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Três, seis ou onze anos. Seja qual for a faixa etária, os pequenos empreendedores estão se tornando cada vez mais comuns na sociedade. Apesar de ainda estarem na escola, algumas crianças já sabem empreender como gente grande e mostram o quanto são capazes de conquistar seu espaço e fazer o seu próprio negócio.

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Para homenagear os pequenos pelo seu dia, comemorado nesta quinta-feira (12), o LeiaJá foi procurar algumas histórias de “Crianças Empreendedoras”, que além de venderem os produtos que elas mesmas produzem, aprenderam desde cedo a se relacionar com a educação financeira e possuem certa autonomia para conseguir passar o troco aos clientes.

“Eu comecei a vender na escola. Desde pequena gostava de fazer coisas e surgiu a ideia de vender bijuterias durante os intervalos das aulas. Com as primeiras vendas eu consegui arrecadar R$ 120, só de lucro”, comenta a estudante Clara Maia de 11 anos, que começou a vender suas criações aos três anos de idade.

Segundo sua mãe Conceição Simões, tudo teve início quando ela incentivou a pequena a vender produtos artesanais como cartões decorativos. Juntando tintas coloridas, muito papel, recortes de fita decorativa e colagens, a pequena Clara pôde contar com a ajuda da mãe para colocar preço nos seus produtos, vender aos clientes (amigos e familiares) e ainda teve apoio de Conceição quando as vendas foram feitas. 

“Orientei-a sobre como lidar com dinheiro em uma idade precoce, aos 3 anos, e incuti uma base financeira que as escolas muitas vezes não conseguem ensinar. Eduquei ela sobre como investir e como o dinheiro poderá ser usado para criar mais dinheiro no futuro. Ajudei-a a poupar toda moedinha que ganhava no cofrinho”, relembra a mãe. 

De acordo com Conceição, a pequena sempre teve muita curiosidade para as coisas em sua volta e talvez também por isso, e pelo incentivo dos pais, ela goste tanto desse lado empreendedor. ”Ela é muito criativa e gosta do que faz. Quando menos espero, chega com uma novidade, a ideia já pronta só precisando de uns ajustes ou liberação”, revela. Para explicar melhor como foi todo o processo das vendas, Clara Maia aproveitou nossa entrevista para contar um pouco mais dessa história. Confira:

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Incentivo das escolas

Por conta da aplicação cada vez mais forte do empreendedorismo na sociedade, algumas escolas, por exemplo, já estão introduzindo e trabalhando com metodologias que auxiliem na construção e no estímulo ao empreendimento desde a infância.

Um exemplo que conhecemos foi um projeto educativo do Colégio de Boa Viagem (CBV), na Zona Sul do Recife. Com muita praticidade e organização, as turmas dos ensinos fundamental e médio da escola trabalham todos os anos em cima de um tema que envolva a organização social do todo e que, de certa forma, tenha relação com o empreendedorismo. Os alunos no primeiro ano do ensino fundamental estão trabalhando desde abril no estudo das abelhas. As crianças estudaram toda a vida do animal, como elas trabalham e no final usaram a matéria prima que a abelha produz, o mel, para fazer alguns produtos e vendê-los na escola.

Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

“Nossa intenção era estimular neles, que possuem apenas seis anos, o consumo do mel. Às vezes a gente não se dá conta do que chega a nossa prateleira e queríamos mostrar para eles como é produzido tudo aquilo que a gente consume. A ideia também era os fazer pensar no que poderíamos produzir a partir daquela matéria prima, e foi assim que começamos a trabalhar nisso”, detalha Juliana de Melo, que é coordenadora da Educação Infantil do CBV.

Juliana explica que no colégio há toda uma orientação de aplicar na sala de aula assuntos que tratem da educação financeira, mesmo que de forma lúdica, para que meninos e meninas tenham uma visão de mundo maior e mais consciente de toda uma logística que tem por trás dos valores inclusos.

“Trabalhamos isso no dia a dia, em disciplinas como matemática. Aqui, nossas crianças tem a oportunidade de ter autonomia com os valores. Elas se colocam como protagonistas neste cenário e aprendendo que o dinheiro tem valor. Além disso, eles têm mais a percepção do troco. Ao olhar para uma cédula, olhar para aquele valor. Eles aprendem também sobre o dinheiro”, termina a coordenadora.

Aprendendo brincando

Apesar de tão pequenos, esses empreendedores podem desenvolver algumas características típicas de um profissional adulto, é o que explica a analista Claudia Azevedo, que é gestora do Projeto Educação Empreendedora do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae): “Essa aproximação dos estudos com a prática acaba despertando o desejo no aluno em se desenvolver e isso acaba ajudando para que aquela criança gere determinadas características empreendedoras, até mesmo iguais a de um adulto”. 

Para a analista, a educação financeira auxilia no desenvolvimento de habilidades nas áreas de consumo e venda. Ela ainda diz que o processo de empreendedorismo, quando aplicado logo na infância, pode influenciar no interesse dessas crianças em qual profissão seguir quando crescer. “Se isso é trabalhado logo cedo, logo cedo vai gerando e provocando uma reflexão para uma visão sobre a área quando ela crescer”, ressalta.

A mãe de Clara também defende o incentivo da estimulação para a área do empreendedorismo. “Acho superpositivo a criança ter visão empreendedora e, com incentivo e bom estímulo a chance de ela tornar-se um adulto bem sucedido, comprometido e responsável com seu próprio negócio e/ou numa empresa é bem maior”, defende Conceição.

São através destas pequenas iniciativas que as escolas e pais estimulam que as crianças podem ter seu primeiro contato com o mundo do trabalho. Um bom exemplo que Claudia cita é a primeira relação de dinheiro que os pequenos têm é com a mesada. “O legal de ensinar já de pequeno toda essa questão do empreendedorismo é que pode despertar o desejo e desenvolver a criatividade dessas crianças”, aconselha.

“O empreendedorismo não é só para empresários. A gente precisa entender que todo mundo pode empreender, não é nada só para quem cursa o segue a carreira de administração”, complementa a gestora.

