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A candidata a prefeitura do Recife, Patrícia Domingos, do Podemos, disse durante a oficialização da sua candidatura nesta quarta-feira (16) que em caso de vitória vai realizar uma auditoria para identificar ‘quem roubou um centavo da prefeitura’. 

Além promessa feita pela candidata em conversa com a imprensa após o seu discurso na convenção do partido, Patrícia também apresentou um dos pontos que deve ser a tônica da sua campanha. A do fortalecimento dos órgãos fiscalizadores, em especial a controladoria. 

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“O projeto anticorrupção passa pelo fortalecimento da Controladoria geral do município e também pela autonomia da categoria. Uma controladoria que tem autonomia ela poderá fiscalizar efetivamente”, ressaltou a delegada que ainda completou: “Um prefeito honesto não tem medo da controladoria”. 

Além disso ela também afirmou que ‘não vai abaixar  a cabeça’ e que vai lutar pelo protagonismo das mulheres na política do município’ caso vença as eleições para prefeito do Recife.

 “Eu sou uma mulher guerreira que nunca baixou a cabeça para corrupto, para poderosos, para nenhuma pessoa que manifestasse machismo ou qualquer forma de preconceito em relação às mulheres”, disse. “O que a cidade do Recife terá é uma  mulher guerreira que vai batalhar para que as mulheres sejam protagonista na cidade”, completou a delegada.

Em nova fase da articulação política do governo, o presidente Jair Bolsonaro recebeu, na manhã desta quarta-feira (2), a bancada do Republicanos para um café da manhã no Palácio da Alvorada. No encontro, Bolsonaro escolheu o deputado federal Capitão Alberto Neto (Republicanos) como vice-líder do governo na Câmara e disse que pode apoiá-lo na eleição municipal de Manaus. No mesmo dia, o presidente conversou em pelo menos duas ocasiões com o deputado Celso Russomano, pré-candidato da legenda à prefeitura de São Paulo.

Segundo Alberto Neto, o presidente afirmou que o deputado terá "o seu apoio garantido" caso chegue ao segundo turno na corrida pela prefeitura de Manaus, em novembro deste ano. Bolsonaro tem reforçado que não quer se envolver no primeiro turno das disputas municipais.

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Entre os participantes do café da manhã, estavam o presidente da sigla, Marcos Pereira, o deputado Marco Feliciano e o deputado Celso Russomano, pré-candidato à prefeitura de São Paulo, que, em fotos oficiais, aparece falando no microfone aos convidados. No período da tarde, Bolsonaro teve nova agenda com Russomano, desta vez no Palácio do Planalto. De olho nas eleições municipais, o presidente tem voltado as atenções para um eventual segundo turno em cidades consideradas estratégicas, como é o caso de São Paulo.

Os integrantes da bancada também tiraram fotos com o presidente e entregaram camisas de times de futebol como presente. Também participaram da reunião o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, responsável pela articulação política, e o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE).

Segundo relatos de participantes, Bolsonaro brincou que já é "republicano" nos Estados Unidos, em referência à sigla do presidente americano, Donald Trump. O presidente deixou claro que ainda não escolheu o partido que deve se filiar no próximo ano. Mencionou, ainda, a importância das reformas no Congresso. Amanhã, ele se comprometeu a encaminhar a reforma administrativa ao Parlamento, mas não entrou em detalhes com os parlamentares sobre o teor do texto.

O jornalista José Luiz Datena está oficialmente fora das eleições municipais de 2020. O apresentador iniciou, às 16 horas desta terça-feira (11), o programa "Brasil Urgente", na Band TV, o que o impede legalmente de estar nas urnas em novembro. Ele era cotado como possível candidato a vice na chapa à reeleição do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), e, pela manhã, não havia apresentado o programa "Manhã Bandeirantes", da Rádio Bandeirantes, sendo substituído pelo colega Agostinho Teixeira.

O novo calendário eleitoral aprovado pelo Congresso veta que pré-candidatos ancorem programas de rádio e televisão a partir desta terça-feira. Datena, no entanto, disse que será candidato em 2022. "Resolvi fazer o que a Band pediu para eu fazer. Eu ia sair, mas neste momento de pandemia a Band precisa de seus apresentadores mais experientes", afirmou o jornalista no início do programa. Ele disse que gostaria de ter ajudado Bruno Covas, mas confirmou que o MDB, partido o qual é filiado, chegou a oferecer a cabeça de chapa para a disputa à Prefeitura de São Paulo. "Na próxima eleição, eu vou deixar a televisão e vou me candidatar", revelou o comunicador. "Eu vou estar frente a frente com esses caras. Só no campo deles você pode fazer alguma coisa".

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De acordo com Datena, o MDB deseja que ele seja candidato ao governo do Estado em 2022. O jornalista, no entanto, prefere disputar o Senado e acredita na reeleição Covas neste ano. Datena tem um histórico de desistir de eleições depois de fortes acenos com o mundo político. Em 2016, o apresentador, então filiado ao Progressistas, abriu mão da candidatura à Prefeitura de São Paulo. Em 2018, no DEM, declinou de concorrer ao Senado.

