Tópicos | Capiba

Centenário e reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, o frevo, gênero musical genuinamente pernambucano, ostenta vários trunfos. Além do  título da Unesco e de ser responsável por enlouquecer multidões durante quatro dias de Carnaval, o ritmo tem dois dias para ser celebrado - 9 de fevereiro e 14 de setembro -; e ainda conta com um intérprete para chamar de seu: Claudionor Germano. Com mais de sete décadas de carreira, prestes a completar 90 anos de vida, o artista recifense consagrou-se ‘rei’ ao cantar e gravar os maiores compositores do segmento - e hoje, não parece exagero dizer que se o frevo tivesse voz, ela certamente seria a de Claudionor Germano. 

Quando ‘formalizou’ seu encontro com o frevo, em meados do século 20, Claudionor já era um respeitado cantor de rádio. Além das passagens pelas emissoras Clube, Tamandaré e Jornal do Commercio, no Recife, ele também foi responsável por animar os foliões nos tradicionais bailes de Carnaval da capital pernambucana na década de 1950. Em 1959, disputado por dois dos maiores compositores de frevo da história, Capiba e Nelson Ferreira, Claudionor tornou-se o primeiro artista a gravar discos exclusivamente de músicas carnavalescas; e a empreitada foi logo dobrada - com os álbuns ‘Capiba, 25 anos de Frevo; e ‘O que eu Fiz e você gostou’, de Nelson Ferreira; lançados pela fábrica de discos Rozenblit. Ali começaria um reinado que perdura até os dias de hoje e eternizou diversos clássicos da música pernambucana e brasileira.

##RECOMENDA##

Claudionor foi o responsável por comandar a Frevioca na década de 1980. Foto: Reprodução/Instagram

O sucesso dos álbuns de Carnaval foi tão grande que a Rozenblit decidiu repetir a empreitada no ano seguinte com os discos ‘O que faltou e você pediu' (Nelson Ferreira) e ‘Carnaval com C de Capiba’. Em entrevista ao LeiaJá, o jornalista e crítico musical, autor da biografia Claudionor Germano: A voz do frevo (Cepe), José Teles, comenta sobre a importância desse momento tanto na história de Claudionor quanto na do próprio frevo: “Aí ele se firmou como um grande intérprete de frevo. Naquela época não tinha isso, qualquer cantor cantava frevo, ele foi o primeiro”, disse 

A chegada de Claudionor ao meio do frevo, de fato, imprimiu ao gênero um estilo e formato antes desconhecidos. Além do pioneirismo - tanto na gravação de discos carnavalescos quanto no comando da Frevioca - que levou o frevo para a rua de forma amplificada para rivalizar com os trios-elétricos baianos, já um pouco mais tarde, na década de 1980 - Claudionor acumula grandes números na carreira. O artista é um dos que mais gravou frevos na história da música popular brasileira - são cerca de 553 - e esteve presente em quase todas as edições do Baile Municipal do Recife (foram 52).

"Ele sempre disse: 'Cantor de frevo tem muito por aí, mas intérprete não, você cante para se fazer entendido realmente, para que o público ouça e entenda". Nonô Germano, sobre as lições que recebeu do pai. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Extremamente profissional, desde o início de sua carreira, o artista leva à risca a responsabilidade de interpretar as poesias que a ele são confiadas, e essa talvez seja a primeira lição a ser estudada por aqueles que decidem seguir a carreira. “Todos os cantores que se propõem hoje a cantar frevo hoje ouviram, e tenho certeza, que se inspiraram em Claudionor. Inclusive, até pelo repertório. Acho difícil você cantar um frevo tradicional de Pernambuco que ele não tenha gravado”, diz Nonô Germano, filho e natural sucessor do Rei do Frevo. 

Um desses cantores é André Rio. Com pouco mais de três décadas de carreira, foi assistindo a Claudionor comandar os bailes de Carnaval do Clube Português, à frente da orquestra do maestro José Menezes, quando ainda era criança, que o artista despertou para tornar-se um intérprete do ritmo.

“O maior ensinamento que recebi de Claudionor é que a gente deve, quando cantar um frevo, interpretar literalmente cada palavra que o autor o quis expressar com sua poesia. Você escuta uma canção cantada por ele (Claudionor) e não perde uma sílaba, você entende tudo o que o poeta quis dizer com a letra de sua música. O frevo é um estilo muito difícil de ser cantado, tem uma síncope muito grande, é ligeiro,  são muitos fatores que p tornam difícil e Claudionor ensina pra gente como se faz: acreditando na poesia, tendo fé cênica e cantando com muito amor ao seu frevo”.

