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Que Pernambuco é um celeiro de grandes nomes da música nacional você já deve saber. Mas, o que talvez você não saiba é a quantidade de novidades que não param de chegar aos streamings, dia após dia, vindas dessas 'bandas' do país. O Leiajá te ajuda a atualizar a playlist com alguns dos lançamentos que chegaram recentemente ao mundão. Confira.

Raphael Costa

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Em seu segundo disco, Das Construções, o músico traz uma sonoridade minimalista que dá o protagonismo da obra à voz e ao violão.

Forró Escaletado

O grupo olindense lança o seu segundo single, Deus que me livre, composto no auge da pandemia, e que tem como objetivo reafirmar aquilo que é essencial: uma vida simples e tranquila ao lado das pessoas que amamos.

Silvério Pessoa

Em seu novo disco, Sangue de Amor , Silvério flerta com a psicodelia pernambucana. O trabalho conta ainda com as participações de Fernanda Takai, Natascha Falcão, Marco Polo (Ave Sangria), Bruna Caram, Paulo Miklos, Aelis Lodo e Ylana Queiroga. O lançamento é na próxima terça (5), em todas as plataformas digitais.

Lulu Araújo

Em seu segundo álbum, Lululoops, Lulu Araújo, conhecida como Fada Magrinha, apresenta uma nova fase em seu trabalho musical, flertando com o eletrônico e outros ritmos.

Michelle Melo

Relembrando os seus primeiros sucessos musicais, Michelle Melo lança Lençóis, com direito a muito romantismo e vídeo clipe mega produzido.

Ortinho

O caruaruense Ortinho faz um homenagem ao ritmo que faz sua terra pulsar, o forró, no álbum Caruarus. Já disponível em todas as plataformas digitais.

Em 2011, a cantora e compositora pernambucana Dani Carmesim decidiu bancar uma carreira fazendo rock autoral. Mulher, preta, gorda, e vindo da periferia da Região Metropolitana do Recife, ela reuniu todos os fatores que poderiam ser usados como limitação para sua trajetória e com eles pavimentou um caminho de sucesso, cheio de força e representatividade.

Nesta sexta (26), Carmesim dá início à celebração de suas Bodas de Zinco com a música. Os 10 anos de carreira começam a ser comemorados com o lançamento do primeiro episódio de um documentário que ilustra o ‘corre’ dela e sua banda para produzir o disco Resumo da Ópera, o segundo de sua discografia, que chega para o público no segundo semestre deste ano. 

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O ano de 2021 será de comemoração das 'Bodas de Zinco' de Dani Carmesim. Foto: Divulgação/André Insurgente

Antes de assumir o nome e a carreira solo, Dani passou por algumas bandas locais fazendo backing vocal. Pouco tempo depois, a inquietação da artista que também compõe a fez mudar o direcionamento do seu trabalho a fim de levar suas próprias músicas aos palcos recifenses.

O compromisso com a música autoral, no entanto, veio acompanhado de desafios comuns a (quase) todos aqueles que escolhem a mesma trajetória, como falta de espaço, oportunidade e dinheiro. “Nesses 10 anos eu fiz tudo na raça, tirando do próprio bolso, fazendo do jeito que eu podia, eu mesma junto com André (Insurgente) e com os meninos (da banda). Tudo na base do ‘faça você mesmo’, bem underground mesmo naquela raiz do punk”, diz Dani em entrevista exclusiva ao LeiaJá

Como se tais dificuldades não fossem o bastante, Dani trazia em si própria outros elementos que poderiam transformar a jornada ainda mais desafiadora. E transformaram. “Você não espera uma mulher fazendo rock, já começa por aí; e quando a mulher faz rock você não espera que ela seja preta e nem que ela seja gorda, então são muitos estereótipos que eu venho tentando quebrar. E ainda, uma pessoa periférica fazendo rock.  Se você olhar a história do rock, ele fica ali em volta da galera da classe média, é muito difícil o rock surgir da favela ou da periferia, embora exista isso e as pessoas não deem holofote. A gente não tem espaço pra mostrar”. 

Porém, a roqueira pegou todas as ‘pedras’ que poderiam atravancar o caminho e com elas pavimentou uma estrada sólida. Em seu segundo EP,  Tratamento de Choque (Desconstruindo a Imagem Ideal), lançado em 2012,  ela deixou bem claro que não se intimidaria com tão pouco, nem mesmo com muito, e que a força do seu rock’n’roll havia chegado para ficar. “São 10 anos de luta, de resistência, de quebra de estética, levantando bandeiras. Aos pouquinhos a gente vê que muita coisa já mudou, mas toda luta é árdua. A batalha (para a mulher) é mais longa pra chegar na vitória e nem sempre a gente consegue as coisas do jeito que a gente quer e planeja. Essa é a vida do artista”.

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Bodas de Zinco

A última década de trabalho duro, no entanto, não foi feita apenas de dificuldades e luta. Durante esse tempo, Dani construiu parcerias importantes  na cena musical de Pernambuco, teve seu trabalho reconhecido - como quando ganhou o Sétimo Prêmio da Música de Pernambuco da Associação dos Cantores e Intérpretes de Pernambuco (ACINPE), com seu disco de estreia, Das Tripas Coração; e também quando conquistou espaço em webrádios de todo o mundo, durante a pior crise sanitária enfrentada pelo planeta -; além de ter consagrado seu nome como um dos mais respeitados do rock pernambucano. 

Para comemorar tanta história, Dani Carmesim vai lançar uma série de vídeos, um minidoc sobre essa estrada e, por fim, seu segundo disco, o Resumo da Ópera. Abrindo as celebrações, nesta sexta (26), será lançado Lapada, dose e bronca, com cenas dos bastidores da gravação do novo álbum. Até meados de abril, serão mais dois vídeos como esse (nos dias dois e nove), exibidos através do canal do YouTube da cantora, sempre às 20h. 

