer irregularidade na política antidoping do seu país. "Nunca iríamos decepcionar uma organização tão poderosa e tão respeitável como essa", afirmou, em referência à Fifa. Ainda não há prazo para a revelação do resultado dos novos testes.

Após um ano e sete meses de suspensão, a Agência Mundial Antidoping (Wada) decidiu amenizar a punição aplicada à Agência Antidoping da Rússia (Rusada). Em comunicado anunciado nesta terça-feira, a entidade mundial liberou parcialmente a retomada de testes pela agência russa, sob a supervisão de especialistas internacionais e da agência britânica.

A Rusada estava suspensa desde novembro de 2015 por conta das seguidas denúncias de irregularidades nos testes antidoping realizadas no país. O escândalo teve início com suspeitas no atletismo, que até tirou esta modalidade russa da Olimpíada do Rio de Janeiro, e culminou em revelações de que amostras positivas eram substituídas por negativas durante a disputa dos Jogos de Inverno de Sochi, em 2014.

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Pelas investigações de um painel independente, sob supervisão da Wada, havia um forte esquema de corrupção na política antidoping da Rússia, que envolvia atletas, treinadores, dirigentes esportivos e até autoridades do estado. O país correu risco de ser cortado da Olimpíada do ano passado.

Após as denúncias, as entidades internacionais esportivas passaram a pressionar o Comitê Olímpico Internacional (COI) e a Wada, que cobrou mudanças profundas nos testes antidoping da Rússia. A lista de exigências começou a ser cumprida nos últimos meses. Em maio, a Agência Mundial definiu quatro pontos que ainda não haviam sido alcançados.

Um deles era o veto à indicação de Yelena Isinbayeva à presidência da Rusada. A ex-atleta do salto com vara causou polêmica ao criticar publicamente as punições sofridas pelo esporte russo e até duvidou da lisura das investigações. Oficialmente, a Wada exigiu que o presidente da Rusada fosse definido por um comitê independente.

A entidade alegara que haveria conflito de interesses neste caso porque Isinbayeva também integra o Comitê Olímpico da Rússia. Este ponto foi superado nesta terça-feira, quando a Rusada trocou a supercampeã do salto com vara por Alexander Ivlev, executivo da área de contabilidade.

Entre os outros pontos, o mais importante foi a liberação dos dados de passaporte biológico de todos os atletas russos para as entidades internacionais. Além disso, a Rusada permitiu acesso a outras informações antidoping do país. Estes pontos vinham sendo avaliados por um comitê independente de compliance da Wada.

"Retomar os testes representa um importante passo rumo à reconstrução do sistema antidoping na Rússia", afirmou o presidente da Wada, Craig Reedie. "Nós encorajamos fortemente a Rússia a continuar com seus esforços para manter seus atletas limpos."

Em seu comunicado, a Wada não revelou detalhes sobre a liberação parcial dos testes na Rússia. Não há informações, por exemplo, sobre a permissão à Rusada de reter amostras de atletas antes de enviá-las aos seus supervisores internacionais. E nem sobre o status do laboratório russo que tinha a permissão de realizar os testes, mas que foi descredenciado diante das denúncias, no fim de 2015.

A Agência Mundial Antidoping (Wada) confirmou que está investigando alegações de falta de controle do uso de substâncias ilegais no esporte brasileiro. A declaração foi publicada neste domingo, depois que a TV alemã ARD revelou como uma rede clandestina forneceria produtos proibidos para atletas e mesmo para a elite do futebol nacional.

"A Wada está ciente do documentário publicado pela emissora alemã ARD", apontou o comunicado da Wada. "Os assuntos levantados no documentário fazem parte de uma investigação em curso atualmente sendo realizada pelo time de investigação e inteligência da Wada", confirmou a entidade com sede no Canadá. De acordo com a agência, nenhum detalhe pode ser dado neste momento sobre a apuração.

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No sábado, a ARD revelou amplas falhas de controle e pressão de instituições no Brasil. A denúncia apontou até mesmo para o envolvimento de ex-jogadores da seleção como Roberto Carlos, consagrado ex-lateral da equipe nacional.

De acordo com a investigação, o País não conta com um sistema de controle suficiente, o treinamento é inadequado, o abastecimento de produtos é amplo, a pressão das instituições é real e a ação judicial é falha.