"Quando estou ao lado de Claudionor é quando estou literalmente abraçado ao frevo, porque o considero a voz do frevo brasileiro, aquele cantor que é um leito de rio onde a gente passa também com nossas vozes mas porque aprendemos com ele". André Rio - Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

De acordo com o jornalista José Teles, o pernambucano poderia “ter ganho muito dinheiro se tivesse ido fazer carreira no Sudeste”, como tantos outros o fizeram. E ele até foi, em 1956, porém, “foram pegar ele lá de volta”, conta. “Ele queria ser cantor de música romântica mas acabou sendo conhecido como cantor de frevo”, arremata o jornalista. O destino parece ter falado mais alto, sorte de nós, pernambucanos. 

“De quem é o frevo”

Com presença tão magnânima nos carnavais e na vida cultural de Pernambuco, é difícil encontrar aquele que, nascido por estas bandas da região Nordeste, da segunda metade do século 20 para cá, nunca tenha ouvido a poderosa voz de Claudionor Germano. “Nessa época (década de 1960), eu era menino, o que me lembro de Carnaval é a voz de Claudionor Germano. Eu e muita gente, a gente cresceu com ele”, diz o biógrafo do Rei do Frevo, José Teles. 

"Claudionor é muito reconhecido. Quando comecei a fzaer o livro, a gente foi em um bar no Bairro do Recife e todo mundo conhecia ele, todo mundo parava para cumprimentá-lo, ele é muito popular". José Teles, biógrafo do 'Rei do Frevo'. Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Lembranças repletas de frevo e da forte presença de Claudionor também fazem parte da memória afetiva de seu herdeiro, Nonô Germano. Desde pequeno, o cantor que naturalmente seguiu os caminhos do pai, espelhou-se nele para encontrar a sua própria personalidade artística. “Eu lembro de pequeno estar sentado num banquinho ao lado do piano, brincando com uns carrinhos e papai ensaiando no piano com Nelson Ferreira - essa parceria com Capiba e Nelson Ferreira, compositores brilhantes que acharam em papai a voz que poderia levar sua mensagem ao público da forma mais fidedigna possível”.

Nonô conta que os ensinamentos do Claudionor pai e do Claudionor artista se misturam e que, com ele, aprendeu lições sobre generosidade, humildade, respeito ao próximo e, claro, sobre frevo. “Não ser um mero cantor de frevo e sim um intérprete. Vários compositores que não cantam nos dão suas composições para que a gente transmita aquela mensagem que ele escreveu. Essa fidelidade às composições é que fazem a gente estar onde está hoje”.

Reinado

"Me sinto uma pessoa super privilegiada de tê-lo ao meu lado, desde o início da minha carreira. Como pai exemplar que sempre foi, uma pessoa que só me orgulha e a gratidão é imensa a Deus por tê-lo a meu lado ainda". Foto: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Suceder o Rei do Frevo,  para Nonô, é uma missão encarada de forma bastante natural. Seu caminho profissional foi trilhado sem pressões, internas ou externas, e o acolhimento do pai em relação à sua personalidade artística, além do meio no qual cresceu, rodeado de grandes compositores e artistas do segmento, criou um ambiente favorável para uma renovação do estilo. 

Assim nasceu o Frevo de Balada, projeto criado por ele em 2007 que dá nova cara ao frevo a fim de levá-lo para além do Carnaval. “A gente vê, nos tradicionalistas uma certa resistência ao Frevo de Balada. Mas papai nunca foi essa pessoa conservadora. Em 1984/85 ele fez um LP, ‘O bom do Carnaval (Vai pegar fogo)’, ele gravou Tropicana pela primeira vez em ritmo de frevo. Nesse disco ele já falou com o maestro Edson Rodrigues, que fez a direção musical, e colocou sintetizador, guitarra. O que me permite hoje ousar mais e viajar por novas histórias no frevo é essa base que eu tenho, essa fonte que eu bebi a vida toda. Não se faz o novo destruindo o passado, pelo contrário, eu só faço o que faço hoje porque existiu isso tudo. Ele (Claudionor) acha o máximo, e acha que o caminho é por aí mesmo, é inovar e trazer a garotada pra junto”. 

História viva

[@#video#@]

Em 2022, Claudionor Germano, Rei do Frevo, e Patrimônio Vivo de Pernambuco, completa 90 anos de vida. Uma homenagem, prestada pelo bloco O Galo da Madrugada, já foi anunciada pelo presidente da agremiação, Rômulo Menezes, e além desta, a família Germano da Hora pretende celebrar muito. Alguns planos já estão sendo elaborados, ainda em segredo. “Vem muita novidade por aí nos 90 anos, não é qualquer idade. A gente aproveita ao máximo ter papai junto da gente, vivenciando tudo, lúcido. Pronto pra encarar as comemorações dos 90 anos que vai começar no carnaval e a gente só para no final do ano”, diz Nonô.