Empreendedorismo tem a idade certa

“Nossa maior preocupação hoje é como esse fazer empreendedorismo tem sido aplicado. Nos preocupamos com o trabalho infantil. Acredito que precisamos desenvolver atividades relacionadas à educação empreendedora e financeira, mas sem deixar que isso ultrapasse os limites do aprendizado e dos estudos e se torne algo levado muito a sério”, esclarece Claudia.

Segundo a analista, existe uma idade para começar a empreender de verdade. “Enquanto estamos na escola, tudo aquilo é como uma brincadeira, que deve ser levada a sério, porém tem o objetivo de contribuir para o aprendizado dessa criança”, finaliza.

Vídeo - Frutos de mais informação e estímulo ao empreendimento, crianças costumam ser criativas, não têm medo de explorar algo novo e estão sempre dispostas a transformar tudo em brincadeira. Para uma turminha do CBV, essa brincadeira tem trazido bastante aprendizado. Confira: 

Consumidores e técnicos do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC) podem se inscrever até o dia 20 de agosto nos cursos de educação financeira e de formação de tutores da Escola Nacional de Defesa do Consumidor (ENDC). As inscrições podem ser feitas no portal da ENDC.

No programa de Educação Financeira para consumidores serão ofertados dois cursos na modalidade a distância, entre 5 e 25 de setembro. O curso 1 dará ao cidadão noções básicas de como “sair do vermelho”; planejar seu orçamento; calcular receitas e despesas e classificá-las em fixas, variáveis e eventuais. Além disso, será explicado como calcular percentagens; relação capital, juros e tempo; e como utilizar a calculadora do cidadão.

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O curso 2 apresentará noções básicas de como as emoções influenciam na nossa relação com o dinheiro, bem como a importância da vontade e disposição para criar novos hábitos e novas atitudes em relação aos gastos que fazemos.

O conteúdo dos materiais didáticos desses dois cursos foram construídos em formato de diálogo e tem como objetivo preparar o cidadão para a busca de seus direitos. Por serem autoinstrucionais (permitem ao participante aprender sozinho), os cursos proporcionam flexibilidade e autonomia na aplicação do aprendizado.

Já o curso Formação de Tutores para atuação na ENDC Virtual foi desenvolvido para o alcance dos objetivos institucionais de aproveitamento satisfatório dos cursos com tutoria, uma vez que eles são oferecidos em uma nova plataforma que exige a aplicação de outras bases teóricas na atuação dos tutores. A conclusão de qualquer um dos cursos garante um certificado emitido pela Universidade de Brasília (UnB).

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Em meio à crise que se encontra o Brasil, o Banco Central e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) promovem a 4ª Semana de Educação Financeira, que tem por objetivo orientar as pessoas sobre o uso correto das finanças, seja pessoa física, ou empresa. Em Pernambuco, o evento está marcado para a próxima quinta-feira (11), com a palestra "A Educação Financeira nos Pequenos Empreendimentos", com acesso gratuito.

Jean Márcio de Melo, servidor do Banco Central, graduado em Administração e mestre, será o facilitador dessa palestra marcada para 15h no auditório do Banco Central, localizado na Rua da Aurora, Santo Amaro, Centro do Recife. Para se inscrever na palestra da Semana de Educação Financeira, o endereço é loja.pe.sebrae.com.br ou pelo telefone 0800-570-0800. Por esses canais, é possível obter mais informações sobre o evento.

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Um jogo da Serasa, com a finalidade de ensinar sobre custo e dinheiro, foi lançado para o público infantil e pode ser baixado gratuitamente. O SuperValores é um game de cartas e traz os conteúdos do cotidiano de crianças de sete a dez anos e seus valores em forma de comparação. Um tênis é mais caro do que uma ida ao zoológico, por exemplo, mas também dá ao jogador menos pontos para ganhar o jogo.

Ao todo são 32 cartas com atividades que vão desde consumir objetos caros a realizar atividades simples como desenhar. A depender da ação, os pontos podem ser maiores ou menores nas cinco classificações - diversão, amigos, preço, movimentação física e criatividade. 

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Para ganhar o game, o jogador precisa escolher o item da sua carta que pode desbancar a pontuação do oponente. O objetivo é mostrar o valor das tarefas e objetos mais simples, em contraponto aquilo que só o dinheiro pode oferecer. 

Para os adolescentes, a Serasa também apresentou o site Valores, Dinheiro e Eu. Este é um portal interativo de educação financeira voltada a este público. No ambiente é possível ter acesso a jogos de perguntas e respostas, leitura de livros e outras atividades.

Na próxima segunda-feira (30), a Plan International Brasil realiza o Seminário de Educação Financeira e Cidadania do Projeto Geração para educadores das Redes Municipal e Estadual de Ensino. O evento ocorrerá das das 8h às 12h, no Hotel Barramares, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife (RMR). O seminário é gratuito e os interessados devem realizar a inscrição preenchendo um formulário oficial do evento.

De acordo com a Plan International Brasil, o objetivo do evento é sensibilizar professoras e professoras para a importância da 'educação financeira' na formação de crianças e adolescentes. Durante a programação do seminário, as mesas irão articular o conteúdo do seminário com a prática pedagógica que os docentes utilizam nas aulas.

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Com atividades durante a manhã da próxima segunda-feira, a ideia do projeto é pensar em alguns avanços nas práticas de implementação de educação financeira nas escolas participantes do Projeto Geração, além de dialogar sobre a implementação da educação financeira no currículo da redes de ensino de Pernambuco. Participarão do encontro representantes da Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Lazer de Recife; Mateus Lotufo, Gerente de Operações de Programas da Plan International Brasil; Francisco Amorim, Secretária Executiva de Educação de Jaboatão dos Guararapes; além de um adolescente participante do Projeto Geração.

Programação

9h30 - Aflatoun: Educação Financeira e Prática Pedagógica - aprendizagens, articulação com o currículo escolar e contribuição para a prática pedagógica com Sara Gomes, que é psicopedagoga, especialista em educação da infância, Arte-Educação e metodologias participativas.

10h - Implementando a Estratégia Nacional de Educação Financeira – ENEF, com Nadja Calabria, cofundadora da Quintessência Inteligência Organizacional, Coordenadora de Tecnologias Sociais, Desenvolvimento Humano e Organizacional do Minas Voluntários, cofundadora da Cia Arreleque e membro da Rede de Facilitadores PMD Pro no Brasil.

