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O elevado endividamento das famílias brasileiras, já numa faixa próxima de 50% da renda, impõe limites ao crescimento da economia pelo consumo, afirmou o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, em palestra realizada no Rio. Diante da importância desta demanda para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), o desempenho fraco terá papel relevante na estagnação da atividade econômica. O menor ímpeto para consumir ainda explica, segundo o economista, a desaceleração dos serviços, que tiveram o menor crescimento desde 2012 na receita nominal (4,6% em julho ante julho de 2013), como informou nesta semana o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"O endividamento das famílias brasileiras já compromete quase 50% da renda, e isso mostra um limite muito sério para o crescimento do consumo", disse Perfeito. Durante a apresentação, o economista mostrou, a partir de dados do Banco Central elaborados pela Gradual, que as dívidas consumiam 45,73% da renda acumulada em 12 meses até março deste ano, num processo crescente desde 2009.

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"O consumo, se você observar pela ótica da oferta do PIB, responde por 60%. É bastante elevado e mostra que parte significativa do PIB deve estacionar. Isso deve ser realidade tanto agora quanto nos próximos trimestres. Infelizmente, esse setor não vai ter o dinamismo esperado, pelo menos não como teve nos últimos anos", afirmou. "A boa notícia é que estabilizou num patamar bastante elevado, o que é bom para todo mundo. Mas não vai ser agora que vamos ver isso continuar crescendo."

Segundo o economista, o desafio agora é impulsionar os investimentos, componente que "pode ajudar o País a sair dessa crise". No entanto, investir depende de confiança por parte de empresários, e as sondagens tem apontado queda nesses quesitos. "É bem provável que a gente só consiga crescer no Brasil nos próximos trimestres com a retomada da confiança. Além disso, só acontece, seja quem ganhar (as eleições), restabelecendo alguns preços-chave. O empresário precisará saber o que vai acontecer com câmbio, juros e política fiscal", observou Perfeito.

Mesmo que haja ajustes no ano que vem, o economista não prevê uma recuperação vigorosa da economia já nos primeiros trimestres. "Em 2015, vai ser o começo dessa mudança, mas não será quando vamos colher os frutos disso. Talvez só lá em 2017 que talvez vamos ver a economia um pouco mais pulsante".

O número de consumidores endividados aumentou em agosto, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada nesta terça-feira, 26. O porcentual de famílias com dívidas passou de 63% em julho para 63,6% este mês, um crescimento de 0,06%. Em relação a agosto de 2013, também houve alta, de 0,05% na fatia de endividados.

Segundo a CNC, o aumento no número de famílias endividadas foi registrado nas duas faixas de renda pesquisadas (até dez salários mínimos e acima de dez salários mínimos). Para as famílias que ganham até dez salários, o porcentual de endividados foi de 64,8% em agosto, ante 64,3% em julho. Na faixa com renda acima de dez salários mínimos, o montante de famílias com dívidas passou de 57% em julho para 57,6% em agosto.

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A CNC credita o aumento do endividamento ao crescimento de algumas modalidades de crédito, como o financiamento imobiliário. No entanto, o cartão de crédito ainda aparece como a dívida mais citada, apontado por 75,8% das famílias endividadas, seguido por carnês (17%) e por financiamento de carro (13,4%). A pesquisa considera como dívidas parcelas a pagar em cheque pré-datado, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimos pessoal, seguros, prestações de carro e imóveis.

Em agosto, também aumentou o número de famílias inadimplentes, que passou de uma fatia de 18,9% em julho para 19,2%. Em agosto do ano passado, entretanto, a proporção de consumidores com dívidas ou contas em atraso era maior, aos 21,8%.

O porcentual de famílias endividadas subiu a 63,0% em julho deste ano, contra 62,5% em junho, informou nesta quinta-feira, 17, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Na comparação com julho de 2013, no entanto, houve queda, já que há um ano 65,2% dos brasileiros estavam nessa condição, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).

"O crescimento do custo do crédito vem induzindo as famílias a ter mais cautela ao contratar e renovar empréstimos e financiamentos. Juros mais altos e ganhos de renda mais modestos levam a condições menos favoráveis para o endividamento", analisa a CNC, em nota. Entre as dívidas captadas pela pesquisa estão cartão de crédito, cheque pré-datado, carnês, financiamentos de carros e imóveis, cheque especial, crédito consignado ou pessoal, entre outros.

