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O filho mais velho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), afirmou nesta quarta-feira (20), que a crise gerada em torno do ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência Gustavo Bebianno é "página virada" - e negou possíveis mudanças no partido após as polêmicas.

Flávio afirmou que o deputado Luciano Bivar (PE) seguirá na presidência da legenda, apesar dos rumores de que a família Bolsonaro queria afastá-lo diante das suspeitas de uso de candidaturas "laranjas" na eleição do ano passado em Pernambuco e Minas Gerais.

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"Só porque uma pessoa é acusada, não significa que é culpada", declarou. O próprio Flávio é investigado no caso Queiroz, revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo. Em relação a Bebianno, disse que preferia não comentar e que a imprensa "poderia ajudar" ao não tocar mais no assunto, porque disse que é uma questão que "machuca todo mundo", citando o pai e Bebianno.

Bivar também evitou o assunto Bebianno e negou que esteja avaliando deixar o partido. "Não penso em deixar o partido", disse Bivar a jornalistas. Estamos vivendo em um estado de direito onde as instituições partidárias estão funcionando perfeitamente e eu acho que o partido está muito bem, está muito unido", garantiu. Bivar não quis falar sobre a demissão de Bebianno.

Reforma da Previdência

Flávio Bolsonaro e Bivar falaram sobre a reforma da Previdência. O texto foi entregue por Jair Bolsonaro nesta quarta-feira ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O senador disse que "o Congresso está consciente de que ou o País aprova a reforma ou o País quebra".

Bivar disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes, fez uma pequena explanação sobre o projeto. "Estamos todos imbuídos de atender o Brasil nas reformas necessárias", disse.

Sobre a derrota na votação desta terça-feira, 19, da Câmara, com a derrubada de decreto editado pelo vice-presidente, Hamilton Mourão, Flávio Bolsonaro minimizou e afirmou que "não tem recado" dos deputados ao governo e que a forma de política de Bolsonaro é "diferente", com base no convencimento e não no "toma-lá-dá-cá."

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou que o ex-ministro Gustavo Bebianno, não foi mencionado na reunião do Conselho de Governo desta terça-feira (19) e que ele é coisa do passado. "É history (é história, em tradução literal)", respondeu Mourão sobre Bebianno.

O Conselho é formado pelo presidente Jair Bolsonaro, Mourão e os ministros. Hoje, no encontro semanal, participou o novo ministro da Secretaria-Geral, Floriano Peixoto, que substituirá Bebianno. Questionado sobre o que Peixoto falou na reunião, Mourão respondeu, em tom de brincadeira, que ele disse "bom dia".

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O governo publicou no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira a exoneração de Gustavo Bebianno do cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência. O documento de hoje também formaliza o nome do general Floriano Peixoto como o novo titular do ministério. Peixoto, que era secretário executivo da pasta, torna-se o oitavo ministro militar de Jair Bolsonaro.

O líder do governo na Câmara, Vitor Hugo (PSL-GO), minimizou as consequências da demissão de Gustavo Bebianno, agora ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência, para a articulação do governo com o Legislativo.

"Institucionalmente, a Secretaria-Geral não tem a atribuição de articulação política. Mas não vai ser modificada a relação com o Congresso. O governo vai dar uma reajustada e vai prosseguir. Não vai afetar a articulação", garantiu.

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Bebianno era tido por diversos parlamentares como um dos principais elos de comunicação do Congresso Nacional com o Palácio do Planalto e era, até agora, o único interlocutor do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) com a cúpula do governo.

Ele foi exonerado nesta segunda-feira (18) após ter se envolvido em uma polêmica com um dos filho do presidente Jair Bolsonaro, o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PSC-RJ). O ex-ministro foi substituído pelo general da reserva Floriano Peixoto.

Para Vitor Hugo, o imbróglio da saída de Bebianno não terá impacto no convencimento da base aliada sobre a necessidade de se aprovar a reforma da Previdência. "Já existe uma consciência grande sobre a importância da reforma. Já há maturidade no País de que ela é importante", disse.

Às vésperas de enviar a proposta de reforma da Previdência ao Congresso, o presidente Jair Bolsonaro tentou nesta segunda-feira, 18, encerrar a grave crise que há quase uma semana abala o governo e anunciou a demissão do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno. A queda de um de seus principais auxiliares, no entanto, está longe de representar o fim da turbulência no momento em que o Palácio do Planalto precisa fortalecer a articulação política no Congressoi.

Em uma tentativa de amenizar o impasse, o presidente gravou um vídeo e combinou de postá-lo nas redes sociais, agradecendo a "dedicação e o comprometimento do senhor Bebianno". Foi uma estratégia acertada na última hora, para evitar que o ex-auxiliar saísse "atirando". A mensagem, porém, não havia sido publicada nas contas de Bolsonaro até a noite de segunda-feira, o que irritou o agora ex-ministro, segundo uma fonte próxima a ele.