10h30 - Aflatoun: Educação Financeira e o Exercício de Cidadania, com Júlio Dias, assessor de Educação Financeira da Visão Mundial. Graduado em Administração Pública com Especialização em Cooperativismo e em Gestão de Cadeias Produtivas e Teoria da Organização autogestionária. 

Serviço

Seminário de Educação Financeira e Cidadania – Projeto Geração

30 de maio | das 8h às 12h

Hotel Barramares  (Av. Boa Viagem 544, Piedade – Jaboatão dos Guararapes)

Gratuito

O diretor de Administração e de Relacionamento Institucional e Cidadania do Banco Central, Luiz Feltrim, e o presidente da Associação de Educação Financeira no Brasil (AEF-Brasil), Murilo Portugal, discutiram a agenda do Comitê Nacional de Educação Financeira (Conef) em reunião na manhã desta segunda-feira (18), em São Paulo. Claudia Forte, que assumiu a superintendência da AEF-Brasil em dezembro, também participou do encontro na escritório da autoridade monetária na capital paulista, segundo a assessoria da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), também presidida por Portugal.

De acordo com a assessoria do BC, desde que assumiu a presidência rotativa do Conef, recentemente, este foi o primeiro contato de Feltrim com a AEF-Brasil. O Conef foi criado em dezembro de 2010 e é responsável por definir planos, programas e ações, além de coordenar a execução da Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef).

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No âmbito do comitê, o Banco Central é responsável por exercer periodicamente a presidência, que se dá em regime de rodízio, entre Banco Central do Brasil, Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), Superintendência de Seguros Privados (Susep) e Ministério da Fazenda, coordenar o desenvolvimento da educação financeira de adultos no âmbito da Enef e exercer a secretaria-executiva do comitê.

Além do BC e da Febraban, também integram o Conef a CVM, a Previc, a Susep, os ministérios da Fazenda, Educação, Previdência Social e Justiça, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), a BM&FBovespa e a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNSeg).

O Conef tem um convênio com a AEF-Brasil válido até 30 de dezembro de 2016 para a execução de ações da Enef. Segundo informações disponíveis no site do BC, o convênio pode ser renovado.

Estudantes brasileiros fazem pela primeira vez um teste internacional de educação financeira. A avaliação é aplicada como parte do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) e vai medir o domínio dos estudantes sobre o controle das finanças diárias, além de saber como eles resolvem as situações cotidianas.

O Pisa é feito pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), aplicado a jovens de 15 anos. As provas começaram a ser aplicadas esta semana. Em 2014, a OCDE divulgou os primeiros resultados de educação financeira, mas o Brasil não estava entre os 18 países que participaram da avaliação. Os resultados nos participantes mostraram que um em cada sete alunos não consegue fazer decisões simples de gastos diários, mas apenas um a cada dez resolve problemas financeiros complexos. 

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O teste de educação financeira será aplicado a um grupo de alunos que será sorteado dentre os 33 mil que fazem o Pisa. O número foi divulgado nesta quinta-feira (7) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Os estudantes devem ter nascido em 1999 e estar matriculados a partir do sétimo ano do ensino fundamental.

O Pisa mede o desempenho dos estudantes em três áreas do conhecimento – leitura, matemática e ciências. Neste ano, os estudantes são avaliados em ciências. Outra novidade é que o exame é todo feito no computador.  O Pisa tem como propostas produzir indicadores que contribuam para a discussão da qualidade da educação nos países participantes e permitir a comparação da atuação do estudante e do ambiente de aprendizagem entre diferentes países.

Gestores educacionais de escolas estaduais de Pernambuco concluíram, nesta quarta-feira (1º), o curso sobre educação financeira. As aulas, inéditas no Estado, serão aplicadas para os estudantes locais por meio do Programa de Educação Financeira nas Escolas para jovens do ensino médio. A qualificação ocorreu em uma unidade da Secretaria de Educação localizada no bairro da Cidade Universitária, Zona Oeste do Recife.

Para a representante da Gerência Regional Vale do Capibaribe, em Limoeiro, Marleide Ferraz, a educação financeira deve começar, primeiramente, nas casas dos educadores. “Primeiro, é importante a gente aplicar tudo isso na nossa vida e depois passar para os alunos. São informações muito valiosas, e mostram outra realidade de educação financeira para os jovens. Eles passarão a entender a economia da escola, da cidade, do país e a aprender a fazer escolhas certas, sem atitudes impulsivas”, disse Marleide, conforme informações da Secretaria.

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O Programa de Educação Financeira nas Escolas é uma iniciativa da Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF-Brasil). Cerca de 90 escolas já receberam livros sobre o assunto e, além dos gestores educacionais, mais de 340 professores também serão qualificados para trabalhar as temáticas com os estudantes. Além de Pernambuco, o programa já está presente nos estados do Amapá, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e de Tocantins.

 

 

A Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF-Brasil) anunciou nesta segunda-feira (30) que Pernambuco aderiu ao Programa de Educação Financeira nas Escolas para jovens do ensino médio. Com a adesão, o Estado se soma a outros seis que já adotaram a iniciativa para suas escolas: Amapá, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Tocantins.

Gestores da Secretaria de Educação de Pernambuco passarão por capacitação, nesta terça (31) e quarta-feira (1º), sobre assuntos ligados à educação financeira. Quase 90 escolas públicas já receberam livros sobre o assunto, distribuídos pelo Ministério da Educação (MEC). Segundo a AEF-Brasil, após as atividades de capacitação, os gestores qualificarão 348 professores da Rede Pública de Ensino e após esse procedimento os educadores estão aptos para dar aulas.

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“Este programa é aplicado nas escolas públicas para que os jovens sejam estimulados a ter consciência sobre o uso do dinheiro, incentivando-os a planejarem suas vidas e a realizarem as melhores escolhas para seu futuro”, destaca o gerente de Programas e Projetos da AEF-Brasil, Yael Sandberg, conforme informações da assessoria de imprensa.

Livros para todos – Interessados em acessar obras sobre educação financeira podem acessar o site do programa. Os livros estão disponíveis para professores de todo o Brasil, tanto da rede pública quanto da privada.

