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Centenário e reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, o frevo, gênero musical genuinamente pernambucano, ostenta vários trunfos. Além do  título da Unesco e de ser responsável por enlouquecer multidões durante quatro dias de Carnaval, o ritmo tem dois dias para ser celebrado - 9 de fevereiro e 14 de setembro -; e ainda conta com um intérprete para chamar de seu: Claudionor Germano. Com mais de sete décadas de carreira, prestes a completar 90 anos de vida, o artista recifense consagrou-se ‘rei’ ao cantar e gravar os maiores compositores do segmento - e hoje, não parece exagero dizer que se o frevo tivesse voz, ela certamente seria a de Claudionor Germano. 

Quando ‘formalizou’ seu encontro com o frevo, em meados do século 20, Claudionor já era um respeitado cantor de rádio. Além das passagens pelas emissoras Clube, Tamandaré e Jornal do Commercio, no Recife, ele também foi responsável por animar os foliões nos tradicionais bailes de Carnaval da capital pernambucana na década de 1950. Em 1959, disputado por dois dos maiores compositores de frevo da história, Capiba e Nelson Ferreira, Claudionor tornou-se o primeiro artista a gravar discos exclusivamente de músicas carnavalescas; e a empreitada foi logo dobrada - com os álbuns ‘Capiba, 25 anos de Frevo; e ‘O que eu Fiz e você gostou’, de Nelson Ferreira; lançados pela fábrica de discos Rozenblit. Ali começaria um reinado que perdura até os dias de hoje e eternizou diversos clássicos da música pernambucana e brasileira.

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Claudionor foi o responsável por comandar a Frevioca na década de 1980. Foto: Reprodução/Instagram

O sucesso dos álbuns de Carnaval foi tão grande que a Rozenblit decidiu repetir a empreitada no ano seguinte com os discos ‘O que faltou e você pediu' (Nelson Ferreira) e ‘Carnaval com C de Capiba’. Em entrevista ao LeiaJá, o jornalista e crítico musical, autor da biografia Claudionor Germano: A voz do frevo (Cepe), José Teles, comenta sobre a importância desse momento tanto na história de Claudionor quanto na do próprio frevo: “Aí ele se firmou como um grande intérprete de frevo. Naquela época não tinha isso, qualquer cantor cantava frevo, ele foi o primeiro”, disse 

A chegada de Claudionor ao meio do frevo, de fato, imprimiu ao gênero um estilo e formato antes desconhecidos. Além do pioneirismo - tanto na gravação de discos carnavalescos quanto no comando da Frevioca - que levou o frevo para a rua de forma amplificada para rivalizar com os trios-elétricos baianos, já um pouco mais tarde, na década de 1980 - Claudionor acumula grandes números na carreira. O artista é um dos que mais gravou frevos na história da música popular brasileira - são cerca de 553 - e esteve presente em quase todas as edições do Baile Municipal do Recife (foram 52).

"Ele sempre disse: 'Cantor de frevo tem muito por aí, mas intérprete não, você cante para se fazer entendido realmente, para que o público ouça e entenda". Nonô Germano, sobre as lições que recebeu do pai. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Extremamente profissional, desde o início de sua carreira, o artista leva à risca a responsabilidade de interpretar as poesias que a ele são confiadas, e essa talvez seja a primeira lição a ser estudada por aqueles que decidem seguir a carreira. “Todos os cantores que se propõem hoje a cantar frevo hoje ouviram, e tenho certeza, que se inspiraram em Claudionor. Inclusive, até pelo repertório. Acho difícil você cantar um frevo tradicional de Pernambuco que ele não tenha gravado”, diz Nonô Germano, filho e natural sucessor do Rei do Frevo. 

Um desses cantores é André Rio. Com pouco mais de três décadas de carreira, foi assistindo a Claudionor comandar os bailes de Carnaval do Clube Português, à frente da orquestra do maestro José Menezes, quando ainda era criança, que o artista despertou para tornar-se um intérprete do ritmo.

“O maior ensinamento que recebi de Claudionor é que a gente deve, quando cantar um frevo, interpretar literalmente cada palavra que o autor o quis expressar com sua poesia. Você escuta uma canção cantada por ele (Claudionor) e não perde uma sílaba, você entende tudo o que o poeta quis dizer com a letra de sua música. O frevo é um estilo muito difícil de ser cantado, tem uma síncope muito grande, é ligeiro,  são muitos fatores que p tornam difícil e Claudionor ensina pra gente como se faz: acreditando na poesia, tendo fé cênica e cantando com muito amor ao seu frevo”.

"Quando estou ao lado de Claudionor é quando estou literalmente abraçado ao frevo, porque o considero a voz do frevo brasileiro, aquele cantor que é um leito de rio onde a gente passa também com nossas vozes mas porque aprendemos com ele". André Rio - Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

De acordo com o jornalista José Teles, o pernambucano poderia “ter ganho muito dinheiro se tivesse ido fazer carreira no Sudeste”, como tantos outros o fizeram. E ele até foi, em 1956, porém, “foram pegar ele lá de volta”, conta. “Ele queria ser cantor de música romântica mas acabou sendo conhecido como cantor de frevo”, arremata o jornalista. O destino parece ter falado mais alto, sorte de nós, pernambucanos. 

“De quem é o frevo”

Com presença tão magnânima nos carnavais e na vida cultural de Pernambuco, é difícil encontrar aquele que, nascido por estas bandas da região Nordeste, da segunda metade do século 20 para cá, nunca tenha ouvido a poderosa voz de Claudionor Germano. “Nessa época (década de 1960), eu era menino, o que me lembro de Carnaval é a voz de Claudionor Germano. Eu e muita gente, a gente cresceu com ele”, diz o biógrafo do Rei do Frevo, José Teles. 