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Apesar da alta na fatia dos que têm contas a pagar na comparação mensal, a inadimplência teve queda neste mês. Segundo a CNC, o porcentual de famílias com dívidas em atraso ficou em 18,9%, contra 19,8% em junho - uma redução de 0,9 ponto porcentual. Em julho do ano passado, essa fatia era ainda maior, de 22,4% do total de endividados.

Já o porcentual de famílias que declararam não ter condições de pagar as contas em atraso e, portanto, devem permanecer inadimplentes ficou estável em 6,6% nos meses de junho e julho deste ano. Em julho de 2013, essa fatia era de 7,4%.

"A postura mais cautelosa das famílias em relação ao endividamento vem impedindo uma alta da inadimplência", avalia a CNC. A pesquisa é apurada mensalmente pela confederação desde 2010. Os dados são coletados em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal com cerca de 18 mil consumidores.

O porcentual de famílias endividadas aumentou para 62,7% em maio, contra 62,3% no mês de abril, informou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), nesta quinta-feira, 29, por meio da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). Apesar da alta, a parcela ainda é inferior à registrada em maio do ano passado (64,3%).

A despeito da elevação no endividamento, o porcentual das famílias com contas em atraso caiu a 20,9% em maio de 2014. Esta fatia era de 21,0% em abril e de 21,6% em maio de 2013. Também houve redução no número de famílias que não terão condições de pagar as suas dívidas e que, portanto, permaneceriam inadimplentes. Essa realidade foi verificada em 6,8% das famílias neste mês, contra 6,9% em abril e 7,5% em maio do ano passado.

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Cautela

Segundo a CNC, os brasileiros estão mais cautelosos na hora de contratar ou renovar empréstimos e financiamentos devido à alta do custo do crédito. "Juros mais altos e ganhos de renda mais modestos levam a condições menos favoráveis para o endividamento", informa a CNC, em nota.

Mesmo diante de um cenário mais favorável nos dados gerais, mais famílias passaram a se declarar "muito endividadas" em maio - a única categoria entre os níveis de endividamento a registrar aumento. Neste mês, segundo a CNC, 12,2% das famílias se disseram muito endividadas, contra 11,8% em abril. Mesmo assim, o porcentual é menor do que em maio de 2013 (12,5%). Por outro lado, a parcela dos que afirmaram não ter dívidas caiu a 37,0%, de 37,5% em abril.

A Peic é apurada mensalmente pela CNC desde 2010 e investiga dívidas com o cartão de crédito, cheque especial, cheque pré-datado, crédito pessoal ou consignado, carnês e financiamentos de carro ou imóvel. Os dados são coletados em todas as capitais dos Estados e no Distrito Federal com cerca de 18 mil consumidores.

A proporção de famílias endividadas na cidade de São Paulo cresceu no mês de abril para 51,1% do total de domicílios. Depois de registrar queda por dois meses consecutivos, o índice estava em 48,4% em março, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Em abril de 2013, a proporção de famílias com dívidas estava em 57,1%.

Segundo o levantamento, havia, no mês passado, 1,833 milhão de famílias com algum tipo de dívida na capital paulista, número que representa um avanço de 5,5% sobre março. De acordo com a Fecomercio, a justificativa para a alta entre março e abril seria o impacto no orçamento domiciliar da inflação "persistente", sobretudo entre os alimentos, além do menor crescimento da renda. "Diante desse cenário e para manter o mesmo padrão de consumo, as famílias estariam sendo forçadas a contrair novas dívidas", diz a nota.

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O endividamento aumentou relativamente mais entre os paulistanos de maior renda. O total de famílias endividadas com renda acima de dez salários mínimos mensais subiu oito pontos porcentuais na passagem de março para abril, de 29,3% para 37,3%. Já a fatia das famílias com remuneração de até dez salários mínimos com contas a pagar avançou 0,9 ponto porcentual, de 55% para 55,9% no mesmo período.