“São 10 anos de luta, de resistência, de quebra de estética, levantando bandeiras". Foto: Divulgação/André Insurgente

Já no segundo semestre, chegam um documentário, que conta mais detalhes sobre a carreira de Carmesim, e o seu segundo álbum: “O disco novo faz uma quebra no meu estilo musical, eu acrescentei elementos mais pop e mais dançantes, mas não abandonei o rock’n’roll”, avisa Dani. 

Daqui pra frente, a pernambucana pretende seguir trabalhando árduamente - enquanto assim como milhares de brasileiros aguarda pela vacina contra o coronavírus. Apesar da dificuldade em prospectar um futuro, diante das incertezas impostas pela pandemia, ela não para e, certamente, em breve a comemoração será de Bodas de Porcelana (20 anos). “É uma batalha, uma construção aos poucos. Dolorosa, mas vale muito a pena. Se eu me ligasse só em grana, em fama, eu não tava fazendo arte”. 



 

Não que uma roqueira não possa falar sobre tão nobre sentimento. Não. A própria Mayara Pera, cantora e compositora baiana radicada em Pernambuco, já abordou o tema em trabalhos anteriores. Mas no EP Lado Bê, com lançamento marcado para o dia 14 de dezembro, a artista decidiu ignorar  eventuais pudores para cantar o amor de forma íntima e sincera. Na próxima segunda (7), às 21h, em seu Instagram, ela mostra o resultado em uma live que antecede o lançamento do mini álbum, no dia 14 de dezembro. 

Em cinco músicas, e uma faixa bônus, compostas, produzidas e gravadas por ela em seu home estúdio, Mayara parece querer nos lembrar que o amor ainda existe (e nunca deixará de existir). Em tempos de relações frívolas, joguetes indiscriminados e de uma das maiores crises humanitárias da história, a artista traz o sentimento de forma leve, livre, corajosa e até divertida. E não é assim que deveria ser?

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O trabalho foi produzido ao longo do confinamento imposto pela pandemia do coronavírus,   na segurança de seu seio familiar, entre cafés com o marido - o guitarrista e produtor Danillo Campelo -, e a rotina atarefada e carinhosa com os filhos pequenos. Talvez por isso soe tão acolhedor. As agruras do momento de reclusão também a colocaram em uma espécie de limite, levando a artista à terapia e, em seguida, ao estúdio, para colocar a mão na massa e produzir ao passo que aprendia novas habilidades. 

Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, Mayara abriu mais uma vez o seu coração; dessa vez, para falar do processo criativo que culminou em Lado Bê, um disco que, certamente, vai acender em muita gente a vontade de ter um bem só pra enviar uma dessas canções pela DM. 

Mayara produziu o EP sozinha, em seu home studio. Foto: Reprodução/Instagram

LJ - O disco foi totalmente produzido apenas por você? ‘Lado B’ foi uma espécie de auto-desafio da quarentena?

Mayara - Só tem eu. A única coisa que teve de outra mão foi a arte da capa, que é de Pally Siqueira, artista plástica e atriz;  e as artes que vão pro YouTtube e depois pro Instagram, que são de Bárbara Guerra. Acho que (foi) sim (um desafio), porque na verdade, eu tava entristecida pela falta de fazer show, tem toda aquela questão de o quanto isso mexe financeiramente mas pra mim o que estava mais pesado era a saudade das pessoas, de tocar… Eu não sou cantora de estúdio, sou uma cantora de palco e estar longe do palco é uma tristeza. Eu não tava com vontade de fazer nada porque eu ia fazer pra quem? Fui pra terapia e aí comecei a ter vontade de aprender outras coisas, eu já via Danilo mexendo nos programas de gravação já, tinha uma certa familiaridade, já tinha aprendido a deletar e apertar o Rec.  Quando eu me meti a fazer as coisas, focar, aí rolou, começou a ficar bonitinho. Na primeira música que eu testei, acabei decidindo fazer o EP pra continuar estudando. 

LJ - As composições do disco já existiam ou elas surgiram durante esse período?

Mayara - As canções já existiam. Quando eu decidi fazer o EP, eu usei um critério pra escolher as canções, que eram: músicas que eu já era habituada a tocar no violão, porque a princípio só seria voz e guitarra e  que ainda não tivessem sido lançadas; eu não ia me atrever a fazer mais nada, só que aí não tem como, você vai produzindo e querendo colocar mais elementos. A primeira canção é uma música antiga, já estava em outro projeto, as outras são inéditas, nunca foram gravadas nem apresentadas. 

LJ - Por que você escolheu esse momento para falar assim de amor?

Mayara - (Risos)  Eu tenho a impressão que a coisa está forte nesse momento e na verdade é por ele que a gente tá aguentando todo esse processo de pandemia, com a grande força e potência do amor é que a gente vai conseguir resistir. Também é  outra vocação (minha),  porque as pessoas não esperam que eu vá fazer um trabalho desse tipo, elas esperam a potência, dedo na cara, mas também existe esse lado, que existe em qualquer ser humano. Eu sou romântica que só. Uma das coisas que eu tava conversando na terapia e que eu tinha dificuldade muito grande é com vulnerabilidade, não gostava de me mostrar frágil, chorar, nem que fosse de amor na frente de alguém e a coisa que eu mais fiz na pandemia foi chorar, seja de saudade, de emoção... Mas pra mim, é um lugar novo, de vulnerabilidade total, mas eu disse: ‘isso é uma bobagem, é hora de realmente mostrar sensibilidade’. 

A capa do EP foi ilustrada pela artista plástica e atriz Pally Siqueira. Imagem: Reprodução

LJ - Foi preciso muita coragem para assumir esse lugar? 