"Claudionor é muito reconhecido. Quando comecei a fzaer o livro, a gente foi em um bar no Bairro do Recife e todo mundo conhecia ele, todo mundo parava para cumprimentá-lo, ele é muito popular". José Teles, biógrafo do 'Rei do Frevo'. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Lembranças repletas de frevo e da forte presença de Claudionor também fazem parte da memória afetiva de seu herdeiro, Nonô Germano. Desde pequeno, o cantor que naturalmente seguiu os caminhos do pai, espelhou-se nele para encontrar a sua própria personalidade artística. “Eu lembro de pequeno estar sentado num banquinho ao lado do piano, brincando com uns carrinhos e papai ensaiando no piano com Nelson Ferreira - essa parceria com Capiba e Nelson Ferreira, compositores brilhantes que acharam em papai a voz que poderia levar sua mensagem ao público da forma mais fidedigna possível”.

Nonô conta que os ensinamentos do Claudionor pai e do Claudionor artista se misturam e que, com ele, aprendeu lições sobre generosidade, humildade, respeito ao próximo e, claro, sobre frevo. “Não ser um mero cantor de frevo e sim um intérprete. Vários compositores que não cantam nos dão suas composições para que a gente transmita aquela mensagem que ele escreveu. Essa fidelidade às composições é que fazem a gente estar onde está hoje”.

Reinado

"Me sinto uma pessoa super privilegiada de tê-lo ao meu lado, desde o início da minha carreira. Como pai exemplar que sempre foi, uma pessoa que só me orgulha e a gratidão é imensa a Deus por tê-lo a meu lado ainda". Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Suceder o Rei do Frevo,  para Nonô, é uma missão encarada de forma bastante natural. Seu caminho profissional foi trilhado sem pressões, internas ou externas, e o acolhimento do pai em relação à sua personalidade artística, além do meio no qual cresceu, rodeado de grandes compositores e artistas do segmento, criou um ambiente favorável para uma renovação do estilo. 

Assim nasceu o Frevo de Balada, projeto criado por ele em 2007 que dá nova cara ao frevo a fim de levá-lo para além do Carnaval. “A gente vê, nos tradicionalistas uma certa resistência ao Frevo de Balada. Mas papai nunca foi essa pessoa conservadora. Em 1984/85 ele fez um LP, ‘O bom do Carnaval (Vai pegar fogo)’, ele gravou Tropicana pela primeira vez em ritmo de frevo. Nesse disco ele já falou com o maestro Edson Rodrigues, que fez a direção musical, e colocou sintetizador, guitarra. O que me permite hoje ousar mais e viajar por novas histórias no frevo é essa base que eu tenho, essa fonte que eu bebi a vida toda. Não se faz o novo destruindo o passado, pelo contrário, eu só faço o que faço hoje porque existiu isso tudo. Ele (Claudionor) acha o máximo, e acha que o caminho é por aí mesmo, é inovar e trazer a garotada pra junto”. 

História viva

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Em 2022, Claudionor Germano, Rei do Frevo, e Patrimônio Vivo de Pernambuco, completa 90 anos de vida. Uma homenagem, prestada pelo bloco O Galo da Madrugada, já foi anunciada pelo presidente da agremiação, Rômulo Menezes, e além desta, a família Germano da Hora pretende celebrar muito. Alguns planos já estão sendo elaborados, ainda em segredo. “Vem muita novidade por aí nos 90 anos, não é qualquer idade. A gente aproveita ao máximo ter papai junto da gente, vivenciando tudo, lúcido. Pronto pra encarar as comemorações dos 90 anos que vai começar no carnaval e a gente só para no final do ano”, diz Nonô.

Para o jornalista José Teles, a “lenda” Claudionor Germano ainda merece ter alguns de seus álbuns relançados. “O frevo parece que tá no DNA do pernambucano, as pessoas mais jovens talvez nem se toquem mas certamente já ouviram a música dele, porque toca muito no Carnaval, ele é um exemplo de cantor bem sucedido. Ele não reconhece a importância dele. Eu fui fazer o livro e ele queria que eu botasse fotos de diploma, de honra ao mérito, cidadão de ’num sei o que’, mas tinha fotos com Gil e Caetano - não era ele tirando foto com Gil e Caetano, eram ele tirando fotos com Claudionor. Eles cresceram ouvindo Claudionor Germano cantando no Carnaval da Bahia, que (na época) não tinha um carnaval grande e não tinha uma música própria. Ele é um cara importantíssimo”. 

Já André Rio, que chama o Rei do Frevo de “professor”, recorre à poesia para declarar-se e demonstrar, além da admiração, a gratidão pela arte de Claudionor. Sentimentos que, possivelmente, todos nós pernambucanos compartilhamos um pouquinho. “A maneira mais certa de eu homenageá-lo é enaltecê-lo sempre, agradecer sempre e fazer o que ele fez a vida inteira: fazer com que o frevo seja essa a música forte que tanto nos orgulha e que atravessa gerações. O frevo veio das ruas, hoje invadiu o mundo e a gente tem que mantê-lo sempre nesse pedestal altíssimo, nessa postura daquilo que é, o nosso centenário frevo, nosso genuíno ritmo pernambucano e a alegria do Recife e Olinda. Frevo é vida; frevo é amor; frevo é alegria Viva Claudionor!”. 



 

A ciranda do Nordeste é o mais novo Patrimônio Material do Brasil. O título foi aprovado na última terça (31), durante a 97ª reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O pedido para o reconhecimento do ritmo tradicional tramitava desde 2014, quando foi solicitado pelo então governador de Pernambuco, Eduardo Campos. 

O pedido para registro da ciranda enquanto patrimônio foi formalizado em 2014 por meio da Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE) e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), responsáveis pela produção do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC). Para tanto, foi enviado ao Iphan, à época, um inventário com documentos acerca de 38 grupos desta tradição. 

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Com o registro, a ciranda fica inscrita no Livro das Formas de Expressão. O objetivo da iniciativa é apoiar, fomentar e salvaguardar essa tradição. Agora, a ciranda ostenta o título de Patrimônio Cultural ao lado de outras expressões bem como o maracu de baque solto, maracatu de baque virado e o frevo, que teve seu registrado renovado por mais 10 anos na mesma reunião, na última terça (31). 

O Concurso Nordestino do Frevo, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), por meio da Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), está com inscrições abertas a partir desta segunda-feira (31), até o dia 30 de junho. O certame premiará 12 artistas em seis categorias, com até R$ 10 mil. O investimento total do projeto é de R$ 92 mil.