Diversos projetos de lei em análise na Câmara dos Deputados buscam alterar as regras para as eleições municipais de 2020, com o objetivo de adaptar as normas ao contexto da pandemia de Covid-19. De acordo com a Emenda Constitucional 107, promulgada na semana passada, os dois turnos das eleições serão realizados nos dias 15 e 29 de novembro, respectivamente.

Uma dessas propostas é o PL 3602/20, que proíbe, enquanto perdurar o estado de emergência de saúde pública decorrente do novo coronavírus, a realização de comícios e demais eventos de campanha eleitoral que gerem aglomeração de pessoas.

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Autor do projeto, o deputado Túlio Gadêlha (PDT-PE) afirma que, tão importante quanto conter o atual surto de coronavírus, é essencial evitar que surjam novos. “Mesmo que nos próximos meses o surto mais grave seja controlado, apenas a manutenção de medidas sanitárias corretas garantirá a preservação de nossa saúde”, destaca.

Já o Projeto de Lei 3623/20  autoriza a contratação de artistas, para apresentações em plataformas digitais da internet, nas campanhas eleitorais de candidatos nos pleitos municipais de 2020, excepcionalmente. Pelo texto, os gastos individuais de cada candidato ficarão limitados a R$ 20 mil, podendo o artista ser contratado por mais de um candidato.

Os chamados “showmícios” em campanhas eleitorais foram proibidos pela Minirreforma Eleitoral de 2006 - proibição que posteriormente foi questionada por alguns partidos e mantida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Como estão proibidas as aglomerações e, portanto, os comícios, os candidatos devem poder, nos limites previstos, contratar artistas para suas campanhas excepcionalmente, pois estamos vivendo um momento jamais vivido por esta geração”, justifica o autor da proposta, deputado Alexandre Frota (PSDB-SP).

Propaganda eleitoral gratuita

Por sua vez, o Projeto de Lei 3613/20 limita a veiculação da propaganda eleitoral gratuita das eleições de 2020 à Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e destina os valores poupados a ações de enfrentamento ao novo coronavírus. A empresa pública é responsável, por exemplo, pela TV Brasil, pela Agência Brasil e pela Rádio Nacional, entre outros veículos.

A proposta altera a Lei das Eleições, que hoje prevê compensação fiscal às emissoras de rádio e TV por ceder o horário gratuito para a propaganda eleitoral.

“Com a disseminação da Covid-19, culminando na decretação de estado de calamidade, é urgente o redirecionamento de recursos para as áreas afetadas, como a saúde e, indiretamente, a setores da economia popular atingidos pela dureza das medidas de contenção da doença”, defende a autora da proposta, deputada Caroline de Toni (PSL-SC). Segundo ela, o horário eleitoral é “gratuito” para o partido político, mas “para a União, ele custa caro”.

O Projeto de Lei 3639/20 acrescenta, nas eleições deste ano, 30 minutos por dia de propaganda eleitoral ao horário eleitoral gratuito nas emissoras de rádio e TV. A ideia do autor da medida, deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), é dar mais oportunidade para que o eleitor conheça os candidatos. “Teremos uma condução das campanhas de forma diferente da que foram feitas nos últimos pleitos, com muito menos contato físico e social, fato que faz crescer a dificuldade de os candidatos se fazerem conhecidos pelos eleitores”, justifica.

Número de eleitores

Outra proposta (PL 3567/20) limita a cem o número de eleitores por seção eleitoral nas eleições que ocorram durante a pandemia.

Para o autor do texto, deputado Hildo Rocha (MDB-MA), a medida permitirá “o razoável distanciamento entre as pessoas no momento da votação”. A proposta acrescenta a medida ao Código Eleitoral, que atualmente fixa em 400 o número máximo de eleitores por seção nas capitais e em 300 nas demais localidades.

Hildo Rocha também é autor do Projeto de Lei 3629/20, que prolonga em duas horas o horário de votação neste ano. Pelo texto, durante a pandemia de Covid-19, o recebimento de votos começará às 8 horas e terminará às 19 horas. A ideia também é “abrir margem para maior espaçamento entre eleitores de uma mesma seção eleitoral”.

Benefícios governamentais

Também está em análise na Casa o  Projeto de Lei 3105/20, o qual prevê que, nas eleições municipais deste ano, poderá ocorrer distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios pela administração pública desde que com a finalidade específica de mitigar os efeitos da pandemia.

O texto altera a Lei das Eleições, que proíbe, em ano eleitoral, a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios pela administração pública, exceto nos casos de calamidade pública, de emergência ou de programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária. “Apesar de a legislação já excepcionar os casos de calamidade pública, entendo que é necessária a alteração para citar especificamente a pandemia de Covid-19”, diz a deputada Geovania de Sá (PSDB-SC), autora do texto. O objetivo, acrescenta ela, é atenuar os efeitos econômicos gerados pela pandemia.

*Da Agência Câmara de Notícias

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, propôs ao Congresso Nacional o alongamento da campanha eleitoral para candidatos a prefeito e vereador neste ano. Em função da pandemia de covid-19, o ministro sugeriu que o início da campanha seja mantido em agosto, mesmo que o dia da votação seja adiado.