Para o jornalista José Teles, a “lenda” Claudionor Germano ainda merece ter alguns de seus álbuns relançados. “O frevo parece que tá no DNA do pernambucano, as pessoas mais jovens talvez nem se toquem mas certamente já ouviram a música dele, porque toca muito no Carnaval, ele é um exemplo de cantor bem sucedido. Ele não reconhece a importância dele. Eu fui fazer o livro e ele queria que eu botasse fotos de diploma, de honra ao mérito, cidadão de ’num sei o que’, mas tinha fotos com Gil e Caetano - não era ele tirando foto com Gil e Caetano, eram ele tirando fotos com Claudionor. Eles cresceram ouvindo Claudionor Germano cantando no Carnaval da Bahia, que (na época) não tinha um carnaval grande e não tinha uma música própria. Ele é um cara importantíssimo”. 

Já André Rio, que chama o Rei do Frevo de “professor”, recorre à poesia para declarar-se e demonstrar, além da admiração, a gratidão pela arte de Claudionor. Sentimentos que, possivelmente, todos nós pernambucanos compartilhamos um pouquinho. “A maneira mais certa de eu homenageá-lo é enaltecê-lo sempre, agradecer sempre e fazer o que ele fez a vida inteira: fazer com que o frevo seja essa a música forte que tanto nos orgulha e que atravessa gerações. O frevo veio das ruas, hoje invadiu o mundo e a gente tem que mantê-lo sempre nesse pedestal altíssimo, nessa postura daquilo que é, o nosso centenário frevo, nosso genuíno ritmo pernambucano e a alegria do Recife e Olinda. Frevo é vida; frevo é amor; frevo é alegria Viva Claudionor!”. 



 

Lourenço da Fonseca Barbosa, mais conhecido como Capiba, é considerado um dos maiores compositores de frevo no Brasil. São dele grandes clássicos do gênero como \'É de amargar\', \'Madeira que cupim não rói\' e \'Voltei, Recife\'. Porém, o que alguns podem não saber é que Capiba também compôs em diversos outros ritmos como samba, guarânia, maracatu, valsa e até mesmo música erudita. Conheça algumas das composições de Capiba que também carnavalizam, mas com um pezinho fora do frevo.MARACATU-CANÇÃOO gênero maracatu-canção caiu nas graças dos pernambucanos, na década de 1930, e chegou a ameaçar o reinado do frevo. O prestígio do ‘novo’ estilo musical era tamanho que ele foi tema de vários concursos promovidos pela Federação Carnavalesca da época. Também levantou polêmica quando a mesma Federação decidiu que distribuiria as canções entre as tradicionais nações de maracatu ativas na época, como o Leão Coroado e o Elefante. Capiba foi um dos compositores que se destacou nessa leva de surgimento de maracatus-canção, o ritmo que se propunha a ser uma nova música brasileira.Eh! Ua Calunga  É de tororó Onde o sol descamba Nação Nagô SAMBASCapiba também compôs vários sambas e, em 1960, lançou o álbum Sambas de Capiba, junto com o sistema de alta fidelidade da fábrica de discos Mocambo/Rozenblit. Com seus sambas, o compositor também fez grandes parcerias, como com o carioca Délcio Carvalho, e percorreu concursos e festivais Brasil afora.Cais do Porto Resto de Saudade A Mesma Rosa Amarela CIRANDAAs cirandas também tiveram vez no repertório de Capiba. Algumas delas já foram interpretadas por grandes cirandeiros pernambucanos, como Lia de Itamaracá, reconhecida como Patrimônio Vivo da Cultura Pernambucana.Minha ciranda Frevo e Ciranda

Na madrugada desta terça-feira (23), a casa onde o cantor e compositor Capiba morou foi arrombada. Localizado no bairro do Espinheiro, o imóvel teve os portões levados por um grupo de pessoas, que ainda tentaram arrancar os refletores do edifício.

A casa abriga grande acervo do artista e está desocupada desde outubro de 2017, por ordens do Governo do Estado. Na época, um vídeo circulou nas redes sociais, no qual mostrava o imóvel à venda.

##RECOMENDA##

Após campanha da sociedade civil, a Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE) acatou o pedido para tombamento da residência, que foi aprovado pelo Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural de Pernambuco.