Mayara - Não foi tão difícil não, difícil mesmo é você ir na terapia e dizer: ‘tenho problemas’, em voz alta. Não foi muito trabalhoso porque eu gosto muito das músicas, foi mais um prazer porque eu não queria deixar essas músicas de lado. Eu achava que não tinha nada a ver cantar, tanto que eu fiquei em dúvida no nome do EP que seria ‘Músicas de amor que você nunca vai me ouvir cantar ao vivo’, aí eu disse, não, vou fazer ‘Lado Bê’, acho que é um nome legal porque o lado B é sempre o lado diferente do que você é acostumado a ouvir no artista, e o meu é  esse bonitinho. 

LJ - Você vai dar uma prévia do disco na próxima segunda (7) em uma live que vai contar com uma contribuição espontânea. Esse período continua bastante difícil para a classe artística apesar do relaxamento das medidas de segurança, não é?  

Mayara - Ainda que fosse aberto tudo e o presidente dissesse que pode, eu não ia fazer (show). Primeiro que o presidente é um doido, não existe você seguir nada do que parte dali, então eu só posso sair de casa realmente quando tiver uma vacina e quando tiver segura pra isso. Até lá, são muitos discos, EPs, lives... Não fiz muitas (lives) porque me sinto muito só, mas vou fazer essa live e coloquei um valor acessível pra incentivar a galera a contribuir. Os ingressos vão estar disponíveis até um dia após o lançamento do EP, que estará disponível inicialmente somente no Spotify,  depois vou organizar com as ilustrações de Bárbara pra colocar no YouTube, devagarzinho.



 

O frevo pernambucano perdeu um de seus grandes nomes, neste domingo (15). O Maestro Guedes Peixoto faleceu em decorrência de um infarto, aos 89 anos. A morte foi confirmada pelo seu filho, Mário Guedes.

Em entrevista exclusiva ao LeiaJá, Mário relatou que o pai não se sentiu bem em casa, durante o último sábado (14): “Ele passou mal, a pressão baixou, nós chamamos a ambulância e quan do ele chegou ao hospital, sofreu um infarto e não resistiu”. O maestro faleceu no Hospital Albert Sabin, localizado na região central do Recife. O velório acontece a partir das 14h deste domingo (15), na capela do cemitério de Santo Amaro, seguido do enterro, às 16h, no mesmo cemitério. 

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O Maestro Guedes teve uma vida inteira de dedicação ao frevo. Nascido em Goiana, interior de Pernambuco, ele começou a estudar música ainda criança e mais tarde, foi o responsável por orquestrar o hino de sua cidade natal. O maestro também teve passagens pela Orquestra da TV Tupi, na década de 1950, e foi regente da Orquestra Sinfônica do Recife, entre 1975 e 1984. Ele é dono de frevos marcantes, como ‘O Homem do Guarda-Chuva' e também de peças eruditas que trazem a influência da música nordestina. 

O cantautor Dio Santos será o representante da música pernambucana no festival Los Angeles International Music Vídeo Festival (LAMV), esse ano. O evento acontece, de maneira totalmente online, entre os dias 21 e 25 de outubro, com shows, palestras, debates e workshops. Nesta edição, o homenageado será o brasileiro Gilberto Gil. 

Dio Santos vai fazer a abertura oficial do festival, na próxima quarta (21), às 22h, com seu novo show. Neste período de reclusão, o artista adicionou mais um instrumento ao seu repertório, o piano, que ele aprendeu a tocar sozinho durante o isolamento. O repertório da apresentação - que será transmitida diretamente do estúdio Malungos, localizado na Madalena, zona oeste do Recife -, contará com músicas do novo EP do artista, Eu quero mais; releituras; e canções compostas durante a pandemia. 

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Em entrevista ao LeiaJá, Dio falou sobre a emoção de representar a música pernambucana no festival internacional. “Faz muito tempo que a gente não toca com nosso projeto autoral e de repente, quando a gente consegue voltar, a gente volta com essa oportunidade e o show novo. Tá todo mundo muito ansioso”, disse. O artista adiantou, ainda, que  apresentação do LAMV será toda baseada no soul, jazz e blues. 

Assim como outros festivais e eventos, o Los Angeles International Music Vídeo Festival (LAMV) migrou para o meio digital, esse ano, por conta da pandemia do novo coronavírus. A programação será transmitida através da plataforma de filmes independentes Filmocracy, entre os dias 21 e 25 de outubro. Homenageando Gilberto Gil - que participa de um bate papo no evento -, o LAMV também contará com as participações de Roberto Menescal, Marcos Vale, Cris Delano e Sara Daye, entre outros. Para participar do evento, é preciso reservar previamente as vagas na Filmocracy.

Serviço

Los Angeles International Music Vídeo Festival (LAMV) 

21 a 25 de outubro 

Filmocracy

Show de abertura com Dio Santos

21 de outubro - 22h

Filmocracy



 

A quarentena imposta pela pandemia do novo coronavírus  tem provocado incômodo nas pessoas. O tédio que o isolamento pode proporcionar - ainda que alguns contem.com.tantos recursos como.internet, televisão, livros e outros para evitá-lo - tem causado desânimo e muita reclamação. Mas não para compositores dos mais diferentes estilos musicais e partes do mundo. Esses têm transformado a apatia e silêncio do isolamento em música, se valendo da infinidade de temas e possibilidades que o atual momento, ainda que aparentemente tão parado lhes apresenta.

Desde o início desse período um tanto caótico que o vírus instaurou, as redes sociais e plataformas de streaming estão recebendo uma enxurrada de novidades. Essas vão desde a banda Rolling Stones - que lançou Living in a ghost town (canção sobre cidades fantasmas); passando pelo ‘rei do arrocha’, Pablo - cantando sobre o distanciamento em Notícias da TV -; até o rapper paulista Coruja BC1, que em um único dia compôs as sete faixas do EP Antes do Álbum, em uma espécie de “autoterapia”, como o artista explicou em suas redes sociais.  