O TSE sugere que, em função da pandemia da covid-19, o primeiro e o segundo turno das eleições municipais sejam adiadas para um período entre 15 de novembro e 20 de dezembro. Na prática, a manutenção das datas para convenções partidárias e registro de candidaturas nos dias 5 e 15 de agosto, respectivamente, levaria a campanha eleitoral a durar quase dois meses a mais do prazo original. O TSE quer aproveitar o período mais alongado para ter uma folga maior no julgamento de impugnações, quando o Ministério Público questiona a candidatura de políticos enquadrados na Lei da Ficha Limpa, por exemplo.

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Um período mais longo não poderia elevar o custo das campanhas, já que os valores máximos a serem gastos são definidos por lei. "Não vemos maior problema, do ponto de vista do TSE, a campanha um pouco mais prolongada", disse Barroso em audiência no Senado. Os senadores devem votar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) na terça-feira, 23, adiando as eleições. A medida dependerá na sequência de aval da Câmara dos Deputados, onde a resistência é maior.

O senador Weverton (PDT-MA) deverá ser o relator da proposta de emenda à Constituição (PEC) que adiará as eleições municipais de outubro deste ano para novembro ou dezembro. O senador comunicou que recebeu a incumbência do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para estudar as PECs que já foram apresentadas sobre o adiamento das eleições devido à pandemia da Covid-19 e apresentar um texto para o Senado deliberar.

“Nunca na nossa história havia acontecido de ter de adiar as eleições. Vamos tratar de [alterar] o calendário. Depois de uma reunião nesta terça-feira (16) com vários líderes da Câmara, do Senado, de ministros do Tribunal Superior Eleitoral e de infectologistas e outros especialista na saúde pública, foi acertado se apresentar uma proposta de adiamento das eleições em um mês e meio (45 dias) a dois meses (60 dias)”, explicou Weverton.

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O senador disse que ouvirá todos os senadores, assim como os magistrados dos tribunais eleitorais estaduais e do Tribunal Superior Eleitoral para definir sobre o texto a ser colocado em votação. Ele partirá da PEC 18/2020, do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), à qual serão apensadas as PECs 16/2020, do senador Marcelo Castro (MDB-PI), e 22/2020, do senador José Maranhão (MDB-PB). Os senadores Soraya Thronicke (PSL-MS), Rose de Freitas (Podemos-ES) e Jaques Wagner (PT-BA) também devem apresentar propostas, que estão em fase de coleta de assinaturas e também deverão ser apensadas.

“Temos a PEC do senador Randolfe Rodrigues, que propôs a alteração da data das eleições já por conta da pandemia, assim como as PECs dos senadores Marcelo Castro e José Maranhão. Deveremos apensá-las [para fazer um texto final]”, disse Weverton.

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) reconhece a impossibilidade de realização das eleições municipais em 2020 e sugeriu a suspensão do pleito em 2020 havendo a coincidência de mandatos em 2022. Os infectologistas também pedem o adiamento para melhor combater a covid-19 neste meio tempo. Por sua vez, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luis Roberto Barroso, lembrou nesta terça-feira (16) que cada dia de eleições custa aproximadamente R$ 180 milhões, devido ao transporte, alimentação e demais despesas necessárias. 

Alguns partidos, como o PT e o MDB, propuseram as datas de 15 de novembro para primeiro turno e 29 de novembro para o segundo turno. Outros partidos propuseram o segundo turno já em dezembro. Segundo Weverton, uma solução será elaborada ouvindo a todos.

O texto da PEC que for aprovado pelo Senado será enviado para a Câmara dos Deputados. Após sua aprovação pela Câmara, a PEC será promulgada, já entrando em vigência para as eleições. Não cabe sanção do presidente da República, pois as PECs são de competência única e exclusiva do Congresso Nacional.

*Da Agência Senado

 

Parlamentares, membros do Judiciário e especialistas em saúde participaram nesta terça feira (16) de uma reunião virtual para discutir a possibilidade de adiamento das eleições 2020 em razão da pandemia da covid-19, causada pelo novo coronavírus.

Entre os participantes, houve um consenso pelo adiamento do pleito por algumas semanas, garantindo que seja realizada ainda este ano, em data a ser definida pelo Congresso Nacional com base em uma janela que varia entre os dias 15 de novembro e 20 de dezembro. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, sugeriu que o primeiro turno ocorra em 15 de novembro.

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*Da Agência Senado

 

A proposta de adiar as eleições municipais, que estão marcadas para outubro, não será apresentada antes de julho. A decisão foi tomada durante reunião de líderes partidários com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. A intenção é aguardar até 30 de junho para saber como estará a situação da pandemia de Covid-19 no país e só depois dessa data propor uma solução.  

“Vamos esperar e ver os efeitos dessa pandemia, da curva da pandemia no Brasil, pra tomar uma decisão. Até lá não tem nada definido”,  informou o líder do PDT, senador Weverton (MA).

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De acordo com o senador, na próxima sexta-feira (29) uma comissão de parlamentares deve fazer uma visita ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF) que será empossado presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) logo mais, nesta segunda-feira (25). Eles devem discutir a situação das eleições junto com uma comissão do tribunal.