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Como revelou o jornal O Estado de S. Paulo, o general da reserva Floriano Peixoto substituirá Bebianno, que era até agora o único interlocutor do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no Planalto. Atual secretário executivo da pasta, Peixoto será agora o oitavo ministro militar na Esplanada.

Na mensagem divulgada para aliados, Bolsonaro usou um tom apaziguador, de trégua, para se referir ao ex-auxiliar, a quem chamou de "senhor Gustavo Bebianno". "Comunico que desde a semana passada diferentes pontos de vista sobre questões relevantes trouxeram a necessidade de uma reavaliação", afirmou o presidente no vídeo, sem especificar as divergências. "Avalio que pode ter havido incompreensões e questões mal entendidas de parte a parte, não sendo adequado prejulgamentos de qualquer natureza", completou ele, ao desejar a Bebianno "sucesso em sua nova jornada".

Antes, o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, disse que a exoneração do ministro ocorrera por "razões de foro íntimo."

Ex-coordenador da campanha de Bolsonaro e responsável por levá-lo para o PSL, Bebianno caiu após um ruidoso embate público com o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente. Na semana passada, Carlos chamou o então chefe da Secretaria-Geral de "mentiroso" por ele ter dito que havia conversado três vezes com Bolsonaro. Bebianno tentava com isso negar que estivesse isolado por causa de uma crise, mas foi desmentido por Carlos e pelo próprio presidente.

O clima azedou de vez após Bolsonaro ser informado de que o ministro deixara vazar para interlocutores mensagens de áudio com conversas privadas entre os dois. Antes disso, o nome de Bebianno também havia sido citado em denúncias sobre um esquema de desvio de dinheiro do Fundo Eleitoral do PSL para patrocinar candidaturas laranjas, em 2018.

"Acho que a questão entre o presidente e o ministro Bebianno tem mais problemas do que a questão dos laranjas", disse nesta segunda o vice-presidente Hamilton Mourão. "Agora vamos ver como colocar uma gaze úmida nessa queimadura de terceiro grau (no governo)", emendou a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), mostrando preocupação com o impacto da crise sobre o Congresso.

A "fritura" de um dos homens fortes do governo se arrastou por dias. Para evitar que a instabilidade contaminasse votações prioritárias para o governo no Congresso, como a reforma da Previdência, ministros do núcleo político, militares e até Maia tentaram convencer Bolsonaro a manter Bebianno no cargo.

O plano não surtiu efeito e os "bombeiros" políticos fizeram de tudo para construir uma "saída negociada", que não deixasse o ex-ministro na "chuva". Emissários do presidente chegaram a oferecer a Bebianno - que comandou o PSL em 2018 - uma diretoria de Itaipu Binacional e até uma embaixada em Roma ou em Portugal, para que ele saísse do Brasil. Bebianno, porém, não aceitou. "Tudo o que fiz foi por garra, não foi por emprego ou para ganhar dinheiro", disse o ex-ministro ao Estado. "O tempo é o senhor da razão".

O receio de auxiliares de Bolsonaro é de que, mesmo com os agradecimentos feitos pelo presidente, Bebianno seja o que no jargão político se chama de "homem-bomba" e aja para detonar o governo e o filho do presidente. A oposição, por exemplo, vai convidá-lo para prestar depoimento.

"Preciso pedir desculpas ao Brasil por ter viabilizado a candidatura de Bolsonaro. Nunca imaginei que ele seria um presidente tão fraco", afirmou Bebianno a amigos.

Áudio

Na prática, a gota d'água que levou à demissão do ministro - assinada no fim de semana, mas só anunciada nesta segunda - foi a divulgação de um áudio de WhatsApp no qual o presidente dizia a ele que não queria "aproximação" com a TV Globo.

O episódio ocorreu na última terça-feira, quando Bolsonaro, ainda internado no Hospital Albert Einstein, mandou o então ministro suspender audiência que teria com o vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo, Paulo Tonet Carvalho.

"Como você coloca nossos inimigos dentro de casa?", perguntou ele a Bebianno, segundo o site Poder 360. Para Bolsonaro, a divulgação do áudio foi uma "deslealdade". Um interlocutor do presidente confirmou o teor da mensagem ao Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O vice-presidente Hamilton Mourão saiu em defesa do presidente Jair Bolsonaro, criticado por ter demorado muito a decidir pela demissão do ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, prorrogando a crise pelo fim de semana. "Ele agiu com a cautela necessária", declarou, ao deixar o Planalto, depois de o porta-voz da Presidência, Otávio Rego Barros, ter anunciado a saída de Bebianno do cargo.

Mourão evitou, também, ligar a demissão às pressões dos filhos do presidente, particularmente o vereador Carlos Bolsonaro (PSC), do Rio, desafeto do ex-ministro desde os tempos de campanha. "Foi uma decisão do presidente e não tem nada a ver com questões familiares", afirmou.