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O LeiaJá conversou com alguns artistas que estão convertendo o ócio em criação em seu período de isolamento. Eles falaram sobre inspiração, parcerias à distância, novos processos no ‘fazer música’ e a descoberta de habilidades por conta da necessidade de se ‘botar a mão na massa’ sozinhos. 

Imagem: Reprodução/Facebook MV Bill

Em casa

“MV Bill está em casa”, a frase que o rapper carioca entoa no início de algumas de suas canções nunca fez tanto sentido. Isolado em seu apartamento localizado nas proximidades da Cidade de Deus, na capital fluminense, ele já lançou duas composições inéditas desde o início do isolamento social: Quarentena e Isolamento, ambas descrevendo o atual momento. Seu processo criativo, no entanto, não mudou muito: “Eu sempre crio minhas músicas em isolamento, sempre sozinho, de forma muito solitária, então esse meu isolamento não tá sendo muito diferente pelo menos nessa parte. Acho que (a quarentena)  tira toda a minha liberdade de fazer as coisas que eu quero, que eu gosto, mas na hora de compor não é muito diferente”. 

Apesar do hábito de escrever isolado, o rapper acabou precisando ir um pouco além em seu processo criativo, se aventurando em outras áreas. como captação de imagens e produção de vídeo. Foi ele quem gravou e produziu o clipe de Quarentena e, apesar de ter pago um “preço maior, que é o cansaço”, descobriu novas habilidades e possibilidades. “Eu mesmo fiz a câmera, aprendi a mexer; tava com bastante tempo sobrando, então deu pra virar a câmera pra um lado, até achar um ângulo certo, até me posicionar, tudo sozinho. Não sei se a gente não estivesse em quarentena, se eu não estivesse isolado, não sei se eu conseguiria fazer um vídeo como esse. Então são coisas que a quarentena está nos revelando, acaba fazendo a gente descobrir coisas que nem sabia que era capaz de fazer”.

Ainda assim, as parcerias não foram descartadas nas novas canções, e o rapper acabou trabalhando, de maneira remota, com produtores como DJ Caíque e Mortão. Um trabalho conjunto muito festejado pelo artista. “De longe, sem precisar me arriscar, sem me expor, consegui fazer as músicas, trabalhando com os produtores bem distante de mim, o Caíque de São Paulo e o Mortão de Goiânia. Talvez trabalhos que a gente demoraria muito pra fazer se não tivéssemos a internet. Estar em quarentena não é uma coisa prazerosa, mas podendo interagir com outras pessoas, não só com o público, mas também trabalhar com outros artistas, produtores, acho que é uma coisa que ameniza o sofrimento”. 

MV Bill vem de uma temporada de lançamentos mensais, realizados em 2019, e vai continuar no ritmo somando os lançamentos que ainda não saíram às novidades que vão surgindo durante o isolamento. Ele também acaba de estrear nova temporada do programa  Hip Hop Brazil, sobre a cena do rap nacional, exibido aos sábados no canal Music Box Brazil. Mas, apesar do período extremamente produtivo, o rapper faz questão de fazer uma ressalva. “Importante é dizer que dentro da quarentena, nem todo mundo vai ter inspiração pra criar, nem todo mundo vai conseguir criar, tem muitos artistas que não precisam se cobrar porque não estão conseguindo criar, mas também não precisam se incomodar ou sofrer com a criação de outros artistas”

Da introspecção à caneta

Acostumado a compor “em trânsito”, dentro de aviões ou ao longo de viagens na estrada, Gabriel o Pensador tem aproveitado a calmaria do isolamento social para organizar as ideias e inspirações e transformá-las em criação. O primeiro fruto desse período foi a canção A cura tá no coração, “uma música sobre a pandemia”, como ele próprio define. “Ela veio de uma forma semelhante às outras, como vem assim em um rompante, de uma vez, como muitas músicas que eu faço. Mas eu senti que aquela emoção, aquelas reflexões tiveram tempo de se condensar durante um período de introspecção que eu tive nesse isolamento”.

A novidade chegou acompanhada de um videoclipe e contou com a parceria da rapper mineira, Cynthia Luz,. Tudo, é claro, feito à distância, em respeito às recomendações de segurança necessárias ao momento. Além dela, o Pensador também contou com outras participações neste trabalho. “Conseguimos juntar o André Gomes na gravação de alguns instrumentos e o Papatinho na produção, na criação do beat da música, e os dois assinaram essa produção juntos sem se encontrar pessoalmente. A Cynthia Luz mandou a voz dela lá de Brasília, se não me engano ela estava em Brasília. A gente conseguiu fazer a mixagem dessa maneira e eu adorei o resultado. A Cynthia caiu como uma luva nessa gravação e trouxe uma energia muito boa com a voz cheia de personalidade, estilo. Na nossa comunicação sobre o vídeoclipe, por exemplo, ela também sempre mostrou muito entusiasmo pra gente resolver os problemas da distância, das dúvidas.. e as imagens que ela mandou casaram perfeitamente com as que a gente fez no Rio”. 

O tempo e a calmaria encontrados por Gabriel no isolamento têm servido, também, para que o artista possa reencontrar antigos textos, poemas e letras guardadas ao longo de sua trajetória. Esse processo de revisitação ao acervo rendeu um novo quadro em seu canal de YouTube, o Sente a Poesia, no qual o Pensador declama. Além disso, ele também já tem preparado um novo livro infantil, que fará companhia ao já lançado Um garoto chamado Roberto.  “Já estou agora com mais uma história pronta, que fiz recentemente nesses dias e já comuniquei à editora que quero fazer também um livro ilustrado, audiobook e e-book com eles para crianças”. 