Até pouco tempo atrás seria difícil imaginar uma sala de aula na qual o aluno aprendesse ao mesmo tempo a grade oficial do ensino médio - como matemática - e assuntos relacionados à educação financeira. Isso já é realidade, porém, para 3 mil escolas públicas que neste ano estão recebendo pela primeira vez livros do Programa de Educação Financeira no Ensino Médio, coordenado pela Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF-Brasil).

Em uma experiência piloto feita entre 2010 e 2011, o conteúdo voltado ao ensino médio foi testado em 891 escolas públicas. Desenvolveu-se então os livros que somente agora chegam aos colégios. Trabalhar o tema no ensino médio é só o primeiro passo. Em 2015, o projeto piloto voltado ao ensino fundamental começa a ser testado em escolas de Manaus e Joinville. A partir da experiência, também serão elaborados os materiais e metodologia para os alunos mais jovem.

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Estimular o assunto para este público surge como uma maneira de educar os futuros adultos, mas também toda a comunidade com a qual a escola tem contato. "O programa capacita as secretarias estaduais, que por sua vez treina seus professores. Quando o conteúdo chega ao aluno este vira um agente multiplicador dentro da sua família. O programa atinge muitas pessoas", diz a superintendente da AEF-Brasil, Silvia Morais. Até fevereiro, cinco Estados (Amapá, Ceará, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e Tocantins) e o Distrito Federal haviam feito a adesão ao programa e recebido o treinamento da AEF, que agora conversa com outras secretarias para conseguir capacitá-las.

Os três livros desenvolvidos no programa abordam 72 situações que os professores podem trabalhar com os alunos. "É um programa transversal. Foi elaborado de maneira que pode interagir com as 18 disciplinas do ensino médio. A educação financeira não compete com o conteúdo obrigatório da grade", afirma Morais. Os capítulos passam por empreendedorismo, blocos econômicos e mesmo temas básicos de orçamento. Um tópico, por exemplo, aborda a evolução das moedas, o que poderia entrar nas aulas de história. Outro fala sobre o consumo consciente e mostra quanto tempo os materiais demoram para se decompor, assuntos que se relacionam com biologia.

Ao se educar financeiramente crianças e adolescentes uma das atenções deve se voltar aos temas abordados, explica a especialista em educação infantil Cássia D’Aquino, que em 1996 também criou um programa transversal de finanças para crianças e jovens de 2 a 17 anos. "É um programa prático, mas que paradoxalmente pouco fala de dinheiro porque o que interessa não é ter uma criança que lide bem com a grana, ela não recebe salário. O interessante é preparar as bases para que na vida adulta ela seja capaz de fazer isso", explica Cássia.

No caso de adolescentes, ela diz que seu programa tenta mostrar pessoas admiradas pelos jovens, que sirvam de modelos. "É dado o exemplo do Skank, uma banda de bares em Belo Horizonte que fez uma caderneta de poupança por um ano para conseguir gravar o primeiro disco e então estourar", diz a educadora ao explicar que o projeto tenta provocar atitudes positivas em relação ao dinheiro.

Entre as crianças, a importância está no fato de que é neste período que elas desenvolvem características da personalidade. "O interesse é total porque elas estão no momento de criar raiz. São muito atentas, interessadas e curiosas", diz Cássia.

O resultado prático é visto na maneira de lidar com as finanças. Segundo um estudo do Banco Mundial sobre o projeto piloto da AEF no ensino médio, houve aumento de 1% do nível de poupança dos alunos participantes. "Parece um número pequeno, mas é significativo porque mostra que o jovem tomou alguma atitude", afirma Silvia.

Acesso ao conteúdo

Pais e mestres interessados podem ter acesso aos materiais dos programas. No caso do projeto de Cássia D’Aquino, há 15 anos o conteúdo foi transformado na coleção Educação Financeira, com quatro livros. Há situações, exemplos e informações que podem ser usadas nas salas de aula.

O material do programa da AEF está disponível gratuitamente na internet, inclusive os livros dos professores. Até fevereiro, 2.175 pessoas já haviam feito o cadastro. Além de escolas, estudantes e pais acessaram os livros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os profissionais de comunicação que têm interesse em aprofundar o conhecimento sobre educação financeira podem participar do workshop promovido pela DSOP. O evento voltado para jornalista é gratuito e será realizado na sede da instituição, em São Paulo, no dia 25 de fevereiro. 

O evento será comandado pelo educador financeiro Reinaldo Domingos, autor de algumas obras sobre o tema, dentre elas o livro Terapia Financeira. De acordo com a assessoria o workshop irá abordar os seguintes temas: Como conquistar a independência financeira, realização de sonhos, quais os melhores tipos de investimentos, como sair das dívidas e a importância da educação financeira.

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Os interessados podem fazer a inscrição através do email jessika.lopes@dsop.com.br ou pelo telefone (11) 3177.7800.

 

Em época de arrocho econômico no Brasil, um mercado passa a ganhar espaço. A procura por cursos voltados a educação financeira teve os índices elevados em 2015. Segundo o presidente da DSOP Educação Financeira, a instituição conseguiu elevar o número  de alunos em 30% , resultando na lotação das turmas até o mês de março.  

“Temos percebido um aumento de mais de 30% na procura de nossos produtos, seja para escolas, empresas ou pessoas físicas, isso faz com que nosso ritmo de trabalho neste início de ano tenha que ser redobrado, pois estamos abrindo turmas extras para todos os cursos e treinamentos. Mesmo assim, estamos com nossas turmas lotadas até março”, afirmou o presidente da DSOP, Reinaldo Domingos. 

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Algumas escolas também estão recorrendo aos cursos relacionados ao mercado financeiro para capacitar os professores. Em São Paulo, nos dias 31 de janeiro, 7, 21, 28 de fevereiro cerca de 600 docentes participarão de oficinas de educação financeira. “Nosso trabalho vem sendo bastante intenso, pois sabemos que este é o melhor momento para que as pessoas se planejem para passar por 2015 sem problemas”, ressaltou Domingos. 