As categorias são: Melhor Frevo de Rua, Melhor Frevo de Bloco, Melhor Frevo Canção, Melhor Intérprete, Melhor Arranjo e o novo Hino para a troça Turma da Jaqueira Segurando o Talo. O edital foi publicado no Diário Oficial da União, nesta sexta-feira (28), e pode ser conferido também no site da fundação.

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A iniciativa é lançada em um momento importante para o frevo, que este ano passa por um processo de revalidação como Patrimônio Cultural do Brasil (título conquistado em 2007), pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Esse procedimento ocorre periodicamente e busca uma posição da sociedade, que tem 30 dias para se manifestar, contando a partir de 14 de maio.

Para disputar o Concurso Nordestino do Frevo, os artistas devem ser residentes em um dos nove estados do Nordeste e apresentar produções completas e inéditas. Ou seja, composições e arranjos gravados e finalizados. O material e as documentações, específicas à categoria a que os candidatos concorrem, devem ser anexados ao formulário eletrônico disponível na página da Fundaj.

A avaliação das documentações será feita por uma Comissão de Habilitação, no período de 13 a 22 de julho. A divulgação dos habilitados será feita no dia 23. Já o julgamento, passará por uma comissão correspondente entre os dias 26 de julho e 26 de agosto, com a divulgação dos vencedores no dia 30 de agosto.

Os resultados de todas as etapas serão publicados no Diário Oficial da União e no site da Instituição. O prazo para a apresentação de recursos será válido logo após a divulgação dos vencedores, em 30 de agosto, até o dia 3 de setembro. A entrega dos prêmios será promovida no dia 14 de setembro, quando o País celebra o Dia Nacional do Frevo.

odas as exigências, orientações e detalhes do procedimento de avaliação podem ser conferidas na íntegra do Edital. Dúvidas e informações referentes ao certame podem ser esclarecidas através do e-mail do concurso. Para brindar os novos compositores e intérpretes, o Concurso Nordestino do Frevo decidiu homenagear um veterano. José Ursicino da Silva, o Maestro Duda, é referência no mundo do frevo. Regente, compositor, arranjador e instrumentista, ele já participou da gravação de mais de 100 discos, tendo suas músicas gravadas também no exterior.

Eleito Patrimônio Vivo do Estado de Pernambuco, em 2010, Duda foi homenageado do Carnaval do Recife, em 2011, além de ter recebido, em 1980, o prêmio de melhor arranjo de Música Popular Brasileira. Nascido em 1935 na cidade de Goiana, Zona da Mata Norte de Pernambuco, começou os estudos de música aos oito anos, e aos dez se tornou integrante da Banda Saboeira.

Nesse mesmo período, escreveu sua primeira composição, o frevo Furacão. Além dos frevos, ele compôs choros e sambas gravados por Jamelão. "É um imenso prazer e felicidade ter sido escolhido para ser o homenageado do concurso. Participei de muitos concursos de frevo, mas fazia tempo que já não se falava mais nisso. É um incentivo para os compositores pernambucanos e nordestinos", comemora o Maestro Duda.

*Da assessoria

 

O frevo será o convidado de honra de Marcelo Cavalcante em uma série audiovisual que apresentará artistas do estilo.  No projeto Marcelo Cavalcante Convida o frevo, o músico olindense promove um bate-papo e a exploração de sons com cinco artistas que fomentam a cena do frevo em Pernambuco. A minissérie estreia no YouTube, na próxima terça (2). 

O objetivo do projeto é dar visibilidade aos atores da cena do frevo, sobretudo neste contexto de pandemia em que os profissionais da cadeia produtiva da música ficaram prejudicados pela impossibilidade de trabalhar. Além disso, a ideia é fomentar o gênero,  que é Patrimônio Imaterial da Humanidade, estimulando a produção de conteúdos artísticos em relação a ele. 

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Participam dos primeiros cinco episódios da série: Gilú Amaral, músico fundador da Orquestra Contemporânea de Olinda, Henrique Albino, compositor arranjador, Neris Rodrigues, trombonista, Alex Santana, tubista da Orquestra Contemporânea de Olinda e Juba, cantor e compositor. Os convidados trarão suas histórias e relações com o frevo, e também executarão algumas de suas músicas ao lado do apresentador. O projeto é uma realização de Marcelo Cavalcante e Vital Cultural,  com o incentivo da Lei Aldir Blanc.



 

Considerada um dos grandes nomes da cultura pernambucana, Bia Villa-Chan presenteou os fãs nos últimos dias com trabalhos em homenagem ao frevo. Longe dos palcos, por conta do avanço da Covid-19, a artista lançou no seu canal do YouTube clássicos do ritmo musical, gravados com a sua guitarra baiana.

As releituras escolhidas por ela foram Lágrimas de Folião, de Levino Ferreira, e Duda no Frevo, de Senô, que acabaram ganhando uma produção intensamente transformadora. Nos vídeos publicados, o instrumento usado por Bia foi desenvolvido por Elifas Santana.

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"A guitarra baiana é um instrumento muito versátil. A possibilidade de tocá-la com distorção cria um certo poder. [...] Acredito que a guitarra baiana, quando tocada por uma mulher, tem esse encantamento redobrado. A guitarra ainda é um instrumento muito ligado a um imaginário de masculinidade, então essas interpretações carregam esse empoderamento", declarou.

Veja o resultado:

A exposição ‘Carnaval: Nassau, Frevo, Cana e Caju’, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), já pode ser conferida no Piso 1 do Shopping Recife, em Boa Viagem. A mostra, com curadoria de Rita de Cássia Araújo e Rodrigo Cantarelli, estreou na última segunda-feira (8) e integra a programação do Carnaval de Todos os Tons — uma iniciativa multiplataforma da instituição federal para o período momesco, que não será celebrado em 2021 devido à pandemia. Ao todo, dez croquis de fantasias para agremiações produzidas pelo pintor Manoel Bandeira (1900—1964), para o Anuário do Carnaval Pernambucano, foram ampliadas em tamanho humano para a montagem.