Cena pernambucana à toda

Em Pernambuco, a cena musical parece tornar-se ainda mais produtiva ao passo que se adapta ao novo ritmo imposto pelo confinamento. Os anseios e emoções sugeridos por esse período também têm sido gás para os compositores pernambucanos, como nos conta o cantor e compositor Martins: “O artista não pode, não deve ficar aquém de tudo que tá acontecendo, dessas novas pautas, então é muito importante estar atento a tudo isso porque eu entendo a arte também como um registro histórico”.

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O cantor e compositor Juvenil Silva, também falou sobre esse processo: “O isolamento trouxe à tona sensações obscuras, a maioria nunca sentidas antes com tamanha intensidade e durabilidade. Não havia nada de positivo pra se fazer com essas coisas a não ser por pra fora, compor. Nas primeiras semanas eu estava num ritmo compulsivo, compondo uma ou mais por dia. Externar essas angústias me faz bem, acabei criando canções mais duras, tensas, mas que acabaram me fazendo bem, uma vez que foi possível por pra fora, sentimentos angustiantes de uma forma que julgo bonita”.

Estar isolado, no entanto, pode não ser tão favorável à composição, o que implica desafios.. Para Martins, acostumado à agitação do cotidiano da cidade e dos encontros presenciais, o momento impõe um exercício extra à composição: “Junto com o isolamento, com o tempo, vem a ansiedade que é a máxima nesses dias, vem a  preocupação na parte financeira, sobretudo pra essa classe de artistas e autônomos - como a gente vai conseguir grana para se sustentar, pra viver, pagar um aluguel? - então, pra mim não é tão fácil criar na quarentena. Minha música é muito aquecida pelo social, eu gosto de gente, mas eu entendo e acho muito importante  a gente ficar em casa mesmo. Mas como nada é muito fácil nessa vida, eu acho que esse é um novo momento, um novo jeito de pensar a criação, a vida, de pensar o que  a gente tá fazendo aqui, entendo essa nova fase como uma experiência muito importante que soma muito com a minha arte, com o que eu falo na vida”.

Martins tem estreitado os laços com sua ‘gente’, seu público, através das lives que ele promove e das quais participa como convidado.  Já Juvenil, vai mostrar toda, ou quase toda, criação proveniente das emoções de seu período isolado em três discos inéditos, o primeiro, Isolamento Acústico, com lançamento no início de junho. “O EP, foi gravado nesses dias, eu comigo mesmo, vozes e violões alucinados. As músicas serão todas em parcerias, que foi uma forma de aproximar mais os amigos, dentro da impossibilidade real disso”. Certamente, essa quarentena deixará para o artista muito mais que lembranças. “Acho que já gravei (músicas) o suficiente pra vários (discos). Como se fosse morrer amanhã. O que nunca foi tão possível”. 

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Marília Parente e Tonho Nolasco se juntam para uma noite de música autoral pernambucana, nesta quinta (6). Os dois cantores e compositores se apresentam no evento Obscura Claridade, no Recanto do Ingá, em Olinda, apresentando seus respectivos trabalhos. 

Acompanhada de sua banda, Marília Parente apresenta o disco recém-lançado Meu céu, meu ar, meu chão e seus cacos de vidro. No seu  álbum de estreia, ela mistura influências que vão de Luiz Gonzaga a Fagner com a psicodelia do rock da década de 1970. 

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Já Tonho Nolasco, também acompanhado por sua banda, apresentará suas canções inéditas que deverão integrar seu futuro EP, ainda em processo de captação de recursos e gravação. 

Serviço

Obscura Claridade - Marília parente e Tonho Nolasco

Quinta (6) - 21h

Recanto do Ingá (Carmo - Olinda)

R$ 15

 

Os artistas da música pernambucana vão ganhar uma plataforma exclusiva para divulgação de seus trabalhos. O aplicativo Timbres vai concentrar informações a respeito de discos lançados por cantores e bandas de Pernambuco. O lançamento da ferramenta será nesta sexta (16), no encerramento do Coquetel Molotov Negócios.

O objetivo do Timbres é difundir em meio digital os lançamentos de discos produzidos no estado. O aplicativo vai indicar links e caminhos pelos quais o público poderá encontrar a música de cada artista. A ideia é mapear a produção local além de dar-lhe maior visibilidade.

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A primeira versão da ferramenta estará disponível para smartphones com sistema Android e pode ser encontrada na PlayStore gratuitamente. Inicialmente, estarão cadastrados mais de 100 álbuns de artistas locais.

Passados os cinco finais de semana das disputas musicais, o concurso Som na Arena chega às finais. Ciel Santos e Atroça se juntam à Will2Kill, Carol Ribeiro e Rafa Emery, que haviam se classificado na primeira semifinal, ocorrida dia 13 de novembro, para a rodada final. As apresentações serão neste domingo (27), a partir das 11h, durante o Domingo na Arena. A entrada é gratuita. 

Resta ainda uma última vaga que será definida mediante voto popular, através da fanpage da Arena de Pernambuco no Facebook, cujo resultado sai às 20h. Na fase final da competição, a decisão será dos jurados, não havendo o voto popular pela fanpage do evento. 

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O Som na Arena premiará os três primeiros colocados na competição. O grupo campeão tocará em municípios pernambucanos e gravará um CD com músicas inéditas, enquanto que a segunda melhor banda se apresentará duas cidades. O terceiro colocado vai tocar no projeto Domingo na Arena.

Serviço

Som na Arena

São Lourenço da Mata

27 de novembro | 11h

Entrada gratuita

Cinco artistas e grupos da nova cena musical pernambucana podem ser conhecidos através do  Música a Retalho - Gravações Avulsas num hotsite especial que vai ao ar nesta terça (3). Os músicos Marcela Galvão, Beatriz Quintella, Projeto Sal, Isadora Melo e o duo Projeto a Quatro Mãos foram os primeiros a participar do projeto da Phono Produções e Conteúdo, que tem o propósito de investir na nova geração da música de Pernambuco através de gravações profissionais e com o suporte de profissionais conceituados no mercado. 