Na internet também estão disponíveis oficinas de educação financeiras, que podem ser acessadas gratuitamente. A DSOP disponibiliza um compacto das oficinas através do site, para estimular o debate sobre o tema. A dona de Casa Ana Lucia Lins recorreu a internet para saber mais sobre economia. De acordo com Ana Lucia as informações serão relevantes para enfrentar as dificuldades econômicas. "Não sabia muita coisa sobre econômia, a não ser quando os preços das mercadorias começam a ser elevados e a gente tem que entender na marra. Depois de algumas consultas na internet pude entender como controlar os gastos, através da criação de um resumo mensal das despesa", pontuou. 

As pessoas que sabem gerenciar seu dinheiro estão no caminho certo para ter um ano com menos dores de cabeça. Ter gastos desnecessários, planejar e investir pouco são indicativos de alguém que não tem controle do dinheiro que possui.  Para ajudar nesse aspecto, o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, criou um teste com dez perguntas que avaliam se as pessoas são educadas financeiramente.

Teste:

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1 - Como está a sua situação financeira atualmente?

 

a.  Estou em uma situação de investidor, investindo dinheiro mensalmente;

b.  Estou equilibrado mensalmente, alguns meses sobram, mas, em outros, faltam;

c.   Infelizmente, estou com algumas dívidas com as quais não consigo arcar.

 

2 - Quando você recebe o seu salário, qual é a primeira coisa que faz?

a.  Separo imediatamente uma parte para os meus sonhos e objetivos e adapto o meu padrão de vida ao que restar;

b.  Pago todas as contas do mês e me programo para que sobre. Às vezes, dá certo;

c.   Saio para curtir um pouco, pois trabalhei o mês inteiro e tenho que comemorar, depois me preocupo com o resto do mês.

 

3 - Quando necessita comprar algo com um valor um pouco maior, qual a sua estratégia?

a.  Planejo-me com antecedência e sempre consigo comprar à vista e com descontos;

b.  Geralmente, já tenho uma parte para dar de entrada e o restante parcelo de uma forma que caiba em meu orçamento;

c.   Busco parcelar e dou um jeito de pagar mais essa conta mensalmente. Sempre dá para dar um jeitinho.

 

4 - Ao se deparar com uma superpromoção em uma de suas lojas preferidas, qual a sua reação?

a.  Busco ver se realmente necessito do produto em promoção e se está em meu orçamento; se sim, ainda avalio se realmente a promoção é interessante;

b.  Se a promoção for realmente boa e tiver algo que necessito, com certeza irei aproveitar;

c.   Promoções são ótimas oportunidades de compra, então, aproveito e compro o máximo que posso, pois não sei quando terei novamente essa oportunidade.

5 – Sobre os seus familiares, como se dá a relação com o dinheiro?

a.  Sempre conversamos sobre dinheiro, estabelecendo os objetivos e sonhos em conjunto e individuais e planejando para isso;

b.  Tem uma pessoa que é a responsável pela administração das finanças e que passa as diretrizes de gastos mensais para todos;

c.   Quase não existe controle nem debate sobre o assunto, só quando a situação aperta, fora isso, vamos nos adequando e vivendo.

 

6 - O que é para você a aposentadoria sustentável?

a.  É o período em que não terei mais a necessidade de trabalhar e terei dinheiro suficiente investido para manter o meu padrão de vida atual;

b.  Sei que terei que readequar o meu padrão de vida para esse período, pois haverá uma queda de rendimento, e já me preocupo com isso;

c.   Ainda não parei para pensar sobre o tema, já que está muito distante e tenho muito para aproveitar a vida.

 

7 - Qual a sua relação com o pagamento de cartão de crédito?

a.  É uma ferramenta bastante interessante, que auxilia nas compras em caso de necessidade e ainda possibilita outros benefícios, como pontos de fidelidade;

b.  Utilizo para conseguir comprar ou parcelar coisas que necessito quando não possuo dinheiro, pois poderei pagar apenas no próximo mês;

c.   Utilizo bastante o cartão de crédito, contudo, na hora de pagar, tenho dificuldade e, muitas vezes, não consigo pagar em sua totalidade.

 

8 - Em caso de endividamento, em função de um imprevisto, qual seria a ação a ser tomada?

a.  Antes de sair pagando as dívidas, busco saber o que me levou a esta situação, trabalhando a causa do problema e não o efeito;

b.  Em primeiro lugar, busco estabelecer uma estratégia para pagar a dívida, cortando o que for possível;

c.   Entro em desespero, pois não sei como fazer para arcar com o endividamento e busco ajuda com parentes e amigos.

 

9 - Como você faz o controle de suas finanças?

a.  Periodicamente, faço um levantamento de todos os meus gastos para que possa saber para onde está indo meu dinheiro e onde estão os excessos;

b.  Faço este levantamento ininterruptamente, todos os dias, pois não se pode bobear quando o tema é dinheiro;

c.   Não faço esse tipo de levantamento, pois é coisa de gente bitolada em dinheiro.

 

10 - Para você, qual a importância que o dinheiro deve ter para as pessoas?

a.  Dinheiro é uma ferramenta imprescindível para a realização de sonhos materiais e não materiais;

b.  É uma necessidade básica das pessoas, para que, com ele, possa ser feliz e comprar o que quiser;

c.   Dinheiro foi criado para ser gasto, assim, quanto mais se ganha, mais se deve gastar.

 

 
Peso das respostas:
a) 10
b) 5
c) 0
 

Resultado:


1)De 70 a 100 pontos

Você é educado financeiramente – você sabe a importância do dinheiro e a maneira correta de usá-lo e também tem em mente a importância de passar esse conhecimento à frente. O mais importante é que entende que o tema é uma questão comportamental, não se relacionando apenas com números. Contudo, recomendo que não se acomode, busque sempre mais conhecimentos sobre o tema e também em passar para o maior número de pessoas possível.
 
2)De 45 a 65 pontos

Você está no caminho da educação financeira, mas, cuidado – sua situação não é confortável, pois, por mais que ache que já lida bem com o dinheiro, você ainda possui vários conceitos e ações errados, sobre o tema. Você tem que por em mente que dinheiro não é fim, mas sim o meio para a realização de desejos e sonhos, pessoais e familiares. Outra questão importante é que tem que perceber a importância de proliferar os conhecimentos de educação financeira para as pessoas próximas. Recomendo uma reciclagem imediata sobre o tema, por meio de cursos e livros relacionados.
 