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Em outro momento, mais uma vez, Mourão elogiou a forma como Jair Bolsonaro conduziu o processo, evitou falar do PSL e elogiou a capacidade do presidente de promover o entendimento com os partidos da base aliada. "O PSL não é meu partido. Não posso emitir opinião sobre algo que não tem nada a ver comigo, apesar de ser do governo e o PSL ser o principal partido da base aliada", declarou Mourão.

E acrescentou: "O presidente tem habilidade e capacidade para superar qualquer crise dessa natureza". Questionado se esse problema todo, às vésperas do envio ao Congresso da reforma da Previdência e do pacote anticrime do ministro da Justiça, Sérgio Moro, o vice-presidente amenizou as consequências dos embates dos últimos dias. Sobre a diferença de tratamento dado por Bolsonaro a Bebianno e o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que também foi acusado de irregularidades no patrocínio de candidatos-laranjas, mas que foi poupado pelo governo, o vice-presidente respondeu: "Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Então, acho que a questão entre o presidente e o ministro Bebianno tem mais, vamos dizer assim, tem mais problemas do que a questão dos laranjas".

Diante da insistência dos repórteres sobre quais seriam esses problemas, Mourão disse não saber e ressaltou que essa "foi uma decisão de foro íntimo" do presidente. Ao ser perguntado se existia algum desgaste anterior entre os dois, emendou: "Não sei, o presidente nunca comentou isso comigo. Então, o que eu julgo é que, como eles se conhecem há algum tempo, talvez já tivessem alguns problemas aí que nunca foram ventilados".

A exoneração do advogado Gustavo Bebianno Rocha do cargo de ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República foi publicada nesta terça-feira (19) no Diário Oficial da União. O general da reserva Floriano Peixoto Vieira Neto assumirá a pasta.

Nessa segunda-feira (18), o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, anunciou a exoneração de Bebianno e informou que foi uma “decisão de foro íntimo” do presidente Jair Bolsonaro.

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Minutos depois, a Presidência da República divulgou um vídeo, de pouco mais de um minuto, em que Bolsonaro agradece a colaboração do ex-ministro e atribui a mal-entendidos os motivos pelos quais ele foi exonerado.

Floriano Peixoto, secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência, assumirá de forma definitiva o comando a secretaria. A pasta é responsável pela implementação de medidas para modernizar a administração do governo e avançar em projetos em curso. É uma das pontes entre o Palácio do Planalto e a sociedade.

Bebianno, presidente do PSL na época da campanha eleitoral, é suspeito de irregularidades no repasse de recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha para candidatas do partido. 

Em nota divulgada na semana passada, ele negou as irregularidades. “Reitero meu incondicional compromisso com meu país, com a ética, com o combate à corrupção e com a verdade acima de tudo”, disse.

Às vésperas de enviar a proposta de reforma da Previdência ao Congresso, o presidente Jair Bolsonaro tentou ontem encerrar a grave crise que há quase uma semana abala o governo e anunciou a demissão do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno. A queda de um de seus principais auxiliares, no entanto, está longe de representar o fim da turbulência no momento em que o Palácio do Planalto precisa fortalecer a articulação política no Congresso.

Em uma tentativa de amenizar o impasse, o presidente gravou um vídeo, que postou ontem nas redes sociais, agradecendo a "dedicação e o comprometimento do senhor Bebianno". Foi uma estratégia combinada para evitar que o ex-auxiliar saísse "atirando". Como revelou ao jornal O Estado de S. Paulo, o general da reserva Floriano Peixoto substituirá Bebianno, que era até hoje o único interlocutor do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no Planalto. Atual secretário executivo da pasta, Peixoto será agora o oitavo ministro militar na Esplanada.

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Na mensagem para as redes sociais, em tom de trégua, Bolsonaro disse ter havido divergências entre ele e o ministro sobre "questões relevantes", mas não especificou quais. "Comunico que desde a semana passada diferentes pontos de vista sobre questões relevantes trouxeram a necessidade de uma reavaliação", afirmou o presidente no vídeo. "Avalio que pode ter havido incompreensões e questões mal entendidas de parte a parte, não sendo adequado prejulgamentos de qualquer natureza", completou, desejando ao ex-auxiliar "sucesso em sua nova jornada". Antes, o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, disse que a exoneração de Bebianno ocorrera por "razões de foro íntimo."

Ex-coordenador da campanha de Bolsonaro e responsável por levá-lo para o PSL, Bebianno caiu após um ruidoso embate público com o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente. Na semana passada, Carlos chamou o então ministro de "mentiroso" por ele dizer que havia conversado três vezes com seu pai sobre a crise.

O clima azedou de vez após Bolsonaro ser informado de que o ministro deixara vazar para interlocutores mensagens de áudio com conversas privadas entre os dois. Antes disso, o nome de Bebianno foi citado em denúncias sobre um esquema de desvio de dinheiro do Fundo Partidário do PSL para patrocinar candidaturas laranjas, em 2018.

A agonia de um dos ex-homens fortes do governo se arrastou por dias. Para evitar que a crise contaminasse votações consideradas prioritárias para o governo no Congresso, como a reforma da Previdência, ministros do núcleo político, militares e até Maia tentaram convencer Bolsonaro a manter Bebianno no cargo.

O plano não surtiu efeito e, então, os "bombeiros" políticos fizeram de tudo para construir uma "saída negociada", que não deixasse o ex-ministro na "chuva".

Emissários do presidente chegaram a oferecer a Bebianno uma diretoria de Itaipu Binacional e até uma embaixada em Roma ou em Portugal, para que ele saísse do Brasil. Bebianno, porém, não aceitou. "Trabalhei e fiz o que fiz por garra, não foi por emprego ou para ganhar dinheiro", disse o ex-ministro À reportagem. "O tempo é o senhor da razão".

O receio de auxiliares de Bolsonaro é de que, mesmo com os agradecimentos feitos pelo presidente, Bebianno seja o que no jargão político se chama de "homem bomba" e aja para detonar o governo e o filho do presidente. A oposição, por exemplo, vai convidá-lo para prestar depoimento.

"Preciso pedir desculpas ao Brasil por ter viabilizado a candidatura de Bolsonaro. Nunca imaginei que ele seria um presidente tão fraco", afirmou Bebianno a interlocutores no fim de semana.

Áudio

Na prática, a gota d'água que levou à demissão do ministro, na sexta-feira, foi a divulgação de uma gravação na qual o presidente dizia a ele que não queria "aproximação com a TV Globo".

Foi na terça-feira da semana passada, quando Bolsonaro, ainda internado no Hospital Albert Einstein, mandou o então ministro suspender uma audiência que teria com o vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo, Paulo Tonet Carvalho.

Na mensagem, o presidente teria perguntado, segundo o site Poder 360: "Como você coloca nossos inimigos dentro de casa?". Para Bolsonaro, a divulgação do áudio foi uma "deslealdade". Um interlocutor de Bolsonaro confirmou o teor da mensagem de WhatsApp ao jornal O Estado de S. Paulo.

Bebianno passou o dia num hotel onde mora em Brasília, a poucos metros do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente. Ele afirmou que recebeu ameaças após virar alvo de Carlos Bolsonaro.

A inimizade dos dois protagonistas da crise começou ainda durante a eleição. Carlos credita a Bebianno o fato de ter perdido a chance de trabalhar ao lado do pai no Planalto. O senador Flávio Bolsonaro também tem Bebianno na mira. Ele acusa o ex-ministro de alimentar a crise envolvendo movimentações atípicas em sua conta bancária apontadas pelo Coaf.

O porta-voz do governo de Jair Bolsonaro, Otávio Rêgo Barros, confirmou nesta segunda, 18, que o ministro Gustavo Bebianno, da Secretaria-Geral da Presidência, será exonerado do cargo. Em seu lugar, assumirá o general Floriano Peixoto de forma definitiva. Ele era o secretário-executivo da pasta.

Bebianno é o protagonista da maior crise nos primeiros meses do novo governo, suspeito de irregularidades em campanhas do PSL e envolvido em rusgas com um dos filhos do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ). Em nota lida pelo porta-voz, Bolsonaro desejou "sucesso na nova caminhada" e agradeceu Bebianno por sua "dedicação à frente da pasta".

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Questionado sobre o motivo da demissão, Rêgo Barros afirmou apenas que a exoneração do agora ex-ministro foi "decisão de foro íntimo do presidente". O porta-voz também negou que Bolsonaro tenha deixado a exoneração assinada desde a última sexta-feira, 15. "O presidente assinou o documento nesta segunda", disse.

Ainda sobre a demora da demissão em ser oficializada - ela já era dada como certa desde sexta-feira -, Rêgo Barros afirmou que o presidente "demandou o tempo necessário para tomar sua decisão considerando vários atores".

O próprio ministro também já havia dito que tinha recebido sinalizações de que sua dispensa sairia no Diário Oficial desta segunda, mas isso não aconteceu. Nesta segunda, o vice-presidente Hamilton Mourão disse que a situação seria resolvida ainda hoje.

Bebianno vem sendo acusado de supostas irregularidades nas campanhas eleitorais do PSL ocorridas na época em que ele presidia o partido, que também tem o presidente Bolsonaro como filiado. A crise cresceu quando o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, chamou Bebianno de mentiroso, declaração que foi reforçada pelo próprio presidente.

A crise política que envolve o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, continua gerando tópicos que estão entre os assuntos mais comentados do Twitter no Brasil na manhã desta segunda-feira (18).

A hashtag #EuVoteiNoBolsonaro é o assunto mais comentado do momento, um esforço de eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PSL) para impor uma agenda positiva em meio à crise. A hashtag ainda é uma resposta à oposição que, segundo apoiadores do presidente, tenta colar em Bolsonaro eventuais desvios morais de integrantes do governo.

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Os usuários do Twitter ainda repercutem a ausência da esperada exoneração de Bebianno na edição desta segunda-feira do Diário Oficial da União e, na expectativa de que ela aconteça ainda hoje, comentam a eventual de substituição do ministro pelo general Floriano Peixoto Vieira Neto.

Com sua situação no governo Bolsonaro ainda indefinida, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, está recluso na manhã desta segunda-feira (18). A esperada exoneração ainda não foi publicada em edição extra no Diário Oficial da União. Enquanto isso, ele segue no hotel em que mora em Brasília.

No domingo, o ministro almoçou em um restaurante de gastronomia portuguesa em Brasília, na companhia da família e do suplente do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), o empresário Paulo Marinho. Na saída, Bebianno falou ao jornal O Estado de S. Paulo que precisava "ficar quieto, acalmar a cabeça". À noite, preferiu não sair. Pediu o jantar no quarto do hotel.

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Em sua agenda oficial desta segunda, não há compromissos oficiais marcados. Reservadamente, Bebianno tem deixado clara sua mágoa com a atitude do filho do presidente Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro, que o chamou de mentiroso. Em conversas, o ministro tem dito que o ciúme exacerbado que Carlos tem do pai foi colocado acima do projeto de melhorar o País.

Nesta segunda-feira (18), o cientista político Adriano Oliveira aborda no seu podcast a crise criada pelas divergências entre o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno.

O analista aponta os possíveis problemas pelos quais o presidente pode passar caso não cumpra o que foi sugerido na semana passada: desde a falta de apoio da opinião pública, até questionamentos sobre o preparo para exercer o cargo. Ele também discorre sobre possíveis reações que Bebianno pode ter. A expectativa era que a exoneração saísse hoje no Diário Oficial, entretanto, isso não aconteceu.

O programa Descomplicando a política, além da exibição na fanpage do LeiaJá, em vídeo, toda terça-feira, a partir das 19h, também é apresentado em duas edições no formato de podcast, as segundas e sextas-feiras.

Confira mais uma análise a seguir:

Era um homem abatido. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, deixou no começo da tarde deste domingo, 17, o hotel em que reside e se isolou desde o início da crise política para almoçar. Ele passou uma hora e meia com amigos próximos numa mesa do Tejo, restaurante de comida portuguesa na Asa Sul, no Plano Piloto.

Na saída, Bebianno relatou ao jornal O Estado de S. Paulo que ainda tenta "equalizar" todo o processo que deverá resultar na sua exoneração do cargo. Cortês, tirou selfie com um eleitor e disse que não era hora de comentar o assunto.

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Quais os próximos passos do senhor?

O tempo é o senhor da razão. Vou falar depois. Por ora, vou ficar quieto, acalmar minha cabeça. Quem sofre uma injustiça dessas não fica com a cabeça boa. Antes dos meus interesses, pode parecer clichê, mas não é, estavam os interesses do País. Trabalhei, fiz o que fiz por garra, não foi por emprego ou para ganhar dinheiro.

O senhor trabalhou nos últimos dois anos para eleger o presidente...

Não sou perfeito, mas (abaixa a cabeça)...

O senhor fez alguma coisa que tenha levado o presidente a optar pela sua saída?

Absolutamente nada. Zero.

Há uma injustiça?

100%. O presidente sabe.

Sabe?

Sabe, não é maluco.

Qual a posição do senhor em relação ao vereador Carlos Bolsonaro? Ele passou dos limites?

Vou falar depois que sair. Na hora certinha eu falo. Estou equalizando a minha cabeça.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A edição regular do Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 18, já está no ar e não traz a exoneração de Gustavo Bebianno do cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência, como era esperado. No DOU desta segunda-feira, 18, Bebianno ainda é formalmente ministro. O documento oficializa atos assinados por ele na última sexta-feira, 15, dentre os quais uma portaria sobre atribuições de assessores especiais da pasta.

Conforme o jornal O Estado de S. Paulo antecipou no sábado, 16, o presidente Jair Bolsonaro já estava com o ato de demissão do ministro assinado. O próprio ministro também já havia dito que tinha recebido sinalizações de que sua dispensa sairia no Diário Oficial de hoje. No entanto, o ato não veio publicado ainda, mas pode sair em edição extra ao longo do dia.

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A não formalização da demissão, pelo menos por ora, indica que o governo ainda está tratando do assunto. No fim de semana, o presidente Bolsonaro e auxiliares, como o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, tiveram reuniões para encontrar uma forma "honrosa" de demitir Bebianno, o que também poderia ter sido feito ainda no fim de semana em edição extra do Diário Oficial, se o governo quisesse.

Nos últimos dias, políticos e militares tentaram interceder a favor de Bebianno, mas o presidente estava irredutível e, segundo apurou o Estado, deverá nomear um militar para o lugar do ministro. O general Floriano Peixoto deve ficar à frente da Secretaria, ao menos interinamente - ele é o secretário executivo da pasta. Com isso, Peixoto seria o oitavo militar a ocupar o primeiro escalão do governo, o que tornaria a Casa Civil a única pasta palaciana sob a liderança de um civil.

Bebianno vem sendo acusado de supostas irregularidades nas campanhas eleitorais do PSL ocorridas na época em que ele presidia o partido, que também tem o presidente Bolsonaro como filiado. A crise cresceu quando o vereador Carlos Bolsonaro, um dos filhos do presidente, chamou Bebianno de mentiroso, declaração que foi reforçada pelo próprio presidente.

O presidente Jair Bolsonaro convidou o general da reserva Floriano Peixoto a assumir interinamente o ministério ocupado por Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral), que deve ser exonerado nesta segunda-feira (18), após entrar na mira do seu filho, o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PSC). Se executado, o plano vai reforçar a presença dos militares no Planalto. O chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, será o único civil entre os quatro ministros que despacham no palácio.

No sábado à tarde, Bolsonaro chamou ao Palácio da Alvorada, residência oficial dos presidentes da República, Floriano Peixoto e o também general Maynard Santa Rosa, que atuam na equipe de Bebianno. Na ocasião, explicou a eles seus motivos para afastar o ministro e os convidou a permanecer. Assim como Peixoto, Santa Rosa também aceitou ficar na Secretaria de Assuntos Estratégicos, cargo subordinado à Secretaria-Geral. A opção por Peixoto foi revelada pelo Estado no domingo.

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Peixoto assumirá interinamente porque um setor do governo vê na saída de Bebianno uma oportunidade para Bolsonaro reduzir o número de ministérios, hoje em 22. Sua promessa de campanha era ter apenas 15. A Secretaria-Geral tem entre suas atribuições modernizar a administração do governo e tocar os grandes projetos.

A escolha de Floriano Peixoto conta com o apoio de Onyx Lorenzoni, que trabalha para que ele seja efetivado no ministério. Com isso, ele evitaria dividir o comando do núcleo político com alguém do PSL. Por outro lado, Onyx viraria uma vidraça fácil. Ele já foi alvejado no início do governo por suspeitas de caixa 2 e não conta com a simpatia de Carlos Bolsonaro.

Interlocutores do presidente relataram que Bebianno perdeu as chances de continuar no cargo após chegar a Bolsonaro a informação de que ele deixou vazou mensagens de áudio com ordens que recebeu de Bolsonaro. A estratégia tinha o objetivo de desconstruir a versão de Carlos Bolsonaro de que o ministro e o pai não se falaram enquanto ele estava internado no hospital Albert Einstein.

Por ter afirmado ao jornal O Globo que havia conversado três vezes com Bolsonaro, Carlos o chamou de mentiroso. Antes disso, o nome de Bebianno foi citado em esquema de desvio de dinheiro do Fundo Partidário do PSL, o que ele nega.

O ato de exoneração do ministro foi assinado por Bolsonaro ainda no fim de semana e deve ser publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira. O objetivo foi ganhar tempo para construir uma saída política para o caso e evitar que Bebianno "saia atirando" contra desafetos.

'Chumbo'

O Planalto foi avisado de que está sendo preparado "chumbo grosso" contra Carlos Bolsonaro, a quem Bebianno só se refere com adjetivos que desqualificam sua capacidade intelectual. Em conversas, o ministro diz que o "ciúme exacerbado" que Carlos tem do pai foi posto acima do País.

O empresário Paulo Marinho, suplente do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), passou as últimas horas em Brasília ao lado de Bebianno e resumiu: "O melhor seria que cada filho se ocupasse de suas funções parlamentares em vez de ficar o dia inteiro na internet".

O episódio ajudou os militares a advertirem Bolsonaro sobre os problemas que os filhos podem causar para o governo. O Planalto está paralisado desde sua volta a Brasília. Os militares, que não estão acostumados com troca de farpas por redes sociais, evitavam o tema família com o presidente. "Não dá mais para prosseguir isso", desabafou um deles, justificando que a crise atrapalha a governabilidade e cria situações insustentáveis. "É muita confusão. Nunca imaginei que seria assim", observou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Magoado, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, se sente traído e abandonado e não deve poupar o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, caso se concretize sua exoneração nesta segunda-feira.

A interlocutores, Bebianno tem deixado clara sua mágoa com a atitude do vereador do Rio de Janeiro que tentou lhe cunhar a pecha de mentiroso. Em conversas, o ministro diz que o "ciúme exacerbado" que Carlos tem do pai foi posto acima do projeto de melhorar o País, ao qual ele se empenhou nos últimos anos, como coordenador e incentivador da campanha de Bolsonaro desde os primórdios.