Colegiado

Na última terça-feira (19), Davi Alcolumbre anunciou a formação de uma comissão de deputados e senadores para discutir uma proposta de adiamento das eleições municipais em razão da pandemia de covid-19. A proposta foi feita pelo presidente do Senado ao ministro Barroso. A intenção é discutir o texto com o TSE e só depois votar o adiamento na Câmara e no Senado.

*Da Agência Senado

 

A França estabeleceu 28 de junho para a realização do segundo turno de suas eleições municipais, que foram suspensas em março devido ao coronavírus, anunciou o primeiro-ministro Edouard Philippe nesta sexta-feira (22).

"Depois de pesar os prós e contras, acreditamos que a vida democrática também deve recuperar todos os seus direitos", afirmou Philippe em discurso transmitido pela televisão.

No entanto, o primeiro-ministro acrescentou que essa decisão é "reversível", dependendo da evolução da epidemia de Covid-19 na França.

A manutenção do primeiro turno em 15 de março, apesar da aceleração do número de casos do novo coronavírus no país, provocou uma onda de críticas e uma abstenção recorde.

A França, um dos países mais atingidos pelo vírus, com mais de 28.000 mortos, registrou nas últimas semanas uma queda no número de mortes e de pacientes em terapia intensiva (UTI).

O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quinta-feira (21) que o primeiro turno das eleições municipais deste ano poderá ser realizado no dia 15 de novembro ou 6 de dezembro. A proposta será analisada pelo Congresso Nacional, em comissão mista formada por deputados e senadores.

“Talvez o melhor modelo seja uma reunião do colégio de líderes das duas Casas para que se construa uma maioria em relação a adiar e para qual período. Você tem dois períodos discutidos, 15 de novembro ou primeiro domingo de dezembro, para o primeiro turno, e um [intervalo] para o segundo turno um pouco menos para dar tempo para a transição. Essas são as ideias”, afirmou Maia. “Mas temos que saber se vai ter voto para adiar ou não. A partir do momento que tiver voto para adiar, se discute uma data, tudo com sintonia com o TSE”, acrescentou.

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Apesar do adiamento das eleições, o congressista tem se posicionado contra a prorrogação dos mandatos. A comissão mista está prevista para ser criada na próxima semana, logo após a posse do ministro Luís Roberto Barroso na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Sou radicalmente contra prorrogação de mandato”, disse. “Não vejo na Constituição Federal um prazo para prorrogar mandato, porque no futuro alguém pode se sentir forte, ter apoio no Parlamento, criar uma crise e prorrogar seu próprio mandato. A questão de prorrogação do mandato acho que é muito sensível para a nossa democracia”, argumentou Rodrigo Maia.

Prorrogação do auxílio

O parlamentar afirmou ainda que poderá ser prorrogado o auxílio emergencial pago a trabalhadores informais de baixa renda e a beneficiários do Bolsa Família em virtude da pandemia de covid-19. O valor do auxílio é de R$ 600 ou de R$ 1,2 mil para mães solteiras, que deverá ser pago em três parcelas.

“A impressão é que sim [prorrogar]. Em que condições? Não podemos esquecer que o auxílio emergencial é fundamental. Se a crise continuar, ele será tão importante como está sendo agora. Mas de onde vamos conseguir tirar dinheiro? Esse é o nosso desafio. Já coloquei alguns parlamentares para estudar isso, para ter uma proposta que possamos fazer ao governo que possa, se necessário, continuar com o programa”, explicou.

Segundo Maia, uma das alternativas para a manutenção do auxílio emergencial é realocar recursos da União que atualmente estejam sendo aplicados em áreas não prioritárias para o momento de crise em saúde pública provocada pela pandemia do novo coronavírus.

“Que a gente encontre parte desses recursos na parte de gastos dos governo que está mal alocada. Agora, temos que tomar o cuidar de não seguir criando despesas sem realocar recursos de outras despesas que nesse momento não são prioritárias”, afirmou.

Maia ressaltou ainda que tem “muito otimismo” na possibilidade de serem votadas ainda este ano as reformas tributária e administrativa.

"Como nós já temos a [reforma da] Previdência aprovada, agora nós precisamos, sem nenhuma dúvida, da reforma administrativa, não apenas para congelar ou cortar salários, mas melhorar a qualidade do gasto público", avaliou.

 

Termina nesta quarta-feira (6) o prazo para o eleitor regularizar a situação com a Justiça Eleitoral e votar nas Eleições Municipais de 2020. Para evitar aglomerações, por causa da pandemia provocada pelo novo coronavírus (Covid-19), a regularização está sendo feita somente por meio eletrônico.

Por meio de atendimento remoto é possível solicitar alistamento (primeira via do título), mudança de município (transferência), alteração de dados pessoais, alteração de local de votação por justificada necessidade de facilitação de mobilidade e revisão para a regularização de inscrição cancelada.

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Além do passo a passo e da indicação dos documentos necessários, o espaço também contém link direcionando para as páginas de atendimento de cada um dos 27 tribunais regionais eleitorais (TREs) para efetuar o requerimento de alistamento eleitoral.