A ideia é dar um 'empurrão' na carreira de jovens músicos que já despontam no cenário independente. Através de uma curadoria do próprio diretor da Phono Produções, Justino Passos, foram selcionados cinco artistas para gravarem algumas faixas num estúdio profissional e com a participação de músicos experientes como Marcelo Machado, da banda Mombojé e Walter Areia, da Mundo Livre S/A. 

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Nesta primeira leva, estarão presentes Marcela Galvão, com a música Artifício; o Projeto a Quatro Mãos, com a dançante Sambinha no frevo; Projeto Sal com Toda raiva desse mundo; Beatriz Quintella com Eu ia e tu vinhas e Isadora Melo com a canção Amor que fere e arde.  

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Três dos maiores nomes do cenário musical atual de Pernambuco subirão ao palco do Teatro de Santa Isabel, nesta sexta (25). Isadora Melo, Zé Manoel e Juliano Holanda reúnem suas obras num show repleto de interações e canções individuais.

Isadora Melo, cantora recifense, vem conquistando os palcos com sua voz marcante. Ela já fez participações em shows e discos dos dois colegas que se apresentam com ela nesta sexta (25) e também já se apresentou em importantes festivais como o Mimo, SESC Pompeia e o Festival de Garanhuns. Recentemente, ela esteve na série Amorteamo, da Globo, atuando como uma cantora de bordel. Atualmente, Isadoa está em fase de gravação do seu álbum de estreia. 

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Juliano Holanda é natural de Goiana, Mata Norte, lugar conhecido como Cidade dos Músicos. Ele contabiliza mais de 100 composições gravadas e mais de 30 participações em álbuns de artistas como Mônica Feijó, Geraldo Maia, Cascabulho, Silvério pessoa e Academia da Berlinda, entre outros. Ele também participou da série Amorteamo tendo produzido sua trilha sonora. 

Zé Manoel é compositor, pianista e cantor. Natural de Petrolina, o músico já atuou com diversos destaques da música contemporânea como Alex Moreira (Bossacucanova), Sergio Campelo e Gilú Amaral. Recentemente, lançou seu segundo disco, Canção e Silêncio. 

Juntos, os três artistas demonstram toda sua pluralidade musical unindo suas experiências artísticas e afinidades. No repertório estarão, além das canções autorais e individuais, releituras, trabalhos inéditos e também as parcerias entre eles. 

Confira este e muito mais eventosna Agenda LeiaJá. 

Serviço

Isadora Melo, Zé Manoel e Juliano Holanda

Sexta (25) | 20h

Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n - Santo Antônio)

R$ 30 e R$ 15

(81) 3355 3323

O cantor China é uma das grandes atrações do SIM (Semana Internacional de Música de São Paulo) - festival que funciona como uma verdadeira plataforma de networking para os profissionais da música do Brasil e do mundo e é realizado entre os dias 4 e 7 de dezembro na capital paulista. Na ocasião, o músico pernambucano aproveita para lançar seu novo trabalho, Telemática. O show de China acontece no sábado (6).

Em conversa com o Portal LeiaJá, China falou da expectativa para o lançamento de Telemática no SIM: "Imagina tocar num evento deste, com pessoas respirando e falando de música a toda hora. É perfeito para começar a trabalhar um disco tocando para quem mais entende de música". Nesta terça (25), Telemática entrou em pré-venda na Internet. Os cem primeiros compradores levam o disco autografado e com um preço especial. "O preço está incrível.", brinca China. 

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O músico, que mora em São Paulo há quatro anos, fala um pouco da saudade que sente da terra natal: "Sinto saudade a toda hora do Recife". Mas frisou a importância de estar num lugar onde seu trabalho pode ter maior visibilidade. "É a maneira de levar a música para todos os lugares", afirma o cantor. Ele lamenta a ausência de rádios e televisões que toquem a música pernambucana no próprio Estado.

"A gente tem que sair do nosso Estado para ser ouvido no nosso Estado"

Ainda sobre a dificuldade que a música pernambucana enfrenta no seu próprio lugar de origem, China fala da falta de lugares para as bandas e músicos se apresentarem. Daí a razão pela qual tantos artistas saem de Pernambuco. Ele fala sobre a cena musical que, desde o movimento Manguebeat, tem uma crescente constante. "Toda hora tem uma banda nova", diz o músico. 

O selo Joinha Records, do próprio China, tem lançado alguns destes nomes, como Tibério Azul - que brevemente lançará seu segundo disco - e Aninha Martins. "Imagina as outras coisas que estão acontecendo na cidade", avalia.

Show no Recife

China reforça a vontade de voltar a tocar em casa. O músico disse que existem planos de vir ao Recife em meados de fevereiro de 2015, mas ainda não há nada confirmado. Os fãs podem ficar no aguardo das novidades.

Com status de principal atração do Festival Multicultural da Juventude, evento que acontece na Praça do Carmo, em Olinda, a banda pernambucana Cascabulho se apresenta nesta sexta-feira (4), às 19h. A entrada é gratuita.

O grupo musical fará um apanhado das canções do novo disco O dia em que o samba perdeu pra feijoada, que já está disponível na web e terá lançamento oficial depois da Copa do Mundo. Antes do show, a produção do festival disponibilizará um telão para quem quiser acompanhar o jogo do Brasil nas quartas-de-final do mundial de futebol.

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Serviço

Show de Cascabulho no Festival Multicultural da Juventude

Sexta (4) | 19h

Praça do Carmo de Olinda

Gratuito

PROGRAMAR - DOMINGO (15) - 10H

O quarto álbum da banda Cascabulho, cujo título é O dia em que o Samba Perdeu pra Feijoada, já está disponível na internet. O álbum foi mixado produzido pelo celebrado JR Tostói, com projeto gráfico do artista plástico Neílton Carvalho, e mostra o fruto de um processo criativo maduro, criterioso e cuidadoso, parte de um hiato de quase seis anos desde o último CD do grupo pernambucano, o Brincando de Coisa Séria (2008).