Apresentando como agente estrangeira de jogadores de futebol em busca de anabolizantes, a equipe de TV entrou em contato com uma rede de abastecimento clandestina e chegou até mesmo a visitar uma fábrica de anabolizantes.

Julio Cesar Alves, um dos médicos que prometia fornecer o material, fica em Piracicaba, no interior paulista. Ao conversar com o grupo alemão sem saber que falava com jornalistas, ele revelou como seus produtos abasteciam jogadores, como o ex-lateral da seleção. Com uma câmera escondida, o grupo ouviu do médico ofertas por clenbuterol e orientando os clientes a deixar de tomar o produto 15 dias antes de uma competição para evitar serem pegos em um exame de doping. Alves ainda os promete dez doses de EPO, o famoso doping sanguíneo.

Uma das atletas pegas no doping no Brasil foi Eliane Pereira. Aos jornalistas, ela garante que não sabia o que Alves a receitava e tomava acreditando que era algo legal. Mas ela admite que o médico ensinava como escapar dos testes e como teve um encontro com um "grande ídolo" da seleção brasileira no consultório do médico. Eliane, porém, se recusa a revelar seu nome.

Flagrado em uma gravação, Alves insiste que já forneceu seus produtos a dois jogadores da seleção. "Eu tratei de Roberto Carlos. Ele chegou a mim com 15 anos", disse, louvando-se de ter ajudado a jogador a ser o que ele se transformou. De acordo com a ARD, documentos de uma investigação no Brasil também apontariam o envolvimento do ex-lateral. Mas procuradores disseram desconhecer o caso. Procurado, o ex-jogador não deu uma resposta à emissora.

IMPORTAÇÃO - De acordo com a investigação, parte dos produtos no mercado brasileiro são importados. Em Assunção, no Paraguai, o grupo de jornalistas chegou a ser levado a uma fábrica de anabolizantes. No encontro, os empresários confirmaram que vendiam anabolizantes e que seu principal mercado era o setor de futebol do Brasil, em grandes quantidades.

"Vendemos para todos os esportes, como atletismo", disseram. "Há pessoas ainda que compram para jogadores que querem ainda atuar quando são mais velhos. Com 34 ou 35 anos ou para aqueles que tiveram alguma lesão", explicou. Segundo o empresário, o produto é enviado para Brasil e Argentina. "Dois ou três fisioterapeutas de clubes brasileiros comprar isso aqui para seus jogadores em fase de recuperação de lesões", disse. "Em um momento que não pode ser detectado em exames de doping", completou.

A investigação ainda aponta como as falhas nos controles seriam amplas no Brasil. Uma das investigações da Wada ocorre justamente com empresas que são terceirizadas no Brasil para realizar os testes.

Numa gravação telefônica que está de posse da Wada, uma das empresas deixa claro que o organizador de um torneio agiu para escolher quem ele quer testar. Ao ser questionada quem seria testado, a empresa responde: "Normalmente testamos os três primeiros colocados e mais três outros. Mas você pode decidir isso", disse.

Para mostrar como o controle é falho, a investigação ainda acompanha como testes de doping são realizados no Palmeiras. A constatação é de que jogadores fiquem à vontade e com tempo suficiente para eventualmente manipular as amostras. Para os especialistas, os testes não ocorrem dentro das regras internacionais.

Entre os diversos especialistas e pessoas excluídas do controle de doping no Brasil, a ARD fala ainda com Luis Horta, ex-chefe de planejamento da ABCD e que denunciou as autoridades brasileiras por terem impedido exames fora de competições com atletas nacionais na preparação para os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

De fato, por meses, os atletas brasileiros deixaram de ser testados fora de competições. "Antes dos Jogos Olímpicos, estávamos sob pressão a não realizar testes de doping sem aviso prévio", disse. "Sob pressão do Comitê Olímpico Brasileiro", esclareceu. "Eu percebi que eles (atletas) não têm o mesmo objetivo. Eles querem medalhas, medalhas, medalhas. Limpas ou não", atacou.

A tenista russa Maria Sharapova volta a disputar um torneio oficial nesta quarta-feira (26) em meio a uma chuva de críticas de seus pares. A russa disputará a partida por volta das 13h30 (horário de Brasília) contra a italiana Roberta Vinci no WTA de Stuttgart, na Alemanha. As duas já se enfrentaram 29 vezes, com 23 vitórias para Sharapova.