3)De 00 a 40 pontos

Você é analfabeto financeiramente – ligue imediatamente o sinal de alerta e busque cursos, livros e textos sobre educação financeira, senão, sua vida financeira estará fadada ao fracasso, se é que já não está. Tenha em mente que, por mais que não dê a importância devida ao dinheiro, ele está aí e é necessário para que se possa sobreviver no mundo em que vivemos. Tentar negar isso só lhe trará frustração e problemas, assim, busque sair do automático e tome o controle imediato de sua vida financeira.

Com informações da assessoria

Desenvolvedores de pequeno porte podem se inscrever, até 9 de janeiro, no Prêmio de Desenvolvimento de Jogos de Educação Financeira. Trata-se de uma iniciativa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) que tem como intuito incentivar a evolução e o aumento da oferta de jogos digitais que contribuam como a aprimoramento da gestão financeira dos pequenos negócios e dos empreendedores.

Segundo a Agência Sebrae de Notícias, serão distribuídos R$ 600 mil aos dez melhores jogos. Metade deles deverá ser voltada para a educação financeira no meio urbano e a outra parte para os espaços rurais. Um total de 167 jogos está inscrito até o momento.

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Podem participar da seleção jogos de RPGs, Ação, Aventura, Estratégia, Emulação, Simulação e Quebra-cabeça. Também é critério da participação ser pessoa física, individual ou em grupo de até cinco pessoas, desde que os integrantes tenham idade superior a 18 anos, residam no Brasil, além ser brasileiros. Ainda de acordo com o Sebrae, podem participar também pessoas jurídicas, desde que registradas no Brasil, representadas por uma a cinco pessoas físicas, que sejam de maioridade e de nacionalidade brasileira.

Serão avaliados, entre outros aspectos, realismo, aplicabilidade, estágio de desenvolvimento do jogo, usabilidade, jogabilidade e qualidade das funcionalidades desenvolvidas. “De forma lúdica e educativa, os games abordam assuntos essenciais ao cotidiano de uma empresa, como administração das finanças, serviços financeiros, recursos humanos e inovação, como também assuntos relacionados à gestão das finanças pessoais dos empreendedores: orçamento pessoal e familiar, uso do crédito e o hábito de poupar”, comenta o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, conforme informações da Agência.

Ainda de acordo com o Sebrae, o game mais bem colocado receberá R$ 80 mil, o segundo ganhará R$ 70 mil e o terceiro mais bem colocado terá R$ 60 mil. O jogo da quarta posição ganhará R$ 50 mil e o quinto R$ 40 mil. Além da premiação financeira, os vencedores assinarão com o Sebrae um termo de cessão para que os conteúdos sejam disponibilizados de forma gratuita na internet. O restante dos R$ 600 será distribuído do sexo ao décimo colocado.

Candidaturas – Os interessados em participar do Prêmio podem se inscrever de forma gratuita. Na primeira fase de candidatura, é necessário preencher um cadastro com a indicação do tipo de jogo, por meio do site da competição. Na etapa seguinte, os participantes precisam enviar, via Sedex, os arquivos do game jogo em CD, DVD ou pendrive até 9 de janeiro para a Comissão Organizadora da Premiação de Desenvolvimento de Jogos de Educação Financeira do Sebrae. Veja mais informações no endereço virtual do Prêmio.

 

 

 

 

 

 

 

O brasileiro manteve o mesmo nível de educação financeira em 2014 na comparação com o ano passado, mas a medição piorou entre os jovens, informou a Serasa Experian em pesquisa conjunta com o Ibope Inteligência, divulgada nesta quinta-feira, 07. Os componentes do índice também mostraram uma piora marginal.

O Indicador de Educação Financeira (IndEF) continuou em 6,0, mas os componentes de Conhecimento e Comportamento mostraram piora de 0,1 ponto, para 7,4 e 5,1, respectivamente. A medida de Atitude se manteve em 6,3. O indicador possui escala de 0 a 10. Os jovens apresentaram o pior desempenho: o grupo de 16 a 17 anos registrou queda na pontuação para 5,5, de 5,9. No grupo de 18 a 24 anos, a piora foi menor, para 5,8, de 5,9.

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Apesar de o número geral permanecer estável, na passagem de 2013 para 2014 houve uma queda no número de pessoas que disseram registrar despesas superiores a receitas nos últimos 12 meses. O porcentual de renda mensal comprometida com dívidas maior que 50% também declinou. "Essas variações refletem uma postura mais cautelosa do consumidor brasileiro em 2014, em consequência do alto grau de inadimplência em 2013", informou o documento de divulgação do indicador.

A categoria Conhecimento avalia o entendimento de conceitos financeiros. Atitude mede a relação do entrevistado com o dinheiro e Comportamento diz respeito às ações do entrevistado no dia a dia. A pesquisa foi realizada entre os dias 10 e 14 de abril. Foram entrevistadas 2002 pessoas em 140 cidades de todos os Estados. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos.

Recente fui indagado sobre quais seriam importantes práticas de orçamento financeiro que ajudariam os pais a formar uma nova geração de consumidores com mais equilíbrio em seu consumo, maior capacidade de poupança e mais bem preparada para o novo contexto da economia.

São três princípios que acredito que são fundamentais nesse processo de transformação:

1 Ensinar a administração das finanças pessoais desde cedo - Em primeiro lugar, os filhos devem fazer parte das decisões financeiras da família, pai e mãe podem incluir os filhos na realização do planejamento das despesas da família, mostrando o quanto custa cada coisa e quanto resta para o consumo de produtos e serviços adicionais.

Os filhos devem receber uma mesada de acordo com a sua capacidade de consumo e mérito e devem ser estimulados a utilizar os mesmos princípios vivenciados no orçamento familiar (Quanto eu ganho? Quanto eu gasto? Quanto sobrará?), para que eles comecem a decidir o que cabe e o que não cabe na restrição de orçamento deles. Isto também fornecerá uma valiosa lição para os filhos que é a distinção de desejos e necessidades, visto que apenas as necessidades devem estar contidas no orçamento.