“O ano de 2021 continua com essa questão grave da pandemia. Infelizmente, neste ano, o Carnaval será ainda mais diferente. Mais digital, com pouca programação física. Seguindo todas as regras sanitárias, estamos fazendo aqui no shopping center em homenagem a essa grande festa no Estado, do Recife, de Olinda e do Interior. Um Carnaval diferente, mas querendo acender a alegria no coração das pessoas”, declarou o presidente da Fundaj, Antônio Campos, que destacou as homenagens da iniciativa ao centenário do cronista Antônio Maria (in memorian), ao Maestro Duda, no Concurso Nordestino de Frevo, e ao pintor Manoel Bandeira, nesta exposição.

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Na exposição, além das réplicas de aproximadamente 1,70 cm, o público confere partituras de frevos criados por Nelson Ferreira e Sebastião Lopes nos Anos 1930, a exemplo do frevo Passo do Caroá, como marketing da indústria têxtil. Curadora da exposição, Rita de Cássia aponta para a formação de comunidades em torno destas fábricas e o surgimento de agremiações, mas não esquece o papel do Estado Novo nestes carnavais. “Havia um propósito educativo do próprio governo, que enxergava um canal de comunicação no Carnaval. Essas fantasias eram para agremiações e tinham, também, versões mais sofisticadas para bailes e salões."

Ainda na montagem, o visitante conhece um pouco da trajetória de Bandeira. Natural de Escada, na Zona da Mata, o pintor foi integrante do Modernismo. “Nem sempre com o devido mérito”, aponta outro curador, Rodrigo Cantarelli. “A obra dele está inserida aqui dentro da trajetória de consolidação do Movimento Moderno. Ele é um artista da primeira geração, que tem nomes de renome internacional como Vicente do Rego Monteiro, Lula Cardoso Ayres e Cícero Dias. Talvez por ter se dedicado à indústria gráfica tenha caído no esquecimento. Sua produção é grande, afinal ele trabalhou mais de 50 anos, com capas para livros, revistas e jornais."

Para a coordenadora do Centro de Estudos da História Brasileira (Cehibra), da Fundaj, parcerias como esta são importantes para garantir a aproximação do público com os acervos da Casa. Em especial em um espaço tão popular, com volume de pessoas e um público tão eclético e variado. “É uma oportunidade de uma visibilidade enorme para um acervo que é rico e importante para a nossa cultura. Você não pode brincar o Carnaval, mas não pode deixar de viver o Carnaval. Você pode compreender como os artistas sempre estiveram presentes, que os acervos documentam isso e que a Fundação preservou este acervo, que está à disposição.”

À promotora de vendas Elizonete de Oliveira, 61 anos, chamou atenção os traços do artista, tão característicos à primeira metade do Século 20. “Minhas tias e meus pais usavam bastante este tipo de fantasia. Não cheguei a usar, mas acho muito bonito. Na minha época, quando criança, participava de tudo dos carnavais. Sinto saudade de como eram antigamente, dos carnavais de clubes”, recorda. A médica Fátima Diniz, 74, se emocionou. “Saudade da simplicidade que a gente está perdendo. Em meio a tanta coisa desnecessária, algo como essa obra toca o coração da gente e desperta o saudosismo pelos carnavais que tinham corso e se jogava confete e serpentina.”

*Via assessoria de imprensa. 

 

Pernambuco e Bahia se encontraram na nova música da cantora, compositora e instrumentista Bia Villa-Chan. A pernambucana, em parceria com um dos maiores ícones da música baiana, Luiz Caldas, lança Sonhos Roubados, canção que mescla ritmos e propõe a verticalização do Carnaval. Os artistas também estrelaram um clipe para ilustrar o trabalho conjunto. 

A composição, assinada pela própria Bia e Edinho Queirós, foi produzida e gravada durante a pandemia. Sonhos Roubados fala sobre as dificuldades desse período, porém, reforçando a esperança. Para tanto, Bia e Caldas propõem um Carnaval na vertical, ilustrado no clipe que acompanha o single. Na música, a pernambucana surge tocando a guitarra baiana, presente do músico Armandinho Macêdo, como mais um símbolo  do fim da rivalidade entre a produção musical dos estados vizinhos

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Gravado no quase centenário Hotel Central, localizado no centro da capital pernambucana, o clipe mostra como a música tem o poder de contagiar as pessoas e transportá-las para um lugar de alegria e diversão. A direção do vídeo é de Giovanna Figueiredo e a produção conta, ainda, com a participação de Cinderela, personagem muito conhecida do teatro pernambucano. O resultado está disponível no canal de Bia Villa-Chan no YouTube. 

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O frevo pernambucano perdeu um de seus grandes nomes, neste domingo (15). O Maestro Guedes Peixoto faleceu em decorrência de um infarto, aos 89 anos. A morte foi confirmada pelo seu filho, Mário Guedes.

Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, Mário relatou que o pai não se sentiu bem em casa, durante o último sábado (14): “Ele passou mal, a pressão baixou, nós chamamos a ambulância e quan do ele chegou ao hospital, sofreu um infarto e não resistiu”. O maestro faleceu no Hospital Albert Sabin, localizado na região central do Recife. O velório acontece a partir das 14h deste domingo (15), na capela do cemitério de Santo Amaro, seguido do enterro, às 16h, no mesmo cemitério. 

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O Maestro Guedes teve uma vida inteira de dedicação ao frevo. Nascido em Goiana, interior de Pernambuco, ele começou a estudar música ainda criança e mais tarde, foi o responsável por orquestrar o hino de sua cidade natal. O maestro também teve passagens pela Orquestra da TV Tupi, na década de 1950, e foi regente da Orquestra Sinfônica do Recife, entre 1975 e 1984. Ele é dono de frevos marcantes, como ‘O Homem do Guarda-Chuva' e também de peças eruditas que trazem a influência da música nordestina. 