[@#galeria#@]

O Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural de Pernambuco aprovou, na última quinta-feira (5), o processo de tombamento do acervo do compositor Capiba. A proposta foi apresentada pelo conselheiro Rodrigo Cantareli.

Cerca de cinco mil peças entre partituras, livros, discos, placas, troféus e objetos pessoais, entre outros, farão parte do acervo. As peças pertencem à Dona Zezita, viúva do compositor. O processo de tombamento de todo o acervo estava arrolado na Fundarpe desde 2013, quando o material foi catalogado devido a sua importância histórica. 

##RECOMENDA##

Agora, o tombamento garantirá a preservação desse material. Além dos objetos do acervo, também será tombada a casa onde Capiba morou, na Rua Barão de Itamaracá, bairro do Espinheiro, no Recife. A decisão de aceitar o pedido de tombamento do imóvel levou em conta a dimensão simbólica do lugar que foi moradia do compositor durante toda sua vida. 

Localizada no bairro do Espinheiro, a casa onde morou o compositor Lourenço da Fonseca Barbosa, o Capiba, abriga um grande acervo do artista. Na última semana, um vídeo circulou nas redes sociais e mostrou que o espaço estaria à venda. Após um grande apelo da sociedade civil, a Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE) acatou o pedido para tombamento da residência.

A Fundação de Cultura do Estado fará um levantamento histórico e cultural do espaço. A presidente do órgão, Márcia Souto, ressalta a importância e valor imaterial do imóvel. “O imóvel servirá para salvaguardar a memória artística pernambucana, através da arte deste ícone da nossa cultura, Capiba”, afirma.

##RECOMENDA##

O levantamento feito pela fundação será encaminhado para o Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural, que emitirá o parecer definitivo sobre o tombamento. Atualmente, a residência está em processo de desapropriação pelo Governo de Pernambuco

Um decreto publicado pelo Governo de Pernambuco diz que a casa de Capiba, situada no Recife, será desapropriada. O imóvel, localizado na Rua Barão de Itamaracá, bairro do Espinheiro, deverá ser incorporado ao patrimônio do Estado, segundo informações publicadas nesta terça-feira (3) no Diário Oficial.

De acordo com a gestão estadual, o decreto pretende “preservar e manter a memória artística de Pernambuco”, exaltando Capiba como um dos maiores compositores do Estado. Ele criou mais de 200 canções, grande parte frevo.

##RECOMENDA##

O Governo promete que as despesas com a realização da desapropriação serão de responsabilidade Tesouro Estadual. A Procuradoria Geral do Estado também deverá atuar durante o processo. 

Na última semana, um vídeo circulou nas redes sociais e mostrou que a residência estaria à venda. Diante da informação, muitos internautas emitiram mensagens para que o poder público tomasse uma medida para preservar o imóvel, com o objetivo de manter viva a memória do compositor. 

Estão abertas as inscrições para as oficinas da 9ª edição Mostra Capiba de Teatro, que serão realizadas neste mês de outubro, no Sesc Casa Amarela. O projeto traz nove espetáculos, três oficinas e aula-espetáculo. As inscrições devem ser realizadas online e as vagas são limitadas.

A primeira oficina tem como temática “Ateliê de Crítica e Reflexão Teatral”, com Luciana Romagnolli e Ivana Moura. O objetivo é desenvolver o pensamento crítico e teórico sobre o teatro, propiciando olhares acerca da produção cênica do Estado e experiência. A oficina será realizada de 17 a 21 deste mês, das 14h às 18h, no Cineclube Coliseu. A inscrição é gratuita.

##RECOMENDA##

Já “A Narrativa do Contador de Histórias na Construção da Personagem”, com Augusta Ferraz, busca focar na narrativa do contador de histórias a compreensão psicológica e afetiva da alma da personagem. O painel será realizado de 18 a 21 deste mês, das 9h às 12h, na sala de dança do Sesc Casa Amarela. Para participar, os interessados devem pagar a taxa única de R$ 20.

A oficina “Ator no Século XXI - Uma proposta de encontro entre o Ocidente e o Oriente” será comandada por Samir Murad, nos dias 22 e 23. Os encontros serão realizados das 9h às 12h, na sala de dança, e abrangerá técnicas de Yoga, Taichichuen, kempô e meditações ativa para levar os participantes à novas experiências corporais, vocais e emocionais. Para realizar o cadastro, o valor é de R$ 20. As inscrições devem ser feitas online, por meio dos links disponibilizados a seguir:

Ateliê de Crítica e Reflexão Teatral

A Narrativa do Contador de Histórias na Construção da Personagem 

O ATOR NO SÉCULO XXI - Uma proposta de encontro entre o Ocidente e o Oriente 

 

O cantor Capiba recebe homenagem de vozes femininas neste sábado (25) no Teatro Luiz Mendonça, Parque Dona Lindu. O show Capiba, elas e outras canções conta com a direção musical de Juliano Holanda e atrações femininas que farão novas versões das músicas do artista. 