Regularização eleitoral

Os eleitores que precisam regularizar sua situação na Justiça Eleitoral podem emitir, no portal do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sem sair de casa, a Guia de Recolhimento da União para o pagamento de débitos eleitorais. O pagamento da guia deve ser feito no Banco do Brasil (agências ou app). O eleitor que não tem condições financeiras para fazer o pagamento de débitos eleitorais pode pedir a dispensa do pagamento de multas. Assim como os demais documentos exigidos, o pedido de isenção também deve ser anexado ao requerimento de regularização eleitoral feito pelo Título Net, que pode ser acessado no TRE , devendo ser incluído no campo “outros”.

Estão sujeitos à multa os eleitores que não votaram em uma eleição sem apresentar justificativa eleitoral, sendo cada turno um pleito específico; que se ausentaram dos trabalhos eleitorais; e que realizaram o alistamento eleitoral fora do prazo legal.

Plantão

O regime de plantão extraordinário, por causa da pandemia de Covid-19, foi instituído pelo TSE no dia 20 de março. Desde então, o atendimento presencial, a coleta biométrica e os prazos processuais ficaram suspensos por tempo indeterminado. Os prazos de processos que tramitam em meio físico continuam suspensos enquanto durar o regime diferenciado de trabalho. Já os processos em todos os graus de jurisdição da Justiça Eleitoral que tramitam em meio eletrônico tiveram os prazos retomados nessa segunda-feira (4), sendo vedados os atos presenciais.

Suspensão de títulos cancelados

Em razão do contexto de crise, o TSE suspendeu temporariamente o cancelamento de títulos de cerca de 2,5 milhões de eleitores que não compareceram ao cadastro biométrico obrigatório. A medida atinge 17 estados (AC, AM, BA, CE, ES, MA, MG, MS, MT, PA, PE, PR, RJ, RS, SC, SP e RO). Com isso, esse eleitorado estará apto a votar normalmente nas Eleições Municipais de 2020.

Com o fim do prazo, o cadastro eleitoral será fechado e nenhuma alteração será permitida, somente a impressão da segunda via do título será autorizada.

Além de ficar impedido de votar, o cidadão que teve o título cancelado fica impedido de tirar passaporte, tomar posse em cargos públicos, fazer matrícula em universidades públicas, entre outras restrições.

Devido às mudanças causadas no país por causa do novo coronavírus, muita gente tem dúvidas se as eleições municipais em outubro estão garantidas. Em uma conversa virtual com a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), o próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, admitiu que a data do pleito, cujo primeiro turno está marcado para 4 de outubro, pode mudar.

Segundo Barroso,a decisão deve ser pautada por parâmetros sanitários e não políticos. “Por minha vontade, nada seria modificado porque as eleições são um rito vital para a democracia. Portanto, o ideal seria nós podermos realizar as eleições. Porém, há um risco real, e, a esta altura, indisfarçável, de que se possa vir a ter que adiá-las”, adiantou Barroso que assumirá a presidência da Corte eleitoral, atualmente comandado por Rosa Weber, no final de maio.

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Emenda à Constituição

Como a data do pleito – primeiro final de semana de outubro – está prevista na Constituição Federal, qualquer alteração nesse sentido terá que ser feita pelo Congresso Nacional. Barroso pretende ter uma definição sobre o assunto em junho. É que nesse mês precisam ser feitos os testes nas urnas eletrônicas. Caso isso não seja possível, ele pretende se reunir com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP) para que uma emenda constitucional estabeleça um novo calendário.

Convenções

Além da parte logística da Justiça Eleitoral para a organização das eleições , há ainda uma grande preocupação com o calendário político. Os partidos devem realizar convenções – instrumentos que oficializam as candidaturas – entre o final de julho e o dia 5 de agosto. É esse ato que dá o sinal verde para o início da campanha, em 15 de agosto. Se a proibição de aglomerações ainda estiver em vigor no país até lá, a viabilidade do pleito fica comprometida.

Na conversa com os magistrados, Barroso defendeu que, se for o caso, o adiamento seja o mais curto possível. A ideia reprogramar o primeiro turno para 15 de novembro ou no máximo dezembro. O futuro presidente eleito do TSE também rechaçou a hipótese de se fazer a eleição municipal junto com a eleição nacional, em 2022, o que exigiria a prorrogação por dois anos dos mandatos dos atuais prefeitos e vereadores. “Sou totalmente contra essa possibilidade. A democracia é feita de eleições periódicas e alternância no poder”, afirmou. “Os prefeitos e vereadores que estão em exercício neste momento foram eleitos para quatro anos”, lembrou acrescentando que o mandato atual termina no dia 31 de dezembro.

Grupo de trabalho

A despeito das perspectivas do adiamento das eleições, segundo o grupo de trabalho (GT) criado no Tribunal Superior Eleitoral para projetar os impactos da Covid-19 nas atividades ligadas às Eleições Municipais de 2020, até o momento, a realização do pleito é possível. O GT, criado no início de abril, elabora relatórios semanais sobre a situação. No último, entregue na semana passada, o grupo fez um levantamento de ações realizadas, no âmbito do TSE, para gestão de riscos e equipamentos, para a realização de testes dos sistemas eleitorais e para o acompanhamento da evolução de sistemas de apoio. Também foram avaliados serviços prestados pelo TSE e pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) aos cidadãos, a exemplo do alistamento e da regularização da situação eleitoral, e do cadastramento de empresas interessadas em prestar serviços.