2 – Ensinar o valor do trabalho - As crianças não podem crescer achando que “dinheiro nasce em árvores”, é vital para uma maior responsabilidade financeira no futuro, que toda mesada ou presente ganho pela criança ou jovem, principalmente os itens de maior valor agregado seja acompanhados de uma contrapartida de trabalho, ou seja, a execução de determinadas tarefas domésticas por certo período de tempo. Quando as crianças se esforçam e precisam assumir pequenas responsabilidades em casa, elas começam a aprender o valor do trabalho, e passam a valorizar muito mais os produtos adquiridos. Isto vários anos à frente, tende a evitar compras por impulso de itens desnecessários, pois tal consumidor saberá o valor do seu dinheiro.

3 – Estimular a poupança - Culturamente a poupança é um dos pontos fracos do consumidor brasileiro, até pouco tempo atrás se culpava a inflação, baixos salários e elevada concentração de renda por isso, mas a mudança na estrutura da economia, nos fornece uma maior capacidade de poupar e como incutir esse princípio nas novas gerações? Os pais podem planejar com os filhos grandes projetos de consumo: a sonhada viagem de férias, aquele vídeo game de última geração, um intercambio, etc., neste planejamento os filhos precisarão dar uma contrapartida financeira, um percentual pequeno, que os estimule a poupar um percentual de seus recursos. Nada melhor do que os bons e velhos cofrinhos para começar. Desta forma, estaremos ensinando-os a priorizar e fazer o que for necessário para atingir seus planos de consumo futuros.

 

Acrescente mais algumas sugestões nessa lista.

A Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF-Brasil) apresentou nessa quinta-feira (8), durante um seminário na capital paulista, a Plataforma Aberta, para acesso aos livros do Programa de Educação Financeira nas Escolas. A ferramenta pode ser usada por professores, escolas e organizações da sociedade civil ligadas à educação. Com esse material, os docentes poderão desenvolver nos alunos a capacidade de análise crítica sobre o contexto financeiro pessoal e do mundo, ajudando-os a tomar decisões para a compra e o investimento conscientes.

Ao todo, são nove livros. O material traz 72 situações didáticas que orientam os professores a aplicarem conceitos financeiros ligados aos conteúdos sociais. Os livros foram usados em um projeto piloto desenvolvido com jovens de 14 a 21 anos do ensino médio, que receberam aulas de educação financeira como parte da Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef), ligada ao Ministério da Educação (MEC).

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O projeto foi conduzido em 448 escolas em todo o País e envolveu 27 mil alunos e 1,5 mil professores, que tiveram 16 horas de treinamento. Depois das aulas, uma pesquisa foi feita com mais 550 escolas para identificar as diferenças entre os alunos que receberam aulas de educação financeira e os que não receberam. Segundo a AEF-Brasil, foi constatado que os integrantes do primeiro grupo apresentaram um nível de conhecimento financeiro 7% maior dos que os do segundo grupo. As famílias dos alunos que participaram das aulas tiveram um nível de poupança 1% maior do que antes do curso.

De acordo com a superintendente da AEF-Brasil, Silvia Morais, o projeto foi um piloto e agora, com o programa, cerca de 3 mil escolas receberão os livros e capacitação para os professores, mostrando como o tema pode ser adotado em diversas disciplinas. “Adotar o tema da educação financeira no ensino médio hoje no país é muito fácil. Com o programa, o jovem adquire habilidade de planejar a médio e longo prazo, de negociação. O número de 1% de jovens que começaram a poupar reflete uma mudança de comportamento, uma postura nova para conquistar as coisas”, explica Silvia, conforme informações da assessoria de comunicação.

 

Você tem controle sobre o dinheiro que recebe? Sabe que dia entra e qual o valor?  Você planeja o que fazer com sua receita? Como faz esse planejamento? Segundo a Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF-Brasil), essas e outras questões devem ser respondidas desde cedo e fazer parte do currículo escolar. Por meio do projeto Educação Financeira nas Escolas, até o fim de 2015, 2.962 escolas públicas de ensino médio terão acesso à formação.

O projeto é executado em parceria com a Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação e o Grupo de Apoio Pedagógico do Comitê Nacional de Educação Financeira (Conef). Em uma experiência piloto em 2010 e 2011, foi testado em 891 escolas públicas do Tocantins, Rio de Janeiro, de Minas Gerais, São Paulo, do Ceará e Distrito Federal e contou com a participação de aproximadamente 27 mil estudantes e 1,8 mil professores, segundo dados da AEF-Brasil.

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“Os jovens servem de multiplicadores da educação financeira em suas famílias. De modo que nas famílias em que os filhos receberam esse material, o grau de informação mudou”, explica o superintendente de Proteção e Orientação aos Investidores da Comissão de Valores Mobiliários, entidade que atualmente preside o Conef, José Alexandre Vasco. Ele diz que o material usado em sala de aula ficará disponível online para que seja usado também nas escolas que não serão inicialmente contempladas.

O projeto piloto ganhou um relatório do Banco Mundial: O Impacto da Educação Financeira no Ensino Médio – A Experiência do Brasil.  A instituição constatou o aumento de 1% do nível de poupança dos jovens que passaram pelo programa. Segundo os cálculos da entidade, isso pode contribuir para o crescimento também de 1% do Produto Interno Bruto brasileiro, uma vez que a poupança vira investimento. Os alunos passaram a fazer uma lista com os gastos todos os meses e a negociar o pagamento ao fazer uma compra.

A experiência nas escolas será um dos assuntos tratados na primeira Semana Nacional da Educação Financeira, com atividades previstas em várias cidades do país. Além de palestras e seminários, a população poderá receber orientações gratuitas e participar de mutirão de renegociação de dívidas. O evento começou ontem (5), e a programação está disponível na internet. 

Em busca de aumentar a conscientização do investidor brasileiro e dos consequentes reflexos disso no desenvolvimento do mercado de capitais, foi aberta nesta segunda-feira (5), a primeira edição da Semana Nacional da Educação Financeira. O evento ocorre em várias cidades do País e é um esforço de órgãos governamentais e privados com o objetivo de democratizar o acesso à informação ao investidor de todas as idades e em linha com a Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef), lançada pelo governo em 2010.