As críticas ao retorno às quadras foi feita por inúmeros tenistas mundiais tanto pelo convite dado a ela como pela volta a um torneio de alto nível. Como não tem pontuação no ranking, por ter ficado 15 meses suspensa, Sharapova foi convidada (o chamado "wildcard") a participar do torneio alemão, mas como sua punição só termina hoje, a partida foi "atrasada" para que ela pudesse disputar.

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Normalmente, nas quarta-feiras jogam apenas os jogadores mais bem colocados no ranking. Outro ponto muito criticado é o fato de que ela deveria participar de torneios de qualificação como acontece com qualquer atleta que não tem boa pontuação. A própria adversária de hoje fez duras críticas ao convite à russa.

"Não concordo com o wildcard aqui, em Roma ou em qualquer outro torneio. Ela cometeu erros, pagou por isso e pode voltar a jogar - mas sem convites especiais. Não tenho nada contra ela, mas com a ajuda de dois ou três torneios, ela poderá estar no top 30 e não sei se isso é muito justo", disse Vinci.

Já a número dois do ranking da WTA, a alemã Angelique Kerber, afirmou que é "esquisito" que Sharapova voltar a jogar "em um torneio assim". "Sendo um torneio alemão, há jogadoras alemãs que deveriam receber o convite", acrescentou a jogadora.

Sharapova foi flagrada com a substância meldonium durante o Aberto da Austrália em janeiro de 2016. Apesar de assumir o uso, ela afirmou que não queria burlar as regras porque tomava o medicamento para controlar a diabetes e ele havia sido incluído na lista de medicamentos proibidos apenas no fim de 2015.

A primeira pena foi de suspensão por dois anos, mas o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) reduziu a punição para 15 meses em outubro do ano passado. 

Atual campeã olímpica da maratona, Jemima Sumgong testou positivo para EPO em um testes surpresa realizado fora do período de competições no Quênia, anunciou nesta sexta-feira a Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês). O caso é mais um golpe para o país do Leste da África, conhecido por dominar as provas de longa distância.

Sumgong se tornou a primeira mulher queniana a ganhar o ouro olímpico na maratona dos Jogos do Rio no ano passado, é a atual campeã da Maratona de Londres e liderava a World Marathon Majors, que reúne as principais provas do mundo, o que a levaria a receber um bônus de US$ 250 mil quando a série terminasse em 17 de abril, quando será realizada a Maratona de Boston.

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"A atleta testou positivo para EPO após um teste sem aviso prévio conduzido pela IAAF no Quênia", disse o órgão regulador do atletismo em comunicado. O exame de Sumgong foi "parte de um programa de testes da IAAF fora do período de competições dedicado a maratonas de elite", acrescentou.

A campeã olímpica é a principal atleta do Quênia a ter falhado em um exame antidoping desde os Jogos de Londres, em 2012, colocando novamente em dúvida o êxito do país em combater o uso de substâncias proibidas.

Sumgong também é a segunda queniana a testar positivo para EPO quando liderava a World Marathon Majors. Rita Jeptoo era o principal nome da prova no mundo quando falhou em um teste fora de competição no Quênia em 2014. Inicialmente, recebeu uma suspensão de dois anos, mas depois, em 2016, a punição foi dobrada para quatro anos após a IAAF apelar à Corte Arbitral do Esporte por uma sanção mais severa.

A corredora ainda pode solicitar a realização da contraprova. E se ela também der positivo, Sumgong, de 32 anos, deverá receber uma suspensão de ao menos dois anos.

O Comitê Olímpico Internacional (COI) negou nesta segunda-feira (3) a acusação de que teria acobertado diversos casos de doping na Olimpíada de Pequim, em 2008. A manifestação da entidade aconteceu depois que um programa de TV alemão denunciou que testes positivos de velocistas jamaicanos foram escondidos no evento na China.

"Depois de uma cuidadosa consideração, a Wada (Agência Mundial Antidoping, na sigla em inglês) informou ao COI sobre o padrão de análises que o COI havia realizado e que a Wada não pôde encontrar nenhum padrão significativo e consistente de abuso de clembuterol nestes casos. Então, não seria apropriado levar os casos adiante", explicou o COI.