O cartão de crédito é a modalidade de dívida de maior incidência. Entre as famílias endividadas, 66,2% possuíam faturas a pagar. Na sequência, apareceram financiamentos de veículos (19%); carnês de crediário (15,6%); créditos pessoais (10,9%); financiamento imobiliário (13,4%); cheque especial (5,4%); e crédito consignado (4,2%).

Os brasileiros têm quase um terço da renda comprometida com o pagamento de dívidas, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) divulgada nesta terça-feira, 29, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O comprometimento da renda manteve-se estável nos últimos três meses, em 30,9% de fevereiro a abril, mas está em patamar superior ao verificado em abril do ano passado, quando as famílias tinham 29,9% da renda comprometida com o pagamento de dívidas.

A pesquisa da CNC mostrou que houve um aumento no número de endividados na passagem de março para abril. O porcentual de famílias que declararam possuir algum tipo de dívida passou de 61% para 62,3%. No entanto, a CNC ressalta que o total de endividados ainda é menor do que o verificado em abril do ano passado, assim como em meses anteriores.

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"Não há tendência de crescimento do endividamento, foi uma alta pontual. O resultado ainda está abaixo do que foi registrado em janeiro e fevereiro. A nossa avaliação é de que existe um processo de moderação do endividamento, devido à alta do custo do crédito", apontou Marianne Hanson, economista da CNC.

Já o aumento na inadimplência verificado também pela pesquisa em abril foi considerado pela economista como um movimento sazonal. O total de famílias inadimplentes passou de 20,8% em março para 21% em abril. "É a terceira alta consecutiva no número de inadimplentes. Esse movimento acontece normalmente no início do ano, é sazonal, provocado pelos gastos característicos desse período. Mas também tem outra razão, que é o crédito mais caro. Hoje, as condições de negociação de dívidas estão piores do que em relação ao ano passado", lembrou Marianne.

O presidente da Oi, Zeinal Bava, afirmou nesta quarta-feira, 26, que a companhia precisa corrigir o fluxo de caixa e reduzir o seu endividamento. "Temos uma estratégia na Oi que está sempre em cima de três prioridades: nós queremos alterar o nosso fluxo de caixa, para iniciar um processo de desalavancagem da companhia o quanto antes. Uma segunda prioridade é consolidar o nosso modelo de negócios e sermos os campeões de produtividade. A nossa terceira prioridade é continuar a crescer", disse.

Ele afirmou ainda que o grande potencial de crescimento que no mercado brasileiro está na banda larga, na TV paga, na penetração de smartphones e na internet móvel. "Tudo isso são oportunidades extraordinárias para uma empresa como a Oi".

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Sobre a correção da trajetória de fluxo de caixa, afirmou que tem que ser intensiva não só com uma forte disciplina de custos e na forma como investimos, mas também na forma de crescimento. A Oi anunciou nesta quarta-feira, 26, a assinatura de contratos com a Rede Globo e a Globosat. Os sinais regionais da Rede Globo aumentarão de 13 para 43. O acordo firmado tem prazo até o ano de 2021.

A conta do Natal de 2013, os reajustes de preços típicos do início de ano e o pagamento de impostos como IPTU e IPVA contribuíram para a elevação do endividamento das famílias neste mês, afirmou a economista Marianne Hanson, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). De acordo com a CNC, o porcentual de famílias com dívidas chegou a 63,4% em janeiro, um avanço em relação aos 62,2% de dezembro de 2013.

O aumento da renda e a expansão do crédito, ainda que em ritmo mais lento, ainda permitiram que as famílias acomodassem mais dívidas sem comprometer grande parcela do orçamento. Por isso, os endividados neste mês também superam a fatia registrada em janeiro de 2012 (60,2%). "Há diversos meses que observamos essa alta (na comparação com igual mês do ano anterior)", afirma Marianne.

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A elevação segue a tendência observada em 2013, somada ao efeito sazonal do primeiro trimestre do ano, quando as famílias normalmente têm mais dívidas para quitar. Além disso, a forte expansão do crédito imobiliário tem contribuído para elevar as estatísticas de endividamento.

Apesar disso, a economista destaca que o nível atual de comprometimento da renda não preocupa do ponto de vista da inadimplência. "No curto prazo, as condições são positivas. Dados da oferta de crédito mostram que a concessão está mais seletiva. Além disso, as famílias estão bem otimistas em relação a seu nível de endividamento", disse.