Domingo já é tradição no carnaval de Olinda. Uma multidão chega logo cedo, e a movimentação é grande no sítio histórico. O pessoal lota as ladeiras com muita irreverência e criatividade para curtir a festa multicultural. Com muito frevo, maracatu e samba, a cidade fica cheia de turistas encantados com as fantasias e a alegria dos pernambucanos.

Confira os detalhes na reportagem a seguir:

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O Recife é famoso por sua arquitetura, pontes e rios, mas principalmente pelo seu Carnaval. Os blocos de rua arrastam multidões e enchem os quatro cantos da cidade com frevo, serpentina e alegria. O LeiaJá conversou com algumas dessas agremiações para conhecer a história por traz da festa.Bloco Segunda tem Palhaço Fundado em 2008, o bloco Segunda tem Palhaço é gratuito e as fantasias são criadas pelos participantes, o objetivo é homenagear a profissão de palhaço e a arte de fazer rir. Criado por um grupo de amigos, o bloco não tem financiamento de órgãos públicos. Os organizadores criaram um projeto de música paralelo, que acontece nos meses que antecedem o Carnaval,  para financiamento do cortejo.Segundo Pedro Drope, um dos fundadores e atual diretor da agremiação, o Carnaval de rua do Recife foi perdendo sua força, os blocos de rua foram perdendo o apoio e espaço e o Carnaval foi mais para o palco, para os pólos.“Existem muitos blocos antigos que não possuem apoio financeiro, então hoje é mais necessário o apoio aos blocos de rua. Além disso é necessário uma organização dos itinerários dos desfiles, para que não haja choque de blocos”.Ainda segundo a organização, a diferença com o carnaval de Olinda é a quantidade de gente que acompanha.O Segunda tem Palhaço consegue arrastar em torno de 5 mil pessoas por desfile.Bloco Amantes de Glória O bloco surgiu em 1997 e foi iniciado como uma confraria, mas que duas semanas depois transformaram em um grupo de Carnaval. O cortejo sai do bairro da Boa Vista e também passa pelos bairro de Santo Antônio e São José. O Amantes de Glória não tem patrocínio ou vínculo com empresas, nem órgãos públicos e como bloco independente, o desfile é gratuito, mas para realização do cortejo são realizados eventos e festas quando necessário, como aconteceu este ano.O Amantes de Glória saí em prévia no dia 8 de fevereiro e também desfila na segunda-feira de Carnaval no Recife Antigo.Segundo o organizador e um dos fundadores do bloco, Cezar Maia, o circuito realizado pelo Amantes de Glória, foi alterado para evitar o tumulto das ruas do Recife Antigo no Carnaval e a dificuldade de transitar com o bloco. “Carnaval é bagunça mesmo, como a gente achou que ali não tava bom, saímos e fomos para o bairro de São José. Mas Carnaval não tem que organizar muito não. E nosso bloco é assim, pouquíssimo organizado”, disse.Bloco do NadaO bloco do Nada surgiu em 2003 e desde então toma as ruas do bairro da Boa Vista. Idealizado por Gerson Flávio, começou com apenas um estandarte e alguns amigos, que no Carnaval seguinte fomentaram a manutenção da agremiação.Por se tratar de um bloco independente, o cortejo se mantém com a venda de camisas e o valor arrecadado é priorizado para a contratação da orquestra.De acordo com Gerson, o bloco é resistente  e mantém a originalidade e independência. “O Bloco do Nada segue resistente buscando contribuir para que o Carnaval de rua e a cultura recifense sigam resistindo a todo tipo de especuladores da produção cultural”, frisou.O cortejo do Nada acontece na segunda-feira de Carnaval, às 13.  com concentração no Pátio de Santa Cruz, na Boa Vista.Bloco Xuxa RecifeO bloco ganhou força e apoiadores no Carnaval de 2019, quando realizou o cortejo com orquestra pela Rua Bom Jesus, no bairro do Recife Antigo, mas o surgimento do Bloco da Xuxa aconteceu em 2018.O nome é uma homenagem a rainha dos baixinhos, Xuxa Meneguel, e traz para o seu desfile além dos clássicos que marcaram gerações, o frevo tradicional de Pernambuco. O projeto foi idealizado pelos amigos Luiz Gomes, Julio Vicente e Reinaldo Andrada.A agremiação é independente e segundo os idealizadores, busca o apoio financeiro de amigos e parcerias, além de rifas e ações realizadas durante o ano para a contratação da orquestra, que é o principal custo do bloco.