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De acordo com o documentarista alemão Hajo Seppelt as amostras de urina de "vários" atletas jamaicanos testaram positivo justamente para o uso de clembuterol, uma substância proibida, na repetição das provas de dopagem. Nenhum nome destes possíveis novos casos foi revelado.

O COI admitiu que algumas das amostras testadas novamente acusaram traços de clembuterol no organismo de atletas, mas negou que isso tenha se limitado a competidores jamaicanos e explicou que a pequena quantidade da substância fez com que os casos não fossem encarados como doping.

"Os baixos níveis de clembuterol encontrados nas amostras, abaixo de um nanograma por miligrama, estão em uma faixa que poderia indicar possíveis casos de contaminação por carne", disse a entidade. A China tem fama de utilizar clembuterol para aumentar os músculos dos animais, e os atletas chegaram a ser alertados disso na época da Olimpíada.

Uma das lendas do tênis mundial, o romeno Ilie Nastase afirmou nesta sexta-feira (31) que a norte-americana Serena Williams faz uso de doping e disse que os Estados Unidos não fazem controle antidoping para não afastar os patrocinadores das modalidades e dos atletas.

"A Rússia teve sua imagem prejudicada por casos de doping, mas doping é algo seguro [fácil] de fazer. É só ver a Serena Williams. Você vê como é a aparência dela?", disse o romeno, em entrevista ao jornal Romania Libera, um dos principais do seu país.

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"Entretanto, os americanos não fazem controle antidoping nos seus atletas. Se todas as verdades emergirem sobre os casos de doping nos Estados Unidos, todos os torneios acabariam e os patrocinadores desapareceriam. Não dá para imaginar como seria", declarou o ex-número 1 do mundo.

O ex-atleta, atualmente com 70 anos, foi um dos principais jogadores do mundo nas décadas de 70 e 80. Ele conquistou sete títulos de Grand Slam, sendo dois em simples, e brilhou nos principais torneios de tênis do circuito da época. Ao todo, soma mais de 100 títulos na carreira, entre simples e duplas. Ele deixou o tênis profissional em 1985 e, em 1991, foi indicado ao Hall da Fama do Tênis.

A Federação Paulista de Futebol (FPF) adotou a política de tolerância zero em relação aos casos de doping, que triplicaram entre 2015 e 2016, passando de cinco para 15 jogadores que utilizaram substâncias proibidas pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês).

A primeira medida foi aumentar o número de amostras de urina analisadas. Em 2016, serão 1.650 amostras coletadas em todas as divisões do futebol paulista. Isso significa um aumento de mais de 200 exames em relação ao ano passado. A Uefa, entidade que controla o futebol europeu, costuma analisar mil por ano; a Conmebol, 1.500. A CBF é a "campeã mundial" com mais de 6.000 testes por temporada.

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Outra medida para coibir o uso de substâncias proibidas é a adoção de penas rigorosas. "Os auditores têm a mão pesada e geralmente recomendam a pena máxima", diz Antonio Assunção Olim, presidente do Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo.

Fernando Solera, presidente da Comissão de Controle de Doping da FPF e da CBF, afirma que existe uma recomendação expressa da Federação Paulista de Futebol de buscar o jogo limpo a todo custo. "A orientação é tolerância zero com os casos de doping", sustenta Solera, nomeado pela Fifa na semana passada como a maior autoridade de teste antidoping no Brasil. O argumento principal usado pela entidade, alinhada com as determinações do COI e da Wada, é a necessidade de se garantir uma disputa justa.

Wagner Peres, meia do Água Santa, é um dos jogadores suspensos do futebol paulista. Depois que foi encontrada a substância benzoilecgonina, derivado do metabolismo da cocaína, em seus exames, ele foi banido do futebol até 2020.

Ele afirma que não sabe o que deu errado com os exames e que poderá voltar no fim do ano que vem, se tudo der certo, após pedir revisão do caso. Já tem um acordo com uma equipe de Goiás. A suspensão, obviamente, traz problemas econômicos. Hoje, ele mora com a sogra para economizar. Conta que não procurou outra profissão porque tem esperança de voltar a jogar.