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O repertório de O dia em que o Samba Perdeu pra Feijoada é composto por dez faixas, em maioria assinadas por integrantes da banda. O disco virtual pode ser ouvido e também está à venda no Soundcloud. O CD tem previsão de lançamento em julho deste ano. A banda é formada por Kleber Magrão (voz), Leo Lira (guitarra), Jackson Rocha (baixo), Leo Oroska (percussão) e Junior do Jarro (bateria).

 

 

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Músicos pernambucanos de todos os gêneros, entre cantores, compositores, intérpretes e instrumentistas, participaram na noite desta segunda (31) da entrega do 5º Prêmio da Música de Pernambuco, promovido pela Associação dos Cantores e Intérpretes de Pernambuco (Acinpe). A premiação é destinada aos melhores artistas de 2013, segundo o voto popular na internet e o de críticos convidados pela premiação, e premia também os melhores programas de TV e de Rádio voltados para a música local. O evento de entrega dos troféus foi realizado no Cinema São Luiz, bairro da Boa Vista, que estava repleto de artistas consagrados e músicos da nova geração do Estado. 

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Segundo George Luiz, organizador da premiação, esta é uma iniciativa que visa promover a música pernambucana como um todo. “Esse não é um evento de concorrência entre os artistas, mas sim um momento de reconhecimento do que está sendo produzido na cena musical do estado”, comentou George Luiz. O prêmio é dividido nas categorias CD Reggae, CD Romântico, Programa de Televisão, CD Frevo, Cultura Popular Cantor, CD Pop Rock, CD Samba, CD Gospel, CD Cultura Popular, Programa de Rádio, DVD, CD Coletânea, CD Forró Cantora, CD Forró Cantor, Grupo de Forró, CD MPB, CD Infantil, Vídeo clipe e CD Instrumental. 

Ataques ao poder público

Durante a solenidade, Alcymar Monteiro, convidado ao palco para uma homenagem, teceu duras críticas ao incentivo por parte do poder público. “Muito se fala da falta de incentivo no Estado, mas o Brasil nunca teve uma política cultural séria. Tivemos o pior ministro da Cultura dos últimos tempos, Gilberto Gil, que fez absolutamente nada. A Secretaria de Cultura do Recife, Leda Alves, foi outra pessoa que se comprometeu a nos ajudar. Mas no dia de receber a ajuda, ela não nos recebeu. Eu tenho que dizer isso porque se não falasse, eu seria um omisso. A cultura pernambucana não vai pra frente se o poder público não der a mão”, criticou Alcymar Monteiro, sob aplausos dos presentes.

O maestro Ademir Araújo, conhecido como Maestro Formiga, também não poupou opiniões mais ácidas sobre incentivo público aos artistas. “Queria que um desses deputados que pagam durante o Carnaval R$ 150 mil de cachê para atrações que nunca pisaram aqui. Espero que o governador também olhe este espaço e promova mais atividades que valorizem o nosso trabalho. Aproveito para sugerir que mude o nome do Paço do Frevo para Passo do Frevo, faz muito mais sentido”, comentou o Maestro Formiga.

Vencedores do prêmio

Na categoria CD Reggae o vencedor do voto popular foi a banda Semente Yeshua, enquanto que o voto dos críticos foi para a Caravana do Reggae. Já na categoria CD Romântico, o cantor Nil Ribeiro levou o prêmio pelo júri popular e Fábio Santinni foi eleito o melhor de 2013 pelos críticos.

O melhor Programa de Televisão foi o Causas e Cantos, da Rede Globo. Na categoria CD Frevo, o voto popular foi para Nena Queiroga e o dos críticos ficou para Almir Rouche. E na categoria Cultura Popular Cantor, Tito Lívio foi o escolhido pelo júri popular, enquanto Maurício Cavalcanti foi o eleito dos críticos.

O prêmio de melhor CD Pop Rock de 2013, no voto popular, foi entregue à Neo. Já Bria Soul ficou com os votos dos críticos na mesma categoria. E os prêmios de melhor CD Samba, segundo o júri popular e o voto de críticos, respectivamente, foram entregues a Aline do Cavaco e Belo Xis.

Na categoria CD Gospel, o vencedor foi Toni Belo, escolhido pelo voto popular e dos críticos. Os melhores trabalhos da categoria Cultura Popular foram as bandas Chá de Zabumba, eleita pelo júri popular, e Orquestra Contemporânea de Olinda, escolhida com o voto da crítica. 

Na categoria Programa de Rádio, o programa Forró Verso e Viola levou a melhor, sendo eleita tanto pela crítica como pela sociedade. O melhor DVD de 2013, no voto popular, foi para Freddy e Mary, e no voto dos críticos, para Geraldinho Lins

Os prêmios de melhor CD Coletânea foram entregues ao Mosaico da Cultura Regional de Petrolina, vencedor no voto popular, e Pernambuco cantando para o mundo, escolhido pelo voto dos críticos. Na categoria CD Forró cantora, as vencedoras foram Thais Nogueira e Maria da Paz, pelo voto popular e voto dos críticos respectivamente. Já o melhor CD Forró Cantor foi entregue a Maciel Melo, que foi escolhido pelo júri popular e de críticos. E o melhor CD Forró de Grupos ficou para Expresso Pau de Arara e Maria da Flor, respectivamente eleitos pelo voto dos populares e dos críticos.

Os melhores trabalhos na categoria CD MPB foram Zé Renato, com o voto popular, e Tereza Nogueira, escolhida pelos críticos. Na categoria CD Infantil, os votos populares e os dos críticos foram para a banda Mini Rock. Na categoria Video Clipe, os vencedores foram a banda Cabugá, com votos do júri popular, e Maciel Melo, pelo voto dos críticos. Já a categoria CD Instrumental o vencedor foi Sérgio Ferraz.