Patrimônio imaterial da humanidade, o frevo pernambucano é tema do livro “O Trompete no Frevo”, do músico e professor José Roque da Silva Neto, mais conhecido como RoqueNetto, que deseja propagar pelo mundo o ensino do ritmo criado em Pernambuco. O livro será vendido nas livrarias Jaqueira e Imperatriz por R$ 50,00 ou pode ser solicitado através do e-mail do artista: roquenetto@bol.com.br.“O Trompete no Frevo” soma 120 páginas e é composto pelos seguintes capítulos: “O trompete no frevo – método RoqueNetto”, “O frevo diante de um olhar estético”, “Frevo com cifras para estudo”, “Frevo para a prática de dueto”, “Frevo para a prática de quarteto”, “Frevo para a prática de quinteto”, “Exemplos de ritmo de percussão no frevo”, “Índice dos links para audição” (onde é possível conferir e comparar a música original composta pelo criador do livro), “Conclusão” e “Índice cronológico dos frevos de RoqueNetto). A intenção do autor é aliar a parte teórica, a partir de textos explicativos, com a parte prática, a partir de partituras com 28 músicas originais.Uma das motivações para criação do livro, que traz as línguas portuguesa, inglesa e francesa em uma única edição, é a dificuldade que músicos de outras regiões e de outros países têm para tocar frevo. Para superar esta adversidade, RoqueNetto desenvolveu um método que soma esforços para a qualidade da formação dos instrumentistas que querem tocar este nosso ritmo tão peculiar.       Por falta de um processo que ensine a articulação e as pronúncias diferenciadas da música pernambucana, os músicos, em geral, não conseguem executar o fraseado do frevo corretamente, apesar de conseguirem ler as partituras. A obra traz uma parte teórica e uma parte prática, com grade de solos, duetos, quartetos e de quintetos. RoqueNetto explica que “‘O Trompete no Frevo’ traz orientações de estudos para trabalhar a parte técnica, traz a parte de articulações e pronuncias, vem com vários exemplos de músicas de minha autoria, explica a sessão rítmica frevo e muito mais!”.Uma programação de lançamentos e oficinas começou no dia 12 de dezembro, no Grêmio Henrique Dias, em Olinda e vai até janeiro, quando o livro será lançado na livraria Jaqueira, no centro do Recife. “O Trompete no Frevo” tem o patrocínio da Prefeitura do Recife o apoio cultural da Pitú e a produção executiva e o desenvolvimento do produto foram feitos pela produtora Tactiana Braga, da B52 Cultural. Segundo Tactiana, o diferencial do livro é que ele traz “a sistematização do ensino do frevo. Isto possibilita que o ritmo pernambucano seja difundido com mais facilidade pelo Brasil e pelo mundo”. O livro conta com a contribuição de nomes relevantes da cena do frevo pernambucano. O prefácio é do maestro Ademir Araújo (Formiga) e o texto de apresentação é do crítico musical José Teles.Formação eruditaPernambucano com formação em música, RoqueNetto, desde criança, estudou e tocou trompete. O aprendizado formal teve início no Conservatório Pernambucano de Música. Ainda jovem, estudou no Centro Profissionalizante de Criatividade Musical do Recife e no Conservatório Nadia et Lili Boulanger, do 9º bairro de Paris, França. É Graduado em Licenciatura em Pedagogia pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e em Licenciatura em Música pelo Centro Universitário do Sul de Minas (Unis/MG) e pós-graduado em Metodologia do Ensino de Música, ministrado na cidade do Recife e certificado pela Faculdade Internacional de Curitiba. É professor atuante há mais de duas décadas.Trompetista com larga experiência, o artista já colaborou em shows e gravações de CDs de Geraldo Azevedo, Alceu Valença, Naná Vasconcelos, entre outras formações e participou da primeira fase da Orquestra Contemporânea de Olinda. RoqueNetto também ensina música e toca na Banda Sinfônica da Cidade do Recife, além de desenvolver o seu trabalho autoral com o quarteto RoqueNetto Instrumental e realizar os cursos, workshops e oficinas que oferece com base no método que criou de ensino do frevo para o trompete. Também é compositor, trompetista, professor e instrumentista com mais de três décadas de constante atuação.

Na primeira edição do ano de 2020, o Taca Mais Música inicia a programação com samba e frevo. O projeto musical do Shopping Tacaruna oferece shows gratuitos, todas as quintas-feiras, a partir das 19h.

O show de abertura acontece nesta quinta (2) e será comandado pelo sambista pernambucano Taiguara, que traz no repertório o samba regional. Na próxima quinta-feira (9), o evento recebe o show "Chacon canta Jorge Ben e Clássicos do Samba Rock” do músico Ricardo Chacon. E ainda nesta edição do mês de janeiro o Taca Mais música apresenta o Bloco Compositores e Foliões, o tradicional Bloco das Flores e a banda Frevo S/A.

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Confira a programação:

02/01 – Taiguara - Toca o Nosso Samba

09/01 – Chacon – Tributo a Jorge Ben e Clássicos do Samba Rock

16/01 – Bloco Compositores e Foliões

23/01 – Bloco das Flores

30/01 – Frevo S/A

Serviço

Taca Mais Música de Janeiro

Quinta-feira (2,9,16,23,30) | 19h

Shopping Tacaruna (Av. Agamenon Magalhães, 153)

Entrada Gratuita

Encerra, no próximo sábado (4), a exposição biográfica do músico Alceu Valença. A mostra está em cartaz no Museu do Estado de Pernambuco, no bairro das Graças, Zona Norte do Recife, e ficará aberta das 14h às 18h.

Intitulada “A Energia Dos Doidos Motor da Imaginação”, a exposição traz ao público a trajetória da carreira e vida de Alceu. Além disso, tem algumas peças da exposição disponível para venda.

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A renda será destinada a algumas associações de caridade, são elas: a Associação Tereza Miranda, que trabalha com resgate de animais em Paulista, Pernambuco;  a Viva Bicho, em Santos – SP e Associação Amigos do Museu do Estado de Pernambuco.

Entre as peças que estão sendo vendidas estão acervos raros como discos do músico, telas colorizadas, brinquedos, traquitanas e até a famosa Luneta do Tempo.

Serviço

Encerramento da Exposição Alceu Valença

Sábado (04) | 14h

Museu do Estado de Pernambuco (Av. Rui Barbosa, 960 – Graças)

Gratuita

Informações: (81) 3184 3170

Olinda vai receber 2020 com muito frevo. A festa de réveillon da cidade contará com orquestras e bandas, além de queima de fogos. Um palco será montado nas proximidades da Praça Duque de Caxias, em Bairro Novo. Toda a programação é gratuita. 

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A festa começa às 21h, na quarta (31), com as apresentações das bandas D'Brek, Brega.com, Praktá, Serginho de Olinda e orquestra Maracafrevo, Samba Crush e Pedro Lucas. A partir das 22h, 20 orquestras de frevo circularão na Avenida Marcos Freire, na Beira Mar. 

A estrutura da festa conta com policiamento do 1° BPM, com apoio da Guarda Municipal Civil de Olinda. Ainda haverá instalação de banheiros químicos e barracas com venda de alimentos e bebidas. A tradicional queima de fogos também está garantida para a hora da virada, às 0h. 

 

O cantor e compositor pernambucano André Rio lançou, nesta sexta-feira (13), uma nova canção de trabalho. O frevo rasgado, com introdução orquestrada de metais, traz como tema central a diversidade. Cantando “Misturando as cores, beijos e sabores” André Rio aborda a diversidade e a paixão na festa carnavalesca.

A música é uma parceria com Ranieri Oliveira e, segundo o cantor, promete não deixar ninguém parado no carnaval 2020. O som já está disponível em todas as plataformas digitais.