Wagner foi um dos poucos a contar sua história de doping ao Estado e, mesmo assim, a contragosto. Um traço marcante nos casos é o silêncio dos atletas. Os irmãos gêmeos Mario e Matheus Augusto Destro, que atuavam no São Carlos, estão suspensos até 2018 e foram proibidos por seu agente de comentar a pena. "Eles são meninos do bem, que deram vacilo com um medicamento não autorizado. Se ficarem expostos, será difícil empregá-los de novo", diz o empresário Edson Khodor.

A palavra "doping" está diretamente associada à ingestão de substância para ter uma vantagem em relação aos oponentes. Os anabolizantes, por exemplo, provocam o crescimento dos tecidos musculares, resultando na melhoria do desempenho físico. O uso de qualquer substância presente na lista anual da Wada leva o atleta a julgamento. Ele pode ser advertido ou até banido do esporte.

O doping acidental, no entanto, não é raro. Aqui entra o terceiro tópico de atuação da federação: a prevenção. Preocupada com a diminuição do doping involuntário, aquele em que o jogador não sabe que está tomando substâncias proibidas, especialistas percorrem os clubes para oferecer palestras gratuitas de conscientização. Uma dobradinha entre a CBF e a federação resultou na visita a 40 agremiações.

Eles alertam para questões simples. Atletas não podem tomar analgésicos a base de isomepteno (como Neosaldina) ou remédios para hipertensão a base de clortalidona (como Higroton), por exemplo. Qualquer medicamento deve ser informado ao médico do clube.

Nesse quesito, o vilão é o suplemento alimentar, que pode estar contaminado. "Os fabricantes não são obrigados a discriminar todos os componentes das fórmulas", alerta Solera.

Reunido a partir desta quinta-feira (16) em Pyeongchang, na Coreia do Sul, sede da próxima edição dos Jogos Olímpicos de Inverno, o Comitê Executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI) apresentou uma carta com 12 princípios para fortalecer o controle antidoping no esporte olímpico, reafirmando a necessidade de criação de uma autoridade independente de testes da Agência Mundial Antidoping (Wada). A ideia já havia sido apresentada em outubro.

Desta vez, o COI detalha os princípios que acredita serem necessários para que o combate ao doping se fortaleça, especialmente depois da publicação da versão final do relatório do investigador independente Robert McLaren.

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Entre as novidades apresentadas nesta quinta-feira, chama a atenção a proposta de que a nova agência independente, chamada pela sigla ITA, junto com as federações internacionais, crie um Plano de Distribuição Internacional de Testes (ITDP, na sigla sugerida) que determine um número mínimo de testes antidoping para que um atleta seja elegível para participar de Campeonatos Mundiais e dos Jogos Olímpicos. Quem não atingir esse piso, simplesmente não poderia competir.

Pela proposta do COI, seriam as agências antidoping nacionais, conhecidas como NADOs, as responsáveis por executar esses testes, com a Wada assegurando que o ITDP será implementado independente dos interesses nacionais. A ITA seria responsável por aplicar as políticas antidoping, tendo seu conselho formado por representantes de autoridades públicas, do movimento olímpico, da Wada e dos atletas.

Já com relação à Wada, o COI defende que a agência deve ser igualmente independente tanto das organizações esportivas, como a Fifa, quanto dos governos nacionais. "Isso é necessário por causa da percepção de que um conflito de interesses pode ser prejudicial à credibilidade do sistema antidoping", explica o COI, no primeiro item da carta com os 12 princípios.

Chama atenção, aliás, o fato de os itens de a sessão "fortalecer a Wada" apareçam na frente dos da sessão "criação de uma autoridade independente de testes", ainda que a maior novidade esteja nessa segunda. É que quando a ideia foi apresentada, houve um entendimento de que o COI queria enfraquecer a Wada, que continuaria a ser responsável pela política antidoping, mas não mais pelos exames.

Mas o COI agora indica que fortalecer a Wada é prioridade. Para isso, sugere também que os conselhos diretivos da entidade tenha o mesmo número de representantes de governos e de federações internacionais e que o espaço dados aos atletas cresça. O COI ainda pontua que os representantes dos atletas devem ser eleitos por eles (e não indicados, como é agora) e que os conselhos também incluam membros independentes.

Por foi, o documento do COI ainda defende que o presidente e o vice da Wada sejam neutros, sem nenhuma relação com governos ou federações. Craig Reedie, atual presidente da Wada, foi, durante três anos, também vice-presidente do COI.

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