Homenagens especiais

A entrega do 5º Prêmio da Música de Pernambuco da Ancipe também teve várias homenagens a artistas da cena local. Genival Lacerda foi prestigiado pelos 60 anos dedicados ao forró, e Claudionor Germano recebeu honrarias por conta dos seus 80 anos, completados recentemente. A Ancipe também fez tributos à Banda Capitão Zuzinha, Banda da Polícia Militar que completou 140 anos e se apresentou durante a entrega da premiação. Jeová da Gaita, aplaudido de pé pelo público, foi outro artista homenageado durante a solenidade.

Outra personalidade contemplada com as honrarias da casa foi a cantora Lia de Itamaracá, que agradeceu bastante pela lembrança. “É com muita satisfação que estou aqui. Recebo esse prêmio como reconhecimento ao meu trabalho. Com muito esforço levamos para o Norte, Nordeste e Sul do pais a ciranda de Itamaracá, Muito obrigada. Estou muito emocionada”, disse na ocasião Lia de Itamaracá, cantando em seguida uma de suas músicas mais conhecidas, a Ciranda de Lia.             

Confira os vencedores:

CD Reggae

Voto popular: Semente de Yeshua

Voto dos críticos: Caravana do Reggae

CD Romântico

Voto popular: Nil Ribeiro

Voto dos críticos: Fábio Santinni

Programa de Televisão

Causas e Cantos, da Rede Globo

CD Frevo

Voto popular: Nena Queiroga

Voto dos críticos: Almir Rouche

Cultura Popular Cantor

Voto popular: Tito Lívio

Voto dos críticos: Maurício Cavalcanti

CD Pop Rock

Voto popular: Neo

Voto dos críticos: Bria Soul

CD Samba

Voto popular: Aline do Cavaco

Voto dos críticos: Belo Xis

CD Gospel

Toni Belo

Cultura Popular

Voto popular: Chá de Zabumba

Voto dos críticos: Orquestra Contemporânea de Olinda

Programa de Rádio

Forró Verso e Viola

DVD

Voto popular: Freddy e Mary

Voto dos críticos: Geraldinho Lins.

CD Coletânea

Voto popular: Mosaico da Cultura Regional de Petrolina

Voto dos críticos: Pernambuco cantando para o mundo

CD Forró Cantora

Voto popular: Thais Nogueira

Voto dos críticos: Maria da Paz

CD Forró Cantor

Maciel Melo

Grupo de Forró

Voto popular: Expresso Pau de Arara

Voto dos críticos: Maria da Flor

CD MPB

Voto popular: Zé Renato

Voto dos críticos: Tereza Nogueira

CD Infantil

Mini Rock

Vídeo clipe

Voto popular: Banda Cabugá

Voto dos críticos: Maciel Melo

CD Instrumental

Sérgio Ferraz

O Recife Antigo de Coração comemora um ano neste domingo (30). A ocasião terá show de Nena Queiroga, que apresenta o show de seu DVD gravado em fevereiro, no Cais da Alfândega. O repertório é composto por 28 músicas, todas de compositores pernambucanos. A festa começa às 15h30, no palco montado na Praça do Marco Zero. A apresentação de Nena acontece às 17h.

Além do show de Nena, o Recife Antigo de Coração terá apresentações de Beto Hortis, Silvério Pessoa, Faringes da Paixão e Adriana B. A novidade desta edição fica por conta da inauguração do Moda na Rua.

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De um documentário que serviu como projeto de conclusão do curso de jornalismo de Amanda Falcão e Cleyciane Pereira surgiu mais um site focado na música pernambucana. O Antene-se tem o objetivo de divulgar e disseminar a música local através de conteúdos diversificados e interativos.

O site está no ar desde o fim de dezembro.

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Confira vídeo de divulgação do site:

Arhudiando o mundo, álbum do grupo pernambucano Rhudia, será lançado no próximo sábado (7), em show no Pátio de São Pedro, a partir das 20h. Além do maestro Spok, participarão do show o DJ Renato da Mata, Gilberto Pontes e o poeta Zé de Guedes. A entrada é gratuita.

O álbum possui 10 faixas inéditas e foi produzido por Gilberto Pontes. Para enriquecer sua música, banda continua na fusão de sonoridades tradicionais do nordeste com rock e jazz. A Rhudia já abriu shows para atrações como Chico César, Nação Zumbi e Cordel do Fogo Encantado.

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Serviço

Lançamento Arrudiando o Mundo

Pátio de São Pedro (Rua de São Pedro, s/n - São José)

Sábado (7) | 20h

Gratuito

Durante o primeiro semestre de 2014, o jornalista Carlos Eduardo Amaral terá a missão de cuidar da pesquisa e preparação do catálogo de obras do maestro Clóvis Pereira, trabalho que será editada pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). Este será o primeiro catálogo musical a ser produzido no Estado.

“Esse projeto foi apresentado à diretoria da Cepe em 2012 e apreciado este ano por ela e pelo Conselho Editorial. Eu vou fazer sozinho a reunião e análise das partituras, entrevistas com o compositor e outros profissionais que conhecem sua obra e separarei algumas fotos e documentos para a iconografia e fortuna crítica”, revela Carlos Eduardo ao LeiaJá.

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Até o dia 1° de julho de 2014, Carlos Eduardo deve concluir a produção. Depois o catálogo ficará a cargo da Cepe, que marcará a data de lançamento.

O cantor e compositor Romero Brito promete ser um dos próximos destaques da música pernambucana. O jovem artista, em parceria com o diretor Léo Leite, a produtora Take 28 e com Thiago França, está em fase de construção dos clipes das músicas Lençóis e Castiçais e Ao fim, ambas de sua própria autoria. Ao Fim já está em fase de edição e será lançado na primeira quinzena de Julho.

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