Nem o aumento do porcentual de famílias que se consideram muito endividadas (de 11,6% em dezembro para 12,2% em janeiro) muda essa percepção. Isso porque o prazo das dívidas está mais longo. De acordo com a CNC, o prazo médio das contas a pagar é de 6,8 meses (contra 6,5 meses em janeiro do ano passado).

"Uma parcela mais importante, de 30,4%, tem dívida por mais de um ano. Ou seja, essas famílias estão carregando suas dívidas por um prazo mais longo", acrescentou Marianne, para quem essa estatística corrobora a perspectiva positiva para inadimplência.

Há, porém, uma fatia de 19,8% entre as famílias endividadas que declaram ter mais da metade do orçamento comprometido. Para Marianne, trata-se de uma fatia alta segundo os padrões internacionais, mas ela minimiza o dado, tendo em vista o histórico do País. "Há uma parcela importante com comprometimento alto da renda. Mas, por outro lado, desde o início da pesquisa esse porcentual já ficou acima de 30%", disse. (

O porcentual de famílias brasileiras que relataram ter dívidas em janeiro de 2014 chegou a 63,4%, um avanço em relação ao resultado de dezembro de 2013, quando a fatia correspondia a 62,2%. Em janeiro do ano passado, a parcela de endividados também era menor, de 60,2%. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quarta-feira, 22, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A CNC destaca que, apesar da elevação no porcentual de famílias endividadas, a fatia dos que têm contas em atraso recuou para 19,5% neste mês, contra 20,8% registrados em dezembro do ano passado. A queda também se observa em relação a janeiro de 2013, quando os inadimplentes eram 21,2%.

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Já o porcentual de famílias que afirmaram não ter condições de pagar suas dívidas em atraso, ou seja, permaneceriam inadimplentes, apresentou estabilidade na passagem de dezembro para janeiro, no patamar de 6,5%. Em relação a janeiro de 2013, as famílias nesta condição eram 6,6%.

Muito endividados

A proporção das famílias que se declararam muito endividadas aumentou entre os meses de dezembro de 2013 e janeiro de 2014 - de 11,6% para 12,2% do total de famílias. Também houve alta em relação a janeiro de 2013, quando 12% tinham percepção de endividamento muito elevado. Já a parcela pouco endividada ficou em 26,7% do total de famílias em janeiro deste ano, contra 26% em dezembro e 27,5% em janeiro de 2013.

As dívidas englobadas na pesquisa da CNC envolvem cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro.

O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro voltou a subir em outubro, quando atingiu a marca de 45,38%, novo recorde da série histórica iniciada pelo Banco Central em 2005. Em setembro, a taxa (atualizada) foi de 45,35%, a mesma vista também no mês anterior.

O levantamento considera o total das dívidas dividido pela renda no período de um ano. Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento cai de 30,25% da renda anual em setembro para 30,08% em outubro, segundo o BC. Pela série histórica da instituição, não se via uma taxa tão baixa para esse indicador desde julho de 2010, quando ficou em 30,03%.

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Nesta quinta-feira, 20, pela manhã, o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, apresentou uma estimativa menor para o crescimento do crédito em 2014, de 13% ante expectativa de 14% ao final deste ano, entre outras variáveis por conta da diminuição dos financiamentos imobiliários. O BC informou ainda que o comprometimento de renda dos brasileiros, que considera valores mensais para renda e para as prestações pagas aos bancos, já considerando o ajuste sazonal, passou de 21,37% em setembro para 21,03% em outubro.

O total de famílias brasileiras que disseram estar endividadas caiu um ponto porcentual no mês de dezembro, passando a 62,2%, ante 63,2% em novembro. As dívidas incluem cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), nesta quarta-feira (18).

Na comparação anual, entretanto, houve alta no número de famílias endividadas já que em dezembro de 2012 essa proporção era de 60,7%. "Apesar da moderação no consumo, a elevação do custo do crédito e a redução dos ganhos reais dos salários têm mantido o nível de endividamento das famílias em patamares elevados. Entretanto, o perfil mais favorável de endividamento, com prazos mais longos, permite uma melhora na percepção em relação ao endividamento", diz a economista da CNC Marianne Hanson, em comunicado.