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Na contagem regressiva para o Carnaval, a Orquestra Arruando se apresenta no Marco Zero, no bairro do Recife, no próximo domingo (15). No último frevo do ano, a orquestra pretende executar clássicos do ritmo, assim como releituras e canções autorais.

A festa tem início às 15h30 e segue até às 18h, com acesso gratuito. O evento ainda conta com um aulão de passos de frevo para o público.

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Serviço

Show da Orquestra Arruando

Domingo (15) | 15h30

Marco Zero do Recife

Gratuito

Celebrando uma das mais genuínas tradições recifenses e congregando muitas gerações do frevo, encerrou ontem (7), com grandes apresentações e animadas torcidas, o Festival Nacional do Frevo, realização da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife. A grande final, realizada no Teatro Luiz Mendonça, encerrou uma extensa programação, iniciada no último mês de agosto, e definiu o ranking das 12 músicas classificadas, entre mais de 350 inscritos no Festival, legando à cidade novos frevos para ganhar as ruas e os corações recifenses.

“Essa final foi um oásis, uma semente viva que lançamos ao solo fértil de nossa cultura. Através de eventos como este, a gente se fortalece para enfrentar a estupidez do mundo. Não podemos desanimar”, disse a secretária de Cultura do Recife, Leda Alves, em sua fala de abertura.

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Os candidatos da categoria Frevo Livre Instrumental - Autoral abriram a noite, cada um com formação de banda própria. Em seguida, os finalistas das categorias Frevo de Bloco, Frevo Canção e Frevo de Rua subiram ao palco com o auxílio luxuoso da Orquestra de Frevo do Festival, formada e ensaiada pelo maestro Nenéu Liberalquino, Diretor Musical do Festival, além de regente. “Esse Festival é uma janela para novos compositores, arranjadores e solistas, além de consagrar músicos célebres. É nossa maneira de contribuir para que nosso maior patrimônio se renove”, disse o maestro Nenéu Liberalquino, antes do anúncio do resultado. 

Júri - O ranking do frevo foi definido por uma comissão de notáveis da música recifense, composta pelo músico e produtor musical Zé da Flauta; pelo professor, compositor, pesquisador e coordenador musical do Paço do Frevo, Sérgio Gaia; pelo violoncelista, professor e integrante da Orquestra Sinfônica do Recife Fabiano Menezes; e pelo guitarrista, violonista, compositor e produtor musical Luciano Magno.

Além dos jurados, o público também ajudou a definir o resultado do Festival do Frevo, pela votação online, encerrada da noite de ontem. Ao todo, foram computados os votos de 8.155 internautas para compor as notas dos candidatos. 

Confira o resultado do Festival Nacional do Frevo:

FREVO LIVRE INSTRUMENTAL – AUTORAL

1º lugar: Sebastião Biano no Frevo

Autor: Alexandre Rodrigues

Arranjador: Henrique Albino

2º lugar: 50 anos depois

Autor: Renato Bandeira

Arranjador: Renato Bandeira 

3º lugar: Confusão

Autor: Paulo Nascimentos

Arranjador: Paulo Nascimentos 

FREVO DE BLOCO 

1º lugar: Geninha, a Dama da Ribalta

Autor: Getúlio Cavalcanti

Arranjador: Rogério Borges

Intérprete: Alessandra Cavalcanti e Coral do Festival Nacional do Frevo

2º lugar: Resta Sorrir

Autores: Rafael Marques e Zé Manoel

Arranjador: Rafael Marques

Intérprete: Isadora Melo e Coral do Festival Nacional do Frevo

3º lugar: Troças e Cordões

Autoras: Mariana Disessa e Veruska Tavares

Arranjador: Kidbone

Intérpretes: Ilana Ventura, Juliana Nery e Coral do Festival Nacional do Frevo

FREVO CANÇÃO

1º lugar: O Último Raio da Lua

Autores: João Neto e Xico Bizerra

Arranjador: Flávio Lima

Intérprete: Edinho Queirós

2º lugar: Me Leva pro Céu

Autor: Getúlio Cavalcanti

Arranjador: Marcos César

Intérprete: Beatriz Cavalcanti 

3º lugar: Cacofônico

Autor: Jota Michiles

Arranjador: Rogério Borges

Intérprete: Walmir Chagas, o Véio Mangaba

FREVO DE RUA

1º lugar: Isto é Pernambuco

Autor: Beto Hortis, o Filho de Camaragibe

Arranjador: Kidbone

2º lugar: Saci Pererê

Autor: Bené Sena

Arranjador: Bené Sena

3º lugar: 9 de Fevereiro

Autor: Yrkison Brasil

Arranjador: Marcos FM

Mais prêmios - Também foram entregues, na noite de gala do frevo, prêmios para o Melhor Intérprete e o Melhor Arranjo, conquistados, respectivamente, por Alessandra Cavalcanti, pela música Geninha, a Dona da Ribalta, e Kidbone, pelo frevo Isto é Pernambuco. 

O Festival Nacional do Frevo distribuirá R$ 104 mil entre os vencedores, para garantir que os clarins possam se renovar e perpetuar tradição viva e vivida ao longo de todo o ano na capital pernambucana. Os prêmios serão de R$ 10 mil para os primeiros colocados nas quatro categorias; R$ 8 mil para os segundos; e R$ 6 mil para os terceiros colocados. Haverá premiação ainda para o melhor arranjo, no valor de R$ 5 mil, e para o melhor intérprete do Festival, no valor de R$ 3 mil. 

Inscrições 

O Festival recebeu um total de 350 inscrições, a imensa maioria de compositores e músicos pernambucanos. Mas também registrou a participação de artistas de vários estados do país, entre eles Rio Grande do Norte, Paraíba, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.

Entre os compositores e intérpretes selecionados, as mulheres tiveram mais vez e voz. Foram classificadas quatro composições femininas (uma delas assinada por duas compositoras), contra uma única registrada na edição passada do Festival.

Compositores consagrados, como Jota Michiles e Getúlio Cavalcanti, também se classificaram, confirmando a importância da programação para a produção musical na cidade.