O show em homenagem ao mestre do frevo celebra o lançamento do disco de mesmo nome, que apresenta as versões das músicas gravadas em estúdio.  O músico conta com mais de 200 músicas compostas, entre frevos, sambas e marchinhas de carnaval. A entrada para o show começa às 20h e é gratuita.

##RECOMENDA##

Juliano Holanda (viola, violão, guitarra), Guga Fonseca (teclado), Rogério Victor (baixo) e Gilú (percussão) são a banda que acompanhará as cantoras Cláudia Beija, Ylana Queiroga, Rogéria, Karynna Spinnelli e Solis, responsáveis por trazer o feminino às composições de Capiba.


Serviço

Capiba, elas e outras canções

Sábado | 20h

Teatro Luiz Mendonça (Parque Dona Lindu, Avenida Boa Viagem, s/n - Boa Viagem)

Gratuito

O escritor Ariano Suassuna vai dar uma aula-espetáculo nesta sexta-feira (28), às 20h, na Casa da Rabeca, em Olinda, com entrada gratuita. O projeto de aulas-espetáculo de Ariano começou em 2007 e até o ano de 2014 já foram mais de 160 apresentações.

Neste encontro, além dos tradicionais relatos sobre sua vida e a cultura regional, o escritor vai homenagear Capiba, falando sobre o contexto em que algumas das músicas do compositor foram criadas, além de recitar poemas. Os dançarinos do Grupo Arraial também vão dançar ao som de obras de Capiba.

##RECOMENDA##

Serviço

Aula-Espetáculo com Ariano Suassuna

Sexta (28) | 20

Casa da Rabeca do Brasil (Rua Curupira, 340 – Cidade Tabajara, Olinda)

Gratuito

[@#galeria#@]

Diante de um Teatro de Santa Isabel lotado e com ingressos esgotados horas antes do espetáculo ter início, Claudionor Germano apresentou na noite desta segunda-feira (20) o show Dos oito aos oitenta, em comemoração à marca dos seus 80 anos de vida – o cantor atualmente tem 81 anos. A apresentação fez parte da 20ª edição do Janeiro de Grandes Espetáculos (JGE) e reuniu ao lado de Claudionor vários artistas como Expedito Baracho, Nonô Germano e o maestro Ademir Araújo.

##RECOMENDA##

“A ideia deste espetáculo surgiu do Instituto Abelardo da Hora, mas na hora de pensar nas participações especiais optei também por nomes menos conhecidos. Tem uma cantora muito boa que é a Patrícia Luna e outros convidados como a Claudia Beija, Quarteto Novo, Jeová da Gaita, o Zé Brown fazendo um rap, Beto do Bandolim e, por fim, o Bloco da Saudade. Vai ser uma brincadeira que, se Deus quiser, dará certo”, disse Claudionor em conversa com o LeiaJá

Com direção de José Pimentel, o show é um resumo da carreira artística de Claudionor, que começou na segunda metade da década de 40 sob incentivo do irmão Abelardo da Hora – presente no Teatro de Santa Isabel para assistir à apresentação. Claudionor coleciona mais de 30 discos e é um dos principais divulgadores do frevo, tendo inclusive gravado 132 músicas de Capiba. 

Para Carmen Lima, que acompanha o artista desde a época dos bailes carnavalescos das décadas de 60 e 70, o romantismo é uma das marcas de Claudionor. “A imagem que eu tenho dele é que as músicas cantadas naquele tempo, saudosismo à parte, eram realmente músicas mais românticas. Falava-se muito mais do amor espontâneo e não dessa gozação toda. O carnaval até exige brincadeira, mas aquele romance de Claudionor não tem igual”, opinou. 

Paulo de Castro, um dos produtores do JGE, ressaltou a importância da presença de Claudionor Germano na programação do festival. “Na realidade nós já trabalhamos com o Claudionor Germano há 10 anos. E a produção do Janeiro de Grandes Espetáculos achou oportuno trazer o Dos oito aos oitenta, que é o grande show de Claudionor e é onde estão as figuras mais importantes do Carnaval de Pernambuco. Eu o chamo de Senhor Frevo, porque ele é a cara desse ritmo. Ninguém mais o representa como ele”, avalia Paulo.  