 

O vereador Carlos Bolsonaro e a mãe dele, Rogéria Bolsonaro, assinaram a filiação ao partido Republicanos na quinta-feira (26). O movimento é visto como uma forma do prefeito do Rio, Marcelo Crivella, conseguir o apoio de Jair Bolsonaro (sem partido) para as eleições municipais deste ano.

O presidente do Republicanos no Rio de Janeiro, Luiz Carlos Gomes, comemorou a chegada de Carlos e Rogéria. "Abonamos a filiação do vereador @carlosbolsonaro e de Rogeria Bolsonaro nesta quinta-feira (26). Estamos felizes com a chegada dos novos republicanos, que vão somar ao nosso projeto. Aliás, todos os que se filiaram e são pré-candidatos terão o nosso apoio para que possamos juntos trabalhar em prol do Estado do Rio de Janeiro. Sejam bem-vindos!", escreveu em uma rede social.

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Em fevereiro, o presidente nacional do partido, Marcos Pereira, já havia afirmado que a sigla poderia abrigar entusiastas do partido que Bolsonaro pretende criar, o Aliança pelo Brasil. 

Segundo o jornal O Globo, as negociações avançaram a partir de uma articulação entre o senador Flávio Bolsonaro (sem partido) e Gutemberg Fonseca, que é aliado da família Bolsonaro e secretário de Ordem Pública de Crivella.

Rogéria já foi vereadora por dois mandatos e deixou a Câmara Municipal em 2001, após ter se separado de Bolsonaro. Ela estava filiada ao PSL. Ela teria começado a negociar a ida ao Republicanos ao perceber que o Aliança não estaria homologado a tempo das eleições deste ano. Carlos Bolsonaro estava no PSC, partido do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, hoje (19), por unanimidade, confirmar o dia 4 de abril como data limite para a filiação partidária de quem pretende concorrer às eleições municipais deste ano. O tribunal disse não ter o poder de alterar o calendário previsto pela legislação eleitoral.

O adiamento do prazo havia sido requerido pelo deputado Glaustin Fokus (PSC-GO), na sexta-feira (13), tendo em vista a pandemia do novo coronavírus (Covid-19) declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

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De acordo com o TSE, o calendário das eleições municipais está previsto na Lei das Eleições (9.504/1997) e que a Justiça Eleitoral não tem o poder de alterar as datas, sendo o prazo para filiação partidária “insuscetível de ser afastado” pelo tribunal, disse a presidente da Corte Eleitoral, ministra Rosa Weber.

O prazo de filiação partidária é o marco mais próximo do calendário eleitoral desde o agravamento da crise provocada pelo Covid-19. Com a decisão desta quinta-feira (19), o TSE indica ao Legislativo que qualquer modificação nas datas eleitorais como um todo, em decorrência da pandemia, depende de aprovação no Congresso.

“Esses prazos não estão à disposição do TSE, eles constam da legislação federal”, reforçou o ministro Luís Roberto Barroso, que assume o comando do TSE em 19 de maio e deve estar à frente da Justiça Eleitoral durante a realização do pleito nos municípios, cujo primeiro turno está marcado para 4 de outubro.

Após a sessão, Barroso afirmou que a Justiça Eleitoral não trabalha, no momento, com um eventual adiamento das eleições municipais. "Por enquanto, não cogitamos essa possibilidade. Cada dia com sua agonia. Tenho fé que até outubro tudo terá sido controlado."

Também nesta quinta-feira (19), o TSE decidiu que as sessões de julgamento presencial da Corte serão realizadas com o espaçamento de 15 dias, de modo a reduzir o contato entre os ministros. Foi aprovada uma resolução que permite a análise virtual de todos os tipos de processo, de forma semelhante ao estabelecido na quarta-feira (18) pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio Noronha, por sua vez, decidiu prorrogar o cancelamento de todas as sessões presenciais até 17 de abril, e autorizou o trabalho remoto para a grande maioria dos servidores.

No Tribunal Superior do Trabalho (TST), as sessões presenciais estão suspensas até 31 de março.

Os franceses deram as costas para as urnas neste domingo (15), no primeiro turno das eleições municipais, realizadas em um contexto inédito, em um país quase paralisado pela pandemia do novo coronavírus.

Entre os cerca de 48 milhões de eleitores convocados a eleger seus prefeitos, apenas metade compareceu às urnas, segundo as primeiras estimativas. Uma pesquisa apontou que 39% das pessoas que faltaram o fizeram por medo do novo coronavírus.

Este novo recorde é "absolutamente inacreditável", estimou o diretor do instituto de pesquisas Ipsos, Brice Teinturier. A abstenção foi quase 20 pontos maior do que nas eleições municipais anteriores, em 2014.

A cifra recorde traz dúvidas se o segundo turno será mantido daqui a uma semana, principalmente devido à velocidade imprevisível da pandemia. A França, terceiro foco na Europa, registrou nas últimas 24 horas mais de 900 novos infectados e 36 novas mortes, elevando o total a 5.400 infectados e 127 mortos.