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Em dezembro, 20,8% das famílias relataram ter algum tipo de dívida em atraso, contra 21,2% em novembro e 21,7% em dezembro do ano passado. Segundo a CNC, o efeito sazonal dos ganhos com o décimo terceiro salário influenciou positivamente esse resultado.

O porcentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso - e que, portanto, permaneceriam inadimplentes - apresentou redução nas comparações mensal e anual. Em dezembro de 2013, essa parcela respondeu por 6,5% das famílias, ante 6,6% em novembro e 7,0% em dezembro de 2012.

13º salário

A CNC destaca que os indicadores de inadimplência foram beneficiados pelo efeito sazonal dos ganhos com o décimo terceiro salário. Houve também melhora na percepção das famílias em relação à sua capacidade de pagamento de débitos em atraso. Há ainda uma melhora no perfil do endividamento na comparação anual que vem permitindo a redução dos indicadores de inadimplência, apesar do maior nível de endividamento observado em 2013.

A proporção das famílias que se declararam muito endividadas caiu entre os meses de novembro e dezembro de 2013 - de 12,1% para 11,6% do total. Na comparação anual, também houve redução desse indicador. Ainda na comparação entre dezembro de 2012 e dezembro de 2013, a parcela que declarou estar mais ou menos endividada passou de 21,5% para 24,6%, e a parcela pouco endividada passou de 27,2% para 26,0% do total dos endividados.

Entre as famílias com contas ou dívidas em atraso, o tempo médio de atraso foi de 59,4 dias em dezembro de 2013 - abaixo dos 60,8 dias de dezembro de 2012. O tempo médio de comprometimento com dívidas entre as famílias endividadas foi de 6,6 meses, sendo que 29,9% estão comprometidas com dívidas até três meses, e 29,8%, por mais de um ano. Ainda entre as famílias endividadas, a parcela média da renda comprometida com dívidas aumentou na comparação anual, passando de 29,6% para 30,2%, sendo que 21,8% delas afirmaram ter mais da metade de sua renda mensal comprometida com pagamento de dívidas.

A redução do número de famílias endividadas em relação ao mês anterior, contudo, se deu apenas no grupo de famílias com renda até dez salários mínimos. Na comparação anual, houve aumento apenas para a faixa de menor renda. Para as famílias que ganham até dez salários mínimos, o porcentual de famílias com dívidas foi de 63,9% em dezembro de 2013, ante 65,2% em novembro de 2013 e 61,9% em dezembro de 2012.

Para as famílias com renda acima de dez salários mínimos, o porcentual de famílias endividadas passou de 53,4% em novembro para 53,9% em dezembro de 2013. Em dezembro de 2012, o porcentual de endividadas nesse grupo de renda era de 54,6%.

O porcentual de famílias brasileiras que disseram ter dívidas chegou a 63,2% no mês de novembro de 2013, contra 62,1% em outubro e 59% em novembro do ano passado. As dívidas incluem cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), nesta terça-feira, 26.

O aumento, contudo, não se deu em todos os níveis de endividamento. A proporção das famílias que se declararam muito endividadas, por exemplo, caiu entre os meses de outubro e novembro de 2013 - de 12,6% para 12,1% do total de famílias. Em relação a igual mês de 2012, houve estabilidade nesse indicador.

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Já a parcela dos que se declaram 'mais ou menos' endividadas passou para 22,9%, de 23,3% em outubro de 2013 e 19,6% em novembro do ano passado. Enquanto isso, as famílias pouco endividadas aumentaram para 28,1% do total neste mês, contra 26,2% em outubro e 27,4% em novembro de 2012.

Atraso

Apesar do aumento na parcela das famílias endividadas, o porcentual daquelas que têm dívidas ou contas em atraso recuou para 21,2% em novembro, ante 21,6% no mês passado. A fatia, contudo, ainda é maior do que os 21% observados em novembro do ano passado.

Entre as famílias com contas ou dívidas em atraso, o tempo médio de atraso foi de 57,6 dias em novembro de 2013 - abaixo dos 61,1 dias de novembro de 2012. O tempo médio de comprometimento com dívidas entre as famílias endividadas foi de 6,7 meses, sendo que 27,6% estão comprometidas com dívidas até três meses, e 29,6%, por mais de um ano. Ainda entre as famílias endividadas, a parcela média da renda comprometida com dívidas diminuiu para 29,1%, contra 30,2% em novembro do ano passado.

O porcentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso, e que, portanto, permaneceriam inadimplentes, apresentou redução nas duas comparações. Em novembro de 2013, essa parcela respondeu por 6,6% das famílias, ante 7,3% em outubro e 6,8% em novembro de 2012.

De acordo com a CNC, os ganhos com o décimo terceiro salário podem ter influenciado o resultado, que também demonstrou melhora na projeção das famílias em relação a sua capacidade de pagar débitos em atraso.

A China anunciou que irá introduzir um sistema que funcionaria como um "alerta precoce" sobre a dívida pública. O Partido Comunista não forneceu detalhes, mas Pequim vem demonstrando cada vez mais preocupação com os crescentes níveis de endividamento dos governos locais.

O governo também revelou a intenção de dar mais autoridade aos governos locais para que emitam títulos de dívidas. As mudanças seguem-se ao encontro de quatro dias das lideranças políticas da China durante a Terceira Sessão Plenária do 18º Comitê Central do Partido Comunista, onde foram definidas a agenda econômica para a próxima década. O encontro terminou terça-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.

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O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro cresceu em agosto pelo oitavo mês consecutivo e bateu novo recorde. O valor total das dívidas correspondia, naquele mês, a 45,36% da renda do trabalhador nos últimos 12 meses, segundo dados do Banco Central, ante 45,10% em julho (recorde anterior).

No final do ano passado, estava em 43,44%. Em agosto de 2012, em 43,80%. Se forem descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento ficou em 30,38% da renda em agosto, ante 30,41% em julho. Nesse caso, o recorde continua sendo os 31,51% registrados em agosto de 2012.

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O segundo recuo consecutivo do porcentual de endividados no País, para 61,4% em setembro, corrobora a estimativa de um cenário mais positivo para o varejo na segunda metade do ano. A projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é de crescimento de 5,4% das vendas de julho a dezembro, após fechar o semestre encerrado em junho com o pior desempenho em oito anos (3%), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, a entidade prevê uma alta de 4,2% nas vendas do comércio varejista, resultado bem mais fraco que o registrado no ano passado (8,4%).

Com a redução de agosto e setembro, o patamar de endividamento fica abaixo do observado no primeiro trimestre do ano (63% em junho), indicando uma tendência de desaceleração. Para a CNC, a tendência recente de redução do número de famílias endividadas é compatível com a moderação observada no mercado de crédito e no volume de vendas do comércio. "Isso reverte parte da alta já observada, num momento interessante. O terceiro trimestre termina com as famílias quitando dívidas, dando fôlego para termos um último trimestre melhor no comércio", diz Marianne Hanson, economista da CNC e responsável pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quarta-feira, 25.

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A CNC divulgará, na próxima semana, suas projeções para o Natal 2013 e o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) de setembro. Segundo Marianne, a expectativa é de que se confirme uma melhora na perspectiva do empresariado do setor, já sinalizada em agosto, primeiro mês no ano em que houve mais contratações na comparação anual - foram gerados sete mil postos a mais de trabalho em relação a agosto de 2012.

"O arrefecimento da inflação e na volatilidade cambial vão ajudar nesse cenário mais favorável. Mesmo assim, será um Natal pior do que em 2011 e 2012. Nenhuma data comemorativa este ano teve crescimento maior. É um ano de desaceleração nas vendas do comércio, apesar de resultados ainda positivos", afirma Marianne. O freio na oscilação do dólar é importante para o processo de formação de estoques no comércio para o Natal, já em curso.

A economista da CNC destaca que vários fatores estão levando a uma desaceleração do consumo no ano, como o mercado de trabalho menos aquecido, o aperto monetário conduzido pelo Banco Central e condições menos favoráveis para a tomada de crédito pelo consumidor. Os últimos dados divulgados pelo Banco Central mostraram que as taxas médias de juros do crédito tiveram em julho sua segunda alta consecutiva. "O consumidor já está sentindo o crédito mais caro", diz Marianne.