Ao longo do espetáculo, Germano apresentou canções como Maria Betânia, A Deusa da Minha Rua, É Hoje, Na cadência do Samba, Castigo e Me Dê Motivo, cantadas em coro com a plateia. O frevo não ficou de fora e, além das homenagens à Capiba, no final da apresentação o cantor convidou ao palco o Bloco da Saudade para cantar a música Valores do Passado. Isabel Bezerra, presidente da agremiação carnavalesca, demonstrou bastante entusiasmo em participar do show de Claudionor. “Ele faz parte da história do bloco e sempre esteve conosco nas nossas apresentações, então nós não poderíamos faltar a este convite e aproveitamos também para comemorar o aniversário dele e os nossos 40 anos de estrada”.   

[@#galeria#@]

Os protestos que movimentaram várias cidades brasileiras desde o mês de julho e suas influências no cenário político são os principais temas do V Seminário de Ciência Política realizado nesta segunda-feira (28), no bloco Capiba, da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau. Reunindo diversos representantes da sociedade como economistas, jornalistas e cientistas políticos, o evento iniciou nesta manhã e segue até ás 18h40 com transmissão ao vivo pela TV LeiaJá.

##RECOMENDA##

Realizando a abertura do encontro, o fundador do Ser Educacional e reitor da UNINASSAU, Janguiê Diniz, deu as boas vindas aos participantes e frisou a relevância do debate. “É uma satisfação muito grande abrirmos o V Seminário de Ciência Política para discutirmos um tema da mais alta relevância (...), que é justamente este fenômeno social que são as manifestações de ruas. Ninguém as previu, ninguém as estudou e elas chegaram e deve ter influência também nas próximas eleições”, alertou.

Diniz também resumiu o evento explicando seus principais focos. “Neste momento vamos discutir este tema superimportante, as suas repercussões, os seus efeitos, as ações dessas pessoas e também nas nossas vidas - das intuições privadas -, porque acho que há repercussões tanto num âmbito público como no privado. Por isso, convidamos cientistas sociais, economistas, cientistas políticos e jornalistas e para debater este tema”, discursou o reitor.

Para o cientista político um dos palestrantes do seminário, Adriano Oliveira, as manifestações revelaram que os Institutos de Pesquisas não estavam esperando as manifestações. “Não só os Institutos de Pesquisas ficaram surpresos, quando elas ocorreram, como também os analistas. As manifestações permitem que a gente possa discutir quais serão as estratégicas de campanha do próximo ano, porque certamente nós teremos um novo tipo de eleitor, ou um mesmo eleitor, mas um eleitor mais exigente do que observamos na campanha de 2010”, avaliou.

Oliveira acredita que os protestos aflorem uma nova maneira de se fazer o marketing político. “Um dado importante é que os candidatos vão precisar ter conteúdos, no sentido de mostrar o que pensam, defender suas ideias e incentivar o contraditório. O segundo momento é se aquela ação antiga de fazer política, baseada exclusivamente no voto estrutural principalmente, para deputado federal e estadual, se irá prevalecer. Talvez nós tenhamos um enfraquecimento desta prática. E em terceiro lugar, os candidatos precisam ser transparentes com suas ideias e com aquilo que eles pensam e com  isso, você terá condições de conquistar este novo eleitor que já vem surgindo”, sugeriu.

Palestra – O cientista Adriano Oliveira também irá palestrar na parte da tarde, a partir das 13h30 e abordará um produto chamado de Big data Eleitoral. “É um conjunto de dados adivinhe de pesquisas eleitorais. Eu vou mostrar a necessidade dos analistas terem variadas fontes de informações como imprensa, redes sociais, pesquisas tradicionais para interpretar o contexto social e conseguir prognosticar o que vai acontecer, e acima de tudo, entender a dinâmica da sociedade e particularmente, a dinâmica eleitoral”, explicou Oliveira.

Programação – Além da palestra do especialista em política haverá outras atividades na parte da tarde:

15h10 – Debate;

15h25 – Campanha política, propaganda e direito eleitoral;

16h40 – Debate;

16h55 – As manifestações de ruas e a web-mídia política;

18h25 – Debate;

18h40 - Encerramento 

 

 

 

 

Obras em papel machê, fotografias e releituras poéticas dos alunos do Movimento Pró-Criança sobre o trabalho de escritores e artistas nordestinos. Este acervo faz parte da mostra Seguindo a Poesia, que está no térreo do Paço Alfândega, no Bairro do Recife, até o dia 10 de novembro. A visita é gratuita.