Segundo o constitucionalista Didier Maus, se o segundo turno for adiado, os resultados do primeiro turno serão anulados. "É um problema legal", explica Anne Jadot, professora de Ciência Política na Universidade de Lorraine. "Há um forte risco de disputa eleitoral."

- Anne Hidalgo consegue primeiro lugar em Paris -

Apesar do fechamento das escolas, restaurantes, museus, cafés e lojas, a França decidiu manter as eleições deste domingo. "Temos que garantir a continuidade da vida democrática e das instituições", disse o presidente, Emmanuel Macron, que garantiu ter tomado a decisão após consultar cientistas, que consideraram que "não há nada que impeça os franceses, mesmo os mais vulneráveis, de ir às urnas".

Antes de entrar em uma das 35 mil seções eleitorais do país, os eleitores puderam higienizar as mãos. Todos os cidadãos receberam a recomendação de levar a própria caneta até a cabine.

Os eleitores tiveram que manter uma distância de segurança de um metro entre si durante cada etapa da votação. Os mesários receberam álcool e luvas de proteção.

Em Paris, joia da coroa das eleições municipais francesas, a atual prefeita, a franco-espanhola Anne Hidalgo, liderou o primeiro turno, com 30% dos votos, segundo as primeiras estimativas. O premier Edouard Philippe, candidato na cidade portuária de Le Havre, seu reduto eleitoral, também ficou em primeiro, com 43,60% dos votos, segundo resultados definitivos. Uma derrota no segundo turno poderá colocar em risco seu cargo na liderança do Executivo.

O apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para uma eventual candidatura da deputada federal Marília Arraes (PT-PE), na disputa pelo comando da Prefeitura do Recife, não soou como uma surpresa para a petista que disse que a estratégia da sigla em lançar candidaturas próprias já vinha sendo discutida desde o ano passado. Para a parlamentar, o cenário político é de tranquilidade e otimismo. Ela também não duvida que irá para o 2º turno. 

Em 2018, Marília Arraes foi retirada da disputa para o governo de Pernambuco, em função da decisão do PT que abriu mão de algumas candidaturas próprias para firmar aliança com o PSB. Questionada pelo LeiaJá sobre o assunto, a parlamentar não quis se aprofundar, mas reforçou a importância de se apostar nos candidatos do partido.

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"Time que não joga, não tem torcida. No caso do Recife, tem uma candidatura que é a minha e que é competitiva porque tem tudo para ganhar a eleição. Então, não faz sentido um partido que quer voltar a governar o Brasil, não traçar uma estratégia de eleger prefeitos”, ponderou.   

Para Marília Arraes, é preciso montar candidaturas em cidades estratégicas para preparar um terreno certo visando a eleição nacional. O mesmo foi dito por Lula ao mostrar apoio à Marília Arraes, durante a entrevista ao Uol, deste domingo (26).

“O PT não pode abrir mão de ter uma candidatura própria em Recife. Quando chegar em 2022, o PSB vai pedir outra vez para o PT não ter candidato a governador depois de quatro de quatro mandatos? Será que o PT não pode ter a oportunidade de ter candidatura própria? O PT vai ter candidatura própria, a Marília deve ser candidata do PT", salientou o líder petista. 

Indagada se vai ou não apoiar João Campos (PSB-PE) em um eventual segundo turno entre a petista e o socialista, Marília diz que não trabalha com a possibilidade de não ir para o 2º turno das eleições. "Tem que perguntar a eles  [o PSB e João Campos] se eles sobem no palanque da gente. Que eu vou estar no 2º turno, eu tenho certeza. Isso se eu não ganhar no primeiro", afirmou. 

Nesta terça-feira (28), haverá uma reunião do PT nacional em São Paulo, para debater os cenários políticos locais.

O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta quarta-feira (15), que não vai se "meter" nas eleições municipais de 2020 caso não haja candidatos do Aliança Pelo Brasil, partido que ele deseja tirar do papel a tempo do pleito. "Se meu partido não tiver candidato, não vou me meter em política municipal no corrente ano, ponto final", disse Bolsonaro em frente ao Palácio da Alvorada.

O presidente afirmou que não viajará pelo Brasil para participar de eventos em apoio à criação do Aliança. Também disse não ter decidido se irá a encontro do partido em Brasília no próximo sábado (18).

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Bolsonaro voltou a declarar que candidatos do Aliança não usarão recursos do fundo eleitoral. O presidente já sinalizou que, apesar de contrariado, sancionará no Orçamento de 2020 o fundo de R$ 2 bilhões para as eleições. O valor foi proposto pelo próprio governo federal.

"A gente espera, brevemente, criar um novo partido, que não vai ter fundão neste ano, nem em 2022. A gente não vai usar, porque é um dinheiro que sai, realmente, do povo, que podia ser aplicado melhor em outro local", disse.

O Aliança planeja realizar eventos para coleta de assinaturas de apoio em 21 Estados até o fim de fevereiro. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) precisa aprovar a criação da sigla até o fim de março para que o partido consiga lançar candidatos às eleições municipais.

O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) afirmou neste sábado, em evento no Sindicato dos Químicos de São Paulo, que colocou o seu nome "à disposição" do partido para ser candidato a prefeito da cidade em 2020. Ele foi ministro da Saúde durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff e secretário da Saúde da capital paulistana na gestão de Fernando Haddad.

"Lembro da minha candidatura a governador (de São Paulo). Foi uma campanha difícil num momento difícil. Tive 19% (dos votos) no Estado, mas tive 23% no primeiro turno aqui na capital", diz Padilha em um vídeo do pronunciamento que fez no sindicato.

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Na sua visão, a campanha municipal no ano que vem "tem de botar (o ex-presidente) Lula na rua". "É uma campanha para politizar. (Eu) me sinto preparado para falar do Lula porque fui ministro do Lula", comentou.

Padilha conclui a gravação apontando que, independentemente de quem seja o nome do PT na disputa da capital, "o mais importante" é que o partido "decida essas coisas ouvindo a base, ouvindo a militância".

"Uma candidatura de cúpula, definida na casa de alguém, não tem futuro no PT. No PT, a gente constrói as coisas ouvindo o povo, ouvindo a militância, porque só assim a gente consegue ganhar", encerra o deputado.

As declarações em que Padilha se posiciona como pré-candidato à prefeitura vêm à tona num momento em que, segundo apurou o Estadão, Lula e o PT trabalham por uma chapa liderada por Fernando Haddad e com a ex-prefeita e ex-senadora Marta Suplicy (sem partido) como vice.

Em entrevista na semana passada ao portal Congresso em Foco, Padilha apontou Haddad como o principal nome do PT para a disputa. "Não tenho dúvida nenhuma que Haddad é um nome natural. Esse debate tem que ser feito e eu estou à disposição", declarou na ocasião.

Deputados aprovaram na noite desta terça-feira, 1, a urgência do projeto que limita gastos para as campanhas eleitorais municipais do ano que vem. Lideranças do Centrão e da oposição articularam o avanço da medida no início desta semana. A ideia, por enquanto, é que candidatos a prefeitos e vereadores trabalhem com um teto que seja igual ao de 2016, porém, corrigido pela inflação no período. O texto que será votado, no entanto, pode ainda sofrer alterações.

Assim como a minirreforma dos partidos aprovada no mês passado pelo Congresso e parcialmente vetada pelo presidente Jair Bolsonaro, esse projeto também foi liderado pelo presidente do Solidariedade, Paulinho da Força (SP).

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O projeto colocado na pauta do plenário da Câmara nesta terça-feira é de autoria do deputado Otaci Nascimento (Solidariedade-RR). A medida deve ser alterada antes de ser aprovada. Ela pode ser juntada ao texto sobre o mesmo tema que ainda será votada pelo Senado, de autoria do senador Chico Rodrigues (DEM-RR). A matéria pode ainda sofrer outras modificações ao ser votada de fato pelos deputados.

A definição de um novo teto para as campanhas deve atingir, principalmente, candidatos e partidos com capacidade de autofinanciamento.

Os parlamentares têm pressa para aprovar um texto que precisa ser sancionado pelo presidente Bolsonaro um ano antes das próximas eleições.

A Câmara iniciou na tarde desta terça-feira, 1, sessão que deve ter como um dos focos o projeto de lei que regulamenta o teto de gastos das eleições municipais. Está na pauta a urgência e o mérito do projeto 4121/2019 que trata do tema, no entanto, deverá haver um texto substitutivo de plenário que irá prever que o teto seja o valor definido em 2016, corrigido pela inflação, segundo líderes.

Há ainda na pauta, o projeto de securitização das dívidas dos Estados e também medida que susta portaria do Ministério da Economia que permitia o aumento da cota de importação de etanol de 600 milhões de litros por ano para 750 milhões de litros anuais.

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O plenário analisa agora a Medida Provisória 885/19, que agiliza o repasse, a Estados e ao Distrito Federal, de recursos decorrentes da venda de bens apreendidos relacionados ao tráfico de drogas, mudando também procedimentos para essa alienação.

Mais cedo, foi aprovado o Projeto de Lei 6754/13, que institui política nacional de prevenção do diabetes e de assistência integral à saúde da pessoa portadora de diabetes. A proposta irá à sanção presidencial.

Senado

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), também tenta votar nesta terça-feira um projeto de lei que define um teto de gastos para as campanhas da eleição municipal de 2020. A estratégia é aprovar um texto negociado com a Câmara nesta semana para que as regras sejam válidas para o pleito do ano que vem.

Os deputados também cogitam votar um projeto com o mesmo conteúdo. Neste caso, o Senado analisaria o texto em seguida. Pela proposta que está na pauta do Senado, de autoria do senador Chico Rodrigues (DEM-RR), o limite de gastos para campanhas de candidatos a prefeito nos municípios com mais de 5 milhões de eleitores será de R$ 10 milhões em 2020.

Para cidades entre um milhão e 5 milhões de eleitores, o limite proposta é de R$ 5 milhões. No caso de municípios com 500 mil a um milhão de eleitores, os candidatos a prefeito poderiam gastar até R$ 3 milhões. O valor é escalonado até R$ 100 mil para municípios com até 20 mil eleitores.

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