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Ao conquistar a empatia de Jair Bolsonaro, Bebianno virou automaticamente um alvo de Carlos, avaliam o ministro e seus interlocutores.

O ministro, por sua vez, enxerga no vereador uma pedra no sapato do presidente, e só se refere a Carlos com adjetivos que desqualificam sua capacidade intelectual. O ministro pode guardar cartas na manga com o potencial de expor Carlos, inclusive com consequências para o pai.

Pessoas próximas dizem que ele não terá receio em fazer isso. "Ele vai atirar", aposta um interlocutor diário. Mas o alvo não é o presidente, embora a artilharia possa respingar em Jair. O ministro nega que tenha qualificado o presidente como "louco, um perigo para o Brasil", como relata o colunista Lauro Jardim, no Globo. "Não, não disse isso", afirmou Bebianno, quebrando o silêncio que se impôs neste domingo em conversa com o Estado.

Por enquanto, no entanto, Bebianno está se resguardando. Ele quer aguardar o desfecho oficial de seu papel no governo, com a publicação de sua saída no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira.

"Preciso esfriar a cabeça", disse Bebianno neste domingo a interlocutores.

O ministro da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, disse neste sábado, 16, que "quando acabar" sua participação no governo, "se sentir vontade", vai "dar satisfações". A frase foi dita em resposta ao ser questionado sobre seu desafeto, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro.

O ministro, que deve ser demitido nesta segunda-feira, 18, passou o dia num hotel de Brasília. Bebianno não recebeu visitas ao longo do dia, mas, em conversas com pessoas próximas, deixou claras a frustração e a mágoa com Carlos Bolsonaro. O ministro desabafou que considerou uma covardia o fato de Jair Bolsonaro não ter tido coragem para demiti-lo e considerou inaceitável assumir um cargo em Itaipu, apesar do salário três vezes maior - pouco mais de R$ 1 milhão por ano. A amigos disse que não veio para o governo para ganhar dinheiro e que será leal até o último minuto em que permanecer ministro.

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Nas conversas, Bebianno tem avisado que não cai sozinho, pois tanto a ala política, quanto a ala militar do governo, estão decididas a afastar Carlos da Presidência. Nos últimos dias o vereador tem sido mais comedidos nas redes sociais, compartilhando mensagens institucionais do governo e assuntos do Rio, como a venda da bebida em blocos de carnaval.

O ministro soube de parte das informações sobre sua demissão pela imprensa, na noite de sexta, o que o deixou chateado. Na madrugada deste sábado, publicou nas redes sociais um texto sobre lealdade e amizade. A jornalistas, afirmou que compartilhou porque "teve vontade" e que foi algo "conceitual".

Também na fala à imprensa questionou o tratamento "diferenciado" em relação ao ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. No início do mês, Álvaro Antônio também foi alvo de suspeitas sobre o uso de candidaturas laranjas em Minas Gerais em 2018. Na época, o ministro do Turismo era presidente do Diretório Estadual. Ele foi mantido no cargo.

"Minha consciência está tranquila. Trata-se de bom senso, trata-se da lei, trata-se do estatuto do partido. Tanto é assim que, no caso do Marcelo Álvaro Antônio, por que eu não sou culpado, então?", questionou, pois, segundo ele, os dois casos são semelhantes e só em um o culpam. Álvaro Antônio era presidente do PSL em Minas, no ano passado. No caso de Pernambuco, o presidente do diretório era o hoje deputado Luciano Bivar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), que foi exonerado do cargo na manhã desta quarta-feira (6), tomou posse do mandato de deputado federal pelo Estado de Minas Gerais, no plenário da Câmara dos Deputados. Ele retornará à pasta do Turismo amanhã.

O mesmo ocorreu com os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Tereza Cristina (Agricultura) e Osmar Terra (Cidadania). Os três foram exonerados na sexta-feira, tomaram posse como deputados e participaram da eleição interna e já foram renomeados para a equipe do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

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O decreto com o desligamento do ministro do Turismo foi publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira, com data da véspera. Antônio, cujo nome de batismo é Marcelo Henrique Teixeira Dias, foi reeleito deputado federal pelo PSL de Minas no ano passado, com a maior votação do Estado: 230.008 votos.

O decreto não traz justificativas para a medida, e a gestão Bolsonaro não deu detalhes sobre a exoneração do ministro. Antônio está sob pressão desde segunda-feira, quando uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo mostrou que ele supostamente participou de um esquema de lançamento de candidatas laranja com o objetivo de desviar recursos eleitorais do Fundo Partidário e beneficiar empresas relacionadas ao seu gabinete.

Em sua conta no Twitter, Antônio afirmou, na segunda-feira, que foi "alvo de uma matéria que deturpa os fatos e traz denúncias vazias". "Reforço que a distribuição do Fundo Partidário do PSL cumpriu rigorosamente o que determina a lei. Todas as contratações da minha campanha foram aprovadas pela Justiça Eleitoral", acrescentou.

O ministro chegou ao plenário da Câmara em uma cadeira de rodas. Ele se recupera de um procedimento cirúrgico na perna. "É uma questão de ordem pessoal. Fiz uma cirurgia na perna, mas está tudo bem, já estou pronto para amanhã estar firme no Ministério. Volto às atividades", disse a jornalistas.

Em sua fala de um minuto após ser empossado, o deputado federal agradeceu os parlamentares de seu partido e sua indicação para a pasta do Turismo.

O deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG) afirmou hoje (6), no Twitter, que a exoneração do cargo de ministro do Turismo é temporária e que amanhã (7) retorna à pasta. Segundo ele, a medida é para que assuma como parlamentar no Congresso.

“Em tempos de fake news, importante avisar: Hoje tomo posse na Câmara dos Deputados e amanhã retorno às atividades frente ao Ministério do Turismo”, escreveu.

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Ao confirmar a informação, a Casa Civil acrescentou que o deputado não tomou posse na sexta-feira (1º), como os demais parlamentares, por questão de saúde. "Ele [Marcelo Álvaro] se licenciou do cargo de ministro para assumir o cargo de deputado. Não o fez antes porque passou por um procedimento cirúrgico e estava hospitalizado. Até o fim da semana, deve retornar ao cargo de  ministro do Turismo."

Em nota, o Ministério do Turismo disse que é mera formalidade o ato de exoneração ser assinado pelo presidente Jair Bolsonaro junto com o ministro da Justiça, Sergio Moro, e que, nesta quinta-feira, Marcelo Álvaro retorna ao comando da pasta.

O decreto de exoneração está publicado na edição de hoje (6) do Diário Oficial da União.

Leia a nota do Ministério do Turismo na íntegra:

"O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, foi exonerado no Diário Oficial da União hoje (06) para tomar posse na Câmara dos Deputados. O ato de exoneração assinado junto com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, é mera formalidade. Como já confirmaram fontes da Casa Civil,  amanhã o ministro retorna ao Ministério do Turismo para dar continuidade ao  trabalho."

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, foi exonerado do cargo pelo presidente Jair Bolsonaro. O decreto com o desligamento do ministro foi publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira (6) com data da véspera. Antônio, cujo nome de batismo é Marcelo Henrique Teixeira Dias, foi reeleito deputado federal pelo PSL de Minas Gerais no ano passado, com a maior votação do Estado: 230.008 votos.

O decreto não traz justificativas para a medida, e a gestão Bolsonaro não deu detalhes sobre a exoneração do ministro. Antônio está sob pressão desde segunda-feira (4), quando uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo mostrou que ele supostamente participou de um esquema de lançamento de candidatas laranja com o objetivo de desviar recursos eleitorais do Fundo Partidário e beneficiar empresas relacionadas ao seu gabinete.

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No dia 1º, Bolsonaro exonerou temporariamente três ministros que possuem mandato na Câmara para que votassem na eleição à presidência da Casa: Onyx Lorenzoni (DEM-RS), da Casa Civil, Tereza Cristina (DEM-MS), da Agricultura, e Osmar Terra (MDB-RS), da Cidadania. Imediatamente após a reeleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) ao comando da Câmara, os ministros foram reconduzidos a seus cargos. O ministro do Turismo, no entanto, não foi envolvido na operação.

Em sua conta no Twitter, Antônio afirmou, na segunda-feira, que foi "alvo de uma matéria que deturpa os fatos e traz denúncias vazias". "Reforço que a distribuição do Fundo Partidário do PSL cumpriu rigorosamente o que determina a lei. Todas as contratações da minha campanha foram aprovadas pela Justiça Eleitoral", acrescentou.

O Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodrígues, exonerou o chefe de gabinete do Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação, FNDE, Rogério Fernando Lot e mais 10 pessoas que ocupavam cargos comissionados. A decisão foi tomada depois da polêmica envolvendo a mudança no edital dos livros didáticos.

Lot foi o responsável por assinar a retificação do edital de livros didáticos para o ensino fundamental, que deixava de exigir que as obras trouxessem referências bibliográficas, pudessem conter erros e exclua conteúdo quilombola e de combate à violência contra a mulher e ainda permitia a inclusão de propagandas.

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Após a publicação do edital no Diário Oficial e a repercussão do tema, o MEC se pronunciou dizendo que nem Vélez nem Jair Bolsonaro decidiram fazer as mudanças, colocando a decisão em cima do governo de Michel Temer, que foi negado pelo ex-ministro da pasta Rossieli Soares Silva. Vélez pediu abertura de sindicância para apuração dos fatos.

A decisão foi publicada no DOU. Em nota oficial, o Ministério da Educação afirmou que as exonerações foram parte da "reorganização administrativa" da nova gestão, "e não têm relação com o erro na publicação da retificação do PNLD 2020".

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