Nesta edição, a mostra faz uma homenagem à poetisa Maria do Carmo Barreto Campello. A exposição é resultado do contato de aproximadamente 60 jovens de comunidades carentes com o Circuito da Poesia, passeio pelo Recife que envolve esculturas de ícones da cultura nordestina, como João Cabral de Melo Neto, Clarice Lispector, Antônio Maria, Capiba, Joaquim Cardozo, Luiz Gonzaga e Chico Science.

##RECOMENDA##

Serviço

Seguindo a Poesia

Até 10 de novembro

Paço Alfândega (Rua da Alfândega, 35 - Bairro do Recife)

Gratuito

(81) 3194 2100

[@#galeria#@]

A 7ª edição do Festival Palco Giratório, que começou no dia três de maio, continua sua programação neste final de semana e segue até o dia 30 de maio.  Os espetáculos estão sendo encenados em seis teatros do Recife (Marco Camarotti, Capiba, Barreto Júnior, Hermilo Borba Filho, Apolo e Santa Isabel), a preços populares. Além disso, o festival ainda conta com apresentações gratuitas nas praças do Campo Santo, em Santo Amaro, do Carmo, no Bairro de Santo Antônio, e na esplanada do Parque Dona Lindu.

##RECOMENDA##

Nesta quinta (09), às 20h, o espetáculo O homem vermelho, que conta às histórias que o corpo humano carrega e suas formas de comunicação durante o cotidiano, se apresenta no Teatro Hermilo Borba Filho através do bailarino Marcelo Braga. Ainda no mesmo dia e horário, a Cia Atores de Laura (RJ), exibe no Teatro Apolo, a peça O filho eterno – que é uma adaptação do livro O filho eterno, de Cristovão Tezza. Além desta quinta (09), o espetáculo O filho eterno também se apresenta na sexta (10), às 20h, no mesmo local.

As peças O pássaro do sol e Luis Antônio – Gabriela realizam apresentação neste sábado (11) e domingo (12) no Teatro Marco Camarotti e no Santa Isabel, às 16h e 20h. Com direito a bate-papo dos atores com o público presente, o teatro de sombras O pássaro do sol apresenta uma adaptação da mitologia indígena brasileira escrita pela baiana Myriam Fraga que narra a história de um jovem que se transforma em pássaro para ir ao céu roubar as chamas do palácio do sol. 

Já o espetáculo Luis Antônio – Gabriela, da Cia. Mungunzá (SP), que tem faixa etária de 16 anos, coloca em cena a própria história do diretor Nelson Baskerville – no qual o irmão dele mais velho, homossexual, Luis Antônio, desafia as regras de uma família conservadora dos anos 60 e parte para a Espanha sob o nome de Gabriela.

Os ingressos custam R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia). Confira toda programação no site do evento.

Com direção de Paulo Henrique, o espetáculo de dança-teatro Sarará vai realizar duas sessões gratuitas e uma fechada para alunos da rede pública de ensino no mês de março. As exibições para o grande público acontecem nas ultimas quartas (20 e 27) do mês, às 19h30, no Teatro Barreto Júnior. Já a exibição fechada acontece na quarta (27), às 15h30, com direito a debate em seguida. Após estreia em setembro de 2012, no Teatro de Santa Isabel, e as curtas temporadas no Teatro Luiz Mendonça e no próprio Teatro Barreto Júnior, a peça chega as suas últimas sessões. 

Inspirado na visão antropofágica da diretora artística Marília de Andrade, o espetáculo é resultado de um processo de criação contemporâneo envolvendo os bailarinos como intérpretes-criadores com ajuda do figurinista Marcondes Lima. O roteiro é formado por diferentes quadros (de títulos Ritual, Pavão Misterioso, Alma Lírica e Festa) que expressam verdadeiros estados de alma e poesia. Além disso, a trilha sonora é inspirada em melodias e ritmos brasileiros, incluindo obras de grandes compositores populares como Noel Rosa, Chiquinha Gonzaga e Capiba. 

##RECOMENDA##

Serviço

Sarará

Quarta (20) e Quarta (27) de março, às 19h30

Teatro Barreto Júnior (Rua Estudante Jeremias Bastos, s/n, Pina)

Gratuito

3355 6398

Na noite desta sexta-feira (29), o auditório Capiba da UNINASSAU (Centro Universitário Maurício de Nassau), localizado no bairro das Graças, sediou o primeiro dia do 7° Congresso Estadual de Jornalistas, reunindo profissionais e estudantes da comunicação social.

A mesa foi coordenada pela jornalista e coordenadora do curso de comunicação social da UNINASSAU, Andréa Trigueiro, que ressaltou a importância de discutir sobre a era do jornalismo online. “O tema é relevante principalmente porque é uma realidade que os novos profissionais precisam saber e que irão encontrar nas redações”, afirma.