A categoria que registrou mais inscrições foi a de Frevo Canção, com 152 composições. Frevo de Bloco e Frevo de Rua contabilizaram 109 e 56 inscrições, respectivamente. A categoria Frevo Livre Instrumental – Autoral foi a que teve o maior crescimento na quantidade de inscritos em relação ao ano passado: foram 33 músicas em 2019, contra 17 em 2018.

Para conferir os novos frevos do Recife, basta acessar http://festivalnacionaldofrevo.recife.pe.gov.br/.

*Via assessoria de imprensa

A cravista e pianista Maria Aida Barroso e o maestro Nilsinho Amarante fazem show de lançamento do CD “DuoFrevando - Frevos para trombone e piano”, na próxima sexta-feira (13), das 17h às 19h, no Paço do Frevo, no bairro do Recife Antigo. Inovadora, a ação contribui para a divulgação do frevo e para a prática e desenvolvimento técnico e performático dos instrumentistas.

Com 11 frevos instrumentais, o CD tem como ponto de inspiração a peça Marquinho no Frevo, do Maestro Duda, que encerra o álbum. As outras composições são uma mistura de frevos escritos originalmente para trombone e piano e a adaptação de obras já existentes, dialogando com os autores e abrindo espaço para novas composições.

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Das faixas, Nilsinho Amarante compôs quatro: "Simplesmente Condado", composta em parceria com Nilson Lopes e com arranjo de Maria Aida Barroso; "Doda do Frevo"; "Fernando de Seu David"; e "Impressões de um frevo", também composta em parceria com Nilson Lopes. Nilsinho também fez o arranjo da música "Frevo do Acaso", composta por Pedro Huff.

Serviço

Lançamento do CD “DuoFrevando - Frevos para trombone e piano”

sexta-feira (13) | 17h

Paço do Frevo (R. da Guia, s/n)

Gratuita

Os 12 finalistas do Festival Nacional do Frevo se apresentam, neste sábado (7), às 20h, no Teatro Luiz Mendonça. De lá sairá o grande vencedor do concurso. O público pode ajudar na escolha, votando em seu candidato preferido através do site do festival.

Os candidatos sobem ao palco acompanhados pela Orquestra de Frevo do festival, formada e ensaiada pelo maestro Nenéu Liberalquino, diretor musical do festival, além de regente. Apenas os finalistas da categoria Frevo Livre Autoral - Instrumental se apresentam com formação própria. 

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Nesta edição, o festival vai premiar com valores que variam de R$ 10 mil a R$ 6 mil. Ao todo, serão distribuídos R$ 104 mil entre os vencedores nas categorias Frevo de Rua, Frevo de Bloco, Frevo Canção e Frevo Livre Instrumental - Autoral. 

Confira a relação dos 12 finalistas que sobem ao palco do Luiz Mendonça.

FREVO CANÇÃO

O Último Raio da Lua

Autores: João Neto e Xico Bizerra

Arranjador: Flávio Lima

Intérprete: Edinho Queirós

Me Leva pro Céu

Autor: Getúlio Cavalcanti

Arranjador: Marcos César

Intérprete: Beatriz Cavalcanti

Cacofônico

Autor: Jota Michiles

Arranjador: Rogério Borges

Intérprete: Walmir Chagas, o Véio Mangaba

FREVO DE BLOCO

Troças e Cordões

Autoras: Mariana Disessa e Veruska Tavares

Arranjador: Kidbone

Intérpretes: Ilana Ventura, Juliana Nery e Coral do Festival Nacional do Frevo

Geninha, a Dama da Ribalta

Autor: Getúlio Cavalcanti

Arranjador: Rogério Borges

Intérprete: Alessandra Cavalcanti e Coral do Festival Nacional do Frevo

Resta Sorrir

Autores: Rafael Marques e Zé Manoel

Arranjador: Rafael Marques

Intérprete: Isadora Melo e Coral do Festival Nacional do Frevo 

FREVO LIVRE INSTRUMENTAL – AUTORAL

Sebastião Biano no Frevo

Autor: Alexandre Rodrigues

Arranjador: Henrique Albino 

50 anos depois

Autor: Renato Bandeira

Arranjador: Renato Bandeira

Confusão

Autor: Paulo Nascimentos

Arranjador: Paulo Nascimentos

FREVO DE RUA

Isto é Pernambuco

Autor: Beto Hortis, o Filho de Camaragibe

Arranjador: Kidbone

9 de Fevereiro

Autor: Yrkison Brasil

Arranjador: Marcos FM

Saci Pererê

Autor: Bené Sena

Arranjador: Bené Sena

Serviço

Final do Festival Nacional de Frevo

Sábado (7) - 20h

Teatro Luiz Mendonça - Parque Dona Lindu

Gratuito 

Nesta sexta-feira (22) e sábado (23), a partir das 20h, serão realizadas, no Teatro Apolo, as eliminatórias do Festival Nacional do Frevo, programação promovida pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, para estender a vigência do ritmo. As eliminatórias contarão com 24 músicas, entre as quais serão selecionadas 12 finalistas. 

As apresentações são gratuitas e abertas ao público, com a participação de novos e antigos talentos da música recifense. Além de uma maioria expressiva de pernambucanos, artistas do Rio Grande do Norte, da Paraíba e de Brasília terão suas composições defendidas nesta etapa do festival, revelando o longo alcance do frevo.

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Na primeira noite de programação, na sexta-feira, irão se apresentar os 12 finalistas de duas categorias: Frevo Canção e Frevo de Bloco, cada uma com seis músicas. A segunda e última eliminatória, no sábado, contemplará as categorias Frevo de Rua e Frevo Livre Instrumental – Autoral, também com seis músicas de cada. 

Em cada eliminatória, serão selecionados três finalistas de cada categoria para a grande final do Festival Nacional do Frevo 2019, que contará com 12 canções e acontecerá no dia 7 de dezembro, no Teatro Luiz Mendonça. Os ingressos para as apresentações serão distribuídos gratuitamente na bilheteria do Teatro Apolo, a partir das 18h, nos dois dias de apresentações.

*Da assessoria

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