A alta dos preços puxada pelos alimentos no início do ano foi outro fator negativo para o varejo. A CNC avalia que esse efeito sobre os bens não duráveis já foi dissipado e que a trégua da inflação iniciada em julho permanecerá, impedindo um maior repasse de altas ao consumidor. No entanto, pairam dúvidas sobre o cenário para os preços em 2014. "Muitos preços administrados não foram reajustados e houve um efeito forte da redução da tarifa de energia elétrica este ano, o que tem impacto positivo no custo de vida e na renda das famílias. Até que ponto isso virá à tona no futuro a gente não sabe. Há risco de um cenário pior para a inflação em 2014", alerta Marianne.

O número de consumidores endividados recuou em agosto, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da instituição, divulgada nesta terça-feira, 27, mostra que 63,1% das famílias relataram ter dívidas neste mês. Em julho, o total das famílias endividadas era de 65,2%. Na comparação anual, porém, o porcentual de endividados foi superior ao de agosto de 2012, quando 59,8% das famílias declararam ter dívidas. A pesquisa considera como dívidas contas a pagar em cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro.

A inadimplência em agosto foi menor na comparação com julho, mas maior ante agosto de 2012. O porcentual das famílias com dívidas ou contas em atraso chegou a 21,8%, ante 22,4% em julho. Em agosto do ano passado, no entanto, 21,3% das famílias estavam com dívidas ou contas em atraso. O porcentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso caiu em ambas as bases de comparação. O total passou de 7,4% em julho para 7,0% em agosto. Em agosto de 2012, 7,1% das famílias se consideravam nessa situação.

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Percepção do consumidor

O porcentual de famílias endividadas voltou a cair em agosto após alcançar o segundo maior patamar da série no mês anterior. Em nota, a CNC aponta que, apesar dessa queda, a percepção das famílias em relação ao seu nível de endividamento não melhorou. A proporção que relatou estar muito endividada ficou estável na comparação mensal e superou o patamar observado em agosto de 2012. Houve redução do porcentual de famílias que se declararam pouco endividadas, de 26,1% para 25,9%.

"A redução do número de famílias endividadas é compatível com a moderação observada no mercado de crédito e do volume de vendas do comércio, proporcionada pela menor confiança do consumidor em relação à sua renda e à inflação", explica o comunicado da CNC.

Segundo a CNC, apesar da piora da percepção das famílias em relação ao seu nível de endividamento, melhorou a perspectiva da capacidade de pagamento, acompanhando a redução do endividamento e da inadimplência. "A menor pressão sobre o custo de vida com desaceleração da inflação e o crescimento mais moderado do crédito proporcionam condições positivas para os indicadores de inadimplência", destaca a nota.

A escalada do dólar nos últimos meses já pesa nos cofres dos Estados e municípios que contraíram dívidas em moeda estrangeira, provocando um aumento nos débitos de governadores e prefeitos de R$ 8,77 bilhões. As dívidas atreladas ao câmbio sobem junto com a cotação da moeda americana na Bovespa e reduzem ainda mais o espaço para investimentos.

Segundo dados obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, os governos regionais do País acumulam débitos de US$ 22,6 bilhões. A cada nova rodada de valorização do dólar, mais terá de sair dos cofres públicos, em reais, para bancar a diferença. Analistas avaliam que a tendência atual do câmbio é continuar se valorizando, em linha com o fim de estímulos monetários nos Estados Unidos.

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No fim de junho deste ano, os 27 Estados deviam US$ 19,872 bilhões a organismos internacionais, bancos e outras instituições. No primeiro pregão da Bolsa deste ano, em 2 de janeiro, essa dívida poderia ser convertida em R$ 40,5 bilhões. Esse montante atingiu R$ 47,6 bilhões, no câmbio de terça-feira, 20, ou R$ 7,1 bilhões a mais.

As dificuldades dos municípios são menores. Ao todo, eles registraram no Banco Central e no Tesouro Nacional uma dívida de US$ 2,661 bilhões em moeda estrangeira. Em reais, o passivo dos prefeitos subiu de R$ 4,7 bilhões no início do ano para R$ 6,37 bilhões, pela cotação do dólar de segunda-feira, 20. A variação acrescentou R$ 1,67 bilhão.

O governo federal não tem dados mais atualizados que isso. Banco Central e Tesouro Nacional agrupam os números e não têm o detalhamento por Estado, por exemplo. Por isso, a pressão cambial sobre os governadores e prefeitos costuma aparecer primeiro no Congresso, onde deputados e senadores seguem mais de perto a situação dos governos regionais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro cresceu em maio pelo quinto mês consecutivo e bateu novo recorde. O valor total das dívidas correspondia, naquele mês, a 44,52% da renda do trabalhador nos últimos 12 meses, segundo dados do Banco Central, ante 44,20% em abril (recorde anterior).

Se descontadas as dívidas imobiliárias, o endividamento ficou em 30,44% da renda em maio, mesmo porcentual de abril. Nesse caso, o recorde continua sendo os 31,49% registrados em agosto de 2012.

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O BC também divulgou dados sobre o comprometimento de renda dos brasileiros, que consideram valores mensais para renda e para as prestações pagas aos bancos. As prestações correspondiam a 21,44% da renda mensal dos trabalhadores em maio, ante 21,47% em abril (dado revisado). Também houve queda em relação a maio de 2012, quando o comprometimento estava em 22,47% da renda. O recorde anterior para esse indicador é 22,98% em agosto de 2012.

No Relatório Trimestral de Inflação de junho, o BC publicou um boxe de análise sobre esses indicadores. Para a instituição, a elevação recente do endividamento e do comprometimento de renda ocorreu em contexto de melhora na qualidade da dívida bancária das famílias. "O comprometimento de renda com juros e amortização aumentou de forma mais acentuada em 2011, em linha com o expressivo aumento do crédito imobiliário nesse período, ressaltando-se que as prestações mensais substituem, em parte, despesas com aluguéis", disse o BC no relatório.

A instituição destacou ainda o recuo nas taxas de juros, a migração para modalidades de menor risco e para prazos maiores, como crédito consignado e financiamento imobiliário, além do aumento da participação do crédito de melhor qualidade, avaliado como de risco normal, entre o fim de 2003 e abril de 2013.

O presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, disse que se o limite de endividamento federal não for elevado este ano, isso poderá ser prejudicial para os mercados e criar um choque indesejado à economia.

"Gerar a perspectiva de que o governo não pagará suas contas - não somente os juros da dívida mas até mesmo o que ele deve a veteranos ou empresas contratadas - é muito preocupante", disse Bernanke, em depoimento no Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes dos EUA. "Acredito que isso pode ser um choque para a economia se ficar fora de controle."

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Entre setembro e novembro deste ano, o governo perderá sua capacidade de tomar empréstimos e necessitará de uma elevação do teto da dívida. Sem um aumento desse limite, o governo não será capaz de pagar suas contas. Fonte: Dow Jones Newswires.

O índice de endividamento das famílias paulistanas aumentou 5,1 pontos porcentuais em abril na comparação com março, atingindo 57,1% dos entrevistados para a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta segunda-feira, 13, pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Na comparação com abril de 2012, o índice subiu 6,5 pontos porcentuais, já que, na época, o nível de algum comprometimento da renda atingia 50,6% das famílias. Esse foi o quarto aumento consecutivo no ano.

De acordo com a FecomercioSP, essa alta é consequência da inflação registrada no período e da tentativa das famílias de manterem o mesmo nível de consumo. "A alta no endividamento demonstra que a aceleração dos preços, principalmente dos alimentos, começa a impactar negativamente na renda das famílias paulistanas", avaliou a Federação em nota.

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"Nos últimos meses, a parcela de consumidores que afirmam ter mais de 50% da renda comprometida com dívidas vem crescendo, saltando de 14,9% em janeiro para 19,5% em abril. Essa evolução demonstra que as pessoas estão aumentando as dívidas para manter o padrão de consumo."

O principal tipo de dívida registrado em abril foi a no cartão de crédito, com 73,6% do total. Na sequência aparecem carnês (18,2%), financiamento de carro (16,1%), crédito pessoal (10,6%), financiamento de casa (9%), cheque especial (4,4%), e outros (5,4%). Ainda de acordo com a pesquisa, entre as famílias com renda de até dez salários mínimos o endividamento é maior, atingindo 59,6%. As famílias que ganham mais do que esse valor atingem o índice de 49,6%.

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