Organizado pelo Comitê Nacional de Educação Financeira (Conef), o evento vai até o dia 9 de maio. O Conef é formado por Banco Central do Brasil, Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Previc, Susep, Anbima, BM&FBovespa, Febraban, Confederação Nacional das Empresas de Seguros (CNSeg) e os ministérios da Fazenda, Educação, Previdência Social e da Justiça. Entre outras coisas, o comitê estabelece diretrizes e objetivos para a Enef.

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"Educação financeira é um problema que não é de ninguém e é de todos. A iniciativa aqui é não olhar para o passado, mas juntar nosso conhecimento e trabalhar a estratégia nacional", disse Leonardo Pereira, presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do Conef, na abertura do evento.

Pereira preferiu não atrelar episódios recentes de perdas de investidores no mercado, como na OGX, à falta de educação no segmento. "Infelizmente essas coisas acontecem em todos os mercados. Não podemos tirar o poder de decisão do investidor, mas temos que dar o conhecimento para se emancipar e poder tomá-la de forma consciente", disse.

Um exemplo é a participação da BM&FBovespa com 16 ações durante a semana. "A questão da poupança das famílias e da deficiência da educação financeira no País são desafios", disse o diretor-presidente da Bolsa, Edemir Pinto, destacando que há um enorme déficit na educação financeira no Brasil.

O aumento do número de investidores pessoa física é um dos desafios da BM&FBovespa, que possui 610 mil investidores cadastrados. A meta de atingir 5 milhões de CPFs em 2014 teve que ser adiada para 2018 e será revista ano a ano. O número era baseado em indicadores de 2009, como a expectativa futura de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e da poupança interna, mas o quadro não se confirmou.

Para Edemir, o quadro da bolsa brasileira é mais atrasado nesse sentido que o de países vizinhos como o Chile, não apenas pela questão da educação, mas também pelo menor volume de ofertas públicas iniciais (IPOs) e de poupança interna. No Chile esse volume de poupança é de US$ 15 mil por pessoa contra US$ 11 mil no Brasil, exemplificou.

A educação financeira passa também pela formação dos profissionais que assessoram investidores. A Associação Brasileira das Entidades do Mercado Financeiro e de Capitais (Anbima) afirma que hoje 35% das aplicações passam por eles. A entidade está fazendo um mapeamento do perfil desses profissionais para atualizar essa fotografia e poderá a partir daí revisar seu processo de certificação obrigatória. Hoje 350 mil profissionais no País são certificados, o que equivale a um para cada 116 clientes.

O diretor de Relações Institucionais e Cidadania do Banco Central destacou a importância da promoção financeira no atual contexto econômico e social do País, aliando a ascensão de significativa parcela da população para classe média e o amadurecimento do sistema financeiro nacional, criando produtos mais complexos.

Para a secretária Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, Juliana Pereira da Silva, essencial é dar independência para a tomada de decisão do investidor. Para a secretária, o foco da estratégia nacional deve ser evitar que a compra de produtos financeiros gere um endividamento excessivo da pessoa física.

"Nosso maior objetivo é emancipar os consumidores para que consigam, a partir do conhecimento, evitar as práticas predatórias que infelizmente ainda existem em nosso País", disse Juliana, mencionando fraudes em pirâmides financeiras e na venda indiscriminada de seguros.

A Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF-Brasil) lançou durante a abertura do evento uma plataforma aberta na internet - www.edufinanceiranaescola.org.br - com todo o material didático utilizado em escolas abrangidas pelo Programa de Educação Financeira nas Escolas. Hoje o programa alcança apenas 3 mil das 27 mil escolas públicas e particulares nacionais que abrangem o ensino médio. A ideia é democratizar o acesso a esse conteúdo.

Também haverá um selo nacional para identificar iniciativas de educação financeira alinhadas aos objetivos e diretrizes da Enef, bem como os critérios estabelecidos pelo Conef. O critério para a concessão é que as ações sejam gratuitas para o usuário final e não orientem a consumir um produto específico.

O site do evento - www.semanaenef.gov.br - traz a programação detalhada em todo o País.

Em algum momento da infância, a criança vai entender que muito dos produtos que ela deseja são adquiridos com dinheiro. Provavelmente esse é o mesmo momento em que ela vai cobrar uma mesada e é quando a família deve fazer uma reflexão sobre o benefício do pagamento.

Segundo a professora de pedagogia da Faculdade dos Guararapes, Erica Montenegro de Melo, a mesada é recomendável mas necessita planejamento. “Esse dinheiro pode ser educacional. O mais importante não é só fazer o pagamento, mas como esse pagamento é feito”, alerta a pedagoga. O analista financeiro da Faculdade Boa Viagem (FBV), Roberto Ferreira, acredita que os menores podem ganhar responsabilidade, porém há um risco: “Se você mantiver a criança com mesada pode deixá-la muito dependente dos pais, numa zona de conforto”, esclarece.

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O analista recomenda que para crianças o dinheiro seja o suficiente apenas para ser gasto com supérfluos. Já para os pré-adolescentes e adolescentes, os pais devem oferecer o depósito em poupança. “É importante ensinar os jovens a pouparem no presente para consumir no futuro. O brasileiro tem medo de guardar dinheiro”, lembra Ferreira. 

A aposentada Nise Iguape costuma dar mesada para uma filha e uma neta. “Faz dois anos que voltei a trabalhar, então resolvi ajudá-las. Mas as meninas sabem que ao arranjarem um emprego que pague decentemente eu vou parar de dar o dinheiro”, comenta. 

A professora Erica Montenegro ressalta que os pais devem estabelecer as regras e administrar a mesada. A mãe Nise Iguape tem um comportamento diferente, entretanto. “O que minha filha faz com essa quantia não me interessa. Eu não pergunto com o que ela vai gastar. Se fosse para controlar os gastos dela eu nem pagaria a mesada, ficaria dando dinheiro aos poucos”, explica a aposentada.

A pedagoga também recomenda que o pagamento só seja feito para crianças acima dos seis anos, que já possuem alguma maturidade. Para aquelas famílias que não têm condições de pagar a mesada, a especialista também tem uma dica: “A saída é o famoso porquinho, que vai ensinar a criança a economizar e a fazer a administração financeira”. 

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