##RECOMENDA##

A abertura do evento contou com a presença do diretor de redação do Portal de Notícias IG, Luciano Suassuna, que falou sobre a temática “Jornal e Internet”. O jornalista abriu o evento com um vídeo que mostrava aos participantes sobre o processo de criação cotidiano do jornal impresso, em contrapartida ao imediatismo do jornal online. “A internet não é só velocidade, ela é muito mais que isso”.

Para comprovar a fala, ele apresentou os benefícios que a web traz dentro do jornal, entre eles, de que é possível saber quantos leitores acessaram a matéria naquele dia, e a mais “clicada” é o retrato do que o internauta quer ler.

Outro ponto que foi bastante comentado foi sobre o jornalista como profissional multimídia, Luciano Suassuna destacou a importância desse tipo de repórter. “O jornalista  “foca” (estagiário ou recém-formado) quando chega na redação tem que se adaptar a sair e levar um aparelho celular para fazer gravações, porque uma matéria é muito mais importante com vídeo do que apenas com imagem. O conteúdo se torna mais autêntico”, garante.

Para encerrar a palestra, os participantes tiraram suas dúvidas sobre os mais variados assuntos do âmbito jornalístico. O congresso segue durante todo o dia deste sábado (30) com debates sobre novas tecnologias, sinergia e o contexto profissional, com um panorama do jornalismo brasileiro. Confira abaixo a programação deste sábado:

30/06

9h - Novas tecnologias, sinergia e o contexto profissional

Mônica Paula (Instituto Internacional de Ciências Sociais - IICS)

Roseann Kennedy (Rádio CBN)

Juliano Domingues (Unicap)

Representantes do Diario de Pernambuco, Folha de Pernambuco e Jornal do Commercio

14h - Panorama do jornalismo brasileiro

Franklin Martins (comentarista e ex-ministro da Comunicação Social)

16h - Assembleia Geral Extraordinária

Serviço
7º Congresso Estadual de Jornalistas
Dias: 29 e 30 de junho
Local: Auditório Capiba da UNINASSAU (Centro Universitário Maurício de Nassau)
Endereço: rua Fernando Lopes, 778 - Graças - Recife

Começa neste sábado (3), a V mostra Capiba de Teatro. O evento que faz parte do calendário de artes cênicas da cidade do Recife, acontece no Teatro Capiba do SESC de Casa Amarela neste sábado (3) e segue com a programação até o dia 10 de dezembro, sempre a partir das 20h.  Serão nove dias de espetáculos, onde público terá a oportunidade conferir montagens inéditas de grupos pernambucanos e de São Paulo, como também rever premiados espetáculos.
O espetáculo de hoje fica por conta da peça Dorotéia Vai à Guerra, do grupo caruaruense Arte-em-Cena. A peça retrata cenas do cotidiano e o confronto de duas mulheres: mãe e filha em luta constante pelo poder de afirmação da superioridade, da dominação do matriarcado ultrapassado que se impõe no sufocamento da relação filial. Dorotéia é uma mulher que teima em conservar para si todo o domínio, pois no confronto das forças entre ela e a filha Madalena, quer ser vitoriosa. O ponto principal é fazer um debate analítico da forma como as pessoas se relacionam. O espetáculo existe desde 1993 e conquistou durante esses anos 32 prêmios.
Os ingressos estão a venda na bilheteria do Teatro Capipa no Sesc de Casa Amarela e custam R$ 10(inteira) e R$ 5 (meia entrada) para comerciários e dependentes com carteirinha do Sesc, estudantes e professores.

Serviço:

V Mostra de Teatro
Onde: O Sesc Casa Amarela (Avenida Professor José dos Anjos, 1190, no bairro da Mangabeira)
Quando: 2 a 10 de dezembro | às 20h
Informações: 81 3267-4400 | 81 3267-4410

Confira a programação:

Sábado | 3
 20h - Dorotéia vai à guerra (Grupo Arte em Cena)

Domingo |4
20h- Números (Os Geraldos de São Paulo)

Segunda | 5
20h- Ser, o não-ser (Grupo Capibaribe Negro)

Terça | 6
20h- Guarda sonhos (Grupo Peleja)

Quarta | 7
20h- Ophélia ( Cia. de Teatro e Dança Pós-Contemporânea D’Improvizzo Gang)

Quinta | 8
20h- Noturnos (Cia. Fiandeiros de Teatro)

Sexta| 9
20h- Amaranta (Trupe Errante)

Sábado | 10:
20h- As Levianas em Cabaré Vaudeville (Cia. Animé)

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando